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Universidade Norte do Paraná UNIDADE BANDEIRANTES AGRONOMIA ALEX MENDES GRASIELLE RAFAELA CARNEIRO JOSÉ LUCAS SERRA LUDMILLA DOS SANTOS FELIX THIAGO H. RAMALHO PRAGAS DA CANA-DE-AÇÚCAR Bandeirantes - PR 2022 ALEX MENDES GRASIELLE RAFAELA CARNEIRO JOSÉ LUCAS SERRA LUDMILLA DOS SANTOS FELIX THIAGO H. RAMALHO PRAGAS DA CANA-DE-AÇÚCAR Trabalho apresentado à UNOPAR, Unidade Bandeirantes, Centro de Ciências Humanas, da Saúde, Exatas e Tecnológicas do Campus Universitário de Bandeirantes como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Fitotecnia Cana-de-Açúcar e Café, do 8º semestre do curso de agronomia. Prof. Gustavo Dario Bandeirantes - PR 2022 PRAGAS DA CANA-DE-AÇÚCAR 1. BROCA DA CANA-DE-AÇÚCAR (Diatraea saccharalis) 1.1. CARACTERÍSTICAS DE IDENTIFICAÇÃO Ordem - Lepidoptera Família – Crambidae Ciclo biológico – ovo, lagarta, pupa e adulto 1.2. CICLO DE VIDA Após o acasalamento, as fêmeas fazem a postura nas folhas da cana-de-açúcar, normalmente localizada nos ponteiros. Os ovos são colocados sobrepostos no formato de “escamas de peixe” e após um período médio de incubação de 6 dias, as lagartas eclodem. A duração do período larval é de cerca de 40 a 60 dias, a lagarta atinge seu completo desenvolvimento quando mede 23 milímetros de comprimento. A coloração de seu corpo é amarela-pálida e da cabeça, marrom. A fase de pupa apresenta uma duração de 9 a 14 dias. O ciclo total da praga é de cerca de 60 a 90 dias, variando conforme a temperatura, podendo originar de 4 a 5 gerações por ano distribuídas em outubro e novembro, dezembro e janeiro, fevereiro e abril e em maio e junho. Os adultos apresentam uma longevidade média de 5 a 7 dias sendo uma mariposa com asas amarela-palha e com 25 milímetros de envergadura 1.3. DANOS A broca é a principal praga da cana-de-açúcar. A lagarta jovem alimenta-se, inicialmente, das folhas para depois penetrar pelas partes mais moles do colmo (bainha). Ela abre galerias de baixo para cima, que podem ser longitudinais - maioria das vezes - ou transversais. Prejuízos diretos causados pela abertura de galerias: ● Perda de peso e morte das gemas; ● Tombamento pelo vento, se as galerias forem transversais; ● Secamento dos ponteiros, conhecido como coração morto, na cana nova; ● Enraizamento aéreo e brotações laterais. Prejuízo indireto causado pela abertura de galerias: ● Podridão vermelha do colmo, causada pelos fungos Colletotrichum falcatum e Fusarium moniliforme, que penetram pelos orifícios do colmo e invertem a sacarose, o que diminui a pureza do caldo. 1.4. MONITORAMENTO O controle deve ser baseado na intensidade de infestação da praga. Para isso, é necessário fazer cortes dos colmos da cana. É importante que sejam feitos levantamentos de 2 a 4 meses após o plantio (cana-planta) ou após o corte da cana (cana-soca). O ideal é fazer dois pontos de amostragem por hectare em sistema de mosaico: ● Duas ruas de 5 metros cada (total de 10 m por ponto); ● Cada ponto amostrado deve ter um espaçamento de 50 m x 100 m; ● Devem ser coletados cerca de 100 colmos por talhão. 1.5.CONTROLE Para saber quando controlar a praga é necessário conhecer a intensidade de infestação (IF). Esse dado pode ser obtido ao abrir longitudinalmente cada colmo coletado (100 colmos por talhão) e contar o número total de internódios e o número de internódios atacados e fazer o cálculo com base na seguinte fórmula: 𝐼𝐹 = 100 . 𝑛 𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛ó𝑑𝑖𝑜𝑠 𝑎𝑡𝑎𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛ó𝑑𝑖𝑜𝑠 A época ideal de controle é quando a IF for igual ou superior a 3%. 1.5.1. CONTROLE CULTURAL A broca da cana-de-açúcar pode ser controlada por meio de: ● Plantio de variedades resistentes ou tolerantes; ● Corte de cana sem desponte; ● Moagem rápida após o corte; ● Eliminação de plantas hospedeiras próximas ao canavial (milho, milheto). 1.5.2. CONTROLE QUÍMICO A broca da cana-de-açúcar pode ser controlada por meio de pulverização de triflumuron, lufenuron ou fipronil, quando houver 3% de canas com lagartas recém-eclodidas. 1.5.3. CONTROLE BIOLÓGICO A broca da cana-de-açúcar pode ser controlada por agentes biológicos, como: ● Parasitóide de ovos: A Trichogramma galloi é uma microvespa e suas fêmeas localizam no campo os ovos do hospedeiro e, neles, depositam seus ovos, interrompendo o desenvolvimento da praga logo no início do seu ciclo, tornando-os de coloração escura e dando origem a novas vespas, ao invés de lagartas. Este processo demora de 7 a 12 dias, dependendo da temperatura do ambiente. A forma adulta da vespa deve ser liberada em 25 pontos por hectare. A quantidade a ser liberada é 200 mil por hectare em três liberações sucessivas, feitas à tarde, semanalmente. Associada com o parasita Cotesia flavipes, pode reduzir a intensidade de infestação em 60%. ● Parasitóide de lagartas: A Cotesia flavipes ataca lagartas com mais de 1,5 centímetros. A quantidade de adultos a ser liberada é de seis mil por hectare, quando forem encontradas dez lagartas por hora, por operador, na coleta de monitoramento, que identifica o momento certo em que a praga entra na lavoura, em que nível se estabelece, como reage aos inseticidas e quais são os seus ciclos de vida. A Cotesia flavipes consegue localizar as lagartas por meio do odor liberado pelas fezes no interior do colmo da cana parasitando-as em seguida.A vespa ataca a broca ainda na fase de lagarta se alimentando das reservas (gordura) da broca, enfraquecendo-a e levando-a a morte. 1. BROCA-GIGANTE (Castnia licus) 2.1. CARACTERÍSTICAS DE IDENTIFICAÇÃO Ordem - Lepidoptera Família – Castniidae Ciclo biológico – ovo, lagarta, pupa e adulto Sinônimo - Eupalamides licus, Leucocastina licus, Telchin licus 2.2. CICLO DE VIDA Os insetos adultos possuem uma coloração escura, quase preta. Apresentam manchas brancas na região apical, acompanhadas de uma faixa transversal branca na asa anterior. A asa posterior apresenta manchas avermelhadas e uma faixa transversal mais larga. A oviposição ocorre em touceiras velhas, preferencialmente no meio de detritos e caules cortados. A maior parte dos ovos são colocados nas horas mais quentes do dia, e cada fêmea coloca em torno de 50 a 100 ovos. Medem aproximadamente 4 mm de comprimento e o formato é semelhante a uma carambola, com cores variando do verde ao marrom. Os ovos inicialmente apresentam coloração rosada, passando a verde-azeitona e alaranjada. Após a eclosão surgem lagartas apresentando coloração branca, com pintas pardas no pronoto. O período larval varia de 2 a 10 meses, com 5 ínstares. 2.3. DANOS Esta espécie, quando assume importância na cultura, torna-se um grande problema para as plantas, afetando diretamente a produção. É uma praga de especial importância para a cana-de-açúcar, os seus sintomas merecem considerável atenção. As lagartas abrem galerias verticais no colmo, algumas vezes chegam a destruí-lo completamente, acarretando sérios prejuízos. Além das galerias, causam o conhecido "coração morto" devido aos danos causados na brotação, comprometendo o poder germinativo e permitindo o aparecimento de podridões. Por perfurarem internamente o colmo, causam a perda de peso da cana, surgimento de fungos causadores de doenças, morte da cana nova, além de destruírem por completo o colmo de canas já desenvolvidas. 2.4. CONTROLE O controle desse inseto pode ser efetuado através dos seguintes métodos: ● Controle mecânico - Catação manual das larvas e pupas com o auxílio de "enxadeco" e realização de captura dos adultos com rede entomológica. ● Controle químico - Uso de produtos registrados para a cultura. 2. CIGARRINHA-DA-RAIZ (Mahanarva fimbriolata) 3.1. CARACTERÍSTICAS DE IDENTIFICAÇÃO Ordem - Hemiptera Família – Cercopidae Ciclo biológico – ovo, ninfa e adulto 3.2. CICLO DE VIDA Na época úmida do ano, as fêmeas depositam seus ovos nas bainhas secas próximas ao solo, entre as nervuras, próximos da extremidade que adere ao colmo. O período de incubação em condições normais, ou seja, quando os ovos não entram em diapausa,é de cerca de 15 a 25 dias. Ao eclodirem as ninfas se deslocam em direção às raízes e radicelas da planta e se fixam a elas para sugar a seiva, permanecendo assim durante todo o período ninfal que pode durar de 20 a 70 dias, dependendo das condições microclimáticas do solo. A longevidade média dos adultos varia de 8 a 20 dias, podendo chegar a 23 dias sob condições controladas. O ciclo biológico completo de M. fimbriolata pode variar de 63 a 79 dias. 3.2. DANOS A infestação da cigarrinha-da-raiz é identificada pela presença de uma espuma esbranquiçada semelhante à espuma de sabão, na base da touceira. As ninfas, ao se alimentarem, ocasionam "desordem fisiológica" em decorrência de suas picadas que, ao atingirem os vasos lenhosos da raiz, o deterioram, impedindo ou dificultando o fluxo de água e de nutrientes. A morte de raízes ocasiona desequilíbrios na fisiologia da planta, caracterizados pela desidratação do floema e do xilema que darão ao colmo características ocas, afinamento e posterior aparecimento de rugas na superfície externa. Os adultos, ao injetarem toxinas, produzem pequenas manchas amarelas nas folhas que no futuro tornam-se avermelhadas e, finalmente, opacas, reduzindo sensivelmente a capacidade de fotossíntese das folhas e o conteúdo de sacarose do colmo. As perfurações dos tecidos pelos estiletes infectados provocam contaminações por microrganismos no líquido nutritivo, causando deterioração de tecidos nos pontos de crescimento do colmo e, gradualmente, dos entrenós inferiores até as raízes subterrâneas. As deteriorações aquosas apresentam cores escuras começando pela ponta da cana e podem causar a morte do colmo. 3.3 MONITORAMENTO A armadilha “Yellow sticky trap” é adequada ao monitoramento de populações de cigarrinhas em áreas com cana‐de‐açúcar. Permite determinar o início do aparecimento da praga na lavoura, que tem ocorrência defasada em cerca de 30 dias em relação à população de ninfas. Porém, a armadilha não se presta para uso visando o controle da praga. A estratégia de controle da cigarrinha‐da‐raiz começa com o monitoramento da praga que deverá ser realizado no início do período chuvoso e durante todo o período de infestação, para que se possa acompanhar a evolução ou o controle da praga. O nível de dano econômico (NDE) é de 10 ninfas/metro linear de sulco e 1 adulto/cana; o nível de controle (NC) é de 5 ninfas/metro e 0,5 a 0,75 adultos/cana. 3.4. CONTROLE O controle dessa praga pode ser feito de forma química ou biológica. Sendo o controle químico podem ser usados diversos produtos, para as ninfas, recomenda-se o uso dos inseticidas thiamethoxam ou carbofuran granulados, aplicados de um dos lados da touceira para adultos, recomenda-se a aplicação de um inseticida seletivo que não atinja inimigos naturais da cigarrinha: carbaril, triclorfon, malation. O controle biológico com microrganismos é um dos principais componentes do manejo integrado de cigarrinhas. O desenvolvimento do fungo Metarhizium anisopliae sobre a cigarrinha-da-raiz ocorre da seguinte forma: os fungos germinam e penetram no tegumento do inseto em um período de dois a três dias. O período de colonização ocorre de dois dias a quatro dias e a esporulação em dois dias a três dias, dependendo das condições do ambiente. O ciclo total da doença é de oito dias a dez dias. A época de aplicação do fungo coincide com o período chuvoso, julho e agosto, com intervalo de aplicação de 30 dias, sendo o ideal que a aplicação coincida com o período de maior trânsito das ninfas nos colmos. São recomendados 200g de fungos puros/ha a 500g de fungos puros/ha. As aplicações terrestres devem ser feitas com atomizadores, com gasto de água de 50L/ha a 200L/ha. Em aplicações aéreas, gastam-se 20L/ha a 30L/ha, dois a cinco metros acima do nível da cana. 3. Formiga Saúva (Atta Capiguara) 4.1. CARACTERÍSTICAS DE IDENTIFICAÇÃO Ordem - Hymenoptera Família – Formicidae Ciclo biológico – ovo, larva, pupa e adulto 4.2. CICLO DE VIDA As formigas passam pela metamorfose – uma mudança completa na forma do corpo – que tem quatro etapas: ovo, larva, pupa e adulta. O ciclo de vida das formigas começa com um ovo. A fundação de novas colônias se faz pelo voo nupcial que ocorre nos meses de outubro a dezembro. No voo nupcial, macho e fêmea acasalam. O macho (bitu) morre. A fêmea volta ao chão, arranca suas asas e funda um novo formigueiro. Os ovos bem cuidados dão origem a formigas aladas, as fêmeas (tanajuras); os ovos mal cuidados dão origem a machos (bitus). Depois de uma semana, ela já produz ovos e, depois de 55 dias, os ovos chegam à idade adulta. O ciclo de vida das formigas leva de semanas a meses, dependendo da espécie e do meio ambiente. 4.3. DANOS Os prejuízos causados pelas formigas cortadeiras são consideráveis. Atacam quase todas as culturas, cortando folhas e ramos tenros, podendo destruir completamente as plantas. As formigas causam desfolhamento principalmente em plantas jovens, reduzindo a área foliar das plantas por longos períodos e causando atraso e definhamento da cultura. Tem ocorrência praticamente o ano todo. 4.5. CONTROLE O controle das formigas deve ser realizado assim que forem detectadas no canavial. Para isso, utilizam-se inseticidas em formulação com pó seco, iscas tóxicas, ou inseticidas aplicados via termonebulização. 4.5.1. CONTROLE CULTURAL A utilização de culturas armadilhas, como gergelim, capim braquiarão, mamona ou batata-doce podem apresentar efeitos tóxicos ou repelirem as formigas cortadeiras é considerado um método cultural. 4.5.2. CONTROLE MECÂNICO Em sauveiros jovens (até 4 meses de idade), onde a rainha ainda está a poucos centímetros da superfície, um método simples e eficiente de se acabar com o sauveiro é a escavação e morte da rainha. A aração do terreno antes do plantio funciona da mesma maneira, podendo matar a rainha. Porém, essas táticas não funcionam em sauveiros mais velhos. 4.5.3. CONTROLE QUÍMICO O uso de produtos químicos é o método mais eficaz para eliminar as formigas cortadeiras. Somente as colônias das saúvas muito jovens podem ser destruídas mecanicamente, por meio de escavação. 4.5.3.1. ISCA GRANULADA É muito importante usar iscas nos dias com maior atividade externa das formigas. As formigas desenvolvem intensa atividade de transporte e armazenagem de folhas e outras partes de plantas para alimentar os fungos no período de até três dias antes de chuvas ou entrada de frentes frias. ● O método possui alta eficiência, alto rendimento operacional. ● Pode ser aplicado de forma sistemática. ● São de baixa toxicidade, causando menor dano ao meio ambiente. ● Agem exclusivamente por ingestão. ● A distribuição do formicida dentro da colônia é feita pelas próprias formigas ● Após 48 horas do carregamento da isca: 50% da população da colônia estará contaminada. ● As iscas granuladas contêm um princípio ativo (clorpirifós, sulfluramida, fipronil, deltametrina, fenthium, fenitrothion e bifentrin). ● E um produto atrativo: mistura de polpa cítrica, óleo de soja e inseticida. ● São altamente atrativas para as formigas cortadeiras. Para maior eficácia no controle de formigas a isca deve ser colocada após a dessecação, quando falta alimento e antes da emergência das plantas cultivadas. Por isso, deve-se concentrar o uso de formicidas granulados nos períodos entre safras. As iscas devem ser colocadas na borda das trilhas de transporte de folhas e próximo aos “olheiros” de entrada do formigueiro. Nunca dentro ou sobre o olheiro de entrada do formigueiro. Deve-se tomar cuidado com o manuseio da iscas para evitar odores que as formigas poderiam rejeitar. 4.5.3.2. PÓ SECO Os formicidas em pó são indicados para espécies de formigas cortadeiras que constroem seus ninhos mais rasos no solo, como são as quenquéns. Isso porque ao aplicar o pó não se consegue atingir o interior das colônias muito profundas, o que torna o controle ineficaz. ● Aplicados com o uso de polvilhadeiras manuais e motorizados. ● Usar com clima seco e com baixa umidade relativa do ar. ● Recomenda-seseu uso somente em sauveiros jovens ● Principal limitação: pouca eficiência do uso de bombas manuais e a profundidade que funciona: até 2,5 m..Os formicidas em pó devem ser bombeados de 5-10 x em cada olheiro ● Podem causar problemas de refluxo pela “bucha de formigas” que entopem os canais ● Mata as formigas por contato. 4.5.3.3. Líquido Nebulizado A termonebulização é eficiente no controle de formigueiros, inclusive aqueles de maior tamanho, quando feito nos momentos de intensa atividade das formigas e aplicado em diferentes pontos do ninho. O uso de inseticidas nebulizados é antigo e foi adotado com substratos queimados em fumigadores e bombeado para dentro dos formigueiros com fole manual. ● Bastante sucesso em locais com muita saúva ● Sua ação é imediata, paralisando o formigueiro ● Os custos, rendimento e eficiência do controle são variáveis ● Usa-se uma máquina motorizada ● Transforma-se o produto inseticida em fumaça ● A aplicação ocorre através de uma corrente de ar produzida também pela máquina, até a saturação do formigueiro. ● Mata a formiga por contato. ● É viável somente para saúva. 4. BICUDO DA CANA-DE-AÇÚCAR (Sphenophorus levis) 5.1. CARACTERÍSTICAS DE IDENTIFICAÇÃO Ordem - Coleoptera Família – Curculionidae Ciclo biológico – ovo, larva, pupa e adulto 5.2. CICLO DE VIDA Considerado uma praga de solo, os adultos de Sphenophorus levis têm coloração castanho-escuro a marrom, com manchas pretas no dorso do tórax e listras longitudinais sobre os élitros. São pouco ágeis e fazem sua postura do colo da planta. Seus ovos tem período embrionário de 7-12 dias. Período larval é de 30-60 dias; prepara uma câmara com a serragem, e transforma-se em pupa no seu interior. Após 7 a 15 dias, emergem os adultos. Adultos vivem até 200 dias. 5.3. ATAQUE Os ataques costumam ocorrer em reboleiras e podem ser anotados por meio da observação de sintomas, como clorose e secamento das folhas. As Infestações de Shenophorus são mais comuns na época de seca do ano, entre os meses de abril e agosto, principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. 5.4. DANOS Os danos são causados pelas larvas que abrigam-se no interior do rizoma e danificam os tecidos. Ao se alimentarem, as larvas escavam galerias e danificam os tecidos no interior das bases do perfilho ou dos colmos, causando a morte das plantas, falhas nas brotações das soqueiras e redução na longevidade dos canaviais. Em consequência pode ocorrer a morte da planta e falhas nas brotações das soqueiras, com perdas de 20 a 30 toneladas de cana/ha/ano. Os seguidos ataques nas áreas de soqueiras e a consequente redução do “stand” da cultura ocasionam perdas cumulativas nos cortes, obrigando a reformas precoces do canavial, que muitas vezes não passam do segundo corte. 5.5. CONTROLE O monitoramento de larva e pupa pode ser feito pela observação dos sintomas ou da abertura de trincheiras. E o monitoramento de adultos pode ser realizado pela instalação de iscas, feitas com um tolete de cana-de-açúcar com aproximadamente 30 cm. Essa opção também é utilizada no controle quando são iscas eram embebidas em uma solução de melaço e inseticida, atraindo a praga e matando-a. Durante a renovação do canavial, é importante a eliminação total das soqueiras e preparo do solo para exposição e controle dos insetos, em seus diferentes estágios. ● Controle químico - Aplicação no sulco de plantio do inseticida fipronil ● Controle biológico - Fungos Beauveria bassiana em associação com iscas ● Controle no Corte de soqueira - Regent Duo ou aplicação Metarhizium anisopliae no corte de soqueira, injetando a 15cm de profundidade. Primeiro ou no máximo segundo ano após o plantio. 5. REFERÊNCIA TAVARES, M. A broca Diatraea saccharalis na cultura da cana-de-açúcar e em outras culturas agrícolas no Brasil. PROMIP,08 ago. 2019.Disponível em: <https://promip.agr.br/broca-diatraea-saccharalis-cultura-cana-acucar-outras-cultur as-agricolas-brasil/>. MATIOLI, T. F.Como fazer o melhor manejo da broca da cana-de-açúcar. Aegro, 12 dez. 2019. Disponível em: <https://blog.aegro.com.br/broca-da-cana-de-acucar/> Controle biológico. Jalles Machado S.A. Disponível em: <https://www.jallesmachado.com/pt/meio-ambiente/controle-biologico> Galloibug. Koppert Biological Systems. Disponível em: <https://www.koppert.com.br/galloibug/> MORAES M. As 7 Principais Pragas da Cana-de-açúcar. AgroPós. Disponível em: <https://agropos.com.br/pragas-da-cana-de-acucar/> MORAES M. Formigas Cortadeiras: Aprenda a Controlar. AgroPós. Disponível em: <https://agropos.com.br/formigas-cortadeiras/> Mahanarva fimbriolata Cigarrinha-da-raiz. Koppert Biological Systems. Disponível em: <https://www.koppert.com.br/desafios/psilideos/mahanarva-fimbriolata/>. SANTIAGO, A. D.; ROSSETTO R. Pragas nas raízes . Agência Embrapa de Informação Tecnológica. Disponível em: <https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/arvore/CONTAG01 _132_272200817517.html>. ALMEIDA, J. E. M. d., FILHO, A. B. Controle biológico da cigarrinha da raiz da cana‐de‐açúcar. Instituto Biológico. Disponível em: <http://www.biologico.sp.gov.br/uploads/files/pdf/tecnologia_sustentavel/cigarrinha_ raiz_cana_acucar.pdf>. LOUREIRO, E. d. S.; FILHO, A. B.; ALMEIDA, J. E.M.; PESSOA, L. G.A. Seleção de isolados de Metarhizium anisopliae (Metsch.) sorok. contra a cigarrinha da raiz da cana-de-açúcar Mahanarva fimbriolata (Hemiptera: Cercopidae) em laboratório. Neotrop. Entomol. vol.34 no.5 Londrina. Broca-gigante (Castnia licus). Agrolink. Disponível em: <https://www.agrolink.com.br/problemas/broca-gigante_3009.html>. Você conhece a Broca gigante (Telchin licus)?. Pragas.com - Insumos Biológicos, 31 mar. 2021.Disponível em: <http://www.pragas.com.vc/guia-rapido-24-voce-conhece-a-broca-gigante-telchin-lic us/>.
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