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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP POLO SOUSA - PB CURSO: LICENCIATURA EM HISTÓRIA A RELAÇÃO ENTRE PODER E RELIGIÃO NO ANTIGO EGITO Hélton Alves de Sousa LAURINDO SOUSA - PB 2021 Hélton Alves de Sousa Laurindo Trabalho de Curso – Licenciatura em História A Relação Entre Poder e Religião no Antigo Egito Trabalho de Conclusão de Curso como parte do exigido para obtenção do título de graduação em Licenciatura em História apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientadora: Profa. Ma. Magali Fernandes SOUSA - PB 2021 AGRADECIMENTOS Agradeço antes de tudo a Deus, por ter me dado sabedoria, força e coragem para superar todos os obstáculos enfrentados até aqui. Agradeço também os meus familiares, por sempre me incentivarem e motivarem a buscar meus sonhos, em especial a minha mãe Rosivânia e ao meu pai José Hilton, por me darem todo o carinho e apoio necessário, principalmente nos momentos turbulentos, onde surgia a vontade de desistir e o sentimento de incapacidade em mim. Pois apesar de estar realizando o meu sonho em adentrar no mundo da História, conhecer o passado, desvendar e relacionar fatos históricos e repassar tais conhecimentos na sala de aula pra outras pessoas, a caminhada não foi fácil, foi necessário apoio para que houvesse dedicação, e tal apoio foi dado principalmente através de meus familiares. Em especial, gostaria de destacar também, o meu eterno agradecimento a minha namorada Bruna Inocêncio, pois ela desempenhou um papel fundamental para que eu chegasse até aqui, agradeço por todas as vezes em que ela me levantava quando eu estava exausto. E deixo meu agradecimento a minha professora orientadora Ma. Magali Fernandes, pelo apoio e por se comprometer a acompanhar o desenvolvimento deste Trabalho de Curso. Deixo aqui, minha eterna gratidão a todos que fizeram parte dessa jornada da minha vida. RESUMO Estudar o Antigo Egito significa mergulhar no passado, voltar-se a uma época e a uma sociedade fascinante, cheia de mistérios e fortemente marcada pela religiosidade. Este trabalho tem como base uma pesquisa analítica-bibliográfica pautada em examinar e compreender as relações de poder e influência estabelecidas pela religião no Antigo Egito. Para isso, foram analisados uma gama de artigos científicos, livros e documentos que remetem-se ao tema referido e ao Antigo Egito em seus aspectos gerais. O Egito, até a contemporaneidade, é um símbolo de progresso em diversas áreas sociais, como política, economia e cultura. Assim como, também é conhecida por ser uma sociedade estruturada e marcada por uma cosmogonia religiosa, ou seja, em outras palavras é impossível falar do Antigo Egito sem que haja a influência de conceitos religiosos. Este trabalho tem como objetivo investigar e compreender de que forma e até que ponto a religião estabelecia interferências na vida e em algumas áreas específicas da vida dos egípcios. Ideais de ordem, justiça e progresso, eram estabelecidos na sociedade através da influência da deusa Maat, que faziam com que constantemente as decisões políticas tomadas pelo faraó, fossem influenciadas por tais concepções religiosas, em outras palavras, tais decisões que englobam áreas como: econômica, política, cultura e outras mais, eram constantemente marcadas pela religião. O poder político era concentrado nas mãos do Faraó, que era visto com uma figura divina, um deus encarnado. A economia, uma vez que se baseava na agricultura em torno do Rio Nilo, era marcada pela presença de Osíris, que trazia consigo as cheias do Nilo, onde cerimônias eram realizadas para solicitar ou agradecer as cheias e consequentemente as férteis colheitas. Por fim, é notável a presença religiosa em aspectos culturais como a escrita, que para os egípcios foi entregue aos humanos através do deus Toth, ou até mesmo é possível encontrar representações religiosas, tratando-se de cultura, em esculturas, pinturas ou na esbelta arquitetura egípcia. Palavras-chave: Antigo Egito. Religião no Egito. Poder e política no Antigo Egito. Religião e poder. Civilizações da antiguidade. ABSTRACT Studying Ancient Egypt means delving into the past, returning to a fascinating time and society, full of mysteries and strongly marked by religiosity. This work is based on an analytical-bibliographic research based on examining and understanding the power and influence relations established by religion in Ancient Egypt. For this, a range of scientific articles, books and documents that refer to the aforementioned theme and to Ancient Egypt in its general aspects were analyzed. Egypt, up to the present, is a symbol of progress in several social areas, such as politics, economy and culture. As well, it is also known for being a structured society marked by a religious cosmogony, in other words, it is impossible to talk about Ancient Egypt without the influence of religious concepts. This work is based on investigating and understanding how and to what extent religion interfered in the life and in some specific areas of the life of the Egyptians. Ideals of order, justice and progress were established in society through the influence of the goddess Maat, who constantly made political decisions taken by the pharaoh to be influenced by such religious conceptions, in other words, such decisions that encompass areas such as: economic , politics, culture and more, were constantly marked by religion. Political power was concentrated in the hands of the Pharaoh, who was seen as a divine figure, an incarnate god. The economy, since it was based on agriculture around the Nile River, was marked by the presence of Osiris, god of the Sun, who brought the Nile floods with him, where ceremonies were performed to request or thank the floods and consequently the fertile harvests. . Finally, the religious presence in cultural aspects such as writing, which for the Egyptians was given to humans through the god Thoth, is notable, or it is even possible to find religious representations, in the case of culture, in sculptures, paintings or in the slender Egyptian architecture. Keywords: Ancient Egypt. Religion in Egypt. Power and Politics in Ancient Egypt. Religion and power. Ancient civilizations. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6 1.1 Justificativa ........................................................................................................... 7 2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 8 2.1 Objetivo geral ........................................................................................................ 8 2.2 Objetivos específicos ............................................................................................ 9 3 CAPÍTULO I: A INFLUÊNCIA DA RELIGIÃO NO ANTIGO EGITO ......................... 9 3.1 Breve histórico ...................................................................................................... 9 4 CAPÍTULO II: A ATUAÇÃO DA RELIGIÃO EM ÁREAS ESPECIFICAS DA SOCIEDADE DO ANTIGO EGITO ............................................................................ 12 4.1 A ligação da Religião com Economia no Antigo Egito ........................................ 12 4.2 A Atuação da Religião na Cultura do Antigo Egito .............................................. 13 4.3 Como o Poder Faraônico se Articulava com a Religião e o Poder Político ......... 15 5 METODOLOGIA ...................................................... Erro! Indicador não definido. 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ..........................................................................16 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 20 APÊNDICE 1 – SEQUÊNCIA DIDÁTICA .................................................................. 22 1 INTRODUÇÃO Segundo Baines (2020), o Antigo Egito, em aspectos gerais, possuía de forma entrelaçada influências religiosas em todas as áreas da sociedade. Por isso, ao fazer um levantamento bibliográfico sobre o Antigo Egito, é muito difícil a pesquisa não incluir de alguma forma fenômenos religiosos. Por isso a cultura religiosa egípcia possuía uma forte ligação com as demais áreas da sociedade: política, cultura, arte, economia e etc. Ao voltarmos o olhar para uma civilização temporalmente tão distante como a sociedade do Antigo Egito, com uma primeira impressão é possível sentir certo nível de estranhamento devido ao aparente nível de complexidade que se pré-estabelece ao pesquisarmos superficialmente sobre alguns fatores que contribuíram para a existência e modos de vida da sociedade do Antigo Egito. Entretanto, segundo Costa (2018), a medida em que se aprofundam as pesquisas, fica evidente que o Antigo Egito, mesmo em seus aspectos particulares e peculiares e em seus costumes, é possível estabelecer relações com outras sociedades contemporâneas, identificando o Antigo Egito não com estranhamento, mas sim com certa identificação. Por isso, vale salientar a importância de estudar uma sociedade que remete até os dias atuais como um símbolo de organização social em vários aspectos da sociedade, e para isso, um dos pontos importantes para dar início a tal pesquisa é analisar até que ponto ou limite a religião tinha influência sobre o Antigo Egito, uma vez que a cosmogonia religiosa egípcia estava entrelaçada em todos os elementos que compunham a sociedade. Por isso, seguindo o raciocínio de Tobin et al. apud Sales (2018), os ritos e mitos que rodeiam a cultura egípcia são tão impactantes a ponto de influenciar até mesmo outras sociedades, como por exemplo no Genesis da criação que faz parte da cultura hebraica, que possui traços marcantes dos mitos da cultura egípcia, não meramente por coincidência, mas sim por poder de influência. Assim, optamos por dividir esse trabalho em duas partes, a primeira, o Capítulo I, refere-se a fazermos um levantamento geral sobre as características que envolvem religião e poder no Antigo Egito, enquanto a segunda, o Capítulo II parte comtempla em argumentar e analisar áreas específicas da referida sociedade que estabeleceram relação com a religião. 1.1 Justificativa É inquestionável que a religião teve uma marcante presença em todos as áreas e em todos os aspectos que remetem a vida da sociedade do Antigo Egito. Com isso estudar a relação e a influência que a religião impôs sobre tal sociedade torna-se relevante a medida em que observamos que a o Antigo Egito é conhecido como uma das mais organizadas e desenvolvidas civilizações da antiguidade, desde a sua economia, política, cultura ou até mesmo na sua magnífica arquitetura quando lembra- se das construções das suas pirâmides e dos mais variados monumentos que por sua vez foram erguidos colocando a prova a inteligência atemporal e os limites humanos dessa sociedade. Por isso levante-se o seguinte questionamento: Até que ponto a Religião influenciou as diversificadas áreas sociedade Egípcia? 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Compreender de qual forma e até que ponto ou limite a Religião tinha influência na sociedade do Antigo Egito e com isso, analisar as influências e o poder da religião sobre diversas áreas da vida de tal sociedade. 2.2 Objetivos específicos Verificar como a Religião contribuiu e influenciou áreas específicas da sociedade egípcia, como a política, economia e cultura. Organizar e analisar aspectos e argumentos que comprovem a relação de poder da Religião no Antigo Egito. Conhecer, estabelecer e analisar como o Poder Faraônico se articulava com a Religião e o Poder no Antigo Egito. 3 CAPÍTULO I: A INFLUÊNCIA DA RELIGIÃO NO ANTIGO EGITO 3.1 Breve histórico Na antiguidade, principalmente quando se trata do Antigo Egito, religião, cultura, economia e política se entrelaçam inseparavelmente, assim tais aspectos dão forma a cosmogonia egípcia, de modo que a religião possuía forte influência nas demais áreas, tanto que os pesquisadores remetem a sociedade como uma “unidade teopolítica”. Pois Segundo Vernant e Assman apud Matias (2018), o Antigo Egito é uma sociedade na qual os mitos de criação são organizados com base naquilo que é observado no real, de modo que os rituais religiosos são baseados no mundo dos vivos, fazendo assim com que a religião e as interatividades sociais estejam totalmente interligadas. Os ritos religiosos da sociedade egípcia estavam articulados com o poder daquela região, fazendo com que através deles fossem estabelecidos ideais de ordem, justiça e equilíbrio na vida das pessoas que ali viviam. Com isso, “Os mitos de cosmogonia, por exemplo, revelam que a construção simbólica do divino é representativa da prática social realizada no mundo físico” (MATIAS, 2018, p. 68). Conceitos cosmogônicos atribuídos através da deusa Maat por exemplo, serviam como elementos primordiais na ordenação das atividades para aquela sociedade, noções de ordem, justiça e equilíbrio atribuídos por Maat, fizeram com que o Antigo Egito conseguisse manter a centralização estatal por mais de três milênios por exemplo, uma vez que qualquer princípio ou sentimento contrário, ou seja, qualquer princípio de caos ia contra aos conceitos estabelecidos e consequentemente era considerado como inaceitável (MATIAS, 2018, p. 67). Segundo Assmann apud Ribeiro (2018), ao pensarmos no Antigo Egito no âmbito de sociedade, assim também como em diversos outros povos, não é possível estabelecer uma esfera isolada da religião em relação aos demais aspectos da vida, uma vez que como mencionado anteriormente, a religião esta intrinsecamente interligada e entrelaçada as demais áreas da sociedade egípcia. Com isso, é necessário antes compreendermos algumas conceituações sobre religião, Assmann estabelece dois conceitos importantes, o primeiro é denominado de Religião Visível, que se refere a atos, ritos ou objetos, em outras palavras, trata-se de aspectos físicos ou observáveis da religião, e o segundo conceito, concebido por Assmann como Religião Invisível, remete-se a deusa Maat, como plano de fundo para a Religião Visível fazendo com que ela ganhe sentido. Desse modo: Para Assmann, a Religião Invisível pode ser identificada no Egito Antigo como Maat, conceito polissêmico e de suma importância que designava questões de ordem e equilíbrio de tudo o que existia. Enquanto a Religião Visível pode ser observada nos cultos aos mortos e aos deuses, âmbitos importantes da sociedade egípcia, Maat fornecia-lhe o plano de fundo ao mesmo tempo em que também afetava as esferas da Política e da Justiça de forma geral, as quais possuíam sua significância e funções religiosas (ASSMANN apud RIBEIRO, 2018, p. 77). Em outras palavras o conceito de Religião Invisível no Antigo Egito, sustentado pela deusa Maat, subsidiava o alicerce para as práticas da Religião Visível que induziam fortemente as práticas sociais daquela sociedade, influenciando áreas como economia, política e o modo de vida. Sabendo disso, quando são feitos levantamentos sobre o Antigo Egito, é impossível não citar divindades ou os deuses egípcios como foi o caso de Maat mencionado anteriormente. Especialmente também é necessário exibir a presença do faraócomo personificação dos próprios deuses, que por sua vez possuíam uma imagem imperiosa, com domínios ricos e esbeltos (LEAL; LIMA, 2018, p.116). “O faraó era uma espécie de “mortal divinizado na terra”; era a encarnação de Maat, termo que, “se traduz por verdade, mas cuja significação geral é a boa ordem, e, consequentemente, o direito, e a justiça” (ELIADE apud LEAL; LIMA, 2018, p.116). Sendo assim, a religião estava diretamente articulada ao poder político no Antigo Egito, uma vez que o Faraó como representação de um deus, organizava e unificava o Estado e todas as diretrizes sociais a serem seguidas, desse modo, o controle do poder político estava totalmente nas mãos de uma tradição religiosa. Além disso, Mircea Eliade apud Leal e Lima (2018), ainda menciona que mesmo que houvesse a morte de determinado faraó, isso não significava o fim do império, uma vez que mesmo após a morte, acreditava-se na crença da continuidade do poder através do surgimento de um novo deus encarnado, sistematizando assim um domínio sem fim, que obtinha todo aporte de poder baseado em uma cosmogonia religiosa. Assim de fato, fica evidente estarmos diante de uma civilização além de complexa, com um elevado grau de religiosidade interligada a vida. Entretanto o mito de Maat ou o poder que a Religião proporcionava ao Faraó são apenas alguns dos exemplos que podem representar como a religião influenciou a vida dessa sociedade. Também é possível destacar altos níveis de indução a ações no comportamento e costumes de vida da sociedade egípcia através do mito de Osíris por exemplo, conhecido como rei dos mortos, que segundo a crença fornece e ensina recursos e técnicas essenciais para a civilização da sociedade do Antigo Egito, na agricultura ou até mesmo na domesticação de animais (LEAL; LIMA, 2018, p.123). Ainda segundo Leal e Lima (2018), “Osíris aparece nos Textos das Pirâmides, no Livro dos Sarcófagos, bem como no Livro dos Mortos como aquele que preza a ética, a verdade, a esperança e a justiça, tanto na vida religiosa como social; como aquele que vence a morte”. Assim sendo, a civilização egípcia traz mais uma vez a exemplificação de como a tradição religiosa afetava diretamente a vida em sociedade de tal povo. 4 CAPÍTULO II: A ATUAÇÃO DA RELIGIÃO EM ÁREAS ESPECIFICAS DA SOCIEDADE DO ANTIGO EGITO 4.1 A ligação da Religião com Economia no Antigo Egito A fonte principal e primordial de economia no Antigo Egito, era a agricultura existente em torno do Rio Nilo, tal rio, era considerado como uma dádiva entregue aos povo do Egito pelos deuses. As terras, eram domínios do Faraó, e algumas governadas por seus sacerdotes. Sabendo disso, segundo Cardoso (1982), “Cerimônias eram realizadas pelos sacerdotes cada ano para garantir a chegada da inundação, e o rei agradecia a colheita solenemente às divindades adequadas”. Dentre os deuses da cosmogonia egípcia, um dos que mais recebem destaques na historiografia do Antigo Egito, principalmente relacionado a economia já que estava ligado com a agricultura do Nilo, é o deus Osíris, que comumente representava ressurreição, aspectos da natureza, fertilidade e agricultura, dessa forma, sempre que o Rio Nilo tinha suas baixas, considerava-se que Osíris estava em declínio, assim também como quando as cheias do Nilo que possibilitavam grandes colheitas, representavam o renascimento do deus. Desse modo influenciando a população egípcia a medida em que representava esperança para colheitas fartas que elevariam a economia e melhoraria a vida no Antigo Egito. (SANTOS, 2003, p. 15). Santos (2003), afirma que “clamava-se pelo deus para que a cheia do Nilo viesse todos os anos e para que a semente germinasse e trouxesse a fertilidade e bem- aventurança para o país”. A economia Egípcia, se consolidava e concentrava na mão do Faraó/Estado, dessa forma o Faraó era visto como figura sagrada, considerado filho do Deus-Sol, que seguia preceitos sagrados para determinar ações do seu governo, incluindo ações que remetem-se a economia, como quando por exemplo são organizadas cerimônias ou sacrifícios para obtenção de recursos e boas colheitas através do deus Osíris, como foi mencionado anteriormente. Desse modo, as escolhas de ações determinantes sobre o governo em geral do Egito, inclusive economia, estava pautada em escolhas do Faraó baseadas em princípios divinos. Pois a presença cotidiana do Faraó na vida da sociedade estava ligada a diversos ideais de representações, como figura divina, adivinha através do Faraó conceitos de ordem e organização por exemplo, existindo assim sempre uma manutenção de progresso baseada em escolhas que estavam interligadas ao poder divino. 4.2 A Atuação da Religião na Cultura do Antigo Egito A medida em que os egípcios possuíam uma marcante presença religiosa em todos os aspectos da vida, a cultura era uma das áreas mais influenciadas. A escrita, as cerimônias festivas, a arte e arquitetura são alguns exemplos de aspectos culturais onde a religião incorporava uma significativa presença. Assim falando na escrita egípcia, é possível notar a marcante presença de conceitos religiosos, pois “para os egípcios, a escrita era uma invenção de Toth, deus da sabedoria, que decidiu ensiná-la aos homens contrariando uma ordem do deus Ra. O nome dado por eles à sua escrita era medju netjer, ou literalmente, ‘palavras dos deuses’” (GARDINER apud COELHO, 2012, p. 189). Além da escrita, outras áreas culturais do Antigo Egito, como a arte, também é possível notar influências religiosas. Fernandes afirma que nesse sentido: A espiritualidade, a crença na natureza e a certeza de que os deuses podiam ser a chave para a eternidade, levaram o homem egípcio a construir uma civilização forte e duradoura que se espelha na arte e na vontade de que esta seja o seu testemunho para todo o sempre. É neste espaço temporal, onde o hoje se confunde com o ontem e com o amanhã, que surge uma arte que ficou gravada no tempo e na História, assim como na pedra (FERNANDES, 1998, p. 429). Sendo assim, neste momento tratando-se da arte, no Antigo Egito é possível encontrar marcas religiosas nas pinturas, nas construções arquitetônicas e até mesmo em esculturas. Sendo assim, tais objetos culturais podiam ter variados significados ligados a religião, podendo um mesmo objeto ter significados diferentes. Por exemplo, a pena pode ser utilizada para simbolizar o ar ou o deus do ar, Shu, mas também pode ser interpretada, em contexto diferente, como Maat, invocando todos os conceitos de justiça, ordem e verdade (FERNANDES, 1998, p. 430). O Antigo Egito nasceu e desenvolveu-se principalmente baseando quase todos os aspectos da vida em sua religiosidade. Suas crenças e divindades foram norteadoras para a construção de uma cultura social pautada principalmente na religião, assim considerando que o mundo foi erguido e criado pelos deuses, que também deram o dom da vida aos homens, o divino era sempre retratado superiormente mais que qualquer outro componente quando trata-se da construção de um valor cultural, seja na escrita ou na arte como aqui mencionado, ou em qualquer outro aspecto culturalmente falando (FERNANDES, 1998, p. 431). 4.3 Como o Poder Faraônico se Articulava com a Religião e o Poder Político O Egito faraônico é conhecido historicamente, como a mais longa experiência humana documentada de continuidade política e cultural (CARDOSO, 1982, p. 1). Sendo assim, quando se trata de poder político, é possível estabelecer uma relação entre religião e política, pois como visto anteriormente, o Faraó é o responsável por estabelecer na sociedade conceitos de ordem e equilíbrio, Maat é intercessor entre o estado faraônico e o universo, e através dos conceitos de Maat, o Faraó delimita as diretrizes a serem seguidas juntamentecom a sociedade. Sendo assim: Além de Maat ser a condição de existência necessária para que o processo de criação do cosmo pudesse ter continuidade, as atribuições a ela associadas não se restringiram apenas ao âmbito “religioso”, servindo, outrossim, de esteio para estruturação política e social da cultura em foco. Tratando-se de um povo cuja cosmovisão se assentava no mito e cuja função temporal do faraó, e por extensão da sociedade como um todo, era viabilizar a reprodução e a manutenção de uma ordem perfeita existente a priori, a deusa/princípio lançou as bases que legitimou o pacto de governabilidade do monarca para com o seu povo, e forneceu as diretrizes ao comportamento do homem egípcio, pois pode ser considerada a medida ética que orientou a conduta moral nos âmbitos individual e coletivo (CAMARA, 2011, p. 7). Por isso, seguindo o Pensamento de Camara (2011), é possível notar a presença da religião em ações políticas no estado faraônico. O Egito Antigo era o local da beleza, da graça e da religiosidade e a população tinha no faraó uma imagem de superioridade, de líder, onipotente, guiado pelos deuses para comandar a sociedade. Segundo a visão de mundo dos egípcios, a sociedade do Antigo Egito não foi moldada a partir de incentivo ou recursos humanos e sim construída, incluindo as estruturas político-sociais de tal povo, através de um ideal perfeito de ordem planificado através de divindades. Conferindo ao faraó o dever da manutenção de políticas que mantivessem tais ideais. Com isso, esses princípios possibilitaram a estabilidade estatal e duradoura dos governos no Antigo Egito, em outras palavras, pode se dizer que foram os princípios divinos da sociedade egípcia que norteou e deu arcabouço para toda estrutura político-social do estado faraônico, e possibilitando assim através da articulação entre religião e política o desenvolvimento de ordem, justiça e progresso em tal sociedade (CAMARA, 2011, p.15). Pois: Consequentemente, como princípio que orienta, e está contido em todos os elementos da criação, Maat, além de suas prerrogativas estritamente “religiosas” – se é que é possível colocá-las em tais termos visto a concepção de mundo unicista dos egípcios –, tornou-se o alicerce de toda a estrutura política e social do Estado faraônico, conferindo governabilidade ao monarca, e regendo o comportamento individual e coletivo do homem egípcio, por ser compreendida como a medida ética reguladora das ações humanas (CAMARA, 2011, p. 19). Evidenciando-se assim mais uma vez, a marcante presença e influência da religião em áreas primordiais da sociedade do Antigo Egito. Desse modo, é impossível pensar cada área da sociedade egípcia isolada da cosmogonia religiosa que engloba tal povo, fazendo assim que cada segmento social possua traços e influências religiosas. 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES Neste trabalho foi feita uma pesquisa bibliográfica qualitativa, analisando uma série de bancos de dados, revistas, acervos e jornais em sistemas nacionais e internacionais. E através de tais recursos, foi possível estabelecer e comprovar a veracidade da hipótese levantada para o tema desta pesquisa neste trabalho de curso, ou seja, foi possível revelar através de pesquisas já existentes, sobre aspectos do Antigo Egito, que não há dúvidas de que a religião foi base primordial para construção de valores políticos, culturais e até mesmo valores morais nesta sociedade. Após analisar cada fonte bibliográfica aqui trabalhada, foi possível estabelecer que, a sociedade egípcia foi marcada e influenciada pela religiosidade. Observando- se o cenário político governamental por exemplo, havia a significativa presença de ordem, justiça e progresso, conceitos esses estabelecidos através da presença divina de Maat, na vida da sociedade, e principalmente na vida do faraó, que além de ser a representação do estado, também era considerado como uma figura sagrada. Sendo assim, qualquer preceito ou atitude tomada pelo faraó ou pela sociedade que estivesse ligada ao caos ou a desordem, iria contra os princípios de Maat, fazendo com que a civilização egípcia em seu aspecto político-social fosse guiada por concepções religiosas que levariam ao desenvolvimento e progresso. A estrutura do poder faraônico estava solidamente baseada em preceitos cosmogônicos e cosmológicos, de forma que todos os habitantes do Egito compunham a parte de um todo ordenado pela concepção de Maat, princípio que regia o equilíbrio cósmico do mundo (BAINES apud COSTA, 2018, p. 4). Seguindo este mesmo princípio de ideia, através da intensiva leitura do acervo bibliográfico escolhido, ao analisar a presença da religião na economia do Antigo Egito, que era baseada na agricultura nas margens do Rio Nilo, foi possível constatar que apesar de a religião não possuir fortes influências nas ações realizadas nesta atividade, ainda assim foi possível notar aspectos marcantes, como a presença do deus Osíris, que levava o povo realizar cerimônias de agradecimento ou até sacríficos para interceder pelas cheias do Nilo e consequentemente realizarem boas colheitas. “Osíris foi identificado com diversos aspectos da natureza, particularmente como deus da fertilidade, deus da agricultura e como deus dos mortos. Assim as diminuições do Nilo simbolizavam sua morte, enquanto a inundação sua ressurreição” (SANTOS, 2003, p. 15), ou seja, Osíris era ligado a agricultura e a agricultura era a fonte base da economia no Antigo Egito. Além da política e da economia, a religião também impôs aspectos marcantes em outras áreas sociais importantes, como a cultura, influenciando assim a escrita, pintura e monumentos. Segundo os egípcios a escrita foi entregue aos humanos pelo deus Toth, fazendo com que elementos religiosos passaram a fazer parte da escrita egípcia. Surgiu-se assim o que é conhecida hoje como escrita hieroglífica, baseada em representações através de símbolos, no qual a maioria de tais símbolos além de possuir significado comunicativo, possuem influências religiosas, como por exemplo a pena, que faz parte da escrita, como também representa a ordem e a justiça de Maat segundo Fernandes (1988). Por fim, e não menos importante, as esculturas, os templos e monumentos egípcios eram marcados extremamente com representações ao sagrado. Assim deixando claro e evidente o poder e a influência em vários âmbitos da sociedade do Antigo Egito. 6 METODOLOGIA Este trabalho, caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica qualitativa. Para o estudo foi necessário fazer um levantamento bibliográfico acerca do tema estudo, e logo após uma exaustiva e duradoura leitura de todas informações encontradas. Diversos, artigos, livros e outros mais foram analisados, entretanto, foram selecionados 10 pesquisas entre os materiais examinados. Com isso, o objetivo desta pesquisa é organizar, sumarizar e analisar os materiais escolhidos para desvendar aspectos em que a religião influenciou a vida no Antigo Egito, e com isso identificar e estabelecer a relação entre poder e religião que ali era marcantemente presente. Em primeiro momento, foi levantado um breve histórico sobre a presença religiosa em aspectos gerais da vida no Antigo Egito, e sem seguida com base no material estudado, foi feito um referencial teórico com base em informações sobre a influência da religião em aspectos específicos do Antigo Egito, como política, economia e cultura. Por fim argumentos foram desenvolvidos, para comprovar tal questão através de discussões das informações, através da luz da teoria apresentada. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo, teve como intuito analisar de que forma e até que ponto a religião influiu no poder e algumas áreas e aspectos da vida no EgitoAntigo. Diante do acervo de informações estudadas, foi possível notar que, ao tratarmos do Antigo Egito, a religiosidade sempre estará presente, seja na política, seja na economia ou na cultura, ou em qualquer outro componente da vida social egípcia. O objetivo final era compreender de fato como a religião permeou na sociedade egípcia, objetivo esse esclarecido conforme as ideias e informações eram levantadas no decorrer do desenvolvimento desde trabalho. Iniciando se pelo poder político, exercido pelo faraó em tal sociedade, foi possível notar conceitos como ordem e justiça, estabelecidos pela deusa Maat, que designavam os moldes da sociedade. Em conceitos econômicos, foi possível notar a presença do deus Osíris na agricultura, que era base econômica daquela região e por fim, tratando-se de aspectos culturais, foi possível notar a presença e influência divina na escrita, na arte e monumentos, onde este trabalho em conceitos culturais, resolveu destacar o papel da religião na escrita, escrita na qual foi baseada e representada com figuras e preceitos religiosos. Por fim, concluiu-se, ser inegável a presença religiosa nos mais variados ângulos da sociedade do Antigo Egito, sociedade essa que continuará, assim como é hoje, símbolo de desenvolvimento, mistério e admiração por todos, com a sua organização social pautada em interligar todos preceitos a religiosidade e ao cosmos, sempre com o ideal e representação de “algo maior” ou “algo superior”, as entidades divinas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAMARA, Giselle Marques. Maat: O Princípio Ordenador do Cosmo Egípcio: Uma Reflexão Sobre os Princípios Encerrados Pela Deusa no Reino Antigo (2686- 2181 a.C.) e no Reino Médio (2055-1650 a.C.). 2011. Disponível em: < https://www.historia.uff.br/stricto/td/1513.pdf>. Acesso em: 16 de novembro de 2021. CARDOSO, Ciro Flamarion Santana. O Egito Antigo. 1ª ed. Editora Brasiliense. 1982, p. 1-40. COELHO, Liliane Cristina. Hieróglifos e Aulas de História: Uma Análise da Escrita Egípcia Antiga em Livros Paradidáticos. Volume 1, Ano 1. Rio de Janeiro: Revista Mundo Antigo: 2012, p. 188-205. COSTA, Beatriz Moreira. Poder e Religião no Antigo Egito. Volume 4, Número 2. Rio de Janeiro: Revista Hélade, 2018. FERNANDES, Sílvia. A Pintura Egípcia – A Mensagem do Eterno Momento Presente. Revista da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, n.° 12. Lisboa: Edições Colibri, 1998, p. 429-435. LEAL, Tito Barros; LIMA, Francisco Wellington Rodrigues. A Morte, os Mortos, o Julgamento e a Salvação no Egito Antigo. Volume 3, Número 5. Rio de Janeiro: Revista M, 2018, p. 114-128. MATIAS, Keidy Narelly Costa. “Uma Dádiva do Nilo” Algumas Reflexões Sobre o Espaço Absoluto – De Herni Lefebvre – No Antigo Egito. In: Poder e Religião no Antigo Egito. Volume 4, Número 2. Rio de Janeiro: Revista Hélade, 2018, p. 62-71. RIBEIRO, Thiago Henrique Pereira. A Magia no Antigo Egito: Uma Proposta de Definição. In: Poder e Religião no Antigo Egito. Volume 4, número 2. Rio de Janeiro: Revista Hélade, 2018, p. 72-96. SALES, José da Candeias. A criação do Mundo no Gênesis, na Cosmogonia Hermopolitana e na Teologia Menfita. In: Poder e Religião no Antigo Egito. Volume 4, Número 2. Rio de Janeiro: Revista Hélade, 2018, p. 08-28. SANTOS, Poliane Vasconi. Religião e Sociedade no Antigo Egito: Uma Leitura do Mito de Ísis e Osíris na Obra de Plutarco. 2003. Disponível em: < https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/93452/santos_pv_me_assis.pdf? sequence=1>. Acesso em: 22 de novembro de 2021. APÊNDICE 1 – SEQUÊNCIA DIDÁTICA UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP POLO SOUSA - PB CURSO: LICENCIATURA EM HISTÓRIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Título: A relação entre poder e religião no Antigo Egito. IDENTIFICAÇÃO Nível de Ensino/Turma: 1º ano do Ensino Médio. Disciplina: História. Tema: A influência da religião no Antigo Egito. Quantidade de aulas: 01 aulas. Duração da aula: 50 minutos. AULA 01 a) Conteúdo: Historiografia do Antigo Egito. A influência religiosa em aspectos gerais da sociedade egípcia. b) Objetivos: Objetivo geral: Fazer uma imersão na sociedade do Antigo Egito, para desvendar e conhecer a historiografia da referida sociedade, com o intuito de estabelecer relações entre a religião e sua influência em aspectos da vida no Antigo Egito. Objetivos específicos: Conhecer e examinar a historiografia do Antigo Egito. Analisar e assimilar aspectos da cosmogonia religiosa da sociedade egípcia. Analisar e levantar um olhar crítico sobre o poder e influência da religião sobre tal sociedade. c) Recursos: Leitura e interpretação de textos através de livros didáticos, revistas, documentos e artigos científicos. Slides com o auxílio de um notebook e um projetor, sobre o tema para fazer exposição de fatores, documentos, artefatos, esculturas e arquitetura egípcia para comprovar a articulação entre religião e sociedade. d) Etapas da aula: Introdução ao tema: Esta é a etapa introdutória da aula, e por isso deverão ser apresentados superficialmente os tópicos que serão trabalhados no decorrer da aula, assim também ser explicado a metodologia, ou seja, de qual forma será abordado o tema em questão. Após isso, é interessante fazer um levantamento de conhecimento prévio dos alunos sobre os tópicos que serão trabalhados, para que assim o professor possa estabelecer um grau de profundidade que trabalhará o tema. Feito todos esses precedentes mencionados, deve-se iniciar de fato a apresentação da historiografia egípcia e ir desenvolvendo tema, sempre no enfoque da relação entre religião e poder em aspectos da vida egípcia. Desenvolvimento da aula: Nesta etapa os conteúdos deverão ser apresentados aos alunos de forma não mais introdutória, mas sim com um grau maior de profundidade. Iniciando se pela historiografia do Antigo Egito, é necessário colocar em pauta inicialmente os fatores e influências que levaram o surgimento da sociedade egípcia, e em seguida fazer demonstrações através do slide com representações das primeiras aldeias do Antigo Egito, seus modos de vida, sua economia e seus costumes por exemplo. Figuras como a representação dos canais de irrigação construídos as margens do Rio Nilo, que subsidiavam a agricultura, que era a principal fonte de economia de tal civilização. Por fim, logo após esse breve histórico acerca do Antigo Egito, deverão ser apresentados conceitos religiosos que influenciaram a forma de viver que moldaram a sociedade egípcia, conceitos como os de ordem, equilíbrio e justiça estabelecidos através da deusa Maat por exemplo, que fizeram com que a religião influenciasse grandemente a vida dos egípcios e seus aspectos em geral. Atividade para os estudante: Então chega-se o momento de aperfeiçoamento da reflexão crítica, conceito primordial para o desvendar histórico. Nesta etapa, os alunos deverão responder de forma oral, em um debate juntamente ao professor, os seguintes questionamentos, com o objetivo de desenvolver o pensamento crítico: 1- Em quais conceitos e circunstâncias surgiu-se a civilização egípcia? 2- Quais as áreas em que a religião possuía forte presença na sociedade? 3- Qual a relação entre poder e religião no Antigo Egito? 4- É possível adentrar no passado para estudarmos sobre o Egito, sem que haja a presença religiosa? 5- Quais conceitos é possível assimilar entre a nossa sociedade e a sociedade egípcia? e) Avaliação: Elaboração de um texto dissertativo: Por fim, esta etapa compreende-se por instigar o poder de argumentação dos alunos sobre o tema estudado. Será necessário solicitar a cada aluno que elabore um texto dissertativo pautado no tema da aula, com no mínimo 15 e no máximo 30 linhas. f) Fundamentação teórica: O AntigoEgito, sempre chamou atenção por diversos aspectos possíveis de serem notados em tal religião, desde um certo estranhamento por causa dos seus mistérios ou até mesmo um olhar deslumbre ocasionado pela suas magníficas construções, como as pirâmides por exemplo. Assim como diversas outras sociedades, o Antigo Egito possui uma presença religiosa, entretanto, diferentemente das demais, a civilização egípcia possui um elo, uma interligação com conceitos cosmogônicos religiosos mais que qualquer outro povo. Aspectos da sociedade, como política, economia e cultura, ou até mesmo a forma que as moradias eram construídas, continham influências advindas da religião. Por isso é de extrema importância lembrar que, ao estudarmos o Antigo Egito, é impossível negar a presença dos deus nos mais diversificados âmbitos da sociedade. Então é importante salientar os preceitos religiosos que moldaram tal sociedade sempre em que for debatido sobre o Antigo Egito. g) Referências: COSTA, Beatriz Moreira. Poder e Religião no Antigo Egito. Volume 4, Número 2. Rio de Janeiro: Revista Hélade, 2018. DOBERSTEIN, ARNOLDO W. O Egito Antigo. Edição única. Porto Alegre: EDIPUCRS – Editora Universitária da PUCRS, 2010.
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