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TCC - TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO HISTÓRIA - UNIP

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
 
 
 
 
POLO SOUSA - PB 
CURSO: LICENCIATURA EM HISTÓRIA 
 
 
 
 
 
A RELAÇÃO ENTRE PODER E RELIGIÃO NO ANTIGO EGITO 
 
 
 
 
 
 
Hélton Alves de Sousa LAURINDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOUSA - PB 
2021 
Hélton Alves de Sousa Laurindo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Curso – Licenciatura em História 
 
A Relação Entre Poder e Religião no Antigo Egito 
 
Trabalho de Conclusão de Curso como 
parte do exigido para obtenção do título de 
graduação em Licenciatura em História 
apresentado à Universidade Paulista – 
UNIP. 
 
Orientadora: Profa. Ma. Magali Fernandes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOUSA - PB 
2021 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço antes de tudo a Deus, por ter me dado sabedoria, força e coragem 
para superar todos os obstáculos enfrentados até aqui. 
Agradeço também os meus familiares, por sempre me incentivarem e 
motivarem a buscar meus sonhos, em especial a minha mãe Rosivânia e ao meu pai 
José Hilton, por me darem todo o carinho e apoio necessário, principalmente nos 
momentos turbulentos, onde surgia a vontade de desistir e o sentimento de 
incapacidade em mim. Pois apesar de estar realizando o meu sonho em adentrar no 
mundo da História, conhecer o passado, desvendar e relacionar fatos históricos e 
repassar tais conhecimentos na sala de aula pra outras pessoas, a caminhada não foi 
fácil, foi necessário apoio para que houvesse dedicação, e tal apoio foi dado 
principalmente através de meus familiares. 
Em especial, gostaria de destacar também, o meu eterno agradecimento a 
minha namorada Bruna Inocêncio, pois ela desempenhou um papel fundamental para 
que eu chegasse até aqui, agradeço por todas as vezes em que ela me levantava 
quando eu estava exausto. 
E deixo meu agradecimento a minha professora orientadora Ma. Magali 
Fernandes, pelo apoio e por se comprometer a acompanhar o desenvolvimento deste 
Trabalho de Curso. 
Deixo aqui, minha eterna gratidão a todos que fizeram parte dessa jornada da 
minha vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Estudar o Antigo Egito significa mergulhar no passado, voltar-se a uma época 
e a uma sociedade fascinante, cheia de mistérios e fortemente marcada pela 
religiosidade. Este trabalho tem como base uma pesquisa analítica-bibliográfica 
pautada em examinar e compreender as relações de poder e influência estabelecidas 
pela religião no Antigo Egito. Para isso, foram analisados uma gama de artigos 
científicos, livros e documentos que remetem-se ao tema referido e ao Antigo Egito 
em seus aspectos gerais. 
O Egito, até a contemporaneidade, é um símbolo de progresso em diversas 
áreas sociais, como política, economia e cultura. Assim como, também é conhecida 
por ser uma sociedade estruturada e marcada por uma cosmogonia religiosa, ou seja, 
em outras palavras é impossível falar do Antigo Egito sem que haja a influência de 
conceitos religiosos. Este trabalho tem como objetivo investigar e compreender de que 
forma e até que ponto a religião estabelecia interferências na vida e em algumas áreas 
específicas da vida dos egípcios. 
 Ideais de ordem, justiça e progresso, eram estabelecidos na sociedade através 
da influência da deusa Maat, que faziam com que constantemente as decisões 
políticas tomadas pelo faraó, fossem influenciadas por tais concepções religiosas, em 
outras palavras, tais decisões que englobam áreas como: econômica, política, cultura 
e outras mais, eram constantemente marcadas pela religião. 
O poder político era concentrado nas mãos do Faraó, que era visto com uma 
figura divina, um deus encarnado. A economia, uma vez que se baseava na agricultura 
em torno do Rio Nilo, era marcada pela presença de Osíris, que trazia consigo as 
cheias do Nilo, onde cerimônias eram realizadas para solicitar ou agradecer as cheias 
e consequentemente as férteis colheitas. Por fim, é notável a presença religiosa em 
aspectos culturais como a escrita, que para os egípcios foi entregue aos humanos 
através do deus Toth, ou até mesmo é possível encontrar representações religiosas, 
tratando-se de cultura, em esculturas, pinturas ou na esbelta arquitetura egípcia. 
 
Palavras-chave: Antigo Egito. Religião no Egito. Poder e política no Antigo Egito. 
Religião e poder. Civilizações da antiguidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Studying Ancient Egypt means delving into the past, returning to a fascinating 
time and society, full of mysteries and strongly marked by religiosity. This work is based 
on an analytical-bibliographic research based on examining and understanding the 
power and influence relations established by religion in Ancient Egypt. For this, a range 
of scientific articles, books and documents that refer to the aforementioned theme and 
to Ancient Egypt in its general aspects were analyzed. 
Egypt, up to the present, is a symbol of progress in several social areas, such 
as politics, economy and culture. As well, it is also known for being a structured society 
marked by a religious cosmogony, in other words, it is impossible to talk about Ancient 
Egypt without the influence of religious concepts. This work is based on investigating 
and understanding how and to what extent religion interfered in the life and in some 
specific areas of the life of the Egyptians. 
 Ideals of order, justice and progress were established in society through the 
influence of the goddess Maat, who constantly made political decisions taken by the 
pharaoh to be influenced by such religious conceptions, in other words, such decisions 
that encompass areas such as: economic , politics, culture and more, were constantly 
marked by religion. 
Political power was concentrated in the hands of the Pharaoh, who was seen 
as a divine figure, an incarnate god. The economy, since it was based on agriculture 
around the Nile River, was marked by the presence of Osiris, god of the Sun, who 
brought the Nile floods with him, where ceremonies were performed to request or thank 
the floods and consequently the fertile harvests. . Finally, the religious presence in 
cultural aspects such as writing, which for the Egyptians was given to humans through 
the god Thoth, is notable, or it is even possible to find religious representations, in the 
case of culture, in sculptures, paintings or in the slender Egyptian architecture. 
 
Keywords: Ancient Egypt. Religion in Egypt. Power and Politics in Ancient 
Egypt. Religion and power. Ancient civilizations. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6 
1.1 Justificativa ........................................................................................................... 7 
2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 8 
2.1 Objetivo geral ........................................................................................................ 8 
2.2 Objetivos específicos ............................................................................................ 9 
3 CAPÍTULO I: A INFLUÊNCIA DA RELIGIÃO NO ANTIGO EGITO ......................... 9 
3.1 Breve histórico ...................................................................................................... 9 
4 CAPÍTULO II: A ATUAÇÃO DA RELIGIÃO EM ÁREAS ESPECIFICAS DA 
SOCIEDADE DO ANTIGO EGITO ............................................................................ 12 
4.1 A ligação da Religião com Economia no Antigo Egito ........................................ 12 
4.2 A Atuação da Religião na Cultura do Antigo Egito .............................................. 13 
4.3 Como o Poder Faraônico se Articulava com a Religião e o Poder Político ......... 15 
5 METODOLOGIA ...................................................... Erro! Indicador não definido. 
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ..........................................................................16 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 19 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 20 
APÊNDICE 1 – SEQUÊNCIA DIDÁTICA .................................................................. 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Segundo Baines (2020), o Antigo Egito, em aspectos gerais, possuía de forma 
entrelaçada influências religiosas em todas as áreas da sociedade. Por isso, ao fazer 
um levantamento bibliográfico sobre o Antigo Egito, é muito difícil a pesquisa não 
incluir de alguma forma fenômenos religiosos. Por isso a cultura religiosa egípcia 
possuía uma forte ligação com as demais áreas da sociedade: política, cultura, arte, 
economia e etc. 
Ao voltarmos o olhar para uma civilização temporalmente tão distante como a 
sociedade do Antigo Egito, com uma primeira impressão é possível sentir certo nível 
de estranhamento devido ao aparente nível de complexidade que se pré-estabelece 
ao pesquisarmos superficialmente sobre alguns fatores que contribuíram para a 
existência e modos de vida da sociedade do Antigo Egito. Entretanto, segundo Costa 
(2018), a medida em que se aprofundam as pesquisas, fica evidente que o Antigo 
Egito, mesmo em seus aspectos particulares e peculiares e em seus costumes, é 
possível estabelecer relações com outras sociedades contemporâneas, identificando 
o Antigo Egito não com estranhamento, mas sim com certa identificação. 
Por isso, vale salientar a importância de estudar uma sociedade que remete até 
os dias atuais como um símbolo de organização social em vários aspectos da 
sociedade, e para isso, um dos pontos importantes para dar início a tal pesquisa é 
analisar até que ponto ou limite a religião tinha influência sobre o Antigo Egito, uma 
vez que a cosmogonia religiosa egípcia estava entrelaçada em todos os elementos 
que compunham a sociedade. 
Por isso, seguindo o raciocínio de Tobin et al. apud Sales (2018), os ritos e 
mitos que rodeiam a cultura egípcia são tão impactantes a ponto de influenciar até 
mesmo outras sociedades, como por exemplo no Genesis da criação que faz parte da 
cultura hebraica, que possui traços marcantes dos mitos da cultura egípcia, não 
meramente por coincidência, mas sim por poder de influência. 
Assim, optamos por dividir esse trabalho em duas partes, a primeira, o Capítulo 
I, refere-se a fazermos um levantamento geral sobre as características que envolvem 
religião e poder no Antigo Egito, enquanto a segunda, o Capítulo II parte comtempla 
em argumentar e analisar áreas específicas da referida sociedade que estabeleceram 
relação com a religião. 
 
1.1 Justificativa 
 
É inquestionável que a religião teve uma marcante presença em todos as áreas 
e em todos os aspectos que remetem a vida da sociedade do Antigo Egito. Com isso 
estudar a relação e a influência que a religião impôs sobre tal sociedade torna-se 
relevante a medida em que observamos que a o Antigo Egito é conhecido como uma 
das mais organizadas e desenvolvidas civilizações da antiguidade, desde a sua 
economia, política, cultura ou até mesmo na sua magnífica arquitetura quando lembra-
se das construções das suas pirâmides e dos mais variados monumentos que por sua 
vez foram erguidos colocando a prova a inteligência atemporal e os limites humanos 
dessa sociedade. Por isso levante-se o seguinte questionamento: Até que ponto a 
Religião influenciou as diversificadas áreas sociedade Egípcia? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo geral 
 
 Compreender de qual forma e até que ponto ou limite a Religião tinha influência na 
sociedade do Antigo Egito e com isso, analisar as influências e o poder da religião 
sobre diversas áreas da vida de tal sociedade. 
 
2.2 Objetivos específicos 
 
 Verificar como a Religião contribuiu e influenciou áreas específicas da sociedade 
egípcia, como a política, economia e cultura. 
 Organizar e analisar aspectos e argumentos que comprovem a relação de poder 
da Religião no Antigo Egito. 
 Conhecer, estabelecer e analisar como o Poder Faraônico se articulava com a 
Religião e o Poder no Antigo Egito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 CAPÍTULO I: A INFLUÊNCIA DA RELIGIÃO NO ANTIGO EGITO 
 
3.1 Breve histórico 
 
Na antiguidade, principalmente quando se trata do Antigo Egito, religião, 
cultura, economia e política se entrelaçam inseparavelmente, assim tais aspectos dão 
forma a cosmogonia egípcia, de modo que a religião possuía forte influência nas 
demais áreas, tanto que os pesquisadores remetem a sociedade como uma “unidade 
teopolítica”. Pois Segundo Vernant e Assman apud Matias (2018), o Antigo Egito é 
uma sociedade na qual os mitos de criação são organizados com base naquilo que é 
observado no real, de modo que os rituais religiosos são baseados no mundo dos 
vivos, fazendo assim com que a religião e as interatividades sociais estejam 
totalmente interligadas. 
Os ritos religiosos da sociedade egípcia estavam articulados com o poder 
daquela região, fazendo com que através deles fossem estabelecidos ideais de 
ordem, justiça e equilíbrio na vida das pessoas que ali viviam. Com isso, “Os mitos de 
cosmogonia, por exemplo, revelam que a construção simbólica do divino é 
representativa da prática social realizada no mundo físico” (MATIAS, 2018, p. 68). 
Conceitos cosmogônicos atribuídos através da deusa Maat por exemplo, 
serviam como elementos primordiais na ordenação das atividades para aquela 
sociedade, noções de ordem, justiça e equilíbrio atribuídos por Maat, fizeram com que 
o Antigo Egito conseguisse manter a centralização estatal por mais de três milênios 
por exemplo, uma vez que qualquer princípio ou sentimento contrário, ou seja, 
qualquer princípio de caos ia contra aos conceitos estabelecidos e consequentemente 
era considerado como inaceitável (MATIAS, 2018, p. 67). 
Segundo Assmann apud Ribeiro (2018), ao pensarmos no Antigo Egito no 
âmbito de sociedade, assim também como em diversos outros povos, não é possível 
estabelecer uma esfera isolada da religião em relação aos demais aspectos da vida, 
uma vez que como mencionado anteriormente, a religião esta intrinsecamente 
interligada e entrelaçada as demais áreas da sociedade egípcia. Com isso, é 
necessário antes compreendermos algumas conceituações sobre religião, Assmann 
estabelece dois conceitos importantes, o primeiro é denominado de Religião Visível, 
que se refere a atos, ritos ou objetos, em outras palavras, trata-se de aspectos físicos 
ou observáveis da religião, e o segundo conceito, concebido por Assmann como 
Religião Invisível, remete-se a deusa Maat, como plano de fundo para a Religião 
Visível fazendo com que ela ganhe sentido. 
Desse modo: 
Para Assmann, a Religião Invisível pode ser identificada no Egito Antigo como 
Maat, conceito polissêmico e de suma importância que designava questões 
de ordem e equilíbrio de tudo o que existia. Enquanto a Religião Visível pode 
ser observada nos cultos aos mortos e aos deuses, âmbitos importantes da 
sociedade egípcia, Maat fornecia-lhe o plano de fundo ao mesmo tempo em 
que também afetava as esferas da Política e da Justiça de forma geral, as 
quais possuíam sua significância e funções religiosas (ASSMANN apud 
RIBEIRO, 2018, p. 77). 
 
Em outras palavras o conceito de Religião Invisível no Antigo Egito, sustentado 
pela deusa Maat, subsidiava o alicerce para as práticas da Religião Visível que 
induziam fortemente as práticas sociais daquela sociedade, influenciando áreas como 
economia, política e o modo de vida. 
Sabendo disso, quando são feitos levantamentos sobre o Antigo Egito, é 
impossível não citar divindades ou os deuses egípcios como foi o caso de Maat 
mencionado anteriormente. Especialmente também é necessário exibir a presença do 
faraócomo personificação dos próprios deuses, que por sua vez possuíam uma 
imagem imperiosa, com domínios ricos e esbeltos (LEAL; LIMA, 2018, p.116). 
“O faraó era uma espécie de “mortal divinizado na terra”; era a encarnação de 
Maat, termo que, “se traduz por verdade, mas cuja significação geral é a boa ordem, 
e, consequentemente, o direito, e a justiça” (ELIADE apud LEAL; LIMA, 2018, p.116). 
Sendo assim, a religião estava diretamente articulada ao poder político no 
Antigo Egito, uma vez que o Faraó como representação de um deus, organizava e 
unificava o Estado e todas as diretrizes sociais a serem seguidas, desse modo, o 
controle do poder político estava totalmente nas mãos de uma tradição religiosa. Além 
disso, Mircea Eliade apud Leal e Lima (2018), ainda menciona que mesmo que 
houvesse a morte de determinado faraó, isso não significava o fim do império, uma 
vez que mesmo após a morte, acreditava-se na crença da continuidade do poder 
através do surgimento de um novo deus encarnado, sistematizando assim um domínio 
sem fim, que obtinha todo aporte de poder baseado em uma cosmogonia religiosa. 
Assim de fato, fica evidente estarmos diante de uma civilização além de complexa, 
com um elevado grau de religiosidade interligada a vida. 
Entretanto o mito de Maat ou o poder que a Religião proporcionava ao Faraó 
são apenas alguns dos exemplos que podem representar como a religião influenciou 
a vida dessa sociedade. Também é possível destacar altos níveis de indução a ações 
no comportamento e costumes de vida da sociedade egípcia através do mito de Osíris 
por exemplo, conhecido como rei dos mortos, que segundo a crença fornece e ensina 
recursos e técnicas essenciais para a civilização da sociedade do Antigo Egito, na 
agricultura ou até mesmo na domesticação de animais (LEAL; LIMA, 2018, p.123). 
Ainda segundo Leal e Lima (2018), “Osíris aparece nos Textos das Pirâmides, no Livro 
dos Sarcófagos, bem como no Livro dos Mortos como aquele que preza a ética, a 
verdade, a esperança e a justiça, tanto na vida religiosa como social; como aquele 
que vence a morte”. Assim sendo, a civilização egípcia traz mais uma vez a 
exemplificação de como a tradição religiosa afetava diretamente a vida em sociedade 
de tal povo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 CAPÍTULO II: A ATUAÇÃO DA RELIGIÃO EM ÁREAS ESPECIFICAS DA 
SOCIEDADE DO ANTIGO EGITO 
 
4.1 A ligação da Religião com Economia no Antigo Egito 
 
A fonte principal e primordial de economia no Antigo Egito, era a agricultura 
existente em torno do Rio Nilo, tal rio, era considerado como uma dádiva entregue aos 
povo do Egito pelos deuses. As terras, eram domínios do Faraó, e algumas 
governadas por seus sacerdotes. Sabendo disso, segundo Cardoso (1982), 
“Cerimônias eram realizadas pelos sacerdotes cada ano para garantir a chegada da 
inundação, e o rei agradecia a colheita solenemente às divindades adequadas”. 
Dentre os deuses da cosmogonia egípcia, um dos que mais recebem 
destaques na historiografia do Antigo Egito, principalmente relacionado a economia já 
que estava ligado com a agricultura do Nilo, é o deus Osíris, que comumente 
representava ressurreição, aspectos da natureza, fertilidade e agricultura, dessa 
forma, sempre que o Rio Nilo tinha suas baixas, considerava-se que Osíris estava em 
declínio, assim também como quando as cheias do Nilo que possibilitavam grandes 
colheitas, representavam o renascimento do deus. Desse modo influenciando a 
população egípcia a medida em que representava esperança para colheitas fartas que 
elevariam a economia e melhoraria a vida no Antigo Egito. (SANTOS, 2003, p. 15). 
Santos (2003), afirma que “clamava-se pelo deus para que a cheia do Nilo viesse 
todos os anos e para que a semente germinasse e trouxesse a fertilidade e bem-
aventurança para o país”. 
A economia Egípcia, se consolidava e concentrava na mão do Faraó/Estado, 
dessa forma o Faraó era visto como figura sagrada, considerado filho do Deus-Sol, 
que seguia preceitos sagrados para determinar ações do seu governo, incluindo ações 
que remetem-se a economia, como quando por exemplo são organizadas cerimônias 
ou sacrifícios para obtenção de recursos e boas colheitas através do deus Osíris, 
como foi mencionado anteriormente. Desse modo, as escolhas de ações 
determinantes sobre o governo em geral do Egito, inclusive economia, estava pautada 
em escolhas do Faraó baseadas em princípios divinos. Pois a presença cotidiana do 
Faraó na vida da sociedade estava ligada a diversos ideais de representações, como 
figura divina, adivinha através do Faraó conceitos de ordem e organização por 
exemplo, existindo assim sempre uma manutenção de progresso baseada em 
escolhas que estavam interligadas ao poder divino. 
 
 
4.2 A Atuação da Religião na Cultura do Antigo Egito 
 
A medida em que os egípcios possuíam uma marcante presença religiosa em 
todos os aspectos da vida, a cultura era uma das áreas mais influenciadas. A escrita, 
as cerimônias festivas, a arte e arquitetura são alguns exemplos de aspectos culturais 
onde a religião incorporava uma significativa presença. 
Assim falando na escrita egípcia, é possível notar a marcante presença de 
conceitos religiosos, pois “para os egípcios, a escrita era uma invenção de Toth, deus 
da sabedoria, que decidiu ensiná-la aos homens contrariando uma ordem do deus Ra. 
O nome dado por eles à sua escrita era medju netjer, ou literalmente, ‘palavras dos 
deuses’” (GARDINER apud COELHO, 2012, p. 189). 
Além da escrita, outras áreas culturais do Antigo Egito, como a arte, também é 
possível notar influências religiosas. Fernandes afirma que nesse sentido: 
A espiritualidade, a crença na natureza e a certeza de que os deuses podiam 
ser a chave para a eternidade, levaram o homem egípcio a construir uma 
civilização forte e duradoura que se espelha na arte e na vontade de que esta 
seja o seu testemunho para todo o sempre. É neste espaço temporal, onde o 
hoje se confunde com o ontem e com o amanhã, que surge uma arte que 
ficou gravada no tempo e na História, assim como na pedra (FERNANDES, 
1998, p. 429). 
 
Sendo assim, neste momento tratando-se da arte, no Antigo Egito é possível 
encontrar marcas religiosas nas pinturas, nas construções arquitetônicas e até mesmo 
em esculturas. Sendo assim, tais objetos culturais podiam ter variados significados 
ligados a religião, podendo um mesmo objeto ter significados diferentes. Por exemplo, 
a pena pode ser utilizada para simbolizar o ar ou o deus do ar, Shu, mas também pode 
ser interpretada, em contexto diferente, como Maat, invocando todos os conceitos de 
justiça, ordem e verdade (FERNANDES, 1998, p. 430). 
O Antigo Egito nasceu e desenvolveu-se principalmente baseando quase todos 
os aspectos da vida em sua religiosidade. Suas crenças e divindades foram 
norteadoras para a construção de uma cultura social pautada principalmente na 
religião, assim considerando que o mundo foi erguido e criado pelos deuses, que 
também deram o dom da vida aos homens, o divino era sempre retratado 
superiormente mais que qualquer outro componente quando trata-se da construção 
de um valor cultural, seja na escrita ou na arte como aqui mencionado, ou em qualquer 
outro aspecto culturalmente falando (FERNANDES, 1998, p. 431). 
 
 
4.3 Como o Poder Faraônico se Articulava com a Religião e o Poder Político 
 
O Egito faraônico é conhecido historicamente, como a mais longa experiência 
humana documentada de continuidade política e cultural (CARDOSO, 1982, p. 1). 
Sendo assim, quando se trata de poder político, é possível estabelecer uma relação 
entre religião e política, pois como visto anteriormente, o Faraó é o responsável por 
estabelecer na sociedade conceitos de ordem e equilíbrio, Maat é intercessor entre o 
estado faraônico e o universo, e através dos conceitos de Maat, o Faraó delimita as 
diretrizes a serem seguidas juntamentecom a sociedade. Sendo assim: 
Além de Maat ser a condição de existência necessária para que o processo 
de criação do cosmo pudesse ter continuidade, as atribuições a ela 
associadas não se restringiram apenas ao âmbito “religioso”, servindo, 
outrossim, de esteio para estruturação política e social da cultura em foco. 
Tratando-se de um povo cuja cosmovisão se assentava no mito e cuja função 
temporal do faraó, e por extensão da sociedade como um todo, era viabilizar 
a reprodução e a manutenção de uma ordem perfeita existente a priori, a 
deusa/princípio lançou as bases que legitimou o pacto de governabilidade do 
monarca para com o seu povo, e forneceu as diretrizes ao comportamento do 
homem egípcio, pois pode ser considerada a medida ética que orientou a 
conduta moral nos âmbitos individual e coletivo (CAMARA, 2011, p. 7). 
 
Por isso, seguindo o Pensamento de Camara (2011), é possível notar a 
presença da religião em ações políticas no estado faraônico. 
O Egito Antigo era o local da beleza, da graça e da religiosidade e a população 
tinha no faraó uma imagem de superioridade, de líder, onipotente, guiado pelos 
deuses para comandar a sociedade. Segundo a visão de mundo dos egípcios, a 
sociedade do Antigo Egito não foi moldada a partir de incentivo ou recursos humanos 
e sim construída, incluindo as estruturas político-sociais de tal povo, através de um 
ideal perfeito de ordem planificado através de divindades. Conferindo ao faraó o dever 
da manutenção de políticas que mantivessem tais ideais. Com isso, esses princípios 
possibilitaram a estabilidade estatal e duradoura dos governos no Antigo Egito, em 
outras palavras, pode se dizer que foram os princípios divinos da sociedade egípcia 
que norteou e deu arcabouço para toda estrutura político-social do estado faraônico, 
e possibilitando assim através da articulação entre religião e política o 
desenvolvimento de ordem, justiça e progresso em tal sociedade (CAMARA, 2011, 
p.15). Pois: 
Consequentemente, como princípio que orienta, e está contido em todos os 
elementos da criação, Maat, além de suas prerrogativas estritamente 
“religiosas” – se é que é possível colocá-las em tais termos visto a concepção 
de mundo unicista dos egípcios –, tornou-se o alicerce de toda a estrutura 
política e social do Estado faraônico, conferindo governabilidade ao monarca, 
e regendo o comportamento individual e coletivo do homem egípcio, por ser 
compreendida como a medida ética reguladora das ações humanas 
(CAMARA, 2011, p. 19). 
 
Evidenciando-se assim mais uma vez, a marcante presença e influência da 
religião em áreas primordiais da sociedade do Antigo Egito. Desse modo, é impossível 
pensar cada área da sociedade egípcia isolada da cosmogonia religiosa que engloba 
tal povo, fazendo assim que cada segmento social possua traços e influências 
religiosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Neste trabalho foi feita uma pesquisa bibliográfica qualitativa, analisando uma 
série de bancos de dados, revistas, acervos e jornais em sistemas nacionais e 
internacionais. E através de tais recursos, foi possível estabelecer e comprovar a 
veracidade da hipótese levantada para o tema desta pesquisa neste trabalho de curso, 
ou seja, foi possível revelar através de pesquisas já existentes, sobre aspectos do 
Antigo Egito, que não há dúvidas de que a religião foi base primordial para construção 
de valores políticos, culturais e até mesmo valores morais nesta sociedade. 
Após analisar cada fonte bibliográfica aqui trabalhada, foi possível estabelecer 
que, a sociedade egípcia foi marcada e influenciada pela religiosidade. Observando-
se o cenário político governamental por exemplo, havia a significativa presença de 
ordem, justiça e progresso, conceitos esses estabelecidos através da presença divina 
de Maat, na vida da sociedade, e principalmente na vida do faraó, que além de ser a 
representação do estado, também era considerado como uma figura sagrada. Sendo 
assim, qualquer preceito ou atitude tomada pelo faraó ou pela sociedade que 
estivesse ligada ao caos ou a desordem, iria contra os princípios de Maat, fazendo 
com que a civilização egípcia em seu aspecto político-social fosse guiada por 
concepções religiosas que levariam ao desenvolvimento e progresso. 
A estrutura do poder faraônico estava solidamente baseada em preceitos 
cosmogônicos e cosmológicos, de forma que todos os habitantes do Egito 
compunham a parte de um todo ordenado pela concepção de Maat, princípio 
que regia o equilíbrio cósmico do mundo (BAINES apud COSTA, 2018, p. 4). 
 
Seguindo este mesmo princípio de ideia, através da intensiva leitura do acervo 
bibliográfico escolhido, ao analisar a presença da religião na economia do Antigo 
Egito, que era baseada na agricultura nas margens do Rio Nilo, foi possível constatar 
que apesar de a religião não possuir fortes influências nas ações realizadas nesta 
atividade, ainda assim foi possível notar aspectos marcantes, como a presença do 
deus Osíris, que levava o povo realizar cerimônias de agradecimento ou até sacríficos 
para interceder pelas cheias do Nilo e consequentemente realizarem boas colheitas. 
“Osíris foi identificado com diversos aspectos da natureza, particularmente como deus 
da fertilidade, deus da agricultura e como deus dos mortos. Assim as diminuições do 
Nilo simbolizavam sua morte, enquanto a inundação sua ressurreição” (SANTOS, 
2003, p. 15), ou seja, Osíris era ligado a agricultura e a agricultura era a fonte base da 
economia no Antigo Egito. 
Além da política e da economia, a religião também impôs aspectos marcantes 
em outras áreas sociais importantes, como a cultura, influenciando assim a escrita, 
pintura e monumentos. Segundo os egípcios a escrita foi entregue aos humanos pelo 
deus Toth, fazendo com que elementos religiosos passaram a fazer parte da escrita 
egípcia. Surgiu-se assim o que é conhecida hoje como escrita hieroglífica, baseada 
em representações através de símbolos, no qual a maioria de tais símbolos além de 
possuir significado comunicativo, possuem influências religiosas, como por exemplo a 
pena, que faz parte da escrita, como também representa a ordem e a justiça de Maat 
segundo Fernandes (1988). Por fim, e não menos importante, as esculturas, os 
templos e monumentos egípcios eram marcados extremamente com representações 
ao sagrado. Assim deixando claro e evidente o poder e a influência em vários âmbitos 
da sociedade do Antigo Egito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 METODOLOGIA 
 
Este trabalho, caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica qualitativa. Para 
o estudo foi necessário fazer um levantamento bibliográfico acerca do tema estudo, e 
logo após uma exaustiva e duradoura leitura de todas informações encontradas. 
Diversos, artigos, livros e outros mais foram analisados, entretanto, foram 
selecionados 10 pesquisas entre os materiais examinados. 
 Com isso, o objetivo desta pesquisa é organizar, sumarizar e analisar os 
materiais escolhidos para desvendar aspectos em que a religião influenciou a vida no 
Antigo Egito, e com isso identificar e estabelecer a relação entre poder e religião que 
ali era marcantemente presente. 
Em primeiro momento, foi levantado um breve histórico sobre a presença 
religiosa em aspectos gerais da vida no Antigo Egito, e sem seguida com base no 
material estudado, foi feito um referencial teórico com base em informações sobre a 
influência da religião em aspectos específicos do Antigo Egito, como política, 
economia e cultura. Por fim argumentos foram desenvolvidos, para comprovar tal 
questão através de discussões das informações, através da luz da teoria apresentada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O estudo, teve como intuito analisar de que forma e até que ponto a religião 
influiu no poder e algumas áreas e aspectos da vida no EgitoAntigo. 
Diante do acervo de informações estudadas, foi possível notar que, ao 
tratarmos do Antigo Egito, a religiosidade sempre estará presente, seja na política, 
seja na economia ou na cultura, ou em qualquer outro componente da vida social 
egípcia. 
O objetivo final era compreender de fato como a religião permeou na sociedade 
egípcia, objetivo esse esclarecido conforme as ideias e informações eram levantadas 
no decorrer do desenvolvimento desde trabalho. 
Iniciando se pelo poder político, exercido pelo faraó em tal sociedade, foi 
possível notar conceitos como ordem e justiça, estabelecidos pela deusa Maat, que 
designavam os moldes da sociedade. Em conceitos econômicos, foi possível notar a 
presença do deus Osíris na agricultura, que era base econômica daquela região e por 
fim, tratando-se de aspectos culturais, foi possível notar a presença e influência divina 
na escrita, na arte e monumentos, onde este trabalho em conceitos culturais, resolveu 
destacar o papel da religião na escrita, escrita na qual foi baseada e representada 
com figuras e preceitos religiosos. 
Por fim, concluiu-se, ser inegável a presença religiosa nos mais variados 
ângulos da sociedade do Antigo Egito, sociedade essa que continuará, assim como é 
hoje, símbolo de desenvolvimento, mistério e admiração por todos, com a sua 
organização social pautada em interligar todos preceitos a religiosidade e ao cosmos, 
sempre com o ideal e representação de “algo maior” ou “algo superior”, as entidades 
divinas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CAMARA, Giselle Marques. Maat: O Princípio Ordenador do Cosmo Egípcio: 
Uma Reflexão Sobre os Princípios Encerrados Pela Deusa no Reino Antigo (2686-
2181 a.C.) e no Reino Médio (2055-1650 a.C.). 2011. Disponível em: < 
https://www.historia.uff.br/stricto/td/1513.pdf>. Acesso em: 16 de novembro de 2021. 
 
CARDOSO, Ciro Flamarion Santana. O Egito Antigo. 1ª ed. Editora Brasiliense. 1982, 
p. 1-40. 
 
COELHO, Liliane Cristina. Hieróglifos e Aulas de História: Uma Análise da Escrita 
Egípcia Antiga em Livros Paradidáticos. Volume 1, Ano 1. Rio de Janeiro: Revista 
Mundo Antigo: 2012, p. 188-205. 
 
COSTA, Beatriz Moreira. Poder e Religião no Antigo Egito. Volume 4, Número 2. Rio 
de Janeiro: Revista Hélade, 2018. 
 
FERNANDES, Sílvia. A Pintura Egípcia – A Mensagem do Eterno Momento Presente. 
Revista da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, n.° 12. Lisboa: Edições Colibri, 
1998, p. 429-435. 
 
LEAL, Tito Barros; LIMA, Francisco Wellington Rodrigues. A Morte, os Mortos, o 
Julgamento e a Salvação no Egito Antigo. Volume 3, Número 5. Rio de Janeiro: 
Revista M, 2018, p. 114-128. 
 
MATIAS, Keidy Narelly Costa. “Uma Dádiva do Nilo” Algumas Reflexões Sobre o 
Espaço Absoluto – De Herni Lefebvre – No Antigo Egito. In: Poder e Religião no Antigo 
Egito. Volume 4, Número 2. Rio de Janeiro: Revista Hélade, 2018, p. 62-71. 
 
RIBEIRO, Thiago Henrique Pereira. A Magia no Antigo Egito: Uma Proposta de 
Definição. In: Poder e Religião no Antigo Egito. Volume 4, número 2. Rio de Janeiro: 
Revista Hélade, 2018, p. 72-96. 
 
SALES, José da Candeias. A criação do Mundo no Gênesis, na Cosmogonia 
Hermopolitana e na Teologia Menfita. In: Poder e Religião no Antigo Egito. Volume 4, 
Número 2. Rio de Janeiro: Revista Hélade, 2018, p. 08-28. 
 
 
SANTOS, Poliane Vasconi. Religião e Sociedade no Antigo Egito: Uma Leitura do Mito 
de Ísis e Osíris na Obra de Plutarco. 2003. Disponível em: < 
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/93452/santos_pv_me_assis.pdf?
sequence=1>. Acesso em: 22 de novembro de 2021. 
 
 
 
APÊNDICE 1 – SEQUÊNCIA DIDÁTICA 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
POLO SOUSA - PB 
CURSO: LICENCIATURA EM HISTÓRIA 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
Título: A relação entre poder e religião no Antigo Egito. 
 
IDENTIFICAÇÃO 
Nível de Ensino/Turma: 1º ano do Ensino Médio. 
Disciplina: História. 
Tema: A influência da religião no Antigo Egito. 
Quantidade de aulas: 01 aulas. 
Duração da aula: 50 minutos. 
 
AULA 01 
 
a) Conteúdo: 
 
 Historiografia do Antigo Egito. 
 A influência religiosa em aspectos gerais da sociedade egípcia. 
 
b) Objetivos: 
 
 Objetivo geral: 
 Fazer uma imersão na sociedade do Antigo Egito, para desvendar e conhecer 
a historiografia da referida sociedade, com o intuito de estabelecer relações 
entre a religião e sua influência em aspectos da vida no Antigo Egito. 
 
Objetivos específicos: 
 Conhecer e examinar a historiografia do Antigo Egito. 
 Analisar e assimilar aspectos da cosmogonia religiosa da sociedade egípcia. 
 Analisar e levantar um olhar crítico sobre o poder e influência da religião sobre 
tal sociedade. 
 
c) Recursos: 
 
 Leitura e interpretação de textos através de livros didáticos, revistas, 
documentos e artigos científicos. 
 Slides com o auxílio de um notebook e um projetor, sobre o tema para fazer 
exposição de fatores, documentos, artefatos, esculturas e arquitetura egípcia 
para comprovar a articulação entre religião e sociedade. 
 
d) Etapas da aula: 
 Introdução ao tema: Esta é a etapa introdutória da aula, e por isso deverão 
ser apresentados superficialmente os tópicos que serão trabalhados no 
decorrer da aula, assim também ser explicado a metodologia, ou seja, de qual 
forma será abordado o tema em questão. Após isso, é interessante fazer um 
levantamento de conhecimento prévio dos alunos sobre os tópicos que serão 
trabalhados, para que assim o professor possa estabelecer um grau de 
profundidade que trabalhará o tema. Feito todos esses precedentes 
mencionados, deve-se iniciar de fato a apresentação da historiografia egípcia 
e ir desenvolvendo tema, sempre no enfoque da relação entre religião e poder 
em aspectos da vida egípcia. 
 Desenvolvimento da aula: Nesta etapa os conteúdos deverão ser 
apresentados aos alunos de forma não mais introdutória, mas sim com um grau 
maior de profundidade. Iniciando se pela historiografia do Antigo Egito, é 
necessário colocar em pauta inicialmente os fatores e influências que levaram 
o surgimento da sociedade egípcia, e em seguida fazer demonstrações através 
do slide com representações das primeiras aldeias do Antigo Egito, seus modos 
de vida, sua economia e seus costumes por exemplo. Figuras como a 
representação dos canais de irrigação construídos as margens do Rio Nilo, que 
subsidiavam a agricultura, que era a principal fonte de economia de tal 
civilização. Por fim, logo após esse breve histórico acerca do Antigo Egito, 
deverão ser apresentados conceitos religiosos que influenciaram a forma de 
viver que moldaram a sociedade egípcia, conceitos como os de ordem, 
equilíbrio e justiça estabelecidos através da deusa Maat por exemplo, que 
fizeram com que a religião influenciasse grandemente a vida dos egípcios e 
seus aspectos em geral. 
 Atividade para os estudante: Então chega-se o momento de aperfeiçoamento 
da reflexão crítica, conceito primordial para o desvendar histórico. Nesta etapa, 
os alunos deverão responder de forma oral, em um debate juntamente ao 
professor, os seguintes questionamentos, com o objetivo de desenvolver o 
pensamento crítico: 
 
1- Em quais conceitos e circunstâncias surgiu-se a civilização egípcia? 
2- Quais as áreas em que a religião possuía forte presença na sociedade? 
3- Qual a relação entre poder e religião no Antigo Egito? 
4- É possível adentrar no passado para estudarmos sobre o Egito, sem que 
haja a presença religiosa? 
5- Quais conceitos é possível assimilar entre a nossa sociedade e a sociedade 
egípcia? 
 
e) Avaliação: 
 
 Elaboração de um texto dissertativo: Por fim, esta etapa compreende-se por 
instigar o poder de argumentação dos alunos sobre o tema estudado. Será 
necessário solicitar a cada aluno que elabore um texto dissertativo pautado no 
tema da aula, com no mínimo 15 e no máximo 30 linhas. 
 
f) Fundamentação teórica: 
 
O AntigoEgito, sempre chamou atenção por diversos aspectos possíveis de 
serem notados em tal religião, desde um certo estranhamento por causa dos seus 
mistérios ou até mesmo um olhar deslumbre ocasionado pela suas magníficas 
construções, como as pirâmides por exemplo. 
Assim como diversas outras sociedades, o Antigo Egito possui uma presença 
religiosa, entretanto, diferentemente das demais, a civilização egípcia possui um elo, 
uma interligação com conceitos cosmogônicos religiosos mais que qualquer outro 
povo. 
Aspectos da sociedade, como política, economia e cultura, ou até mesmo a 
forma que as moradias eram construídas, continham influências advindas da religião. 
Por isso é de extrema importância lembrar que, ao estudarmos o Antigo Egito, 
é impossível negar a presença dos deus nos mais diversificados âmbitos da 
sociedade. Então é importante salientar os preceitos religiosos que moldaram tal 
sociedade sempre em que for debatido sobre o Antigo Egito. 
 
g) Referências: 
 
COSTA, Beatriz Moreira. Poder e Religião no Antigo Egito. Volume 4, Número 2. Rio 
de Janeiro: Revista Hélade, 2018. 
 
DOBERSTEIN, ARNOLDO W. O Egito Antigo. Edição única. Porto Alegre: EDIPUCRS 
– Editora Universitária da PUCRS, 2010.

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