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1 FARMACOLOGIA ATD2 ISABELLA S S BORGES TXXII-B DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL Objetivo do tratamento medicamentoso A proteção cardiovascular (CV) consiste no objetivo principal do tratamento A redução da pressão arterial (PA) é a primeira meta para isso. Redução de PA sistólica de 10 mmHg e diastólica de 5 mmHg com fármacos é acompanhada da diminuição dos riscos de AVE (37%), doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca. Os benefícios do medicamento são maiores quanto maior o risco CV. O tratamento adequado em indivíduos abaixo de 50 anos é fortemente recomendado. Princípios Gerais do Tratamento Medicamentoso Fármacos + modificações do estilo de vida para alcançar a meta pressórica As cinco principais classes de fármacos anti- hipertensivos – diuréticos (DIU), bloqueadores dos canais de cálcio (BCC), inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA) e betabloqueadores (BB) demonstraram reduções significativas da PA comparadas com placebo, acompanhadas de diminuições consideráveis dos desfechos CV fatais e não fatais, benefício relacionado. Beta bloqueadores (BB): úteis no pós-infarto agudo do miocárdio (IAM) e angina do peito, IC com fração de ejeção reduzida, para o controle da frequência cardíaca (FC) e em mulheres com potencial de engravidar. Alfabloqueadores (simpatolíticos de ação central), os antagonistas da aldosterona e os vasodilatadores diretos, associam-se a maior taxa de eventos adversos e devem ser usadas quando não há controle da PA em uso de combinações utilizando-se as principais classes de fármacos já mencionadas. Características ✓ capacidade de reduzir a morbidade e a mortalidade CV; ✓ Ser eficaz por via oral; ✓ Ser bem tolerado; ✓ Ser administrado preferencialmente em dose única diária; ✓ Poder ser usado em associação; ✓ Ter controle de qualidade em sua produção. Além disso, recomenda-se: ✓ Utilizar por um período mínimo de quatro semanas; ✓ Não utilizar medicamentos manipulados; ✓ O paciente deverá ser orientado sobre a importância do uso contínuo da medicação anti-hipertensiva, da eventual necessidade de ajuste de doses, da troca ou da associação de medicamentos e ainda do eventual aparecimento de efeitos adversos; ✓ Não há evidências suficientes para a recomendação rotineira da administração noturna de fármacos 2 FARMACOLOGIA ATD2 ISABELLA S S BORGES TXXII-B anti hipertensivos, exceto em condições especiais. Esquemas Terapêuticos Pode ser iniciado com monoterapia ou com combinação de fármacos. Ênfase deve ser dada ao uso de combinação de fármacos como estratégia preferencial para a maioria dos pacientes hipertensos MONOTERAPIA Pode ser a estratégia anti-hipertensiva inicial para pacientes com HA estágio 1 com risco CV baixo ou com PA 130-139/85-89 mmHg de risco CV alto ou para indivíduos idosos e/ou frágeis. Nesses perfis de pacientes, a redução da PA desejada é pequena ou deve ser feita de maneira gradual, de modo a evitar eventos adversos. As classes de anti-hipertensivos consideradas preferenciais para o controle da PA em monoterapia inicial são: ✓ DIU tiazídicos ou similares; ✓ BCC; ✓ IECA; ✓ BRA COMBINAÇÃO DE MEDICAMENTOS É a estratégia terapêutica preferencial para a maioria dos hipertensos, independentemente do estágio da HA e do risco CV associado. O início do tratamento deve ser feito com combinação dupla de medicamentos que tenham mecanismos de ação distintos, sendo exceção a essa regra a associação de DIU tiazídicos com poupadores de potássio. Caso a meta pressórica não seja alcançada, ajustes de doses e/ou a combinação tripla de fármacos estarão indicados. Na sequência, mais fármacos deverão ser acrescentados até ser alcançado o controle da PA. A combinação de fármacos pode reduzir potencialmente a ocorrência de efeitos colaterais, pelo uso de menor dose de cada um dos fármacos envolvidos na combinação ou pela capacidade que um dos fármacos pode ter de antagonizar os efeitos adversos do outro. As combinações em doses fixas e em comprimido único são preferenciais por se associarem a maior adesão ao tratamento e, por consequência, melhores resultados clínicos. Características Gerais das Diferentes Classes de medicamentos Anti-Hipertensivos DIURÉTICOS (DIU) Efeitos natriuréticos, com a diminuição do volume circulante e do volume extracelular. Os DIU reduzem a PA e diminuem a morbidade e a mortalidade CV. O efeito anti-hipertensivo não está diretamente ligado às doses utilizadas, porém os efeitos colaterais guardam relação com a dose e a potência da ação diurética. Deve-se dar preferência aos DIU tiazídicos (hidroclorotiazida) ou similares (clortalidona e indapamida) em doses baixas, pois são mais suaves e com maior tempo de ação, reservando-se os DIU de alça (furosemida e 3 FARMACOLOGIA ATD2 ISABELLA S S BORGES TXXII-B bumetanida) às condições clínicas com retenção de sódio e água, como a insuficiência renal (creatinina > 2,0 mg/dL ou o ritmo de filtração glomerular estimado ≤ 30 mL/min/1,73m2) e situações de edema (IC, síndrome nefrítica). Os DIU poupadores de potássio (espironolactona e amilorida) costumam ser utilizados em associação aos tiazídicos ou DIU de alça. A espironolactona tem sido habitualmente utilizada como o quarto medicamento a ser associado aos pacientes com HA resistente e refratária. Há maior potência diurética da clortalidona com relação à hidroclorotiazida, quando comparadas dose a dose, e sua meia-vida mais prolongada credenciou-a a ser indicada como DIU preferencial em pacientes com HA resistente ou refratária. Isso porque a retenção de sódio e volume é um mecanismo importante na resistência ao tratamento. Por outro lado, como seria esperado pelo efeito diurético mais intenso, tais estudos registraram maior frequência de efeitos adversos da clortalidona, particularmente os distúrbios hidreletrolíticos e metabólicos. A indapamida, um tiazídico-símile, cujo uso tem crescido nos últimos anos, a exemplo da clortalidona, tem maior potência e efeito diurético mais prolongado e, como as medicações anteriores, apresenta comprovados efeito anti-hipertensivo e redução de eventos CV com bom perfil metabólico. Dessa forma, não há dados definitivos que sustentem a preferência pela clortalidona para o tratamento anti-hipertensivo do indivíduo com função renal normal, mas se pode utilizá-la quando se deseja maior efeito diurético, em especial na HA resistente, pois é mais potente que a hidroclorotiazida. EFEITOS ADVERSOS DOS DIURÉTICOS - Fraqueza, cãibras, hipovolemia e disfunção erétil. - A hipopotassemia é o efeito metabólico mais comum e, frequentemente acompanhada de hipomagnesemia, que podem provocar arritmias ventriculares, sobretudo a extrassistolia. A hipopotassemia também reduz a liberação de insulina, aumentando a intolerância à glicose e o risco de desenvolver diabetes melito tipo 2. - O aumento do ácido úrico é um efeito quase universal dos DIU, podendo precipitar crises de gota nos indivíduos com predisposição. A espironolactona pode causar ginecomastia e hiperpotassemia, sendo este distúrbio eletrolítico mais frequente em pacientes com déficit de função renal. BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO (BCC) Esta classe de medicamentos bloqueia os canais de cálcio na membrana das células musculares lisas das arteríolas, reduz a disponibilidade de cálcio no interior das células dificultando a contração muscular e, consequentemente, diminui a RVP por vasodilatação. São classificados em dois tipos básicos: 1) di-hidropiridínicos -> efeito vasodilatador predominante, com mínima interferênciana FC e na 4 FARMACOLOGIA ATD2 ISABELLA S S BORGES TXXII-B função sistólica, sendo, por isso, mais frequentemente usados como medicamentos anti-hipertensivos. 2) não di-hidropiridínicosb-> tem menor efeito vasodilatador e agem na musculatura e no sistema de condução cardíacos. Por isso, reduzem a FC, exercem efeitos antiarrítmicos e podem deprimir a função sistólica, principalmente nos pacientes que já tenham disfunção miocárdica, devendo ser evitados nessa condição. Convém dar preferência aos BCC de ação prolongada para evitar oscilações indesejáveis na FC e na PA. EFEITOS ADVERSOS O edema maleolar resulta da própria ação vasodilatadora (mais arterial que venosa), promovendo a transudação capilar. A cefaleia latejante e as tonturas são comuns. O rubor facial é mais comum com os BCC di- hidropiridínicos de ação rápida. Os efeitos adversos costumam ser dose- dependentes, podem causar intolerância aos BCC di-hidropiridínicos e, às vezes, resultam em resistência ao tratamento. Nesses casos, pode ser testada a utilização de BCC lipofílicos. A verapamila e o diltiazem podem agravar a IC, além de causar bradicardia e bloqueio atrioventricular. Observa-se a obstipação intestinal com a verapamila. INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA (IECA) Ação principal a inibição da enzima conversora de angiotensina I, responsável a um só tempo pela transformação de angiotensina I em angiotensina II (vasoconstritora) e pela redução da degradação da bradicinina (vasodilatadora). EFEITOS ADVERSOS tosse seca seu principal efeito colateral, acometendo 5 a 20% dos usuários. Um fenômeno observado quando se administra a pacientes com insuficiência renal é a piora inicial da função renal, habitualmente discreta, provocada pela adaptação da hemodinâmica intraglomerular. Entretanto, essa piora inicial da função renal é um mecanismo protetor, pois evita a hiperfiltração glomerular e reduz a progressão da doença renal crônica. Se a perda da função renal for importante (> 30%), deve-se retirar o medicamento e investigar a possibilidade de estenose bilateral das artérias renais ou estenose de artéria renal em rim único funcionante. Os IECA e outros bloqueadores do sistema podem provocar hiperpotassemia em pacientes com insuficiência renal, sobretudo nos diabéticos, e o uso é contraindicado na gravidez, pelo risco de complicações fetais. Por isso, seu emprego deve ser cauteloso e frequentemente monitorado em adolescentes e mulheres em idade fértil. 5 FARMACOLOGIA ATD2 ISABELLA S S BORGES TXXII-B BLOQUEADORES DOS RECEPTORES AT1 DA ANGIOTENSINA II (BRA) Os BRA antagonizam a ação da angiotensina II pelo bloqueio específico dos receptores AT1, responsáveis pelas ações próprias da angiotensina II (vasoconstrição, estímulo da proliferação celular e da liberação de aldosterona). EFEITOS ADVERSOS São incomuns os efeitos adversos relacionados com os BRA, sendo o exantema raramente observado. De forma semelhante aos IECA, os BRA podem promover a redução inicial da filtração glomerular por vasodilatação das arteríolas eferentes, diminuindo a pressão de filtração glomerular, mas esse efeito é nefroprotetor a longo prazo. Pelas mesmas razões dos IECA, podem causar hipercalemia, especialmente na presença de insuficiência renal, e são contraindicados na gravidez, devendo os mesmos cuidados ser tomados em mulheres em idade fértil. BETABLOQUEADORES (BB) Promovem a diminuição inicial do débito cardíaco e da secreção de renina, com a readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas. Eles podem ser diferenciados em três categorias, de acordo com a seletividade para ligação aos receptores adrenérgicos: 1) não seletivos – bloqueiam receptores adrenérgicos beta-1, encontrados principalmente no miocárdio, quanto os beta-2, encontrados no músculo liso, nos pulmões, nos vasos sanguíneos e em outros órgãos (propranolol, nadolol e pindolol, este último apresentando atividade simpatomimética intrínseca, agindo como um agonista adrenérgico parcial e produzindo menos bradicardia); 2) cardiosseletivos – bloqueiam preferencialmente os receptores beta-1 adrenérgicos (atenolol, metoprolol, bisoprolol e nebivolol, que é o mais cardiosseletivo); 3) com ação vasodilatadora – manifesta-se por antagonismo ao receptor alfa-1 periférico (carvedilol) e por produção de óxido nítrico (nebivolol). O propranolol mostra-se também útil em pacientes com tremor essencial, cefaleia de origem vascular e hipertensão portal. Os demais agentes anti-hipertensivos (DIU, BCC, IECA, BRA), os BB aumentam em 16% o risco de AVE. Quando comparados com placebo ou pacientes sem tratamento, os BB reduzem o AVE, mas apenas metade do que seria esperado para a redução pressórica observada. O atenolol, comparado com os demais anti- hipertensivos, aumenta o risco de AVE e a mortalidade. Essa é a principal razão para tal diretriz recomendar os BB como medicação anti-hipertensiva inicial apenas nos casos em que têm indicação específica. EFEITOS ADVERSOS Broncoespasmo, bradicardia, distúrbios da condução atrioventricular, vasoconstrição 6 FARMACOLOGIA ATD2 ISABELLA S S BORGES TXXII-B periférica, insônia, pesadelos, depressão, astenia e disfunção sexual. Os BB são contraindicados em pacientes com asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus. Podem acarretar intolerância à glicose, induzir ao aparecimento de novos casos de diabetes melito, hipertrigliceridemia, elevação do colesterol-LDL e redução do colesterol-HDL. O impacto sobre o metabolismo da glicose é potencializado quando são utilizados em combinação com DIU. Os BB de terceira geração (carvedilol e nebivolol) têm impacto neutro ou até podem melhorar o metabolismo da glicose e lipídico, possivelmente pelo efeito vasodilatador, com diminuição da resistência à insulina e melhora da captação de glicose pelos tecidos periféricos. Estudos com o nebivolol também têm encontrado menor disfunção sexual, possivelmente em decorrência do efeito sobre a síntese de óxido nítrico endotelial. SIMPATOLÍTICOS DE AÇÃO CENTRAL Agem por meio do estímulo dos receptores alfa-2 que estão envolvidos nos mecanismos simpatoinibitórios. Os efeitos bem definidos dessa classe são: diminuição da atividade simpática e do reflexo dos barorreceptores, o que contribui para a bradicardia relativa e a hipotensão notada na posição ortostática; discreta diminuição na RVP e no débito cardíaco; redução nos níveis plasmáticos de renina; e retenção de fluidos. São representantes desse grupo: metildopa, clonidina e o inibidor dos receptores imidazolínicos rilmenidina. A clonidina age também nos receptores alfa-2 pré sinápticos, que impedem a liberação de norepinefrina. Esta se acumula na terminação nervosa e, ao ser interrompida abruptamente, pode provocar crise adrenérgica. O uso da clonidina pode ser favorável em situações de HA associada a síndrome das pernas inquietas. A rilmenidina, apesar de apresentar algum agonismo aos receptores alfa-2 centrais, exibe maior afinidade com os sítios de ligação dos receptores imidazolínicos do subtipo I, característica que confere menos efeitos indesejáveis que a clonidina. Os medicamentos dessa classe não apresentam efeitos metabólicos e não interferem na resistência periférica à insulina nem no perfil lipídico. A metildopa encontra sua principal indicação na HA durante a gestação, pois é usada por um curto período da vida, com grande experiência clínica em sua utilização nesse tempo, e apresenta o melhor perfil de segurançapara a gestante e para o feto. EFEITOS ADVERSOS A metildopa pode provocar reações autoimunes, como febre, anemia hemolítica, galactorreia e disfunção hepática, que, na maioria dos casos, desaparecem com a interrupção do uso. No desenvolvimento de 7 FARMACOLOGIA ATD2 ISABELLA S S BORGES TXXII-B uma reação adversa, a metildopa pode ser substituída por outro alfa-agonista central. A clonidina apresenta risco do efeito rebote com a descontinuação, especialmente quando associada aos betabloqueadores, e pode ser perigosa em situações pré- operatórias. A retirada gradual em duas a quatro semanas evita o efeito rebote. Os medicamentos dessa classe apresentam reações adversas decorrentes da ação central, como sonolência, sedação, boca seca, fadiga, hipotensão postural e disfunção erétil. ALFABLOQUEADORES Agem como antagonistas competitivos dos receptores alfa-1 pós-sinápticos, reduzindo a RVP sem mudanças no débito cardíaco. Promovem maior redução pressórica quando na posição ortostática e na taquicardia reflexa. Por isso, é comum a hipotensão postural, comumente descrita na primeira dose. O efeito hipotensor mostra-se discreto como monoterapia, sendo a preferência pelo uso associado. Apresentam contribuição favorável e discreta no metabolismo lipídico e glicídico. Os representantes dessa classe utilizados como medicamentos anti-hipertensivos são a doxazosina e a prazosina. Uma ação coadjuvante benéfica dos bloqueadores alfa1 é o relaxamento da musculatura do assoalho prostático, a qual favorece o esvaziamento da bexiga nos pacientes com hiperplasia prostática benigna (HPB). Por isso, alguns alfa-bloqueadores são também utilizados em homens com HPB, em particular a doxazosina, a tansulosina, a alfuzosina e a silodosina. EFEITOS ADVERSOS Podem provocar hipotensão sintomática na primeira dose. O fenômeno de tolerância é frequente, necessitando aumento da dose para manter o efeito anti-hipertensivo (taquifilaxia). A incontinência urinária em mulheres pode ser causada pelo uso de alfabloqueadores. VASODILATADORES DIRETOS Os medicamentos dessa classe, ativos por via oral, são a hidralazina e o minoxidil. Atuam diretamente, relaxando a musculatura lisa arterial, levando à redução da RVP. - Ao bloquear canais de cálcio, cálcio não entra e vasodilata. - Quando ocorre hiperpolarização (perda de muito potássio), também não contrai → vasodilata EFEITOS ADVERSOS Hidralazina → cefaleia pulsátil severa, hipotensão ortostática, taquicardia, tontura, rubor, síncope, carcinogenicidade. Os vasodilatadores podem provocar retenção de sódio e água, com o aumento do volume circulante e da taquicardia reflexa. Minoxidil → hirsutismo, que ocorre em aproximadamente 80% dos pacientes. 8 FARMACOLOGIA ATD2 ISABELLA S S BORGES TXXII-B Nipride (NO) -> para crise hipertensiva. É um vasodilatador arterial venoso, diminui a pré e pós carga Nitroglicerina -> também é usada para crises hipertensivas. Cefaleia, hipotensão e taquicardia reflexas são efeitos colaterais que podem acontecer. INIBIDORES DIRETOS DA RENINA O alisquireno, único representante da classe disponível comercialmente, promove a inibição direta da ação da renina com a consequente diminuição da formação de angiotensina II. EFEITOS ADVERSOS Apresentam boa tolerabilidade. Seu uso é contraindicado na gravidez pelas mesmas razões dos IECA e BRA. ASSOCIAÇÕES DE FÁRMACOS ANTI- HIPERTENSIVOS A terapia anti-hipertensiva inicial com combinação de fármacos parece estar associada à redução do risco CV quando comparada com o tradicional início do tratamento com monoterapia. Observou-se uma redução no risco do de IAM, AVE, internação por angina instável, cirurgia de revascularização miocárdica e ressuscitação cardiopulmonar a favor do grupo benazeprilaanlodipino.
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