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Resumo – Conceito de crime e Fato Típico
Conceito de crime
Material – toda ação humana que 
lesa ou expõe a perigo um bem 
jurídico de terceiro, que, por sua 
relevância, merece a proteção penal.
Legal/Formal – toda infração penal 
a que a lei comina pena de reclusão 
ou detenção.
Esse aspecto consagra o sistema 
DICOTÔMICO adotado no Brasil, no 
qual existe um gênero, que é 
infração penal, e duas espécies, que
são crime e contravenção penal.
Analítico – TEORIA TRIPARTIDA do 
crime, que entende que o crime é 
composto por fato típico, ilícito e 
culpável. ***Adotada no Br**
Fato típico
 Conduta humana;
 Resultado naturalístico;
 Nexo de causalidade;
 Tipicidade.
Conduta
 Ação;
 Omissão;
 Mista.
Teoria causal-naturalística – é a 
ação humana, basta que haja o 
movimento corporal para que 
exista conduta. Teoria praticamente 
abandonada.
Teoria finalista – ação voluntária 
dirigida a uma determinada 
finalidade. ***Adotada no Br**
 Vontade (dolo ou culpa) + 
ação.
Teoria social – ação voluntária e que
é dotada de alguma relevância 
social.
Crime omissivo próprio – são 
aqueles crimes omissivos 
propriamente ditos, nos quais o 
agente se omite e a própria 
omissão é penalmente relevante, 
independentemente da ocorrência de 
qualquer resultado, sendo, portanto, 
crime formal.
Crime omissivo impróprio – nesses 
crimes, quando o agente se omite 
na prestação do socorro ele não 
responde por omissão, mas responde
pelo resultado ocorrido (por 
exemplo, a morte de pessoa a quem 
ele deveria proteger).
-----------------------------------------------------
Omissão Própria: Pode, mas não 
age Omissão Imprópria: 
Imposto (DEVE, mas não age)
-----------------------------------------------------
A omissão é penalmente relevante
quando o omitente devia e podia 
agir para evitar o resultado. O dever 
de agir incumbe a quem:
 Tenha por lei obrigação de 
cuidado, proteção ou 
vigilância;
 De outra forma, assumiu a 
responsabilidade de impedir o 
resultado;
 Com seu comportamento 
anterior, criou o risco da 
ocorrência do resultado.
Crimes comissivos x Crimes 
comissivos por omissão (Omissivos 
Impróprios)
Nos crimes comissivos impróprios, a 
relação de causalidade que liga a 
conduta do agente (uma omissão) ao 
resultado NÃO É FÍSICA (pois a 
omissão não dá causa ao resultado), 
mas NORMATIVA, ou seja, o resultado 
é a ele imputado em uma razão de 
descumprimento da norma (omitir-se 
quando deveria agir).
Resultado Naturalístico
Modificação do mundo real 
provocada pela conduta do 
agente.
 Apenas nos crimes 
chamados materiais se 
exige um resultado 
naturalístico;
 Os crimes formais são 
aqueles nos quais o 
resultado naturalístico pode 
ocorrer, mas a sua ocorrência
é irrelevante para o direito 
penal. Já os crimes de mera 
conduta são crimes em que 
não há um resultado 
naturalístico possível.
Crime material – Homicídio. Para 
que um homicídio seja consumado, é 
necessário que a vítima venha a óbito.
Crime formal – Extorsão. Para que 
um crime de extorsão se consume 
não é necessário que o agente 
obtenha a vantagem ilícita, 
bastando o constrangimento à vítima.
Crime de mera conduta – Invasão 
de domicílio. Nesse caso, a mera 
presença do agente, 
indevidamente, no domicílio da 
vítima caracteriza o crime. Não há 
um resultado previsto para esse 
crime. Qualquer outra conduta 
praticada a partir daí configura crime 
autônomo (furto, roubo, homicídio).
*** Resultado Jurídico SEMPRE 
estará presente! - Cuidado com 
isso! Assim, se a banca perguntar: 
“Há crime sem resultado jurídico?
”A resposta é NÃO!
Nexo de Causalidade
O resultado, de que depende a 
existência do crime, somente é 
imputável a quem lhe deu causa. 
Considera-se causa a ação ou 
omissão sem a qual o resultado 
não teria ocorrido.
 Vínculo que une a conduta 
do agente ao resultado 
naturalístico – Só se aplica 
aos crimes materiais.
Teoria da equivalência dos
antecedentes (conditio sine qua
non)
***Adotada no Br**
 É considerada causa do crime
toda conduta sem a qual o 
resultado não teria 
ocorrido;
 Só será considerada causa 
a conduta que é 
indispensável ao resultado 
e que foi querida pelo agente;
 Causa – conduta indispensável
ao resultado + que tenha sido
prevista e querida por quem a
praticou.
Teoria da causalidade adequada
**Também adotada no Br**
 Concausa superveniente 
relativamente independente 
que, por si só, produz o 
resultado;
As consausas são circunstâncias 
que atuam paralelamente à 
conduta do agente ao resultado.
 Absolutamente 
independente;
 Relativamente 
Independente.
Absolutamente independente –
não se juntam à conduta do
agente para produzir o resultado, e
podem ser preexistentes (antes da
conduta), concomitantes (durante a
conduta) e supervenientes (após a
conduta).
Exemplo 01 – Concausa 
absolutamente independente 
preexistente
 Pedro resolve matar João, 
e coloca veneno em seu drink.
Porém, Pedro não sabe que 
Marcelo também queria matar
João e minutos antes 
também havia colocado 
veneno no drink de João, que 
vem a morrer em razão do 
veneno colocado por 
Marcelo. Nesse causa, a 
concausa preexistente 
(conduta de Marcelo) produziu
por si só o resultado (morte). 
Nesse caso, Pedro 
responderá somente por 
tentativa de homicídio.
Exemplo 02 – Concausa 
absolutamente independente 
concomitante
 Pedro resolve matar João, 
e começa a disparar contra 
ele projéteis de arma de fogo. 
Entretanto, durante a 
execução, o teto da casa de 
João desaba sobre ele, vindo-
lhe causar a morte. – Pedro 
responde somente por 
homicídio tentado.
Exemplo 03 – Concausa 
absolutamente independente 
superveniente
 Pedro resolve matar João, 
desta vez, ministrando em sua
bebida certa dose de veneno. 
Entretanto, antes que o 
veneno faça o efeito, Marcelo 
aparece e dispara 10 tiros 
contra João, o matando. 
Nesse caso, Pedro 
responderá somente por 
homicídio tentado.
Pode ocorrer de a concausa não 
produzir por si só o resultado 
(absolutamente independente), mas 
unir-se à conduta do agente e, 
juntas, produzirem o resultado – 
Concausas relativamente 
independentes, que também podem
ser preexistentes, concomitantes ou 
supervenientes.
Exemplo 01 – Concausa 
relativamente independente 
preexistente
 Caio decide matar Maria, 
desferindo contra ela golpes 
de facão, causando-lhe a 
morte. Entretanto, Maria era 
hemofílica (condição 
conhecida por Caio), tendo a 
doença contribuído em grande
parte para seu óbito. Nesse 
caso, embora a doença 
(concausa preexistente) tenha
contribuído para o óbito, Caio 
responde por homicídio 
consumado. Por qual 
motivo? Sua conduta foi a 
causa da morte, pois, se 
suprimirmos a conduta de 
Caio, o resultado não teria 
ocorrido.
Exemplo 02 – Concausa 
relativamente independente 
concomitante
 Pedro resolve matar João, 
e coloca em seu drink 
determinada dose de veneno. 
Ao mesmo tempo, Ricardo faz 
a mesma coisa. Pedro e 
Ricardo querem a mesma 
coisa, mas não se conhecem 
nem sabem da conduta um do
outro. João ingere a bebida e 
acaba falecendo. A perícia 
comprova que qualquer das 
doses de veneno, 
isoladamente, não seria capaz
de produzir o resultado. 
Porém, a soma dos esforços 
de ambas produziu o 
resultado. – Pedro responde 
por homicídio consumado.
Consausa relativamente 
independentes supervenientes 
 Produz por si só o 
resultado;
 A causa superveniente se 
agrega ao desdobramento 
natural da conduta do agente 
e ajuda a produzir o resultado.
Esquema para compreensão – 
Supervenientes.
 Produziu sozinha o 
resultado – Não responde 
pelo resultado. É causa, mas
não é causa adequada. – 
Teoria da causalidade 
adequada.
o Exemplo do 
acidente da 
ambulância após os
disparos sofridos;
 Não produziu sozinha o 
resultado – responde pelo 
resultado – foi causa. – Teoria
da equivalência dos 
antecedentes.
o Exemplo da cirurgia
após infecção dos 
disparos.
Teoria da Imputação objetiva
 A imputação só poderia 
ocorrer quando o agente 
tivesse dado causa ao fato 
(causalidade física) mas, ao 
mesmo
tempo, houvesse uma
relação de causalidade 
normativa, assim 
compreendida como a criação 
de um risco não permitido 
para o bem jurídico que se 
pretende tutelar.
o Criar ou aumentar um 
risco;
o Risco deve ser 
proibido pelo direito;
o Risco deve ser criado 
no resultado;
Tipicidade
 Formal - adequação da 
conduta do agente a uma 
previsão típica.
 Material – ofensa 
significativa ao bem jurídico
Resumo – Aplicação da Lei Penal
Conceito de crime
 Material: toda ação humana 
que lesa ou expõe a perigo 
um bem jurídico de 
terceiro, que, por sua 
relevância, merece a proteção
penal;
 Legal/Formal: toda infração 
penal a que a lei comina pena 
de reclusão ou detenção;
Analítico:
 Teoria quadripartida: 
Típico/Ilícito/Culpável e 
punível;
o Inutilizada.
 Teoria tripartida: 
Típico/Ilícito e Culpável.
o Utilizada no Brasil.
 Teoria bipartida: Típico e 
Ilícito.
Sistema dicotômico (adotado no 
brasil)
 Crime: Reclusão ou detenção;
 Contravenção penal: Prisão 
simples ou multa.
Crime
 Admite tentativa;
 Máx. 40 anos – P. 
ANTICRIME 
 Crime + Contravenção = 
Reincidência 
 Aplica-se a 
extraterritorialidade;
Contravenção
 Não admite tentativa;
 Máx. 05 anos;
 Contravenção no exterior 
não gera efeitos penais, 
inclusive para fins de 
reincidência;
 Não se aplica 
extraterritorialidade.
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO
TEMPO
Princípio da continuidade das leis 
 Quando uma lei revoga a 
outra, a lei revogadora 
deve abordar a matéria de 
forma diferente da lei 
revogada, senão, seria uma 
lei absolutamente inútil.
Ab-rogação: revogação total.
Derrogação: revogação parcial.
Princípio da atividade
 A lei penal somente produz 
efeitos durante o seu 
período de vigência.
Lei nova incriminadora
 A lei nova atribui caráter 
criminoso ao fato. A lei nova 
produzirá efeitos a partir 
da sua entrada em vigor.
Lex Gravior: Lei mais Grave para o 
Réu.
Abolitio criminis: lei penal 
incriminadora venha a ser revogada 
por outra, que prevê que o fato deixe 
de ser considerado crime. Logo, 
produzirá efeitos retroativos, 
alcançando os fatos praticados 
mesmo antes de sua vigência.
Não confundir abolitio criminis 
com continuidade típico-
normativa. 
 Em alguns casos, embora a 
lei nova revogue um 
determinado artigo que previa
um tipo penal, ela 
simultaneamente insere 
esse fato dentro de outro 
tipo penal.
Lex Mitior ou Novatio legis in 
mellius
Ocorre quando lei posterior revoga 
a anterior trazendo uma situação 
mais benéfica ao réu.
Teoria da ponderação unitária ou 
global – NÃO É ACEITA!!!
Não é possível combinar as leis 
penais para extrair os pontos 
favoráveis de cada uma delas.
STJ – NÃO É PERMITIDO – Seria uma
hipótese de criação de uma 3º Lei.
 Utilizada pelo STF e STJ.
JUÍZ QUE APLICA
Quem deve aplicar a nova lei mais 
benéfica ou a nova lei penal 
abolitiva?
 Processo em curso: Juízo que 
está conduzindo o 
processo;
 Processo transitado e 
julgado: Juízo da execução 
penal.
Leis excepcionais: produzidas para 
vigorar durante determinada 
situação. (SEM PRAZO)
Leis temporárias: vigorar durante 
determinado período, certo, cuja 
revogação se dará automaticamente. 
(COM PRAZO)
**Ambas são ULTRA ATIVAS!
Embora decorrido o período da sua
duração, aplica-se ao fato aplicado 
durante a sua vigência – NÃO 
IMPORTA SE É BENÉFICA OU NÃO!
Vacatio Legis – Corresponde ao 
período compreendido entre a 
publicação da lei e sua vigência, 
ou seja, seu período de vacância.
A lei PENAL BENÉFICA em VACATIO 
LEGIS pode retroagir? 
((POLÊMICA))
 1º Corrente – Entende que 
PODE ser aplicada em favor 
do benefício do réu.
 2º Corrente – Por não ter 
vigência, NÃO PODE ser 
aplicada ainda.
Combinação de Leis - ´Pegar um 
trecho benéfico de uma de somar 
com o de outra`
Tempo do crime
 Teoria da atividade: o crime
se considera praticado 
quando da ação ou omissão,
ainda que outro seja o 
momento do resultado.
o Teoria adotada.
CRIME PERMANENTE E
CONTINUADO
Súmula 711 do STF – A lei mais 
grave aplica-se ao crime continuado
ou permanente, se a sua vigência é 
anterior à cessação da continuidade
ou da permanência.
Permanente: Crime se PROLONGA 
no TEMPO, por exemplo, sequestro.
Continuado: Agente comete 
diversos crimes em condições 
semelhantes.
Será considerada a LEI VIGENTE no
momento da cessação do crime, 
não importa se ela é GRAVOSA ou 
BENEFICA.
APENAS PERCEBA QUE SERÁ
APLICADA A LEI DO MOMENTO DA
CESSAÇÃO...!
LEMBRANDO...
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO 
ESPAÇO
Territorialidade 
 Aplica-se a lei penal 
brasileira, sem prejuízos de 
contravenções, tratados e 
regras de direito internacional,
ao crime cometido no 
território nacional.
 Regra.
Princípio da passagem inocente: 
 Se um crime for praticado a 
bordo de uma embarcação 
que se encontre em 
“passagem inocente”, não 
será aplicável a lei 
brasileira a este crime, 
desde que o crime em 
questão não afete nenhum 
bem jurídico nacional.
Extraterritorialidade: 
 Aplicação da lei penal 
brasileira a um fato que não
ocorreu no território 
nacional.
Extensão do território 
 Aeronaves e embarcações de 
NATUREZA PÚBLICA. 
 Aeronaves e embarcações A 
SERVIÇO DO GOVERNO 
 Aeronaves e embarcações de 
NATUREZA PRIVADA + 
ALTO-MAR.
***A embaixada brasileira no 
estrangeiro NÃO É extensão do 
território.
BIZU – Como vem nas questões
EXTRATERRITORIALIDADE 
INCOND.
Aplicação do Direito Penal Brasileiro 
INDEPENDENTE de qualquer requisito.
BIZU: PAG
 Presidente (vida ou liberdade)
 Patrimônio ou Fé Pública
 Adm Pública/Quem está a 
serv.
 Genocídio 
 + Praticado por Brasileiro
 + ou.. Domiciliado no Brasil
**A lei de TORTURA é uma hipótese 
de extraterritorialidade 
incondicionada.
EXTRATERRITORIALIDADE COND.
Crime cometido no estrangeiro + 
preenchimento dos requisitos 
exigidos.
BIZU: TAB
 Tratados ou convenções 
 Aeronaves e embarcações 
brasileiras privadas 
 + quando não foi julgado
no estrangeiro 
 Brasileiro 
Condições
 Entrar o agente em 
território nacional;
 Ser o fato for punível 
também no país que foi 
praticado o delito;
 Estar o crime incluído entre 
aqueles pelos quais a lei 
brasileira autorize a 
extradição;
 Não ter sido absolvido no 
estrangeiro ou não ter aí 
cumprido a pena;
 Não ter sido o agente 
perdoado no estrangeiro 
ou, por outro motivo, não 
estar extinta a punibilidade, 
segundo a lei mais favorável.
STF - O agente não pode responder à 
ação penal no Brasil se já foi 
processado criminalmente, pelos 
mesmos fatos, em um Estado 
estrangeiro. STF. 2ª Turma. HC 
171118/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, 
julgado em 12/11/2019 (Info 959).
CONTAGEM DE PRAZO
Art. 10 - O dia do começo INCLUI-
SE no cômputo do prazo. Contam-
se os dias, os meses e os anos pelo 
calendário comum.
Princípio do domicílio
 De genocídio, quando o 
agente for brasileiro ou 
domiciliado no Brasil.
Princípio da defesa ou da 
proteção
 Contra a vida ou a liberdade 
do presidente da república;
 Contra o patrimônio ou a fé
pública da união, do DF, de 
Estado, de Território, de 
Município, FASE;
 Contra a administração 
pública, por quem está a seu 
serviço.
CUIDADO AQUI!
O agente será punido segundo a lei 
brasileira, ainda que absolvido ou 
condenado no estrangeiro.
PENA
 Idêntica: Computa
 Diversa: Atenua 
Princípio da justiça universal
 Que, por tratado ou 
convenção, o Brasil se 
obrigou a reprimir.
Princípio da representação ou da 
bandeira ou do pavilhão
 Praticados em aeronaves ou 
embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade 
privada, quando em 
território estrangeiro e aí 
não sejam julgados.
EXTRATERRITORIALIDADE
HIPERCONDICIONADA
 Não foi pedida ou negada a
extradição;
 Houve requisição do 
Ministro da Justiça.
APLICAÇÃO DA LEI PENAL EM
RELAÇÃO ÀS PESSOAS
Sujeito ativo: é a pessoa que 
pratica a conduta descrita no tipo 
penal. É possível que alguém seja 
sujeito ativo de uma infração penal 
sem que realize a conduta descrita no
tipo penal. Em regra, somente o 
ser humano pode ser sujeito ativo
de
uma infração penal. Porém, O 
STF e o STJ admitem a 
responsabilidade penal da pessoa 
jurídica em todos os crimes 
ambientais. Atualmente não se exige 
mais a dupla imputação.
ISSO DERRUBA CANDIDATO!
Imunidades diplomáticas
A imunidade não é conferida em 
razão da pessoa, mas em razão do
cargo que ocupa, ou seja, ela é de 
caráter funcional. Essa imunidade é 
irrenunciável, exatamente por não 
pertencer à pessoa, mas ao cargo que
ocupa. 
Sujeito passivo: é aquele que sofre
a ofensa causada pelo sujeito ativo.
 Sujeito passivo mediato ou 
formal – ESTADO;
 Sujeito passivo imediato ou 
material – Titular do bem 
jurídico efetivamente 
lesado;
Anotações (VINDA DAS
QUESTÕES)
Crimes Conexos são aqueles que 
estão relacionados entre si – não 
aceitam a ubiquidade uma vez que 
não constituem unidade jurídica. 
Cada crime deve ser julgado no 
lugar em que foi cometido.
Crime complexo: é aquele que une, 
num mesmo tipo, dois ou mais crimes 
(ex: roubo = constrangimento/ameaça
+ furto). A esses tipos de crimes, 
aplica-se a teoria da ubiquidade 
(conduta ou resultado) normalmente.
ANALOGIA X INTERPRETAÇÃO
ANALOGICA
*** Analogia não se confunde com
interpretação extensiva.
Analogia 
É uma forma de auto integração da
norma penal para suprir as lacunas 
porventura existentes.
 Apenas “in bonam 
partem”;
 Não é um meio de 
interpretação analógica, 
mas sim de integração;
Interpretação Analógica
 É uma forma de 
interpretação, onde o 
legislador cita, na própria 
lei, o que seria um 
´´exemplo`` daquele fato. 
(ex: homicídio, dentre 
outros...)
 Existe norma para o caso 
concreto;
 “in bonam partem” e “in 
malam parte”.
Resumo – Culpabilidade
Conceito
 Juízo de reprovabilidade 
acerca da conduta do agente, 
considerando-se suas 
circunstâncias pessoais;
 Aqui, o objeto de estudo 
não é o fato, mas o AGENTE;
Teorias
 Psicológica – o agente seria 
culpável se era imputável no 
momento do crime e se havia 
agido com dolo ou culpa.
Essa teoria só poderia ser utilizada 
por quem adota a teoria causalista 
(naturalística) da conduta (pois o dolo 
e a culpa estão na culpabilidade).
Para os que adotam a teoria finalista 
(nosso código penal), essa teoria da 
culpabilidade é impossível, pois a 
teoria finalista aloca o dolo e a culpa 
na conduta, e, portanto, no fato típico.
 Normativa ou psicológico-
normativa – “possibilidade 
de agir conforme o direito” e a
consciência da ilicitude. A 
culpabilidade seria, portanto, 
a conjugação do elemento 
subjetivo (dolo ou culpa) e do 
juízo de reprovação sobre o 
agente.
 Teoria extremada da 
culpabilidade (normativa 
pura) – dolo e culpa como 
elementos do fato típico 
(teoria finalista).
o Qualquer 
descriminante 
putativa configura 
erro de proibição;
o Mesmos elementos da
teoria limitada;
o Teoria não adotada.
 Teoria limitada da 
culpabilidade (teoria 
adotada):
o Imputabilidade;
o Potencial consciência 
da ilicitude;
o Exigibilidade de 
conduta diversa;
o Diferencia as 
descriminantes 
putativas.
Em linhas gerais, portanto, a teoria 
extremada e a teoria limitada dizem a
mesma coisa, divergindo apenas no 
que toca ao tratamento que deve ser 
dado às descriminantes putativas.
 Erro do tipo e erro do tipo de 
proibição;
Elementos
Imputabilidade penal
 Capacidade mental de 
entender o caráter ilícito da 
conduta e de comportar-se 
conforme o direito.
 Biológico – se o agente tem 
menos de 18 anos, é 
inimputável;
 Psicológico – análise do caso 
concreto;
 Biopsicológico – teoria 
adotada.
Menor de 18 anos
 Critério meramente biológico 
e taxativo;
 Inimputável.
 Se o agente é menor de 18 
anos, responde perante o ECA
não se aplicando a ele o CP.
Doença mental ou 
desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado
 Deve-se analisar se o agente 
era inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito da 
conduta ou se era 
parcialmente incapaz disso. 
No primeiro caso, será isento 
de pena, inimputável. No 
segundo, semi-imputável, 
redução de 1/3 a 2/3.
Se o agente for INIMPUTÁVEL, exclui-
se a culpabilidade e ele é isento de 
pena. Se for SEMI-IMPUTÁVEL, será 
considerado culpável (não se exclui a 
culpabilidade), mas sua pena será 
reduzida de 1 a 2/3.
Sonambulismo?
 Ausência de conduta, já que 
não há dolo ou culpa. Afasta-
se, portanto, o fato típico, e 
não a culpabilidade.
Embriaguez
 Não é uma hipótese de 
inimputabilidade.
 Todavia, a embriaguez pode 
afastar a imputabilidade 
quando for acidental, ou seja, 
decorrente de caso fortuito ou
força maior (e mesmo assim 
deve ser completa e retirar 
totalmente a capacidade de 
discernimento do agente). 
Embriaguez acidental 
incompleta o agente tem pena
reduzida de 1/3 a 2/3.
 Embriaguez patológica – o 
agente será tratado como 
doente mental – pode excluir 
a imputabilidade.
Potencial consciência da ilicitude
 Possibilidade de o agente, de 
acordo com suas 
características, conhecer o 
caráter ilícito do fato.
Quando o agente age acreditando que
sua conduta não é penalmente ilícita, 
comete erro de proibição.
Exigibilidade de conduta diversa
 Não basta que o agente seja 
imputável, que tenha 
potencial conhecimento da 
ilicitude do fato, é necessário, 
ainda, que o agente pudesse 
agir de outro modo.
Causas de exclusão da 
CULPABILIDADE
 Inimputabilidade Penal – 
menor de 18 anos.
 Coação MORAL irresistível – 
ameaça de lhe fazer algum 
mal grave.
 Obediência hierárquica – 
cumprimento de uma ordem 
ilegal proferida por um 
superior hierárquico – A 
ORDEM NÃO PODE SER 
MANIFESTAMENTE ILEGAL.
o Só se aplica aos 
funcionários públicos, 
não aos particulares.
 Erro de proibição escusável 
(inevitável):
o Evitável? Redução de 
1/6 a 1/3.
Erro
Erro de tipo essencial
 Representação errônea da 
realidade;
 Também pode ocorrer nos 
crimes omissivos impróprios 
(comissivos por omissão);
 Escusável – levar a bolsa 
idêntica por engano – não 
poderia, com um exercício 
mental razoável, saber que 
aquela não era a sua bolsa;
 Inescusável – poderia, 
mediante um esforço mental 
razoável, ter agido de outra 
forma;
Erro de tipo permissivo 
 Erro sobre os pressupostos 
objetivos de uma causa de 
justificação (excludente de 
ilicitude);
 Seria, basicamente, uma 
descriminante putativa;
Erro de tipo acidental
 Erro na execução do fato 
criminoso ou um desvio do 
nexo causal da conduta com o
resultado;
 Erro sobre a pessoa – 
pratica o ato contra pessoa 
diversa da pessoa visada;
o Responde como se 
tivesse praticado o 
crime contra a pessoa 
visada – teoria da 
equivalência.
 Erro sobre o nexo causal – 
alcança o resultado 
pretendido, mas em razão de 
um nexo causal diferente 
daquele que o agente 
planejou.
o Sentido estrito – José 
atira em Maria que cai
na piscina e morre por
afogamento – 
responde por 
afogamento.
o Dolo geral ou 
aberratio causae – 
dolo geral ou 
sucessivo – engano no
que se refere ao meio 
de execução do delito.
o Erro na execução – 
errar na hora de 
executar o delito – 
mero acidente. – 
Aberratio ictus.
o Erro sobre a execução 
com unidade simples –
atinge pessoa diversa 
daquela visada – 
responde como se 
tivesse atingido a 
pessoa visada.
o Erro sobre a execução 
com unidade 
complexa – atinge a 
vítima visada e 
também outra não 
visada – responde 
pelos dois crimes.
o Erro sobre o crime ou 
resultado diverso do 
pretendido – pretende 
cometer um crime, 
mas, por acidente ou 
erro na execução, 
acaba cometendo 
outro. – relação de 
pessoa x coisa.
 Unidade 
simples – 
atinge apenas 
o resultado 
não 
pretendido – 
acerta uma 
planta ao 
invés da 
pessoa. – 
responde 
apenas por 
tentativa de 
homicídio.
 Unidade 
complexa – 
atinge tanto o 
alvo quanto a 
coisa não 
pretendida – 
responderá 
por ambos os 
crimes.
 Erro sobre o 
objeto – erro 
sobre a coisa 
visada. – 
responde pela 
conduta 
efetivamente 
praticada.
 Erro determinado por 
terceiro – erra porque 
alguém o induz a isso. – só 
responde pelo delito aquele 
que provoca o erro.
 Erro de proibição
– quando 
o agente age acreditando que 
sua conduta não é ilícita.
o Escusável – era 
impossível àquele 
agente, naquele caso 
concreto, saber que 
sua conduta era 
contrária ao direito. – 
exclui-se a 
culpabilidade e é 
isento de pena.
o Inescusável – era 
possível, mediante 
algum esforço, 
entender que se 
tratava de conduta 
ilícita. – permanece a 
culpabilidade, com 
diminuição de 1/6 a 
1/3.
o Indireto – trata-se de 
erro sobre a existência
e/ou limites de uma 
causa de justificação 
em abstrato. – Erro de 
proibição.
 Descriminante putativa – 
situações nas quais o agente 
incida em erro por acreditar 
que está presente uma 
situação que, se existisse, 
tornaria sua ação legítima;
 Delito putativo – agente 
comete um indiferente penal, 
mas acredita estar praticando 
crime.
Resumo – Crimes contra o Patrimônio – Furto. Roubo. Extorsão.
Crimes contra o Patrimônio
 Furto;
 Roubo e Extorsão;
 Usurpação;
 Dano;
 Apropriação Indébita;
 Estelionato e outras fraudes;
 Receptação.
Furto
 Subtrair, para si ou para 
outrem, coisa móvel alheia;
 Reclusão, 01 a 04 anos, e 
multa (Delegado pode arbitrar
fiança)
 Dolo;
 Admite-se tentativa;
 Não se admite forma 
culposa;
 O crime se consuma com a 
inversão da posse – Teoria 
do amotio ou apreehensio 
** Não requer que a posse 
seja mansa e pacifica!
 Furto de uso – conduta 
atípica, uma vez que o 
especial fim de agir não 
ocorreu (apoderamento 
definitivo) – Se a vítima 
descobrir, a conduta será 
típica. 
 Furto Famélico – Furtar para 
comer – Excludente de 
Ilicitude 
 Subtração por 
arrebatamento - ´´empurrar
para dar um bote no objeto`` -
Doutrina entende que é 
furto.
 STJ – 567: A existência de 
sistema de vigilância ou 
monitoramento não 
configura crime 
impossível;
 Furto de energia elétrica: 
Equipara-se a coisa móvel 
a energia elétrica ou qualquer 
outra que tenha valor 
econômico. 
o Não confundir com 
sinal de tv a cabo.
 STF – conduta
atípica;
 STJ – furto 
simples.
Gato no poste: Furto de 
energia elétrica 
Adulteração de medidor: 
Estelionato. 
Aumento de pena 1/3:
 Repouso noturno – única 
majorante;
 Aplica-se ainda que se trate 
de residência desabitada ou 
estabelecimento comercial, 
sendo indiferente o fato de a 
vítima estar, ou não, 
efetivamente repousando;
 A causa de aumento de pena 
tanto se aplica no furto 
simples quanto no qualificado.
Furto Privilegiado 
 Substituição da pena de 
reclusão pela de detenção, 
diminuí-la de 1/3 a 2/3 ou 
aplicar somente a pena de 
multa.
 Réu primário e a coisa é de 
pequeno valor (não 
ultrapassa o salário mínimo 
vigente) e a qualificadora for 
de ordem objetiva.
o O abuso de 
confiança (possui 
natureza subjetiva) 
inviabiliza o benefício 
do privilégio no furto.
o STJ – Entendeu (2019)
que a fraude também
possui natureza 
subjetiva. 
Furto qualificado:
 Destruição ou rompimento de 
obstáculo à subtração da 
coisa;
 Abuso de confiança 
(Subjetiva), fraude (Subjetiva),
escalada, destreza; 
o Abuso de confiança é 
CRIME PRÓPRIO.
o Mediante fraude: 
SUBTRAIR – 
DIMINUIR A 
VIGILIANCIA, é 
diferente de 
estelionato (OBTER 
– COLOCAR A 
VITIMA EM ERRO)
o Não é possível a 
tentativa de furto 
qualificado pela 
destreza.
 Chave falsa;
o Ligação direta do 
veículo não é 
considerada chave 
falsa.
 Concurso de pessoas (pode 
ser o coautor ou participe – 
Menores de idade também 
contam) 
o 02 a 08 anos.
 Furto de veículo automotor 
que venha a ser transportado 
para outro Estado ou para o 
Exterior;
o 03 a 08 anos.
o Se o veículo não 
chegar a ser levado? 
Furto simples 
consumado;
 Subtração de semovente 
domesticável de produção, 
ainda que abatido ou dividido 
em partes no local da 
subtração:
o Reclusão, 02 a 05 
anos.
 Emprego de explosivo ou de 
artefato análogo que cause 
perigo comum (CRIME 
HEDIONDO)
 Subtração de substâncias 
explosivas:
o Reclusão, 04 a 10 
anos e multa.
STJ – A mera subtração de folha de 
cheque, em branco, não caracteriza 
furto.
Furto de coisas perdidas?
 Incabível, porque o agente, 
neste caso, pratica o crime de
apropriação de coisa achada.
Furto de coisas abandonadas?
 Incabível, porque o agente, 
ao se apossar da coisa, torna-
se seu dono.
Merecem uma atenção 
 Furto de cadáver 
o Velório: Não é furto
o Instituição para fins
de estudo: Furto 
 Bens (joias, colar) do cadáver
o É furto 
o Sujeito passivo: 
Herdeiros
Roubo
 Subtrair coisa móvel alheia, 
para si ou para outrem, 
mediante grave ameaça ou
violência à pessoa, ou depois
de havê-la, por qualquer meio,
reduzido à impossibilidade 
de resistência;
 Grave Ameaça 
 Violência 
 Redução à 
resistência 
 Reclusão, 04 a 10 anos, e 
multa;
 Dolo;
 Não se admite forma 
culposa;
 O crime se consuma quando 
o agente passa a ter poder 
sobre a coisa, após ter 
praticado a violência ou 
grave ameaça;
 Admite-se tentativa;
 A inexistência de valores em 
poder da vítima não configura 
crime impossível, mas sim 
mera impropriedade relativa 
do objeto, caracterizando 
tentativa;
 Roubo impróprio – a 
violência (própria) ou grave 
ameaça é feita após a 
subtração da coisa, como 
meio de garantir a 
impunidade do crime;
o Não cabe roubo 
impróprio com o 
emprego de violência 
imprópria (ex. do 
remédio na bebida do 
agente na delegacia).
o Crime FORMAL 
 Há crime de latrocínio, 
quando o homicídio se 
consuma, ainda que não 
realize o agente a subtração 
dos bens da vítima.
o Ação pena pública 
incondicionada.
Roubo majorado (causas de aumento
de pena):
 Roubo próprio e roubo 
impróprio;
 Destruição ou rompimento 
de obstáculo mediante o 
emprego de explosivo ou 
artefato análogo que cause 
perigo comum;
 Exercida com emprego de 
arma:
BRANCA – 1/3 a metade 
FOGO PERMITIDA – 2/3
FOGO PROIBIDA/RESTRITA – em 
dobro. 
o Arma de brinquedo 
não gera aplicação da 
majorante;
o Arma sem munição 
não gera majorante;
o Arma de fogo 
absolutamente 
incapaz de realizar 
disparo.
o O reconhecimento da 
causa de aumento de 
pena prescinde da 
apreensão da arma e 
da realização de 
perícia, desde que seu
uso no roubo seja 
provado por outros 
meios.
**STJ – O réu é quem deve provar 
que a arma de fogo era desprovida 
de potencial lesivo.
 Concurso de pessoas; ***
 Transporte de valores e o 
agente conhece tal 
circunstância;
 Subtração de veículo 
automotor que venha a ser 
transportado para outro 
Estado ou para o Exterior;***
 (HEDIONDO) Restrição da 
vítima de liberdade***
 Subtração de substâncias 
explosivas ***
o 1/3 até a metade.
** = qualificadora no furto 
Roubo qualificado pelo resultado 
(lesão corporal grave ou morte):
 Lesão corporal grave:
o Reclusão, 07 a 18 
anos, e multa.
 Morte:
o Reclusão, 20 a 30 
anos, e multa.
Não gera continuidade-delitiva:
 Roubo e latrocínio: Tutelam 
bens jurídicos diferentes. 
 Roubo e furto: Mesmo 
gênero, mas como espécies 
distintas.
 Roubo e extorsão: Mesmo 
gênero, mas como espécies 
distintas
Extorsão
 Constranger alguém, 
mediante violência ou grave
ameaça, e com o intuito de 
obter para si ou para outrem 
indevida vantagem 
econômica, a fazer, tolerar 
que se faça ou deixar de fazer
alguma coisa;
 Reclusão, 04 a 10 anos, e 
multa;
 Dolo;
 Não se admite forma 
culposa se a vantagem for:
o Devida;
o Sexual;
o Meramente moral, 
sem valor econômico.
 Crime formal – consuma-se 
independente da obtenção da 
vantagem;
 Admite tentativa
 Pública incondicionada.
 Extorsão indireta – exigir 
documento que pode dar 
causa a procedimento criminal
contra a vítima ou contra 
terceiro.
o Reclusão, 01 a 03 
anos, e multa.
Aumento de pena, 1/3 até a 
metade:
 Duas ou mais pessoas ou 
mediante o uso de arma.
Lesão grave ou morte?
 Extorsão qualificada pelo 
resultado.
Extorsão qualificada:
 Restrição da liberdade 
individual, necessária para a 
obtenção da vantagem 
econômica;
 06 a 12 anos.
Extorsão mediante sequestro:
 Sequestrar pessoa com o fim
de obter, para si ou para 
outrem, qualquer vantagem,
como condição ou preço do 
resgate;
 Reclusão, 08 a 15 anos;
 Dolo específico;
 Crime formal.
Forma qualificada, 12 a 20 anos:
 + 24 horas;
 Menor de 18 ou maior de 60 
anos;
 Quadrilha ou bando.
Lesão corporal grave:
 16 a 24 anos.
Morte:
 24 a 30 anos.
Resumo – Crimes contra a Pessoa – Lesões Corporais
Lesões Corporais
Art. 129 – ofender a integridade 
corporal ou saúde de outrem.
 Lesão Corporal, em regra, é 
Pública Incondicionada;
 Lesão Corporal Culposa, Ação 
penal Pública Condicionada à 
Representação;
o na lesão culposa não 
há distinção com base
na gravidade dos 
ferimentos;
 Lesão praticada com violência
doméstica à mulher, em 
qualquer caso a ação penal 
será pública incondicionada.
 Detenção, 03 meses a 01 
ano.
Natureza grave, se resultar:
 Perigo de vida;
 Incapacidade para as 
ocupações habituais, por mais
de 30 dias;
 Debilidade permanente;
 Aceleração de parto.
 Reclusão, 01 a 05 anos.
Natureza gravíssima, se resultar:
 Incapacidade permanente 
para o trabalho;
 Enfermidade incurável;
 Aborto;
 Reclusão, 02 a 08 anos.
Crimes preterdolosos: dolo na conduta
inicial e culpa na ocorrência do 
resultado.
 Lesão corporal seguida de 
morte;
 04 a 12 anos.
Lesão corporal privilegiada:
 Relevante valor social ou 
moral, violenta emoção, logo 
em seguida à injusta 
provocação:
o Diminuída de 1/6 a 
1/3.
 Se as lesões não forem 
graves: 
o Diminuída de 1/6 a 
1/3;
o Lesões recíprocas – o 
Juiz pode substituir a 
pena privativa de 
liberdade pela multa.
Violência Doméstica
 Ascendente, descendente, 
irmão, cônjuge, companheiro, 
pessoa com quem conviva, ou
tenha convivido;
 03 meses a 03 anos.
 Crime qualificado (grave, 
gravíssima ou morte):
o Aumento de 1/3.
 Contra pessoa com 
deficiência:
o Aumento de 1/3.
 Somente nos casos de lesões 
corporais dolosas;
 Lesões culposas aplicam-se as
mesmas regras dos crimes 
comuns (não domésticas).
Integrante das Forças Armadas
 Se o crime de lesão corporal 
for praticado contra 
Integrantes das Forças 
Armadas, Forças de 
Segurança Pública, Agentes 
do Sistema Prisional e 
Integrantes da Força Nacional:
o Aumento de 1/3 a 
2/3.
 Desde que no exercício das 
referidas funções;
 Se o crime não tem relação 
com o cargo, não se aplica o 
aumento de pena;
 Estende-se, ainda, com os 
parentes desses agentes 
citados, desde que guarde 
relação com a função pública.
Lesão Corporal 
Culposa:
 Inobservância de regra 
técnica; Não prestar socorro; 
Fugir:
o Aumento de 1/3.
Dolosa:
 Contra menor de 14 anos ou 
maior de 60 anos; Milícia 
privada; Grupo de extermínio:
o Aumento de 1/3.
Periclitação da Vida e Saúde
 “Crimes de Perigo” – crimes 
formais;
 A ocorrência do dano é 
irrelevante para a 
consumação dos delitos;
 Ação Penal Pública 
Incondicionada, exceto no 
caso de doenças venéreas, 
que é condicionado à 
representação. 
Doenças venéreas
 Norma penal em branco;
 Irrelevante a anuência da 
vítima;
 Admite-se tentativa;
 Dolo direto ou eventual;
 Não admite forma culposa;
 Condicionada à 
representação.
Contágio de moléstia grave
 Sujeito passivo pode ser 
qualquer pessoa que não 
esteja contaminada;
 Dolo específico;
 Não admite dolo eventual 
nem culpa;
 Ação penal pública 
incondicionada.
Perigo para a vida ou saúde de 
outrem
 Ação ou omissão, expõe a 
perigo a vida ou a saúde de 
outrem;
 Não admite forma culposa;
 Transporte irregular de 
pessoas para a prestação de 
serviços:
o Aumento de pena.
Abandono de incapaz
 Crime próprio – ter o dever de 
guarda e vigilância da pessoa 
abandonada;
 Dolo;
 Não se admite forma culposa;
 Aumento de 1/3:
o Deserto;
o Pai, mãe, filho, neto, 
irmão, cônjuge, tutor 
ou curador de vítima;
o Possuir + de 60 anos.
Exposição ou abandono de recém-
nascido
 Crime próprio;
 Ação ou omissão;
 Dolo;
 Não se admite culpa.
Omissão de socorro
 Não há necessidade de que 
haja vínculo específico;
 Forma omissiva;
 É possível a participação, mas
não coautoria;
 Dolo direto ou eventual;
 Não se admite forma culposa;
 Crime formal – não necessita 
de resultado naturalístico.
Maus tratos
 Crime próprio;
 Dolo específico;
 Plurinuclerar:
o Privar de alimentação;
o Privar de cuidados 
indispensáveis;
o Trabalho excessivo ou 
inadequado;
o Abusar de meios de 
correção ou disciplina.
 Admite tentativa.
Rixa
 Briga entre mais de duas 
pessoas;
 Dolo;
 Ação penal pública 
incondicionada;
 Crime de concurso necessário;
 Se ocorre morte ou lesão 
corporal de natureza grave, 
pelo fato da participação na 
rixa, a pena de detenção, de 
06 a 02 anos.
Resumo – Crimes contra a Administração Pública III
Crimes contra a Administração 
Pública Estrangeira
 Considera-se funcionário 
público estrangeiro, para 
efeitos penais, quem, ainda 
que transitoriamente ou sem 
remuneração, exerce cargo, 
emprego ou função pública 
em entidades estatais ou em 
representações diplomáticas 
de país estrangeiro.
Corrupção ativa em transação 
comercial internacional:
 Prometer, oferecer ou dar, 
direta ou indiretamente, 
vantagem indevida a 
funcionário público 
estrangeiro, ou a terceira 
pessoa, para determiná-lo a 
praticar, omitir ou retardar ato
de ofício relacionado à 
transação comercial 
internacional;
 Reclusão, de 01 a 08 anos, e 
multa;
 Especial fim de agir;
 Crime formal;
 Aumento de 1/3 se o 
funcionário retarda ato de 
ofício em razão da vantagem 
ou promessa.
Tráfico de influência em transação 
comercial internacional:
 Solicitar, exigir, cobrar ou 
obter, para si ou para outrem, 
direta ou indiretamente, 
vantagem ou promessa de 
vantagem a pretexto de influir
em ato praticado por 
funcionário público 
estrangeiro no exercício de 
suas funções, relacionado a 
transação comercial 
internacional;
 Reclusão, de 01 a 05 anos, e 
multa;
 Aumento pela metade, se o 
agente alega ou insinua que a
vantagem é também 
destinada a funcionário 
estrangeiro;
 Crime formal;
 Especial fim de agir.
Crimes contra a Administração da 
Justiça
Reingresso de estrangeiro expulso:
 Reingressar no território 
nacional o estrangeiro que 
dele foi expulso;
 Reclusão, de 01 a 04 anos, 
sem prejuízo da nova 
expulsão após o cumprimento 
da pena;
 Crime próprio (crime de mão 
própria);
 Crime material;
 Crime Permanente, logo, 
caberia prisão em flagrante a 
qualquer momento.
Denunciação Caluniosa / calúnia 
qualificada:
 Dar causa à instauração de 
investigação policial, de 
processo judicial, instauração 
de investigação 
administrativa, inquérito civil 
ou ação de improbidade 
administrativa contra alguém, 
imputando-lhe crime de que o
sabe ser inocente;
 Reclusão, de 02 a 08 anos, e 
multa;
 Aumento de sexta parte, se o 
agente serve de anonimato ou
de nome suposto;
 Diminuída pela metade, se a 
imputação é de prática de 
contravenção;
 Crime comum;
 Crime se consuma quando a 
autoridade toma alguma 
providência, ainda que não 
instaure o IP;
 O fato deve ser considerado 
crime.
Comunicação falsa de crime ou 
contravenção:
 Provocar a ação de 
autoridade, comunicando-lhe 
a ocorrência de crime ou de 
contravenção que sabe não se
ter verificado;
 Detenção, de 01 a 06 meses, 
ou multa;
 A comunicação falsa de crime 
perante policiais militares não 
configura o delito.
Autoacusação falsa de crime:
 Acusar-se, perante a 
autoridade, de crime 
inexistente ou praticado por 
outrem;
 Detenção, de 03 meses a 02 
anos, ou multa.
Falso testemunho ou Falsa perícia;
 Fazer afirmação falsa, ou 
negar ou calar a verdade 
como testemunha, perito, 
contador, tradutor ou 
intérprete em processo 
judicial, administrativo, IP, ou 
em juízo arbitral;
 Reclusão, de 02 a 04 anos, e 
multa;
 A vítima não pode ser sujeito 
ativo, pois não é 
“testemunha’. Ela não presta 
depoimento, e sim 
“declarações”;
 Crime de mão própria – não 
admite coautoria, somente 
participação (falso 
testemunho);
 Falsa perícia – cabe tanto 
coautoria quanto a 
participação;
 O crime permanece mesmo 
quando o processo seja 
anulado por algum vício;
 Só admite tentativa em falsa 
perícia;
 Aumento de pena:
o Suborno;
o Obter provas que 
deva produzir efeitos 
em processo civil em 
que seja parte a 
administração direta 
ou indireta;
o Obter provas que 
deva produzir efeitos 
em processo criminal.
 Extinção da punibilidade:
o Retratar-se da 
declaração falsa antes
da sentença.
Corrupção ativa de testemunha, 
contador, perito, intérprete ou 
tradutor:
 Dar, oferecer ou prometer 
dinheiro ou qualquer outra 
vantagem;
 Reclusão, de 03 a 04 anos, e 
multa;
 Se o destinatário da corrupção
é funcionário público, o crime 
é o de corrupção ativa.
Coação no curso do processo:
 Usar de violência ou grave 
ameaça, com o fim de 
favorecer interesse próprio ou 
alheio, contra autoridade, 
parte, ou qualquer outra 
pessoa que funciona ou é 
chamada a intervir no 
processo judicial, policial ou 
administrativo, ou em juízo 
arbitral;
 Reclusão, de 01 a 04 anos, e 
multa, além da pena 
correspondente à violência.
Exercício arbitrário das próprias 
razões:
 Fazer justiça pelas próprias 
mãos, para satisfazer 
pretensão, embora legítima, 
salvo quando a lei o permite;
 Detenção, 15 dias a 01 mês, 
ou multa, além da pena 
correspondente à violência;
 Se não há emprego de 
violência, somente se procede
mediante queixa.
Fraude Processual:
 Inovar artificiosamente, na 
pendência de processo civil ou
administrativo, o estado de 
lugar, de coisa ou de pessoa, 
com o fim de induzir a erro o 
juiz ou o perito;
 Detenção, de 03 meses a 02 
anos, e multa;
 Se a inovação se destina a 
produzir efeito em processo 
penal, ainda que não iniciado, 
as penas aplicam-se em 
dobro.
Favorecimento Pessoal:
 Auxiliar a subtrair-se à ação 
de autoridade pública autor 
de crime a que é cominada a 
pena de reclusão;
o O agente ajuda o 
criminoso a se 
esconder;
 Detenção, de 01 a 06 meses, 
e multa;
 Favorecimento pessoal – 
PESSOA;
 Sem combinação prévia;
 Combinação prévia? Concurso
de agentes. Responde pelo 
delito praticado;
 ISENTO de pena (escusa 
absolutória):
o Ascendente;
o Descendente;
o Irmão;
o Cônjuge.
Favorecimento Real:
 Prestar a criminoso, fora dos 
casos de coautoria ou de 
receptação, auxílio destinado 
a tornar seguro o proveito do 
crime;
o O agente ajuda o 
criminoso a tornar 
seguro o proveito do 
crime
 Favorecimento real – COISA;
 Detenção, de 01 a 06 meses, 
e multa;
 Não se aplica a escusa 
absolutória.
Exercício arbitrário ou Abuso de 
poder:
 Ordenar ou executar medida 
privativa de liberdade, sem as
devidas formalidades legais 
ou com abuso de poder;
 Detenção, de 01 mês a 01 
ano.
Fuga de pessoa presa ou submetida à 
medida de segurança:
 Promover ou facilitar a fuga 
de pessoa legalmente presa 
ou submetida à medida de 
segurança detentiva;
 Detenção, de 06 meses a 02 
anos;
 Se a prisão é ilegal, o ato de 
promover ou facilitar a fuga é 
atípico, pois age em legítima 
defesa de terceiro;
 Crime material.
Evasão mediante violência contra a 
pessoa:
 Evadir-se ou tentar evadir-se o
preso ou o indivíduo 
submetido à medida de 
segurança detentiva, usando 
de violência contra a pessoa;
 Detenção, de 03 meses a 01 
ano, além da pena 
correspondente à violência.
Arrebatamento do preso:
 Arrebatar preso, a fim de 
maltratá-lo, do poder de quem
o tenho sob custódia ou 
guarda;
 Reclusão, de 01 a 04 anos, 
além da pena correspondente 
à violência.
Motim de presos:
 Amotinarem-se presos, 
perturbando a ordem ou 
disciplina da prisão;
o Pelo menos 04 presos.
 Detenção, de 06 meses a 02 
anos, além da pena 
correspondente à violência.
Patrocínio Infiel:
 Trair, na qualidade de 
advogado ou procurador, o 
dever profissional, 
prejudicando interesse, cujo 
patrocínio, em juízo, lhe é 
confinado;
 Detenção, de 06 meses a 03 
anos, e multa.
Sonegação de papel ou objeto de 
valor probatório:
 Inutilizar, total ou 
parcialmente, ou deixar de 
restituir autos, documento ou 
objeto de valor probatório, 
que recebeu na qualidade de 
advogado ou procurador;
 Detenção, de 06 meses a 03 
anos, e multa.
Exploração de Prestígio:
 Solicitar ou receber dinheiro 
ou qualquer outra utilidade, a 
pretexto de influir em juiz, 
órgão do MP, funcionário de 
justiça, perito, tradutor, 
intérprete ou testemunha;
 Reclusão, de 01 a 05 anos, e 
multa.
Violência ou fraude em arrematação 
judicial:
 Impedir, perturbar ou fraudar 
arrematação judicial; afastar 
ou procurar afastar 
concorrente ou licitante, por 
meio de violência, grave 
ameaça, fraude ou 
oferecimento de vantagem;
 Detenção, de 02 meses a 01 
ano, ou multa, além da pena 
correspondente à violência.
Desobediência à decisão judicial sobre
perda ou suspensão de direito:
 Exercer função, atividade, 
direito, autoridade ou múnus, 
de que foi suspenso ou 
privado por decisão judicial;
 Detenção, de 03 meses a 02 
anos, ou multa.
Crimes contra as Finanças 
Públicas
Contratação de operação de crédito:
 Ordenar, autorizar ou realizar 
operação de crédito, interno 
ou externo, sem prévia 
autorização legislativa;
 Reclusão, de 01 a 02 anos.
Inscrição de despesas não 
empenhadas em restos a pagar:
 Ordenar ou autorizar a 
inscrição em restos a pagar, 
de despesa que não tenha 
sido previamente empenhada 
ou que exceda o limite 
estabelecido em lei;
 Detenção, de 06 meses a 02 
anos.
Assunção de obrigação no último ano 
do mandato:
 Ordenar ou autorizar a 
assunção de obrigação, nos 
dois últimos quadrimestres do
último ano do mandato ou 
legislatura, cuja despesa não 
possa ser paga no mesmo 
exercício financeiro ou, caso 
reste parcela a ser paga no 
exercício seguinte, que não 
tenha contrapartida suficiente
de disponibilidade de caixa;
 Reclusão, de 01 a 04 anos.
Ordenação de despesa não autorizada
por lei:
 Ordenar despesa não 
autorizada por lei;
 Reclusão, de 01 a 04 anos.
Prestação de garantia graciosa:
 Prestar garantia em operação 
de crédito sem que tenha sido
constituída contragarantia em
valor igual ou superior ao 
valor da garantia prestada, na
forma da lei;
 Detenção, de 03 meses a 01 
ano.
Não cancelamento de restos a pagar:
 Deixar de ordenar, de 
autorizar ou de promover o 
cancelamento do montante de
restos a pagar inscrito em 
valor superior ao permitido 
em lei;
 Detenção, de 06 meses a 02 
anos.
Aumento de despesa total com 
pessoal no último ano do mandato ou 
legislatura:
 Ordenar, autorizar ou executar
ato que acarrete aumento de 
despesa de total com pessoal,
nos 180 dias anteriores ao 
final do mandato ou 
legislatura;
 Reclusão, de 01 a 04 anos.
Oferta pública ou colocação de títulos 
no mercado:
 Ordenar, autorizar ou 
promover a oferta pública ou 
a colocação no mercado 
financeiro de títulos da dívida 
pública sem que tenham sido 
criados por lei ou sem que 
estejam registrados em 
sistema centralizado de 
liquidação e de custódia;
 Reclusão, de 01 a 04 anos.
Resumo – Crimes contra a Fé Pública
Moeda Falsa – Art. 289:
 Falsificar, fabricando-a ou 
alterando-a, a moeda metálica
ou papel-moeda de curso 
legal no país ou no 
estrangeiro;
 Reclusão, 03 a 12 anos, e 
multa;
o Nas mesmas penas 
incorre quem, por 
conta própria ou 
alheia, importa ou 
exporta, adquire, 
vende, troca, cede, 
empresta, guarda ou 
introduz na circulação 
moeda falsa.
 Dolo;
 Não há forma culposa;
 Admite-se tentativa;
 Funcionário público – crime 
próprio;
o Moeda com peso 
inferior;
o Quantidade superior;
o Reclusão, 03 a 15 
anos, e multa.
 Não cabe aplicar o princípio 
da insignificância;
 Quem, tendo recebido de boa-
fé, como verdadeira, moeda 
falsa ou adulterada, a restituiu
à circulação, DEPOIS DE 
CONHECER A FALSIDADE 
(suspeitar não significa 
conhecer):
o Detenção, 06 a 02 
anos, e multa.
Crimes assemelhados ao de moeda 
falsa:
 Formar cédulas com 
fragmentos de outras cédulas,
suprimir sinal de inutilização 
de cédula ou recolocar em 
circulação cédula inutilizada;
 Reclusão, 02 a 08 anos, e 
multa;
o Aumentada em até 12
anos – funcionário 
público.
Petrechos de falsificação de moeda – 
Art. 291:
 Maquinário ou equipamento 
destinado à falsificação da 
moeda;
 Reclusão, 02 a 06 anos, e 
multa;
 A preparação é punível;
 Finalidade específica de 
falsificação.
Emissão de título ao portador sem 
permissão legal – Art. 292:
 Emitir, sem permissão legal, 
nota, bilhete, ficha, vale ou 
título que contenha promessa 
de pagamento;
 Detenção, 01 a 06 meses, ou 
multa.
Falsidade de Títulos e outros 
Papéis Públicos
 Falsificar, fabricando-os ou 
alterando-os – Art. 293:
o Vale postal;
o Crédito tributário;
o Talão, bilhete;
o Reclusão, 02 a 08 
anos, e multa.
Petrechos de falsificação:
 Objeto destinado à 
falsificação;
 Reclusão, 01 a 03 anos, e 
multa;
 Aumenta-se em 1/6 – 
funcionário público.
Falsidade Documental
Falsificação de Selo ou Sinal Público:
 Falsificar, fabricando-os ou 
alterando-os:
o Selo público;
o Reclusão, 02 a 06 
anos, e multa;
o Aumenta-se em 1/6 – 
funcionário público.
Falsificação de Documento Público – 
Art. 297:
 Falsificar, no todo ou em 
parte, documento público, ou 
alterar documento público 
verdadeiro;
o Inclusive documentos 
equiparados;
o Testamentos.
 Reclusão, 02 a 06 anos, e 
multa;
 Aumento de 1/6 – funcionário 
público;
 Quando o falso se exaure no 
estelionato, sem mais 
potencialidade lesiva, o 
estelionato absorve o falso;
o Se o documento 
falsificado continuar 
possuindo 
potencialidade lesiva, 
não se aplica o 
princípio da 
consunção.
Falsificação de Documento Particular:
 Falsificar, no todo ou em 
parte, documento particular, 
ou alterar documento 
particular verdadeiro;
o Cartão de crédito;
 Reclusão, 01 a 05 anos, e 
multa.
Falsidade Ideológica:
 Relacionada à alteração do 
conteúdo de documento 
público ou particular;
 Omitir, em documento público
ou particular, declaração que 
dele devia constar, ou nele 
inserir ou fazer inserir 
declaração falsa ou diversa da
que devia ser escrita, com o 
fim de prejudicar direito, criar 
obrigação ou alterar a 
verdade; 
 Público:
o Reclusão, 01 a 05 
anos, e multa.
 Particular:
o Reclusão, 01 a 03 
anos, e multa.
 Aumento de 1/6 – funcionário 
público / assentamento de 
registro civil.
 Dolo específico;
 O crime não se caracteriza se 
o documento falsificado está 
sujeito à revisão por 
autoridade, pois a revisão 
impediria que o crime 
chegasse a ter qualquer 
potencialidade lesiva;
 Falsidade ideológica:
o Estrutura verdadeira e
conteúdo falso.
 Falsidade material:
o Estruturalmente falso.
Falso reconhecimento de firma ou 
letra:
 Reconhecer, como verdadeira,
no exercício de função 
pública, firma ou letra que não
o seja;
 Documento Público:
o Reclusão, de 01 a 05 
anos, e multa.
 Documento Particular:
o Reclusão, de 01 a 03 
anos, e multa.
 Crime próprio.
Certidão ou atestado ideologicamente
falso:
 Atestar ou certificar 
falsamente, em razão da 
função pública, fato ou 
circunstância que habilite 
alguém a obter cargo público, 
isenção de ônus ou de serviço 
de caráter público, ou 
qualquer outra vantagem;
 Detenção, de 02 meses a 01 
ano;
 Falsificar, no todo ou em 
parte, atestado ou certidão, 
ou alterar o teor de certidão 
ou atestado verdadeiro, para 
prova de fato ou circunstância
que habilite alguém a obter 
cargo público ou qualquer 
outra vantagem;
 Detenção, de 03 meses a 02 
anos.
Falsidade de atestado médico:
 Dar o médico, no exercício da 
sua profissão, atestado falso;
 Detenção, 01 mês a 01 ano;
 Crime próprio;
 Não pode ser praticado por 
enfermeiro, dentista, ou 
qualquer outro profissional da 
saúde.
Reprodução ou alteração de selo ou 
fila filatélica:
 Reproduzir ou alterar selo ou 
peça filatélica que tenha valor
para coleção, salvo quando a 
reprodução ou alteração está 
visivelmente anotada;
 Detenção, de 01 a 03 anos, e 
multa.
Uso de documento falso:
 Fazer uso de qualquer dos 
papéis falsificados ou 
alterados, art. 297 a 302;
 Cominada à falsificação ou à 
alteração;
 Tipo penal remetido;
 Quem usa o documento falso 
é a própria pessoa que 
fabricou?
o Responde pelo crime 
de falsificação.
 A competência para processar
e julgar é firmada em razão da
entidade ou órgão ao qual foi 
apresentado o documento;
 A utilização de fotocópia não 
autenticada afasta a 
tipicidade do crime de uso de 
documento falso;
Supressão do documento:
 Supressão, destruição ou 
ocultação de documento 
público ou particular, de que 
não podia dispor;
 Documento Público:
o Reclusão, de 02 a 06 
anos, e multa.
 Documento Particular:
o Reclusão, de 01 a 05 
anos, e multa.
 Dolo específico.
Falsa identidade – Art. 307:
 Não confundir com falsidade 
ideológica;
 Atribuir-se ou atribuir a 
terceiro falsa identidade para 
obter vantagem, em proveito 
próprio ou alheio, ou para 
causar dano a outrem;
 Quando tenta se passar por 
outra pessoa, sem utilizar 
documento falso;
 Detenção, 03 meses a 01 
ano, ou multa, se o fato não 
constituir crime mais grave;
 Dolo específico;
 A conduta de atribuir-se falsa 
identidade perante autoridade
policial é típica, ainda que em 
situação de alegada 
autodefesa.
Uso de documento de identidade 
alheio:
 Aquele que usa documento 
alheio como se fosse seu 
quanto aquele que cede o 
documento;
 Detenção, de 04 meses a 02 
anos, e multa, se o fato não 
constituir crime mais grave.
Fraudes em certames de 
Interesse Público
 Utilizar ou divulgar, 
indevidamente, com o fim de 
beneficiar a si ou a outrem, ou
de comprometer a 
credibilidade do certame, 
conteúdo sigiloso de:
o Concurso Público;
o Processo Seletivo;
o Reclusão, de 01 a 04 
anos, e multa;
o Aumento de 1/3 – 
funcionário público;
o O particular, sozinho, 
não pode ser 
responsabilidade por 
ato improbo.
Anotações
STJ entende pela impossibilidade de 
consunção entre os crimes de 
receptação e adulteração de sinal 
identificador de veículo automotor, 
tratando-se de delitos autônomos.
-
Todos os crimes contra a Fé Pública 
são dolosos.
Resumo – Crimes contra a Pessoa – Crimes contra a Honra
Crimes contra a Honra
 Honra subjetiva – apreço 
pessoal que a pessoa tem de 
si;
 Honra objetiva – imagem da 
pessoal perante o corpo 
social.
Calúnia
 Imputação falsa, a alguma 
pessoa, de fato definido como 
crime;
 Tutela da honra objetiva;
 Detenção, 06 meses a 02 
anos, e multa;
 Forma comissiva, não se 
admite omissão;
 Ocorre quando o fato 
imputado não ocorreu ou 
quando mesmo tendo 
ocorrido, não foi o caluniado o
seu autor;
 Sujeito ativo pode ser 
qualquer pessoa;
o Parlamentares gozam 
de imunidade material
– não praticam o 
crime quando 
caluniam alguém no 
exercício da profissão.
 Sujeito passivo pode ser 
qualquer pessoa;
o Inclusive é punível a 
calúnia contra os 
mortos.
 Autocalúnia? Pratica crime de 
autoacusação falsa, não de 
calúnia;
 Calúnia contra o Presidente da
República? Configura crime 
contra a Segurança Nacional;
 Quem propaga e divulga, 
mesmo sabendo ser falsa a 
imputação, incorre na mesma 
pena;
 O Crime se consuma com a 
divulgação da calúnia a um 
terceiro;
 Crime formal – a ocorrência do
resultado naturalístico é 
irrelevante para a 
consumação do delito;
 A tentativa é perfeitamente 
possível;
 Exceção da verdade – direito 
que o sujeito ativo possui de 
provar que o que ele falou do 
sujeito passivo é verdade, 
exceto:
o Crime de ação penal 
privada, quando ainda
não há sentença 
irrecorrível;
o Presidente da 
República ou Chefe de
Governo Estrangeiro;
o Crime de ação penal 
pública, caso o 
caluniado já tenha 
sido absolvido.
 Exceção de notoriedade – 
provar que o fato já é de 
conhecimento de todos.
Difamação
 Tutela da honra objetiva;
 Imputar a alguém um fato 
ofensivo à sua reputação – o 
fato imputado não é crime;
 Detenção de 03 meses a 01 
ano, e multa;
 Difamação contra os mortos 
não é punível;
 Não se admite forma culposa;
 Crime formal
– a ocorrência do
resultado naturalístico é 
irrelevante para a 
consumação do delito;
 É possível a tentativa;
 Exceção da verdade:
o Somente se o 
ofendido é funcionário
público e a difamação 
se refere ao exercício 
das funções.
 Não se deve punir aquela 
pessoa que simplesmente 
repete o que todo mundo já 
sabe (exceção de 
notoriedade).
Injúria
 Tutelar a honra subjetiva do 
ofendido;
 Ofender a dignidade e o 
decoro de alguém;
 Detenção de 01 a 06 meses, 
ou multa;
 Não se trata de um fato, mas 
de emissão de um conceito 
depreciativo sobre o ofendido;
 Necessário que a própria 
vítima tome conhecimento 
das ofensas;
 Crime formal – o fato se 
consuma com a chegada da 
ofensa da vítima, 
independente de esta se 
sentir ou não ofendida 
(resultado naturalístico 
dispensável);
 É possível tentativa;
 Nunca se admite prova da 
verdade;
 O juiz poderá deixar de 
aplicar a pena se houver 
retorsão imediata
 Perdão judicial:
o Provocação;
o Extorsão.
 Injúria real:
o Humilhar alguém 
através do contato 
físico;
o Especial fim de agir;
o Não cabe perdão 
judicial.
 Injúria qualificada – maior 
reprovabilidade da conduta:
o Preconceito;
o Deficiência;
o Não cabe perdão 
judicial.
Disposições Comuns
 Contra Presidente da 
República, Chefe de Governo 
Estrangeiro ou Funcionário 
Público (no exercício da 
função), na presença de 
várias pessoas ou por meio 
que facilite a divulgação ou, 
ainda, contra pessoa + de 60 
anos ou deficiente (salvo no 
caso de injúria), a pena é 
aumentada em 1/3;
 Mediante promessa ou 
recompensa, a pena é 
aplicada em dobro;
 Retratação da calúnia ou 
difamação – isento de pena;
o Antes da sentença;
o Pelos mesmos meios 
em que foi praticada a
ofensa, se assim o 
ofendido o quiser.
 Em regra a ação penal é 
privada, salvo no caso de 
injúria real.
Resumo – Crimes contra a Dignidade Sexual
Crimes contra a Liberdade Sexual
Estupro:
 Constranger alguém, 
mediante violência ou grave 
ameaça, a ter conjunção 
carnal ou a praticar ou 
permitir que com ele se 
pratique qualquer outro ato 
libidinoso;
 Reclusão, de 06 a 10 anos;
 Se resultar lesão corporal de 
natureza grave ou se a vítima 
é menor de 18 anos ou maior 
de 14 anos:
o Reclusão, de 08 a 12 
anos.
 Se resultar em morte:
o Reclusão, de 12 a 30 
anos.
 Agente for Ascendente, 
padrasto, madrasta, irmão, 
cônjuge, companheiro, tutor 
ou curador, preceptor, 
empregador, da vítima ou 
assumiu obrigação de 
cuidado:
o A pena deverá ser 
majorada pela 
metade.
 Se do estupro resultar 
gravidez?
o Aumento de 2/3 até a 
metade.
 Menor de 14 anos:
o Estupro de vulnerável.
 A prática de duas condutas 
diferentes (conjunção carnal e
ato libidinoso) em contextos 
diferentes, mas nas mesmas 
condições de tempo, lugar e 
modo de execução, não 
configura crime único, mas 
crime continuado;
 Crime hediondo.
Violência sexual mediante fraude:
 Ter conjunção carnal ou outro 
ato libidinoso com alguém, 
mediante fraude ou outro 
meio que impeça ou dificulte 
a livre manifestação de 
vontade da vítima;
 Reclusão, de 02 a 06 anos;
 Estelionato sexual.
Importunação Sexual:
 Praticar contra alguém e sem 
a sua anuência ato libidinoso 
com o objetivo de satisfazer a 
própria lascívia ou a de 
terceiro;
 Reclusão, de 01 a 05 anos, se
o ato não constituir crime 
mais grave.
Assédio Sexual:
 Constranger alguém com o 
intuito de obter vantagem 
econômica ou favorecimento 
sexual, prevalecendo-se o 
agente da sua condição de 
superior hierárquico ou 
ascendência inerentes ao 
exercício de emprego, cargo 
ou função;
 Detenção, de 01 a 02 anos;
 Aumento de 1/3 se a vítima é 
menor de 18 anos.
Crimes Sexuais contra 
Vulneráveis
Estupro de Vulnerável:
 Ter conjunção carnal ou outro 
ato libidinoso com menor de 
14 anos, ou, de forma 
equiparada, enfermidade ou 
deficiência mental, não possui
discernimento, ou que não 
pode oferecer resistência;
 Reclusão, de 08 a 15 anos;
 Se resultar lesão corporal de 
natureza grave:
o Reclusão, de 10 a 20 
anos.
 Se resultar em morte:
o Reclusão, de 12 a 30 
anos.
 Presunção absoluta – não há 
possibilidade de prova em 
contrário;
 Crime Hediondo;
 A pena se aplica 
independentemente do 
consentimento da vítima ou 
do fato de ela já ter mantido 
relações sexuais 
anteriormente ao crime.
Mediação de menor vulnerável para 
satisfazer a lascívia de outrem – 
corrupção de menores:
 Induzir alguém menor de 14 
anos a satisfazer a lascívia de 
outrem;
 Reclusão, de 02 a 05 anos.
 Se a vítima possui 14 anos 
exatos, ou 18 anos ou mais:
o Mediação para 
satisfazer a lascívia de
outrem, na forma 
simples.
Satisfação de lascívia mediante 
presença de criança ou adolescente:
 Praticar, na presença de 
alguém menor de 14 anos, ou 
induzi-lo a presenciar, 
conjunção carnal ou outro ato 
libidinoso, a fim de satisfazer 
lascívia própria ou de outrem:
 Reclusão, de 02 a 04 anos.
Favorecimento da prostituição ou 
outra forma de exploração sexual de 
vulnerável:
 Submeter, induzir ou atrair à 
prostituição ou outra forma de
exploração sexual alguém 
menor de 18 anos ou que, por
enfermidade ou deficiência 
mental, não tem o necessário 
discernimento para a prática 
do ato, facilitá-la, impedir ou 
dificultar que a abandone;
 Reclusão, de 04 a 10 anos;
 Crime Hediondo.
Divulgação de cena de estupro ou de 
cena de estupro de vulnerável, de 
cena de sexo ou de pornografia:
 Oferecer, trocar, 
disponibilizar, transmitir, 
vender ou expor à venda, 
distribuir, publicar ou divulgar,
por qualquer meio – inclusive 
por meio de comunicação de 
massa ou sistema de 
informática ou telemática –, 
fotografia, vídeo ou outro 
registro audiovisual que 
contenha cena de estupro de 
vulnerável ou que faça 
apologia ou induza a sua 
prática, ou, sem o 
consentimento da vítima, 
cena de sexo, nudez ou 
pornografia:
o O mero acesso a estes
registros e o 
armazenamento não 
configura o delito.
 Reclusão, de 01 a 05 anos, se
o fato não constituir crime 
mais grave;
 Não há crime quando o 
agente pratica as condutas 
em publicação de natureza 
jornalística, cultural ou 
acadêmica com a adoção de 
recursos que impossibilite a 
identificação da vítima, 
ressalvada sua prévia 
autorização, caso seja maior 
de 18 anos.
Resumo – Crimes contra a Administração Pública II
Crimes praticados por Particular
contra a Administração Geral
 Crimes comuns;
 Administração Pública como 
sujeito passivo.
Usurpação de Função Pública
 Usurpar o exercício de 
função pública;
 Não possui qualquer vínculo
com a Administração, 
diferente do que ocorre com o
exercício funcional ilegal;
 É necessário que o agente 
pratique atos inerentes à 
função, não basta somente 
que ele se apresente como 
funcionário público;
 Detenção, de 03 meses a 02 
anos, e multa.
 (QUALIFICADORA) auferir 
vantagem
o Reclusão, de 02 a 05 
anos, e multa.
Importante
Contravenção: 
 Finge ser funcionário 
público (apenas se 
apresenta como tal)
Usurpação:
 Pratica atos de funcionário
público.
Resistência
 Opor-se à execução de ato 
legal, mediante violência 
(contra funcionário público) 
ou ameaça a funcionário 
competente para executá-lo 
ou quem lhe esteja prestando 
auxílio;
 Detenção, de 02 meses a 02 
anos;
 (QUALIFICADORA) Se o ato,
em razão da resistência, não 
se executa:
o Reclusão, de 01 a 03 
anos.
Desobediência
 Desobedecer a ordem legal
de funcionário público;
 Detenção, de 15 dias a 06 
meses, e multa;
 O crime não se configura 
quando o réu desobedece a 
ordem que possa lhe 
incriminar;
Desacato
 Desacatar funcionário 
público no exercício da 
função ou em razão dela;
 Detenção, de 06 meses a 02 
anos, ou multa;
 Quem comete o desacato 
também for funcionário 
público?
o É possível em 
qualquer caso, mas 
se exige que o 
infrator não esteja 
no exercício de suas 
funções.
 A mera crítica, desde que 
feita com urbanidade, não 
constitui desacato;
 Exige-se que o desacato 
ocorra em razão da função 
exercida
pelo servidor.
Importante
Funcionário presente 
 Desacato 
Servidor Ausente
 Crime contra a honra do 
funcionário público.
Tráfico de Influência
 Solicitar, exigir, cobrar ou 
obter, para si ou para 
outrem, vantagem ou 
promessa de vantagem, a 
pretexto de influir em ato 
praticado por funcionário 
público no exercício de sua 
função; 
 Reclusão, de 02 a 05 anos, e 
multa;
 Alegar que a vantagem 
também é destinada ao 
funcionário?
o Aumento da pena pela
metade.
Corrupção Ativa
 Oferecer ou prometer 
vantagem indevida a 
funcionário público, para 
determiná-lo a praticar, 
omitir ou retardar ato de 
ofício;
 Reclusão, de 02 a 12 anos, e 
multa;
 A existência de corrupção 
ativa independe da 
passiva, e vice-versa;
 Mero pedido de favor não 
configura crime.
Contrabando
 Importar ou exportar 
mercadoria proibida;
 Mercadoria é ilícita, ou seja, a
sua importação ou 
exportação, por si só, é 
vedada;
 Reclusão, de 02 a 05 anos;
o Não cabe mais 
suspensão condicional
do processo;
o Admite-se prisão 
preventiva;
o Prazo prescricional 
de 12 anos.
 Aplica-se em dobro se o 
crime é praticado em 
transporte aéreo, marítimo 
ou fluvial.
 Consuma-se quando a 
mercadoria ultrapassa a 
barreira alfandegária ou 
fronteira do país.
Descaminho
 Iludir, no todo ou em parte, o
pagamento de direito ou 
imposto devido pela 
entrada, pela saída ou pelo 
consumo de mercadoria;
 Crime formal;
 A mercadoria é legal, no 
entanto, o que se pune, é a 
burla ao sistema tributário;
 A mera omissão em 
declaração ao fisco 
configura crime de 
descaminho;
 Consuma-se com a liberação 
na alfândega, sem o 
pagamento dos impostos 
devidos – crime formal;
 Reclusão, de 01 a 04 anos;
 Aplica-se em dobro se o 
crime é praticado em 
transporte aéreo, marítimo 
ou fluvial;
 Princípio da Insignificância – 
prejuízo inferior ao patamar 
estabelecido pela Fazenda 
Nacional.
o STJ – igual ou inferior 
a R$ 10.000,00
o STF – R$ 20.000,00;
o Tributos Federais.
 STF – pagamento do tributo, 
no caso de descaminho, 
ANTES do recebimento da 
denúncia, gera a extinção da 
punibilidade;
 STJ – pagamento não gera a 
extinção da punibilidade.
Impedimento, Perturbação, ou
Fraude de Concorrência
 Impedir, perturbar, ou fraudar 
concorrência pública ou venda
em hasta pública, promovida 
pela administração federal, 
estadual ou municipal, ou por 
entidade paraestatal; afastar 
ou procurar afastar 
concorrente ou licitante, por 
meio de violência, grave 
ameaça, fraude ou 
oferecimento de vantagem;
 Detenção, de 06 meses a 02 
anos, ou multa, além da pena 
correspondente à violência;
 Incorre na mesma pena quem 
se abstém de concorrer ou 
licitar, em razão da vantagem 
oferecida.
Inutilidade de Edital ou de Sinal
 Rasgar ou, de qualquer forma,
inutilizar ou conspurcar edital 
afixado por ordem de 
funcionário público; violar ou 
inutilizar selo ou sinal 
empregado, por determinação
legal ou por ordem de 
funcionário público, para 
identificar ou cerrar qualquer 
objeto;
 Detenção, de 01 mês a 01 
ano, ou multa.
Subtração ou Inutilização de Livro
ou Documento
 Subtrair, ou inutilizar, total ou 
parcialmente, livro oficial, 
processo ou documento 
confiado à custódia de 
funcionário, em razão de 
ofício, ou de particular em 
serviço público; 
 Reclusão, de 02 a 05 anos, se
o fato não corresponder crime
mais grave.
Sonegação de Contribuição
Previdenciária
 Suprimir ou reduzir 
contribuição 
previdenciária e qualquer 
acessório, mediante as 
seguintes condutas:
o Omitir folha de 
pagamento;
o Reclusão, de 02 a 05 
anos, e multa.
 Crime Omissivo;
 Crime material;
 Se antes do início do fisco 
o agente se retrata e presta 
as informações corretas, 
extingue-se a punibilidade,
não sendo necessário o 
pagamento.
 O pagamento integral do 
débito, antes do trânsito em 
julgado, extingue a 
punibilidade.
 Perdão Judicial ou multa:
o Réu primário;
o Bons antecedentes;
o Valor inferior àquele 
estabelecido.
 Crime Privilegiado:
o Pessoa física;
o Salário não ultrapassa
1.510,00;
o Redução da pena de 
1/3 até a metade, ou 
apenas multa.
Resumo – Crimes contra a Administração Pública
Crimes Funcionais:
 Próprios / Puros – ausente a 
condição de “funcionário 
público” ao agente, a 
conduta passa a ser 
considerada um indiferente 
penal;
 Impróprios / Impuros – 
ausente a condição de 
“funcionário público ao 
agente, a conduta será 
desclassificada para outro 
delito.
Funcionário Público
 Exerce cargo ou função 
pública, mesmo que 
transitoriamente ou sem 
remuneração;
 “Múnus público” não é 
considerado funcionário 
público;
 Defensores dativos são 
considerados, segundo o STJ;
 Atividade típica da 
administração;
 Cargo em comissão ou 
direção e chefia – aumento 
de 1/3;
o Não se aplica às 
Autarquias.
Peculato
Peculato-apropriação / peculato-
desvio / peculato comum:
 Apropriar-se o funcionário 
público de dinheiro, valor ou 
qualquer outro bem móvel, 
público ou particular, de 
quem tem a posse em razão
do cargo, ou desviá-lo em 
proveito próprio ou alheio;
 Reclusão, 02 a 12 anos, e 
multa;
 É necessário que o bem, valor 
ou coisa seja desviado para o 
patrimônio de alguém (agente
ou terceiro);
 O bem deve ser infungível – 
não pode ser substituído por 
outro da mesma espécie;
 O bem deve ser não 
consumível – cujo uso importa
em destruição imediata;
 Particular que concorre 
para o crime de peculato 
responde da mesma forma 
que o funcionário público, mas
somente se souber da 
condição de funcionário 
público.
**Não é necessário que o dinheiro seja
público!
Peculato-furto: 
 Peculato impróprio;
 Não se caracteriza pela 
apropriação ou desvio do bem
que fora confiado ao agente 
em razão do cargo, mas da 
subtração de um bem que 
estava sob a guarda da 
administração;
 Reclusão, 02 a 12 anos, e 
multa.
EXEMPLO: José, funcionário público, ao 
final do expediente, deixa o notebook 
pertencente ao órgão sobre a mesa, e não 
tranca a porta. Paulo, outro funcionário, 
que trabalha no mesmo órgão, aproveita-
se da facilidade encontrada (porta aberta) 
e subtrai o notebook. Neste caso, Paulo 
praticou o crime de peculato-furto, e José 
responderá pelo crime de peculato 
culposo.
Peculato-culposo:
 Concorrer culposamente para 
o crime de outrem;
 Detenção, 03 meses a 01 
ano;
 Se um funcionário público 
contribui culposamente para a
prática de um crime praticado
por um estranho que não seja 
funcionário público?
o Embora a doutrina 
levemente majoritária 
entender que não há 
peculato culposo 
nesses casos, as 
bancas entendem que
há peculato culposo.
 Reparação do dano antes do 
trânsito em julgado?
o Extinta a 
punibilidade.
 Reparação do dano após o 
trânsito em julgado?
o Redução da pena 
pela metade.
Peculato por erro de outrem / 
Peculato-estelionato:
 Apropriar-se de dinheiro ou
qualquer utilidade que, no 
exercício do cargo, recebeu 
por erro de outrem;
o Se o erro foi 
praticado 
dolosamente? 
Responde por 
estelionato.
 Reclusão, de 01 a 04 anos, e 
multa.
Inserção de Dados Falsos em
Sistema de Informações
 “Peculato-eletrônico”
 Não há modalidade 
culposa;
 Inserir ou facilitar, o 
funcionário autorizado, a 
inserção de dados falsos, 
alterar ou excluir 
indevidamente dados 
corretos nos sistemas 
informatizados ou bancos da 
administração pública, com o 
fim de obter vantagem para si
ou para outrem ou para 
causar dano;
 Reclusão, de 02 a 12 anos, e 
multa;
 Modificar ou alterar, o 
funcionário, sistemas de 
informações ou programa de
informática sem autorização
ou solicitação;
 Detenção, de 03 meses a 02 
anos, e multa;
o Resultar dano? 
Aumento de 1/3 até a 
metade.
Extravio, Sonegação ou
Inutilização de Livro ou
Documento
 Extraviar livro oficial ou 
qualquer documento, de 
quem tem a guarda em 
razão do cargo; sonega-lo 
ou inutiliza-lo, total ou 
parcialmente;
 Reclusão, de 01 a 04 anos, se
o fato não constituir crime 
mais grave.
Emprego Irregular de Verbas ou
Rendas
Públicas
 Dar às verbas ou rendas 
públicas aplicação diversa 
da prevista em lei;
 Detenção, de 01 a 03 meses, 
ou multa;
 Sempre no interesse da 
Administração.
Concussão
 Exigir, para si ou para 
outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de 
assumi-la, mas em razão 
dela, vantagem indevida;
 Consumação: Momento da 
exigência!
 Reclusão, de 02 a 12 anos, e 
multa;
 Concussão – ameaça de mal
amparado nos poderes do 
cargo;
 Extorsão – ameaça de mal 
(violência ou grave 
ameaça) estranho aos 
poderes do cargo;
 Não confundir com 
corrupção passiva – aqui, o 
agente apenas solicita, 
recebe ou apenas aceita 
promessa de vantagem;
 Não há violência ou grave 
ameaça.
Excesso de Exação
(Espécie de concussão) 
 Se o funcionário exige 
tributo ou contribuição 
social que sabe ou deveria 
saber indevido, ou quando 
devido, emprega na cobrança 
meio vexatório ou gravoso, 
que a lei não autoriza;
 Reclusão, de 03 a 08 anos, e 
multa;
 (QUALIFICADORA) Se o 
funcionário desvia, em 
proveito próprio ou de outrem,
o que recebeu 
indevidamente para 
recolher aos cofres 
públicos:
o Reclusão, de 02 a 12 
anos, e multa.
Corrupção Passiva
 Solicitar ou receber, para si 
ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de 
assumi-la, mas em razão 
dela, vantagem indevida, ou 
aceitar promessa de tal 
vantagem;
 Reclusão, de 02 a 12 anos, e 
multa;
 Aumento de 1/3: 
o Retarda ou deixa de 
praticar, em 
consequência da 
promessa de 
vantagem, qualquer 
ato de ofício ou o 
pratica infringindo 
dever funcional.
 Se o funcionário pratica, 
deixa de praticar ou retarda 
ato de ofício, com infração do 
dever funcional, cedendo a 
pedido ou influência de 
outrem;
o Detenção, de 03 
meses a 01 ano, ou 
multa.
Facilitação de Contrabando ou
Descaminho
 Facilitar, com infração de 
dever funcional, a prática de 
contrabando ou 
descaminho;
o Não é necessário que 
o crime efetivamente 
se concretize para a 
consumação do fato 
típico.
 Reclusão, de 03 a 08 anos, e 
multa.
Prevaricação, Prevaricação
Imprópria e Condescendência
Criminosa
 Retardar ou deixar de 
praticar, indevidamente, ato 
de ofício, ou pratica-lo contra 
disposição expressa de lei, 
para satisfazer interesse 
ou sentimento pessoal;
 Detenção, de 03 meses a 01 
ano, e multa;
 Favor gratuito – corrupção 
passiva privilegiada;
 Satisfação de interesse 
próprio – prevaricação.
 Prevaricação Imprópria – 
Deixar o Diretor de 
Penitenciária e/ou agente 
público, de cumprir seu dever 
de vedar ao preso o acesso a 
aparelho telefônico, de rádio 
ou similar, que permita a 
comunicação com outros 
presos ou com o ambiente 
externo;
o Detenção, de 03 
meses a 01 ano.
 Condescendência 
criminosa – deixar o 
funcionário, por indulgência, 
de responsabilizar 
subordinado que cometeu 
infração no exercício do 
cargo ou, quando lhe falte 
competência, não levar o 
fato ao conhecimento da 
autoridade competente;
o Detenção, de 15 dias 
a 01 mês, ou multa.
o CABE JECRIM 
(suspensão 
condicional do 
processo)
Advocacia Administrativa
 Patrocinar, direta ou 
indiretamente, interesse 
privado perante a 
administração pública, 
valendo-se da qualidade 
de funcionário;
 Detenção, de 01 a 03 meses, 
ou multa;
o Cabe JECRIM – 
Suspensão condicional
do processo.
 (QUALIFICADA) Interesse 
Ilegítimo
o Detenção, de 03 
meses a 01 ano, e 
multa.
Violência Arbitrária
 Praticar violência, no 
exercício da função ou a 
pretexto de exercê-la;
 Detenção, de 06 meses a 03 
anos, além da pena 
correspondente à violência.
Importante
Parte da Doutrina e da Jurisprudência 
entendem ter sido este artigo revogado 
pela Lei de abuso de autoridade.
Abandono de Função
 Abandonar o cargo 
público, fora dos casos 
previstos em lei;
 Detenção, de 15 dias a 01 
mês, ou multa;
 Prejuízo público?
o Detenção, de 03 
meses a 01 ano, e 
multa.
 Lugar compreendido na faixa 
de fronteira
o Detenção, de 01 a 03 
anos, e multa.
Exercício Funcional Ilegalmente
Antecipado ou Prolongado
 Entrar no exercício de 
função pública antes de 
satisfeitas as exigências 
legais, ou continuar a exercê-
la, sem autorização, depois de
saber oficialmente que foi 
exonerado, removido, 
substituído ou suspenso;
 Detenção, de 15 dias a 01 
mês, ou multa.
Violação de Sigilo Profissional
 Revelar fato de que tem 
ciência em razão do cargo 
e que deva permanecer em 
segredo, ou facilitar-lhe a 
revelação;
 Detenção, de 06 meses a 02 
anos, ou multa, se o fato não 
constituir crime mais grave;
 Aplica-se inclusive ao 
funcionário aposentado ou 
afastado;
 Aplica-se também quando o 
agente permite ou facilita o 
acesso de pessoas não 
autorizadas a banco de dados 
da administração pública.
Anotações
STJ – o princípio da insignificância 
é inaplicável aos crimes contra a 
Administração Pública.
 É aplicado aos crimes 
tributários.
STJ – O peculato de uso não 
configura ilícito penal, mas tão 
somente administrativo. Todavia, o
peculato desvio é modalidade típica.
Resumo – Lei 7.716/89 (Crimes resultantes de Preconceito de Raça ou Cor).
Lei 7.716/89 – “Crimes resultantes
de Preconceito de Raça ou Cor”
 Serão punidos, na forma desta
lei, os crimes resultantes de 
discriminação ou preconceito 
de raça, cor, etnia, religião ou 
procedência nacional;
 Reclusão, de 01 a 03 anos, e 
multa;
 Dolo específico – especial fim 
de agir.
 Ação Penal Pública 
Incondicionada;
 O símbolo do nazismo 
constitui crime;
o Reclusão, de 02 a 05 
anos, e multa.
 Meios de comunicação social 
ou publicação:
o Reclusão, de 02 a 05 
anos, e multa.
 Impedir ou obstar o acesso, 
ou impedimento à promoção 
funcional:
o Reclusão, de 02 a 05 
anos.
o Crime próprio.
 Empresas privadas:
o Negar ou obstar 
emprego;
o Deixar de providenciar
equipamentos;
o Impedir a ascensão;
o Tratar de forma 
diferente;
o Exigir aspectos de 
aparência;
o Reclusão, de 02 a 05 
anos, e multa.
 Negativas de acesso a 
instituições de ensino:
o Reclusão, de 03 a 05 
anos;
o Aumento de 1/3 se o 
crime for praticado 
contra menor de 18 
anos.
 Impedir acesso a 
estabelecimento comercial:
o Reclusão, de 01 a 03 
anos.
A consumação de crime de racismo 
por meio da Internet ocorre no local 
onde foram enviadas as 
manifestações racistas.
-
O agente que utiliza palavras 
depreciativas referentes a raça, cor, 
religião, ou origem com o intuito de 
ofender a honra subjetiva da vítima, 
responde pelo crime de Injúria, art. 
140 CP.
 Reclusão, de 01 a 03 anos, e 
multa;
 Ação penal pública 
condicionada à representação.
Resumo – Lei 9.605 (Lei dos Crimes contra o Meio Ambiente)
Disposições Gerais
 As pessoas jurídicas serão 
responsabilizadas 
administrativa, civil e 
penalmente, sem prejuízo da 
responsabilidade das pessoas 
naturais;
o Necessária 
comprovação de que a
infração trouxe 
benefício à entidade é
essencial para a 
responsabilização da 
pessoa jurídica.
 É possível a responsabilização
penal da pessoa jurídica por 
delitos ambientais, 
independentemente da 
responsabilização da pessoa 
física que agia em seu nome;
 Aplica-se a teoria do risco 
integral, advindo daí o caráter
objetivo da responsabilidade 
(civil), sendo descabida a 
alegação de eventuais 
excludentes de 
responsabilidade.
Desconsideração da personalidade 
jurídica:
 Afastar a personalidade 
jurídica para atingir o 
patrimônio dos sócios, quando
utilizada para dificultar o 
ressarcimento dos prejuízos 
causados.
Aplicação da Pena
 Gravidade do fato;
 Antecedentes do infrator;
 Situação econômica do 
infrator.
As penas restritivas de direitos são 
autônomas e substituem as privativas 
de liberdade quando:
 Crime culposo OU pena 
privativa de liberdade inferior 
a 04 anos;
 Culpabilidade, antecedentes, 
conduta social e a 
personalidade, motivos e 
circunstâncias do crime 
indicarem que a substituição 
seja suficiente para efeitos de 
reprovação e prevenção do 
crime;
 As penas restritivas de direitos
terão

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