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Resumo – Conceito de crime e Fato Típico Conceito de crime Material – toda ação humana que lesa ou expõe a perigo um bem jurídico de terceiro, que, por sua relevância, merece a proteção penal. Legal/Formal – toda infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou detenção. Esse aspecto consagra o sistema DICOTÔMICO adotado no Brasil, no qual existe um gênero, que é infração penal, e duas espécies, que são crime e contravenção penal. Analítico – TEORIA TRIPARTIDA do crime, que entende que o crime é composto por fato típico, ilícito e culpável. ***Adotada no Br** Fato típico Conduta humana; Resultado naturalístico; Nexo de causalidade; Tipicidade. Conduta Ação; Omissão; Mista. Teoria causal-naturalística – é a ação humana, basta que haja o movimento corporal para que exista conduta. Teoria praticamente abandonada. Teoria finalista – ação voluntária dirigida a uma determinada finalidade. ***Adotada no Br** Vontade (dolo ou culpa) + ação. Teoria social – ação voluntária e que é dotada de alguma relevância social. Crime omissivo próprio – são aqueles crimes omissivos propriamente ditos, nos quais o agente se omite e a própria omissão é penalmente relevante, independentemente da ocorrência de qualquer resultado, sendo, portanto, crime formal. Crime omissivo impróprio – nesses crimes, quando o agente se omite na prestação do socorro ele não responde por omissão, mas responde pelo resultado ocorrido (por exemplo, a morte de pessoa a quem ele deveria proteger). ----------------------------------------------------- Omissão Própria: Pode, mas não age Omissão Imprópria: Imposto (DEVE, mas não age) ----------------------------------------------------- A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; De outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; Com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. Crimes comissivos x Crimes comissivos por omissão (Omissivos Impróprios) Nos crimes comissivos impróprios, a relação de causalidade que liga a conduta do agente (uma omissão) ao resultado NÃO É FÍSICA (pois a omissão não dá causa ao resultado), mas NORMATIVA, ou seja, o resultado é a ele imputado em uma razão de descumprimento da norma (omitir-se quando deveria agir). Resultado Naturalístico Modificação do mundo real provocada pela conduta do agente. Apenas nos crimes chamados materiais se exige um resultado naturalístico; Os crimes formais são aqueles nos quais o resultado naturalístico pode ocorrer, mas a sua ocorrência é irrelevante para o direito penal. Já os crimes de mera conduta são crimes em que não há um resultado naturalístico possível. Crime material – Homicídio. Para que um homicídio seja consumado, é necessário que a vítima venha a óbito. Crime formal – Extorsão. Para que um crime de extorsão se consume não é necessário que o agente obtenha a vantagem ilícita, bastando o constrangimento à vítima. Crime de mera conduta – Invasão de domicílio. Nesse caso, a mera presença do agente, indevidamente, no domicílio da vítima caracteriza o crime. Não há um resultado previsto para esse crime. Qualquer outra conduta praticada a partir daí configura crime autônomo (furto, roubo, homicídio). *** Resultado Jurídico SEMPRE estará presente! - Cuidado com isso! Assim, se a banca perguntar: “Há crime sem resultado jurídico? ”A resposta é NÃO! Nexo de Causalidade O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Vínculo que une a conduta do agente ao resultado naturalístico – Só se aplica aos crimes materiais. Teoria da equivalência dos antecedentes (conditio sine qua non) ***Adotada no Br** É considerada causa do crime toda conduta sem a qual o resultado não teria ocorrido; Só será considerada causa a conduta que é indispensável ao resultado e que foi querida pelo agente; Causa – conduta indispensável ao resultado + que tenha sido prevista e querida por quem a praticou. Teoria da causalidade adequada **Também adotada no Br** Concausa superveniente relativamente independente que, por si só, produz o resultado; As consausas são circunstâncias que atuam paralelamente à conduta do agente ao resultado. Absolutamente independente; Relativamente Independente. Absolutamente independente – não se juntam à conduta do agente para produzir o resultado, e podem ser preexistentes (antes da conduta), concomitantes (durante a conduta) e supervenientes (após a conduta). Exemplo 01 – Concausa absolutamente independente preexistente Pedro resolve matar João, e coloca veneno em seu drink. Porém, Pedro não sabe que Marcelo também queria matar João e minutos antes também havia colocado veneno no drink de João, que vem a morrer em razão do veneno colocado por Marcelo. Nesse causa, a concausa preexistente (conduta de Marcelo) produziu por si só o resultado (morte). Nesse caso, Pedro responderá somente por tentativa de homicídio. Exemplo 02 – Concausa absolutamente independente concomitante Pedro resolve matar João, e começa a disparar contra ele projéteis de arma de fogo. Entretanto, durante a execução, o teto da casa de João desaba sobre ele, vindo- lhe causar a morte. – Pedro responde somente por homicídio tentado. Exemplo 03 – Concausa absolutamente independente superveniente Pedro resolve matar João, desta vez, ministrando em sua bebida certa dose de veneno. Entretanto, antes que o veneno faça o efeito, Marcelo aparece e dispara 10 tiros contra João, o matando. Nesse caso, Pedro responderá somente por homicídio tentado. Pode ocorrer de a concausa não produzir por si só o resultado (absolutamente independente), mas unir-se à conduta do agente e, juntas, produzirem o resultado – Concausas relativamente independentes, que também podem ser preexistentes, concomitantes ou supervenientes. Exemplo 01 – Concausa relativamente independente preexistente Caio decide matar Maria, desferindo contra ela golpes de facão, causando-lhe a morte. Entretanto, Maria era hemofílica (condição conhecida por Caio), tendo a doença contribuído em grande parte para seu óbito. Nesse caso, embora a doença (concausa preexistente) tenha contribuído para o óbito, Caio responde por homicídio consumado. Por qual motivo? Sua conduta foi a causa da morte, pois, se suprimirmos a conduta de Caio, o resultado não teria ocorrido. Exemplo 02 – Concausa relativamente independente concomitante Pedro resolve matar João, e coloca em seu drink determinada dose de veneno. Ao mesmo tempo, Ricardo faz a mesma coisa. Pedro e Ricardo querem a mesma coisa, mas não se conhecem nem sabem da conduta um do outro. João ingere a bebida e acaba falecendo. A perícia comprova que qualquer das doses de veneno, isoladamente, não seria capaz de produzir o resultado. Porém, a soma dos esforços de ambas produziu o resultado. – Pedro responde por homicídio consumado. Consausa relativamente independentes supervenientes Produz por si só o resultado; A causa superveniente se agrega ao desdobramento natural da conduta do agente e ajuda a produzir o resultado. Esquema para compreensão – Supervenientes. Produziu sozinha o resultado – Não responde pelo resultado. É causa, mas não é causa adequada. – Teoria da causalidade adequada. o Exemplo do acidente da ambulância após os disparos sofridos; Não produziu sozinha o resultado – responde pelo resultado – foi causa. – Teoria da equivalência dos antecedentes. o Exemplo da cirurgia após infecção dos disparos. Teoria da Imputação objetiva A imputação só poderia ocorrer quando o agente tivesse dado causa ao fato (causalidade física) mas, ao mesmo tempo, houvesse uma relação de causalidade normativa, assim compreendida como a criação de um risco não permitido para o bem jurídico que se pretende tutelar. o Criar ou aumentar um risco; o Risco deve ser proibido pelo direito; o Risco deve ser criado no resultado; Tipicidade Formal - adequação da conduta do agente a uma previsão típica. Material – ofensa significativa ao bem jurídico Resumo – Aplicação da Lei Penal Conceito de crime Material: toda ação humana que lesa ou expõe a perigo um bem jurídico de terceiro, que, por sua relevância, merece a proteção penal; Legal/Formal: toda infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou detenção; Analítico: Teoria quadripartida: Típico/Ilícito/Culpável e punível; o Inutilizada. Teoria tripartida: Típico/Ilícito e Culpável. o Utilizada no Brasil. Teoria bipartida: Típico e Ilícito. Sistema dicotômico (adotado no brasil) Crime: Reclusão ou detenção; Contravenção penal: Prisão simples ou multa. Crime Admite tentativa; Máx. 40 anos – P. ANTICRIME Crime + Contravenção = Reincidência Aplica-se a extraterritorialidade; Contravenção Não admite tentativa; Máx. 05 anos; Contravenção no exterior não gera efeitos penais, inclusive para fins de reincidência; Não se aplica extraterritorialidade. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO Princípio da continuidade das leis Quando uma lei revoga a outra, a lei revogadora deve abordar a matéria de forma diferente da lei revogada, senão, seria uma lei absolutamente inútil. Ab-rogação: revogação total. Derrogação: revogação parcial. Princípio da atividade A lei penal somente produz efeitos durante o seu período de vigência. Lei nova incriminadora A lei nova atribui caráter criminoso ao fato. A lei nova produzirá efeitos a partir da sua entrada em vigor. Lex Gravior: Lei mais Grave para o Réu. Abolitio criminis: lei penal incriminadora venha a ser revogada por outra, que prevê que o fato deixe de ser considerado crime. Logo, produzirá efeitos retroativos, alcançando os fatos praticados mesmo antes de sua vigência. Não confundir abolitio criminis com continuidade típico- normativa. Em alguns casos, embora a lei nova revogue um determinado artigo que previa um tipo penal, ela simultaneamente insere esse fato dentro de outro tipo penal. Lex Mitior ou Novatio legis in mellius Ocorre quando lei posterior revoga a anterior trazendo uma situação mais benéfica ao réu. Teoria da ponderação unitária ou global – NÃO É ACEITA!!! Não é possível combinar as leis penais para extrair os pontos favoráveis de cada uma delas. STJ – NÃO É PERMITIDO – Seria uma hipótese de criação de uma 3º Lei. Utilizada pelo STF e STJ. JUÍZ QUE APLICA Quem deve aplicar a nova lei mais benéfica ou a nova lei penal abolitiva? Processo em curso: Juízo que está conduzindo o processo; Processo transitado e julgado: Juízo da execução penal. Leis excepcionais: produzidas para vigorar durante determinada situação. (SEM PRAZO) Leis temporárias: vigorar durante determinado período, certo, cuja revogação se dará automaticamente. (COM PRAZO) **Ambas são ULTRA ATIVAS! Embora decorrido o período da sua duração, aplica-se ao fato aplicado durante a sua vigência – NÃO IMPORTA SE É BENÉFICA OU NÃO! Vacatio Legis – Corresponde ao período compreendido entre a publicação da lei e sua vigência, ou seja, seu período de vacância. A lei PENAL BENÉFICA em VACATIO LEGIS pode retroagir? ((POLÊMICA)) 1º Corrente – Entende que PODE ser aplicada em favor do benefício do réu. 2º Corrente – Por não ter vigência, NÃO PODE ser aplicada ainda. Combinação de Leis - ´Pegar um trecho benéfico de uma de somar com o de outra` Tempo do crime Teoria da atividade: o crime se considera praticado quando da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. o Teoria adotada. CRIME PERMANENTE E CONTINUADO Súmula 711 do STF – A lei mais grave aplica-se ao crime continuado ou permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. Permanente: Crime se PROLONGA no TEMPO, por exemplo, sequestro. Continuado: Agente comete diversos crimes em condições semelhantes. Será considerada a LEI VIGENTE no momento da cessação do crime, não importa se ela é GRAVOSA ou BENEFICA. APENAS PERCEBA QUE SERÁ APLICADA A LEI DO MOMENTO DA CESSAÇÃO...! LEMBRANDO... APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO Territorialidade Aplica-se a lei penal brasileira, sem prejuízos de contravenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. Regra. Princípio da passagem inocente: Se um crime for praticado a bordo de uma embarcação que se encontre em “passagem inocente”, não será aplicável a lei brasileira a este crime, desde que o crime em questão não afete nenhum bem jurídico nacional. Extraterritorialidade: Aplicação da lei penal brasileira a um fato que não ocorreu no território nacional. Extensão do território Aeronaves e embarcações de NATUREZA PÚBLICA. Aeronaves e embarcações A SERVIÇO DO GOVERNO Aeronaves e embarcações de NATUREZA PRIVADA + ALTO-MAR. ***A embaixada brasileira no estrangeiro NÃO É extensão do território. BIZU – Como vem nas questões EXTRATERRITORIALIDADE INCOND. Aplicação do Direito Penal Brasileiro INDEPENDENTE de qualquer requisito. BIZU: PAG Presidente (vida ou liberdade) Patrimônio ou Fé Pública Adm Pública/Quem está a serv. Genocídio + Praticado por Brasileiro + ou.. Domiciliado no Brasil **A lei de TORTURA é uma hipótese de extraterritorialidade incondicionada. EXTRATERRITORIALIDADE COND. Crime cometido no estrangeiro + preenchimento dos requisitos exigidos. BIZU: TAB Tratados ou convenções Aeronaves e embarcações brasileiras privadas + quando não foi julgado no estrangeiro Brasileiro Condições Entrar o agente em território nacional; Ser o fato for punível também no país que foi praticado o delito; Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autorize a extradição; Não ter sido absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; Não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. STF - O agente não pode responder à ação penal no Brasil se já foi processado criminalmente, pelos mesmos fatos, em um Estado estrangeiro. STF. 2ª Turma. HC 171118/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 12/11/2019 (Info 959). CONTAGEM DE PRAZO Art. 10 - O dia do começo INCLUI- SE no cômputo do prazo. Contam- se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Princípio do domicílio De genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil. Princípio da defesa ou da proteção Contra a vida ou a liberdade do presidente da república; Contra o patrimônio ou a fé pública da união, do DF, de Estado, de Território, de Município, FASE; Contra a administração pública, por quem está a seu serviço. CUIDADO AQUI! O agente será punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. PENA Idêntica: Computa Diversa: Atenua Princípio da justiça universal Que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir. Princípio da representação ou da bandeira ou do pavilhão Praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. EXTRATERRITORIALIDADE HIPERCONDICIONADA Não foi pedida ou negada a extradição; Houve requisição do Ministro da Justiça. APLICAÇÃO DA LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS Sujeito ativo: é a pessoa que pratica a conduta descrita no tipo penal. É possível que alguém seja sujeito ativo de uma infração penal sem que realize a conduta descrita no tipo penal. Em regra, somente o ser humano pode ser sujeito ativo de uma infração penal. Porém, O STF e o STJ admitem a responsabilidade penal da pessoa jurídica em todos os crimes ambientais. Atualmente não se exige mais a dupla imputação. ISSO DERRUBA CANDIDATO! Imunidades diplomáticas A imunidade não é conferida em razão da pessoa, mas em razão do cargo que ocupa, ou seja, ela é de caráter funcional. Essa imunidade é irrenunciável, exatamente por não pertencer à pessoa, mas ao cargo que ocupa. Sujeito passivo: é aquele que sofre a ofensa causada pelo sujeito ativo. Sujeito passivo mediato ou formal – ESTADO; Sujeito passivo imediato ou material – Titular do bem jurídico efetivamente lesado; Anotações (VINDA DAS QUESTÕES) Crimes Conexos são aqueles que estão relacionados entre si – não aceitam a ubiquidade uma vez que não constituem unidade jurídica. Cada crime deve ser julgado no lugar em que foi cometido. Crime complexo: é aquele que une, num mesmo tipo, dois ou mais crimes (ex: roubo = constrangimento/ameaça + furto). A esses tipos de crimes, aplica-se a teoria da ubiquidade (conduta ou resultado) normalmente. ANALOGIA X INTERPRETAÇÃO ANALOGICA *** Analogia não se confunde com interpretação extensiva. Analogia É uma forma de auto integração da norma penal para suprir as lacunas porventura existentes. Apenas “in bonam partem”; Não é um meio de interpretação analógica, mas sim de integração; Interpretação Analógica É uma forma de interpretação, onde o legislador cita, na própria lei, o que seria um ´´exemplo`` daquele fato. (ex: homicídio, dentre outros...) Existe norma para o caso concreto; “in bonam partem” e “in malam parte”. Resumo – Culpabilidade Conceito Juízo de reprovabilidade acerca da conduta do agente, considerando-se suas circunstâncias pessoais; Aqui, o objeto de estudo não é o fato, mas o AGENTE; Teorias Psicológica – o agente seria culpável se era imputável no momento do crime e se havia agido com dolo ou culpa. Essa teoria só poderia ser utilizada por quem adota a teoria causalista (naturalística) da conduta (pois o dolo e a culpa estão na culpabilidade). Para os que adotam a teoria finalista (nosso código penal), essa teoria da culpabilidade é impossível, pois a teoria finalista aloca o dolo e a culpa na conduta, e, portanto, no fato típico. Normativa ou psicológico- normativa – “possibilidade de agir conforme o direito” e a consciência da ilicitude. A culpabilidade seria, portanto, a conjugação do elemento subjetivo (dolo ou culpa) e do juízo de reprovação sobre o agente. Teoria extremada da culpabilidade (normativa pura) – dolo e culpa como elementos do fato típico (teoria finalista). o Qualquer descriminante putativa configura erro de proibição; o Mesmos elementos da teoria limitada; o Teoria não adotada. Teoria limitada da culpabilidade (teoria adotada): o Imputabilidade; o Potencial consciência da ilicitude; o Exigibilidade de conduta diversa; o Diferencia as descriminantes putativas. Em linhas gerais, portanto, a teoria extremada e a teoria limitada dizem a mesma coisa, divergindo apenas no que toca ao tratamento que deve ser dado às descriminantes putativas. Erro do tipo e erro do tipo de proibição; Elementos Imputabilidade penal Capacidade mental de entender o caráter ilícito da conduta e de comportar-se conforme o direito. Biológico – se o agente tem menos de 18 anos, é inimputável; Psicológico – análise do caso concreto; Biopsicológico – teoria adotada. Menor de 18 anos Critério meramente biológico e taxativo; Inimputável. Se o agente é menor de 18 anos, responde perante o ECA não se aplicando a ele o CP. Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado Deve-se analisar se o agente era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito da conduta ou se era parcialmente incapaz disso. No primeiro caso, será isento de pena, inimputável. No segundo, semi-imputável, redução de 1/3 a 2/3. Se o agente for INIMPUTÁVEL, exclui- se a culpabilidade e ele é isento de pena. Se for SEMI-IMPUTÁVEL, será considerado culpável (não se exclui a culpabilidade), mas sua pena será reduzida de 1 a 2/3. Sonambulismo? Ausência de conduta, já que não há dolo ou culpa. Afasta- se, portanto, o fato típico, e não a culpabilidade. Embriaguez Não é uma hipótese de inimputabilidade. Todavia, a embriaguez pode afastar a imputabilidade quando for acidental, ou seja, decorrente de caso fortuito ou força maior (e mesmo assim deve ser completa e retirar totalmente a capacidade de discernimento do agente). Embriaguez acidental incompleta o agente tem pena reduzida de 1/3 a 2/3. Embriaguez patológica – o agente será tratado como doente mental – pode excluir a imputabilidade. Potencial consciência da ilicitude Possibilidade de o agente, de acordo com suas características, conhecer o caráter ilícito do fato. Quando o agente age acreditando que sua conduta não é penalmente ilícita, comete erro de proibição. Exigibilidade de conduta diversa Não basta que o agente seja imputável, que tenha potencial conhecimento da ilicitude do fato, é necessário, ainda, que o agente pudesse agir de outro modo. Causas de exclusão da CULPABILIDADE Inimputabilidade Penal – menor de 18 anos. Coação MORAL irresistível – ameaça de lhe fazer algum mal grave. Obediência hierárquica – cumprimento de uma ordem ilegal proferida por um superior hierárquico – A ORDEM NÃO PODE SER MANIFESTAMENTE ILEGAL. o Só se aplica aos funcionários públicos, não aos particulares. Erro de proibição escusável (inevitável): o Evitável? Redução de 1/6 a 1/3. Erro Erro de tipo essencial Representação errônea da realidade; Também pode ocorrer nos crimes omissivos impróprios (comissivos por omissão); Escusável – levar a bolsa idêntica por engano – não poderia, com um exercício mental razoável, saber que aquela não era a sua bolsa; Inescusável – poderia, mediante um esforço mental razoável, ter agido de outra forma; Erro de tipo permissivo Erro sobre os pressupostos objetivos de uma causa de justificação (excludente de ilicitude); Seria, basicamente, uma descriminante putativa; Erro de tipo acidental Erro na execução do fato criminoso ou um desvio do nexo causal da conduta com o resultado; Erro sobre a pessoa – pratica o ato contra pessoa diversa da pessoa visada; o Responde como se tivesse praticado o crime contra a pessoa visada – teoria da equivalência. Erro sobre o nexo causal – alcança o resultado pretendido, mas em razão de um nexo causal diferente daquele que o agente planejou. o Sentido estrito – José atira em Maria que cai na piscina e morre por afogamento – responde por afogamento. o Dolo geral ou aberratio causae – dolo geral ou sucessivo – engano no que se refere ao meio de execução do delito. o Erro na execução – errar na hora de executar o delito – mero acidente. – Aberratio ictus. o Erro sobre a execução com unidade simples – atinge pessoa diversa daquela visada – responde como se tivesse atingido a pessoa visada. o Erro sobre a execução com unidade complexa – atinge a vítima visada e também outra não visada – responde pelos dois crimes. o Erro sobre o crime ou resultado diverso do pretendido – pretende cometer um crime, mas, por acidente ou erro na execução, acaba cometendo outro. – relação de pessoa x coisa. Unidade simples – atinge apenas o resultado não pretendido – acerta uma planta ao invés da pessoa. – responde apenas por tentativa de homicídio. Unidade complexa – atinge tanto o alvo quanto a coisa não pretendida – responderá por ambos os crimes. Erro sobre o objeto – erro sobre a coisa visada. – responde pela conduta efetivamente praticada. Erro determinado por terceiro – erra porque alguém o induz a isso. – só responde pelo delito aquele que provoca o erro. Erro de proibição – quando o agente age acreditando que sua conduta não é ilícita. o Escusável – era impossível àquele agente, naquele caso concreto, saber que sua conduta era contrária ao direito. – exclui-se a culpabilidade e é isento de pena. o Inescusável – era possível, mediante algum esforço, entender que se tratava de conduta ilícita. – permanece a culpabilidade, com diminuição de 1/6 a 1/3. o Indireto – trata-se de erro sobre a existência e/ou limites de uma causa de justificação em abstrato. – Erro de proibição. Descriminante putativa – situações nas quais o agente incida em erro por acreditar que está presente uma situação que, se existisse, tornaria sua ação legítima; Delito putativo – agente comete um indiferente penal, mas acredita estar praticando crime. Resumo – Crimes contra o Patrimônio – Furto. Roubo. Extorsão. Crimes contra o Patrimônio Furto; Roubo e Extorsão; Usurpação; Dano; Apropriação Indébita; Estelionato e outras fraudes; Receptação. Furto Subtrair, para si ou para outrem, coisa móvel alheia; Reclusão, 01 a 04 anos, e multa (Delegado pode arbitrar fiança) Dolo; Admite-se tentativa; Não se admite forma culposa; O crime se consuma com a inversão da posse – Teoria do amotio ou apreehensio ** Não requer que a posse seja mansa e pacifica! Furto de uso – conduta atípica, uma vez que o especial fim de agir não ocorreu (apoderamento definitivo) – Se a vítima descobrir, a conduta será típica. Furto Famélico – Furtar para comer – Excludente de Ilicitude Subtração por arrebatamento - ´´empurrar para dar um bote no objeto`` - Doutrina entende que é furto. STJ – 567: A existência de sistema de vigilância ou monitoramento não configura crime impossível; Furto de energia elétrica: Equipara-se a coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. o Não confundir com sinal de tv a cabo. STF – conduta atípica; STJ – furto simples. Gato no poste: Furto de energia elétrica Adulteração de medidor: Estelionato. Aumento de pena 1/3: Repouso noturno – única majorante; Aplica-se ainda que se trate de residência desabitada ou estabelecimento comercial, sendo indiferente o fato de a vítima estar, ou não, efetivamente repousando; A causa de aumento de pena tanto se aplica no furto simples quanto no qualificado. Furto Privilegiado Substituição da pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de 1/3 a 2/3 ou aplicar somente a pena de multa. Réu primário e a coisa é de pequeno valor (não ultrapassa o salário mínimo vigente) e a qualificadora for de ordem objetiva. o O abuso de confiança (possui natureza subjetiva) inviabiliza o benefício do privilégio no furto. o STJ – Entendeu (2019) que a fraude também possui natureza subjetiva. Furto qualificado: Destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; Abuso de confiança (Subjetiva), fraude (Subjetiva), escalada, destreza; o Abuso de confiança é CRIME PRÓPRIO. o Mediante fraude: SUBTRAIR – DIMINUIR A VIGILIANCIA, é diferente de estelionato (OBTER – COLOCAR A VITIMA EM ERRO) o Não é possível a tentativa de furto qualificado pela destreza. Chave falsa; o Ligação direta do veículo não é considerada chave falsa. Concurso de pessoas (pode ser o coautor ou participe – Menores de idade também contam) o 02 a 08 anos. Furto de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o Exterior; o 03 a 08 anos. o Se o veículo não chegar a ser levado? Furto simples consumado; Subtração de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração: o Reclusão, 02 a 05 anos. Emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (CRIME HEDIONDO) Subtração de substâncias explosivas: o Reclusão, 04 a 10 anos e multa. STJ – A mera subtração de folha de cheque, em branco, não caracteriza furto. Furto de coisas perdidas? Incabível, porque o agente, neste caso, pratica o crime de apropriação de coisa achada. Furto de coisas abandonadas? Incabível, porque o agente, ao se apossar da coisa, torna- se seu dono. Merecem uma atenção Furto de cadáver o Velório: Não é furto o Instituição para fins de estudo: Furto Bens (joias, colar) do cadáver o É furto o Sujeito passivo: Herdeiros Roubo Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência; Grave Ameaça Violência Redução à resistência Reclusão, 04 a 10 anos, e multa; Dolo; Não se admite forma culposa; O crime se consuma quando o agente passa a ter poder sobre a coisa, após ter praticado a violência ou grave ameaça; Admite-se tentativa; A inexistência de valores em poder da vítima não configura crime impossível, mas sim mera impropriedade relativa do objeto, caracterizando tentativa; Roubo impróprio – a violência (própria) ou grave ameaça é feita após a subtração da coisa, como meio de garantir a impunidade do crime; o Não cabe roubo impróprio com o emprego de violência imprópria (ex. do remédio na bebida do agente na delegacia). o Crime FORMAL Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração dos bens da vítima. o Ação pena pública incondicionada. Roubo majorado (causas de aumento de pena): Roubo próprio e roubo impróprio; Destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou artefato análogo que cause perigo comum; Exercida com emprego de arma: BRANCA – 1/3 a metade FOGO PERMITIDA – 2/3 FOGO PROIBIDA/RESTRITA – em dobro. o Arma de brinquedo não gera aplicação da majorante; o Arma sem munição não gera majorante; o Arma de fogo absolutamente incapaz de realizar disparo. o O reconhecimento da causa de aumento de pena prescinde da apreensão da arma e da realização de perícia, desde que seu uso no roubo seja provado por outros meios. **STJ – O réu é quem deve provar que a arma de fogo era desprovida de potencial lesivo. Concurso de pessoas; *** Transporte de valores e o agente conhece tal circunstância; Subtração de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o Exterior;*** (HEDIONDO) Restrição da vítima de liberdade*** Subtração de substâncias explosivas *** o 1/3 até a metade. ** = qualificadora no furto Roubo qualificado pelo resultado (lesão corporal grave ou morte): Lesão corporal grave: o Reclusão, 07 a 18 anos, e multa. Morte: o Reclusão, 20 a 30 anos, e multa. Não gera continuidade-delitiva: Roubo e latrocínio: Tutelam bens jurídicos diferentes. Roubo e furto: Mesmo gênero, mas como espécies distintas. Roubo e extorsão: Mesmo gênero, mas como espécies distintas Extorsão Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa; Reclusão, 04 a 10 anos, e multa; Dolo; Não se admite forma culposa se a vantagem for: o Devida; o Sexual; o Meramente moral, sem valor econômico. Crime formal – consuma-se independente da obtenção da vantagem; Admite tentativa Pública incondicionada. Extorsão indireta – exigir documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro. o Reclusão, 01 a 03 anos, e multa. Aumento de pena, 1/3 até a metade: Duas ou mais pessoas ou mediante o uso de arma. Lesão grave ou morte? Extorsão qualificada pelo resultado. Extorsão qualificada: Restrição da liberdade individual, necessária para a obtenção da vantagem econômica; 06 a 12 anos. Extorsão mediante sequestro: Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate; Reclusão, 08 a 15 anos; Dolo específico; Crime formal. Forma qualificada, 12 a 20 anos: + 24 horas; Menor de 18 ou maior de 60 anos; Quadrilha ou bando. Lesão corporal grave: 16 a 24 anos. Morte: 24 a 30 anos. Resumo – Crimes contra a Pessoa – Lesões Corporais Lesões Corporais Art. 129 – ofender a integridade corporal ou saúde de outrem. Lesão Corporal, em regra, é Pública Incondicionada; Lesão Corporal Culposa, Ação penal Pública Condicionada à Representação; o na lesão culposa não há distinção com base na gravidade dos ferimentos; Lesão praticada com violência doméstica à mulher, em qualquer caso a ação penal será pública incondicionada. Detenção, 03 meses a 01 ano. Natureza grave, se resultar: Perigo de vida; Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 dias; Debilidade permanente; Aceleração de parto. Reclusão, 01 a 05 anos. Natureza gravíssima, se resultar: Incapacidade permanente para o trabalho; Enfermidade incurável; Aborto; Reclusão, 02 a 08 anos. Crimes preterdolosos: dolo na conduta inicial e culpa na ocorrência do resultado. Lesão corporal seguida de morte; 04 a 12 anos. Lesão corporal privilegiada: Relevante valor social ou moral, violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação: o Diminuída de 1/6 a 1/3. Se as lesões não forem graves: o Diminuída de 1/6 a 1/3; o Lesões recíprocas – o Juiz pode substituir a pena privativa de liberdade pela multa. Violência Doméstica Ascendente, descendente, irmão, cônjuge, companheiro, pessoa com quem conviva, ou tenha convivido; 03 meses a 03 anos. Crime qualificado (grave, gravíssima ou morte): o Aumento de 1/3. Contra pessoa com deficiência: o Aumento de 1/3. Somente nos casos de lesões corporais dolosas; Lesões culposas aplicam-se as mesmas regras dos crimes comuns (não domésticas). Integrante das Forças Armadas Se o crime de lesão corporal for praticado contra Integrantes das Forças Armadas, Forças de Segurança Pública, Agentes do Sistema Prisional e Integrantes da Força Nacional: o Aumento de 1/3 a 2/3. Desde que no exercício das referidas funções; Se o crime não tem relação com o cargo, não se aplica o aumento de pena; Estende-se, ainda, com os parentes desses agentes citados, desde que guarde relação com a função pública. Lesão Corporal Culposa: Inobservância de regra técnica; Não prestar socorro; Fugir: o Aumento de 1/3. Dolosa: Contra menor de 14 anos ou maior de 60 anos; Milícia privada; Grupo de extermínio: o Aumento de 1/3. Periclitação da Vida e Saúde “Crimes de Perigo” – crimes formais; A ocorrência do dano é irrelevante para a consumação dos delitos; Ação Penal Pública Incondicionada, exceto no caso de doenças venéreas, que é condicionado à representação. Doenças venéreas Norma penal em branco; Irrelevante a anuência da vítima; Admite-se tentativa; Dolo direto ou eventual; Não admite forma culposa; Condicionada à representação. Contágio de moléstia grave Sujeito passivo pode ser qualquer pessoa que não esteja contaminada; Dolo específico; Não admite dolo eventual nem culpa; Ação penal pública incondicionada. Perigo para a vida ou saúde de outrem Ação ou omissão, expõe a perigo a vida ou a saúde de outrem; Não admite forma culposa; Transporte irregular de pessoas para a prestação de serviços: o Aumento de pena. Abandono de incapaz Crime próprio – ter o dever de guarda e vigilância da pessoa abandonada; Dolo; Não se admite forma culposa; Aumento de 1/3: o Deserto; o Pai, mãe, filho, neto, irmão, cônjuge, tutor ou curador de vítima; o Possuir + de 60 anos. Exposição ou abandono de recém- nascido Crime próprio; Ação ou omissão; Dolo; Não se admite culpa. Omissão de socorro Não há necessidade de que haja vínculo específico; Forma omissiva; É possível a participação, mas não coautoria; Dolo direto ou eventual; Não se admite forma culposa; Crime formal – não necessita de resultado naturalístico. Maus tratos Crime próprio; Dolo específico; Plurinuclerar: o Privar de alimentação; o Privar de cuidados indispensáveis; o Trabalho excessivo ou inadequado; o Abusar de meios de correção ou disciplina. Admite tentativa. Rixa Briga entre mais de duas pessoas; Dolo; Ação penal pública incondicionada; Crime de concurso necessário; Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, pelo fato da participação na rixa, a pena de detenção, de 06 a 02 anos. Resumo – Crimes contra a Administração Pública III Crimes contra a Administração Pública Estrangeira Considera-se funcionário público estrangeiro, para efeitos penais, quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro. Corrupção ativa em transação comercial internacional: Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a funcionário público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à transação comercial internacional; Reclusão, de 01 a 08 anos, e multa; Especial fim de agir; Crime formal; Aumento de 1/3 se o funcionário retarda ato de ofício em razão da vantagem ou promessa. Tráfico de influência em transação comercial internacional: Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional; Reclusão, de 01 a 05 anos, e multa; Aumento pela metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada a funcionário estrangeiro; Crime formal; Especial fim de agir. Crimes contra a Administração da Justiça Reingresso de estrangeiro expulso: Reingressar no território nacional o estrangeiro que dele foi expulso; Reclusão, de 01 a 04 anos, sem prejuízo da nova expulsão após o cumprimento da pena; Crime próprio (crime de mão própria); Crime material; Crime Permanente, logo, caberia prisão em flagrante a qualquer momento. Denunciação Caluniosa / calúnia qualificada: Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe ser inocente; Reclusão, de 02 a 08 anos, e multa; Aumento de sexta parte, se o agente serve de anonimato ou de nome suposto; Diminuída pela metade, se a imputação é de prática de contravenção; Crime comum; Crime se consuma quando a autoridade toma alguma providência, ainda que não instaure o IP; O fato deve ser considerado crime. Comunicação falsa de crime ou contravenção: Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado; Detenção, de 01 a 06 meses, ou multa; A comunicação falsa de crime perante policiais militares não configura o delito. Autoacusação falsa de crime: Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem; Detenção, de 03 meses a 02 anos, ou multa. Falso testemunho ou Falsa perícia; Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, administrativo, IP, ou em juízo arbitral; Reclusão, de 02 a 04 anos, e multa; A vítima não pode ser sujeito ativo, pois não é “testemunha’. Ela não presta depoimento, e sim “declarações”; Crime de mão própria – não admite coautoria, somente participação (falso testemunho); Falsa perícia – cabe tanto coautoria quanto a participação; O crime permanece mesmo quando o processo seja anulado por algum vício; Só admite tentativa em falsa perícia; Aumento de pena: o Suborno; o Obter provas que deva produzir efeitos em processo civil em que seja parte a administração direta ou indireta; o Obter provas que deva produzir efeitos em processo criminal. Extinção da punibilidade: o Retratar-se da declaração falsa antes da sentença. Corrupção ativa de testemunha, contador, perito, intérprete ou tradutor: Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem; Reclusão, de 03 a 04 anos, e multa; Se o destinatário da corrupção é funcionário público, o crime é o de corrupção ativa. Coação no curso do processo: Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir no processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral; Reclusão, de 01 a 04 anos, e multa, além da pena correspondente à violência. Exercício arbitrário das próprias razões: Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite; Detenção, 15 dias a 01 mês, ou multa, além da pena correspondente à violência; Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa. Fraude Processual: Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito; Detenção, de 03 meses a 02 anos, e multa; Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-se em dobro. Favorecimento Pessoal: Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada a pena de reclusão; o O agente ajuda o criminoso a se esconder; Detenção, de 01 a 06 meses, e multa; Favorecimento pessoal – PESSOA; Sem combinação prévia; Combinação prévia? Concurso de agentes. Responde pelo delito praticado; ISENTO de pena (escusa absolutória): o Ascendente; o Descendente; o Irmão; o Cônjuge. Favorecimento Real: Prestar a criminoso, fora dos casos de coautoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime; o O agente ajuda o criminoso a tornar seguro o proveito do crime Favorecimento real – COISA; Detenção, de 01 a 06 meses, e multa; Não se aplica a escusa absolutória. Exercício arbitrário ou Abuso de poder: Ordenar ou executar medida privativa de liberdade, sem as devidas formalidades legais ou com abuso de poder; Detenção, de 01 mês a 01 ano. Fuga de pessoa presa ou submetida à medida de segurança: Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida à medida de segurança detentiva; Detenção, de 06 meses a 02 anos; Se a prisão é ilegal, o ato de promover ou facilitar a fuga é atípico, pois age em legítima defesa de terceiro; Crime material. Evasão mediante violência contra a pessoa: Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido à medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa; Detenção, de 03 meses a 01 ano, além da pena correspondente à violência. Arrebatamento do preso: Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenho sob custódia ou guarda; Reclusão, de 01 a 04 anos, além da pena correspondente à violência. Motim de presos: Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou disciplina da prisão; o Pelo menos 04 presos. Detenção, de 06 meses a 02 anos, além da pena correspondente à violência. Patrocínio Infiel: Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confinado; Detenção, de 06 meses a 03 anos, e multa. Sonegação de papel ou objeto de valor probatório: Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de restituir autos, documento ou objeto de valor probatório, que recebeu na qualidade de advogado ou procurador; Detenção, de 06 meses a 03 anos, e multa. Exploração de Prestígio: Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, órgão do MP, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha; Reclusão, de 01 a 05 anos, e multa. Violência ou fraude em arrematação judicial: Impedir, perturbar ou fraudar arrematação judicial; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem; Detenção, de 02 meses a 01 ano, ou multa, além da pena correspondente à violência. Desobediência à decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito: Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial; Detenção, de 03 meses a 02 anos, ou multa. Crimes contra as Finanças Públicas Contratação de operação de crédito: Ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito, interno ou externo, sem prévia autorização legislativa; Reclusão, de 01 a 02 anos. Inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar: Ordenar ou autorizar a inscrição em restos a pagar, de despesa que não tenha sido previamente empenhada ou que exceda o limite estabelecido em lei; Detenção, de 06 meses a 02 anos. Assunção de obrigação no último ano do mandato: Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa; Reclusão, de 01 a 04 anos. Ordenação de despesa não autorizada por lei: Ordenar despesa não autorizada por lei; Reclusão, de 01 a 04 anos. Prestação de garantia graciosa: Prestar garantia em operação de crédito sem que tenha sido constituída contragarantia em valor igual ou superior ao valor da garantia prestada, na forma da lei; Detenção, de 03 meses a 01 ano. Não cancelamento de restos a pagar: Deixar de ordenar, de autorizar ou de promover o cancelamento do montante de restos a pagar inscrito em valor superior ao permitido em lei; Detenção, de 06 meses a 02 anos. Aumento de despesa total com pessoal no último ano do mandato ou legislatura: Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete aumento de despesa de total com pessoal, nos 180 dias anteriores ao final do mandato ou legislatura; Reclusão, de 01 a 04 anos. Oferta pública ou colocação de títulos no mercado: Ordenar, autorizar ou promover a oferta pública ou a colocação no mercado financeiro de títulos da dívida pública sem que tenham sido criados por lei ou sem que estejam registrados em sistema centralizado de liquidação e de custódia; Reclusão, de 01 a 04 anos. Resumo – Crimes contra a Fé Pública Moeda Falsa – Art. 289: Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, a moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro; Reclusão, 03 a 12 anos, e multa; o Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa. Dolo; Não há forma culposa; Admite-se tentativa; Funcionário público – crime próprio; o Moeda com peso inferior; o Quantidade superior; o Reclusão, 03 a 15 anos, e multa. Não cabe aplicar o princípio da insignificância; Quem, tendo recebido de boa- fé, como verdadeira, moeda falsa ou adulterada, a restituiu à circulação, DEPOIS DE CONHECER A FALSIDADE (suspeitar não significa conhecer): o Detenção, 06 a 02 anos, e multa. Crimes assemelhados ao de moeda falsa: Formar cédulas com fragmentos de outras cédulas, suprimir sinal de inutilização de cédula ou recolocar em circulação cédula inutilizada; Reclusão, 02 a 08 anos, e multa; o Aumentada em até 12 anos – funcionário público. Petrechos de falsificação de moeda – Art. 291: Maquinário ou equipamento destinado à falsificação da moeda; Reclusão, 02 a 06 anos, e multa; A preparação é punível; Finalidade específica de falsificação. Emissão de título ao portador sem permissão legal – Art. 292: Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento; Detenção, 01 a 06 meses, ou multa. Falsidade de Títulos e outros Papéis Públicos Falsificar, fabricando-os ou alterando-os – Art. 293: o Vale postal; o Crédito tributário; o Talão, bilhete; o Reclusão, 02 a 08 anos, e multa. Petrechos de falsificação: Objeto destinado à falsificação; Reclusão, 01 a 03 anos, e multa; Aumenta-se em 1/6 – funcionário público. Falsidade Documental Falsificação de Selo ou Sinal Público: Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: o Selo público; o Reclusão, 02 a 06 anos, e multa; o Aumenta-se em 1/6 – funcionário público. Falsificação de Documento Público – Art. 297: Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro; o Inclusive documentos equiparados; o Testamentos. Reclusão, 02 a 06 anos, e multa; Aumento de 1/6 – funcionário público; Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, o estelionato absorve o falso; o Se o documento falsificado continuar possuindo potencialidade lesiva, não se aplica o princípio da consunção. Falsificação de Documento Particular: Falsificar, no todo ou em parte, documento particular, ou alterar documento particular verdadeiro; o Cartão de crédito; Reclusão, 01 a 05 anos, e multa. Falsidade Ideológica: Relacionada à alteração do conteúdo de documento público ou particular; Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade; Público: o Reclusão, 01 a 05 anos, e multa. Particular: o Reclusão, 01 a 03 anos, e multa. Aumento de 1/6 – funcionário público / assentamento de registro civil. Dolo específico; O crime não se caracteriza se o documento falsificado está sujeito à revisão por autoridade, pois a revisão impediria que o crime chegasse a ter qualquer potencialidade lesiva; Falsidade ideológica: o Estrutura verdadeira e conteúdo falso. Falsidade material: o Estruturalmente falso. Falso reconhecimento de firma ou letra: Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que não o seja; Documento Público: o Reclusão, de 01 a 05 anos, e multa. Documento Particular: o Reclusão, de 01 a 03 anos, e multa. Crime próprio. Certidão ou atestado ideologicamente falso: Atestar ou certificar falsamente, em razão da função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem; Detenção, de 02 meses a 01 ano; Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público ou qualquer outra vantagem; Detenção, de 03 meses a 02 anos. Falsidade de atestado médico: Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso; Detenção, 01 mês a 01 ano; Crime próprio; Não pode ser praticado por enfermeiro, dentista, ou qualquer outro profissional da saúde. Reprodução ou alteração de selo ou fila filatélica: Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou alteração está visivelmente anotada; Detenção, de 01 a 03 anos, e multa. Uso de documento falso: Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, art. 297 a 302; Cominada à falsificação ou à alteração; Tipo penal remetido; Quem usa o documento falso é a própria pessoa que fabricou? o Responde pelo crime de falsificação. A competência para processar e julgar é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento; A utilização de fotocópia não autenticada afasta a tipicidade do crime de uso de documento falso; Supressão do documento: Supressão, destruição ou ocultação de documento público ou particular, de que não podia dispor; Documento Público: o Reclusão, de 02 a 06 anos, e multa. Documento Particular: o Reclusão, de 01 a 05 anos, e multa. Dolo específico. Falsa identidade – Art. 307: Não confundir com falsidade ideológica; Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem; Quando tenta se passar por outra pessoa, sem utilizar documento falso; Detenção, 03 meses a 01 ano, ou multa, se o fato não constituir crime mais grave; Dolo específico; A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa. Uso de documento de identidade alheio: Aquele que usa documento alheio como se fosse seu quanto aquele que cede o documento; Detenção, de 04 meses a 02 anos, e multa, se o fato não constituir crime mais grave. Fraudes em certames de Interesse Público Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: o Concurso Público; o Processo Seletivo; o Reclusão, de 01 a 04 anos, e multa; o Aumento de 1/3 – funcionário público; o O particular, sozinho, não pode ser responsabilidade por ato improbo. Anotações STJ entende pela impossibilidade de consunção entre os crimes de receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor, tratando-se de delitos autônomos. - Todos os crimes contra a Fé Pública são dolosos. Resumo – Crimes contra a Pessoa – Crimes contra a Honra Crimes contra a Honra Honra subjetiva – apreço pessoal que a pessoa tem de si; Honra objetiva – imagem da pessoal perante o corpo social. Calúnia Imputação falsa, a alguma pessoa, de fato definido como crime; Tutela da honra objetiva; Detenção, 06 meses a 02 anos, e multa; Forma comissiva, não se admite omissão; Ocorre quando o fato imputado não ocorreu ou quando mesmo tendo ocorrido, não foi o caluniado o seu autor; Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa; o Parlamentares gozam de imunidade material – não praticam o crime quando caluniam alguém no exercício da profissão. Sujeito passivo pode ser qualquer pessoa; o Inclusive é punível a calúnia contra os mortos. Autocalúnia? Pratica crime de autoacusação falsa, não de calúnia; Calúnia contra o Presidente da República? Configura crime contra a Segurança Nacional; Quem propaga e divulga, mesmo sabendo ser falsa a imputação, incorre na mesma pena; O Crime se consuma com a divulgação da calúnia a um terceiro; Crime formal – a ocorrência do resultado naturalístico é irrelevante para a consumação do delito; A tentativa é perfeitamente possível; Exceção da verdade – direito que o sujeito ativo possui de provar que o que ele falou do sujeito passivo é verdade, exceto: o Crime de ação penal privada, quando ainda não há sentença irrecorrível; o Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro; o Crime de ação penal pública, caso o caluniado já tenha sido absolvido. Exceção de notoriedade – provar que o fato já é de conhecimento de todos. Difamação Tutela da honra objetiva; Imputar a alguém um fato ofensivo à sua reputação – o fato imputado não é crime; Detenção de 03 meses a 01 ano, e multa; Difamação contra os mortos não é punível; Não se admite forma culposa; Crime formal – a ocorrência do resultado naturalístico é irrelevante para a consumação do delito; É possível a tentativa; Exceção da verdade: o Somente se o ofendido é funcionário público e a difamação se refere ao exercício das funções. Não se deve punir aquela pessoa que simplesmente repete o que todo mundo já sabe (exceção de notoriedade). Injúria Tutelar a honra subjetiva do ofendido; Ofender a dignidade e o decoro de alguém; Detenção de 01 a 06 meses, ou multa; Não se trata de um fato, mas de emissão de um conceito depreciativo sobre o ofendido; Necessário que a própria vítima tome conhecimento das ofensas; Crime formal – o fato se consuma com a chegada da ofensa da vítima, independente de esta se sentir ou não ofendida (resultado naturalístico dispensável); É possível tentativa; Nunca se admite prova da verdade; O juiz poderá deixar de aplicar a pena se houver retorsão imediata Perdão judicial: o Provocação; o Extorsão. Injúria real: o Humilhar alguém através do contato físico; o Especial fim de agir; o Não cabe perdão judicial. Injúria qualificada – maior reprovabilidade da conduta: o Preconceito; o Deficiência; o Não cabe perdão judicial. Disposições Comuns Contra Presidente da República, Chefe de Governo Estrangeiro ou Funcionário Público (no exercício da função), na presença de várias pessoas ou por meio que facilite a divulgação ou, ainda, contra pessoa + de 60 anos ou deficiente (salvo no caso de injúria), a pena é aumentada em 1/3; Mediante promessa ou recompensa, a pena é aplicada em dobro; Retratação da calúnia ou difamação – isento de pena; o Antes da sentença; o Pelos mesmos meios em que foi praticada a ofensa, se assim o ofendido o quiser. Em regra a ação penal é privada, salvo no caso de injúria real. Resumo – Crimes contra a Dignidade Sexual Crimes contra a Liberdade Sexual Estupro: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique qualquer outro ato libidinoso; Reclusão, de 06 a 10 anos; Se resultar lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 anos ou maior de 14 anos: o Reclusão, de 08 a 12 anos. Se resultar em morte: o Reclusão, de 12 a 30 anos. Agente for Ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor, empregador, da vítima ou assumiu obrigação de cuidado: o A pena deverá ser majorada pela metade. Se do estupro resultar gravidez? o Aumento de 2/3 até a metade. Menor de 14 anos: o Estupro de vulnerável. A prática de duas condutas diferentes (conjunção carnal e ato libidinoso) em contextos diferentes, mas nas mesmas condições de tempo, lugar e modo de execução, não configura crime único, mas crime continuado; Crime hediondo. Violência sexual mediante fraude: Ter conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima; Reclusão, de 02 a 06 anos; Estelionato sexual. Importunação Sexual: Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro; Reclusão, de 01 a 05 anos, se o ato não constituir crime mais grave. Assédio Sexual: Constranger alguém com o intuito de obter vantagem econômica ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função; Detenção, de 01 a 02 anos; Aumento de 1/3 se a vítima é menor de 18 anos. Crimes Sexuais contra Vulneráveis Estupro de Vulnerável: Ter conjunção carnal ou outro ato libidinoso com menor de 14 anos, ou, de forma equiparada, enfermidade ou deficiência mental, não possui discernimento, ou que não pode oferecer resistência; Reclusão, de 08 a 15 anos; Se resultar lesão corporal de natureza grave: o Reclusão, de 10 a 20 anos. Se resultar em morte: o Reclusão, de 12 a 30 anos. Presunção absoluta – não há possibilidade de prova em contrário; Crime Hediondo; A pena se aplica independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela já ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime. Mediação de menor vulnerável para satisfazer a lascívia de outrem – corrupção de menores: Induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem; Reclusão, de 02 a 05 anos. Se a vítima possui 14 anos exatos, ou 18 anos ou mais: o Mediação para satisfazer a lascívia de outrem, na forma simples. Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente: Praticar, na presença de alguém menor de 14 anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: Reclusão, de 02 a 04 anos. Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável: Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone; Reclusão, de 04 a 10 anos; Crime Hediondo. Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia: Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio – inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática –, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia: o O mero acesso a estes registros e o armazenamento não configura o delito. Reclusão, de 01 a 05 anos, se o fato não constituir crime mais grave; Não há crime quando o agente pratica as condutas em publicação de natureza jornalística, cultural ou acadêmica com a adoção de recursos que impossibilite a identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior de 18 anos. Resumo – Crimes contra a Administração Pública II Crimes praticados por Particular contra a Administração Geral Crimes comuns; Administração Pública como sujeito passivo. Usurpação de Função Pública Usurpar o exercício de função pública; Não possui qualquer vínculo com a Administração, diferente do que ocorre com o exercício funcional ilegal; É necessário que o agente pratique atos inerentes à função, não basta somente que ele se apresente como funcionário público; Detenção, de 03 meses a 02 anos, e multa. (QUALIFICADORA) auferir vantagem o Reclusão, de 02 a 05 anos, e multa. Importante Contravenção: Finge ser funcionário público (apenas se apresenta como tal) Usurpação: Pratica atos de funcionário público. Resistência Opor-se à execução de ato legal, mediante violência (contra funcionário público) ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou quem lhe esteja prestando auxílio; Detenção, de 02 meses a 02 anos; (QUALIFICADORA) Se o ato, em razão da resistência, não se executa: o Reclusão, de 01 a 03 anos. Desobediência Desobedecer a ordem legal de funcionário público; Detenção, de 15 dias a 06 meses, e multa; O crime não se configura quando o réu desobedece a ordem que possa lhe incriminar; Desacato Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela; Detenção, de 06 meses a 02 anos, ou multa; Quem comete o desacato também for funcionário público? o É possível em qualquer caso, mas se exige que o infrator não esteja no exercício de suas funções. A mera crítica, desde que feita com urbanidade, não constitui desacato; Exige-se que o desacato ocorra em razão da função exercida pelo servidor. Importante Funcionário presente Desacato Servidor Ausente Crime contra a honra do funcionário público. Tráfico de Influência Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício de sua função; Reclusão, de 02 a 05 anos, e multa; Alegar que a vantagem também é destinada ao funcionário? o Aumento da pena pela metade. Corrupção Ativa Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício; Reclusão, de 02 a 12 anos, e multa; A existência de corrupção ativa independe da passiva, e vice-versa; Mero pedido de favor não configura crime. Contrabando Importar ou exportar mercadoria proibida; Mercadoria é ilícita, ou seja, a sua importação ou exportação, por si só, é vedada; Reclusão, de 02 a 05 anos; o Não cabe mais suspensão condicional do processo; o Admite-se prisão preventiva; o Prazo prescricional de 12 anos. Aplica-se em dobro se o crime é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. Consuma-se quando a mercadoria ultrapassa a barreira alfandegária ou fronteira do país. Descaminho Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria; Crime formal; A mercadoria é legal, no entanto, o que se pune, é a burla ao sistema tributário; A mera omissão em declaração ao fisco configura crime de descaminho; Consuma-se com a liberação na alfândega, sem o pagamento dos impostos devidos – crime formal; Reclusão, de 01 a 04 anos; Aplica-se em dobro se o crime é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial; Princípio da Insignificância – prejuízo inferior ao patamar estabelecido pela Fazenda Nacional. o STJ – igual ou inferior a R$ 10.000,00 o STF – R$ 20.000,00; o Tributos Federais. STF – pagamento do tributo, no caso de descaminho, ANTES do recebimento da denúncia, gera a extinção da punibilidade; STJ – pagamento não gera a extinção da punibilidade. Impedimento, Perturbação, ou Fraude de Concorrência Impedir, perturbar, ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública, promovida pela administração federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem; Detenção, de 06 meses a 02 anos, ou multa, além da pena correspondente à violência; Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer ou licitar, em razão da vantagem oferecida. Inutilidade de Edital ou de Sinal Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer objeto; Detenção, de 01 mês a 01 ano, ou multa. Subtração ou Inutilização de Livro ou Documento Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento confiado à custódia de funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço público; Reclusão, de 02 a 05 anos, se o fato não corresponder crime mais grave. Sonegação de Contribuição Previdenciária Suprimir ou reduzir contribuição previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: o Omitir folha de pagamento; o Reclusão, de 02 a 05 anos, e multa. Crime Omissivo; Crime material; Se antes do início do fisco o agente se retrata e presta as informações corretas, extingue-se a punibilidade, não sendo necessário o pagamento. O pagamento integral do débito, antes do trânsito em julgado, extingue a punibilidade. Perdão Judicial ou multa: o Réu primário; o Bons antecedentes; o Valor inferior àquele estabelecido. Crime Privilegiado: o Pessoa física; o Salário não ultrapassa 1.510,00; o Redução da pena de 1/3 até a metade, ou apenas multa. Resumo – Crimes contra a Administração Pública Crimes Funcionais: Próprios / Puros – ausente a condição de “funcionário público” ao agente, a conduta passa a ser considerada um indiferente penal; Impróprios / Impuros – ausente a condição de “funcionário público ao agente, a conduta será desclassificada para outro delito. Funcionário Público Exerce cargo ou função pública, mesmo que transitoriamente ou sem remuneração; “Múnus público” não é considerado funcionário público; Defensores dativos são considerados, segundo o STJ; Atividade típica da administração; Cargo em comissão ou direção e chefia – aumento de 1/3; o Não se aplica às Autarquias. Peculato Peculato-apropriação / peculato- desvio / peculato comum: Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de quem tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio; Reclusão, 02 a 12 anos, e multa; É necessário que o bem, valor ou coisa seja desviado para o patrimônio de alguém (agente ou terceiro); O bem deve ser infungível – não pode ser substituído por outro da mesma espécie; O bem deve ser não consumível – cujo uso importa em destruição imediata; Particular que concorre para o crime de peculato responde da mesma forma que o funcionário público, mas somente se souber da condição de funcionário público. **Não é necessário que o dinheiro seja público! Peculato-furto: Peculato impróprio; Não se caracteriza pela apropriação ou desvio do bem que fora confiado ao agente em razão do cargo, mas da subtração de um bem que estava sob a guarda da administração; Reclusão, 02 a 12 anos, e multa. EXEMPLO: José, funcionário público, ao final do expediente, deixa o notebook pertencente ao órgão sobre a mesa, e não tranca a porta. Paulo, outro funcionário, que trabalha no mesmo órgão, aproveita- se da facilidade encontrada (porta aberta) e subtrai o notebook. Neste caso, Paulo praticou o crime de peculato-furto, e José responderá pelo crime de peculato culposo. Peculato-culposo: Concorrer culposamente para o crime de outrem; Detenção, 03 meses a 01 ano; Se um funcionário público contribui culposamente para a prática de um crime praticado por um estranho que não seja funcionário público? o Embora a doutrina levemente majoritária entender que não há peculato culposo nesses casos, as bancas entendem que há peculato culposo. Reparação do dano antes do trânsito em julgado? o Extinta a punibilidade. Reparação do dano após o trânsito em julgado? o Redução da pena pela metade. Peculato por erro de outrem / Peculato-estelionato: Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem; o Se o erro foi praticado dolosamente? Responde por estelionato. Reclusão, de 01 a 04 anos, e multa. Inserção de Dados Falsos em Sistema de Informações “Peculato-eletrônico” Não há modalidade culposa; Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos da administração pública, com o fim de obter vantagem para si ou para outrem ou para causar dano; Reclusão, de 02 a 12 anos, e multa; Modificar ou alterar, o funcionário, sistemas de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação; Detenção, de 03 meses a 02 anos, e multa; o Resultar dano? Aumento de 1/3 até a metade. Extravio, Sonegação ou Inutilização de Livro ou Documento Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de quem tem a guarda em razão do cargo; sonega-lo ou inutiliza-lo, total ou parcialmente; Reclusão, de 01 a 04 anos, se o fato não constituir crime mais grave. Emprego Irregular de Verbas ou Rendas Públicas Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da prevista em lei; Detenção, de 01 a 03 meses, ou multa; Sempre no interesse da Administração. Concussão Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida; Consumação: Momento da exigência! Reclusão, de 02 a 12 anos, e multa; Concussão – ameaça de mal amparado nos poderes do cargo; Extorsão – ameaça de mal (violência ou grave ameaça) estranho aos poderes do cargo; Não confundir com corrupção passiva – aqui, o agente apenas solicita, recebe ou apenas aceita promessa de vantagem; Não há violência ou grave ameaça. Excesso de Exação (Espécie de concussão) Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza; Reclusão, de 03 a 08 anos, e multa; (QUALIFICADORA) Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos: o Reclusão, de 02 a 12 anos, e multa. Corrupção Passiva Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem; Reclusão, de 02 a 12 anos, e multa; Aumento de 1/3: o Retarda ou deixa de praticar, em consequência da promessa de vantagem, qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração do dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem; o Detenção, de 03 meses a 01 ano, ou multa. Facilitação de Contrabando ou Descaminho Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho; o Não é necessário que o crime efetivamente se concretize para a consumação do fato típico. Reclusão, de 03 a 08 anos, e multa. Prevaricação, Prevaricação Imprópria e Condescendência Criminosa Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou pratica-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal; Detenção, de 03 meses a 01 ano, e multa; Favor gratuito – corrupção passiva privilegiada; Satisfação de interesse próprio – prevaricação. Prevaricação Imprópria – Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo; o Detenção, de 03 meses a 01 ano. Condescendência criminosa – deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente; o Detenção, de 15 dias a 01 mês, ou multa. o CABE JECRIM (suspensão condicional do processo) Advocacia Administrativa Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário; Detenção, de 01 a 03 meses, ou multa; o Cabe JECRIM – Suspensão condicional do processo. (QUALIFICADA) Interesse Ilegítimo o Detenção, de 03 meses a 01 ano, e multa. Violência Arbitrária Praticar violência, no exercício da função ou a pretexto de exercê-la; Detenção, de 06 meses a 03 anos, além da pena correspondente à violência. Importante Parte da Doutrina e da Jurisprudência entendem ter sido este artigo revogado pela Lei de abuso de autoridade. Abandono de Função Abandonar o cargo público, fora dos casos previstos em lei; Detenção, de 15 dias a 01 mês, ou multa; Prejuízo público? o Detenção, de 03 meses a 01 ano, e multa. Lugar compreendido na faixa de fronteira o Detenção, de 01 a 03 anos, e multa. Exercício Funcional Ilegalmente Antecipado ou Prolongado Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê- la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso; Detenção, de 15 dias a 01 mês, ou multa. Violação de Sigilo Profissional Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação; Detenção, de 06 meses a 02 anos, ou multa, se o fato não constituir crime mais grave; Aplica-se inclusive ao funcionário aposentado ou afastado; Aplica-se também quando o agente permite ou facilita o acesso de pessoas não autorizadas a banco de dados da administração pública. Anotações STJ – o princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a Administração Pública. É aplicado aos crimes tributários. STJ – O peculato de uso não configura ilícito penal, mas tão somente administrativo. Todavia, o peculato desvio é modalidade típica. Resumo – Lei 7.716/89 (Crimes resultantes de Preconceito de Raça ou Cor). Lei 7.716/89 – “Crimes resultantes de Preconceito de Raça ou Cor” Serão punidos, na forma desta lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional; Reclusão, de 01 a 03 anos, e multa; Dolo específico – especial fim de agir. Ação Penal Pública Incondicionada; O símbolo do nazismo constitui crime; o Reclusão, de 02 a 05 anos, e multa. Meios de comunicação social ou publicação: o Reclusão, de 02 a 05 anos, e multa. Impedir ou obstar o acesso, ou impedimento à promoção funcional: o Reclusão, de 02 a 05 anos. o Crime próprio. Empresas privadas: o Negar ou obstar emprego; o Deixar de providenciar equipamentos; o Impedir a ascensão; o Tratar de forma diferente; o Exigir aspectos de aparência; o Reclusão, de 02 a 05 anos, e multa. Negativas de acesso a instituições de ensino: o Reclusão, de 03 a 05 anos; o Aumento de 1/3 se o crime for praticado contra menor de 18 anos. Impedir acesso a estabelecimento comercial: o Reclusão, de 01 a 03 anos. A consumação de crime de racismo por meio da Internet ocorre no local onde foram enviadas as manifestações racistas. - O agente que utiliza palavras depreciativas referentes a raça, cor, religião, ou origem com o intuito de ofender a honra subjetiva da vítima, responde pelo crime de Injúria, art. 140 CP. Reclusão, de 01 a 03 anos, e multa; Ação penal pública condicionada à representação. Resumo – Lei 9.605 (Lei dos Crimes contra o Meio Ambiente) Disposições Gerais As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente, sem prejuízo da responsabilidade das pessoas naturais; o Necessária comprovação de que a infração trouxe benefício à entidade é essencial para a responsabilização da pessoa jurídica. É possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais, independentemente da responsabilização da pessoa física que agia em seu nome; Aplica-se a teoria do risco integral, advindo daí o caráter objetivo da responsabilidade (civil), sendo descabida a alegação de eventuais excludentes de responsabilidade. Desconsideração da personalidade jurídica: Afastar a personalidade jurídica para atingir o patrimônio dos sócios, quando utilizada para dificultar o ressarcimento dos prejuízos causados. Aplicação da Pena Gravidade do fato; Antecedentes do infrator; Situação econômica do infrator. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade quando: Crime culposo OU pena privativa de liberdade inferior a 04 anos; Culpabilidade, antecedentes, conduta social e a personalidade, motivos e circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime; As penas restritivas de direitos terão
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