Buscar

Complicações do DM

Prévia do material em texto

Diabetes Mellitus 
. hiperglicemia resultante de secreção 
deficiente de insulina pelas células β, 
resistência periférica à ação da insulina ou 
ambas 
Complicações crônicas do diabetes 
Microvasculares 
. obstrução de pequenos vasos sanguíneos 
• RETINOPATIA DIABÉTICA 
. mais frequente em DM I; afeta até 40% dos 
diabéticos 
. principal causa de cegueira em adultos 
. microangiopatia (caracterizada por 
espessamento da membrana basal do capilar) 
e oclusão capilar, secundárias à hiperglicemia 
crônica, subjazem a patogênese da retinopatia 
diabética. Juntas, essas doenças causam 
hipóxia retiniana 
- áreas de má perfusão retiniana, aumento da 
permeabilidade vascular e proliferação 
patológica intraocular dos vasos da retina → 
CEGUEIRA 
 - na 
proliferativa há angiogênese, esse crescimento de 
novos vasos pode obstruir a entrada da luz na lente 
óptica, causando a cegueira 
• NEFROPATIA DIABÉTICA 
. proteinúria decorrente de lesões nos 
capilares glomerulares, que causa aumento de 
permeabilidade 
- hiperfiltração é uma alteração hemodinâmica 
comum no início do DM, devido a 
hiperglicemia. Essa hiperfiltração resulta da 
dilatação da arteríola aferente, com 
concomitante vasoconstrição da arteríola 
eferente, provocando aumento da pressão 
hidrostática glomerular, o que está associado 
hipertrofia glomerular ou glomerulomegalia 
 
• NEUROPATIA DIABÉTICA PERIFÉRICA 
(NDP) 
. presença de sintomas e/ou sinais de 
disfunção dos nervos periféricos em indivíduos 
com diabetes mellitus (DM) → resulta em uma 
menor velocidade de condução nervosa 
. os efeitos metabólicos da hiperglicemia 
crônica e as consequências da isquemia nos 
nervos periféricos levam a dano e disfunção 
neuroaxônica 
- um dos efeitos fisiopatológicos da 
hiperglicemia inclui a ativação da via poliol, 
geração de espécies reativas ao oxigênio (ROS) 
pelo estresse oxidativo e de espécies reativas 
ao nitrogênio diante do estresse nitrosativo, 
além de acúmulo de produtos finais da 
glicação avançada 
 
Pé diabético 
. combinação entre insuficiência arterial 
periférica (baixa perfusão sanguínea) e 
neuropatia = ulceração + infecção 
- a NDP é o principal fator permissivo para 
desenvolvimento de ulcerações nos pés dos 
diabéticos → o comprometimento gradual e 
insidioso das fibras sensoriais finas e grossas 
causa a perda da sensibilidade para dor, 
temperatura, percepção de pressão plantar e 
propriocepção (saber a posição do corpo no 
espaço mesmo com olhos fechados) 
- fibras motoras grossas danificadas também 
causam fraqueza muscular e posterior atrofia 
da musculatura intrínseca dos 
pés 
- o comprometimento das 
fibras autonômicas (simpáticas) 
resulta em diminuição ou 
ausência de sudorese 
(anidrose) → ressecamento da 
pele - predispõe a rachaduras e 
fissuras, que podem levar às 
úlceras (com ou sem infecção) e às 
amputações 
. lesões neuropáticas e neuroisquêmicas 
compreendem 90% das úlceras 
- DAOP: doença arterial obstrutiva periférica 
. teste realizado 
com 
monofilamentos, 
para avaliação da 
sensibilidade dos 
pés → ALTA 
SENSIBILIDADE 
OBS:. esse teste não diagnostica neuropatia 
diabética, mas sim o risco neuropático de 
ulceração 
Macrovasculares 
. obstrução de grandes vasos sanguíneos 
• DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA - 
infarto agudo do miocárdio 
• DOENÇA ARTERIAL OCLUSIVA 
PERIFÉRICA 
• DOENÇA CEREBROVASCULAR - 
acidente vascular cerebral 
 
 
Complicações agudas do diabetes 
 
• HIPOGLICEMIA 
. glicose < 70mg/dl 
. sintomas 
adrenérgicos e/ou 
neuroglicopênicos 
. há uma melhora 
desse quadro com 
ingesta de 
carboidratos 
. classificação: 
- Hipoglicemia sintomática documentada: tem 
sintomas e glicemia < 70 mg/dl 
- Hipoglicemia sintomática provável: sintomas 
sem ter medido a glicemia 
- Hipoglicemia assintomática (sem alarme): 
sem sintomas e glicemia < 70 mg/dl 
- Hipoglicemia grave: convulsão, alteração de 
comportamento ou coma 
- Hipoglicemia relativa: DM + sintomas de 
hipoglicemia e glicemia > 70 mg/dl 
- glicemia < 70 
mg/dℓ: liberação de 
hormônios 
contrarreguladores 
- < 50, há sintomas 
para coma, logo, é 
recomendado dar 
ao paciente 15g de 
glicose (via 
sublingual) 
Crises hiperglicêmicas 
• SÍNDROME HIPERGLICÊMICA 
HIPEROSMOLAR 
. comum no DM tipo II; pode aparecer no DM 
I, no caso de ingesta de uma quantidade de 
insulina menor que a ideal 
. se manifesta quando ainda há um pouco de 
insulina no corpo 
. glicemia > 600 mg/dl; normalmente atinge 
pessoas > 40 anos 
. instalação progressiva, durante vários dias 
. quadro clínico: rebaixamento do nível de 
consciência; profunda desidratação; e 
hiperosmolalidade 
. tratamento: infusão de soro para reposição 
volêmica endovenosa; administração de 
insulina em baixas doses 
• CETOACIDOSE DIABÉTICA (CAD) 
. comum em DM tipo I; produzida pela 
ausência de insulina 
. glicemia > 250 mg/dl; acidose metabólica (pH 
< 7,3 e Bic < 18); cetonemia 
. hálito cetônico; cetonúria; náuseas, vômito; e 
dor abdominal 
. sinais de desidratação: mucosa bucal seca, 
olhos fundos, turgor de pele diminuído, 
taquicardia, hipotensão e choque 
. respiração de Kussmaul: padrão respiratório 
lento e profundo (tentativa de compensação 
do baixo 
pH, por 
meio da 
liberação 
de ácido 
carbônico) 
. tratamento: administração de insulina em 
doses baixas (altas doses podem levar a um 
caso de hipoglicemia) 
OBS:. pode causar hipocalemia, por isso essa 
administração deve ser monitorada

Continue navegando