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AULA 8 - DIREITOS HUMANOS

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PROF. JOÃO ROBERTO CAPÍTULO 08
DIREITOS
HUMANOS
DIREITOS HUMANOS • PROF. JOÃO ROBERTO • ESTUDO DIRIGIDO - UNIBRA 2
CAPÍTULO 08
 
O SISTEMA INTERAMERICANO DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS. 
 Compreender este sistema regional é importante para compreensão do próprio orde-
namento jurídico internacional, neste tema, e das possibilidades reais de proteção dos direitos 
humanos.
 A existência deste sistema regional parte do reconhecimento de que há uma desigualdade 
social de consolidação da própria democracia nos Estados da região, em especial pelas várias 
ditaduras que se instalaram na América do Sul nas décadas de 70 e 80 nestes países, com execu-
ções, desaparecimentos, perseguições, prisões sem fundamento e torturas.
 Neste contexto, a Convenção Americana de Direitos Humanos, de 1969 (Pacto de São 
José da Costa Rica), trouxe grandes conquistas para a região, na defesa dos direitos humanos, 
entrando em vigor em 1978, após alcançar o mínimo de 11 ratificações. Como se verá á frente, 
assegura direitos civis e políticos, mesmo priorizando os chamados direitos fundamentais de 1ª 
geração (vida, não escravidão, personalidade etc.), tanto é verdade que somente em 1988 houve 
aprovação do protocolo adicional, de San Salvador, para incluir os direitos sociais, culturais e eco-
nômicos, omitidos originariamente.
 Além de prever os direitos humanos, a Convenção Americana estabeleceu um apa-
rado de monitoramento, como é o caso da Comissão Interamericana de Direitos Humanos que 
fiscaliza seus signatários, composta por 07 membros, eleitos pela Assembleia Geral depois de 
encaminhamento de listas pelos Estados, para mandatos de 04 anos, com apenas uma reeleição, 
mas precisam ser nacionais de qualquer Estado da OEA e ainda possuírem alta idoneidade moral 
e reconhecido saber em matéria de direitos humanos (cada Estado pode propor até 03 nomes, e 
se assim o fizer, deve constar na lista pelo menos um nome que não seja seu nacional). 
 A principal missão é fazer recomendações aos governos, a respeito da proteção de 
direitos humanos, mas também divulga estudos e relatórios, busca informações aos Estados me-
diante solicitação e submete, anualmente, um relatório à Assembleia Geral da OEA, já que deve 
estimular a consciência dos direitos humanos nos povos da América. Importante atribuição da 
Comissão está no recebimento de denúncias encaminhadas por indivíduos, grupos de indivíduos 
ou organizações não governamentais, mas a Comissão exige que, antes da denúncia ser conheci-
da, tenha se esgotado no âmbito interno todas as possibilidades de recurso ou, pelo menos, que 
haja uma infundada demora no andamento do processo, sem esquecer que a denúncia não terá 
andamento se houver uma litispendência internacional (isto é, quando o mesmo caso esteja sendo 
analisado por alguma instância internacional de proteção dos direitos humanos tem autoridade na 
medida em que os Estados, ao assinarem a Convenção, reconhecem as competências da Comis-
são e se compromete em auxiliá-la. 
 Importante regulação da Convenção se dá no âmbito da Corte Interamericana. É que, se 
o caso não for resolvido no âmbito administrativo, depois da atuação da Comissão, haverá uma 
litigiosidade naquela Corte. Não havendo possibilidade de acordo entre o requerente e o Estado, 
no âmbito da Comissão, esta dará o prazo de 03 meses para solução do caso, de modo que, dife-
rentemente das Cortes Europeias de Direitos Humanos, o indivíduo não tem o direito de acessar 
diretamente a Corte Interamericana, porque necessariamente deve passar pela Comissão, que 
tem a missão de iniciar o processo (início do processo na Corte pela Comissão ou pelo Estado-par-
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te envolvido).
 A Corte, então, é o órgão jurisdicional do sistema regional, composta por 7 (sete) juízes elei-
tos pelos Estados partes da Convenção, pelo período de 6 (seis) anos, com uma única reeleição, 
nacionais de países membros da OEA da Comissão em todos os casos. Tanto os juízes da Corte 
quanto os membros da Comissão terão imunidades reconhecidas aos agentes diplomáticos desde 
o momento da eleição e enquanto durar o mandato, além de possuírem ampla proteção quanto 
aos votos e opiniões emitidos no exercício de suas funções (não pode haver responsabilidade dos 
mesmos), e perceberão honorários e despesas de viagem na forma e nas condições que deter-
minarem os seus estatutos, “levando em conta a importância e a independência de suas funções” 
(art. 72 da Convenção). Os membros da Comissão poderão ser punidos, conforme o caso, pela 19 
, com quórum sempre constituído no mínimo por 5 (cinco) juízes e participação Assembleia Geral 
da Organização, nos casos previstos nos respectivos estatutos, via resolução decidida por dois 
terços dos votos dos Estados membros da Organização, e os juízes da Corte também poderão ser 
punidos, mas por dois terços dos votos dos Estados Pares na Convenção (art. 73).
 A Corte tem competência consultiva e contenciosa: a consultiva diz respeito à interpretação 
das disposições da Convenção Americana e contenciosa diz respeito à solução de conflitos acerca 
da interpretação da Convenção. Interessante anotar que qualquer membro da OEA, mesmo não 
sendo signatário da Convenção Americana, pode pedir à Corte pareceres consultivos em relação à 
proteção dos direitos humanos nos Estados americanos e, neste caso, pode emitir opiniões sobre 
a compatibilidade entre a legislação interna do Estado com os instrumentos internacionais, nos 
termos do art. 64-2 ( “controle de convencionalidade das leis”).
 No entanto, a função contenciosa da Corte Interamericana não recai sobre países que não 
fazem parte da Convenção: sua competência contenciosa, então, se limita aos Estados-partes que 
reconheçam a sua jurisdição. Esta competência contenciosa é iniciada pela Comissão, que faz um 
papel importante de filtragem e ainda impedindo, como se viu, que o indivíduo tenha acesso direto 
à Corte. A Corte não substitui os tribunais interno dos países, e nem serve de instância recursal: 
sua missão é conferir conformidade das obrigações internacionais dos Estados signatários, em 
matéria de direitos humanos, muito embora sua decisão tenha caráter vinculante e de cumpri-
mento imediato por todos eles. 
 O Brasil passou a ter atuação efetiva no sistema interamericano de direitos humanos 
a partir de 10 de dezembro 1998, ano do cinquentenário da Declaração Universal dos Direitos 
Humanos, quando reconheceu a jurisdição obrigatória da Corte Interamericana. Lembre-se que, 
na década de 80, com o fim do governo militar e especialmente com o arrefecimento da Guerra 
Fria, o Brasil intensificou seu comprometimento com a proteção dos direitos humanos. Porém, 
a ratificação da Convenção Americana só ocorreu em 1992, depois da Constituição de 1988 e a 
elevação da prevalência dos direitos humanos como princípio da relação internacional (Art. 4º da 
CF/88). A defesa do Estado brasileiro, então, passou a ser uma grande necessidade, em especial 
diante do aumento significativo de casos perante a Comissão e da maior estruturação das organi-
zações não-governamentais, ficando a cargo, tal tarefa, à Advocacia-Geral da União, junto com o 
Ministério das Relações Exteriores e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
 A República Federativa do Brasil já se envolveu em alguns casos perante a Corte Intera-
mericana, dos quais 04 merecem destaques os seguintes:
a) Irene Ximenes Lopes Miranda vs. Brasil. 
 Neste caso, a Corte condenou o Estado brasileiro em 2006, em U$ 130.000,00, por vio-
lação do direito à integridade pessoal, à vida, à proteção judicial e às garantias ju-
diciais, por conta do tratamento desumano e degradante a Damião Ximenes Lo-
pes, doente mental, que veio a óbito em 1999 na Casa de Repouso Guararapes de 
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Sobral/CE, instituição privada integrante do SUS, atualmente desativada pelo Governo 
estadual (ficou comprovadoque, depois de 4 dias da internação, o mesmo havia falecido 
com várias marcas de tortura). A irmã de Damião Ximenes, Irene Ximenes, junto com a 
ONG Justiça Global, acionaram a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislati-
va do Ceará, ocasião em que foi encaminhada para a Comissão Interamericana. O Estado 
brasileiro reconheceu o pedido quanto à violação do direito à vida e à integridade pessoal, 
assim como os fatos relacionados à morte de Damião Ximenes, os maus tratos e a falta de 
prevenção, mas não reconheceu os pedidos específicos de reparação, até porque tentara 
conciliação oferecendo pensão vitalícia à mãe da vítima, proposta recusada. Ficou com-
provado que estava em trâmite, por mais de seis anos, ação civil de reparação de danos 
promovida pelos familiares da vítima, além da ação penal contra os acusados da sua morte 
(na condenação do Estado brasileiro, em 2006, as ações ainda não haviam sido julgadas, 
mesmo com a morte em 1999). Este caso foi paradigmático, especialmente para ratificar 
a proteção internacional dos direitos humanos, em particular dos pacientes psiquiátricos 
(a Corte nunca tinha julgado violação de direitos humanos de deficiente mental). Em 14 
de agosto de 2007, decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi publicado, com 
autorização para que a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência (SEDH) 
pagasse a indenização em torno de R$ 250.000,00 aos familiares da vítima. 
b) Nogueira de Carvalho e outro vs. Brasil. 
Em 13.01.2005, a Comissão Interamericana submeteu à Corte Interamericana a de-
manda contra a República Federativa do Brasil, depois de quase 08 anos da de-
núncia, datada de 11.12.1997. O advogado Gilson Nogueira de Carvalho havia sido 
assassinado em 20.10.1996, e era defensor dos direitos humanos (fazia denúncia 
contra grupo de extermínio no Rio Grande do Norte supostamente integrado por 
policiais, e recebia constantes ameaças de morte, tendo por isso recebido proteção po-
licial do Ministério da Justiça por mais de um ano). Assim, a Comissão solicitou à Corte 
pronunciamento sobre o episódio, em especial violações ocorridas após 10.12.1998 (data 
em que o Brasil reconheceu a jurisdição obrigatória da Corte), no sentido de ausência de 
diligências na investigação do crime e punição dos responsáveis, e também para adoção 
de determinadas medidas e reparação. O Inquérito Policial havia sido arquivado por de-
cisão da 1ª Vara da Comarca de Macaíba/RN, e chegou a ser reaberto em 1998 em face 
de investigação particular realizada por particular, quando então houve indiciamento de 
policial civil aposentado, porém sem condenação criminal. Assim, depois de esgotar os 
recursos no ordenamento jurídico interno, os pais da vítima, por meio da ONG Justiça 
Global, levaram o caso à Comissão Interamericana. Porém, a Corte, suscitada pela Comis-
são, absolveu o Brasil e determinou, à unanimidade, arquivar o expediente em virtude do 
“limitado suporte fático” (questão que incrementou a ausência de provas foi o fato de que 
a Corte julgou apenas eventuais violações do Brasil para com os pais da vítima, ocorridas 
depois de 10.12.1998). Importante observar que, neste caso, o Brasil havia apresentado 
exceção de incompetência da Corte para conhecer o caso, porque havia ocorrido antes 
do reconhecimento da sua jurisdição obrigatória pelo Brasil, e também porque não teriam 
sido esgotados os recursos internos. A Corte, nestes pontos, reconheceu sua competên-
cia para conhecer de violações que teriam ocorrido posteriormente, por serem contínuas 
ou permanentes, mesmo sobre fato ocorrido antes de 10.12.1998 e, em relação ao esgo-
tamento dos recursos, enfatizou que não procede porque caberia ao Brasil demonstrar 
quais recursos deveriam ter sido esgotados e que os mesmos seriam adequados e efica-
zes, o que não ocorreu. 
c) Escher e outros vs. Brasil. 
Em 20.12.2007, a Comissão Interamericana submeteu à Corte Interamericana uma 
demanda originada em 26.12.2000 pelas organizações Rede nacional de Advogados 
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Populares e Justiça Global em nome dos membros das organizações Cooperativa 
Agrícola de Conciliação Avante Ltda. e Associação Comunitária de Trabalhadores 
Rurais, porque teriam ocorrido interceptações telefônicas e monitoramento ilegais 
no ano de 1999 pela Polícia Militar do Paraná, divulgação das conversas telefônicas 
e ausência de justiça e reparação adequadas, o que violaria as garantias judiciais, a 
proteção à honra, a liberdade de associação e a proteção judicial previstas na Con-
venção Americana. Neste caso, o Brasil alegou preliminarmente: a) o descumprimen-
to dos prazos pelos representantes (rejeitado, por não constituir tema de exceção); b) a 
impossibilidade de alegar violações no decorrer do procedimento (rejeitado, por não ser a 
conduta contrária às disposições da Convenção Americana, além de verificar que o Brasil 
teve oportunidade de se manifestar e se defender); c) a falta de esgotamento dos recur-
sos judiciais (o Brasil alegou que os representantes impetraram mandado de segurança, 
quando deveria ter impetrado “habeas corpus”, sendo ainda possível ação ordinária para 
declarar a ilegalidade da prova e destruição, mas não o fizeram, e ainda que a ação penal, 
com as gravações telefônicas, tramitou dentro do devido processo legal, inclusive com de-
claração de legalidade das condutas policias e das interceptações à vista das autorizações 
judiciais, mas houve rejeição porque os recursos internos não seriam efetivos porque a 
interceptação e a divulgação da conversa já haviam ocorrido); d) inexistência de prévia 
ação penal devidamente julgada e processada (o TJ/PR havia determinado arquivamento 
da representação contra os policiais militares e contra a juíza que autorizou a intercep-
tação, e determinou o recebimento e processamento contra o Secretário de Segurança 
Pública, que havia divulgado, mas o Secretário foi absolvido, de modo que a Corte Intera-
mericana estava sendo usada como uma “quarta instância”, o que foi rejeitado porque a 
Corte não faz papel de quarta instância, mas apenas analisa se os procedimentos e casos 
internos se adequam ou não à Convenção Americana, daí porque a preliminar foi rejei-
tada porque não seria exceção preliminar, para ser julgada no mérito). Existiram outras 
preliminares, mas o importante deste caso é que a Corte Interamericana deixou claro que 
não é uma “quarta instância”, e condenou o Brasil por ter violado o direito à vida privada, 
à honra e à reputação (previstos no art.11 da Convenção), em prejuízo a Arlei José Escher, 
Dalton Luciano de Vargas, Delfino José Becker, Pedro Alves Cabral e Celso Aghinoni, pela 
interceptação, gravação e divulgação das suas conversas telefônicas, além da violação da 
liberdade de associação e das garantias judiciais e proteção judicial, muito embora não 
tenha condenado pela violação de proteções judiciais (condenou o Brasil em reparação 
por danos imateriais, estimados em US$ 20.000,00 para cada vítima, a ser paga no prazo 
de um ano, além de publicação no Diário Oficial, em jornal de ampla circulação nacional e 
em jornal de circulação no Paraná, de determinadas partes da sentença, investigação dos 
fatos e restituição de aproximadamente US$ 10.000,00 pelas custas e gastos). 
d) Garibaldi vs. Brasil. 
Neste caso, a Comissão submeteu à Corte a demanda contra o Brasil, originada de 
petição de 06.05.2003 apresentada pelas organizações Justiça Global, Rede nacio-
nal de Advogados e Advogadas Populares (RENAP) e Movimento dos Trabalhadores 
Rurais Sem Terra (MST) em nome de Sétimo Garibaldi descumprimento da obriga-
ção de investigar e punir o homicídio de Sétimo Garibaldi, ocorrido em 27.11.1998 
durante uma operação extrajudicial de despejo das famílias de trabalhadores sem 
terra, que ocupavam uma fazenda no Município de Querência do Norte/PR, violan-
do as garantias judiciais do art.8º, as proteções judiciais do art. 25, com relação à 
obrigação geral derespeito e garantia dos direitos humanos e ao dever de adotar 
medidas legislativas e de outro caráter no âmbito interno (arts. 1.1 e 2 da Convenção) 
e outros. O crime ocorreu em 1998, quando vinte pistoleiros entraram em um acampa-
mento do MST na Fazenda São Francisco, afirmando serem policiais, para fins de despejo 
de todos, quando Garibaldi foi ferido na perna e, sem atendimento, veio a óbito. Um ano 
depois, o caso foi arquivado perante o Judiciário brasileiro. A Corte declarou a violação, 
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pelo Estado brasileiro, dos direitos às garantias judiciais e à proteção judicial reconhecidos 
nos artigos 8.1 e 25.1 da Convenção Americana, em relação com o artigo 1.1 da mesma, 
em prejuízo de Iracema Garibaldi, Darsônia Garibaldi, Vanderlei Garibaldi, Fernando Ga-
ribaldi, Itamar Garibaldi, Itacir Garibaldi e Alexandre Garibaldi, além do descumprimento 
da cláusula federal do art. 28 Oficial, em jornal de ampla circulação nacional e em jornal 
de ampla circulação no Estado do Paraná, a página de rosto, a parte resolutiva da senten-
ça, e sua íntegra, por no mínimo um ano, em página web oficial da União e do Estado do 
Paraná; b) obrigação do Estado em conduzir eficazmente e dentro de um prazo razoável 
o Inquérito e qualquer processo que for aberto, para identificar, julgar e eventualmente 
sancionar os autores da morte de Garibaldi, além de faltas funcionais de funcionários 
públicos; e) pagar, no prazo de um ano, o valor de US$ gestões pessoais em virtude do 
tema, mais US$ 8.000,00 a título de reposição de gastos e custas, além de US$ 50.000,00 
em favor de Iracema Garibaldi e US$ 20.000,00 em favor de cada uma das seguintes víti-
mas: Darsônia Garibaldi, Vanderlei Garibaldi, Fernando Garibaldi, Itamar Garibaldi, Itacir 
Garibaldi e Alexandre Garibaldi, a título de indenização. O Decreto Presidencial 7.307, de 
22 de setembro de 2010, autorizou a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência a dar 
cumprimento à referida sentença, inclusive para fins de indenização;

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