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Apostila de fisiologia sistema endócrino

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1 Nathália Brendler | Med. Vet. | Fisiologia endócrina 
 A coordenação do metabolismo é 
realizada pela associação entre sistema 
endócrino e nervoso, que atuam em conjunto 
para manter a homeostase. Portanto, estão 
envolvidos na regulação de vários processos 
fisiológicos, como: 
 Manutenção do meio interno (bioquímica 
do corpo, balanço de água e íons, 
metabolismo); 
 Integração e regulação do crescimento e 
desenvolvimento1; 
 Controle e manutenção de diferentes 
aspectos da reprodução. 
Tanto o sistema endócrino como nervoso 
utilizam substâncias químicas que transmitem 
suas mensagens, mas há diferenças: 
 S. Endócrino S. Nervoso 
Mensageiro Hormônio Neurotrans-
missor 
Onde o 
mensageiro 
é produzido 
Glândulas endócrinas 
ou neurônios 
modificados (neuro-
hormônios) 
Neurônios 
Célula-alvo Qualquer célula 
desde que esta tenha 
receptores 
específicos para 
determinado 
hormônio 
(é mais abrangente) 
Células 
musculares, 
glandulares 
e neurônios 
(é mais 
localizado) 
Tempo de 
resposta 
Resposta lenta; 
efeito prolongado 
Resposta 
rápida; 
efeito curto. 
O sistema endócrino coordena as 
atividades metabólicas, enquanto o sistema 
nervoso regula as glândulas exócrinas e 
motilidade celular. 
Um exemplo do reflexo neuroendócrino é 
a sucção da mama que inicia a transmissão de 
impulsos nervosos da glândula mamária até o 
hipotálamo (SNC), o qual induz a produção de 
ocitocina pela hipófise (SE). O mecanismo da 
ocitocina é a contração muscular ao redor dos 
alvéolos, fazendo com que o leite seja secretado. 
 
1 Principalmente através da tireoide. 
O grau de resposta à estimulação nervosa 
depende da frequência de pulsos e do número de 
fibras nervosas envolvidas. Já o efeito hormonal 
está relacionado à dose do hormônio e ao tempo 
de exposição. 
Tipos de glândulas no organismo 
a) Glândulas endócrinas: liberam seus produtos 
(hormônios) na corrente sanguínea. Ex: 
hipófise e tireoide. 
b) Glândulas exócrinas: secretam seus produtos 
para fora do corpo ou no interior de órgãos. 
Ex.: glândulas sudoríparas, mamárias, 
salivares, lacrimais e o fígado. 
c) Glândulas mistas: liberam seus produtos tanto 
na corrente sanguínea quanto fora dela. Ex: 
pâncreas e testículos. 
 
Neurotransmissores 
Neurotransmissores são substâncias 
químicas produzidas e liberadas por terminações 
nervosas. Atuam estimulando ou inibindo de 
acordo com a natureza de cada um. 
Neuro-hormônio é um neurotransmissor 
secretado diretamente na corrente sanguínea 
que atua como hormônio. Ex.: hormônios 
pancreáticos. 
Hormônios 
Hormônios são substâncias químicas 
produzidas e secretadas por glândulas endócrinas 
e neurônios especializados. Exercem funções 
fisiológicas específicas de acordo com as células 
alvo onde atuam. 
Embora os hormônios tenham um 
importante efeito sistêmico, também podem 
atuar localmente. Assim, há 3 diferentes tipos de 
comunicação celular através de hormônios: 
 
2 Nathália Brendler | Med. Vet. | Fisiologia endócrina 
 Endócrina: o hormônio é liberado na 
corrente sanguínea para atuar em células-
alvo distantes. 
 Parácrina: o hormônio é liberado no meio 
extracelular para atuar em células 
adjacentes. 
 Autócrina: o hormônio afeta a mesma 
célula que o libera. 
 
 Os hormônios podem ser organizados em 
3 principais classes de acordo com sua natureza 
química: 
 Esteroides: lipídios derivados do 
colesterol. 
o Hormônios reprodutivos (estrogênio, 
progesterona e testosterona); 
o Mineralocorticoides (aldosterona). 
o Glicocorticoides (cortisol). 
 Aminas: inclui os hormônios da tireoide, 
catecolaminas (dopamina, noradrenalina 
e adrenalina) e melatonina. 
 Proteicos e peptídicos2: correspondem 
aos polipeptídios (p. ex., insulina e o 
glucagon) e oligopeptídios (p. ex., ADH e 
ocitocina). 
Interação natureza química x circulação 
sanguínea 
 A forma de transporte dos hormônios na 
corrente sanguínea depende de natureza 
química, a qual interfere em sua solubilidade no 
plasma. 
Os hormônios hidrofílicos se difundem no 
plasma sanguíneo e circulam de forma livre, 
sendo transportados rapidamente até a célula-
alvo. Incluem os hormônios proteicos e peptídicos 
e as uma parte das aminas (catecolaminas). 
Os hormônios hidrofóbicos não se 
dissolvem no plasma e necessitam de proteínas 
transportadoras que os tornam temporariamente 
solúveis no plasma até que cheguem à célula-
 
2 A diferença entre peptídeos e proteínas é o tamanho da cadeia de aminoácidos (em proteínas é bem maior). 
3 Os hormônios têm menor afinidade pela albumina, mas a alta capacidade de transporte se dá em razão de sua alta 
concentração no plasma. Ou seja, não é a melhor, mas é a mais disponível. 
alvo. Compreendem os hormônios esteroides e 
uma parte das aminas (hormônios da tireoide). 
Obs.: para atuar na célula-alvo, o 
hormônio obrigatoriamente deve estar na forma 
livre (não-ligada). 
Hormônios esteroides 
Síntese hormonal 
A síntese inicia na mitocôndria a partir de 
moléculas de colesterol que são clivadas em 
pregnenolona. O hormônio a ser produzido 
depende de enzimas específicas presentes na 
célula. 
Os hormônios podem sofrer modificações 
posteriores na própria mitocôndria ou no retículo 
endoplasmático liso (REL). 
Hormônios lipofílicos em geral não são 
armazenados, mas secretados imediatamente 
através de difusão simples. 
 
 
Transporte 
Estes hormônios são transportados no 
sangue através da associação a proteínas 
carreadoras específicas, como globulinas 
específicas (TGB); ou inespecíficas, destacando-se 
a albumina3. 
Mecanismo de ação 
Por serem lipofílicos, têm a capacidade de 
penetrar a membrana plasmática e atingir 
receptores localizados dentro da célula. 
 
3 Nathália Brendler | Med. Vet. | Fisiologia endócrina 
A interação entre receptor e hormônio 
esteroide forma um complexo que é enviado ao 
núcleo, onde inicia a transcrição de determinados 
genes no DNA. 
O mRNA produzido é enviado aos 
ribossomos, onde ocorre a síntese de proteínas 
que produzem o resultado biológico desejado. 
 
Hormônios proteicos e peptídicos 
Síntese hormonal 
Os hormônios proteicos e peptídicos são 
inicialmente sintetizados nos ribossomos na 
forma de pré-pró-hormônios, que são 
transformados em pró-hormônios no retículo 
endoplasmático rugoso (RER). 
Ao ser encaminhado para o complexo de 
Golgi, o pró-hormônio é clivado e dá origem ao 
hormônio final. 
Embora alguns sejam excretados de forma 
contínua, a maioria desses hormônios permanece 
armazenada em grânulos até sejam secretados 
por meio do processo de exocitose em resposta a 
um sinal específico. 
 
Transporte 
Os hormônios proteicos e peptídicos são 
hidrofílicos, desse modo, são transportados 
livremente no plasma sob a forma dissolvida. 
 
4 Tiroglobulina é um polipeptídio que contém várias tirosinas. A adição de iodo é catalisada pela enzima iodinase. 
Mecanismo de ação 
Como não são lipossolúveis, não 
atravessam as membranas das células-alvo. 
Assim, fazem ligação com receptores 
transmembrana e é necessário um mensageiro 
secundário responsável pela resposta biológica. 
 
Aminas 
Síntese hormonal 
A maioria é sintetizada a partir de 
aminoácidos. 
 Catecolaminas a partir da tirosina; 
 Melatonina a partir do triptofano; 
 Hormônios da tireoide (T3 e T4) a partir da 
proteína tiroglobulina4 associada ao iodo. 
Transporte 
 Catecolaminas e melatonina são 
hidrofílicas, logo dissolvem-se no plasma e 
circulam livremente pela corrente sanguínea. 
Hormônios da tireoide são hidrofóbicos, 
portanto não se difundem no plasma e são 
transportados por proteínas específicas e 
albumina. 
Mecanismo de ação 
Catecolaminas e a melatonina fazem 
ligação com receptores transmembrana. 
Hormôniosda tireoide fazem ligação com 
receptores transmembrana e intracelulares. 
 
 
 
4 Nathália Brendler | Med. Vet. | Fisiologia endócrina 
 Esteroides Da tireoide Catecolaminas Melatonina Proteicos e 
peptídicos 
Sintetizado a partir 
de 
Colesterol Tiroglobulina 
iodada 
Tirosina Triptofano Pré-pró-hormônio5 
Solubilidade Hormônio hidrofóbico Hormônio hidrofílico 
Armazenamento Sem armazenamento. É 
produzido de acordo com a 
demanda e é liberado 
rapidamente por difusão 
Vesículas intracelulares 
Transporte Ligado à proteínas 
carreadores 
Dissolvido no plasma 
Receptor Intracelular 
* hormônios da tireoide também 
têm receptores transmembrana 
Transmembrana 
Efeito Rápido ou lento Rápido 
Metabolismo dos hormônios 
A inativação dá-se por meio de uma série 
de mecanismos, que são específicos para cada 
tipo de hormônio, sendo os mais comuns a 
inativação enzimática, eliminação hepática pela 
bile e depuração renal6. 
A dissociação do hormônio de seu 
receptor frequentemente ocorre em resultado à 
diminuição da concentração plasmática do 
hormônio. Portanto, os efeitos dos hormônios 
são proporcionais às suas concentrações no 
sangue. 
Essa concentração é determinada 
principalmente por dois fatores: a taxa de síntese 
do hormônio pelas células endócrinas e sua taxa 
de eliminação dos fluidos do corpo. Em condições 
normais, a concentração é determinada pela taxa 
de síntese. 
Controle da secreção hormonal 
A liberação e, portanto, a concentração da 
maioria dos hormônios na circulação é controlada 
por mecanismos de regulação por feedback. 
Feedback negativo: a concentração do 
hormônio no sangue inibe a sua síntese. No 
hipotálamo há 2 níveis de feedback negativo: 
 
5 Um pré-pró-hormônio é uma proteína precursora para um pró-hormônio, que por sua vez dará origem ao hormônio 
peptídeo. 
6 Depuração renal é a eliminação de substâncias na urina. 
7 Os hormônios tróficos são aqueles produzidos pela hipófise e que atuam sobre outras glândulas endócrinas (tireoide, 
suprarrenal, gônadas) regulando suas secreções. 
 Feedback de alça longa: síntese e 
secreção inibidas por hormônios 
produzidos em glândulas periféricas 
(ex.: ação inibitória da testosterona 
sobre o hipotálamo). 
 Feedback de alça curta: síntese e 
secreção inibidas por hormônios 
hipofisários. 
Feedback positivo: a concentração do 
hormônio no sangue estimula a sua secreção. Ex.: 
ocitocina durante o parto, que é liberada em 
quantidades cada vez maiores toda vez que o feto 
avança e dilata um porco mais a cérvix até que 
seja totalmente expulso. 
O sistema de controle mais importante é 
o de feedback negativo feito entre o hipotálamo 
e a hipófise, no qual o aumento na secreção de 
hormônios dos órgãos-alvo resulta em 
diminuição na secreção do hormônio trófico7. 
Se a concentração do hormônio liberado 
pelo órgão-alvo (ex.: testosterona pelo testículo) 
ultrapassa os limites fisiológicos, ocorre uma 
interrupção da produção do hormônio liberador 
no hipotálamo (ex.: GnRH) e a secreção do 
hormônio trófico (ex.: LH) pela adeno-hipófise 
diminui, reduzindo também a produção do 
hormônio pelo órgão-alvo. 
 
5 Nathália Brendler | Med. Vet. | Fisiologia endócrina 
 
 
Componentes do sistema endócrino 
 
Hipotálamo 
É responsável por interligar os sistemas 
nervoso e endócrino. Interpreta informações 
oriundas dos nervos e outras partes do encéfalo 
e envia o comando para a hipófise através da 
secreção de fatores de liberação (peptídeos e 
aminas). 
Os hormônios hipotalâmicos são: 
 TRH (hormônio liberador de tirotrofina) – 
estimula a liberação de TSH pela adeno-
hipófise. 
 GnRH (hormônio liberador de 
gonadotrofina) – estimula a liberação de 
FSH e LH pela adeno-hipófise. 
 GHRH (hormônio liberador de GH8) –
estimula a liberação de GH pela adeno-
hipófise. 
 GHIH (hormônio inibidor de GH) – inibe a 
liberação de GH pela adeno-hipófise. 
 
8 O GH (hormônio do crescimento) também é chamado de somatotrofina. 
 CRH (hormônio liberador de 
corticotrofina) – estimula a liberação de 
corticotrofina pela adeno-hipófise. 
 Hormônio liberador de prolactina. 
 Hormônio inibidor de prolactina. 
Hipófise 
Produz hormônios tróficos e hormônios 
que causam um efeito biológico diretamente nos 
tecidos. É dividida em adeno-hipófise e neuro-
hipófise. 
1) Adeno-hipófise: origem nas células epiteliais. 
Produz os hormônios através de interação 
com o hipotálamo. 
Os principais hormônios produzidos são: 
 GH (hormônio do crescimento) –
responsável pelo desenvolvimento de 
ossos e cartilagens, síntese proteica e 
lipólise. 
 PRL (prolactina) – desenvolvimento da 
glândula mamária e síntese do leite. 
 TSH (hormônio estimulante da 
tireoide) – atua na glândula tireoide 
determinando a diferenciação, síntese 
e secreção dos hormônios 
tireoidianos. 
 FSH e LH 
o FSH: no macho estimula a 
espermatogênese; na fêmea o 
crescimento folicular; secreção 
de estradiol em ambos sexos 
o LH: no macho a produção de 
testosterona; na fêmea a 
ovulação e secreção de 
progesterona. 
 ACTH (corticotrofina) – estimula a 
secreção de esteroides do córtex 
adrenal. 
2) Neuro-hipófise: origem nervosa (é uma 
extensão do hipotálamo dentro da hipófise). 
Armazena e libera hormônios de origem 
hipotalâmica: 
 Vasopressina ou ADH (hormônio 
antidiurético) – regula a diurese. É 
liberada quando a osmolaridade 
plasmática diminui e atua na absorção 
 
6 Nathália Brendler | Med. Vet. | Fisiologia endócrina 
de água no CTD e ducto coletor, 
tornando a urina mais concentrada e 
aumentando a volemia. 
O déficit deste hormônio esta 
correlacionado com a diabetes 
insipidus. 
Produzida a partir do pré-pró-
hormônio pressofisina. 
 Ocitocina – responsável pela 
contração das células mioepiteliais e 
dos alvéolos da glândula mamária 
para ejeção do leite; contração uterina 
durante o parto e o ato sexual. É 
inibida pela progesterona. 
Produzida a partir do pré-pró-
hormônio oxifisina. 
 
 
Tireoide 
Os hormônios tireoidianos são o T3 (tri-
iodotironina) e T4 (tiroxina). A T3 é mais ativa e é 
formada pela desiodação da T4. 
Estes hormônios são os determinantes 
primários do metabolismo basal provendo a 
maior absorção de glicose, aminoácidos e LDL e 
efeito catabólico sobre lipídeos, proteínas e 
carboidratos. 
O hipotálamo, a hipófise e a tireoide 
trabalham em conjunto na regulação da 
quantidade de hormônios tireoidianos presentes 
no organismo. 
O hipotálamo libera o TRH que estimula a 
liberação de TSH pela adeno-hipófise. Por sua vez, 
o TSH atua na glândula tireoide determinando a 
 
9 Não confundir somatostatina (inibidora de gastrina) com somatotrofina (hormônio do crescimento). 
diferenciação, síntese e secreção dos hormônios 
tireoidianos (T3 e T4). 
A secreção da TSH é regulada pelos 
hormônios tireoidianos, que inibem a síntese do 
TRH pelo hipotálamo por meio de feedback 
negativo. 
 
 O hipotireoidismo é caracterizado por 
problemas relacionados com a produção de 
hormônios tireoidianos, TRH ou TSH, o que 
provoca a redução geral do metabolismo. É mais 
comum em cães. 
O hipertireoidismo é causado pela 
hiperplasia da glândula tireoide e gera um 
aumento da taxa metabólica basal. É recorrente 
em gatos. 
Pâncreas endócrino 
O pâncreas é uma glândula mista, ou seja, 
tem função endócrina (hormônios) e exócrina 
(enzimas digestivas). 
A porção endócrina é composta pelas 
ilhotas de Langerhans que contêm quatro tipos 
celulares, cada um produtor de um hormônio 
diferente. 
a) Células β: produzem insulina. São as 
mais numerosas. 
b) Células α: glucagon. 
c) Células D: somatostatina9. 
d) Células F ou PP: polipeptídio 
pancreático (antagonista da 
colecistoquinina). 
 
 
7 NatháliaBrendler | Med. Vet. | Fisiologia endócrina 
A síntese da insulina, similar a dos demais 
hormônios peptídeos, começa com a formação 
de um pré-pró-hormônio que é clivado em pró-
hormônio (pró-insulina) no RER. Ao ser 
transferida para o complexo de Golgi, a pró-
insulina é processada e reservada em grânulos. 
É secretada em resposta à hiperglicemia 
através da exocitose dos grânulos. 
 O glucagon é antagônico à insulina e 
liberado a fim de manter a normoglicemia 
quando os níveis séricos de glicose atingem os 
níveis basais. 
A porção exócrina do pâncreas é formada 
por glândulas acinosas que secretam diversas 
enzimas, como tripsinogênios, 
quimiotripsinogênio, fosfolipases, amilases e 
lipases. São liberadas na luz do intestino delgados 
quando necessário sob o controle da CCK, 
produzida no intestino delgado.

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