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20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/42 INJEÇÃO ELETRÔNICA AUTOMOTIVA AULA 2 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/42 Prof. Anderson GabardoCONVERSA INICIAL Nesta aula, estudaremos o processo de combustão e como interferir nele para otimizar o desempenho dos motores tanto em potência como em eficiência energética. Veremos também a injeção eletrônica como recurso para diminuir índices de emissão de gases tóxicos ao meio ambiente. Também estudaremos a evolução dos sistemas de injeção eletrônica e suas principais características. Por fim, entenderemos os sistemas de combustível que viabilizam a maior eficiência do sistema de injeção eletrônica. TEMA 1 – COMBUSTÃO Antes de entendermos os sistemas de gerenciamento eletrônico dos motores, precisamos ter plena consciência dos processos que viabilizam seu funcionamento. Sabemos que a combustão é a base para o funcionamento de nossos motores. Precisamos então entender todos os fatores que interferem no processo de combustão, entender também que o melhor processo da combustão resultará em melhor desempenho do veículo e quanto maior for a eficiência energética do sistema, menor será o consumo de combustível e sua consequente diminuição na emissão de gases nocivos ao meio ambiente. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/42 1.1 PROCESSO DE COMBUSTÃO Para o processo de combustão, é preciso entendermos a relação básica de queima, sabendo que, nesse processo, todos os componentes são fundamentais e que existe uma relação que torna a queima mais eficiente. Figura 1 – Processo de combustão Crédito: Vectormine/Shutterstock. 1.1.1 COMBUSTÃO INTERNA Sabemos que o processo de queima do combustível dentro do motor exige que seus ciclos sejam precisamente sincronizados. Além disso, devem ocorrer em velocidades muito específicas e em uma relação ótima de quantidade e tempo. Precisamos entender todos os fatores que interferem na combustão interna, desde o tipo até a quantidade de combustível injetada em relação à quantidade de ar admitido, e por fim, a intensidade e o momento em que a centelha será lançada. Todos esses fatores interferirão no desempenho do motor. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/42 O que diferencia a combustão da explosão é o tempo, o controle e o efeito das reações. Figura 2 – Combustão interna Crédito: Yucelyilmaz/Shutterstock. 1.2 AR Vimos que, para que exista a queima do combustível, é necessária a presença de oxigênio (O). Esse elemento está presente no ar que respiramos em uma composição média de 21%; o restante desse gás é de aproximadamente 78% de nitrogênio (N) e 1% de outros gases. Nos motores, é fundamental controlar a massa de ar que é admitida na câmara de combustão. Em motores mais antigos, esse controle era essencialmente mecânico, dosado pela borboleta aceleradora e pelas válvulas de admissão. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/42 Nos motores com sistemas de gerenciamento eletrônico, o volume do ar, bem como sua temperatura são medidos por sensores específicos. Com base nessa informação é determinada a massa de combustível que será incluída à mistura. 1.3 COMBUSTÍVEL O combustível é obviamente fundamental no processo de combustão do motor. Sua quantidade de energia interna é chamada de poder calorífico; quanto maior o poder calorífico, maior será a quantidade de energia liberada por sua queima. Basicamente, nos motores de ciclo Otto, encontramos dois tipos de combustíveis, gasolina e etanol. O poder calorífico do etanol é de 29 KJ/g, e o da gasolina é de 44 KJ/g. 1.3.1 GASOLINA A gasolina é obtida por intermédio do refino do petróleo e é composta basicamente por componentes orgânicos. É um composto de hidrocarbonetos, contendo oito átomos de carbono (C) e 18 de hidrogênio (H) – (C8H18). Vários componentes químicos são adicionados à gasolina, como anticorrosivos, corantes e detergentes, que são chamados de aditivos. A gasolina comercializada no Brasil, segundo a resolução 807/2020 da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), tem massa de 715 kg/m³ e octanagem de pelo menos 92 octanas de acordo com a 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 6/42 metodologia RON (research octane number, ou “método de pesquisa”). A segunda fase, prevista na Resolução ANP 807/2020 para janeiro de 2022, estabelece que a octanagem mínima pela metodologia RON passará de 92 para 93. O percentual de etanol anidro é de 27% nas gasolinas comuns e de 25% na gasolina aditivada. A função da gasolina aditivada é limpar as partes que entram em contato com o combustível líquido (tanque, bomba, tubulação, bicos injetores, válvula de admissão, câmera de combustão e cabeçote). Nas gasolinas aditivadas, existe um aditivo detergente/adstringente que realiza essa limpeza. Elas recebem a adição de um corante para serem diferenciadas das gasolinas comuns. 1.3.2 ETANOL O etanol (álcool etílico) é derivado de cereais e vegetais. No Brasil, utiliza-se a cana-de-açúcar como matéria-prima. É um combustível composto de hidrocarbonetos oxigenados, contendo dois átomos de carbono, seis átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio (C2H5OH). O etanol utilizado no Brasil é hidratado com 5% a 6% de água. Por conter oxigênio na molécula, o etanol tem um poder calorífico menor que o da gasolina, uma vez que o oxigênio (responsável por 34,7% do peso do etanol) aumenta o peso molecular e não produz energia. O álcool anidro é utilizado em mistura com gasolina no Brasil, nos Estados Unidos, na União Europeia, no México, na Índia, na Argentina, na Colômbia e no Japão. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 7/42 Existe um grande benefício ambiental associado ao uso de etanol, pois cerca de 2,3 t de CO2 deixam de ser emitidas para cada tonelada de etanol combustível utilizada. O etanol apresenta alta resistência à detonação (como se tivesse alta octanagem, embora não contenha octanas) e baixo poder calorífico (gera menos energia na queima que a gasolina). Por essas características, o motor a etanol precisa utilizar taxas de compressão mais elevadas e requer uma relação estequiométrica diferente dos motores movidos à gasolina, ou seja, a mistura ar- combustível precisa ser mais rica. Na prática, o motor a etanol pode gerar mais potência e torque, com aumento no consumo de combustível. O etanol é hidratado, ou seja, tem em média 5% de água em sua composição e apresenta menor poluição ambiental, elevação na potência do motor, combustão mais lenta, maior poder antidetonante e maior compressibilidade sem entrar em autoignição. 1.3 ESTEQUIOMETRIA A mistura ideal ou estequiométrica é a relação ideal de ar/combustível, é o número de partes de ar misturado a uma parte de combustível, medida por sua massa. É a mistura ideal para o melhor rendimento do motor e que proporciona menor nível de emissões de gases poluentes. A chamada razão ar/combustível (AC) – em inglês, air-fuel (AF) – é a razão entre a massa de ar e a massa de combustível contida na mistura. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/42 Define-se o lambda (λ) da mistura como a razão entre a mistura ar- combustível real e a mistura ar-combustível estequiométrica: λ= ACreal/ACe Em que: λ = Razão entre mistura ar-combustível AC real = mistura ar-combustível encontrada AC e = mistura ar-combustível estequiométrica (ideal). Tabela 1 – Mistura ideal Combustível Partes de ar Partes de combustível Etanol 9 1 Gasolina 13 1 Fonte: Gabardo, 2021. 1.3.1 TIPOS DE MISTURA Na relação estequiométrica, encontraremos três tipos de misturas: pobre, rica e ideal. A mistura pobre tem maior quantidade de ar para reagir com o combustível na câmara de combustão (λ >1). Quadro 1 – Misturapobre (λ >1) 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/42 Mistura pobre (λ >1) Menor velocidade de queima Aumento de temperatura da câmara de combustão. Menor emissão de poluentes Fonte: Gabardo, 2021. Já a mistura rica tem menor quantidade de ar para reagir com o combustível na câmara de combustão (λ < 1). Quadro 2 – Mistura rica (λ < 1) Mistura rica (λ <1) Maior velocidade de queima Maior formação de resíduos na câmara (carbonização) Maior emissão de poluentes Fonte: Gabardo, 2021. A mistura ideal ou estequiométrica é em que teremos a maior eficiência na queima do combustível, ou seja, em que a maior parte da queima do combustível será transformada em energia. Quadro 3 – Mistura estequiométrica ou ideal (λ = 1) Mistura estequiométrica ou ideal (λ = 1) Fonte: Gabardo, 2021. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/42 1.3.2 SUBPRODUTOS DA QUEIMA Em uma combustão completa (mistura ideal), os materiais resultantes da reação são (H2O) e dióxido de carbono (CO2); o nitrogênio (N) e outros gases contidos no ar passam inalterados pelo processo de combustão. Porém, quando ocorre a combustão incompleta (mistura rica), são produzidos além do CO2 e do H2O: CO (monóxido de carbono); HC (hidrocarbonetos) – podemos considerar como combustível não queimado (HC é um dos componentes na formação de ozônio, o que, por sua vez, dá origem à névoa seca); Nox, ou óxidos de nitrogênio – o nitrogênio se junta com o oxigênio nas altas temperaturas da câmara de combustão (NOx também são componentes importantes na formação de ozônio). Outros componentes do combustível (enxofre, por exemplo), por sua vez, darão origem a gases nocivos à saúde e ao meio ambiente. Quando a mistura é pobre, ou seja, tem menos combustível que o necessário em relação à massa de ar parte do oxigênio, não é utilizado na queima, tornando a combustão ineficiente e também elevando o nível de emissões. 1.4 TAXA DE COMPRESSÃO 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/42 Taxa de compressão é a relação entre o volume de um dos cilindros do motor com seu pistão no ponto morto inferior (PMI) e o volume da mesma câmara de combustão com seu pistão no ponto morto superior (PMS). A taxa de compressão indica quantas vezes o volume da mistura é comprimido desde o pistão no PMI até o PMS. Assim, uma taxa de compressão de 12:1, por exemplo, indica que a mistura é comprimida doze vezes. A taxa de compressão é adequada ao combustível utilizado, pois a mistura, quando comprimida, se aquece, o que pode se tornar superior ao ponto de fulgor do combustível e provocar a detonação espontânea. A taxa de compressão utilizada para motores que trabalham com um único combustível é de 14:1 para o álcool e de 9,5:1 para gasolina. 1.4.1 DETONAÇÃO O fenômeno da detonação é também conhecido por autoignição ou batida de pino. Em condições normais, quando o pistão está prestes a chegar ao ponto morto superior, ocorre a emissão da centelha que provoca a queima do combustível progressivamente por meio de uma frente de chama que queima toda a mistura admitida. A detonação geralmente ocorre nas extremidades dos pistões e pode ser comparada a uma explosão ou combustão fora do momento programado. Por 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/42 exemplo, quando o pistão ainda está subindo comprimindo, a mistura e essa frente de chama já inicia um processo de combustão, que provoca um ruído metálico característico semelhante à batida de pinos. Quadro 4 – Fatores que causam a detonação Fatores que causam a detonação são: carbonização na câmara de combustão; alta taxa de compressão; alta temperatura do motor; turbulência da mistura ar/combustível; avanço de ignição; qualidade do combustível. Fonte: Gabardo, 2021. TEMA 2 – HISTÓRICO DA INJEÇÃO ELETRÔNICA Para entendermos os sistemas de injeção eletrônica, é muito importante conhecermos as evoluções dos sistemas. Veremos agora os tipos de injeção eletrônica e suas características, sua evolução histórica e os benefícios que os sistemas trouxeram aos veículos e ao meio ambiente. Conheceremos também as estratégias adotadas ao longo dos anos, o que nos ajudará a entender o desempenho dos primeiros veículos com injeção eletrônica no Brasil e no mundo. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/42 2.1 EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE INJEÇÃO DE COMBUSTÍVEL Os motores eram alimentados de combustível por carburadores, que por efeito venturi “carburavam” o combustível juntamente com o ar aspirado pelos cilindros formando a mistura que seria queimada no processo interno de combustão. Por ser totalmente mecânico, esse sistema sempre teve suas limitações e, desde 1937, se buscou alternativas para melhorar a injeção de combustível nos motores. No Quadro 5 está listada uma série histórica que nos ajudará a compreender essa evolução. Quadro 5 – Série histórica 1937 A injeção mecânica direta é aplicada em motores de aviação. 1951 A injeção mecânica direta é aplicada nos carros de corrida nas 500 milhas de Indianápolis. 1954 Instalada injeção de combustível no tubo de admissão dos carros de corrida. 1957 Surge a injeção eletrônica, desenvolvida pela Bendix estadunidense que trouxe o projeto “Electrojector”. 1958 Chrysler implanta o Electroinjetor nos automóveis Chrysler 300D, Dodge D-500, Plymouth Fury ano e DeSoto (apenas 35 veículos foram equipados com esse sistema). 1960 Bendix vende as suas patentes do Electrojector à alemã Bosch, que modifica o sistema passa a chamá-lo de D-Jetronic. 1967 O primeiro carro a receber o Bosch D-Jetronic foi um VW TL/E 1600, Kombi e Fusca. 1968 Sistema de injeção pulsado com controle eletrônico chamado deD-Jetronic Bosch. Foi aplicado nos VW, Opel, Mercedes-Benz e Volvo. 1974 Lançado o L-Jetronic, que significa “ar”. Novo sistema com sensor de fluxo de ar e de pressão atmosférica, aplicado no Porsche. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/42 1974 Sistema de injeção L-Jetronic Bosch. Aplicado nos VW, Opel, BMW e Fiat. 1979 Sistema de injeção Motronic Bosch com controle eletrônico simultâneo de injeção e ignição com uma unidade de comando. Aplicado nos automóveis Porsche e BMW. 1980 A Motorola ganhou destaque lançando o EEC-III. 1981 Sistema de injeção LH-Jetronic Bosch. Aplicado nos veículos Volvo. 1982 Sistema de injeção KE-Jetronic Bosch com injeção contínua eletromecânica, controle de pressão de combustível e emissão de poluentes. Aplicado nos automóveis Mercedes-Benz. 1986 Sistema de injeção KE-Jetronic Bosch com injeção contínua eletromecânica de combustível. Aplicado nos veículos VW Fox para exportação. Fonte: Gabardo, 2021. 2.1.2 CHEGADA DA INJEÇÃO NO BRASIL O Brasil ainda contava com uma economia muito fechada, portanto, a injeção eletrônica chegou somente 28 anos depois, nos Gol GTi 1988 modelos 1989. O Modelo LE Jetronic + EZK também equipou os General Motors Monza 500EF e Kadet GSi, os Fiat Uno 1.5 IE e Elba Top; mais tarde, esse sistema também equipou o Escort XR3. Quadro 6 – Série histórica no Brasil 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/42 Fonte: Gabardo, 2021. 2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE INJEÇÃO ELETRÔNICA Mesmo os sistemas de injeção mais modernos apresentam suas classificações. Veremos agora as classificações dos sistemas de injeção eletrônica desde os primeiros modelos até os atuais e suas diferenças. Poderemos inicialmente classificar os sistemas como ponto único de injeção de combustível ou múltiplos pontos de injeção de combustível. 2.2.1 MONOPONTO DE INJEÇÃO Nos sistemas de injeção eletrônica monoponto, teremos apenas um ponto de alimentação de combustível o qual chamaremos de corpo de borboleta Throttle Body Injection (TBI). No TBI, poderemos ter um ou mais eletroinjetores (bico). Esse sistema monoponto é classificado como Eletronic Fuel Injection(EFi) – GM –, Single point Injection (SPi) – Fiat – ou Central Fuel Injection (CFi) – Ford e 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/42 VW. Figura 3 – Monoponto de injeção Crédito: Elias Dahlke. Nesses sistemas, o corpo de borboletas (TBI) suporta o eletroinjetor e outros sensores, como o sensor de posição da borboleta aceleradora, o sensor de temperatura do ar, além do atuador de marcha lenta. O grande problema desse sistema é que a mistura ar/combustível precisa necessariamente percorrer os tubos de admissão até ser admitida pelo cilindro. Além disso, as distâncias a serem percorridas pela mistura podem variar e causar desequilíbrio de combustão entre os cilindros. 2.2.2 MÚLTIPLOS PONTOS DE INJEÇÃO Nos sistemas de injeção eletrônica de múltiplos pontos, há um ponto de alimentação de combustível para cada cilindro. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 17/42 Teremos então um tubo distribuidor que alimentará os eletros injetores de combustível sob a mesma pressão. Para esse sistema também teremos nomenclaturas diferentes dadas por cada montadora: Multi Point Fuel Injection (MPFi), pela General Motors; Multi point Injection (MPi), por VW e Ford. Importante sempre é sabermos diferenciar os sistemas que chamaremos de monoponto dos sistemas multiponto. Figura 4 – Múltiplos pontos de injeção Crédito: Elias Dahlke. 2.3 MÉTODOS DE INJEÇÃO DE COMBUSTÍVEL Apesar de muito semelhantes, os sistemas multipontos apresentam diferenças consideráveis em suas estratégias de funcionamento, principalmente na sequência de acionamento dos eletroinjetores. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 18/42 Como vimos nos sistemas multipontos, o tubo distribuidor alimentará com combustível sob pressão todos os eletroinjetores enquanto a central de gerenciamento eletrônico do motor comandará eletricamente os eletroinjetores para que estes possibilitem a passagem de combustível sob pressão para cada cilindro. Lembrando que teremos somente um cilindro em cada fase de funcionamento, ou seja, mesmo que o cilindro número 01 e número 04 tenham movimentos solidários, somente um deles chegará ao PMS comprimindo a mistura. Se em nosso exemplo o cilindro 01 estiver se deslocando para o PMS comprimindo a mistura, o cilindro 04 se deslocará para o PMS expulsando os gases provenientes da combustão. Veremos agora quais são esses métodos de injeção. 2.3.1 FULL GROUP Nos sistemas de injeção eletrônica que se utilizam dessa metodologia, todos os eletroinjetores serão acionados ao mesmo tempo. Ou seja, se temos um motor de quatro cilindros, todos os quatro injetores serão acionados simultaneamente pela central de gerenciamento do motor. Figura 5 – Full Group 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 19/42 Crédito: Elias Dahlke. 2.3.2 SEMISSEQUENCIAL Nos sistemas de injeção eletrônica multi point semissequenciais, os eletroinjetores serão acionados de dois em dois, sempre nos cilindros síncronos, ou seja, em motores de quatro cilindros o eletroinjetor 01 será acionado simultaneamente ao eletroinjetor 04. Na próxima sequência, o eletroinjetor do cilindro 02 será acionado ao mesmo tempo que o eletroinjetor do cilindro 03. Sempre o cilindro que estiver em fase de admissão arrastará maior massa de combustível para si. Figura 6 – Semissequencial 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 20/42 Crédito: Elias Dahlke. 2.3.3 SEQUENCIAL FASADO Nos sistemas sequenciais, teremos um melhor aproveitamento de combustível e maior eficiência do sistema. Nesse sistema, teremos cada eletroinjetor injetando combustível de maneira independente e somente no momento que a válvula de admissão inicia o processo de abertura. Esse sistema necessita de maior capacidade no processamento de dados além de mais informações mecânicas do motor. A principal fonte de informações desse sistema é o sensor de fase do comando de válvulas. Por meio da informação desse sensor, a central reconhece a posição dos cames do comando, sabendo assim a posição da válvula de admissão e podendo calcular o momento exato de comandar o eletroinjetor. Figura 7 – Sequencial fasado 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 21/42 Crédito: Elias Dahlke. Figura 8 – Válvula de admissão Crédito: Elias Dahlke. 2.3.4 SISTEMAS DE INJEÇÃO DIRETA São os sistemas mais modernos de injeção eletrônica, conhecidos também como sistemas de injeção estratificada. Eles apresentam dois sistemas de combustível, sendo um de alta e outro de baixa pressão, além de ter uma 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 22/42 capacidade de cálculo de informações infinitamente superior aos sistemas anteriores. Os eletroinjetores não estão mais localizados nos tubos de admissão e sim diretamente no motor em que o combustível é lançado à alta pressão, diretamente na câmara de combustão. Veremos mais detalhadamente esses sistemas; por hora, vamos entender suas diferenças e já reconhecer suas nomenclaturas. Gasoline Direct Injection (GDI): um injetor para cada cilindro do motor, localizados na câmara de combustão. Fuel Stratified Injection (FSI); Turbo Stratified Injection (TSI). TEMA 3 – SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTÍVEL Veremos agora como se dá a alimentação de combustível nos veículos com injeção eletrônica: seus componentes, as estratégias de funcionamento e os subsistemas que auxiliam na diminuição da emissão de poluentes. Veremos também os detalhes de funcionamento da bomba de combustível e as boas práticas de manutenção. Além disso, estudaremos com detalhes os componentes periféricos e entenderemos sua influência em possíveis defeitos do sistema de injeção eletrônica. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 23/42 Entendendo a estratégia de funcionamento é muito mais simples solucionarmos problemas que muitas vezes ficam ocultos, causando falhas graves no funcionamento do veículo. 3.1 FUNÇÕES DO SISTEMA DE COMBUSTÍVEL O sistema de combustível apresenta quatro funções básicas: armazenar o combustível com segurança; pressurizar de maneira uniforme o combustível por todo seu circuito, para que este possa ser injetado na câmera de combustão; filtrar o combustível impedindo que partículas sólidas sejam admitidas pelo motor e enviar para a admissão do motor a massa de combustível necessária no tempo correto para a melhor combustão do motor. Figura 9 – Funções do sistema de combustível Crédito: Elias Dahlke. Figura 10 – Partes do sistema 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 24/42 Crédito: Elias Dahlke. 3.1.1 RESERVATÓRIO DE COMBUSTÍVEL A principal função do tanque de combustível é armazená-lo com segurança e garantir uma boa autonomia ao veículo. Figura 11 – Reservatório de combustível Crédito: Maksim Vivtsaruk/Shutterstock. Tanques mais antigos eram construídos em metal; a maioria dos atuais é construída em material plástico, com maior resistência à oxidação e alguma capacidade de se conformar em caso de acidentes. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 25/42 3.2 PRESSÃO DO COMBUSTÍVEL A bomba de combustível pressuriza o combustível armazenado no tanque para possibilitar que sua pulverização cause uma mistura mais homogênea ao ar e, consequentemente, uma melhor queima no interior do cilindro. O sistema de pressurização é composto pelo módulo da bomba de combustível, mangueiras de alta resistência, válvula reguladora de pressão e tubo distribuidor. Figura 12 – Bomba de combustível Crédito: Dima Aletskyi/Shutterstock. 3.2.1 MÓDULO DA BOMBA DE COMBUSTÍVEL O módulo da bomba de combustível é um conjunto de componentes que, em geral, se localiza dentro do tanque de combustível. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 26/42 Aqui encontraremos a bomba de combustível,o “copo”, a válvula reguladora de pressão (dependendo do projeto do veículo), o sensor de nível de combustível, mangueiras e os chicotes elétricos. Vamos entender melhor cada um desses componentes a seguir. 3.2.2 BOMBA DE COMBUSTÍVEL Figura 13 – Bomba de combustível Crédito: Bespaliy/Shutterstock. A bomba de combustível é um motor elétrico de corrente contínua com escovas e turbinas internas que pressurizam o combustível. Essa bomba é comandada pela central de gerenciamento eletrônico do motor. Como vimos, a central de gerenciamento eletrônico do motor não tem capacidade de corrente suficiente para comandar um motor elétrico como o da bomba, para isso utilizaremos um relé temporizador que receberá o comando de baixa corrente da central e chaveará um circuito de corrente maior capaz de alimentar a bomba de combustível. Figura 14 – Gerenciamento eletrônico do motor 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 27/42 Crédito: Maksim Vivtsaruk/Shutterstock. Esse circuito sempre será protegido por fusível. Figura 15 – Fusível Créditos: Sharomka/Shutterstock; Kawee Chantapakul/Shutterstock. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 28/42 Obviamente, a bomba de combustível é componente fundamental para o funcionamento do motor. Como o etanol ou a gasolina tem uma densidade relativamente baixa, a bomba trabalha internamente com variações de volumes muito pequenas, logo, qualquer componente sólido pode danificar permanentemente o funcionamento da bomba. Para prevenir essa situação, são instalados pré-filtros de combustível que impedem a entrada dessas eventuais partículas que estejam no tanque de combustível. Figura 16 – Pré-filtros de combustível Crédito: Ruslan Kudrin/Shutterstock. Esses pré-filtros apresentam uma malha relativamente pequena para impedir a entrada de partículas sólidas na bomba, porém, com o tempo de utilização de combustível adulterado ou contaminado, elas podem ser também contaminadas e diminuir ou até impedir a entrada de combustível para o interior da bomba. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 29/42 Essa contaminação pode ocasionar defeito permanente às estruturas internas da bomba de combustível, uma vez que é o próprio combustível quem refrigera e lubrifica os componentes internos da bomba. Portanto, sempre que se fizer manutenção no tanque ou na bomba de combustível, o tanque deve ser limpo e os pré-filtros devem ser substituídos. 3.2.3 COPO DA BOMBA O combustível no interior do tanque se desloca com o movimento do veículo e seu nível (quantidade) vai variar conforme sua utilização prolongada, que podem em alguns momentos deixar a bomba de combustível sem alimentação causando falhas sérias e até a parada do motor em momentos específicos. Para evitar que isso ocorra, as bombas são montadas em um “copo”. Mesmo com o nível de combustível baixo no tanque, o copo se mantém inundado e a bomba sempre alimentada. Outra estratégia também utilizada é que a mangueira de retorno de combustível alimente diretamente o copo, mantendo-o assim sempre com bom nível de combustível independentemente da quantidade de combustível no tanque. Figura 17 – Copo da bomba 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 30/42 Crédito: Sharomka/Shutterstock. TEMA 4 – REGULADOR DE PRESSÃO E FILTRO Vimos anteriormente como o combustível é armazenado e pressurizado pelas linhas de combustível. Veremos agora como manter essa pressão constante e como filtrar partículas sólidas que podem ser extremamente prejudiciais ao funcionamento do motor. 4.1 VÁLVULA REGULADORA DE PRESSÃO O combustível precisa ser enviado aos eletroinjetores com pressão constante. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 31/42 Para compensar as variações de rotação que a bomba pode ocasionar é instalada uma válvula reguladora de pressão, que possui uma mola calibrada. À medida que a pressão do combustível vence a carga da mola, a válvula possibilita o retorno do combustível ao tanque. Figura 18 – Válvula reguladora de pressão Crédito: Elias Dahlke. Figura 19 – Válvula reguladora de pressão Crédito: Bachtub Dmitrii/Shutterstock. 4.1.1 SISTEMAS DE RETORNO DE COMBUSTÍVEL 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 32/42 Com o passar dos tempos, temos diferentes diagramas de retorno de combustível. Figura 20 – Sistema tradicional Fonte: Gabardo, 2021. Figura 21 – Sistema de retorno curto Fonte: Gabardo, 2021. Figura 22 – Sistema de retorno interno 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 33/42 Fonte: Gabardo, 2021. 4.1.2 TUBO DISTRIBUIDOR O tubo distribuidor é o alojamento dos eletroinjetores e os alimenta com combustível. Essa peça deve alimentar os eletroinjetores com a mesma quantidade e pressão de combustível. Figura 23 – Tubo distribuidor Crédito: Elias Dahlke. 4.2 FILTRO DE COMBUSTÍVEL 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 34/42 O filtro de combustível é dos componentes mais importantes para se manter a integridade do sistema. Ele impede que partículas sólidas que porventura estejam no tanque de combustível sejam conduzidas até o motor. O filtro de combustível deve ser substituído a cada 10.000 km ou sempre que se fizer manutenção no sistema de injeção eletrônica. Com o tempo, partículas internas do filtro podem se soltar prejudicando sensivelmente o funcionamento do motor. Figura 24 – Filtro de combustível Crédito: Vlad Kochelaevskiy/Shutterstock. O filtro apresenta uma seta indicativa de fluxo de combustível, que deve sempre ser respeitada. Em caso de colocação invertida, se a bomba for acionada, é necessária a substituição do filtro. Figura 25 – Filtro de combustível 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 35/42 Crédito: AlexLMX/Shutterstock. TEMA 5 – ELETROINJETORES Veremos agora componentes fundamentais para o bom funcionamento do motor, os eletroinjetores. Como são atuadores que funcionam por princípios do eletromagnetismo, podemos chamá-los então de eletroválvulas. Os eletroinjetores apresentam orifícios muito finos e especialmente desenhados para direcionar o combustível de forma mais pulverizada possível. Vejamos agora como é o funcionamento, os cuidados e a manutenção dos eletroinjetores. Figura 26 – Eletroinjetores 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 36/42 Créditos: Kellis/Shutterstock; Ohms1999/Shutterstock. 5.1 FUNCIONAMENTO DO ELETROINJETOR O eletroinjetor apresenta uma bobina que, quando alimentada com eletricidade, induz por eletromagnetismo movimentando o embolo no núcleo. Esse movimento possibilita a passagem do combustível sob pressão no tubo distribuidor. A central de gerenciamento do motor determina o tempo que essa válvula ficará acionada estabelecendo a massa de combustível que será injetada no motor. Esse tempo determinará uma relação ar-combustível próxima ao ideal. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 37/42 Resumindo, o eletroinjetor de combustível é um solenoide que, ao ser alimentado pela central de gerenciamento do motor, desloca o êmbolo do núcleo que vence a carga da mola de sua válvula e possibilita que o combustível seja pulverizado (atomizado) no coletor de admissão. 5.1.1 CUIDADOS COM O ELETROINJETOR Os eletroinjetores são componentes extremamente sensíveis tanto em seu manuseio como em sua manutenção. Vejamos agora os principais cuidados que devemos tomar ao manuseá-los. Inicialmente, não podemos alimentar os eletroinjetores diretamente com a bateria, pois em geral as centrais de gerenciamento eletrônico do motor trabalham com tensões de saída menores que as da bateria, e a alimentação é feita em pulsos de milissegundos e não com alimentação constante. Como vimos, os eletroinjetores apresentam orifícios propositalmente muito finos. Logo,qualquer partícula sólida pode danificar o componente, ou pior, atrapalhar sua estanqueidade, ocasionando a passagem direta do combustível para a câmara de combustão. Isso pode resultar em dificuldade na partida, falhas no funcionamento do motor até calço hidráulico no cilindro. Para evitar esses transtornos, os eletroinjetores têm pequenos filtros que podem ser substituídos. Como são afixados ao cabeçote e ao tubo distribuidor, os eletroinjetores têm anéis oring, que vedam a entrada de ar e também absorvem vibrações. Figura 27 – Anéis oring 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 38/42 Crédito: Ohms1999/Shutterstock. 5.2 TESTES DO ELETROINJETOR Veremos agora os principais testes e observações que faremos nos eletroinjetores. Com o auxílio de equipamento específico, realizaremos vários testes importantes nos eletroinjetores. Esse equipamento pressuriza um líquido que simula o combustível nos eletroinjetores; com essa pressurização podemos observar o grau de estanqueidade de cada eletroinjetor, seu leque e a massa de combustível que cada um possibilita passar. Figura 28 – Testes do eletroinjetor 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 39/42 Crédito: Vereshchagin Dmitry/Shutterstock. 5.2.1 TESTE DE ESTANQUEIDADE Ao acoplarmos os eletroinjetores, comandaremos o equipamento de forma que ele os envie líquido sob pressão. Em nossa observação, os eletroinjetores não devem possibilitar nenhuma passagem desse líquido. 5.2.2 TESTE DE VAZÃO Ao comandarmos o equipamento para o teste de vazão, ele alimentará com corrente elétrica todos os eletroinjetores no mesmo período de tempo. Após a parada, observaremos a quantidade de líquido que cada eletroinjetor dispensou em sua bureta, de modo então a comparar a vazão deles. Figura 29 – Teste de vazão 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 40/42 Crédito: Ilmarinfoto/Shutterstock. 5.2.3 TESTE DE LEQUE Quando acionamos o funcionamento contínuo, o equipamento faz funcionar um eletroinjetor de cada vez. Em alguns casos, lançará uma luz para melhor observação do formato do jato do eletroinjetor. O eletroinjetor deverá ter jato em forma de leque, e o jato jamais pode ter forma de gotículas ou “escorrer” o líquido pela bureta, pois caso isso ocorra o eletroinjetor precisa passar por limpeza ultrassônica e o teste precisa ser refeito. Caso o defeito persista, o componente deverá ser substituído. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 41/42 FINALIZANDO Nesta aula, entendemos melhor os processos de combustão e quais os fatores que influenciam a melhor queima. Vimos a importância do combustível e da perfeita estequiometria para o melhor desempenho do veículo e menor impacto no meio ambiente. Entendemos a evolução histórica da injeção eletrônica no mundo e a evolução nos veículos brasileiros. Por fim entendemos o sistema de combustível, seu funcionamento e seus componentes. REFERÊNCIAS BOSCH, R. Manual de tecnologia automotiva. 25 ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2005. PETROBRAS antecipa padrão de 2022 e produz gasolina com maior octanagem. Petrobras, 29 jul. 2020. Disponível em: <https://www.agenciapetrobras.com.br/ Materia/ExibirMateria?p_materia=982932>. Acesso em: 30 jul. 2021. SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL. Sistema de injeção eletrônica dos motores Ford. São Paulo: Senai, 2017. Disponível em: <https://www.reparadorford.com.br/motorcraft/livro-digital/sistema-de-injecao- elet ronica-dos-motores-ford>. Acesos: 30 jul. 2021. 20/03/2022 17:48 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 42/42
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