Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estatística Aplicada Celso Ramos E-book 2 Neste E-book: INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3 TABELAS ��������������������������������������������������������4 Séries Estatísticas ���������������������������������������������������5 DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA ���������10 Variável discreta ���������������������������������������������������� 11 Variável contínua ��������������������������������������������������� 12 Construção da tabela de distribuição ������������������ 13 Limites de classe �������������������������������������������������� 14 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA ��������20 MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL � 23 Média Aritmética ��������������������������������������������������� 23 Mediana ����������������������������������������������������������������� 26 Moda ���������������������������������������������������������������������� 30 CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������34 2 E-book 1 Distribuição de frequência e medidas de posição E-book 2 INTRODUÇÃO Na estatística, os valores de variáveis são apresenta- dos em uma forma sintética com a intenção de dar a você uma visão geral do estudo dos fenômenos� Para um melhor entendimento serão apresentados tabelas, gráficos e sua construção. Além disso, você vai entender o que são as medidas de posição que visam a determinar a maior concentração de valores de uma dada distribuição� Bons estudos! 3 TABELAS Você vai entender como os dados coletados sobre determinado tema são apresentados por meio de tabelas� Qual é o conceito de tabelas? A tabela é um quadro que resume um conjunto de observações� Como é composta uma tabela? Uma tabela é composta por: a) Corpo: conjunto de linhas e colunas; b) Cabeçalho: parte superior que apresenta o con- teúdo das colunas; c) Coluna indicadora: parte da tabela que mostra o conteúdo das linhas; d) Linhas: retas imaginárias que ajudam na leitura dos dados; e) Título: conjunto de informações� Produção de Soja – Brasil: 2001 a 2006 ANOS PRODUÇÃO (1�000 toneladas) 2001 10 2002 13 2003 24 4 Produção de Soja – Brasil: 2001 a 2006 2004 35 2005 23 2006 12 Tabela 1: Fonte: Própria autoria. O que representa uma tabela em estatística? A tabela representa séries estatísticas. Na prática, a tabela tem como função apresentar um fenômeno estatístico de forma resumida. Na tabela 1 foram re- presentados os dados sobre a produção de soja no Brasil, em certo período de tempo. A representação facilita o entendimento dos dados coletados para que você possa interpretar e, se for necessário, tomar decisões. Séries Estatísticas O que é uma série estatística? Série estatística é toda tabela que apresenta distri- buição de um conjunto de dados estatísticos� Você vai encontrar, em vários locais, as tabelas estatísticas como forma de representação de alguma informação� Quais são os tipos de séries estatísticas? Basicamente é possível identificar quatro tipos de séries estatísticas: cronológica, geográfica, especificativa e distribuição de frequência� 5 a) Cronológica: é conhecida por temporal ou histórica, pois os elementos podem ser variáveis (época) ou fixos (local e fenômeno)� As informações ou dados são pro- duzidos ao longo do tempo, por exemplo: anos, meses, dias, bimestres etc� Para melhor entendimento, imagine você como diretor de vendas de uma empresa de produção de compo- nentes eletrônicos para celulares; você deseja verificar a evolução das vendas ocorridas no semestre, mês a mês e seu preço médio� Você solicita ao departamento específico de análise uma tabela que apresente os valores de vendas no período desejado� A tabela solicitada é a cronológica, pois você vai verificar a evolução das vendas no tempo e seus preços médios� Vendas de celulares no semestre – mês a mês SEMESTRE PREÇO MÉDIO (R$) julho 1000 agosto 1200 setembro 1100 outubro 845 novembro 955 dezembro 1400 Tabela 2: Fonte: própria autoria. a) Geográfica: é conhecida também por espacial ou territorial, pois seus elementos podem ser variáveis (local) ou fixos (época e fenômeno). As informações 6 ou dados são produzidos por diferentes regiões ge- ográficas, por exemplo: continentes (europeu, afri- cano, asiático etc�) ou localidades (São Paulo, Rio de Janeiro etc�) Exemplo: seguindo como diretor de vendas da em- presa citada no primeiro exemplo, agora você solicita o comportamento das vendas ocorridas em vários estados brasileiros e a vida útil em anos� A tabela é geográfica, pois você vai verificar as ven- das por região e sua vida útil� Série Geográfica Vendas de celulares – região Estados brasileiros Número de anos Bahia 4 Paraíba 3 Rio de Janeiro 2 São Paulo 2 Santa Catarina 3 Paraná 3 Tabela 3: Fonte: própria autoria. a) Especificativa: é conhecida também por categó- rica ou por categoria, pois seus elementos podem ser variáveis (fenômeno) ou fixos (época e local). As informações ou dados são obtidos nas diferentes categorias de uma mesma variável, pois varia o fenô- 7 meno cores (vermelha, verde, preta etc�) e produtos (celulares, carregadores etc�) Exemplo: após solicitar o comportamento das vendas ocorridas em vários estados brasileiros e a vida útil em anos e uma tabela que apresenta os valores de vendas, agora você solicita o comportamento das vendas de cada um de seus produtos� A tabela é especificada, pois você vai verificar quase produtos são mais vendidos� Série Especificada Vendas de produtos produzidos Tipo de produtos Quantidade (1�000) Celulares 100 Carregadores 34 Fones de ouvido 45 Bateria portátil 18 Caneta touch 5 Capa para celular 80 Tabela 4: Fonte: própria autoria. a) Distribuição de frequências: é conhecida por se- riação, pois elementos podem ser fixos e são apre- sentados por meio de gradações� Os dados ou infor- mações se referem ao fenômeno que é apresentado e são reunidos conforme o grau de magnitude� Exemplo: notas 0 a 2, 2 a 4, 4 a 6 etc.; centímetros: 0 a 15, 15 a 30, 30 a 35. 8 Distribuição de Frequência Notas de 50 alunos numa atividade Notas Número de alunos 0|--- 2 5 2|--- 4 15 4|--- 6 16 6|--- 8 12 8|--- 10 2 Tabela 5: Fonte: própria autoria. Por fim, você deve ter observado que uma série es- tatística possui elementos como o tempo, o espaço e a espécie� Podcast 1 9 https://famonline.instructure.com/files/108405/download?download_frd=1 DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA Vamos dar continuidade em tabelas, destacan- do a mais utilizada para representar dados de um fenômeno� Por que é necessário agrupar os dados coletados? O estudo de determinados fenômenos requer que você faça uma grande coleta de dados numéricos, e essas informações devem ser organizadas e con- densadas em uma tabela com o propósito de facilitar a leitura e interpretação� Como é feita uma tabela de distribuição de frequência? Para que você tenha mais facilidade na construção da tabela é necessário seguir alguns passos� Imagine que você tenha feito uma coleta de dados referente às estaturas de um grupo de colegas de trabalho� O resultado obtido é chamado de dados brutos e foi o seguinte: Dados brutos: 150 cm, 156 cm, 175 cm, 158 cm, 165 cm, 179 cm, 155 cm, 189 cm� O primeiro passo é ordenar, ou seja, colocar em or- dem crescente ou decrescente� A organização dos dados recebe o nome de Rol e fica da seguinte forma: 10 Rol: 150 cm, 155 cm, 156 cm, 158 cm, 165 cm, 175 cm, 179 cm, 189 cm� Variável discreta Como se monta uma tabela de variável discreta? Agrupamos uma sequência. Exemplo: em uma sala de aula, 28 alunos fizeram uma prova valendo de 0 a 5, e foram obtidos os valores seguintes: Tabela de distribuição de frequência - variável discreta Notas dos alunos (Xi) Frequência (fi) 0 1 1 5 2 8 3 5 4 6 5 3 ∑ 28 Tabela 6: Fonte: própria autoria A tabela apresenta uma forma mais simples de entender os valores da distribuição de frequência� Dessa forma você pode responder qual a nota obti- da com maior frequênciapelos alunos� A nota foi 2 porque a maior frequência foi de 8 alunos� 11 Variável contínua Como se constrói uma tabela de distribuição de fre- quência de uma variável contínua? Para que você possa fazer a construção é necessário seguir algumas etapas� Exemplo: dada uma sequência de números, construa uma tabela de distribuição de classes� Sequência de números: 19 20 35 41 18 39 20 36 25 16 15 33 20 28 18 16 39 19 18 20 18 25 15 39 20 37 36 36 36 35 23 35 33 30 16 28 Principais etapas: Construirmos o ROL (colocar os números em ordem crescente): 15 15 16 16 16 16 18 18 18 18 19 19 20 20 20 20 20 23 25 25 28 28 30 33 33 35 35 35 36 36 36 37 39 39 39 41 a) Pegarmos o maior valor do rol e subtrairmos do menor valor do rol� R = 41 – 15 = 26� O número representa o tamanho da sequência� 12 b) Determinarmos a quantidade de classes da sequência� As classes são intervalos de variação da variável� São representadas por i, sendo i = 1, 2, 3, ���K, onde K é o número total de classes da distribuição de frequência� k= 𝑛𝑛 k= 36 # n = significa a quantidade de elementos do ROL = 36 K = quantidade de classes = 6 c) Determinarmos a amplitude da classe, ou seja, o intervalo, através da seguinte fórmula: h = R/K Na sequência apresentada acima temos h = 26/6 = 4,3333� Você deve arredondar para facilitar a medida do intervalo; no exemplo será 5. Construção da tabela de distribuição O menor número da série é o 15, portanto inicia-se a construção das classes a partir dele e vai somando de cinco em cinco� 13 Tabela de distribuição da série Classes Frequência (fi) 15|--- 20 12 20|--- 25 6 25|--- 30 4 30|--- 35 3 35|--- 40 10 40|--- 45 1 ∑ 36 Tabela 7: Fonte: própria autoria. Limites de classe São os extremos de cada classe apresentada. O me- nor número chamamos de limite inferior da classe (li) e o maior número chamamos de limite superior da classe (Li)� Na tabela apresentada temos: 15|----- 20 O número 15 se refere ao limite inferior da classe e o número 20, ao limite superior da classe� FIQUE ATENTO Existe outra forma para determinação do número de classes de uma distribuição de frequência: uti- 14 lizamos a regra de Sturges� Fórmula de Sturges: K = 1 + 3,3, log N, onde N é o número de observa- ções e K é o número de classes� Até agora você observou que existem vários tipos de tabelas e que a distribuição de frequência possui suas particularidades, pois sua montagem requer saber a quantidade de classes que serão utilizadas para representar um fenômeno� Você pode utilizar a fórmula de Sturges e também o bom senso na construção de sua tabela� Observe no exemplo abaixo como utilizar o bom senso� Distribuição de frequência por classes Estatura de colegas do trabalho Estatura em cm Número de colegas (fi) 150 |--- 160 4 160 |--- 170 1 170 |--- 180 1 180 |--- 190 1 Tabela 8: Fonte: própria autoria. Para construir a tabela você poderá utilizar a fórmula de Sturges: K = 1 + 3,3 log N, no caso K = 1 +3,3 log 7 = 1 + 3,3 (1,945910149) = 1 + (6,421503492) = 7,42� Pela fórmula o valor é de 7,42 classes� Observe que utilizei apenas 5 classes, porque existem somente 7 pessoas no grupo consultado� Foi necessário fa- 15 zer um ajuste por meio do bom senso� Na prática, quando você fizer uma distribuição de frequência, tenha cuidado e utilize a quantidade de classes com bom senso� Dando sequência sobre construção de tabelas de frequência, você vai perceber que há vários tipos de frequências, sendo quatro em uma tabela de distribuição� Quais são esses tipos de frequências? a) frequência simples ou absoluta (fi): ela representa os valores do número de dados de cada classe� O total dos números de dados é representado por: ∑ fi = n. b) frequência relativa (fri): representa os valores das razões entre as frequências simples e a frequência total: fri = fi /∑ fi. c) frequência acumulada (Faci): representa o total das frequências de todos os valores inferiores ao limite superior do intervalo de uma dada classe� Fi = f1 + f2 + f3 +���fk d) frequência acumulada relativa ( Faci): representa a frequência acumulada de uma classe, dividida pela frequência total da distribuição� Fri = Fi/∑ fi Para que você possa entender melhor, observe o exemplo na tabela de distribuição de frequência. 16 Exemplo: a tabela de distribuição de frequência repre- senta a idade de 30 pessoas num grupo de estudos na faculdade� Xi fi 23 7 24 13 25 8 26 2 ∑ 30 Tabela 9: Fonte: própria autoria. A partir da tabela apresentada vamos fazer a frequ- ência relativa (fri)� Você tem de abrir mais uma coluna para facilitar o entendimento� Cálculo da frequência relativa: Xi fi fri (%) 23 7 23,33 24 13 43,33 25 8 26,67 26 2 6,67 ∑ 30 100 Tabela 10: Fonte: Própria autoria. Fórmula: fri = fi /∑ fi 17 fri = 7 /30 � 100 = 23,33% fri = 13 /30 � 100 = 43,33% fri = 8 /30 � 100 = 26,67% fri = 2 /30 . 100 = 6,67% A partir da tabela apresentada, agora vamos fazer a frequência acumulada (fac)� Você tem de abrir mais uma coluna para facilitar o entendimento� Cálculo da frequência acumulada: Xi fi Fac 23 7 7 24 13 20 25 8 28 26 2 30 ∑ 30 Tabela 11: Fonte: Própria autoria. Fac1 = 7 Fac2 = 7 + 13 = 20 Fac3 = 20 + 8 = 28 Fac4 = 28 + 2 = 30 A partir da tabela apresentada, agora vamos fazer a frequência acumulada relativa (faci)� Você tem de abrir mais uma coluna para facilitar o entendimento� Cálculo da frequência acumulada: 18 Xi fi Fac Faci(%) 23 7 7 23,33 24 13 20 66,67 25 8 28 93,33 26 2 30 100 ∑ 30 Tabela 12: Fonte: Própria autoria. Fac1 = 7/30 � 100 = 23,33 % Fac2 = 20/30 � 100 = 66,67% Fac3 = 28/30 � 100 = 93,33% Fac4 = 30/30 � 100 = 100% Você observou como pode ser apresentada a tabela de distribuição de frequência e os tipos de frequên- cias mais utilizados� 19 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA As tabelas de distribuição de frequência podem ser representadas por meio de gráficos. Os gráficos mais utilizados são histograma ou polígono de frequência� Você percebeu como é importante representar fenô- menos estudados utilizando tabelas� Agora você vai analisar os gráficos de tabelas e como eles facilitam a leitura dos dados coletados� Como pode ser construído o histograma? O histograma é gráfico composto por retângulos jus- tapostos. A base fica no eixo horizontal. Exemplo: representar graficamente a distribuição de frequência sobre a estatura (em centímetro) de 40 pessoas� i Altura em cm fi 1 150 |- 154 4 2 154 |- 158 9 3 158 |- 162 11 4 162 |- 166 8 5 166 |- 170 5 6 170 |- 174 3 Total 40 Tabela 13: Fonte: Própria autoria. 20 0 2 4 6 8 10 12 Fr e q u ê n ci a s fi Histograma Figura 1: Fonte: Própria autoria. Observe no gráfico que a classe com maior frequên- cia é a 158 |--- 162, com 11 pessoas, pois o gráfico de retângulos destaca o maior de todos. O próximo gráfico a ser construído é o polígono de frequência� Será aproveitada a tabela de distribuição de frequência, acrescentando a coluna do ponto mé- dio da distribuição� O polígono de frequência é um gráfico de linha. i Altura em cm xi fi 1 150 |- 154 152 4 2 154 |- 158 156 9 3 158 |- 162 160 11 4 162 |- 166 164 8 5 166 |- 170 168 5 6 170 |- 174 172 3 Total 40 Tabela 14: Fonte: Própria autoria. 21 0 148 152 156 160 164 168 172 176 2 4 6 8 10 12 Altura em cm (pontos médios -cm) Figura 2: Fonte: Própria autoria. Observe que na representação gráfica marcamos os pontos médios, além da união desses pontos� REFLITA Imagine a seguinte situação: na sala de treina- mento de uma empresa, há um cartaz que apre- senta os seguintes dados de 2011: eram 73 co- laboradores treinados; em 2012, 77; em 2013, 94; em 2014, 81� A empresa está apresentando os dados de uma forma que não fica tão percep- tível, pois o objetivo era apresentar a evolução histórica dos colaboradores que participavam do treinamento. Existe uma maneira mais clara de apresentar esses dados: ográfico. O gráfico pode ser o histograma (colunas), pois é usado para fa- cilitar a leitura dos dados, porque apresenta as informações de maneira mais visual� 22 MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL Você analisou que na distribuição de frequência podem ser classificados vários fenômenos. Para facilitar, existem medidas que contribuem para o entendimento dos fenômenos estudados� Essas me- didas apresentam um resumo de certas caracterís- ticas consideradas importantes da distribuição de frequências, pois facilitam a análise da estatística� Qual o significado de medidas de tendência central? Significa que os dados observados tendem, em geral, a se agrupar em torno dos valores centrais� Agora você vai conhecer quais são as medidas de tendências centrais mais utilizadas, tais como, média aritmética, mediana e moda� Média Aritmética O que é média aritmética? A média aritmética é o quociente da divisão da soma dos valores da variável pelo número deles. E repre- sentado pelo seguinte símbolo: x 23 n x x n 1i iå == Onde temos: x = a média aritmética; ix = os valores da variável; n = o número de valores. É a medida de tendência central mais usada para descrever resumidamente uma distribuição de fre- quências� É o valor único que representa todos os demais valores de uma série� Você vai conhecer dois tipos de médias mais utili- zadas: a média aritmética simples e a ponderada� a) Média aritmética simples: para dados não agru- pados em classes� Exemplo: dada a sequência de dados 2, 5, 7, 6 determinar a média ∑ Xi = 2+5+7+6/4 = 5. Você pode observar que há a soma dos números e a divisão pela quantidade� b) Média aritmética ponderada: para dados não agrupados em classes� 24 Exemplo: a tabela de distribuição de frequência repre- senta a idade de 30 pessoas num grupo de estudos na faculdade� Xi fi Xi.fi 23 7 161 24 13 312 25 8 200 26 2 52 ∑ 30 725 Tabela 15: Fonte: Própria autoria. Para determinar o valor da média ponderada basta multiplicar Xi por fi e dividir pelo total da frequência fi� �̅�𝑥 = ∑ 𝑓𝑓& ( 𝑋𝑋& * &+, ∑ 𝑓𝑓& *&+, 17,24 30 725 ==x SAIBA MAIS Leia o artigo “Uso do jogo digital educativo na aprendizagem da média aritmética”� O artigo faz uma análise e reflexões sobre um experimento prático no ensino de matemática� O objetivo é tratar as medidas de posição nos cursos técni- 25 cos em administração de empresas� O diferencial é utilizar os jogos digitais para ensinar a média aritmética� Link: http://www.ufjf.br/ebrapem2015/files/2015/10/ gd6_patricia_boletini.pdf� Acesso em: 27 mai� 2019� Mediana O que é mediana? Mediana é uma medida de posição central. É definida como sendo o número que se encontra no centro de uma série de números, estando em uma determinada ordem� Como você pode utilizar a mediana? Ela pode ser utilizada para obter o ponto que divide a distribuição de frequência em partes iguais� Para calcular a mediana é preciso observar se o nú- mero de elementos da série é par ou ímpar, e fazer o rol� Se o número de elementos for ímpar, o valor da me- diana é determinado pela seguinte fórmula: n + 1/2� O valor de n é o número de elementos do Rol� Se o número de elementos for par, o valor da mediana é determinado pela seguinte fórmula: n/2 e n + 1/2� 26 http://www.ufjf.br/ebrapem2015/files/2015/10/gd6_patricia_boletini.pdf http://www.ufjf.br/ebrapem2015/files/2015/10/gd6_patricia_boletini.pdf Você tem que determinar os números que estão nas duas posições� Cálculo da mediana para dados não agrupados Exemplo: dada a série 5, 12, 4, 8, 9, 7. Determinar o Rol: 4, 5, 7, 8, 9, 12� Verificar se o Rol é par ou ímpar. O Rol é par, portanto para determinar a mediana deverá fazer n/2 e n + 1/2: 6/2 = 3 e 6 + 1/2 = 3,5� Você determinou a posição, pois a mediana está entre a 3o e a 3,5o posição� Para calcular a média dos números: No caso temos Md = 7 + 8/2 = 7,5� A média da série é 7,5. Cálculo da mediana para dados agrupados a) Dados agrupados sem intervalos de classe� Tabela de distribuição de quantidade de canetas- -tinteiro em um grupo de 28 pessoas� Número de canetas (xi) fi Fac 0 3 3 1 6 9 2 15 24 3 4 28 Total 28 Tabela 16: Fonte: Própria autoria. 27 n/2 = 28/2 = 14� A menor frequência acumulada que supera o valor é 14, que corresponde ao valor 2 da variável� Md = 2� Dados agrupados com intervalo de classe� Aqui é necessário que você faça alguns passos e depois utilize a fórmula adequada� Inicialmente você deve determinar as frequências acumuladas� Depois calcula-se 2 fiå � Determine a classe correspondente à frequência acumulada imediatamente superior à (classe mediana) e, por fim, você vai utilizar a fórmula: ( ) i i i f hantF 2 f Md × ú ú û ù ê ê ë é - += å ! Temos: ! Limite inferior da classe mediana� F(ant�) é a frequência acumulada da classe ante- rior a classe mediana� h é a amplitude do intervalo da classe mediana. fi é a frequência do intervalo da classe mediana� 2 fiå 28 Exemplo: a tabela apresenta a altura em centíme- tros dos alunos de uma classe do ensino médio� Determine a mediana desses alunos: i Altura em cm fi Fi 1 150 |- 154 4 4 2 154 |- 158 9 13 3 158 |- 162 11 24 4 162 |- 166 8 32 5 166 |- 170 5 37 6 170 |- 174 3 40 Total 40 Tabela 17: Fonte: Própria autoria. 20 2 40 2 fi ==å , logo classe mediana é i = 3� Classe mediana = 158|--- 162� ! = 158� F(ant) = 13� h = 4� f3 = 11� [ ] 5,1605,2158 11 41320158Md =+=×-+= 29 A mediana das alturas dos alunos dessa classe é de 160,5 cm� Você pode entender que numa turma onde a altura mínima é de 150 cm e a máxima é de 174 cm a medida que está na posição central dessa série, ou seja, a altura do aluno no centro é de 160,5 cm� Podcast 2 Moda O que significa moda? Você vai conhecer uma medida de tendência central que está no senso comum das pessoas: a moda� Moda é o valor que ocorre com maior frequência numa sequência ou série de valores� Ela pode ser calculada para dados não agrupados e agrupados� Para dados não agrupados: uma série de valores 4, 5, 7, 7, 8, 9, 10, 10, 10,12; o valor que se repete com maior frequência é o número 10� Mo = 10� Pode ocorrer também uma série com mais de uma moda. Exemplo: uma série de valores 3, 4, 7, 7, 7, 8, 9, 9, 10, 10, 10, 11, 12; os valores que se repetem com maior frequência são os números 7 e 10� A série é conhecida por bimodal� Mo= 7 e Mo = 10� 30 https://famonline.instructure.com/files/70385/download?download_frd=1 Existe também moda de variáveis sem intervalo de classes. Como exemplo, temos: dada a seguinte va- riável sem intervalo de classes, determine a moda de quantos livros um grupo de 20 pessoas lê por ano� Leitura de livros Número de livros por ano ( Xi) fi (pessoas) 1 5 2 10 3 3 4 2 Total 20 Tabela 18: Fonte: própria autoria. No exemplo apresentado é possível verificar que a moda são dois livros por ano, porque a frequência de pessoas que leem é 10, a maior� Mo = 2� 31 Agora para dados agrupados em classes: Exemplo: dada a seguinte distribuição de frequência de quan- tos livros um grupo de 55 pessoas lê por ano� Leitura de livros Número de livros por ano Xi (ponto médio) fi (pessoas) 0|---- 2 1 12 2|---- 4 3 28 4|---- 6 5 9 6|---- 8 7 6 Total 55 Tabela 19: Fonte: Própria autoria. Inicialmente, você tem que determinar a classe mo- dal da série. Você terá que verificar na coluna (fi) pessoas o número que houver maior frequência: 28� Assim você consegue identificar que a classe modal é de 2|--- 4� Com a informação obtida sobre a classe modal pode ser calculado o valor exato da moda por meio de uma fórmula� Fórmula de Czuber: D1 Mo = LMo + -------------- x h D1 + D2 Sendo LMo: limite inferior da classe� 32 h: intervalo da classe modal� D1: frequência simples da classe modal - frequência simples anterior à da classe modal� D2: frequência simples da classe modal - frequência simples posterior à da classe modal.A moda de leitura ficou em torno de três livros por ano. 16 Mo = 2 + ------------- x 2 = 2,91 16 + 19 LMo = 2 H = 2 D1 = 28 - 12 = 16 D2 = 28 - 9 = 19 Até o momento, você percebeu como é importante a representação dos fenômenos por meio de tabelas e gráficos, pois auxiliam na determinação de medidas de tendência central para que você possa fazer análise sobre o que foi estudado� 33 CONSIDERAÇÕES FINAIS Você estudou neste módulo o que é a distribuição de frequência e sua importância na interpretação dos fenômenos estatísticos� Foi possível entender o que significa a tabela e como ela é construída, pois é um quadro que resume um conjunto de observações� Além disso, foram colocados os gráficos mais usuais, como histograma e polígono de frequência como formas de apresentação dos dados com o objetivo de produzir uma visão mais rápida do fenômeno a ser estudado� Completando o conteúdo abordado, as medidas de tendência central, tais como média aritmética, me- diana e moda, que tiveram destaque, pois são valo- res que trazem consigo informações contidas nos dados estatísticos� Na prática, elas são medidas que passam o comportamento geral das observações que foram estudadas� Na sequência você terá mais conhecimentos que irão completar seus estudos sobre a estatística� 34 SínteSe O que é medida de tendência central e quais as conhecidas (média aritmética, mediana, moda); Os conteúdos apresentados proporcionaram um entendimento que permite trabalhar com a representação dos dados e sua análise. A representação gráfica de uma distribuição de frequência; Tabela da variável discreta e contínua; Como os dados podem ser apresentados (tabelas e gráficos); Como é construída uma tabela de distribuição de frequência; O que vem ser a distribuição de frequência e a necessidade de agrupar dados; Os tipos de series estatísticas existentes, tais como: cronológica, geográfica, especificativa; As séries estatísticas e sua representação; Agora você compreendeu o significado de tabela, e como é sua construção para que possa entender os dados coletados. Em destaque você verificou os gráficos mais usuais da distribuição de frequência, tais como histograma e polígono de frequência, e seu objetivo na interpretação das informações coletadas, pois isso possibilitou uma visão rápida do fenômeno que foi estudado. Além disso, foram abordadas as medidas de tendência central que, em geral, são medidas que representam uma série de dados quanto à sua posição na distribuição de frequência. O conteúdo está dividido em: O conceito de tabela e seu comportamento; Distribuição de Frequência e Modedias de posição Referências CASTANHEIRA, Helson Pereira� Estatística Aplicada a todos níveis� Curitiba: Intersaberes, 2012� Acesso em: 26 mai� 2019� CRESPO, Antônio Arnot� Estatística fácil. São Paulo: Saraiva, 2012� LARSON, Ron� Estatística Aplicada. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015� Acesso em: 26 mai� 2019� _GoBack Introdução Tabelas Séries Estatísticas Distribuição de Frequência Variável discreta Variável contínua Construção da tabela de distribuição Limites de classe Representação gráfica da Distribuição de Frequência Medidas de Tendência Central Média Aritmética Mediana Moda Considerações finais bt_foward 15: Página 1: bt_foward 17: Página 36:
Compartilhar