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TO LEARN Walking @FISIOEMEVIDENCIABR@FISIOEMEVIDENCIABR PARA UMA FISIOTERAPIA MELHORPARA UMA FISIOTERAPIA MELHOR https://www.instagram.com/evidencephysiotherapy/ Primeiramente, seja muito bem vindo(a)!!! A estrada pelo conhecimento é bem longa, e nos deparamos com muitas possibilidades neste caminho. Pensando no objetivo principal de disseminar conhecimento e ajudar profissionais e acadêmicos, o projeto "walking to learn", esta em desenvolvimento, neste projeto traremos E-BOOK's para te ajudar na busca pelo conhecimento. E claro, sempre baseado em livros e artigos científicos. TO LEARN Walking INTRODUÇÃO A osteoartrite (OA), muitas vezes referida como artrite de “desgaste”, artrite relacionada à idade ou doença articular degenerativa, é a forma mais comum de distúrbio articular nos EUA, e estima-se que mais de 27 milhões de americanos são afetados. Como uma doença degenerativa, a OA pode envolver qualquer articulação e afeta principalmente a cartilagem articular e os tecidos circundantes. A OA pode ser amplamente classificada em tipos primários e secundários. Na OA primária, a doença é de origem idiopática (sem causa conhecida) e geralmente afeta múltiplas articulações em uma população relativamente idosa. A OA secundária geralmente é uma condição monoarticular e se desenvolve como resultado de um distúrbio definido que afeta a superfície articular da articulação (por exemplo, trauma). A articulação do quadril é uma das maiores articulações de sustentação de peso do corpo, secundária apenas à articulação do joelho, e é comumente afetada pela OA. 1 https://www.instagram.com/evidencephysiotherapy/ O entendimento atualmente aceito da OA do quadril é que, embora a cartilagem articular seja afetada principalmente, toda a articulação também é afetada. O processo de OA envolve perda progressiva da cartilagem articular, cistos subcondrais, formação de osteófitos, frouxidão ligamentar periarticular, fraqueza muscular e possível inflamação sinovial. 2 Há um consenso crescente de que a OA não é o resultado de um processo único que afeta as articulações, mas sim de várias condições distintas, cada uma associada a fatores etiológicos únicos. Os efeitos da OA nas grandes articulações das extremidades inferiores, incluindo os quadris, podem resultar em mobilidade reduzida e deficiência física acentuada que pode levar à perda de independência e ao aumento do uso de serviços de saúde. Como tal, a OA pode ter um efeito profundo nas atividades da vida diária e levar a incapacidade substancial e dependência para caminhar, subir escadas e levantar da posição sentada. Vários fatores de risco estão ligados ao desenvolvimento da OA do quadril, incluindo idade, sexo, genética, obesidade e fatores de risco articulares locais. No entanto, a etiologia exata da OA primária do quadril permanece desconhecida. 2 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5760056/#b2-17-084 https://www.instagram.com/evidencephysiotherapy/ Em um proeminente estudo populacional baseado nos EUA, a prevalência de OA de quadril sintomática foi relatada em 9,2% entre adultos com 45 anos ou mais, com 27% apresentando sinais radiológicos da doença; Uma revisão sistemática da prevalência radiográfica de OA de quadril demonstrou um aumento na prevalência média com o avanço da idade para homens e mulheres; Os homens têm maior prevalência de OA de quadril antes dos 50 anos, enquanto as mulheres têm maior prevalência depois; As populações caucasianas também têm uma prevalência de OA de quadril mais alta, que varia entre 3% e 6%, em comparação com 1% ou menos em asiáticos, negros, indianos orientais ou americanos nativos, sugerindo uma predisposição genética; De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, o risco ao longo da vida de OA de quadril sintomática é de 18,5% para homens e 28,6% para mulheres; PREVALÊNCIA 3 https://www.instagram.com/evidencephysiotherapy/ ETIOLOGIA O processo degenerativo manifestado pela perda progressiva da cartilagem articular é acompanhado por um processo reparador com formação óssea reativa, crescimento de osteófitos e remodelação. O processo dinâmico de destruição e reparo determina o quadro final da doença. A OA primária (também denominada idiopática), geralmente é um diagnóstico de exclusão e acredita-se que seja responsável pela maioria de todas as OA de quadril. Fatores genéticos também podem desempenhar um papel na OA do quadril, possivelmente pela herança de uma anormalidade anatômica, como a displasia acetabular. 4 https://www.instagram.com/evidencephysiotherapy/ A OA secundária do quadril ocorre quando uma condição resulta em uma anormalidade anatômica, que pode ser relativamente sutil, que predispõe o quadril a fatores mecânicos que levam a alterações degenerativas. Essas condições incluem trauma, anormalidades congênitas ou de desenvolvimento articular, defeitos metabólicos, infecção, doença endócrina, condições neuropáticas e distúrbios que afetam a estrutura e a função normais da cartilagem hialina. 5 https://www.instagram.com/evidencephysiotherapy/ FATORES DE RISCO LOCAIS 6 Acredita-se que condições como displasia acetabular e outros distúrbios do desenvolvimento que levam a anormalidades estruturais da articulação desempenhem um papel importante no desenvolvimento da OA do quadril mais tarde na vida. Displasia Articular Trauma Fraturas envolvendo a superfície articular articular podem levar à artrite pós-traumática secundária. Não está claro se as lesões labrais isoladas contribuem para a OA do quadril. https://www.instagram.com/evidencephysiotherapy/ FATORES DE RISCO GERAIS 7 A prevalência de OA de quadril é maior entre os homens com menos de 50 anos, enquanto as mulheres têm a maior prevalência após os 50 anos. Esse achado pode ser atribuído a alterações pós-menopausa Sexo idade superior a 60 anos é um importante fator de risco para OA radiográfica. No entanto, também está claro que o envelhecimento dos tecidos articulares e o desenvolvimento da OA são processos distintos. A condrocalcinose, uma alteração da matriz relacionada à idade observada em radiografias de articulações artríticas, pode contribuir para a OA estimulando a produção de mediadores pró-inflamatórios. Idade O excesso de peso corporal é um fator de risco para OA não apenas nas articulações que suportam peso, mas também na mão. O excesso de peso produz aumento da carga na articulação, mas também há evidências crescentes de uma contribuição metabólica para a OA. Obesidade https://www.instagram.com/evidencephysiotherapy/ FATORES DE RISCO GERAIS 8 Vários estudos sugerem que a genética tem um papel importante na etiopatogenia da OA do quadril, e um estudo com gêmeos relatou um risco de 60% para OA do quadril atribuível a fatores genéticos. Genética Certas ocupações que envolvem trabalho manual pesado e atividades esportivas de alto impacto estão ligadas à OA no quadril e outras articulações mais tarde na vida. 28 , 29 O estresse repetitivo e a sobrecarga biomecânica, especialmente no cenário de uma anormalidade anatômica da articulação do quadril preexistente, são causas prováveis. Ocupação https://www.instagram.com/evidencephysiotherapy/ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5760056/#b28-17-084 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5760056/#b29-17-084 9 SINTOMAS O sintoma mais comum da OA do quadril é a dor ao redor da articulação do quadril (geralmente localizada na região da virilha). A dor pode se desenvolver lentamente e piorar com o tempo (mais comum) ou a dor pode ter um início súbito. Dor e rigidez podem se desenvolver pela manhã ou depois de sentar ou descansar. A rigidez geralmente dura apenas alguns minutos e desaparece em 30 minutos ou menos. O movimento e a atividade que afrouxam a articulação geralmente melhoram os sintomasda OA. Mais tarde na progressão da doença, sintomas dolorosos podem ocorrer com mais frequência, inclusive durante o repouso ou à noite. https://www.instagram.com/evidencephysiotherapy/ 10 DIAGNÓSTICO A OA do quadril geralmente pode ser diagnosticada apenas com a apresentação clínica, embora as investigações de imagem possam ser úteis tanto para confirmar um diagnóstico quanto para monitorar a progressão da doença. Radiografia anteroposterior do quadril. A. O estreitamento do espaço articular superomedial é visto na região marcada por linhas brancas. B. Osteoartrite osso sobre osso (seta mais grossa) com formação de osteófitos (seta mais fina). C. Osteoartrite em estágio final com deformação da cabeça femoral (estrela) e formação de cisto (círculo). https://www.instagram.com/evidencephysiotherapy/ 11 DIAGNÓSTICO O exame deve incluir uma inspeção e comparação do comprimento da perna entre o lado afetado e o oposto, uma avaliação de uma possível posição fixa articular denotando deformidade e uma avaliação da marcha. Essas etapas devem ser seguidas pela palpação de proeminências ósseas e tendões regionais para avaliar a sensibilidade e/ou lesões. Uma avaliação neurovascular de ambas as extremidades inferiores e amplitude de movimento da articulação afetada deve ser realizada com comparação com o lado contralateral. Testes adicionais podem fornecer mais informações sobre as condições subjacentes que levam à OA do quadril. https://www.instagram.com/evidencephysiotherapy/ Em 1963, Kellgren, descreveram quatro graus de OA de quadril com base no grau de estreitamento do espaço articular, formação de osteófitos, alterações artríticas que afetam as margens ósseas e deformidade grosseira: Grau 1, OA duvidosa com possível estreitamento do espaço articular medialmente e formação sutil de osteófitos ao redor do fêmur cabeça. Grau 2, OA leve com espaço articular definido estreitando inferiormente com formação definitiva de osteófitos e esclerose subcondral leve. Grau 3, OA moderada com estreitamento acentuado do espaço articular, pequenos osteófitos, alguma esclerose e formação de cistos e deformidade da cabeça femoral e acetábulo. Grau 4, espaço articular obliterado com características observadas nos graus 1 a 3, grandes osteófitos e deformidade grosseira da cabeça femoral e do acetábulo. 12 CLASSIFICAÇÃO https://www.instagram.com/evidencephysiotherapy/ A fisioterapia é a base do tratamento na OA de quadril leve e precoce e visa fortalecer os músculos do quadril e manter a mobilidade articular. Em caso de falha do tratamento conservador, o tratamento cirúrgico deve ser indicado. Um programa de exercícios individualizado combinado com estratégias comportamentais eficazes visando a perda de peso pode ser mais benéfico na redução da dor em pacientes com excesso de peso. Pacientes com OA que apresentam dor ou instabilidade articular biomecânica podem ser considerados para avaliação de órteses/suportes articulares/palmilhas como tratamento adjuvante. Dispositivos de auxílio à deambulação também devem ser considerados como coadjuvantes ao tratamento. 13 TENHO OA, E AGORA??? Ganhar 10 libras pode exercer uma pressão extra de 60 libras sobre o quadril a cada passo. Descarregar a articulação através da perda de peso pode retardar a perda de cartilagem e diminuir o impacto articular. Redução de peso https://www.instagram.com/evidencephysiotherapy/ 14 Se você chegou até aqui, meus parabéns por estar buscando conhecimento! Neste e-book não abordamos o tratamento cirúrgico ou especificamos o tratamento conservador, estes são assuntos que abordaremos em edições futuras desta série de e-books e em nossos conteúdos no Instagram. As respostas aos tratamentos são individuais, assim como o próprio tratamento deve ser, não existe fórmula mágica. Mas certamente um profissional de saúde especializado poderá ajudar na quebra do ciclo doloroso. Clique na seta abaixo e conheça nosso perfil no Instagram. FALE COM SEU FISIOTER APE UT A Lespasio MJ, Sultan AA, Piuzzi NS, Khlopas A, Husni ME, Muschler GF, Mont MA. Osteoartrite do quadril: uma cartilha. Perm J. 2018;22:17-084. doi: 10.7812/TPP/17-084. PMID: 29309269; PMCID: PMC5760056. REFERÊNCIA UTILIZADA: https://www.instagram.com/evidencephysiotherapy/ https://www.instagram.com/fisioemevidenciabr/ https://www.instagram.com/fisioemevidenciabr/ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5760056/ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5760056/ https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29573870/
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