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1 - introdução, princípios expressos

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Aula 1. 
Introdução
adv.faidherb@gmail.com
Surgimento do Estado de Direito  Direito Administrativo
1.1. Contexto:
Dir. Administrativo → nasceu das revoluções que acabaram c/ regime absolutista (rev. francesa)
1.2. Direito Administrativo - Teoria dos Poderes, desenvolvida por Montesquieu.
2. Estado ≠ Governo ≠ Administração pública 
2.1. Estado
“O Estado, sob o prisma constitucional, é pessoa jurídica territorial soberana; é uma nação politicamente organizada, dotada de personalidade jurídica própria, sendo pessoa jurídica de direito público que contém seus elementos e três Poderes.” 
(MARINELA, 2017, p. 64)
2.2. Governo
“(...) uma atividade política e discricionária, representando uma conduta independente do administrador, como um comando com responsabilidade constitucional e política, mas sem responsabilidade profissional pela execução”.
(MARINELA, 2017, p. 67)
2.3. Administração pública
“(...) é todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização de serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas. Não pratica atos de governo; pratica atos de execução, com maior ou menor autonomia funcional. Conforme a competência dos órgãos e de seus agentes, é o instrumental de que dispõe o Estado para colocar em prática as opções políticas do Governo”
(MARINELA, 2017, p. 67)
2.4. Poderes e funções do Estado 
Clássica tripartição de Montesquieu são:
Legislativo, Executivo e Judiciário -independentes e harmônicos entre si e com funções reciprocamente indelegáveis (CF, art. 2º).
Função do Estado - atividade exercida em nome e no interesse de terceiros, lembrando-se de que, se essa função for pública, a atividade deverá ser prestada em nome e no interesse do povo.
3. Direito Administrativo
3.1. Conceito
“(...) ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens e meios de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública.” (DI PIETRO, 2017, p.117)
Direito Administrativo brasileiro “sintetiza-se no conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”. (MARINELA, 2017, p. 69)
Qual limites e obrigações de um órgão público ao prevenir a Covid?
Quem é responsável pelo desabamento de uma obra pública? 
Quais os limites de ação das agências reguladoras para corrigir as falhas identificadas em determinado setor estratégico?
É necessária licitação ou não para o desenvolvimento de certas atividades econômicas?
“...conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”.
(MEIRELES, 1999, P. 34.)
3.2. Objeto de estudo
Segundo DI PIETRO:
a) Administração Pública, em sentido subjetivo - as pessoas físicas e jurídicas, públicas e privadas, que exercem a função administrativa do Estado; aí entram os órgãos administrativos que integram a Administração Direta, as entidades da Administração Indireta, os agentes públicos;
b) Administração Pública em sentido objetivo - as funções administrativas do Estado, ou seja, serviço público, polícia administrativa, fomento, intervenção e regulação;
c) as entidades paraestatais (como os serviços sociais autônomos) e as entidades do chamado “terceiro setor”, como as organizações sociais, as organizações da sociedade civil de interesse público – OSCIPS, as organizações da sociedade civil, as entidades filantrópicas, as declaradas de utilidade pública e outras modalidades com as quais a Administração Pública tenha algum tipo de vínculo;
d) o regime jurídico administrativo, abrangendo as prerrogativas, privilégios e poderes da Administração, necessários para a consecução do interesse público, bem como as restrições necessárias à garantia dos direitos individuais, em especial as representadas pelos princípios da Administração Pública;
e) os vários desdobramentos do poder de polícia e do princípio da função social da propriedade, incidentes sobre a propriedade privada, como as diversas formas de intervenção do Estado na propriedade privada;
f) a discricionariedade administrativa, especialmente sob o aspecto dos limites de sua apreciação pelo Poder Judiciário;
g) os meios de atuação da Administração Pública, abrangendo os atos e contratos administrativos, inclusive o processo da licitação; aí se incluem as várias modalidades de acordos de vontade firmados pela Administração Pública, como as diferentes formas de concessão (de serviço público, de obra pública, de uso de bem público, patrocinadas e administrativas, estas duas últimas como espécies de parcerias público privadas), os convênios, os termos de parceria, os contratos de gestão e outros instrumentos congêneres;
h) os bens públicos das várias modalidades e respectivo regime jurídico, inclusive quanto às formas de sua utilização por particulares;
i) o processo administrativo e respectivos princípios informadores;
j) a responsabilidade civil do Estado;
k) a responsabilidade das pessoas jurídicas que causam danos à Administração Pública;
l) o controle da Administração Pública, nas modalidades de controle administrativo, legislativo e jurisdicional;
m) a improbidade administrativa.
3.3. Fontes
a) Lei;
b) Doutrina;
c) Jurisprudência;
d) Costume;
e) Princípios gerais do direito.
3.4. Relação com outros ramos do Direito
a) Direito Constitucional;
b) Direito Tributário e Direito Financeiro;
c) Direito Penal;
d) Direito Processual;
e) Direito do Trabalho e Direito Previdenciário;
f) Direito Civil e Direito Comercial;
g) Direito Eleitoral;
h) Ciências Sociais;
i) Ciência Política.
Fonte: NOHARA, Irene Patrícia. Dir. Administrativo.
5. Regime jurídico administrativo
O regime jurídico administrativo tem grande valor metodológico porque explica cada um dos institutos do Direito Administrativo e permite a compreensão da respectiva disciplina. Consiste em valioso material para conduzir a vida na Administração Pública e orientar os aplicadores do Direito.
MARINELA, Fernanda. 
6. Princípios e regras
Sistema jurídico  princípios e regras
Princípios - não são simples recomendações, orientações; são normas que obrigam aqueles que a elas estão sujeitos;
Regras - caracterizam-se pela concretude; são mandamentos de definição que contêm determinações sobre as situações fáticas e jurídicas possíveis e cuja amplitude é fixada antecipadamente.
Há hierarquia entre princípios e regras?
 não há hierarquia normativa entre os princípios e as regras, 
podendo qualquer um deles prevalecer
7. Princípios expressos e reconhecidos
A Constituição de 1988 inovou ao fazer expressa menção a alguns princípios a que se submete a Administração Pública Direta e Indireta, a saber, os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade administrativa, da publicidade e eficiência (art. 37, caput, com redação dada pela Emenda Constitucional no 19, de 4-6-98), aos quais a Constituição Estadual acrescentou os da razoabilidade, finalidade, motivação e interesse público (art. 111).
7.1. Legalidade:
A Administração Pública não pode, por simples ato administrativo, conceder direitos de qualquer espécie, criar obrigações ou impor vedações aos administrados; para tanto, ela depende de lei.
CF – ART ;1º
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
É próprio dos Estados de Direito. 
Constitui uma das principais garantias de respeito aos direitos individuais...
A vontade da Administração Pública é a que decorre da lei...
≠ reserva legal!!!
A Administração Pública só pode fazer o que a lei permite ou autoriza. É diferente do âmbito das relações entre particulares no qual o princípio aplicável é o da autonomia da vontade, que lhes permite fazer tudo o que a lei não proíbe. 	
OBS: Existemsituações em que o princípio da legalidade é mitigado (ou restrições excepcionais ao princípio da legalidade) a:
▪ edição de medidas provisórias (CF, art. 62);
▪ decretação do estado de defesa (CF, art. 136) e
▪ decretação do estado de sítio (CF, arts. 137 a 139).
De				 na Juris... 
Direito Administrativo Organização administrativa Agências reguladoras 
Origem: STJ 
Não há violação do princípio da legalidade na aplicação de multa previstas em resoluções criadas por agências reguladoras, haja vista que elas foram criadas no intuito de regular, em sentido amplo, os serviços públicos, havendo previsão na legislação ordinária delegando à agência reguladora competência para a edição de normas e regulamentos no seu âmbito de atuação. STJ. 2ª Turma. AgRg no AREsp 825776/SC, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 05/04/2016. 
7.2. Impessoalidade
Estabelece que a atuação do agente público deve basear-se na ausência de subjetividade. Nem favoritismo, nem perseguições são toleráveis.
CF § 1o do artigo 37, segunda parte proíbe que conste nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos.
 Ex: não poderá constar “fulano de tal fez”!
Esse princípio tem duplo sentido:
Nas relações entre a Administração e os administrados :
- E o mesmo que finalidade pública e isonomia; 
- A Administração Pública não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem que nortear o seu comportamento. 
Ex: precatório. 
Com relação aos atos praticados pela Administração: 
- Os atos administrativos são imputáveis não ao agente público que os pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa, de sorte que ele é o autor institucional do ato. 
- Logo, as realizações governamentais não são do servidor ou da autoridade mas da entidade pública em nome de quem as produzira. 
OBS: impedimento e suspeição: esses institutos possuem o objetivo de afastar de processos administrativos ou judiciais as pessoas que não possuem condições de aplicar a lei de forma imparcial, em função de parentesco, amizade ou inimizade com pessoas que participam do processo.
Ex.: a remoção de um servidor de uma localidade para outra tem o objetivo de suprir a necessidade de pessoal no local de destino (finalidade específica). 
Caso seja utilizada para puni-lo ou por simples perseguição pessoal, haverá desvio de poder. 
Contratação irregular de servidores temporários
Configura ato de improbidade administrativa a contratação temporária irregular de pessoal (sem qualquer amparo legal) porque importa em violação do princípio constitucional do concurso público.
(STJ. 1ª Turma. REsp 1403361/RN, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 03/12/2013)
De				 na Juris... 
Súmula Vinculante de n. 13 (denominada súmula anti-nepotismo):
A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 3º grau inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, 
compreendido o ajuste mediante 
designações recíprocas, viola a 
Constituição Federal.
O STF tem afastado a aplicação da SV 13 a cargos públicos de natureza política, como são os cargos de Secretário Estadual e Municipal.
Mesmo em caso de cargos políticos, será possível considerar a nomeação indevida nas hipóteses de:
• nepotismo cruzado;
• fraude à lei e 
• inequívoca falta de razoabilidade da indicação, por manifesta ausência de qualificação técnica ou por inidoneidade moral do nomeado.
STF. 1ª Turma. Rcl 29033 AgR/RJ, rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 17/9/2019 (Info 952).
De				 na Juris... 
O Colegiado do STF desaplicou a (polêmica) jurisprudência predominante da Corte que afasta a aplicação do Enunciado 13 da Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal em relação a cargos de natureza política.
No caso, o Prefeito nomeou para o cargo de Secretário Municipal o filho do Vice-Prefeito. Para o STF, tá tudo certo!
A nomeação do cônjuge de prefeito para o cargo de Secretário Municipal, por se tratar de cargo público de natureza política, por si só, não caracteriza ato de improbidade administrativa.
STF. 2ª Turma. Rcl 22339 AgR/SP, Rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgado em 4/9/2018 (Info 914).
Em regra, a proibição da SV 13 não se aplica para cargos públicos de natureza política, como, por exemplo, Secretário Municipal.
Assim, a jurisprudência do STF, em regra, tem excepcionado a regra sumulada e garantido a permanência de parentes de autoridades públicas em cargos políticos, sob o fundamento de que tal prática não configura nepotismo.
Exceção: poderá ficar caracterizado o nepotismo mesmo em se tratando de cargo político caso fique demonstrada a inequívoca falta de razoabilidade na nomeação por manifesta ausência de qualificação técnica ou inidoneidade moral do nomeado.
STF. 1ª Turma. Rcl 28024 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 29/05/2018
	REGRA 	EXCEÇÃO 
	NÃO pode nomear cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta. 	TUDO isso aí ao lado NÃO VALE nada se o cargo for de natureza política. Aí toda a promiscuidade do nepotismo é admitida. 
Em caso de responsabilidade civil do agente público contra quem ingressar?
Contra a pessoa jurídica que 
o agente faz parte!!!
Obs: consequência do princípio da impessoalidade.
Situação-problema: Leia a matéria: O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liminar em Reclamação formulada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e suspendeu a eficácia do ato de nomeação do sobrinho de um vereador de Cristais Paulista para o cargo em comissão de Diretor de Planejamento Territorial da Prefeitura daquele município. A liminar foi concedida pela ministra relatora Ellen Gracie, na última sexta-feira (5). O Ministério Público ingressou com Reclamação contra ato do prefeito de Cristais Paulista alegando que a nomeação de Benedito José de Souza Neto para o cargo de Diretor de Planejamento Territorial do Município configura nepotismo, uma vez que Souza Neto é sobrinho do vereador José Lourenço da Silva... Em sua decisão, a ministra Ellen Gracie destacou que O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido da necessidade de verificação da natureza do cargo a ser ocupado, pois, se de natureza política, não há que falar em conotação de nepotismo; entretanto, se de natureza administrativa, incide o comando da Súmula Vinculante 13. 
Qual a extensão do conceito de nepotismo segundo o Supremo Tribunal Federal? 
Elementos objetivos
O Min. Dias Toffoli definiu quatro critérios objetivos nos quais haverá nepotismo. Veja:
ajuste mediante designações recíprocas, quando inexistente a relação de
parentesco entre a autoridade nomeante e o ocupante do cargo de provimento em comissão ou função comissionada;
b) relação de parentesco entre a pessoa nomeada e a autoridade nomeante;
c) relação de parentesco entre a pessoa nomeada e o ocupante de cargo de direção, chefia ou assessoramento a quem estiver subordinada e
d) relação de parentesco entre a pessoa nomeada e a autoridade que exerce ascendência hierárquica ou funcional sobre a autoridade nomeante.
STF. 2ª Turma. Rcl 18564, Relator p/ Acórdão Min. Dias Toffoli, julgado em 23/02/2016.
7.3. Moralidade
Exige que a Administração e seus agentes atuem em conformidade com princípios éticos aceitáveis socialmente. Esse princípio se relaciona com a ideia de honestidade, exigindo a estrita observância de padrões éticos, de boa-fé, de lealdade,de regras que assegurem a boa administração e a disciplina interna na Administração Pública.
Por força do princípio da moralidade, não basta que os agentes públicos atuem de acordo com a lei. É preciso também que ajam de acordo com os valores éticos!
A ofensa ao princípio da moralidade pode ser observada quando, embora em consonância com a lei, a conduta da Administração ou do administrado em relação à Administração ofende a moral, os bons costumes, as regras da boa administração, a justiça, a equidade, a ideia comum de honestidade. 
 O princípio da moralidade deve ser observado não apenas pelo administrador, mas também pelo particular que se relaciona com a Administração Pública. Ex: conluio entre licitantes. 
O ato administrativo imoral é um ato inválido!
PS: A lei da improbidade atinge os agentes que praticam atos
imorais.	
Prefeito que intercede junto ao Delegado para que este libere temporariamente um preso para comparecer ao enterro de sua avó:
Não configura ato de improbidade na conduta do agente político em intervir na liberação de preso para comparecimento em enterro de sua avó, uma vez que não está presente o dolo, ou seja, a manifesta vontade, omissiva ou comissiva, de violar princípio constitucional regulador da Administração Pública.
A conduta do agente, apesar de ilegal, teve um fim até mesmo humanitário, pois conduziu-se no sentido de liberar provisoriamente o preso para que este pudesse comparecer ao enterro de sua avó, não consistindo, portanto, em ato de improbidade, em razão da ausência do elemento subjetivo do tipo, o dolo.
(STJ. 1ª Turma. REsp 1414933/RJ, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 26/11/2013
7.4. Publicidade
O princípio da publicidade nada mais é que a divulgação, tendo como finalidade o conhecimento público. O administrador exerce função pública, atividade em nome e interesse do povo, por isso nada mais justo que o titular desse interesse tenha ciência do que está sendo feito com os seus direitos.
Como o povo vai controlar se ele não sabe como o Poder Público está agindo? 
Sem essas informações, ele não consegue controlar a coisa pública de uma forma adequada.
Exceções:
SEGURANÇA NACIONAL
RELEVANTE INTERESSE COLETIVO
INTIMIDADE 
VIDA PRIVADA
HONRA
Inf. 782 STF:
De				 na Juris... 
A Administração Pública promoverá a publicidade das arbitragens da qual seja parte, nos termos da Lei n. 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação)
7.5. Eficiência 
exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional. Busca de resultados práticos de produtividade, de economicidade, com a consequente redução de desperdícios do dinheiro público.
Ex: avaliação periódica de desempenho.
As normas infraconstitucionais também apresentam princípios expressos aplicáveis à Administração Pública. Vejamos alguns exemplos:
Lei 8.666/1993 (Lei de Licitações) – “Art. 3º A licitação [...] será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo [...].
Doc. Sobre princípios para estudo:
https://drive.google.com/file/d/0B4mQkJ-pSXwqOTE4YzFlNDItM2Q3My00ZDk1LTgxM2YtMDI1ZjJkOTVmMDVk/view
Assista aos vídeos:
AGU Explica - LIMPE. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=ezmYHRNwOOg Acesso em: 05 mai.2021.
Nepotismo - Sustentação oral do Prof. Luís Roberto Barroso no julgamento da medida 
cautelar?. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=uYfFNlY-Lxo Acesso em: 
05 mai.2021.
AGU Explica - Nepotismo, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6mR-
Q8iPS-M Acesso em: 05 mai.2021.

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