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Resenha sobre o artigo: As correntes do pensamento geográfico e a Geografia ensinada no Ensino Fundamental: objetivos, objeto de estudo e a formatação dos conceitos geográficos Matrícula: 01322287 Maria Luana Pereira Borges de Sousa Pedagogia 5° semestre | Manhã Uninassau Dorotéias Em nossa sociedade atual, revolucionária e em constante processo de transformação, torna-se indisponível o aprimoramento das formas de propagação dos conteúdos ministrados no ambiente escolar. Sob esta perspectiva, os autores do artigo em questão, buscaram trabalhar essa temática de forma a apresentar duas vertentes contrastantes sobre como a Geografia é ensinada em sala de aula, com ênfase no Ensino Fundamental com relação a “alfabetização geográfica”, assim intitulada pelos autores. O ensino da Geografia revela raízes oriundas do método tradicionalista de ensinar Geografia, evidenciando características marcantes dessa metodologia e que permanecem presentes dentro da realidade de muitas salas de aula. Uma das maiores marcas registradas deste tipo de corrente geográfica é a presença marcante do professor, onde este é o único detentor de conhecimento, bem como o único transmissor do saber, cabendo ao aluno o papel de receptáculo dos conteúdos passados por meio de técnicas mnemônicas com enfoque na enumeração. A Geografia, até meados do século XVIII, era tratada como uma nomenclatura para apontar relatos de viagens, lugares, documentações simplórias, etc. Somente a partir do século XIX, a Geografia teve a síntese dos pensamentos relativos à Terra bem definidos, agrupando seu objeto de estudo com o seu método científico. Essas transformações tornaram possível a apropriação de princípios que antes eram impensáveis para a Geografia e que foram revolucionários para o pensamento da época, mas que hoje são indispensáveis no cotidiano humano. A corrente do pensamento geográfico tradicional entende a Geografia como uma ciência descritiva de observação de elementos naturais que não visa as questões sócias, mas que vê o professor como mestre e senhor só conhecimento e sem nenhum objetivo de desenvolvimento do pensamento crítica do aluno, além de ser direcionada ao “decoreba” de relevos, biomas, estados e capitais, rios e oceanos, vegetações e regiões. Em contrapartida, temos a corrente de pensamento geográfico moderna. Com a síntese da Geografia, ela passou a ser ministrada em sala de aula com a finalidade de desenvolver desde cedo no aluno, habilidades necessárias para a melhor compreensão do espaço geográfico (objeto de estudo da Geografia), fazendo-o entender quão complexos são os fenômenos humanos no espaço e instigando sua capacidade de produção e transformação da sociedade, através da participação consciente, embasado em uma perspectiva crítica da realidade social. A Geografia Moderna faz uma crítica ao positivismo, que defende a Geografia como uma ciência da observação de elementos naturais, e a apoia como uma Ciência Social, buscando entender a interação do homem com a natureza e as vertentes das questões sociais. Essa corrente de pensamento é pautada em fazer do educando um indivíduo autônomo, capaz de analisar e ser agente transformador das dinâmicas históricas que vão além da visão superficial do pensamento da Geografia tradicional. A corrente de pensamento da geográfico moderna enxerga a Geografia como uma Ciência Social, podendo ser dividida em duas vertentes: a Pragmática, que refere-se à Geografia aplicada, embasada teórica ou quantitativamente na tomada de decisões, enquanto a Crítica não aceita a realidade social desigual e injusta, com o intuito de gerar a transformação da sociedade em busca de torná-la um ambiente mais justo e igualitário. Ademais, a corrente do pensamento de Geografia moderna não acredita na transmissão de conhecimentos fracionados e mnemônicos, pelo contrário, ela entende o aluno como um agente ativo na educação e o professor como um incentivador desse processo. Assim como o educando é levado a repensar a realidade em que está inserindo, considerando as transformações históricas que antecederam a atualidade, em prol de uma reorganização consciente do cenário em que o indivíduo está presente.
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