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CEAV
Organização Industrial
2015
Prof. Antonio Carlos Assumpção
Organização Industrial
Prof. Antonio Carlos Assumpção
Site: acjassumpcao77.webnode.com
Bibliografia
� Organização Industrial. Org. D. Kupfer e Lia Hasenclever, Ed. Campus,
2ª ed.
� Economia das Empresas e Estratégias de Negócios. Michael R. Baye,
McGraw Hill, 6ª ed.
� Microeconomia. Robert S. Pindyck e Daniel L. Rubinfeld, Ed. Pearson,
7ª ed.
• Conteúdo Programático
• O curso de Organização Industrial está estruturado de acordo com
o último edital do BNDES (2013). Além disso, veremos também
alguns tópicos adicionais relevantes, geralmente cobrados nas
provas das Agências Reguladoras.
• Conceitos de indústria, mercado, cadeia produtiva e complexos
industriais.
• Organização Industrial e as Escolas de Harvard e de Chicago.
• Modelo estrutura-conduta-desempenho
• Observação: A Cinco Forças de Porter
• Análise da estrutura industrial
• Concentração industrial: índices de concentração e suas propriedades
e análise de fusões e aquisições.
• Economias de escala e de escopo e curva de aprendizagem.
• Estruturas de Mercado 
• Concorrência perfeita e bem-estar econômico
• Monopólio
• Características
• Bases do monopólio: barreiras
• Maximização de lucros
• Poder de mercado, índice de Lerner e mark-up
• Ineficiência do monopólio
• Impostos e tabelamento de preços
• Empresa com múltiplas instalações
• Estratégias de Maximização de Lucros
• Discriminação de preços
• Discriminação de 1º grau, de 2º grau e de 3º grau
• Economia dos cupons e reembolso
• Discriminação de preços intertemporal e preço de pico
• Tarifa em duas partes
• Gastos em propaganda
• Monopólio Natural
• Monopsônio
• Concorrência Monopólica
• Diferenciação de produtos
• Oligopólio
• Fixação de quantidades e preços
• Regulação Econômica
• Regulação por taxa de retorno e o efeito Averch-Johnson
• Preço-teto (price cap)
• Regulação de Monopólio Multiproduto: A Regra de Ramsey
• Condutas anticompetitivas horizontais e verticais
• Padrão de concorrência: Concorrência schumpeteriana, e
processo schumpeteriano de “destruição criadora”
• Tipos de inovação: produto, processo, organizacional e serviço
• Análise do ciclo de vida do produto
� Tópicos adicionais, que vimos em Desenvolvimento
Econômico:
� Política industrial: instrumentos verticais e horizontais.
� Papel da tecnologia na dinâmica econômica.
� Processo de inovação e difusão tecnológica.
� Modelo linear e modelos interativos de inovação.
� Sistemas Nacionais de Inovação. Indicadores de esforço e
resultado de inovação.
Organização IndustrialOrganização IndustrialOrganização IndustrialOrganização Industrial
• Organização industrial é um ramo da economia que
estuda a estrutura e os limites entre as empresas e os
mercados e as interações estratégicas das empresas.
• Considera como as empresas estão organizadas e como
eles competem.
• O estudo da organização industrial acrescenta ao modelo
de concorrência perfeita fricções do mundo real, tais
como informação limitada, custos de transação, custos
do ajustamento de preços, intervenções do governo,
barreiras à entrada,...
• Estuda-se também a regulação, por parte do governo, de
mercados não-competitivos.
ConceitosConceitosConceitosConceitos de de de de IndústriaIndústriaIndústriaIndústria, , , , MercadoMercadoMercadoMercado, , , , CadeiaCadeiaCadeiaCadeia
ProdutivaProdutivaProdutivaProdutiva e e e e ComplexosComplexosComplexosComplexos IndustriaisIndustriaisIndustriaisIndustriais....
• Um mercado corresponde ao local, físico ou não, onde
são transacionados produtos substitutos próximos
entre si.
• Uma indústria é formada por um grupo de empresas
voltadas para a produção de mercadorias fornecidas a
um mesmo mercado.
• As cadeias produtivas resultam da crescente divisão do
trabalho e maior interdependência entre os agentes
econômicos.
• Se, por um lado, as cadeias são criadas pelo processo de
desintegração vertical e especialização técnica, por outro
lado, as pressões competitivas por maior integração e
coordenação entre as atividades, ao longo das cadeias,
ampliam a articulação entre os agentes econômicos.
ConceitosConceitosConceitosConceitos de de de de IndústriaIndústriaIndústriaIndústria, , , , MercadoMercadoMercadoMercado, , , , CadeiaCadeiaCadeiaCadeia
ProdutivaProdutivaProdutivaProdutiva e e e e ComplexosComplexosComplexosComplexos IndustriaisIndustriaisIndustriaisIndustriais....
• Logo, a cadeia produtiva deve ser entendida como um
conjunto de etapas consecutivas pelas quais passam e
vão sendo transformados e transferidos os diversos
insumos.
• Esta definição abrangente permite incorporar diversos
tipos de cadeia.
I. Segmentando-se longitudinalmente (no sentido do
comprimento) pode-se ter uma cadeia produtiva
empresarial, onde cada etapa representa uma empresa (ou
conjunto de poucas empresas que participam de um acordo
de produção). Este desenho é encontrado, por exemplo, em
supply chain management e corresponde, também, a
proposta de subsistema vertical estritamente coordenado
(SVEC);
ConceitosConceitosConceitosConceitos de de de de IndústriaIndústriaIndústriaIndústria, , , , MercadoMercadoMercadoMercado, , , , CadeiaCadeiaCadeiaCadeia
ProdutivaProdutivaProdutivaProdutiva e e e e ComplexosComplexosComplexosComplexos IndustriaisIndustriaisIndustriaisIndustriais....
II. Em um nível mais agregado encontram-se as cadeias
produtivas setoriais, nas quais as etapas são setores
econômicos e os intervalos são mercados entre setores
consecutivos. Variando a amplitude do leque de produtos
considerados, nos setores econômicos obtêm-se cadeias
mais ou menos desagregadas. Nesse sentido, pode-se ter,
por exemplo, a cadeia dos calçados de couro ou a cadeia de
calçados.
• Duas cadeias são ditas concorrentes quando seus
produtos finais servem a um mesmo mercado e as
cadeias são relativamente independentes entre si
(cadeias concorrentes fabricam produtos substitutos).
ConceitosConceitosConceitosConceitos de de de de IndústriaIndústriaIndústriaIndústria, , , , MercadoMercadoMercadoMercado, , , , CadeiaCadeiaCadeiaCadeia
ProdutivaProdutivaProdutivaProdutiva e e e e ComplexosComplexosComplexosComplexos IndustriaisIndustriaisIndustriaisIndustriais....
• O entrelaçamento das cadeias é bastante comum, com
muitas cadeias se repartindo e outras se juntando.
• As cadeias de uma economia doméstica podem ser
agregadas em conjuntos ou blocos, de forma que o valor
médio das compras e vendas entre os setores
constituintes de um bloco seja maior do que o valor
médio das compras e vendas destes mesmos setores com
os setores de outros blocos. Os blocos assim formados
são denominados complexos industriais.
ConceitosConceitosConceitosConceitos de de de de IndústriaIndústriaIndústriaIndústria, , , , MercadoMercadoMercadoMercado, , , , CadeiaCadeiaCadeiaCadeia
ProdutivaProdutivaProdutivaProdutiva e e e e ComplexosComplexosComplexosComplexos IndustriaisIndustriaisIndustriaisIndustriais....
Organização Industrial e as Escolas de Organização Industrial e as Escolas de Organização Industrial e as Escolas de Organização Industrial e as Escolas de 
Harvard (Estruturalista) e ChicagoHarvard (Estruturalista) e ChicagoHarvard (Estruturalista) e ChicagoHarvard (Estruturalista) e Chicago
• A escola de Harvard, ou estruturalista, enfoca a política
antitruste no combate ao poder de mercado.
• A abordagem estruturalista baseia-se na proposição
teórica de que elementos chaves estruturais de um
mercado determinam a conduta e o desempenho das
firmas.
• Basicamente, um grande número de vendedores e a
ausência de barreiras à entrada de novos concorrentes,
entre outros fatores, garantiriam bons resultados nos
mercados em termos de bem-estar econômico (isto é,
preços baixos, além de mais e melhores produtos).
• Em geral, as pesquisas teóricas e empíricas baseadas no
modelo Estrutura-Conduta-Desempenho buscam
demonstrar que a redução do número de vendedores e
a elevação do nível das barreiras à entrada (estrutura
do mercado) facilitam a coordenação entrefirmas
(conduta) e elevam a probabilidade de que os preços
praticados no interior desse mercado sejam
sistematicamente maiores do que o custo médio e
marginal de longo prazo (desempenho).
Organização Industrial e as Escolas de Organização Industrial e as Escolas de Organização Industrial e as Escolas de Organização Industrial e as Escolas de 
Harvard (Estruturalista) e ChicagoHarvard (Estruturalista) e ChicagoHarvard (Estruturalista) e ChicagoHarvard (Estruturalista) e Chicago
• Já a Escola de Chicago, inspirada nos fundamentos e
princípios econômicos neoclássicos, resumidamente,
defende que os atos de concentração econômica são
resultados, em regra, da maior eficiência dos agentes, a
qual sempre traria benefícios à sociedade.
• Nesse contexto, os institutos antitrustes passam a ser
pensados em termos de eficiência alocativa, devendo-se
evitar a excessiva intervenção estatal sobre as forças de
mercado de forma a evitar a imposição de ineficiências
aos mercados.
Organização Industrial e as Escolas de Organização Industrial e as Escolas de Organização Industrial e as Escolas de Organização Industrial e as Escolas de 
Harvard (Estruturalista) e ChicagoHarvard (Estruturalista) e ChicagoHarvard (Estruturalista) e ChicagoHarvard (Estruturalista) e Chicago
• Portanto, o objetivo maior dos órgãos de defesa da
concorrência seria a perseguição da eficiência
econômica, direcionando sua ação contra a formação
de monopólios ou cartéis, os quais resultariam de uma
distorção, de uma falha de mercado e seriam, por
natureza, geradores de ineficiências.
Organização Industrial e as Escolas de Organização Industrial e as Escolas de Organização Industrial e as Escolas de Organização Industrial e as Escolas de 
Harvard (Estruturalista) e ChicagoHarvard (Estruturalista) e ChicagoHarvard (Estruturalista) e ChicagoHarvard (Estruturalista) e Chicago
• O modelo ECD é um instrumento oriundo da Organização
Industrial. Seu objetivo é estudar as variáveis que influenciam
no desempenho econômico, permitindo a construção de
teorias que detalhem a ligação entre essas variáveis e o
desempenho da indústria.
• O modelo permite a sistematização e articulação dos diversos
aspectos relevantes para análise da indústria e do seu
eventual poder de mercado.
• O grupo de teóricos alinhados a essa corrente de
pensamento ficou conhecido, mais comumente, como Escola
de Harvard, sendo referido também como Escola Populista ou
modelo/paradigma Estrutura-Conduta-Desempenho. A
estrutura de mercado, a qual determinaria as condutas de
cada firma, afetando, por fim, seus desempenhos, era o
principal objeto de análise desta abordagem.
Modelo EstruturaModelo EstruturaModelo EstruturaModelo Estrutura----CondutaCondutaCondutaConduta----Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)
Modelo EstruturaModelo EstruturaModelo EstruturaModelo Estrutura----CondutaCondutaCondutaConduta----Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)
Modelo Estruturalista da Escola de Harvard 
ESTRUTURA 
número de produtores e compradores, estruturas de custos, integração 
vertical e diversificação 
CONDUTA 
políticas de preços, estratégias de produto e vendas, pesquisa e 
desenvolvimento, investimentos em capacidade produtiva 
DESEMPENHO
Alocação eficiente dos recursos, atendimento das demandas dos 
consumidores, progresso técnico, contribuição para a viabilização do pleno 
emprego dos recursos, contribuição para uma distribuição equitativa da 
renda, grau de restrição monopolística da produção e margens de lucro 
Características
Ações das Firmas
Resultados da Conduta
• Existem várias formas, mais ou menos complexas de
abordar o modelo ECD.
• O A figura a seguir apresenta o modelo ECD proposto por
Carlton e Perloff (1994), que deixa clara a amplitude
desse marco teórico, assim como as inter-relações entre
as variáveis consideradas.
Modelo EstruturaModelo EstruturaModelo EstruturaModelo Estrutura----CondutaCondutaCondutaConduta----Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)
DEMANDA OFERTA 
Elasticidade-preço demanda Tecnologia 
Bens substitutos Matéria-prima 
Taxa de crescimento da demanda Sindicalização dos produtores
Sazonalidade da demanda Durabilidade do produto
Localização da demanda Localização das fábricas 
Aglomeração de pedidos Economia de escala 
Método de compra Economia de escopo 
Condições Básicas
Estrutura 
Nº de compradores e vendedores 
Barreiras à entrada 
Diferenciação do produto Integração vertical 
Diversificação da produção 
Conduta 
Propaganda 
Pesquisa e desenvolvimento 
Modo de fixação dos preços Investimentos 
Escolha do produto 
Acordo entre as empresas 
Fusões e contratos 
Desempenho 
Preço 
Eficiência produtiva e alocativa
Qualidade do produto 
Progresso técnico 
Lucros 
Políticas Governamentais 
Regulamentação 
Leis antitruste 
Impostos 
Incentivos aos investimentos 
Incentivos ao emprego 
Políticas macroeconômicas 
• Podemos citar vários exemplos de inter-relacionamento
entre as variáveis.
• Os grandes esforços de pesquisa e desenvolvimento (P&D)
realizados por uma firma (variável da conduta), podem
alterar a tecnologia predominante na indústria, a
estrutura de custos e o grau de diferenciação física do
produto.
• Políticas de determinação de preços podem encorajar a
entrada de novas firmas no mercado ou expulsar firmas
mais fracas, alterando, consequentemente, a estrutura de
mercado.
Modelo EstruturaModelo EstruturaModelo EstruturaModelo Estrutura----CondutaCondutaCondutaConduta----Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)
• A estrutura de mercado diz respeito às características de
organização que parecem influenciar estrategicamente a
natureza da competição e os preços dentro de determinado
mercado, ou seja, a estrutura refere-se à maneira como as
empresas que integram uma indústria se organizam. Para
Bain (1968) as características determinantes da estrutura de
mercado são relativas e tendem a não sofrer alterações
expressivas em curto espaço de tempo.
• No modelo ECD a estrutura de mercado é definida de acordo
com as variáveis que a compõe. Seguindo modelo de Carlton
e Perloff (1994), essas variáveis são: o número de
compradores e vendedores, as barreiras à entrada, a
diferenciação do produto, a integração vertical e a
diversificação da produção. Convém destacar que o número
de compradores e vendedores se relaciona diretamente com
a concentração de mercado.
Modelo EstruturaModelo EstruturaModelo EstruturaModelo Estrutura----CondutaCondutaCondutaConduta----Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)
• A conduta está relacionada às ações das firmas para operar
no mercado, razão pela qual pode ser tratada como sinônimo
de estratégia competitiva. Trata-se do processo de escolha
entre diferentes alternativas de decisão quanto a variáveis
que estão sob controle da empresa.
• Ao admitir-se a importância desses feed-backs, aceita-se que
as estratégias podem influenciar de forma mais significativa o
processo de concorrência e conclui-se que as firmas possuem
um papel ativo nas transformações ocorridas no ambiente
concorrencial. Dependendo do mercado que se está
considerando, as firmas podem ser as responsáveis por
alterações no padrão de concorrência, pois, ao invés de
simplesmente se adaptarem ao mercado onde operam,
também podem estabelecer ações capazes de modificá-lo.
Modelo EstruturaModelo EstruturaModelo EstruturaModelo Estrutura----CondutaCondutaCondutaConduta----Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)
• O desempenho de mercado é um resultado da conduta das
empresas, influenciado pela estrutura de mercado, políticas
públicas e condições básicas de oferta e demanda. Trata-se de
uma variável ex-post facto, ou seja, avaliada apenas após ter
acontecido.
• Portanto,o desempenho deve ser considerado um fator
multidimensional que engloba diversos elementos, tais como:
a) as decisões sobre o que, quanto e como produzir, que devem ser
eficientes em dois aspectos: os recursos escassos, que não devem
ser desperdiçados, e as decisões de produção, que devem
corresponder qualitativa e quantitativamente à demanda dos
consumidores;
b) as operações dos produtores devem ser progressivas, tirando
vantagem das oportunidades abertas pela ciência para aumentar o
output por unidade de input e fornecer aos consumidores novos
produtos superiores;
c) as operações dos produtores devem facilitar o emprego total de
recursos, em especial os recursos humanos;
d) a distribuição de renda deve ser equitativa, o que implica que a
remuneração dos produtores não seja excessiva.
Modelo EstruturaModelo EstruturaModelo EstruturaModelo Estrutura----CondutaCondutaCondutaConduta----Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)Desempenho (ECD)
Observação: As Cinco Forças de PorterObservação: As Cinco Forças de PorterObservação: As Cinco Forças de PorterObservação: As Cinco Forças de Porter
• O modelo das Cinco Forças de Porter foi concebido
por Michael Porter em 1979, e destina-se à análise da
competição entre empresas.
• Considera cinco fatores, as "forças" competitivas, que
devem ser estudados para que se possa desenvolver
uma estratégia empresarial eficiente.
• Porter refere-se a essas forças como microambiente, em
contraste com o termo mais geral macroambiente. A
utilização dessas forças em uma empresa afeta a sua
capacidade para servir os seus clientes e obter lucros.
• Uma mudança em qualquer uma das forças normalmente
requer uma nova pesquisa (análise) para reavaliar
o mercado.
• A competição estratégica, segundo Porter, e um conceito
vinculado a criação de valor e implica escolher,
invariavelmente, um caminho diferente daquele tomado
pelos outros.
� Rivalidade Entre os Concorrentes
� Poder de Negociação dos Clientes
� Poder de Negociação dos Fornecedores
� Ameaça de Entrada de Novos Concorrentes
� Ameaça de produtos Substitutos
As Cinco Forças de Porter
1) Analista 1) Analista 1) Analista 1) Analista de Política de Política de Política de Política Regulatória Regulatória Regulatória Regulatória ---- MEC MEC MEC MEC ---- 2014 2014 2014 2014 ---- CESPECESPECESPECESPE
• Julgue o item a seguir, acerca de infrações contra a ordem
econômica, de estrutura do Sistema Brasileiro de Defesa da
Concorrência, de abordagens de concorrência e de poder de
mercado.
a) O modelo de estrutura-conduta-desempenho está centrado na
ideia de que um maior grau de concentração econômica tende a
gerar resultados negativos sobre o bem estar econômico,
propondo a existência de uma relação de causalidade clara que
vai da estrutura de concentração para a conduta das empresas
e, assim, afeta a eficiência dos setores da economia.
Exercícios
(C) Definição
2222)))) EspecialistaEspecialistaEspecialistaEspecialista emememem RegulaçãoRegulaçãoRegulaçãoRegulação dededede PetróleoPetróleoPetróleoPetróleo eeee DerivadosDerivadosDerivadosDerivados
ÁÁÁÁlcoollcoollcoollcool CombustívelCombustívelCombustívelCombustível eeee GásGásGásGás NaturalNaturalNaturalNatural ---- ÁÁÁÁrearearearea IIIIIIII ---- CESPECESPECESPECESPE ---- 2013201320132013
• Acerca das abordagens de concorrência de Harvard e Chicago,
julgue os itens a seguir, em relação ao modelo de estrutura-
conduta-desempenho e poder de mercado.
• 85 - Para a escola de Harvard, a concorrência deve ser almejada
como um fim em si mesma. Já a escola de Chicago considera o
modelo de estrutura-conduta-desempenho como seu princípio
orientador.
• 86 - A escola de Chicago busca a maximização da eficiência e o
direito antitruste está centrado na proteção do bem-estar do
consumidor, seguindo o que preconiza a teoria marginalista.
(E) O contrário
(C)
• 87 - A estrutura de mercado está relacionada ao modelo
estrutura-conduta-desempenho, cujas características comuns das
firmas estão ligadas aos aspectos do grau de concentração, às
barreiras à entrada e à existência de produtos substitutos.
• 88 - O principal problema da escola de Harvard, de acordo com os
teóricos da escola de Chicago, é que a concentração é uma
condição necessária, mas não suficiente. Estruturas concentradas
que resultam em economia de recursos capaz de compensar os
seus efeitos anticompetitivos não podem ser consideradas
ineficientes.
(C)
(C)
3333)))) AnalistaAnalistaAnalistaAnalista dededede PlanejamentoPlanejamentoPlanejamentoPlanejamento ---- CiênciasCiênciasCiênciasCiências ContábeisContábeisContábeisContábeis ---- INPIINPIINPIINPI –––– 2013201320132013 ---- CESPECESPECESPECESPE
• 51 - No paradigma estrutura-conduta-desempenho, a conduta do
mercado refere-se aos padrões de comportamento das firmas, ou
seja, as ações adotadas pelas empresas para determinar o preço, a
produção e os gastos com pesquisa e desenvolvimento.
• 52 - A competição estratégica, segundo Porter, é um conceito
vinculado a criação de valor e implica escolher um caminho
diferente daquele tomado pelos outros.
• 53 - A escolha da estratégia de competitividade tem duas questões
centrais: a análise da atratividade da indústria e a posição
competitiva da empresa nessa indústria. A primeira questão é
associada as estratégias genéricas e a segunda, vinculada ao
modelo das cinco forcas de competição.
• 54 - O termo estrutura de mercado evoca três sentidos:
características aparentes do mercado, modelo estrutura-conduta-
desempenho e aspectos que conferem dinamicidade a estrutura de
mercado.
C
C
C
E
4) Especialista 4) Especialista 4) Especialista 4) Especialista em Regulação em Regulação em Regulação em Regulação –––– ANTAQ ANTAQ ANTAQ ANTAQ –––– 2014 2014 2014 2014 ---- CESPECESPECESPECESPE
a) No modelo estrutura–conduta–desempenho, pressupõe–se que
a eficiência da economia depende diretamente do
comportamento das empresas, o qual, por sua vez, é
influenciado pela estrutura do mercado. A autoridade antitruste
que segue esse modelo deve, portanto, monitorar as condutas e
estruturas prejudiciais à eficiência econômica e agir para
reprimi–las ou corrigi–las. C
5555)))) EspecialistaEspecialistaEspecialistaEspecialista emememem RegulaçãoRegulaçãoRegulaçãoRegulação –––– EconomiaEconomiaEconomiaEconomia –––– ANAANAANAANATELTELTELTEL ––––
2014201420142014 ---- CESPECESPECESPECESPE
a) Com base em uma reunião entre economistas e advogados da
Universidade de Chicago, teóricos formularam o que ficou
conhecido como o modelo estrutura–conduta–desempenho ou
modelo de Chicago, que influencia até hoje a aplicação da
legislação antitruste como abordagem da política de defesa da
concorrência. E
6) Petrobras 6) Petrobras 6) Petrobras 6) Petrobras ---- Engenheiro Engenheiro Engenheiro Engenheiro de Produção Júnior de Produção Júnior de Produção Júnior de Produção Júnior –––– 2014 2014 2014 2014 ----
CesgranrioCesgranrioCesgranrioCesgranrio
• Sobre o Modelo das Cinco Forças Competitivas, considere as
afirmações a seguir.
I. São exemplos de ameaças a produtos substitutos os custos de
mudança, a diferenciação do produto e as economias de
escala.
II. O maior poder de negociação dos compradores conduz à
disputa entre fornecedores concorrentes e,
consequentemente, à redução na rentabilidade do negócio.
III. A ameaça de saída de um participante da indústria diz
respeito à relação entre as barreiras de saída existentes e a
reação dos concorrentes à saída deste participante.
IV. A competição com produtos substitutos faz com que haja uma
redução no retorno potencial das empresas deste mercado,
uma vez que limita o preço que tais empresas podem fixar.
V
V
F
F
É correto o que se afirma em
a) I e III, apenas
b) II e IV, apenas
c) I, II e III, apenas
d) II, III e IV, apenas
e) I, II, III e IV
Análise da Estrutura IndustrialAnálise da Estrutura IndustrialAnálise da Estrutura IndustrialAnálise da Estrutura Industrial
• Diversos fatores podem afetar as decisões das firmas com
relação a quanto produzir,que preço cobrar, quanto
gastar em publicidade ou em P&D.
• Veremos mais especificamente alguns desses fatores:
• concentração industrial (índices de concentração);
• economias de escala, aprendizagem e economias de
escopo;
• diferenciação de produtos (ganho de poder de mercado);
• barreiras à entrada (característica central dos monopólios).
Concentração IndustrialConcentração IndustrialConcentração IndustrialConcentração Industrial
• A importância de medirmos a concentração industrial:
• a maior concentração industrial proporciona maior
poder de mercado.
• Índices de concentração pretendem fornecer um
indicador da concorrência existente em um determinado
mercado. Quanto maior a concentração, menor a
concorrência entre as firmas, e mais concentrado estará o
poder de mercado virtual da indústria. Poder de mercado
virtual de uma empresa individual esta relacionado com a
sua capacidade de controlar o preço de venda do
produto.
• De uma forma geral, podemos observar a maior ou
menor concentração industrial através do tamanho das
maiores empresas em uma determinada indústria
(participação relativa).
• Outro fator que deve ser considerado é o tamanho da
distribuição das empresas em uma indústria; isto é,
existem muitas organizações pequenas em uma indústria,
ou apenas algumas poucas grandes ?
Concentração IndustrialConcentração IndustrialConcentração IndustrialConcentração Industrial
• Podemos classificar medidas de concentração como
parciais ou sumárias, positivas ou normativas.
• Parciais: não utilizam os dados da totalidade das
empresas em operação na indústria em consideração:
razões de concentração (concentration ratio).
• Sumárias: requerem dados sobre todas as empresas em
operação: índice de Hirschman-Herfindahl e índice de
entropia de Theil.
Concentração IndustrialConcentração IndustrialConcentração IndustrialConcentração Industrial
• Positivas: são unicamente função da estrutura aparente
do mercado industrial (nível e distribuição das parcelas de
mercado) e não dependem de qualquer parâmetro
comportamental, seja ele relativo aos produtores
(variações conjecturais, coeficientes de aversão a
incerteza etc.), seja relativo aos consumidores
(elasticidades diretas ou coeficientes de substituição).
• Normativas: levam em conta, além da estrutura aparente,
os parâmetros comportamentais citados anteriormente.
• Trataremos apenas das medidas positivas de maior uso
da literatura econômica.
Concentração IndustrialConcentração IndustrialConcentração IndustrialConcentração Industrial
Medidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de Concentração
�Taxa de Concentração
• A taxa de concentração mede quanto da produção total
de uma indústria é produzida por suas maiores
empresas.
• Podemos fazer isso para diversos números de empresas,
mas exemplificaremos para quatro firmas.
• A Taxa de Concentração de Quatro Firmas (C4) é dada
pela fração das vendas totais da indústria geradas pelas
quatro maiores empresas da indústria.
Medidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de Concentração
�Taxa de Concentração
• Onde:
• Si representam as vendas das quatro maiores firmas;
• ST representa as vendas totais das empresas.
• De forma equivalente, a taxa de concentração de quatro
firmas é a soma das parcelas de mercado das quatro
maiores firmas.
• Onde wi = Si/ST.
1 2 3 4
4
T
S S S S
C
S
+ + +
=
4 1 2 3 4C w w w w= + + +
Medidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de Concentração
�Taxa de Concentração
• Quando uma indústria é composta por um número
muito grande de empresas, e cada uma delas é muito
pequena, a taxa de concentração de quatro firmas é
próxima de zero.
• Quando quatro ou menos empresas produzem toda a
produção de uma indústria, a taxa de concentração de
quatro firmas é igual a 1.
• Logo, quanto mais próxima de zero for C4, menos
concentrada será a indústria e quanto mais próxima de 1
mais concentrada será a indústria.
• Observe que trata-se de uma medida bastante crua do
tamanho estrutural de uma indústria.
Medidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de Concentração
�Taxa de Concentração: um exemplo.
• Suponha uma indústria formada por 6 firmas. Quatro
firmas têm vendas de $10 cada e duas têm vendas de $5
cada. Qual a taxa de concentração de quatro firmas para
essa indústria ?
• Note que as vendas totais são iguais a $50. Logo:
• Logo, as quatro maiores firmas dessa indústria
respondem por 80% da produção total da indústria.
4
$10 $10 $10 $10
0,8
$50
C
+ + +
= =
• Índice de Herfindahl-Hirschman (IHH)
• Outra medida de concentração é o IHH que é dado pela
soma dos quadrados das parcelas de mercado das
empresas em dada indústria, multiplicada por 10.000,
para eliminar a necessidade de decimais.
• Ao elevar ao quadrado as parcelas de mercado antes de
somá-las, o IHH pondera com maior peso as empresas
com maior parcela de mercado. Dito de outro modo,
elevar cada parcela de mercado ao quadrado significa
atribuir um peso maior as empresas relativamente
maiores.
• Onde wi é a participação da empresa relativamente à
produção da indústria.
Medidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de Concentração
210.000 iIHH w= ∑
• Índice de Herfindahl-Hirschman (IHH)
• O índice pode variar entre 0 e 10.000, que corresponde a
100% (100) elevado ao quadrado.
• O valor máximo, 10.000, corresponde a um mercado
monopolista (uma única empresa) e o índice tende a zero
quando maior o número de empresas.
• Mercados com valores inferiores a 1.000 são competitivos.
• Mercados com índice entre 1.000 e 1.800 são
moderadamente concentrados.
• Mercados com IHH superior a 1.800 são muito
concentrados.
• No caso de fusões, variações de mais de 100 pontos
despertam a atenção das autoridades responsáveis pelas
ações antitruste.
Medidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de Concentração
• Índice de Herfindahl-Hirschman (IHH): Um exemplo.
• Suponha uma indústria com 3 empresas. Duas têm vendas de
$10 cada e uma têm vendas de $30 (total de $50).
• Qual o IHH para essa indústria ? Qual é a taxa de
concentração de 4 firmas ?
• A taxa de concentração de 4 firmas é igual a 1, pois as três
maiores empresas representam todas as vendas da indústria.
Medidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de Concentração
2 2 2
30 10 10
10.000 4.400
50 50 50
IHH
      
= + + =      
       
• Observação:
• Existem outros índices de concentração que fogem ao
escopo desse curso, por exemplo:
• Índice de Entropia de Theil
• O limite inferior corresponde a uma situação de concentração
máxima e o valor máximo correspondente a uma situação de
concentração mínima.
• Índice de Hannah-Kay (caso geral do HHI )
Medidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de Concentração
( )
1
1
1
n
i
i
HK w
α
α
 
 
− 
=
=∑
wi é elevado à potência “α”(estudos dos
autores sugerem que o ideal varia entre 0.6
e 2.5)
( )
1
ln
n
i i
i
IT w w
=
= −∑
1) BNDES 1) BNDES 1) BNDES 1) BNDES –––– Economista Economista Economista Economista –––– 2013 2013 2013 2013 ---- 35353535
• Em um determinado mercado, existem cinco firmas (A, B, C, D
e E) com igual participação de 20%. Suponha que a firma D
adquira a firma E. Com base no índice de concentração
Herfindahl-Hirschman ou IHH (em um intervalo entre 0 e 1),
tem-se que o IHH
• (A) cai 0,05 após a compra da firma E pela D.
• (B) é impossível ser calculado com base nas informações
disponíveis.
• (C) é igual a 0,25, após a compra da firma E pela D.
• (D) passa a ser igual a 0,28, após a compra da firma E pela D.
• (E) seria zero, caso a concentração fosse absoluta.
Exercícios
• De acordo com o enunciado, o IHH deve variar entre 0 e
1. Logo, devemos dividir o IHH por 10.000 (seu valor
máximo). Assim, temos:
• Utilizando os dados fornecidos no enunciado:• Após a aquisição da firma E pela firma D:
2 2 2 2 220 20 20 20 20 2.000
0, 2
10.000 10.000
A B C D EIHH
+ + + +
= = =
210.000
10.000
iw
IHH =
∑
2 2 2 2
1 20 20 20 40 2.800 0, 28
10.000 10.000
A B C DIHH
+ + +
= = =
• Critérios Axiomáticos
• Cinco propriedades que bons índices de concentração
(positivos) devem ter:
1. Considerando Indústrias fechadas (numero n fixo de
empresas):
• Princípio da transferência: se uma empresa maior ocupar
parte do mercado atendido por uma empresa menor, o índice
não pode diminuir. Formalmente:
• Minimalidade em simetria: quando todas empresas tem
parcelas iguais de mercado, o índice deve apresentar um valor
mínimo simétrico:
Medidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de Concentração
( ) ( )2 1 2 1 2 3 1 20 , , ,..., , ,...,n nSe w w e w C w w w w C w w w< < ∆ < ⇒ + ∆ − ∆ ≥
( )
1 1 1
, ,..., minC C w
n n n
 
= 
 
• Critérios Axiomáticos
• Cinco propriedades que bons índices de concentração
(positivos) devem ter:
• Critério de Lorenz: se em duas indústrias com mesmo número
de empresas e parcelas de mercado w = (w1, ..., wn) e
r = (r1, ..., rn), a primeira distribuição dominar a segunda, a
concentração na primeira deverá ser maior que na segunda.
Formalmente:
Medidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de Concentração
( )
( ) ( ) ( ) ( ); 1, 2,3,...,
w
w r
Se C k é a razão de concentração de ordem k na indústria com parcelas w
e C k C k k n C w C r≥ = ⇒ ≥
• Critérios Axiomáticos
• Cinco propriedades que bons índices de concentração
(positivos) devem ter:
2. Considerando indústrias abertas (existe entrada e
saída de empresas):
• Não decrescimento em fusões horizontais: fusões horizontais
nunca trazem benefícios para a concorrência. Formalmente:
• Não crescimento em simetria: em uma indústria com
empresas de igual tamanho na qual existe acomodação
perfeita à entrada de uma nova empresa, o índice de
concentração não aumenta. Formalmente, é uma
função não crescente de n.
Medidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de ConcentraçãoMedidas de Concentração
( ) ( )
'
1
'
1 1 3 1 21 2 , ,..., , ,...,n n n n
Se w é a parcela de mercado da nova empresa resultante da fusão
das empresas e então C w w w C w w w− ≥
( )1/ ,...,1/C n n
Limitações das Medidas de ConcentraçãoLimitações das Medidas de ConcentraçãoLimitações das Medidas de ConcentraçãoLimitações das Medidas de Concentração
• Estatísticas e outros dados devem sempre ser
interpretados com cuidado e as medidas de concentração
não são exceção. Vejamos algumas limitação dos índices
de concentração que vimos anteriormente.
• Mercados Globais:
• a taxa de concentração (C4) e o IHH são baseados em uma
definição de produto de mercado que exclui produtos
importados. Logo, não é levada em consideração a penetração
de produtos importados. Isso tende a superestimar o
verdadeiro nível de concentração em indústrias nas quais um
número significativo de produtores estrangeiros atende o
mercado.
Limitações das Medidas de ConcentraçãoLimitações das Medidas de ConcentraçãoLimitações das Medidas de ConcentraçãoLimitações das Medidas de Concentração
• Mercados Locais, Regionais e Nacionais
• Os índices apresentados se baseiam para todo o território
nacional. Entretanto, muitas vezes, os mercados relevantes são
locais e podem ser compostos por apenas poucas empresas.
Quando os mercados relevantes são locais, o uso de dados
nacionais tende a subestimar o nível efetivo de concentração
nos mercados locais.
• Por exemplo, suponha que cada um dos 50 Estados Norte-
Americanos possua apenas 1 posto de gasolina. Se todos os
postos fossem do mesmo tamanho, cada empresa teria uma
parcela de mercado de 1/50. A taxa de concentração de quatro
firmas, com base nos dados nacionais seria de 4/50 = 8%. Isso
poderia sugerir que esse mercado não é muito concentrado. No
entanto, para um consumidor do Texas não é vantajoso comprar
gasolina nos outros 49 estados, uma vez que o mercado
relevante é seu mercado local. Logo, nesse caso, temos uma
medida de concentração tendenciosa.
Limitações das Medidas de ConcentraçãoLimitações das Medidas de ConcentraçãoLimitações das Medidas de ConcentraçãoLimitações das Medidas de Concentração
• Definições de Indústria e Classes de Produtos
• Já enfatizamos que a definição geográfica do mercado relevante
(local ou nacional) pode levar a um viés nas taxas de
concentração. Similarmente, a definição de classes de produtos
para definir uma indústria também afeta os índices.
• Quando construímos um índice há uma agregação considerável
entre classes de produtos.
• Por exemplo, a taxa de concentração de quatro firmas para
refrigerantes era de 46% em 2002, nos EUA. Parece um número
baixo, dado o domínio desse mercado pela Coca-Cola e Pepsi. No
entanto, essa taxa de concentração foi baseada em uma
definição mais ampla de refrigerantes, incluindo mais tipos de
bebidas engarrafadas, incluindo sucos, chá gelado e limonada.
• Como então determinar quais produtos pertencem a qual
indústria ? Em geral, os produtos substitutos próximos (que
possuem elevada elasticidade-cruzada positiva) são
considerados pertencentes a uma classe de indústria.
• A respeito do conceito de mercados relevantes e das práticas
anticompetitivas horizontais e verticais, julgue os itens
subsequentes.
• 89 - Ainda que não aumente o grau de concentração no mercado
relevante, a verticalização poderá aumentar a capacidade de
exercício de poder de mercado, caso se constitua uma barreira
elevada à entrada ou facilite a coordenação de decisões.
• 90 - Da definição de mercado relevante desconsidera-se a unidade
básica de análise sobre a qual será mensurado o grau de
concentração do mercado, pois é necessário que ele apresente
importância econômica.
• 91 - A determinação de um mercado relevante ocorre em termos
dos produtos ou dos serviços que o compõem e da área geográfica
sobre a qual um possível monopolista imporá um aumento de
preços significativo e não transitório.
1111)))) EspecialistaEspecialistaEspecialistaEspecialista emememem RegulaçãoRegulaçãoRegulaçãoRegulação dededede PetróleoPetróleoPetróleoPetróleo eeee DerivadosDerivadosDerivadosDerivados
ÁÁÁÁlcoollcoollcoollcool CombustívelCombustívelCombustívelCombustível eeee GásGásGásGás NaturalNaturalNaturalNatural ---- ÁÁÁÁrearearearea IIIIIIII ---- CESPECESPECESPECESPE ---- 2013201320132013
C
C
E
Exercícios
• 92 - Para avaliar práticas anticompetitivas, o monopolista
hipotético indica, entre vários testes possíveis, que o mercado
relevante é definido como o menor grupo de produtos e a menor
área geográfica, que é condição para um suposto monopolista
impor um aumento de preços.
• 93 - Um exemplo de concentração vertical no mercado brasileiro
é a AMBEV, união das cervejarias Antarctica e Brahma, que
controla um único setor.
C
E
• Em relação a análise da indústria e da concorrência, julgue os
itens subsequentes.
• 55 - A razão de concentração considera todas as firmas de modo
diferenciado e ressalta a importância das grandes empresas, visto
que há, sobre estas, uma ponderação maior do que nas pequenas
firmas.
• 57 - O teste da razão de concentração na indústria implica a
maximização do lucro pela firma quando a receita marginal iguala
o custo marginal da produção, determinando produto de
equilíbrio e número de firmas de equilíbrio.
2222)))) AnalistaAnalistaAnalistaAnalista dededede PlanejamentoPlanejamentoPlanejamentoPlanejamento ---- CiênciasCiênciasCiênciasCiências ContábeisContábeisContábeisContábeis ---- INPIINPIINPIINPI –––– 2013201320132013 ---- CESPECESPECESPECESPE
E
E
• 58 - Na teoria econômica ortodoxa, a estrutura de mercado
refere-se aos costumes, políticas, métodos de gestão e padrões
de concorrência.
• 59 - Para analisar a evolução de uma indústria, pode-se utilizar os
agregados denominados índice de Herfindahl, índice de Hall-
Tideman e índice de entropia de Theil. Esse último corresponde a
razão de concentração dos maiores grupos existentesna
indústria, como, por exemplo, as três, cinco ou dez maiores
empresas. E
E
3) IBGE 3) IBGE 3) IBGE 3) IBGE –––– Analista Analista Analista Analista ---- 2011201120112011
A concentração industrial implica em maior desigualdade na repartição do
mercado entre empresas. Sendo assim, é desejável conhecer o grau de
concentração do mercado de interesse. As medidas positivas que
identificam esse grau de concentração levam em consideração o número de
empresas e a desigualdade do tamanho das mesmas. A partir dessas
informações, marque a alternativa INCORRETA.
a) As razões de concentração consideram a presença de empresas
pequenas na indústria e a participação relativa de cada empresa no
grupo das K maiores.
b) O limite superior do índice de Hirschaman-Herfindahl indica a
presença de monopólio.
c) O limite inferior do índice de entropia de Theil, o valor zero indica a
presença de monopólio.
d) O princípio de transferência é uma propriedade que o índice de
Hirschman-Herfindahl atende.
e) A minimalidade em simetria é um critério importante na seleção de
um indicador de concentração.
• O item A é falso. Na verdade, as razões de concentração não consideram a
presença de empresas pequenas e a participação relativa de cada empresa
no grupo das K maiores.
• Conforme foi visto, o item B é verdadeiro.
• O item D também é verdadeiro. O Princípio da transferência diz que, se
uma empresa maior ocupar parte do mercado atendido por uma empresa
menor, o índice não pode diminuir. Note que o IHH é calculado utilizando
dados da participação da empresa, em %, num determinado mercado com
n empresas. Portanto, caso uma firma maior ocupe parte do mercado
atendido por uma firma menor o IHH não diminui.
• O item C é verdadeiro. O índice de entropia Theil é calculado da seguinte
forma:
Assim, o índice de entropia de Theil pode ser considerado uma medida
inversa de concentração, onde o limite inferior corresponde a uma situação
de concentração máxima, e é igual a zero.
Os bons índices de concentração devem respeitar cinco propriedades (as três
primeiras no caso de indústrias fechadas – número fixo de empresas e as
duas últimas no caso de indústrias abertas – existe entrada e saída de
empresas): Princípio da transferência, Minimalidade em simetria, Critério de
Lorenz, Não decrescimento em fusões horizontais e Não crescimento em
simetria. Logo, o item E é verdadeiro.
( )
1
ln
n
i i
i
IT s s
=
= −∑
Economias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de Escala
• Sendo os dois insumos, capital e trabalho,
variáveis (Longo Prazo), devemos nos perguntar
qual o impacto sobre a produção de uma
alteração proporcional em ambos os
insumos. Tal alteração é chamada de mudança
na escala de produção, e pode gerar três
resultados:
Economias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de Escala
• Rendimentos Crescentes de Escala
• Ao variarmos ambos os insumos proporcionalmente, a
produção varia mais que proporcionalmente.
• Rendimentos Constantes de Escala
• Ao variarmos ambos os insumos proporcionalmente, a
produção também varia proporcionalmente.
• Rendimentos Decrescentes de Escala
• Ao variarmos ambos os insumos proporcionalmente, a
produção varia menos que proporcionalmente.
Trabalho (horas)
Capital
(máq./hora)
Q10
Q30
Rendimentos Crescentes de Escala
5 10
2
4
0
Caminho de Expansão
Economias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de Escala
Economias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de Escala
Trabalho (horas)
Capital
(máq./hora)
Rendimentos Constantes de Escala
Q10
Q20
Q30
155 10
2
4
0
Caminho de Expansão
6
Trabalho (horas)
Capital
(máquinas
horas)
Rendimentos Decrescentesde Escala
10
15
5 10
2
4
0
Caminho de Expansão
Economias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de Escala
• Indivisibilidade de Equipamentos e da Própria Planta
• Certos tipos de maquinárias e de disposição (layout) da planta
só são economicamente factíveis após determinados tamanhos
mínimos, de modo que plantas menores devem utilizar
máquinas ou disposições internas com menor eficiência.
• Indivisibilidade de Financiamentos
• Maiores financiamentos, menores os custos unitários.
• Indivisibilidade de Operações Mercadológicas
• Evidentemente, antes que as atividades mercadológicas e
de pesquisa possam alcançar seu dimensionamento ótimo
e, consequentemente, possam ser atingidos custos unitários
menores, há necessidade de que tanto a produção como o
nível de vendas atinjam uma certa magnitude.
Razões Para a Existência de Economias de EscalaRazões Para a Existência de Economias de EscalaRazões Para a Existência de Economias de EscalaRazões Para a Existência de Economias de Escala
Razões Para a Existência de Economias de EscalaRazões Para a Existência de Economias de EscalaRazões Para a Existência de Economias de EscalaRazões Para a Existência de Economias de Escala
• Preços Reduzidos dos Fatores
• Aquisições de matérias-primas em grandes quantidades
propiciam, geralmente, menores custos unitários.
• Benefícios Organizacionais
• Derivados da eficiência de uma melhor coordenação e
planejamento das atividades da firma.
• Especialização do Trabalho
• À medida que o processo cresce e pode ser realizado por
partes, cresce a especialização do trabalho, com aumento da
produtividade e redução de custos.
Razões Para a Existência de Razões Para a Existência de Razões Para a Existência de Razões Para a Existência de DeseconomiasDeseconomiasDeseconomiasDeseconomias de Escalade Escalade Escalade Escala
• Perda de Eficiência
• Em decorrência da complexidade crescente assumida pelas
atividades de coordenação e organização da firma.
• Custos Crescentes dos Fatores não Reprodutivos
• Tais como valores de arrendamento, de organização do
trabalho e de aperfeiçoamento da mão-de-obra.
• Desenvolvimento de Funções Subsidiárias
• Tais como as despesas jurídicas ou legais e dispêndios com
relações públicas.
• Elasticidade Escala
• Mede a variação proporcional na produção dada
uma expansão de todos os insumos na mesma
proporção.
EE > 1 : rendimentos crescentes de escala
EE < 1 : rendimentos decrescentes de escala
EE = 1 : rendimentos constantes de escala
λ
λ∆
∆
=
Q
Q
EE
Variação proporcional na escala de produção
Economias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de Escala
Q
Q
CT
CT
EC ∆
∆
=
EE
1
=
• Elasticidade Custo
• A elasticidade custo é dada pelo inverso da
elasticidade escala.
• Observe que, se dobrarmos K e L e a produção
aumentar mais que 100%, o CMeLP será reduzido.
Variação percentual na produção
derivada de uma alteração na
escala de produção
Economias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de Escala
• Portanto, alterando a escala de produção,
podemos ter 3 resultados diferentes:
• Manutenção do custo médio (rendimentos constantes
de escala).
• Aumento do custo médio (rendimentos decrescentes
de escala).
• Redução do custo médio (rendimentos crescentes de
escala).
Economias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de Escala
1
1
<
>
C
E
E
E
Produção (Q)
Custo ($)
CMeLP
CMgLP
A
1
1
>
<
C
E
E
E
Economias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de Escala
Produção (Q)
Custo ($) 
Q3
CMeCP3
CMgCP3
Q2
CMeCP2
CMgCP2
Q1
CMeCP1
CMgCP1
CMeLP = CMgLP$10
� Se, para vários tamanhosde fábrica (escalas de produção), o CMeCP
mínimo é $10, temos: CMeLP = CMgLP = constante.
� Note que, nesse caso, com rendimentos constantes de escala, qualquer
tamanho de planta é minimizador de custos
Economias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de Escala
Produção (Q)
Custo ($)
CMgCP1
CMeCP1
CMeCP2
CMgCP2CMgLP 
$10
Q1
$8
B
A
CMeLP CMeCP3
CMgCP3
� Para o nível de produção Q1 o tamanho escolhido da fábrica seria
aquele associado à curva CMeCP1 , e teríamos CMeCP = $8. O ponto
B está localizado na curva de CMeLP porque refere-se ao tamanho
ótimo da fábrica para determinado nível de produção.
Economias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de Escala
• Qual é a curva de longo prazo da empresa?
• As empresas podem mudar a escala de produção para
obter diferentes níveis de produção no longo prazo.
• A curva de custo médio de longo prazo corresponde aos
trechos das curvas de CMeCP em azul escuro.
Economias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de EscalaEconomias (ou Rendimentos) de Escala
Funções de Produção e Rendimentos de EscalaFunções de Produção e Rendimentos de EscalaFunções de Produção e Rendimentos de EscalaFunções de Produção e Rendimentos de Escala
• A abordagem desenvolvida anteriormente para o
comportamento dos custos no longo prazo,
particularmente referente aos rendimentos de escala, foi
bastante intuitiva.
• Agora, veremos, de maneira mais formal, alguns tópicos
importantes, relativos a algumas funções de produção
específicas que são representativas, entre outras coisas,
de rendimentos constantes, crescentes ou decrescentes
de escala
Função de Produção Função de Produção Função de Produção Função de Produção CobbCobbCobbCobb----DouglasDouglasDouglasDouglas
• Isoquantas Convexas
• Existe substitutibilidade imperfeita entre os fatores de
produção.
aQ AK Lβ=
L
K
Q = 10
Q = 15
• Rendimentos de Escala
• Multiplique os fatores de produção não-rivais por uma
constante arbitrária e observe o resultado.
• Logo:
• Se (α + β) = 1 ⇒ Rendimentos Constantes de Escala
• Se (α + β) > 1 ⇒ Rendimentos Crescentes de Escala
• Se (α + β) < 1 ⇒ Rendimentos Decrescentes de Escala
aQ AK Lβ=
( ) ( )Q A K L AK L Q
α β α β α β α βλ λ λ λ+ + = ⇒ ⇒ 
Função de Produção Função de Produção Função de Produção Função de Produção CobbCobbCobbCobb----DouglasDouglasDouglasDouglas
• Produtividades Marginais e TMgS(K,L)
( )
1
, 1K L
Q
PMgL AK L KLTMgS
Q PMgK AK L L
L
α β
α β
β β
α α
−
−
∂
∂= − = − = − = −
∂
∂
1
1
Q
PMgL AK L
L
Q
PMgK AK L
K
α β
α β
β
α
−
−
∂
= =
∂
∂
= =
∂
Função de Produção Função de Produção Função de Produção Função de Produção CobbCobbCobbCobb----DouglasDouglasDouglasDouglas
Função de Produção Linear (Substitutos Perfeitos)Função de Produção Linear (Substitutos Perfeitos)Função de Produção Linear (Substitutos Perfeitos)Função de Produção Linear (Substitutos Perfeitos)
Q K Lα β= +
L
K
Q = 10
Q = 15
• As Isoquantas são Retas Negativamente Inclinadas
• Existe substitutibilidade perfeita entre os fatores de
produção.
Função de Produção Linear (Substitutos Perfeitos)Função de Produção Linear (Substitutos Perfeitos)Função de Produção Linear (Substitutos Perfeitos)Função de Produção Linear (Substitutos Perfeitos)
Rendimentos Constantes de Escala
( ),K L
Q
PMgLLTMgS
Q PMgK
L
β
α
∂
∂= − = − = −
∂
∂
Q
PMgL
L
Q
PMgK
K
β
α
∂
= =
∂
∂
= =
∂
Inclinação constante 
das isoquantas
( )Q K L K L K L Qα β αλ βλ λ α β λ= + → + ⇒ + =
{ }min ,Q K Lα β=
L
K
Q = 10
Q = 15
• As Isoquantas Possuem o Formato de L
• Não existe substitutibilidade entre os fatores de
produção.
Função de Produção de LeontiefFunção de Produção de LeontiefFunção de Produção de LeontiefFunção de Produção de Leontief
Função de Produção de LeontiefFunção de Produção de LeontiefFunção de Produção de LeontiefFunção de Produção de Leontief
Rendimentos Constantes de Escala
( ), 0K LTMgS =
 
 se 
 se 0
PMg



<
>
=
LK
LK
K βαα
βα
 
 se 
 se 0
PMg



<
>
=
KL
KL
L αββ
αβ
{ } { } { }min , min , min ,Q K L K L K L Qα β αλ βλ λ α β λ= → ⇒ =
ObservaçãoObservaçãoObservaçãoObservação
• Cuidado: nem todas as funções onde os bens são
complementos perfeitos apresentam retornos
constantes de escala. Em um caso mais geral, os
rendimentos de escala podem ser crescentes,
constantes ou decrescentes.
• Seja a FDP dada por
• Logo, os retornos de escala dependem de a.
( ) ( ){ } { }min , min ,
a aa a
K L K L Qλα λβ λ α β λ → ⇒ ⇒   
{ }min ,
a
Q K Lα β=   
A Função de Produção ESC A Função de Produção ESC A Função de Produção ESC A Função de Produção ESC 
(Elasticidade de Substituição Constante)(Elasticidade de Substituição Constante)(Elasticidade de Substituição Constante)(Elasticidade de Substituição Constante)
• De um modo geral a FDP ESC pode ser apresentada como:
,
, 0, 1 0
Q A aK bL
com A a e b e
ε
ρ ρ ρ
ρ ε
 = + 
> < >
0
1
Se substitutos perfeitos
Se complementares perfeitos
Se Cobb Douglas
σ
σ
σ
→∞⇒
→ ⇒
= ⇒ −
1
1
Lembre se que σ
ρ
− =
−
Parte 6 Slide 87
Elasticidade Escala = εεεε
( )
( ) ( )Q A aK bL aK bL
aK bL Q Q
ε ε
ρ ρ ρ ρρ ρ
εε ρ
ρρ ρ ρ ερ
λ λ
λ λ λ
 
 
 
   = + ⇒ +   
 ⇒ + ⇒ ⇒ 
1
1
1
RCE
RCrE
RDE
ε
ε
ε
= ⇒
> ⇒
< ⇒
Logo
Assim, a existência de rendimentos constantes, crescentes ou
decrescentes de escala depende de ε.
A Função de Produção ESC A Função de Produção ESC A Função de Produção ESC A Função de Produção ESC 
(Elasticidade de Substituição Constante)(Elasticidade de Substituição Constante)(Elasticidade de Substituição Constante)(Elasticidade de Substituição Constante)
As Curvas de AprendizagemAs Curvas de AprendizagemAs Curvas de AprendizagemAs Curvas de Aprendizagem
• O custo de produção de uma empresa pode diminuir
ao longo do tempo pela maior experiência e
eficiência de administradores e operários.
• Dessa forma, o custo unitário de produção pode ser
reduzido através do acúmulo de produção ao longo do
tempo (estoque).
• Note que não se trata de escala de produção (maior
fluxo de produção).
As Curvas de AprendizagemAs Curvas de AprendizagemAs Curvas de AprendizagemAs Curvas de Aprendizagem
Produção Acumulada 
de Navios
Horas de 
Trabalho 
por Navio
10 4030 5020
2100
1250
1650
1400
1200
As Curvas de AprendizagemAs Curvas de AprendizagemAs Curvas de AprendizagemAs Curvas de Aprendizagem
� A Curva de Aprendizagem pode ser expressa por:
β−+= BNAL
Constantes positivas
Número de unidades 
acumuladas de produto
Constante com valor entre 0 e 1
Trabalho por unidade de produto
� Se N = 1 , temos L = A + B. Logo, A + B mede o
insumo necessário para a produção do primeiro navio.
� Se β = 0 , o trabalho por unidade de produto não será
alterado pela maior produção acumulada de navios.
Dito de outra forma, não há aprendizagem.
� Se 0 < β < 1 , o trabalho por unidade de produto
diminuirá com o aumento da produção acumulada,
convergindo para A, que representa o menor nível de
trabalho por unidade de produto possível.
As Curvas de AprendizagemAs Curvas de AprendizagemAs Curvas de AprendizagemAs Curvas de Aprendizagem
Custos ($)
Q
CMe1
Economias de Escala
CMe2
Aprendizagem
Economia de Escala X Aprendizagem
Economias de EscopoEconomias de EscopoEconomias de EscopoEconomias de Escopo
• Verificam-se economias de escopo quando a produção
conjunta de dois produtos por parte de uma única
empresa é maior do que a produção que seria obtida
por duas empresas diferentes, cada uma produzindo um
único produto, considerando um mesmo custo total.
• Dito de outro modo, teremos economias de escopo
desde que [C(q1)+C(q2)] > C(q1,q2), ou seja, quando o
custo de produção em duas unidades (fábricas)
diferentes é maior que o custo de produção conjunto
(em umaúnica unidade).
• Se ambos os produtos utilizam capital (custo fixo) e
trabalho (custo variável) a produção conjunta pode
reduzir custos pelo compartilhamento do uso dos
fatores de produção.
• De forma mais clara, pense na possibilidade de produzir
dois bens compartilhando a mesma estrutura física, ou
seja, compartilhando o mesmo custo fixo. Nesse caso,
teríamos economias de escopo.
Economias de EscopoEconomias de EscopoEconomias de EscopoEconomias de Escopo
• O grau das economias de escopo mede a economia de
custos proporcionada pela produção conjunta:
▫ Se ESC > 0 ⇒ Economias de escopo
▫ Se ESC < 0 ⇒ Deseconomias de escopo
• Observe então, que teremos economias de escopo
desde que [C(q1)+C(q2)] > C(q1,q2). Dito de outro modo,
teremos economias de escopo desde que a função de
custos seja subaditiva
1 2 1, 2
1, 2
C(q ) (q ) (q q )
ESC 
(q q )
C C
C
+ −
=
Economias de EscopoEconomias de EscopoEconomias de EscopoEconomias de Escopo
Observação:
uma função é dita subaditiva se f(x+y) for menor que f(x)+f(y).
Ou seja, quando o total é menor que a soma das partes.
1) ANATEL 1) ANATEL 1) ANATEL 1) ANATEL –––– 2014 2014 2014 2014 ---- CESPECESPECESPECESPE
• A respeito das diferentes formas de regulação, julgue o
item a seguir.
a) Uma das formas de se avaliar a existência de
monopólio natural é verificar se a função custo é
subaditiva.
Exercícios
C
• Uma empresa produz dois bens, I e II. Seu custo total (CT),
como função dos volumes de produção, é dado pela fórmula
na qual qI e qII são as quantidades produzidas dos dois bens;
a, b e c são parâmetros positivos com as unidades adequadas.
Pelo exame da fórmula, conclui-se que, em todos os níveis de
produção de I e II, há
• (A) economias de escala na produção de I
• (B) economias de escala na produção de II
• (C) economias de escopo na produção de I e de II
• (D) deseconomias de escala na produção de I
• (E) deseconomias de escopo na produção de I e de II
2) BNDES 2) BNDES 2) BNDES 2) BNDES –––– Economista Economista Economista Economista –––– 2013 2013 2013 2013 ---- 53535353
( ) 2 2,I II I IICT q q a bq cq= + +
• Economia/deseconomia de escala
• Se a=100 (custo fixo) e b=c=1, temos:
• Se a=100 (custo fixo) e b=c=0,1 , temos:
( ) 2 2,I II I IIComo CT q q a bq cq= + +
2
1 2 (1) (1)
2
1 2 (1) (1)
200
10 0 100 10 200 20
10
500
20 0 100 20 500 25
20
q e q CT CTMe
q e q CT CTMe
= = ⇒ = + = ⇒ = =
= = ⇒ = + = ⇒ = =
2
1 2 (1) (1)
2
1 2 (1) (1)
110
10 0 100 (0,1)10 110 11
10
140
20 0 100 (0,1)20 140 7
20
q e q CT CTMe
q e q CT CTMe
= = ⇒ = + = ⇒ = =
= = ⇒ = + = ⇒ = =
Logo, podemos ter economias ou deseconomias de escala, para ambas
as firmas, dependendo dos valores de b e c.
• Economias/deseconomias de escopo
• Como a > 0 , o custo fixo é maior que zero. Note que, nesse
caso, existe economia de escopo, pois podemos produzir q1 e
q2 incorrendo no mesmo custo fixo.
• De forma mais técnica:
▫ O grau das economias de escopo mede a economia de
custos proporcionada pela produção conjunta e é dado
por:
▫ Se ESC > 0 ⇒ Economias de escopo
▫ Se ESC < 0 ⇒ Deseconomias de escopo
1 2 1, 2
1, 2
C(q ) (q ) (q q )
ESC 
(q q )
C C
C
+ −
=
( )
( )
2 2 2 2
2 2
2 2 2 2
2 2
2 2
2 2
1 1
0 , 0
I II I II
I II
I II I II
I II
I II
I II
a bq a cq a bq cq
ESC
a bq cq
a a bq cq a bq cq
ESC
a bq cq
a
ESC
a bq cq
a
ESC se a b e c
a bq cq
+ + + − + +
=
+ +
+ + + − + +
=
+ +
= + −
+ +
= > >
+ +
Como informa o enunciado
3) ANCINE 3) ANCINE 3) ANCINE 3) ANCINE –––– Analista Analista Analista Analista –––– 2013 2013 2013 2013 ---- CESPECESPECESPECESPE
• A função de producão Cobb-Douglas de uma firma e dada
por , em que Y representa a quantidade de produto
que a firma consegue produzir para diferentes quantidades de
capital K e trabalho L.
• Com base nessas informacões, julgue o item subsequente.
• 63 - Se α + β = 1, a funcão de producão apresenta retornos
constantes de escala.
Y K Lα β=
V
( ) ( ) ( ) (Y)
Logo :
Y K L K L K L
α βα β α β α β α βλ λ λ λ+ += ⇒ ⇒ →
( )
( )
( )
1
1
1
α β
α β
α β
+ > ⇒
⇒
+
=
<
+
⇒
Retornos constantes de escala
Retornos crescentes de escala
Retornos decrescentes de escala
4) CGU 4) CGU 4) CGU 4) CGU –––– Analista de Finanças e Controle Analista de Finanças e Controle Analista de Finanças e Controle Analista de Finanças e Controle –––– 2008 2008 2008 2008 ---- ESAFESAFESAFESAF
Um projeto de investimento apresenta economias de escala
quando o
a) custo médio de produção diminui quando a escala do projeto é
reduzida.
b) custo médio de produção aumenta quando se aumenta a
utilização do fator variável de produção.
c) custo marginal de produção aumenta quando se aumenta a
utilização do fator variável de produção.
d) custo total de produção aumenta com o passar do tempo.
e) custo médio de produção diminui quando a escala do projeto é
ampliada.
5) TJ5) TJ5) TJ5) TJ----SE SE SE SE ---- Analista Judiciário Analista Judiciário Analista Judiciário Analista Judiciário –––– Economia Economia Economia Economia –––– 2014 2014 2014 2014 ---- CESPECESPECESPECESPE
• Nas economias ou deseconomias de escala, a curva de
custo médio de longo prazo é formada pelos pontos de
mínimo das curvas de custo médio de curto prazo. E
6) TJ6) TJ6) TJ6) TJ----CE CE CE CE ---- Analista Judiciário Analista Judiciário Analista Judiciário Analista Judiciário –––– Economia Economia Economia Economia –––– 2008 2008 2008 2008 ---- CESPECESPECESPECESPE
• Em presença de economias externas de escala, a curva de oferta
de longo prazo de uma empresa competitiva é positivamente
inclinada. E
Observação (A. Marshal):
� Divisão das economias derivadas de um aumento da escala de
produção em duas categorias:
� as que dependem do desenvolvimento geral da indústria:
“economias externas”;
� as que dependem dos recursos das empresas que a elas se
dedicam individualmente, das suas organizações e eficiência de
suas administrações: “economias internas”.
� Note então que “as economias externas” podem ser conseguidas pela
concentração de muitas pequenas empresas similares e as “economias
internas” dependem fundamentalmente do processo de eficiência da
firma.
7777) TCU ) TCU ) TCU ) TCU ---- Auditor Federal de Controle Auditor Federal de Controle Auditor Federal de Controle Auditor Federal de Controle Externo Externo Externo Externo –––– 2001 2001 2001 2001 ---- CESPECESPECESPECESPE
• Com referência à teoria econômica de indústrias reguladas,
julgue os itens que se seguem.
• Se o custo de produção de dois produtos por uma única empresa
é menor que o custo de produção desses mesmos dois produtos
por empresas distintas, o processo produtivo apresenta
economias de escala. E - Escopo
8888)))) ANCINEANCINEANCINEANCINE ---- EspecialistaEspecialistaEspecialistaEspecialista emememem RegulaçãoRegulaçãoRegulaçãoRegulação ---- AtividadeAtividadeAtividadeAtividade
CinematográficaCinematográficaCinematográficaCinematográfica eeee AudiovisualAudiovisualAudiovisualAudiovisual –––– 2009200920092009 ---- COSEACCOSEACCOSEACCOSEAC
A existência de economias de escala está associada à existência de
retornos não-constantes de escala. Quando o custo médio de cada
firma depende do tamanho da indústria a que ela pertence, está
caracterizada a economia de escala do tipo:
a) média escalar;
b) custo industrial;
c) de conglomerado;
d) interna à firma;
e) externa à firma.
Estruturas de MercadoEstruturas de MercadoEstruturas de MercadoEstruturas de Mercado
• As estruturas de mercado alteram o comportamento das
firmas. Elas podem divergir em relação a vários fatores, como
número de compradores, número de vendedores,
homogeneidade do produto,...
Estruturas de mercado
Barreiras de 
entrada á 
vendedores
Número de 
vendedores
Barreiras de 
entrada á 
compradores
Número de 
compradores
Concorrência Perfeita Não Muitos Não Muitos
Monopólio Sim Um Não Muitos
Concorrência Monopólica Não Muitos Não Muitos
Oligopólio Sim Poucos Não Muitos
Monopsônio Não Muitos Sim Um
Oligopsônio Não Muitos SimPoucos
Um Pequeno Resumo
Concorrência Perfeita (Curto Prazo)
� Hipóteses Básicas
� Mercado Atomizado: existe um grande número de
empresas pequenas, de forma que qualquer uma delas
individualmente não pode exercer qualquer influência
sobre o preço.
� Produto Homogêneo os produtos de todos os
vendedores são idênticos. Isso significa que os
consumidores são indiferentes quanto à firma da qual
eles adquirem o produto.
� Livre Mobilidade de Recursos: os recursos podem
entrar e sair do mercado de forma livre e imediata.
� Perfeito Conhecimento do Mercado: os produtores e
consumidores têm perfeito conhecimento de todas as
informações, como preços e custos.
A Demanda da Firma Competitiva
P
Q
P
q
S
D
P
Q
P = RMe = RMg
� De acordo com as hipóteses adotadas, a curva de demanda
pelo produto da firma é horizontal, pois o preço é dado para ela
(a firma é “tomadora” de preço). Dessa forma, a receita é uma
função somente da quantidade.
� Na ausência de qualquer falha de mercado (provisão de bens
públicos, externalidades, informações assimétricas, ...) o equilíbrio
em concorrência perfeita é ótimo no sentido de Pareto, com o
excedente total sendo maximizado (o peso morto é igual a zero).
Mercado Firma
Lucro Perdido Devido a
q2 > q
*
q2
Lucro Perdido Devido a
q1 < q
*
q1
A Maximização de Lucros
q0
P CMg
P = RMe = RMg
Qq*
A
P*
CVMe
CTMe
B
Lucro Unitário 
P - CTMe (A-B)
Ponto A: Máximo Lucro ⇒⇒⇒⇒ RMg = CMg ⇒⇒⇒⇒ P = CMg
Os Possíveis Equilíbrios
P CMg
CVMe
CTMe
P1 = RMe = RMg
Q
P1
P2 = RMe = RMgP2
P3 = RMe = RMgP3
� Se o preço dado pelo mercado for P3, a firma já
realiza alguma produção no curto prazo, pois tal
preço cobre os custos variáveis, embora a firma
tenha prejuízo nessas condições.
� Se o preço for P2, a firma opera com “lucros normais”,
pois ela ganha o mesmo que todas as outras, ou
seja, o Lte, que considera o custo de oportunidade,
é zero.
� Dado um preço maior que P2, como P1, a firma
obtém o que chamamos de “lucro extraordinário”.
� Como a firma só realiza alguma produção quando
P ≥ CVM e maximiza lucros com P = Cmg
(já que P = Rmg), a curva de oferta da firma no
curto prazo é a própria curva de custo marginal a
partir do mínimo do CVM.
Os Possíveis Equilíbrios
Equilíbrio de Longo Prazo
P
Q
P
q
S
D
P = RMe = RMgP
Q q*
CMgLp CTMeLp
S2
S1
� No longo prazo o único equilíbrio possível é o equilíbrio com
lucros normais, onde o preço é igual ao custo total médio, com
lucro econômico igual a zero. Isso ocorre devido ao fato de que, se o
lucro for extraordinário em tal mercado no curto prazo, isso atrairá
outras firmas e o preço cairá devido o aumento da oferta. Se o
equilíbrio se der com prejuízo no curto prazo, isso fará com que
algumas firmas deixem tal mercado, diminuindo a oferta e,
consequentemente, o preço. Note que esse processo é possível
devido às hipóteses de livre mobilidade de recursos e perfeito
conhecimento do mercado.
MonopólioMonopólioMonopólioMonopólio
� Definição Clássica
� É uma estrutura de mercado onde somente um
vendedor responde pela oferta do produto, que não
possui substitutos e que é ofertado a um único preço.
� Definição Contemporânea
� É uma estrutura de mercado na qual é produzido e
oferecido, a um único preço ou não, um produto
reconhecido como sendo “diferente” de seus eventuais
substitutos, a ponto de ser considerado único pelos
compradores.
Características do MonopólioCaracterísticas do MonopólioCaracterísticas do MonopólioCaracterísticas do Monopólio
� Uma única firma (ou não).
� Há consideráveis barreiras à entrada no mercado, 
principalmente no curto prazo.
� A firma conhece perfeitamente a demanda pelo seu 
produto ( a demanda pelo produto da firma é a própria 
demanda de mercado).
� As políticas de ação da firma podem ser independentes 
ou não.
Bases do Monopólio (Barreiras)Bases do Monopólio (Barreiras)Bases do Monopólio (Barreiras)Bases do Monopólio (Barreiras)
� Controle da oferta de matérias primas.
� Marcas, registros e patentes.
� Franquias ou concessões de mercado.
� O custo de uma fábrica eficiente.
� Preferência pelo produto do monopolista.
A Maximização de Lucros
P1
Q1
Lucro Perdido Por
Produzir Q1 e Vender 
Ao preço P1
P2
Q2
Lucro Perdido Por
Produzir Q2 e Vender 
Ao preço P2
CTMe
Q
P
D = Rme
RMg
Lucro Unitário = P* - CTMe
CMg
P*
Q*
CMg = RMg
P* e Q*
A inexistência de substitutos (bons) para o bem em questão faz
com que a curva de demanda da firma seja inelástica.
Máximo Lucro
Regra Prática para a Determinação 
de Preços e o Índice de Lerner
( )( )
( )( )
( )
1 .
2 .
3 .
1
4 .
1
5 .
d
d
d
R T P Q
R M g
Q Q
P Q P
R M g P Q P P
Q P Q
QPE
Q P
Q P
P Q E
R M g P P
E
∆ ∆
= =
∆ ∆
 ∆ ∆ 
= + = +   
∆ ∆   
∆=
∆
∆ =
∆
 
= +  
 
D D D
6. O lucro é maximizado quando RMg CMg
1 1 1
 P P
E E E
1
1
 
D
CMg P
CMg CMg P P
P
Multiplicando por
P CMg
P E
=
     −
+ = ⇒ − = ⇒ =     
     
−
−
= −
� O markup apresentado como percentual do
preço é conhecido como Índice de Lerner.
Regra Prática para a Determinação 
de Preços e o Índice de Lerner
Logo, quanto maior o CMg e quanto menor a elasticidade-preço
da demanda (lembre-se que trata-se de um valor negativo), maior
será o preço de equilíbrio.
Regra Prática para a Determinação 
de Preços e o Índice de Lerner
Logo, o markup é igual ao inverso da elasticidade preço da demanda.
Portanto, o maior lucro do monopolista em relação ao lucro no
mercado concorrencial, ocorre devido a baixa elasticidade preço da
demanda, pela falta de bens substitutos.
Observação importante: em geral, quando nos referimos ao
markup, ele é calculado em relação ao CMg → (P – CMg) / CMg .
D D
D
:
1 1
como P P 1
E E 1
1
E
 
Também devemos notar que
CMg
CMg P CMg P∗
   
+ = ⇒ + = ⇒ =  
     + 
 
Poder de Poder de Poder de Poder de MMMMonopólio e o onopólio e o onopólio e o onopólio e o MarkupMarkupMarkupMarkup
P P
Q Q
RMe
RMg
RMg
RMe
CMg CMg
Q* Q*
P*
P*
P*-CMg
Quanto mais elástica a demanda, menor o markup.
• Note que o índice de Lerner varia entre 0 e 1.
P CMg Índice de Lerner
10 10 0.00000
11 10 0.09091
12 10 0.16667
14 10 0.28571
18 10 0.44444
20 10 0.50000
30 10 0.66667
50 10 0.80000
100 10 0.90000
200 10 0.95000
500 10 0.98000
1000 10 0.99000
10000 10 0.99900
100000 10 0.99990
1000000 10 0.99999
 
P CMg
IL
P
−
=
1
 
Se P IL→ ∞⇒ →
Regra Prática para a Determinação 
de Preços e o Índice de Lerner
1) 1) 1) 1) AgerioAgerioAgerioAgerio ---- 2015201520152015
• Questão 28:
• Um monopolista opera em um mercado que apresenta uma
demanda com elasticidade-preço constante igual a -3. A função
de demanda desse mercado é dada por: , onde q
é a quantidade demandada, p, o preço e ε elasticidade-preço
da demanda. Sabendo que o preço cobrado é de $6, o custo
marginal da última unidade produzida e o Mark-up desse
monopolista são, respectivamente:
• (A) 3,75 e 60%
• (B) 4 e 50%
• (C) 4,8 e 25%
• (D) 6 e 35%
• (E) 5 e 20%
6480 /q p
ε
=
Exercícios
1 1 1 1
1 1 1
1
, 1 6 4
3
P P P P
D D D D
P CMg CMg CMg
Como CMg P
P E P E P E E
Logo CMg
 −
= − → − = − → − = − − → = + • 
 
 
= + • = 
− 
O markup é a diferença (percentual) entre o preço e o custo marginal. 
Logo:
Portanto, o CMg é igual a 4, e o mark-up igual a 50%. 
6 4
0,5 50%
4
P CMg
markup
CMg
− −
= = = =
2) Aneel 2) Aneel 2) Aneel 2) Aneel –––– 2004200420042004
• Considere o índice de poder de monopólio de Lerner definido
por no qual P é o preço praticado pelo monopolista
e MC o seu custo marginal, ambos medidos em condições de
equilíbrio. Acerca desse índice pode-se afirmar que
a) O índice de Lerner também pode ser expresso por sendo
ε a elasticidade preço da demanda.
b) Quanto menor o índice, maior deve ser o poder de monopólio da
empresa.
c) Um melhor indicador do poder de monopólio caso se substituísse
na fórmula do índice o custo marginal pelo custo médio.
d) O índice deLerner também pode ser expresso por sendo
ε a elasticidade preço da demanda.
e) Não há limites para o valor máximo que esse índice pode assumir.
( ) /L P MC P= −
ε
=
1
L
ε
−
=
1
1
1
L
3333) IBGE ) IBGE ) IBGE ) IBGE –––– Analista Analista Analista Analista ---- 2011201120112011
Existem muitos enfoques sobre barreiras à entrada na literatura
econômica. Entretanto, todos dão ênfase ao longo prazo e a
concorrência potencial como base teórica para o conceito. Neste
contexto, é INCORRETO afirmar que :
a) as barreiras à entrada são uma característica típica de
mercados imperfeitos.
b) os consumidores, com suas preferências, podem inibir a
entrada de novas empresas.
c) as economias de escalas assumem papel importante em
impedir novas entradas.
d) a grande exigência de capital inicial gera dificuldade de entrada
de novas empresas.
e) as barreiras à entrada podem ser derivadas da ausência de
vantagens absolutas de custos.
• De uma maneira geral podemos dizer que as barreiras à entrada, que
garantem a continuidade do monopólio no longo prazo, estão associadas a:
• Controle da oferta de matérias primas.
• Marcas, registros e patentes.
• Franquias ou concessões de mercado.
• O custo de uma fábrica eficiente.
• Preferência pelo produto do monopolista.
• Logo, o item A está correto, pois não existem barreiras à entrada em um mercado
concorrencial perfeito.
• O item B está correto, pois as preferências pelo produto do monopolista podem
garantir a continuidade do monopólio.
• Os itens C e D também estão corretos, pois o custo de produção pode ser menor
quanto maior a escala de produção e, portanto, depende de uma grande exigência
em termos de investimento inicial. Tal custo (custo de uma fábrica eficiente)
representa uma barreira à entrada.
• O item E está errado, pois a ausência de vantagens absolutas de custos representa
que, os custos de produção não são afetados pelo tamanho da firma (escala de
produção).
4) MPU 4) MPU 4) MPU 4) MPU ---- Analista Analista Analista Analista –––– Economia Economia Economia Economia –––– 2013 2013 2013 2013 ---- CESPECESPECESPECESPE
• Quanto maior for a elasticidade preço da demanda por
determinado bem, maior será a capacidade da empresa
monopolista para fixar o preço em patamar acima daquele que
vigoraria sob concorrência perfeita. E
A Preocupação Quanto à 
Continuidade do Monopólio
� Como o monopolista via de regra obtém um
lucro superior ao obtido em um mercado
concorrencial, tal lucro deve atrair outras firmas
para esse mercado. Além desse fato, tal lucro
pode parecer “abusivo” aos olhos das
autoridades, que podem, em dado momento,
lançar mão de algum controle, como impostos,
tabelamento de preços ou taxação de lucros.
Dado isto, o monopolista pode se comportar de
duas formas, quando pensa na maximização
de lucros e na continuidade do monopólio.
� Não há preocupação com a continuidade do
monopólio a longo prazo
� Ou a empresa tem barreiras sólidas ou não existem
barreiras, podendo a empresa, nesse caso, perder a
condição de monopolista a qualquer momento. Logo, a
empresa procura fazer o melhor (auferir o máximo lucro)
hoje, cobrando o preço P* e ofertando a quantidade Q*.
� Há preocupação com a continuidade do
monopólio a longo prazo
� Se a empresa não tem barreiras sólidas ou teme uma
intervenção governamental, ela se contentará com um
preço entre PC (preço concorrencial : P =Cmg) e o preço
de máximo lucro P, ou seja, seu preço ficará dentro da
área hachurada no gráfico.
A Preocupação Quanto à 
Continuidade do Monopólio
Intervalo para o preço, caso 
haja preocupação quanto a 
continuidade do monopólio
B
A
RMg
CMg
P
QQ* Qc
P*
Pc
C
Não havendo preocupação com a 
continuidade do monopólio ⇒⇒⇒⇒
P* e Q* ⇒⇒⇒⇒ Máx Lucro
Note que Pc é o preço concorrencial: o preço que vigoraria caso o mercado 
fosse concorrencial perfeito. Para encontra-lo, basta fazer P = CMg.
A Preocupação Quanto à 
Continuidade do Monopólio
• Utilizando os dados abaixo:
• Em monopólio temos QM = 10 e PM = 30
• Em concorrência perfeita, temos:
• Logo, QC = 13,33 e PC = 26,67
• Sendo assim, no caso de preocupação quanto a
continuidade do monopólio, a firma deveria praticar
26,67 < P < 30.
250 40CT Q e P Q= + = −
40 2P CMg Q Q= ⇒ − =
A Preocupação Quanto à 
Continuidade do Monopólio
B
A
RMg
CMg
P
QQ* Qt Qc
P*
Pc
C
Tabelamento de Preço
Lucro perdido por e vender 
ao preço Pt a quantidade Qt
Pt
Nova demanda, com Pt
Nova RMg, com Pt
� Se o governo pretende tabelar o preço
cobrado pelo monopolista, ele deverá fazê-lo
de forma que P* > Pt > PC , ou seja, o
preço deve ser tabelado de forma que seja
inferior ao preço de máximo lucro e, pelo
menos igual ao preço concorrencial.
� Existem outras formas de controle sobre o
poder de monopólio ?
� Veremos isso na parte de regulação.
Tabelamento de Preço
C
BA
Custos do Poder de Monopólio
RMg
CMg
P
QQ* Qc
P*
Pc
Peso Morto = B + C
Variação do Excedente do Consumidor = -A -B
Variação do Excedente do Produtor = A - C 
Consequência do preço mais 
alto e da quantidade reduzida
Pc = preço concorrencial
Qc = Quantid. concorrencial
� Comparando o monopólio com a concorrência Perfeita
Controle de Preços e Eficiência EconômicaControle de Preços e Eficiência EconômicaControle de Preços e Eficiência EconômicaControle de Preços e Eficiência Econômica
• Regulamentação de preços
• Lembre-se de que, num mercado competitivo, a
regulamentação de preço dava origem a um peso
morto.
• Pergunta
• O que deverá ocorrer num monopólio quando o
governo fixa o preço?
CMgPm
Qm
CMe
RMe
RMg
Na ausência de regulamentação, o monopolista produz Qm e cobra Pm.
$/Q
Quantidade
Se o preço diminuir para PC a 
produção atingirá seu nível máximo
QC e não haverá peso morto.P2 = PC
Qc
Para qualquer preço abaixo de P4 a empresa incorre em prejuízo. 
P4
P1
Q1
Quando o quando o preço máximo é fixado em P1 a 
quantidade aumenta para Q1, reduzindo o peso morto.
P3
Q3 Q’3
Se o preço diminuir para P3 a produção se reduzirá e surgirá uma escassez. 
Monopólio: O Efeito de um ImpostoMonopólio: O Efeito de um ImpostoMonopólio: O Efeito de um ImpostoMonopólio: O Efeito de um Imposto
• Efeito de um Imposto
• No monopólio, o aumento do preço causado por um
imposto pode, às vezes, ser superior ao valor do imposto.
• Determinação do efeito de um imposto:
• t = imposto específico
• CMg’ = CMg + t
• RMg = CMg + t: condição de determinação do nível
ótimo de produção
Quantidade
P
CMg
D = RMe
RMg
Q0
P0 CMg + t
t
Q1
P1
P∆
A introdução de um imposto t por unidade, aumenta o CMg efetivo
da empresa para CMg + t. Neste exemplo, o aumento do preço, ∆P,
é superior ao valor do imposto, t.
Monopólio: O Efeito de um ImpostoMonopólio: O Efeito de um ImpostoMonopólio: O Efeito de um ImpostoMonopólio: O Efeito de um Imposto
• Pergunta
• Suponha: Ed = -2. Qual seria a variação do preço, dada a
introdução de um imposto ?
Monopólio: O Efeito de um ImpostoMonopólio: O Efeito de um ImpostoMonopólio: O Efeito de um ImpostoMonopólio: O Efeito de um Imposto
( )
11
Se 2 2
111 22
Se aumenta para 2( ) 2 2
O aumento no preço é duas vezes o valor do imposto.
d
d
CMg
Sabemos que P
E
CMg CMg
E P P P CMg
CMg CMg t P CMg t CMg t
=
 +  
 
= − → = → = → =
+
−
+ → = + = +
Monopólio: Monopólio: Monopólio: Monopólio: Empresa com Empresa com Empresa com Empresa com Múltiplas InstalaçõesMúltiplas InstalaçõesMúltiplas InstalaçõesMúltiplas Instalações
• A produção de muitas empresas ocorre em duas ou mais
fábricas distintas, cujos custos operacionais podem ser
diferentes.
• Escolha do nível total de produção e da produção de
cada fábrica:
• Passo 1: qualquer que seja o nível de produção, ele deve ser
repartido entre as duas firmas, de forma que CMg1 = CMg2.
De outra forma a empresa poderia reduzir os custos e
aumentar seus lucros por meio de uma redistribuição de
produção.
• Passo 2: como vimos, o custo marginal de cada fábrica deve
ser igual à receita marginal.
• Algebricamente:

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