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ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - BIOMEDICINA UNIDADE I 2 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. Edição, revisão e diagramação: Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD _______________________________________________________________________ Gonçales, Juliana Prado. Estágio Supervisionado I - Biomedicina: Unidade 1 - Recife: Grupo Ser Educacional, 2021. _______________________________________________________________________ Grupo Ser Educacional Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro CEP: 50100-160, Recife - PE PABX: (81) 3413-4611 3 SUMÁRIO PARA INÍCIO DE CONVERSA ...................................................................................... 3 OBJETIVOS DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ............................... 4 CONDUTAS NO AMBIENTE LABORATORIAL .......................................................... 5 DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A VALIDAÇÃO DA NOTA .......................... 7 Frequência e ficha de avaliação ........................................................................................... 7 Relatório ...................................................................................................................................... 8 ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A ESCRITA DO RELATÓRIO .................................. 8 Introdução .................................................................................................................................. 10 Objetivos e Plano de Atividades ............................................................................................. 11 Plano de Atividades .................................................................................................................. 12 Atividades Desenvolvidas ....................................................................................................... 12 Considerações Finais ............................................................................................................... 13 Referências ................................................................................................................................ 13 Documentos ............................................................................................................................... 14 DOS DEVERES DOS ALUNOS ...................................................................................... 14 DOS DIREITOS DOS ALUNOS ..................................................................................... 14 4 ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - BIOMEDICINA UNIDADE I PARA INÍCIO DE CONVERSA Olá aluno (a), Bem-vindo (a) ao primeiro Guia de Estudos da disciplina Estágio Supervisionado I - Biomedicina. Nesse Guia iremos abordar os principais aspectos relacionados a importância do aproveitamento prático das atividades do estágio em laboratórios de análises clínicas, as condutas necessárias para desempenhar adequadamente seu papel de estagiário e as orientações para a escrita do relatório. Para aumentar o seu conhecimento sobre o papel do estagiário no laboratório, recomendo o acesso aos materiais sugeridos no guia. Bons estudos! ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA Caro (a) aluno (a), Esse guia abordará aspectos associados ao estágio obrigatório, direcionando você aos principais aspectos associados às disciplinas e ao preenchimento do relatório. Nessa fase final do curso é necessária muita dedicação e estudos. Isso irá permitir a você aplicar tudo que aprendeu durante os anos anteriores. Não se esqueça que no ensino à distância você é gestor do seu progresso acadêmico e a disciplina e o comprometimento são fundamentais para que você consiga adquirir o conhecimento necessário para se tornar um (a) excelente profissional. PALAVRAS DO PROFESSOR Querido (a) aluno (a), o estágio curricular é um momento importante de aprendizado e troca de conhecimentos. Você terá a oportunidade de conhecer profissionais da área e aprender a rotina profissional, atente-se às atividades exigidas pelo preceptor do estágio, bem como, às atividades relacionadas a disciplina, como o preenchimento do relatório. Esse guia foi desenvolvido para auxiliar você no desenvolvimento dos documentos obrigatórios, como as fichas avaliativas e o relatório final do Estágio Supervisionado I. Vamos iniciar nossa primeira unidade. Preparado(a)? Vamos lá! 5 OBJETIVOS DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO Caro (a) aluno (a), O estágio é uma modalidade de ensino que representa o período de tempo em que o (a) aluno (a) tem a oportunidade de desenvolver as habilidades práticas necessárias para exercer a profissão. A correlação entre a teoria e a prática garante o aumento da percepção dos estudantes em relação às condições do mercado de trabalho, espaços de atuação e afinidade com uma área específica. O principal objetivo desse período é possibilitar aos estudantes destaque no mercado de trabalho, pois é nesse ambiente que o (a) aluno (a) tem a oportunidade de criar boas relações com os profissionais já atuantes, aumentando a probabilidade de conquistar um vínculo empregatício após a conclusão do curso. Figura 01 Fonte: http://sereduc.com/C0rmIw LEITURA COMPLEMENTAR É importante que você esteja atento (a) ao fato de que o laboratório é um ambiente de atividades práticas, que favorece a construção de uma identidade, responsabilidade e ética profissional. Na maioria dos casos, o período de estágio corresponde ao primeiro contato dos alunos com um ambiente profissional, o que pode levar ao aumento do nervosismo e da ansiedade. Esse tipo de sentimento pode interferir na análise do relacionamento interpessoal dos estagiários, por parte dos supervisores. O artigo “Formação de estudantes da área de saúde: reflexões sobre a prática de estágio”, propõe uma análise sobre a saúde mental do estudante de saúde durante o período de estágio, ao relacionar transtornos emocionais com o estresse do ambiente profissional, novas responsabilidades, relacionamento com os colegas de equipe e o medo de desconhecer as informações necessárias para realizar as práticas do dia a dia. Assim, para que você possa ampliar seus conhecimentos, sugiro que você acesse o link abaixo e compreenda ainda mais sobre o tema. Ah, e não se esqueça de, ao término da leitura, retornar ao seu Guia de Estudos. Acesse: http://sereduc.com/FUIaxN http://sereduc.com/FUIaxN 6 Continuando... CONDUTAS NO AMBIENTE LABORATORIAL A convivência com outros profissionais da saúde, a exposição constante a microrganismos, equipamentos, amostras biológicas, reagentes químicos, entre outros, tornam o ambiente de um laboratório de análises clínicas bastante adverso. Por isso, alguns conceitos de biossegurança devem ser revisados, visando tanto a proteção individual quanto a boa impressão gerada dentro do ambiente de trabalho. É importante se atentar às fontes de riscos presentes nos laboratórios e utilizar os equipamentos necessários para garantir a sua proteção durante as atividades práticas. Figura 02 Fonte: http://sereduc.com/UWygSE É obrigação do (a) estagiário (a) utilizar e preservar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e os equipamentos que visam a proteção do ambiente de forma coletiva (EPC’s). O uso de protetores faciais, oculares e respiratórios, além do uso correto de luvas, jaleco e calçados adequados, reduzem drasticamente a possibilidade de acidentes de trabalho. As Boas Práticas Laboratoriais (BPL) são um conjunto de normas padronizadas, que buscam organizar e esquematizar todos os procedimentos técnicos, desde a execução dos procedimentos diagnósticos propriamente ditos, até os métodos de higiene pessoal e limpeza do ambiente. São normas que, quando devidamente aplicadas por umaboa gestão de qualidade, garantem o funcionamento adequado do laboratório, reduzindo falhas e acidentes durante a jornada de trabalho. 7 LEITURA COMPLEMENTAR Caro (a) aluno (a), Conceitos de biossegurança e de Boas Práticas Laboratoriais devem ser revisados antes do início da jornada de estágio. Por isso, leia o “Manual de Biossegurança e Boas Práticas Laboratoriais” produzido pelo Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular do Instituto do Coração. Esse é um material dedicado a explicação rápida e resumida sobre os principais pontos relacionados a uma boa conduta profissional dentro de um laboratório. Boa leitura! Acesse: http://sereduc.com/zWjTKX Vamos em frente! Figura 03 Fonte: http://sereduc.com/0pReDE http://sereduc.com/zWjTKX 8 DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A VALIDAÇÃO DA NOTA Caro (a) aluno (a), O estágio é uma fase em que aplicamos tudo que foi aprendido durante os primeiros anos do curso de Biomedicina e é nesse momento que você irá adquirir a experiência necessária que permitirá assumir a responsabilidade técnica de um laboratório, por exemplo. Para a avaliação, será necessário se atentar aos documentos obrigatórios que devem ser preenchidos pelo preceptor do estágio e, também, pelo preenchimento do relatório de estágio, o qual irá permitir a avaliação do seu aprendizado. Se atente em desenvolver os documentos com muita atenção e dedicação. Para isso, vamos conhecer esses documentos indispensáveis a sua avaliação. Frequência e ficha de avaliação São dois documentos que serão fornecidos ao aluno e devem ser impressos e levados para a locação de estágio, onde deverão ser entregues ao preceptor em serviço no laboratório. A frequência é o documento que comprova o cumprimento da carga horária do estágio, devendo ser preenchida diariamente com os horários de entrada e saída da locação e devidamente validadas pelas assinaturas do (a) preceptor (a) responsável e do (a) aluno (a). Além disso, é preciso que você esteja atento (a) ao fato de que a ficha de avaliação tem como objetivo, ponderar sobre o desempenho do (a) aluno (a) durante o período de estágio e, por isso, deve ser preenchida e assinada pelo (a) preceptor (a). A ficha possui diferentes aspectos de análise que abrangem o cumprimento de prazos, desempenho teórico/prático durante a realização das atividades e o relacionamento criado dentro do ambiente de trabalho. O formato da ficha permite que o (a) estagiário (a) seja avaliado (a) individualmente, em cada setor do laboratório, por diferentes profissionais que atuam nos mesmos. São informações que devem ser sinalizadas no relatório: o Caso a locação disponha de número limitado de preceptores (as) em atividade, justificando o preenchimento das notas pelo (a) mesmo (a) preceptor (a) em diferentes setores; o Se não for possível trabalhar com a rotina de um setor específico e, se for o caso, relatar os motivos; o Se a locação possuir setores diferentes do que os descritos na ficha e, se for o caso, relatar quais são os setores. Durante a avaliação, o (a) preceptor (a) pode ter diferentes interpretações quanto ao desempenho dos estagiários, por exemplo: tanto o tópico de “iniciativa” quanto o de “interesse” se propõem, de maneira geral, a avaliar a proatividade. É importante se antecipar e se oferecer para realizar atividades e solucionar problemas recorrentes na rotina do laboratório. Uma boa relação interpessoal, junto ao cumprimento correto da jornada de trabalho, também causa uma boa impressão entre os funcionários do laboratório. Abaixo, veja um exemplo: 9 Figura 04 Fonte: a autora. Relatório É uma redação técnica solicitada pelo (a) professor (a) da disciplina de estágio supervisionado, voltada para a descrição das atividades realizadas durante esse período. Ao relatório, será atribuída uma nota que irá compor a nota final da disciplina. ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A ESCRITA DO RELATÓRIO Prezado (a) estudante, O texto deve ser escrito com uma linguagem clara, fluida, apresentando coesão e coerência textual e sempre redigido na terceira pessoa. É importante utilizar terminologias técnicas relacionadas à área de saúde, contribuindo para a evolução da escrita científica. Algumas regras de formatação de texto devem ser seguidas, como: - Uso de espaçamento simples; - Utilizar a fonte “Times New Roman” em tamanho 12; - Enumeração das páginas (Simples – Número sem Formatação 3), a partir da introdução, mas contabilizando com a capa. Veja o exemplo: 10 Figura 05 Fonte: http://sereduc.com/BZgVUL - Caso opte pela utilização de figuras, as mesmas devem possuir uma legenda localizada de forma centralizada, acima da imagem e em tamanho 10. A legenda é precedida pela palavra “figura” e sua numeração correspondente devem estar ambas em negrito. Veja o exemplo abaixo: Figura 06 Fonte: a autora. 11 - Os tópicos e subtópicos do relatório devem ser enumerados (EX: 1 Hematologia; 1.1 Hemograma; 1.2 Leitura de lâminas). Introdução A introdução do relatório deve ser escrita de forma sucinta, descrevendo as funções de um biomédico no laboratório de análises clínicas, a dinâmica da disciplina de Estágio Supervisionado I e a contribuição que a experiência como estagiário (a) proporcionou para sua formação e construção profissional. É necessário informar o período de duração do estágio, os setores vivenciados nesse intervalo de tempo e a dinâmica de rodízio entre eles. A introdução precisa cumprir os requisitos de objetividade e deve apresentar todos os tópicos solicitados, respeitando uma média de escrita que se restrinja a dois ou três parágrafos, desenvolvidos entre dez a trinta linhas. EXEMPLO Caro (a) aluno (a), Para que você possa ver na prática como o texto introdutório deve ser produzido, sugiro a leitura do trecho abaixo, que traz uma introdução do relatório, feita no Laboratório HAPVIDA, localizado no Parque Amorim, em Recife-PE: “O presente relatório tem como finalidade apresentar as experiências vivenciadas nas primeiras horas do estágio curricular supervisionado I, realizado no período entre 18/09/2019 até 27/11/2019 no Laboratório HAPVIDA Parque Amorim Recife-PE. Relatando as atividades desenvolvidas nos setores bioquímica, imunologia, parasitologia e uroanálise, havendo um tempo de duração de uma semana em cada setor”. Contextualização da Instituição É o tópico utilizado para descrever a locação de estágio, sendo necessário apresentar, brevemente, a história da instituição, bem como a natureza do trabalho desempenhado por ela, abrangendo os tipos de exames realizados e o público que é atendido. Além disso, deve-se informar a data de início e de finalização (ou prevista para finalizar) do estágio, a carga horária alcançada nesse intervalo de tempo e os dados referentes ao preceptor (a) / supervisor (a) do estágio, incluindo o nome, o cargo desempenhado no laboratório (biomédico, farmacêutico, gestor) e sua titulação (especialista, mestre, doutor), caso possua. 12 EXEMPLO Caro (a) aluno (a), Antes de darmos continuidade ao nosso conteúdo, trago abaixo um exemplo de como deve ser escrita a Contextualização da Instituição. Veja: “O estágio se iniciou no dia 18/09/2019, com previsão para a finalização no dia 20/12/2019. Na data de entrega do presente relatório, foram cumpridas 236 horas. O preceptor geral do laboratório é o biomédico XXXXX, que é um dos analistas responsáveis pela análise e liberação de exames de hematologia, mas que ficou incumbido da supervisão geral de todos os estagiários”. Objetivos e Plano de Atividades Tópico utilizado para descrever os objetivos gerais de cada setor escolhido. É recomendado que o plano de atividades seja feito no formato de tabela, subdividida, de forma que seja possível descrever a atividade desenvolvida pelo (a) estagiário (a), o período dedicado à realização das atividades e a metodologia utilizada. EXEMPLO Prezado (a) aluno (a), Para sanarmos qualquer dúvida que você possa ter, trago abaixo um exemplo prático decomo deve ser escrito o Objetivo. Veja: Bioquímica Objetivos: Dosar enzimas e marcadores de função renal, hepática e cardíaca. Análise do lipidograma e glicose. Avaliar os gases distribuídos em amostra de sangue arterial, PH e equilíbrio ácido-básico. Identificar a presença de índices anormais de degradação e deposição de fibrina. 13 Plano de Atividades Prezado (a) aluno (a), Nesse tópico deverá ser abordado sobre o que foi realizado, o período e a metodologia utilizada para realização de determinado exame e/ou procedimento. Você deve estar atento (a) ao fato de que todas as atividades exercidas devem estar contidas nesse tópico, mas não precisa ser explicada detalhadamente nesse momento. Para facilitar, recomendo que seja preenchido, em forma de tabela, como demonstrado na figura 07. Veja: Figura 07 Fonte: a autora. Atividades Desenvolvidas Você deve estar atento (a) ao fato de que parte do relatório das Atividades Desenvolvidas deve ser dedicada a descrever os princípios das técnicas listadas no plano de atividades do tópico anterior. Deve- se incluir a informação sobre o nível de participação do (a) estagiário (a) na atividade (observacional ou prático). Sobre a descrição das técnicas: - Todas as metodologias listadas no Plano de Atividades, devem ser descritas neste tópico; - Não é necessário apresentar o passo a passo do procedimento, apenas a explicação sobre o funcionamento do princípio da técnica; - Caso o nível de participação seja apenas observacional, relatar o motivo. 14 EXEMPLO Para que você possa entender como funciona, na prática, o relatório das Atividades Desenvolvidas, peço que leia o trecho abaixo: Identificar depósito de fibrina O diagnóstico visa a identificação de dímeros D, que são produtos da degradação de fibrina e fibrinogênio, e tem valor clínico no acompanhamento de pacientes com predisposição a formação de processos tromboembólicos. A metodologia empregada é a imunoturbidimetria, que utiliza micropartículas de látex, revestida com anticorpos anti-D- dímeros. A formação dos imunocomplexos favorecem o aumento da turvação do meio, que leva a diminuição da intensidade com que o feixe de luz atravessa a solução, sendo esse, o parâmetro de análise. Houve participação prática. Considerações Finais Caro (a) estudante, É importante que você saiba que, neste tópico, o aluno deve desenvolver um texto simples, abordando suas próprias perspectivas sobre o período em que atuou como estagiário (a). É importante relatar como foi a receptividade dos profissionais do laboratório e se houve disponibilidade e interesse por parte dos preceptores/supervisores em ensinar e acompanhar o (a) estagiário (a) em todas as atividades práticas propostas. Informar a relevância dos novos aprendizados para a formação profissional. Além disso, é importante sugerir melhorias para a instituição, fazendo uma análise crítica sobre se os conhecimentos, adquiridos ao longo do curso, foram suficientes para realizar as atividades propostas no estágio. Referências A Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) é uma entidade que se propõe a estruturar, através da criação de regras, não só produções acadêmicas, mas também de cunho tecnológico, comercial, industrial, de transporte, entre outros. Por isso, o tópico de referência do relatório, tem como finalidade, apresentar a relação de obras que foram utilizadas como base para a sua escrita, devendo seguir as normas propostas pela ABNT, favorecendo a criação de um conteúdo de fácil entendimento, já que se trata de uma padronização conhecida dentro do meio acadêmico. 15 Documentos Após a finalização das referências, o (a) aluno (a) deve anexar a ficha de avaliação e frequência no final do relatório. Os documentos não podem apresentar nenhum tipo de rasura e devem estar devidamente regulamentados, possuindo as assinaturas e carimbos do (a) preceptor (a) de estágio, chefe do laboratório e do (a) próprio (a) aluno (a). DOS DEVERES DOS ALUNOS Caro (a) aluno (a), Você deve estar atento (a) a alguns pontos quando for realizar o estágio. Esse vínculo se qualifica como uma obrigatoriedade para a conclusão do curso e preparo do (a) discente para o mercado de trabalho. Dessa maneira, observe os pontos abaixo: 1. Se atentar para a integridade dos equipamentos e materiais fornecidos pela locação de estágio; 2. Cumprir o prazo de atividades exigidas tanto na locação de estágio quanto na universidade; 3. Caso a locação exija sigilo quanto à informações internas, é dever do (a) aluno (a) respeitar a decisão; 4. Respeitar a privacidade do (a) paciente, referente ao resultado de seus exames; 5. Cumprir corretamente a carga horária exigida para a aprovação; 6. Garantir a integridade dos documentos exigidos para a sua aprovação, evitando rasuras ou falsificações; 7. Em caso de necessidade de troca de horário, entrar em acordo com o (a) responsável do laboratório e informar previamente ao professor responsável pela disciplina; 8. Realizar os procedimentos operacionais apenas sob supervisão adequada; 9. Cumprir as normas impostas por cada locação (horários, vestimenta, funções); 10. Se responsabilizar pela captação de sua vaga em caso de recusa a vaga proporcionada pela universidade. DOS DIREITOS DOS ALUNOS Caro (a) aluno (a), Assim como os deveres, todos os alunos têm direitos sobre as atividades associadas ao estágio curricular. Assim, para alcançar sucesso em seu estágio, sugiro que se atente aos pontos abordados abaixo: 1. Informar aos professores e coordenadores responsáveis sobre problemas vivenciados na locação de estágio; 2. Se recusar a realizar os procedimentos propostos pela locação, em caso de falta de supervisão; 3. Se recusar a permanecer na locação após finalização da jornada de atividade; 4. Fazer questionamentos caso não consiga entender o que está sendo explicado. 5. Seguro contra acidentes de trabalho. 16 VOCÊ SABIA? O crime de plágio é classificado como um crime de violação aos direitos autorais e está previsto no artigo 184 da Lei N° 10.695, de 1° de julho de 2003. Plágios de obras intelectuais se configuram como crime contra direitos autorais e a pena pode variar de detenção ao pagamento de multa. O (a) plagiador (a) também pode estar suscetível a desclassificação de concursos públicos, visto o costume de verificação de antecedentes criminais. GUARDE ESSA IDEIA! Durante a jornada de atividades do estágio, procure se adaptar ao setor em que você está atuando. Revise antigos conceitos e estude novas informações sobre hematologia, bioquímica, microbiologia, uroanálise e outros, contribuindo para seu desempenho teórico/prático e garantindo destaque entre os profissionais da locação, ao conseguir se antecipar e fornecer soluções para problemas rotineiros. Lembre-se que o estágio é o período ideal para reaprender e pôr em prática todos os conhecimentos adquiridos ao longo do curso. Figura 08 Fonte: http://sereduc.com/CN2y5S ??? 17 PALAVRAS FINAIS Caro (a) aluno (a), Finalizamos aqui o nosso primeiro Guia de Estudos da disciplina de Estágio Supervisionado I - Biomedicina. A partir dos conteúdos abordados, você teve a oportunidade de reafirmar fundamentos já conhecidos ao longo do curso e adquirir novos conhecimentos que contribuirão para sua caminhada para se tornar um (a) exímio (a) profissional. Você aprendeu até aqui conceitos necessários para garantir um ótimo desempenho no estágio, mas vale ressaltar a importância de consultar outras fontes para ampliar as suas chances de sucesso. No segundo guia da disciplina você será introduzido (a) ao laboratório de análises clínicas, onde iremos discutir sobre o sistema de divisão de setores desse ambiente de trabalho, bem como as principais atividades diagnósticas desempenhadas por cada um deles. Não se esqueça que o (a) tutor (a) estará disponível para tirar suas dúvidas e fique de olho na data da webconferência desta disciplina, assim poderá esclarecer suas dúvidas com o professor. Vejo vocêno próximo guia! Até breve! REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MOLINARO, E.M; CAPUTO, L.F.G; AMENDOEIRA M.R.R. Conceitos e métodos para formação de profissionais em laboratórios de saúde. 1. Ed. Rio de Janeiro: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fundação Oswaldo Cruz, 2009. 290 p. RIGOBELLO, J.L; BERNARDES, A; MOURA, A.A, et al. Estágio Curricular Supervisionado e o desenvolvimento das competências gerenciais: a visão de egressos, graduandos e docentes. Escola Anna Nery: Revista de Enfermagem, v. 22, p.[9], 2018. ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - BIOMEDICINA UNIDADE II 2 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. Edição, revisão e diagramação: Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD _______________________________________________________________________ Gonçales, Juliana Prado. Estágio Supervisionado I - Biomedicina: Unidade 2 - Recife: Grupo Ser Educacional, 2021. _______________________________________________________________________ Grupo Ser Educacional Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro CEP: 50100-160, Recife - PE PABX: (81) 3413-4611 3 ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - BIOMEDICINA UNIDADE II PARA INÍCIO DE CONVERSA Olá aluno (a), Bem-vindo (a) ao segundo Guia de Estudos da disciplina de Estágio Supervisionado I - Biomedicina. Nesse guia nós trabalharemos com a introdução à rotina de um laboratório de análises clínicas, abordando todo o fluxograma relacionado a obtenção dos diagnósticos, desde a recepção e triagem das amostras, seu processamento, até o momento do descarte. Além disso, discutiremos sobre o sistema de setorização do laboratório, apresentando os principais setores relacionados às análises clínicas e às atividades que normalmente cada um deles desempenha. Bons estudos! ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA Caro (a) aluno (a), Nesse Guia de Estudos iremos abordar sobre os principais setores das análises clínicas, isso porque é nesses setores que você irá realizar o estágio curricular. Cada um dos setores apresenta atividades e rotinas destintas, aproveite esse momento para identificar afinidades e aprender com os seus preceptores. Não se esqueça que no ensino à distância você é gestor do seu progresso acadêmico e a disciplina e o comprometimento são fundamentais para que você consiga adquirir o conhecimento necessário para se tornar um (a) excelente profissional. PALAVRAS DO PROFESSOR Querido (a) aluno (a), o estágio curricular em análises clínicas aborda diversos setores, sendo que cada um apresenta suas atividades e rotinas específicas. Esse guia foi desenvolvido para apresentar a você cada um desses setores, suas rotinas e equipamentos. Vale ressaltar que a automatização e os equipamentos utilizados irão variar de acordo com o laboratório. Vamos iniciar nossa segunda unidade. Preparado(a)? Vamos lá! 4 SETORIZAÇÃO DO LABORATÓRIO A ambientação e a arquitetura de um espaço destinado ao exercício da saúde devem obedecer a critérios fundamentais para garantir que todos os procedimentos sejam executados da melhor forma possível. A estrutura de um laboratório favorece a implantação de um fluxograma operacional, que visa esquematizar toda a rotina laboratorial, desde o recebimento das amostras até o momento de seu descarte, contribuindo para o conforto dos profissionais e a diminuição dos riscos de acidentes. A setorização é essencial, pois isola as particularidades e necessidades de cada setor em um espaço físico. Esse processo facilita o treinamento de funcionários quanto às especificações de cada setor e à manutenção dos equipamentos e insumos. Recepção e triagem de amostras Ao entrar em um laboratório de análises clínicas, você perceberá que a recepção de amostras biológicas é normalmente o primeiro setor encontrado. O funcionamento da recepção depende de cada laboratório, alguns possuem sistemas automatizados que facilitam o recebimento das amostras, pois concluem o registro de entrada com um simples ato de leitura de código de barras; enquanto outros, com menos condições, possuem um sistema de registro manual, que inclui a conferência da ficha do paciente, a designação de um código individual para cada amostra (evitando a troca acidental) e o preenchimento de um livro, que garante que a amostra foi recebida e processada. Independente do nível de automação, o setor de recepção funciona para avaliar a integridade das amostras recebidas e distribuí-las corretamente para os respectivos setores que realizarão os testes solicitados. Figura 01 Fonte: http://sereduc.com/7ABXCy 5 Figura 02 Fonte: http://sereduc.com/CcyqXk Hematologia Inicialmente, para que você possa entender um pouco mais sobre a Hematologia, é indispensável estar ciente de que este é o setor responsável pela análise completa do sangue, fracionado em análises individuais para o grupo dos eritrócitos, dos leucócitos e das plaquetas. O hemograma é o exame mais solicitado pelos médicos e a obtenção desses resultados é feita por um equipamento automatizado. O contador Sysmex XN3000 (figura 1 – hematologia) é um exemplo entre os equipamentos que realizam a análise do sangue total dos pacientes, fornecendo as informações necessárias para a composição do eritrograma, leucograma e plaquetograma. Figura 1 - Hematologia Fonte: Failace, 2015 A metodologia utilizada por esse equipamento é a citometria de fluxo, que realiza a contabilização e análise do tamanho e conteúdo interno das células, a partir da submissão da amostra a um fluxo contínuo, 6 que é interceptado por um laser que promove a dispersão de luz. Essa dispersão é captada e analisada por fotodetectores posicionados corretamente. Apesar de existir equipamentos automatizados para a confecção de lâminas hematológicas (figura 2 – hematologia), muitos laboratórios ainda fazem esse procedimento manualmente. As atividades práticas do setor de hematologia, podem ser resumidas na confecção manual das lâminas, realização da coloração e a sua leitura com auxílio de microscópio. Figura 2 – Hematologia Fonte: Melo et al., 2019 A leitura da lâmina tem como objetivos: observar a integridade dos componentes celulares e fazer a contagem de 100 leucócitos através de um contador de células manual (figura 3 – hematologia), para compor o laudo. Figura 3 – Hematologia Fonte: http://sereduc.com/dw1HBq 7 GUARDE ESSA IDEIA! Caro (a) aluno (a), Todos os equipamentos presentes nesse Guia de Estudos são utilizados como exemplos. Lembre-se que cada laboratório pode optar por outras marcas que possuam metodologias diferentes. É preciso se adaptar aos equipamentos presentes no seu local de trabalho. Continuando... Bioquímica Por conta da precisão necessária para os resultados, a bioquímica é um dos setores com maior investimento em avanços de automação do laboratório de análises clínicas. É o setor responsável pela investigação de alterações metabólicas no organismo e avaliação de função de diferentes órgãos e, por isso, apresentam equipamentos capazes de realizar uma grande variedade de testes, utilizando diferentes metodologias. Por exemplo, o AU680 (figura 1 – bioquímica) é um equipamento que utiliza a espectrofotometria e potenciometria como metodologias de análise e possui capacidade para 150 amostras, com carregamento contínuo. Os principais testes realizados na rotina do setor de bioquímica são glicose, lipidograma (colesterol total/frações e triglicerídeos), eletrólitos (sódio, cálcio, potássio), marcadores de função hepática (TGO e TGP), marcadores de função renal (ureia e creatinina), entre outros. Figura 1 - Bioquímica Fonte: https://arcscientific.com/product/beckman-coulter-au680-chemistry-analyzer/ 8 É no setor de bioquímica que normalmente se encontramos equipamentos responsáveis pelos exames de gasometria (figura 2 – bioquímica) e D-dímero (figura 3 – bioquímica). A gasometria é um exame que avalia disfunções respiratórias relacionadas a troca de gases e determina (a partir dos parâmetros de potencial hidrogeniônico, pressão parcial de oxigênio, pressão parcial de gás carbônico, concentração de bicarbonato e saturação de oxigênio) se o organismo se encontra em um quadro de acidose/alcalose respiratória/metabólica. Enquanto o D-dímero é um teste utilizado para diagnóstico de trombose venosa profunda, tromboembolismo pulmonar, recentemente recomendado para avaliação de pacientes com COVID-19, entre outros. Figura 2- Bioquímica Fonte: https://static.healthcare.siemens.com/siemens_hwem-hwem_ssxa_websites-context-root/wcm/ idc/groups/public/@global/@lab/@poc/documents/image/mdax/mdm1/~edisp/rapidpoint500_angle_ waqc_lactate-00572158/~renditions/rapidpoint500_angle_waqc_lactate-00572158~10.jpg Figura 3 - Bioquímica Fonte: http://sereduc.com/RNX4JA Uroanálise Como o próprio nome sugere, o setor de uroanálise é responsável pela análise das amostras de urina. O sumário de urina é um dos exames mais solicitados pelos médicos, pois fornece dados analíticos que servem como base para a investigação de diferentes tipos de doenças, como patologias renais, possíveis 9 infecções fúngicas/bacterianas e distúrbios metabólicos. Durante a rotina, as urinas são analisadas a partir de suas características físicas, químicas e microscópicas. A execução do exame físico da urina está relacionada, principalmente, às suas características visuais (cor e aspecto). O exame químico é feito a partir da análise da tira reagente, que fornece as concentrações de diferentes analitos de interesse clínico, enquanto a sedimentoscopia se baseia na visualização de estruturas microscópicas que podem estar presentes na urina em determinadas patologias. Por apresentar uma prática relativamente simples, alguns laboratórios ainda são adeptos a análise manual de urina, mas a grande demanda de amostras tornou necessária a implantação de sistemas automatizados, que hoje são a realidade na maioria dos laboratórios. Na figura 1 de uroanálise, pode ser observado um exemplo de analisador químico automático de urina (LabUMat 2), utilizado em conjunto com um analisador automático de sedimento urinário (UriSed 3). Esses equipamentos são de fácil manuseio e otimizam o tempo de duração da rotina. Realizam todas as funções necessárias para uma análise completa da urina, como a leitura do exame físico, a distribuição das amostras nas fitas reagentes por pipetagem automática e a execução da leitura da fita por alteração de padrão de cor. Esses equipamentos conseguem, ainda, confeccionar a lâmina e fornecer imagens da amostra ao analista, ao mesmo tempo que sugere quais são as estruturas que estão sendo visualizadas. Figura 1 - Uroanálise Fonte: http://sereduc.com/xurmVI 10 Microbiologia Esse setor é responsável pela investigação do patógeno responsável por infecções bacterianas e fúngicas. É um setor que se encaminha para um processo de automação, mas que, atualmente, ainda apresenta diversos procedimentos manuais, como o semeio em meios de cultura e a confecção e coloração de lâminas. É responsável pela identificação do microrganismo, seu isolamento e testes bioquímicos que definem a espécie, bem como testes de sensibilidade que conduzem o tratamento dos pacientes. É um setor que trabalha com diversos tipos de amostras biológicas (escarro, urina, sangue, esperma, fezes, líquidos corporais, ponta de cateter, secreção vaginal, entre outras), que são solicitadas a partir da suspeita clínica de infecção no local. O primeiro passo para a identificação do microrganismo, em alguns casos é a determinação de sua morfologia, feita a partir da técnica de coloração de Gram (figura 1 – microbiologia). Figura 1 - Microbiologia Fonte: http://e-escola.tecnico.ulisboa.pt/topico.asp?id=306&ordem=5 A análise da lâmina corada por Gram ajuda na identificação de estruturas como os estreptococos, estafilococos, bacilos, leveduras e definem suas características de membrana, classificadas a partir da cor que assumem após o procedimento de coloração, em Gram positivas ou Gram negativas. Outro passo importante para a identificação do patógeno é o seu isolamento em meio de cultura. Os diferentes meios de culturas, além fornecer os nutrientes necessários para o crescimento dos microrganismos, podem promover uma visualização diferencial entre as colônias (figura 2 – microbiologia). Algumas amostras podem conter outros tipos de microrganismos, além daquele que está causando a infecção, o que torna extremamente necessário o manejo correto dos procedimentos de isolamento em meios de cultura para garantir a obtenção de uma colônia pura, que será utilizada nos testes seguintes. 11 Figura 2 - Microbiologia Fonte: http://sereduc.com/Pj5J7k Após o isolamento, a determinação da espécie do microrganismo é feita a partir de padrões de reação positiva e negativa entre os testes bioquímicos. Além disso, testes de sensibilidade aos antibióticos (principalmente o antibiograma), determinam qual será a conduta terapêutica do paciente. O BD PhoenixTM é um exemplo de equipamento automatizado utilizado na microbiologia. O equipamento fornece dois tipos de painéis de testes, um é destinado a identificação da espécie e, por isso, é composto, basicamente, por cavidades que contém substratos bioquímicos, onde acontecem as reações. O outro painel é utilizado para realizar os testes de sensibilidade a antibióticos e, por isso, é inteiramente composto por cavidades que contém antibióticos desidratados. O sistema do equipamento reconhece as reações pelas alterações colorimétricas que acontecem dentro das cavidades. Figura 3 - Microbiologia Fonte: http://sereduc.com/4A8ylb 12 VOCÊ SABIA? Julius Richard Petri foi um bacteriologista alemão e pesquisador de doenças infecciosas, que revolucionou o cultivo de bactérias com a invenção das placas de Petri, que possibilitaram grande evolução nos métodos de isolamento bacteriano e visualização das culturas. Coincidentemente, Petri desenvolveu a sua invenção enquanto trabalhava como assistente de outro grande bacteriologista, Robert Koch. Parasitologia Caro (a) aluno (a), A parasitologia é uma ciência que estuda a relação do hospedeiro com protozoários, helmintos e ectoparasitas. O setor de parasitologia é um dos poucos que são desprovidos de automação e existem laboratórios de referência, que possuem em sua rotina diferentes metodologias manuais utilizadas nos diagnósticos de infecções parasitárias. Porém, a maioria dos laboratórios de análises clínicas utilizam o método de Hoffman (figura 1 – parasitologia) como padrão diagnóstico. O método se baseia na sedimentação espontânea das fezes previamente diluídas, para posterior confecção da lâmina parasitológica utilizando o sedimento formado e lugol (figura 2 – parasitologia), e visualização das estruturas com auxílio do microscópio. Também é responsabilidade do setor, a pesquisa de substâncias redutoras das fezes e pesquisa de infecção por rotavírus. Figura 1 - Parasitologia Fonte: http://sereduc.com/JUKpqF ??? 13 Figura 2 - Parasitologia Fonte: http://sereduc.com/qnIbc3 Como as doenças parasitárias estão diretamente relacionadas às condições sociais, o padrão de estruturas visualizadas pode variar dependendo da população atendida. Laboratórios públicos que atendem pacientes que vivem em condições sociais baixas, costumam apresentar uma maior variedade de alterações que os laboratórios particulares. Imunologia O setor de imunologia do laboratório de análises clínicas é responsável pelos testes sorológicos, que se baseiam na pesquisa de anticorpos (IgG e IgM), que são importantes para avaliar qual a infecção e o tipo de resposta imunológica que o (a) paciente apresenta. Os métodos diagnósticos normalmente utilizados são automatizados, mascom prática frequente de imunocromatografia (testes rápidos). O Alinity i (figura 1 – imunologia), é um equipamento que utiliza a metodologia de quimioluminescência, para realizar uma ampla variedade de testes sorológicos, como a detecção de anticorpos para HIV, citomegalovírus, toxoplasmose, rubéola, hepatites, recentemente atualizado para SARS-Cov-2, entre outros. 14 Figura 1 - Imunologia Fonte: http://sereduc.com/tWnu4l É no setor de imunologia que, normalmente, são realizadas as dosagens de concentrações hormonais e de marcadores de câncer, também por metodologia automatizada e imunocromatografia. A dosagem de hormônios relacionados à gravidez e fertilidade compõe grande parte da rotina, como o βhCG, estradiol, progesterona, testosterona, prolactina, entre outros. Existem laboratórios de referência que podem apresentar, em sua rotina, metodologias mais complexas e com etapas de procedimento manual, como o ELISA, imunofluorescência, VDRL, entre outros. VOCÊ SABIA? A espécie Xenopus laevis (rã com garras Africano) já foi utilizada como método diagnóstico para determinação de gravidez. O zoólogo Lancelot Hogben costumava injetar hormônios em diferentes animais para observar a sua reação. Em um de seus experimentos, descobriu que injetar urina de mulheres grávidas, nas rãs fêmeas, resultava na estimulação da produção de ovos. O estímulo era consequência das altas concentrações de gonadotrofina cariônica humana (hCG) na urina das mulheres e o diagnóstico era feito a partir da observação da produção de ovos. Fonte: http://sereduc.com/5wkjqS ??? 15 Banco de sangue O setor de banco de sangue, normalmente, está presente em grandes hospitais e, muitas vezes, separado do laboratório de análises clínicas. É responsável pela preparação das bolsas de sangue e realização dos testes necessários antes do momento da transfusão. O preparo do sangue coletado consiste, primeiramente, na triagem para doenças infecciosas que podem ser transmitidas por contato com sangue contaminado (como HIV, hepatites B e C, sífilis, doença de Chagas e HTLV) e a obtenção dos hemocomponentes (concentrado de hemácias, de plaquetas, plasma fresco, plasma congelado, entre outros) e dos hemoderivados (albumina, globulinas e fatores de coagulação). Em laboratórios de análises clínicas, o sangue do paciente pode ser submetido a diversos testes com procedimentos manuais, como: tipagem sanguínea ABO, que pode ser realizada em tubo, lâmina ou no gel de centrifugação (figura 1 – banco de sangue), o Coombs direto, que tem o objetivo de detectar componentes do complemento ou anticorpos fixados nos eritrócitos, a Pesquisa de Anticorpos Irregulares (PAI), também conhecida como Coombs indireto, que possui a finalidade de pesquisar anticorpos irregulares e as provas cruzadas, importantes para confirmar a confiabilidade dos testes de tipagem ABO e PAI. Figura 1 – Banco de sangue Fonte: a autora. 16 DESCARTE DE AMOSTRAS Durante a rotina de trabalho, os profissionais do laboratório devem se atentar as formas de descarte dos materiais utilizados no laboratório. Existem três principais formas de descarte: • Descarpack: É uma caixa de papelão amarela, destinada ao descarte de materiais classificados como perfurocortantes (agulhas, lâminas, bisturis, ampolas, entre outros); • Saco branco: Os recipientes que possuem saco branco são destinados ao descarte de lixo classificados como biológicos (tubos de amostra, luvas, algodão, kits de testes, entre outros); • Saco preto: Os recipientes que possuem saco preto, são destinados ao descarte de lixo comum (não biológico). Fonte: http://sereduc.com/QNxT2J GUARDE ESSA IDEIA! Os meios de automação laboratorial já são uma realidade na maioria dos laboratórios funcionantes e tendem a permanecer em constante evolução, aumentando a eficácia e demanda dos testes. Apesar disso, é interessante conhecer os fundamentos dos métodos manuais, já que existe a possibilidade de surgirem oportunidades de trabalhos em laboratórios de baixa renda. 17 PALAVRAS FINAIS Caro (a) aluno (a), Chegamos ao fim do nosso segundo Guia de Estudos da disciplina de Estágio Supervisionado I - Biomedicina. Com base nos conteúdos abordados, você teve a oportunidade de se familiarizar com uma rotina laboratorial e as principais atividades realizadas pelos setores que o compõem. A partir da leitura dos dois primeiros guias, você aprendeu o básico necessário para desempenhar as atividades propostas em um laboratório de análises clínicas, o que reforça a ideia de que é necessário buscar, em outras fontes, conhecimentos complementares. Já adianto para você que o terceiro guia será feito no formato de atlas, onde revisaremos as principais alterações microscópicas importantes e que você poderá consultar no momento do estágio. As imagens serão acompanhadas de descrições e informações sobre as circunstâncias em que aquelas alterações podem ser observadas. Não se esqueça que o (a) tutor (a) estará disponível para tirar suas dúvidas e, além disso, fique de olho na data da webconferência desta disciplina, assim poderá esclarecer suas dúvidas com o (a) professor (a). Vejo você no próximo guia! Até breve! REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FAILACE, R; FERNANDES, F. Hemograma: manual de interpretação. 6. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. Sistemas integrados de química clínica e imunoensaio para transformar o seu laboratório. Alinity ci-series, 2019. Disponível em: < https://www.corelaboratory. abbott/int/pt/offerings/brands/alinity/alinity-ci-series>. Acesso em: 23/12/2020. BD PhoenixTM: Automação para identificação bacteriana e teste de sensibilidade a antimicrobianos, 2020. Disponível em: < https://www.bd.com/pt-br/our-products/ diagnostics-systems/identification-and-susceptibility-testing/phoenix->. Acesso em: 21/12/2020. LabUMat 2 & Urised 3 Pro. 77 Elektronika, 2020. Disponível em: < https://en.e77.hu/ products/urine-analyzers/labumat-2-urised-3-pro>. Acesso em: 20/12/2020. ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - BIOMEDICINA UNIDADE III 2 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. Edição, revisão e diagramação: Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD _______________________________________________________________________ Gonçales, Juliana Prado. Estágio Supervisionado I - Biomedicina: Unidade 3 - Recife: Grupo Ser Educacional, 2021. _______________________________________________________________________ Grupo Ser Educacional Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro CEP: 50100-160, Recife - PE PABX: (81) 3413-4611 3 SUMÁRIO PARA INÍCIO DE CONVERSA ...................................................................................... 4 ELEMENTOS CELULARES DO SANGUE ................................................................... 5 ELEMENTOS CELULARES ANORMAIS ...................................................................... 7 Células jovens da linhagem eritroide ..................................................................................... 8 ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DAS HEMÁCIAS ................................................... 9 PECILOCITOSE .............................................................................................................. 11 AGLUTINAÇÃO DE HEMÁCIAS .................................................................................. 14 INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS .................................................................................... 14 ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS LEUCÓCITOS ................................................ 17 ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DAS PLAQUETAS .................................................. 20 PRINCIPAIS CORANTES HEMATOLÓGICOS ............................................................22 Panótico ...................................................................................................................................... 23 May-Grunwald-Giemsa ............................................................................................................ 23 Leishman ..................................................................................................................................... 24 4 ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - BIOMEDICINA UNIDADE III PARA INÍCIO DE CONVERSA Olá aluno (a), Bem-vindo (a) ao terceiro Guia de Estudos da disciplina Estágio Supervisionado I - Biomedicina. Esse guia será feito no formato de um atlas, abordando temas da Hematologia Clínica. As imagens serão acompanhadas por uma descrição, que informará as características morfológicas das células e indicará possíveis ocasiões em que elas podem ser visualizadas. É interessante ler o guia acompanhado de outros materiais que possuam imagens, para que você aprenda a identificar as particularidades de cada célula em diferentes condições. Bons estudos! ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA Bem-vindo (a) à nossa Terceira Unidade. Nesse Guia de Estudos iremos abordar sobre as alterações hematológicas que podem ser visualizadas no hemograma. O material foi desenvolvido no formato de atlas, onde as imagens selecionadas se propõem a familiarizar você com as principais alterações encontradas na rotina laboratorial. As imagens estão acompanhadas por uma descrição, que as caracteriza morfologicamente e indica as principais causas em que as alterações podem estar presentes. Vamos começar? PALAVRAS DO PROFESSOR Querido (a) aluno (a), a análise e interpretação do hemograma pode gerar diversas dúvidas devido à similaridade entre as estruturas, bem como, a presença de pequenos detalhes que são importantes para o diagnóstico. Esse guia foi desenvolvido em formato de atlas e tem como objetivo ilustrar as alterações, bem como sua associação patológica. Vamos iniciar nossa terceira unidade. Preparado(a)? Vamos lá! 5 ELEMENTOS CELULARES DO SANGUE Para começarmos os estudos dessa Terceira Unidade, é importante que você esteja atento (a) ao fato de que os elementos células presentes nos sangues, são as células e estruturas responsáveis por realizar a função sanguínea no organismo. Esses elementos são constituídos, primordialmente, pelos eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Vamos conhecer cada um desses elementos: Figura 01 Fonte: http://sereduc.com/8GyDNw Figura 02 Fonte: Melo et al., 2019 Hemácias/Eritrócitos Os eritrócitos possuem o formato de discos bicôncavos. São anucleados e nas lâminas se caracterizam como cé- lulas circulares, com um halo branco central. Vale ressaltar que, em alguns casos, é possível visualizar tons alaran- jados, devido a interação da eosina do corante com as altas concentrações de hemoglobinas; Possui a função de transportar oxigênio dos pulmões para os tecidos e fazer o retorno de gás carbônico. Neutrófilos São os leucócitos mais abundantes no sangue. Possuem o núcleo segmentan- do, podendo ser encontrado, normal- mente, dividido entre 2 a 5 lóbulos. Seu citoplasma é constituído por grânulos pequenos e azurófilos; Os neutrófilos possuem atividade imu- nológica, essencialmente bactericida, e, por isso, seu aumento é geralmente associado a infecções bacterianas. 6 Figura 03 Fonte: Melo et al., 2019 Figura04 Fonte: http://sereduc.com/71gvjX Figura 05 Fonte: Melo et al., 2019 Basófilos Os basófilos também possuem núcleos segmentados e, assim como os eosinó- filos, normalmente possuem 2 lóbulos. Entretanto, o seu núcleo é de difícil visualização, devido a presença de grâ- nulos grosseiros e escuros que os so- brepõe; Os grânulos dos basófilos tem sua fun- ção relacionada às reações alérgicas. Eosinófilos Os eosinófilos possuem núcleos seg- mentados, normalmente com 2 lóbulos. São caracterizados pela presença de grandes grânulos alaranjados em seu citoplasma; A sua função está relacionada a indu- ção de resposta inflamatória em proces- sos alérgicos e defesa contra parasitas, principalmente helmintos. Linfócitos Os linfócitos podem ser classificados de acordo com seu tamanho em pequenos, médios e grandes, sendo os pequenos, os mais frequentes. São células esféri- cas, com núcleo intensamente corado e alta relação núcleo/citoplasma; Sua função pode variar de acordo com a especialização e diferenciação, poden- do ser T, B e NK. 7 Figura 06 Fonte: Melo et al., 2019 Figura 07 Fonte: http://sereduc.com/ewyL0W ELEMENTOS CELULARES ANORMAIS Caro (a) aluno (a), As anormalidades observadas em alguns elementos celulares do sangue podem ser indicativas de imaturidade celular ou alteração celular devido a presença de alguma patologia. Vale ressaltar que algumas condições fisiológicas normais podem acarretar alterações nesses elementos, como a gravidez. Assim, antes de darmos continuidade aos seus estudos, convido você a entender um pouco mais sobre a linhagem eritroide. Plaquetas São fragmentos citoplasmáticos de uma célula chamada megacariócito, lo- calizada na medula. São desprovidas de núcleos, possuem grânulos no seu inte- rior e são menores do que os leucócitos e hemácias; As plaquetas atuam na coagulação san- guínea e reposição da integridade de vasos lesados. Monócitos Os monócitos são os maiores leucócitos do sangue. A morfologia do núcleo dos monócitos pode ser bastante variada, mas as formas mais frequentes são a riniforme e em “U”. Ocasionalmente, podem apresentar, em seu citoplasma, vacúolos e grânulos; A principal função dos monócitos é a intensa atividade fagocitária e serve como “ponte” entre a imunidade inata e adaptativa. 8 Células jovens da linhagem eritroide Diariamente, um ser humano produz eritrócitos na mesma proporção que os destrói, alcançando um equilíbrio na concentração. Entretanto, em casos como anemias hemolíticas ou processos hemorrágicos, a medula é estimulada a produzir eritrócitos mais rapidamente e em maiores quantidades, com o objetivo de repor a massa eritrocitária que foi perdida. Essas condições favorecem o aparecimento de eritroblastos no sangue periférico. A visualização e contabilização das células jovens da linhagem eritroide compõem o laudo do hemograma, tornando essencial o seu reconhecimento. Existem cinco formas evolutivas dessa linhagem, que precedem a formação de um eritrócito maduro, são elas: proeritroblasto, eritroblasto basófilo, eritroblasto policromático, eritroblasto ortocromático e reticulócitos. A evolução da linhagem possui um padrão de amadurecimento, que envolve a diminuição gradual da célula e a compactação do seu núcleo. Nas figuras abaixo, é possível observar todas as formas evolutivas da linhagem e as projeções citoplasmáticas que podem ocorrer (seta). Veja: Figura 08 Fonte: http://portallabcursos.com.br/imagens/postagens_cientificas/22_1581002219.jpg Vamos entender cada uma das formas evolutivas da linhagem e as projeções citoplasmáticas: • Proeritroblasto (1): É uma célula grande, quando comparada às hemácias maduras; apresenta uma alta relação núcleo/citoplasma; seu núcleo apresenta uma cromatina frouxa, sendo possível visuali- zar nucléolos em alguns casos. O seu citoplasma é fortemente formado por basófilos e, eventualmen- te, pode apresentar projeções citoplasmáticas; • Eritroblasto basófilo (2): É uma célula menor que o proeritroblasto, mas mantém a característica basófila do citoplasma. O núcleo, entretanto, já apresenta certo grau de condensação e ausência de nucléolos; http://portallabcursos.com.br/postagens-cientificas/38/todas-as-fases-dos-eritroblastos9 • Eritroblasto policromático (3): Ligeiramente menor que o eritroblasto basófilo e com condensação nuclear. Sua principal característica é a cor de seu citoplasma, caracterizada pela presença de cap- tação simultânea de corantes ácidos pela hemoglobina e básicos pelo RNA, conferindo a célula uma cor acinzentada; • Eritroblasto ortocromático (4): É menor que o policromático e apresenta citoplasma alaranjado (semelhante ao das hemácias maduras). Seu núcleo é picnótico e pode se encontrar centralizado, mas, normalmente, está posicionado na lateral da célula. Na fase avançada de maturação essa célula expulsa o núcleo (5) e essa ausência de núcleo é uma das principais características da célula madura (eritrócito). Os Reticulócitos são células formadas após a expulsão do núcleo do eritroblasto ortocromático. Apresenta resquícios de RNA que só podem ser vistos a partir da coloração azul de cresil brilhante. A contagem de reticulócitos é o exame solicitado quando se quer avaliar a capacidade da medula em produzir os eritró- citos. A partir da coloração de azul de cresil brilhante é possível evidenciar o RNA residual, como apresentado na imagem abaixo. Lembre-se de que essa técnica permite uma contagem mais precisa na presença de reticulocitose. É importante ressaltar ainda que equipamentos mais avançados de contagem de células hematológicas já realizam a contagem específica dessa célula. Figura 09 Fonte: http://sereduc.com/3srGXe ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DAS HEMÁCIAS As hemácias são células anucleadas e bicôncavas, que tem como função primordial o transporte de O2 para os órgãos e tecidos. Assim como os outros elementos celulares, podem sofrer alterações morfológicas e de imaturidade, devido à presença de determinadas patologias. Para ampliarmos nossa discussão, vamos 10 conhecer algumas dessas alterações morfológicas das hemácias: Figura 10 Fonte: Melo et al., 2019 Figura 11 Fonte: http://sereduc.com/3OuEio Figura 12 Macrocitose É o termo utilizado para o aumento do volume das hemácias que, na lâmina, são caracterizadas como células maiores que o normal. Sendo uma alteração presente em anemias megaloblásticas, relacionadas à defi- ciência de vitamina B12. Policromasia É uma alteração que modifica a coloração padrão das hemácias. A coloração rosa azulada é consequência da interação simultânea dos corantes ácidos e básicos, com o RNA e hemoglobina; Os resquícios de RNA indicam que ain- da é uma célula em processo matura- tivo. Células com policromasia, são reticulócitos corados com coloração hematológica padrão. Hipocromia e microcitose Hipocromia é o termo utilizado para hemácias que não se coram suficien- temente, apresentando aspecto claro e com halo central maior. Essa caracterís- tica é um reflexo de baixas concentra- ções de hemoglobina intracelular; Microcitose representa a diminuição do volume das hemácias, caracterizadas na lâmina como células menores que o normal. Ambas são alterações comuns na ane- mia ferropriva. Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7046- hemacias-macrociticas https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7046-hemacias-macrociticas https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7046-hemacias-macrociticas 11 PECILOCITOSE A pecilocitose ou poiquilocitose se refere a alteração morfológica dos eritrócitos, comprometendo a função dessa célula. Existem diversas alterações morfológicas, sendo que cada uma pode estar associada com uma ou mais condições patológicas. Figura 13 Fonte: http://sereduc.com/43Te7k Figura 14 Fonte: Melo et al., 2019 Eliptócitos É uma alteração morfológica, causada por defeito em uma proteína presente na membrana plasmática, que resulta na perda da flexibilidade celular. São caracterizadas como células alongadas e com as extremidades arredondadas; Sua visualização, em grande quantida- de, é associada a eliptocitose heredi- tária. Mas podem ser vistos em menor quantidade em anemias carenciais, talassemias, entre outros. Dacriócitos São caracterizados pelo surgimento de um alongamento em uma extremidade da membrana, que confere à célula um aspecto de gota, lágrima ou raquete; Podem ser visualizados em casos de anemia megaloblástica, mielofibrose, síndrome mielodisplásica, talasse- mias, entre outros. 12 Figura 15 Fonte: http://sereduc.com/3CLsev Figura 16 Fonte: http://sereduc.com/UHjDiy Figura 17 Fonte: http://hematofmusp.weebly.com/fotos-e-figuras.html Esquizócitos São células de tamanho reduzido e que possuem irregularidade de mor- fologia; Podem ser associados às queimadu- ras, anemias hemolíticas, resposta ao estresse oxidativo da membrana das hemácias, entre outros. Drepanócitos São formados em decorrência da po- limerização da hemoglobina S. Assim como os eliptócitos, são células alon- gadas, entretanto, possuem as extre- midades pontiagudas; Estão relacionados à uma hemoglobi- nopatia, com formação de hemoglobi- na S. Podem ser visualizados em pa- cientes com doença falciforme e, mais raramente, em traços falciformes. Codócitos São células descritas pelo formato de alvo. Apresentam uma área circular corada que acompanha o formato da membrana, seguida por uma área cir- cular desprovida de coloração e uma área corada no centro; Podem ser vistos em doenças hepá- ticas, associadas com anemia falci- forme e hemoglobinopatia C, entre outros. http://sereduc.com/3CLsev 13 Figura 18 Fonte: Melo et al., 2019 Figura 19 Fonte: Melo et al., 2019 Figura 20 Fonte: Melo et al., 2019 Equinócitos Também são conhecidos como he- mácias crenadas. São caracteriza- dos pela presença de espículas de tamanho e distribuição regular em toda a extensão da membrana; Podem ser encontrados em patolo- gias hepáticas e renais, distúrbios relacionados à ureia, entre outros. Estomatócitos São formados quando o halo central da hemácia assume uma conforma- ção chamada de estoma e que per- corre toda a extensão da célula; Podem ser vistos na estomatocito- se hereditária, quadros de alcoolis- mo agudo, cirrose hepática, entre outros. Acantócitos Assim como os equinócitos, são cé- lulas caracterizadas pela presença de espículas. Entretanto, a distri- buição e o tamanho dessas espícu- las são variáveis, permitindo a dife- renciação entre os dois pecilócitos; Podem ser encontrados em patolo- gias hepáticas, abetalipoproteine- mia, entre outros. 14 AGLUTINAÇÃO DE HEMÁCIAS Caro (a) aluno (a), A aglutinação eritrocitária ocorre devido a perda do potencial zeta, um campo elétrico que promove o distanciamento das hemácias. Com isso, os eritrócitos começam a se sobrepor. Fisiologicamente, as imunoglobulinas, em excesso, podem promover a perda desse potencial. Assim, convido você a juntos, conhecermos os tipos de Aglutinação de Hemácias: Figura 21 Fonte: http://sereduc.com/sQMDOE Figura 22 Fonte: http://sereduc.com/wIz09x INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS As Inclusões Eritrocitárias são alterações estruturais que podem ocorrer no interior da célula e são indicativas de algumas doenças e, normalmente, são bem específicas e associadas a problemas nos Rouleaux eritrocitário Nesse tipo de aglutinação, as hemá- cias se apresentam empilhadas; Sua formação está relacionada a distúrbiosde carga elétrica no meio externo das hemácias. O excesso de gamaglobulinas pode desencadear essa formação, por isso, é comum vi- sualizá-las em pacientes portadores de mieloma múltiplo. Aglutinação de hemácias As hemácias se aglutinam em várias direções, formando um agrupamento de células; A sua causa está relacionada a pre- sença de crioaglutininas. São anticor- pos do tipo IgM anti-hemácias, que reagem em baixas temperaturas. 15 mecanismos moleculares, como alterações no DNA/RNA e/ou em processos de divisão celular. Assim, para entendermos um pouco mais sobre as Inclusões Eritrocitárias, convido você a observar atentamente as imagens abaixo: Figura 23 Figura 24 Fonte: Melo et al., 2019 Anel de Cabot É composto por estruturas pertencentes ao fuso mitótico durante o ato da divisão. Pode ser visualizado em formato de anel, de “8” ou com forma irregular; Também pode ser observado em intoxicação por chumbo, talasse- mias e síndromes mielodisplási- cas. Fonte: http://portallabcursos.com.br/imagens/posta- gens_cientificas/19_1581002114.jpg Pontilhado basófilo São grânulos azul escuro, distribuí- dos por todo o interior das hemá- cias. É composto por um agregado de RNA e ribossomos, por isso, possui interação com o corante básico; É observado na intoxicação por chumbo, deficiência de pirimidina 5’ nucleotidase, anemia megaloblástica. http://portallabcursos.com.br/imagens/postagens_cientificas/19_1581002114.jpg http://portallabcursos.com.br/imagens/postagens_cientificas/19_1581002114.jpg 16 Figura 25 Fonte: Melo et al., 2019 Figura 26 Fonte: http://sereduc.com/Tc27BG Figura 27 Fonte: http://sereduc.com/1KfaNQ Corpúsculos de Heinz São estruturas formadas na membrana, a partir de um dese- quilíbrio oxidativo no interior das hemácias, associado à formação de metaemoglobina. Utiliza-se a coloração azul de cresil brilhante para a leitura; Podem ser observados em porta- dores de deficiência de G-6-PD e de hemoglobina instável. Corpúsculos de Pappenheimer São inclusões caracterizadas como pequenos grânulos, locali- zados na periferia das hemácias. Ocorrem devido ao depósito de ferritina nas mitocôndrias e ribos- somos; Estão associados à anemia side- roblástica, alcoolismo, distúrbios esplênicos. Corpúsculos de Howell-Jolly São formados durante uma mito- se anômala, sendo considerados fragmentos remanescentes de material nuclear; São observados em anemia mega- loblástica, em quadros de alcoo- lismo, frequentes em distúrbios esplênicos. 17 ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS LEUCÓCITOS Os leucócitos são células importantes para a resposta imunológica do organismo, sendo que a presença de alterações, quantitativas e qualitativas, dessas células, refletem diretamente na ativação do sistema imunológico e associação à algum processo patológico ou responsivo. Assim, dando continuidade ao nosso Guia de Estudos, convido você a entender um pouco mais sobre as Alterações Morfológicas dos Leucócitos. Vamos lá! Figura 28 Fonte: http://sereduc.com/jFZH16 Figura 29 Fonte: Melo et al., 2019 Pelger-Huët É uma condição hereditária, onde ocorre a diminuição de lóbulos nucleares. Os portadores são, geralmente, assintomáti- cos, visto que a funcionalidade da célula está atribuída aos seus grânulos; São observados em pacientes que apresentam a anomalia he- reditária. Hipersegmentação Como o próprio nome sugere, a hi- persegmentação é caracterizada pelo aumento do número de lóbu- los nucleares. É classificada como hipersegmentado o neutrófilo que apresenta 6 ou mais lóbulos. Essa condição está relacionada ao en- velhecimento da célula na corren- te sanguínea; Pode ser observada na anemia megaloblástica, em pacientes que fazem uso de quimioterapia. 18 Figura 30 Fonte: http://sereduc.com/34Zd0X Figura 31 Fonte: http://sereduc.com/51HBM8 CÉLULAS JOVENS DA LINHAGEM MIELÓIDE Caro (a) aluno (a), Como você deve estar lembrado (a), Desvio a Esquerda é o termo utilizado para informar a presença de células jovens da linhagem mieloide no sangue periférico. A avaliação da prevalência de diferentes estágios evolutivos é essencial para a caracterização dos tipos de leucemias. Assim, para darmos continuidade ao seu aprendizado, listo abaixo os estágios evolutivos das células citadas: Corpúsculos de Döhle É uma inclusão exclusiva de neutrófilos, caracterizada como uma “mancha” azul clara, localizada em uma extremidade da célula. Sua formação é relacionada a liquefação do retículo endoplasmático e, tam- bém, pode ser associada ao agra- vamento de infecções e processos inflamatórios. Granulação tóxica Geralmente é visualizada nos neu- trófilos, como grânulos maiores e mais basófilos. Está associada ao agravamento de infecções e proces- sos inflamatórios graves. http://sereduc.com/51HBM8 19 Figura 32 Fonte: http://sereduc.com/yhPf9Z Figura 33 Fonte: Melo et al., 2019 Figura 34 Fonte: Melo et al., 2019 Blastos São as células com características de imaturidade, presentes em distúrbios proliferativos, como as leucemias; Possuem alta relação núcleo/cito- plasma; quantidade escassa de ci- toplasma; cromatina nuclear frouxa; normalmente apresentam nucléolos; citoplasma com discreta basofilia. Promielócitos É a segunda célula da linhagem maturativa; Possui alta relação núcleo/citoplasma; núcleo redondo ou oval; cromatina nu- clear frouxa; pode apresentar nucléo- los; citoplasma com discreta basofilia; presença de granulações primárias no citoplasma. Mielócitos É a terceira célula da linhagem maturativa; Núcleo redondo ou oval; ausência de nucléolos; início de condensação da cromatina nuclear; citoplasma acidófi- lo; presença de granulações secundá- rias. http://sereduc.com/yhPf9Z 20 Figura 35 Fonte: http://sereduc.com/caR6tK Figura 36 Fonte: http://sereduc.com/ReBFnj ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DAS PLAQUETAS Caro (a) estudante, Assim como os outros elementos presentes no sangue, as plaquetas podem apresentar alterações. Entretanto, no sangue periférico, essas alterações se refletem no tamanho das plaquetas, como a macro plaquetas e plaquetas gigantes. Vamos entender um pouco mais sobre essas alterações morfológicas das plaquetas! Metamielócitos É a quarta célula da linhagem maturativa; Núcleo em formato reniforme; cro- matina nuclear condensada; presen- ça de grânulos finos no citoplasma; citoplasma acidófilo. Bastonetes É a quinta célula da linhagem maturativa e precede a formação de uma célula madura; Núcleo em formato de “U” ou “S”; cromatina nuclear condensada; pre- sença de granulações finas no cito- plasma. 21 Figura 37 Fonte: http://sereduc.com/MbL1r8 VOCÊ SABIA? Uma das principais atividades práticas do setor de hematologia é a confecção e coloração das lâminas de sangue. Entretanto, com a evolução da tecnologia laboratorial, esse tipo de atividade pode ser realizado de forma automatizada, através de equipamentos. Figura 38 Fonte: Melo et al., 2019 Macroplaquetas e plaquetas gigantes As alterações morfológicas das pla- quetasestão, basicamente, relacio- nadas ao seu tamanho; Macroplaquetas: tamanho aumenta- do, mas menores que as hemácias; Plaquetas gigantes: maiores que as hemácias; Podem ser vistas em processos de renovação de plaquetas e síndrome de Bernard-Soulier. ??? 22 PARA RESUMIR O termo “relação núcleo/citoplasma” é muito utilizado para análises de morfologia celular. A alta relação núcleo/citoplasma indica que a célula possui um volume nuclear superior ao volume citoplasmático, enquanto a baixa relação núcleo/citoplasma, indica que o volume citoplasmático excede o nuclear. Figura 39 Fonte: a autora. GUARDE ESSA IDEIA! Existe a possibilidade de se implementar um sistema automatizado de liberação de exames nos laboratórios. Os equipamentos são programados para liberar os resultados automaticamente, caso os valores, previamente classificados como dentro da normalidade, estejam de acordo. Por isso, é importante avaliar todos os avisos emitidos pelo equipamento, pois, em alguns casos, é necessário realizar a leitura complementar da lâmina. PRINCIPAIS CORANTES HEMATOLÓGICOS Os corantes são utilizados para evidenciar os componentes celulares para, então, ser possível a identificação das diferentes células e estruturas, tanto em condições de normalidade, como nas patológicas. Para darmos continuidade ao nosso Guia de Estudos da Unidade 03, convido você a conhecer os principais corantes hematológicos. Vamos lá! 23 Panótico Apesar de, atualmente, não ser considerado um dos melhores corantes em termos de visualização, o panótico é amplamente utilizado nos laboratórios de análises clínicas, por conta de sua rápida execução. O kit é composto por três soluções, onde uma é fixadora e as outras duas são corantes. O primeiro reagente é uma solução de triarilmetano a 0,1% (verde malaquita), que atua como fixador da amostra na lâmina, garantindo a integridade do esfregaço sanguíneo. O segundo reagente é uma solução de xantenos a 0,1% (eosina), que é um corante ácido, e, por isso, possui afinidade pelas estruturas básicas das células. Já o terceiro reagente é uma solução de tiazinas a 0,1% (azul de metileno), que é um corante básico, e, por isso, possui afinidade pelas estruturas ácidas das células. Figura 40 Fonte: http://sereduc.com/5Jdkq8 May-Grunwald-Giemsa O May-Grunwald e o Giemsa são dois corantes diferentes, mas que podem ser combinados para se obter uma melhor visualização da lâmina. O May-Grunwald é composto por eosinato de azul de metileno (resultado da interação química entre o azul de metileno e a eosina), enquanto o Giemsa é composto por azur II e eosinato de azur II. É importante destacar que o procedimento de coloração se baseia, primeiramente, na utilização do May- Grunwald, que, por ser diluído em metanol, atua como fixador do esfregaço sanguíneo. Após escorrer o excesso do primeiro corante, é adicionado o Giemsa, garantindo que os componentes ácidos e básicos sejam efetivamente corados. Apesar de excelente visualização, todo o procedimento de coloração desse método dura em torno de vinte minutos. 24 Leishman O Leishman é um dos corantes que foram desenvolvidos com o intuito de se obter um reagente único e que possuísse a capacidade de corar todos os elementos celulares. É composto por uma mistura de eosinato de azul de metileno e eosinato de violeta de azul de metileno, dissolvidos em álcool metílico. Promove uma excelente visualização, sendo utilizado, principalmente, para a identificação e diferenciação de leucócitos. Por ser um reagente único, é responsável tanto pela fixação quanto pela coloração e a confecção da lâmina por esse método costuma durar aproximadamente 15 minutos. Figura 41 Fonte: http://sereduc.com/Q2rnEy 25 PALAVRAS FINAIS Caro (a) aluno (a), Concluímos aqui o nosso Guia de Estudos da Unidade 3, da disciplina de Estágio Supervisionado I - Biomedicina. O conteúdo abordado nesse guia serviu como revisão para as alterações mais recorrentes relacionadas a leitura de lâminas do setor de hematologia. Existem diversos atlas hematológicos disponíveis para que você possa comparar as imagens e se familiarizar ainda mais com as características das células. Já antecipo a você que o quarto Guia de Estudos vai seguir o mesmo princípio do terceiro e será mantido o modelo do atlas, com imagens acompanhadas de descrição e informações adicionais, mas, dessa vez, nós conversaremos um pouco sobre os fluidos biológicos. Não se esqueça que o tutor estará disponível para tirar suas dúvidas e fique de olho na data da webconferência desta disciplina, assim poderá esclarecer suas dúvidas com o (a) professor (a). Vejo você no próximo guia! Até breve! REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAIN, B.J. Blood Cells – A Practical Guide. 5. Ed. Wiley Blackwell, 2015. FAILACE, R; FERNANDES, F. Hemograma: manual de interpretação. 6. Ed.Porto Alegre: Artmed, 2015. MELO, M; SILVEIRA, C.M. Laboratório de Hematologia – Teorias, Técnicas e Atlas. 2. Ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2019. ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - BIOMEDICINA UNIDADE IV 2 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. Edição, revisão e diagramação: Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD _______________________________________________________________________ Gonçales, Juliana Prado. Estágio Supervisionado I - Biomedicina: Unidade 4 - Recife: Grupo Ser Educacional, 2021. _______________________________________________________________________ Grupo Ser Educacional Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro CEP: 50100-160, Recife - PE PABX: (81) 3413-4611 3 SUMÁRIO PARA INÍCIO DE CONVERSA ...................................................................................... 4 URINA ............................................................................................................................. 5 Células ......................................................................................................................................... 5 Cristais de Urina Ácida ............................................................................................................. 7 Cilindros ...................................................................................................................................... 11 ESPERMOGRAMA ........................................................................................................ 13 Defeitos na cabeça ................................................................................................................... 14 Defeitos na peça intermediária .............................................................................................. 15 Defeitos na cauda ..................................................................................................................... 16 LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LCR) ..................................................................... 17 4 ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - BIOMEDICINA UNIDADE IV PARA INÍCIO DE CONVERSA Olá aluno (a), Seja muito bem-vindo (a) ao quarto e último Guia de Estudos da disciplina de Estágio Supervisionado I - Biomedicina. Nesse guia trabalharemos a disciplina de fluidos biológicos, focando na análise da urina, do esperma e do líquido cefalorraquidiano. O material foi feito no formato de atlas, onde as imagens selecionadas se propõem a familiarizar você com as principais alterações encontradas na rotina laboratorial. As imagens estão acompanhadas por uma descrição, que as caracteriza morfologicamente e indica as principais causas em que as alterações podem estar presentes. Bons estudos! ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA Caro (a) estudante,
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