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ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - 
BIOMEDICINA
UNIDADE I
2
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Edição, revisão e diagramação: 
Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD 
 
_______________________________________________________________________
Gonçales, Juliana Prado. 
Estágio Supervisionado I - Biomedicina: Unidade 1 - Recife: Grupo Ser Educacional, 2021.
 _______________________________________________________________________
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
3
SUMÁRIO
PARA INÍCIO DE CONVERSA ...................................................................................... 3
OBJETIVOS DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ............................... 4
CONDUTAS NO AMBIENTE LABORATORIAL .......................................................... 5
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A VALIDAÇÃO DA NOTA .......................... 7
Frequência e ficha de avaliação ........................................................................................... 7
Relatório ...................................................................................................................................... 8
ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A ESCRITA DO RELATÓRIO .................................. 8
Introdução .................................................................................................................................. 10
Objetivos e Plano de Atividades ............................................................................................. 11
Plano de Atividades .................................................................................................................. 12
Atividades Desenvolvidas ....................................................................................................... 12
Considerações Finais ............................................................................................................... 13
Referências ................................................................................................................................ 13
Documentos ............................................................................................................................... 14
DOS DEVERES DOS ALUNOS ...................................................................................... 14
DOS DIREITOS DOS ALUNOS ..................................................................................... 14
4
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - BIOMEDICINA
UNIDADE I
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Olá aluno (a),
Bem-vindo (a) ao primeiro Guia de Estudos da disciplina Estágio Supervisionado 
I - Biomedicina. Nesse Guia iremos abordar os principais aspectos relacionados a 
importância do aproveitamento prático das atividades do estágio em laboratórios de 
análises clínicas, as condutas necessárias para desempenhar adequadamente seu 
papel de estagiário e as orientações para a escrita do relatório.
Para aumentar o seu conhecimento sobre o papel do estagiário no laboratório, 
recomendo o acesso aos materiais sugeridos no guia. 
Bons estudos! 
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA
Caro (a) aluno (a),
Esse guia abordará aspectos associados ao estágio obrigatório, direcionando você aos 
principais aspectos associados às disciplinas e ao preenchimento do relatório. Nessa 
fase final do curso é necessária muita dedicação e estudos. Isso irá permitir a você 
aplicar tudo que aprendeu durante os anos anteriores. Não se esqueça que no ensino à 
distância você é gestor do seu progresso acadêmico e a disciplina e o comprometimento 
são fundamentais para que você consiga adquirir o conhecimento necessário para se 
tornar um (a) excelente profissional.
PALAVRAS DO PROFESSOR
Querido (a) aluno (a), o estágio curricular é um momento importante de aprendizado e 
troca de conhecimentos. Você terá a oportunidade de conhecer profissionais da área 
e aprender a rotina profissional, atente-se às atividades exigidas pelo preceptor do 
estágio, bem como, às atividades relacionadas a disciplina, como o preenchimento 
do relatório. Esse guia foi desenvolvido para auxiliar você no desenvolvimento dos 
documentos obrigatórios, como as fichas avaliativas e o relatório final do Estágio 
Supervisionado I. 
Vamos iniciar nossa primeira unidade. Preparado(a)?
Vamos lá! 
5
OBJETIVOS DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 
Caro (a) aluno (a),
O estágio é uma modalidade de ensino que representa o período de tempo em que o (a) aluno (a) tem a 
oportunidade de desenvolver as habilidades práticas necessárias para exercer a profissão. A correlação 
entre a teoria e a prática garante o aumento da percepção dos estudantes em relação às condições do 
mercado de trabalho, espaços de atuação e afinidade com uma área específica.
O principal objetivo desse período é possibilitar aos estudantes destaque no mercado de trabalho, pois 
é nesse ambiente que o (a) aluno (a) tem a oportunidade de criar boas relações com os profissionais já 
atuantes, aumentando a probabilidade de conquistar um vínculo empregatício após a conclusão do curso.
Figura 01
Fonte: http://sereduc.com/C0rmIw
LEITURA COMPLEMENTAR
É importante que você esteja atento (a) ao fato de que o laboratório 
é um ambiente de atividades práticas, que favorece a construção de 
uma identidade, responsabilidade e ética profissional. Na maioria 
dos casos, o período de estágio corresponde ao primeiro contato dos 
alunos com um ambiente profissional, o que pode levar ao aumento 
do nervosismo e da ansiedade. Esse tipo de sentimento pode interferir 
na análise do relacionamento interpessoal dos estagiários, por parte 
dos supervisores. O artigo “Formação de estudantes da área de 
saúde: reflexões sobre a prática de estágio”, propõe uma análise 
sobre a saúde mental do estudante de saúde durante o período de 
estágio, ao relacionar transtornos emocionais com o estresse do 
ambiente profissional, novas responsabilidades, relacionamento 
com os colegas de equipe e o medo de desconhecer as informações 
necessárias para realizar as práticas do dia a dia. 
Assim, para que você possa ampliar seus conhecimentos, sugiro que 
você acesse o link abaixo e compreenda ainda mais sobre o tema. 
Ah, e não se esqueça de, ao término da leitura, retornar ao seu Guia 
de Estudos.
Acesse: http://sereduc.com/FUIaxN
http://sereduc.com/FUIaxN
6
Continuando...
CONDUTAS NO AMBIENTE LABORATORIAL 
A convivência com outros profissionais da saúde, a exposição constante a microrganismos, equipamentos, 
amostras biológicas, reagentes químicos, entre outros, tornam o ambiente de um laboratório de análises 
clínicas bastante adverso. Por isso, alguns conceitos de biossegurança devem ser revisados, visando 
tanto a proteção individual quanto a boa impressão gerada dentro do ambiente de trabalho.
É importante se atentar às fontes de riscos presentes nos laboratórios e utilizar os equipamentos 
necessários para garantir a sua proteção durante as atividades práticas. 
Figura 02
Fonte: http://sereduc.com/UWygSE
É obrigação do (a) estagiário (a) utilizar e preservar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e 
os equipamentos que visam a proteção do ambiente de forma coletiva (EPC’s). O uso de protetores 
faciais, oculares e respiratórios, além do uso correto de luvas, jaleco e calçados adequados, reduzem 
drasticamente a possibilidade de acidentes de trabalho.
As Boas Práticas Laboratoriais (BPL) são um conjunto de normas padronizadas, que buscam organizar 
e esquematizar todos os procedimentos técnicos, desde a execução dos procedimentos diagnósticos 
propriamente ditos, até os métodos de higiene pessoal e limpeza do ambiente. São normas que, quando 
devidamente aplicadas por umaboa gestão de qualidade, garantem o funcionamento adequado do 
laboratório, reduzindo falhas e acidentes durante a jornada de trabalho.
7
LEITURA COMPLEMENTAR
Caro (a) aluno (a),
Conceitos de biossegurança e de Boas Práticas Laboratoriais 
devem ser revisados antes do início da jornada de estágio. 
Por isso, leia o “Manual de Biossegurança e Boas Práticas 
Laboratoriais” produzido pelo Laboratório de Genética e 
Cardiologia Molecular do Instituto do Coração. Esse é um 
material dedicado a explicação rápida e resumida sobre os 
principais pontos relacionados a uma boa conduta profissional 
dentro de um laboratório. Boa leitura!
Acesse: http://sereduc.com/zWjTKX
Vamos em frente!
Figura 03
Fonte: http://sereduc.com/0pReDE
http://sereduc.com/zWjTKX
8
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A VALIDAÇÃO DA NOTA 
Caro (a) aluno (a),
O estágio é uma fase em que aplicamos tudo que foi aprendido durante os primeiros anos do curso de 
Biomedicina e é nesse momento que você irá adquirir a experiência necessária que permitirá assumir a 
responsabilidade técnica de um laboratório, por exemplo. Para a avaliação, será necessário se atentar 
aos documentos obrigatórios que devem ser preenchidos pelo preceptor do estágio e, também, pelo 
preenchimento do relatório de estágio, o qual irá permitir a avaliação do seu aprendizado. Se atente em 
desenvolver os documentos com muita atenção e dedicação. Para isso, vamos conhecer esses documentos 
indispensáveis a sua avaliação.
Frequência e ficha de avaliação 
São dois documentos que serão fornecidos ao aluno e devem ser impressos e levados para a locação de 
estágio, onde deverão ser entregues ao preceptor em serviço no laboratório. A frequência é o documento 
que comprova o cumprimento da carga horária do estágio, devendo ser preenchida diariamente com os 
horários de entrada e saída da locação e devidamente validadas pelas assinaturas do (a) preceptor (a) 
responsável e do (a) aluno (a).
Além disso, é preciso que você esteja atento (a) ao fato de que a ficha de avaliação tem como objetivo, 
ponderar sobre o desempenho do (a) aluno (a) durante o período de estágio e, por isso, deve ser preenchida e 
assinada pelo (a) preceptor (a). A ficha possui diferentes aspectos de análise que abrangem o cumprimento 
de prazos, desempenho teórico/prático durante a realização das atividades e o relacionamento criado 
dentro do ambiente de trabalho. O formato da ficha permite que o (a) estagiário (a) seja avaliado (a) 
individualmente, em cada setor do laboratório, por diferentes profissionais que atuam nos mesmos. 
São informações que devem ser sinalizadas no relatório: 
o Caso a locação disponha de número limitado de preceptores (as) em atividade, justificando o 
preenchimento das notas pelo (a) mesmo (a) preceptor (a) em diferentes setores;
o Se não for possível trabalhar com a rotina de um setor específico e, se for o caso, relatar os 
motivos;
o Se a locação possuir setores diferentes do que os descritos na ficha e, se for o caso, relatar quais 
são os setores.
Durante a avaliação, o (a) preceptor (a) pode ter diferentes interpretações quanto ao desempenho dos 
estagiários, por exemplo: tanto o tópico de “iniciativa” quanto o de “interesse” se propõem, de maneira 
geral, a avaliar a proatividade. É importante se antecipar e se oferecer para realizar atividades e solucionar 
problemas recorrentes na rotina do laboratório. Uma boa relação interpessoal, junto ao cumprimento 
correto da jornada de trabalho, também causa uma boa impressão entre os funcionários do laboratório. 
Abaixo, veja um exemplo:
9
Figura 04
Fonte: a autora.
Relatório
É uma redação técnica solicitada pelo (a) professor (a) da disciplina de estágio supervisionado, voltada 
para a descrição das atividades realizadas durante esse período. Ao relatório, será atribuída uma nota que 
irá compor a nota final da disciplina.
ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A ESCRITA DO RELATÓRIO
Prezado (a) estudante,
O texto deve ser escrito com uma linguagem clara, fluida, apresentando coesão e coerência textual e 
sempre redigido na terceira pessoa. É importante utilizar terminologias técnicas relacionadas à área de 
saúde, contribuindo para a evolução da escrita científica. Algumas regras de formatação de texto devem 
ser seguidas, como:
- Uso de espaçamento simples;
- Utilizar a fonte “Times New Roman” em tamanho 12;
- Enumeração das páginas (Simples – Número sem Formatação 3), a partir da introdução, mas contabilizando 
com a capa. Veja o exemplo:
10
Figura 05
Fonte: http://sereduc.com/BZgVUL
- Caso opte pela utilização de figuras, as mesmas devem possuir uma legenda localizada de forma 
centralizada, acima da imagem e em tamanho 10. A legenda é precedida pela palavra “figura” e sua 
numeração correspondente devem estar ambas em negrito. Veja o exemplo abaixo:
Figura 06
Fonte: a autora.
11
- Os tópicos e subtópicos do relatório devem ser enumerados (EX: 1 Hematologia; 1.1 Hemograma; 1.2 
Leitura de lâminas).
Introdução
A introdução do relatório deve ser escrita de forma sucinta, descrevendo as funções de um biomédico no 
laboratório de análises clínicas, a dinâmica da disciplina de Estágio Supervisionado I e a contribuição que 
a experiência como estagiário (a) proporcionou para sua formação e construção profissional.
É necessário informar o período de duração do estágio, os setores vivenciados nesse intervalo de tempo 
e a dinâmica de rodízio entre eles. A introdução precisa cumprir os requisitos de objetividade e deve 
apresentar todos os tópicos solicitados, respeitando uma média de escrita que se restrinja a dois ou três 
parágrafos, desenvolvidos entre dez a trinta linhas.
EXEMPLO
Caro (a) aluno (a),
Para que você possa ver na prática como o texto introdutório deve ser produzido, sugiro 
a leitura do trecho abaixo, que traz uma introdução do relatório, feita no Laboratório 
HAPVIDA, localizado no Parque Amorim, em Recife-PE:
“O presente relatório tem como finalidade apresentar as experiências 
vivenciadas nas primeiras horas do estágio curricular supervisionado I, 
realizado no período entre 18/09/2019 até 27/11/2019 no Laboratório 
HAPVIDA Parque Amorim Recife-PE. Relatando as atividades 
desenvolvidas nos setores bioquímica, imunologia, parasitologia e 
uroanálise, havendo um tempo de duração de uma semana em cada 
setor”.
Contextualização da Instituição
É o tópico utilizado para descrever a locação de estágio, sendo necessário apresentar, 
brevemente, a história da instituição, bem como a natureza do trabalho desempenhado 
por ela, abrangendo os tipos de exames realizados e o público que é atendido. 
Além disso, deve-se informar a data de início e de finalização (ou prevista para finalizar) 
do estágio, a carga horária alcançada nesse intervalo de tempo e os dados referentes 
ao preceptor (a) / supervisor (a) do estágio, incluindo o nome, o cargo desempenhado 
no laboratório (biomédico, farmacêutico, gestor) e sua titulação (especialista, mestre, 
doutor), caso possua. 
12
EXEMPLO
Caro (a) aluno (a),
Antes de darmos continuidade ao nosso conteúdo, trago abaixo um exemplo de como 
deve ser escrita a Contextualização da Instituição. Veja:
“O estágio se iniciou no dia 18/09/2019, com previsão para a finalização 
no dia 20/12/2019. Na data de entrega do presente relatório, foram 
cumpridas 236 horas. O preceptor geral do laboratório é o biomédico 
XXXXX, que é um dos analistas responsáveis pela análise e liberação de 
exames de hematologia, mas que ficou incumbido da supervisão geral de 
todos os estagiários”.
Objetivos e Plano de Atividades
Tópico utilizado para descrever os objetivos gerais de cada setor escolhido. É recomendado que o plano de 
atividades seja feito no formato de tabela, subdividida, de forma que seja possível descrever a atividade 
desenvolvida pelo (a) estagiário (a), o período dedicado à realização das atividades e a metodologia 
utilizada.
EXEMPLO
Prezado (a) aluno (a),
Para sanarmos qualquer dúvida que você possa ter, trago abaixo um exemplo prático decomo deve ser escrito o Objetivo. Veja:
Bioquímica
Objetivos: Dosar enzimas e marcadores de função renal, hepática e 
cardíaca. Análise do lipidograma e glicose. Avaliar os gases distribuídos 
em amostra de sangue arterial, PH e equilíbrio ácido-básico. Identificar a 
presença de índices anormais de degradação e deposição de fibrina.
13
Plano de Atividades
Prezado (a) aluno (a),
Nesse tópico deverá ser abordado sobre o que foi realizado, o período e a metodologia utilizada para 
realização de determinado exame e/ou procedimento. Você deve estar atento (a) ao fato de que todas as 
atividades exercidas devem estar contidas nesse tópico, mas não precisa ser explicada detalhadamente 
nesse momento. Para facilitar, recomendo que seja preenchido, em forma de tabela, como demonstrado 
na figura 07. Veja:
Figura 07
Fonte: a autora.
Atividades Desenvolvidas 
Você deve estar atento (a) ao fato de que parte do relatório das Atividades Desenvolvidas deve ser 
dedicada a descrever os princípios das técnicas listadas no plano de atividades do tópico anterior. Deve-
se incluir a informação sobre o nível de participação do (a) estagiário (a) na atividade (observacional ou 
prático).
Sobre a descrição das técnicas:
- Todas as metodologias listadas no Plano de Atividades, devem ser descritas neste tópico;
- Não é necessário apresentar o passo a passo do procedimento, apenas a explicação sobre o funcionamento 
do princípio da técnica;
- Caso o nível de participação seja apenas observacional, relatar o motivo.
14
EXEMPLO
Para que você possa entender como funciona, na prática, o relatório das Atividades 
Desenvolvidas, peço que leia o trecho abaixo:
Identificar depósito de fibrina
O diagnóstico visa a identificação de dímeros D, que são produtos 
da degradação de fibrina e fibrinogênio, e tem valor clínico no 
acompanhamento de pacientes com predisposição a formação de processos 
tromboembólicos. A metodologia empregada é a imunoturbidimetria, 
que utiliza micropartículas de látex, revestida com anticorpos anti-D-
dímeros. A formação dos imunocomplexos favorecem o aumento da 
turvação do meio, que leva a diminuição da intensidade com que o feixe 
de luz atravessa a solução, sendo esse, o parâmetro de análise. Houve 
participação prática.
Considerações Finais
Caro (a) estudante,
É importante que você saiba que, neste tópico, o aluno deve desenvolver um texto simples, abordando 
suas próprias perspectivas sobre o período em que atuou como estagiário (a). É importante relatar como 
foi a receptividade dos profissionais do laboratório e se houve disponibilidade e interesse por parte dos 
preceptores/supervisores em ensinar e acompanhar o (a) estagiário (a) em todas as atividades práticas 
propostas. Informar a relevância dos novos aprendizados para a formação profissional. Além disso, é 
importante sugerir melhorias para a instituição, fazendo uma análise crítica sobre se os conhecimentos, 
adquiridos ao longo do curso, foram suficientes para realizar as atividades propostas no estágio.
Referências
A Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) é uma entidade que se propõe a estruturar, através 
da criação de regras, não só produções acadêmicas, mas também de cunho tecnológico, comercial, 
industrial, de transporte, entre outros. 
Por isso, o tópico de referência do relatório, tem como finalidade, apresentar a relação de obras que foram 
utilizadas como base para a sua escrita, devendo seguir as normas propostas pela ABNT, favorecendo a 
criação de um conteúdo de fácil entendimento, já que se trata de uma padronização conhecida dentro do 
meio acadêmico.
15
Documentos
Após a finalização das referências, o (a) aluno (a) deve anexar a ficha de avaliação e frequência no final 
do relatório. Os documentos não podem apresentar nenhum tipo de rasura e devem estar devidamente 
regulamentados, possuindo as assinaturas e carimbos do (a) preceptor (a) de estágio, chefe do laboratório 
e do (a) próprio (a) aluno (a).
DOS DEVERES DOS ALUNOS
Caro (a) aluno (a),
Você deve estar atento (a) a alguns pontos quando for realizar o estágio. Esse vínculo se qualifica como 
uma obrigatoriedade para a conclusão do curso e preparo do (a) discente para o mercado de trabalho. 
Dessa maneira, observe os pontos abaixo: 
1. Se atentar para a integridade dos equipamentos e materiais fornecidos pela locação de estágio;
2. Cumprir o prazo de atividades exigidas tanto na locação de estágio quanto na universidade;
3. Caso a locação exija sigilo quanto à informações internas, é dever do (a) aluno (a) respeitar a decisão;
4. Respeitar a privacidade do (a) paciente, referente ao resultado de seus exames;
5. Cumprir corretamente a carga horária exigida para a aprovação;
6. Garantir a integridade dos documentos exigidos para a sua aprovação, evitando rasuras ou falsificações;
7. Em caso de necessidade de troca de horário, entrar em acordo com o (a) responsável do laboratório e 
informar previamente ao professor responsável pela disciplina;
8. Realizar os procedimentos operacionais apenas sob supervisão adequada;
9. Cumprir as normas impostas por cada locação (horários, vestimenta, funções);
10. Se responsabilizar pela captação de sua vaga em caso de recusa a vaga proporcionada pela 
universidade.
DOS DIREITOS DOS ALUNOS
Caro (a) aluno (a),
Assim como os deveres, todos os alunos têm direitos sobre as atividades associadas ao estágio curricular. 
Assim, para alcançar sucesso em seu estágio, sugiro que se atente aos pontos abordados abaixo:
1. Informar aos professores e coordenadores responsáveis sobre problemas vivenciados na locação de 
estágio;
2. Se recusar a realizar os procedimentos propostos pela locação, em caso de falta de supervisão;
3. Se recusar a permanecer na locação após finalização da jornada de atividade;
4. Fazer questionamentos caso não consiga entender o que está sendo explicado.
5. Seguro contra acidentes de trabalho.
16
 
VOCÊ SABIA?
O crime de plágio é classificado como um crime de violação aos direitos autorais e 
está previsto no artigo 184 da Lei N° 10.695, de 1° de julho de 2003. Plágios de obras 
intelectuais se configuram como crime contra direitos autorais e a pena pode variar de 
detenção ao pagamento de multa. O (a) plagiador (a) também pode estar suscetível a 
desclassificação de concursos públicos, visto o costume de verificação de antecedentes 
criminais.
GUARDE ESSA IDEIA!
Durante a jornada de atividades do estágio, procure se adaptar ao setor em que você 
está atuando. Revise antigos conceitos e estude novas informações sobre hematologia, 
bioquímica, microbiologia, uroanálise e outros, contribuindo para seu desempenho 
teórico/prático e garantindo destaque entre os profissionais da locação, ao conseguir 
se antecipar e fornecer soluções para problemas rotineiros. Lembre-se que o estágio 
é o período ideal para reaprender e pôr em prática todos os conhecimentos adquiridos 
ao longo do curso.
Figura 08
Fonte: http://sereduc.com/CN2y5S
???
17
PALAVRAS FINAIS
Caro (a) aluno (a),
Finalizamos aqui o nosso primeiro Guia de Estudos da disciplina de Estágio 
Supervisionado I - Biomedicina. A partir dos conteúdos abordados, você teve a 
oportunidade de reafirmar fundamentos já conhecidos ao longo do curso e adquirir 
novos conhecimentos que contribuirão para sua caminhada para se tornar um (a) exímio 
(a) profissional. Você aprendeu até aqui conceitos necessários para garantir um ótimo 
desempenho no estágio, mas vale ressaltar a importância de consultar outras fontes 
para ampliar as suas chances de sucesso. 
No segundo guia da disciplina você será introduzido (a) ao laboratório de análises 
clínicas, onde iremos discutir sobre o sistema de divisão de setores desse ambiente 
de trabalho, bem como as principais atividades diagnósticas desempenhadas por cada 
um deles. Não se esqueça que o (a) tutor (a) estará disponível para tirar suas dúvidas 
e fique de olho na data da webconferência desta disciplina, assim poderá esclarecer 
suas dúvidas com o professor. 
Vejo vocêno próximo guia! Até breve! 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MOLINARO, E.M; CAPUTO, L.F.G; AMENDOEIRA M.R.R. Conceitos e métodos para 
formação de profissionais em laboratórios de saúde. 1. Ed. Rio de Janeiro: Escola 
Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fundação Oswaldo Cruz, 2009. 290 p.
RIGOBELLO, J.L; BERNARDES, A; MOURA, A.A, et al. Estágio Curricular Supervisionado 
e o desenvolvimento das competências gerenciais: a visão de egressos, graduandos e 
docentes. Escola Anna Nery: Revista de Enfermagem, v. 22, p.[9], 2018.
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - 
BIOMEDICINA
UNIDADE II
2
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por escrito, do Grupo Ser Educacional.
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ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - BIOMEDICINA
UNIDADE II
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Olá aluno (a),
Bem-vindo (a) ao segundo Guia de Estudos da disciplina de Estágio Supervisionado 
I - Biomedicina. Nesse guia nós trabalharemos com a introdução à rotina de um 
laboratório de análises clínicas, abordando todo o fluxograma relacionado a obtenção 
dos diagnósticos, desde a recepção e triagem das amostras, seu processamento, até 
o momento do descarte. Além disso, discutiremos sobre o sistema de setorização do 
laboratório, apresentando os principais setores relacionados às análises clínicas e às 
atividades que normalmente cada um deles desempenha.
Bons estudos! 
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA
Caro (a) aluno (a),
Nesse Guia de Estudos iremos abordar sobre os principais setores das análises 
clínicas, isso porque é nesses setores que você irá realizar o estágio curricular. Cada 
um dos setores apresenta atividades e rotinas destintas, aproveite esse momento 
para identificar afinidades e aprender com os seus preceptores. Não se esqueça que 
no ensino à distância você é gestor do seu progresso acadêmico e a disciplina e o 
comprometimento são fundamentais para que você consiga adquirir o conhecimento 
necessário para se tornar um (a) excelente profissional.
 
PALAVRAS DO PROFESSOR
Querido (a) aluno (a), o estágio curricular em análises clínicas aborda diversos 
setores, sendo que cada um apresenta suas atividades e rotinas específicas. Esse 
guia foi desenvolvido para apresentar a você cada um desses setores, suas rotinas e 
equipamentos. Vale ressaltar que a automatização e os equipamentos utilizados irão 
variar de acordo com o laboratório. 
Vamos iniciar nossa segunda unidade. Preparado(a)?
Vamos lá! 
4
SETORIZAÇÃO DO LABORATÓRIO
A ambientação e a arquitetura de um espaço destinado ao exercício da saúde devem obedecer a critérios 
fundamentais para garantir que todos os procedimentos sejam executados da melhor forma possível. A 
estrutura de um laboratório favorece a implantação de um fluxograma operacional, que visa esquematizar 
toda a rotina laboratorial, desde o recebimento das amostras até o momento de seu descarte, contribuindo 
para o conforto dos profissionais e a diminuição dos riscos de acidentes. A setorização é essencial, pois 
isola as particularidades e necessidades de cada setor em um espaço físico. Esse processo facilita o 
treinamento de funcionários quanto às especificações de cada setor e à manutenção dos equipamentos 
e insumos.
Recepção e triagem de amostras
Ao entrar em um laboratório de análises clínicas, você perceberá que a recepção de amostras biológicas 
é normalmente o primeiro setor encontrado. O funcionamento da recepção depende de cada laboratório, 
alguns possuem sistemas automatizados que facilitam o recebimento das amostras, pois concluem o 
registro de entrada com um simples ato de leitura de código de barras; enquanto outros, com menos 
condições, possuem um sistema de registro manual, que inclui a conferência da ficha do paciente, a 
designação de um código individual para cada amostra (evitando a troca acidental) e o preenchimento de 
um livro, que garante que a amostra foi recebida e processada. Independente do nível de automação, o 
setor de recepção funciona para avaliar a integridade das amostras recebidas e distribuí-las corretamente 
para os respectivos setores que realizarão os testes solicitados. 
Figura 01
Fonte: http://sereduc.com/7ABXCy
5
Figura 02
Fonte: http://sereduc.com/CcyqXk
Hematologia
Inicialmente, para que você possa entender um pouco mais sobre a Hematologia, é indispensável estar 
ciente de que este é o setor responsável pela análise completa do sangue, fracionado em análises 
individuais para o grupo dos eritrócitos, dos leucócitos e das plaquetas. O hemograma é o exame mais 
solicitado pelos médicos e a obtenção desses resultados é feita por um equipamento automatizado. O 
contador Sysmex XN3000 (figura 1 – hematologia) é um exemplo entre os equipamentos que realizam 
a análise do sangue total dos pacientes, fornecendo as informações necessárias para a composição do 
eritrograma, leucograma e plaquetograma. 
Figura 1 - Hematologia
Fonte: Failace, 2015
A metodologia utilizada por esse equipamento é a citometria de fluxo, que realiza a contabilização e 
análise do tamanho e conteúdo interno das células, a partir da submissão da amostra a um fluxo contínuo, 
6
que é interceptado por um laser que promove a dispersão de luz. Essa dispersão é captada e analisada por 
fotodetectores posicionados corretamente.
Apesar de existir equipamentos automatizados para a confecção de lâminas hematológicas (figura 2 – 
hematologia), muitos laboratórios ainda fazem esse procedimento manualmente. As atividades práticas 
do setor de hematologia, podem ser resumidas na confecção manual das lâminas, realização da coloração 
e a sua leitura com auxílio de microscópio. 
Figura 2 – Hematologia
Fonte: Melo et al., 2019
A leitura da lâmina tem como objetivos: observar a integridade dos componentes celulares e fazer a 
contagem de 100 leucócitos através de um contador de células manual (figura 3 – hematologia), para 
compor o laudo.
Figura 3 – Hematologia
Fonte: http://sereduc.com/dw1HBq
7
GUARDE ESSA IDEIA!
Caro (a) aluno (a),
Todos os equipamentos presentes nesse Guia de Estudos são utilizados como 
exemplos. Lembre-se que cada laboratório pode optar por outras marcas que possuam 
metodologias diferentes. É preciso se adaptar aos equipamentos presentes no seu 
local de trabalho.
Continuando...
Bioquímica
Por conta da precisão necessária para os resultados, a bioquímica é um dos setores com maior investimento 
em avanços de automação do laboratório de análises clínicas. É o setor responsável pela investigação de 
alterações metabólicas no organismo e avaliação de função de diferentes órgãos e, por isso, apresentam 
equipamentos capazes de realizar uma grande variedade de testes, utilizando diferentes metodologias.
Por exemplo, o AU680 (figura 1 – bioquímica) é um equipamento que utiliza a espectrofotometria e 
potenciometria como metodologias de análise e possui capacidade para 150 amostras, com carregamento 
contínuo. Os principais testes realizados na rotina do setor de bioquímica são glicose, lipidograma 
(colesterol total/frações e triglicerídeos), eletrólitos (sódio, cálcio, potássio), marcadores de função 
hepática (TGO e TGP), marcadores de função renal (ureia e creatinina), entre outros.
Figura 1 - Bioquímica
Fonte: https://arcscientific.com/product/beckman-coulter-au680-chemistry-analyzer/
8
É no setor de bioquímica que normalmente se encontramos equipamentos responsáveis pelos exames 
de gasometria (figura 2 – bioquímica) e D-dímero (figura 3 – bioquímica). A gasometria é um exame que 
avalia disfunções respiratórias relacionadas a troca de gases e determina (a partir dos parâmetros de 
potencial hidrogeniônico, pressão parcial de oxigênio, pressão parcial de gás carbônico, concentração 
de bicarbonato e saturação de oxigênio) se o organismo se encontra em um quadro de acidose/alcalose 
respiratória/metabólica. Enquanto o D-dímero é um teste utilizado para diagnóstico de trombose venosa 
profunda, tromboembolismo pulmonar, recentemente recomendado para avaliação de pacientes com 
COVID-19, entre outros.
Figura 2- Bioquímica
Fonte: https://static.healthcare.siemens.com/siemens_hwem-hwem_ssxa_websites-context-root/wcm/
idc/groups/public/@global/@lab/@poc/documents/image/mdax/mdm1/~edisp/rapidpoint500_angle_
waqc_lactate-00572158/~renditions/rapidpoint500_angle_waqc_lactate-00572158~10.jpg
Figura 3 - Bioquímica
 Fonte: http://sereduc.com/RNX4JA
Uroanálise
Como o próprio nome sugere, o setor de uroanálise é responsável pela análise das amostras de urina. 
O sumário de urina é um dos exames mais solicitados pelos médicos, pois fornece dados analíticos que 
servem como base para a investigação de diferentes tipos de doenças, como patologias renais, possíveis 
9
infecções fúngicas/bacterianas e distúrbios metabólicos. Durante a rotina, as urinas são analisadas a 
partir de suas características físicas, químicas e microscópicas.
A execução do exame físico da urina está relacionada, principalmente, às suas características visuais (cor 
e aspecto). O exame químico é feito a partir da análise da tira reagente, que fornece as concentrações 
de diferentes analitos de interesse clínico, enquanto a sedimentoscopia se baseia na visualização de 
estruturas microscópicas que podem estar presentes na urina em determinadas patologias.
Por apresentar uma prática relativamente simples, alguns laboratórios ainda são adeptos a análise 
manual de urina, mas a grande demanda de amostras tornou necessária a implantação de sistemas 
automatizados, que hoje são a realidade na maioria dos laboratórios. 
Na figura 1 de uroanálise, pode ser observado um exemplo de analisador químico automático de urina 
(LabUMat 2), utilizado em conjunto com um analisador automático de sedimento urinário (UriSed 3). 
Esses equipamentos são de fácil manuseio e otimizam o tempo de duração da rotina. Realizam todas as 
funções necessárias para uma análise completa da urina, como a leitura do exame físico, a distribuição 
das amostras nas fitas reagentes por pipetagem automática e a execução da leitura da fita por alteração 
de padrão de cor. Esses equipamentos conseguem, ainda, confeccionar a lâmina e fornecer imagens da 
amostra ao analista, ao mesmo tempo que sugere quais são as estruturas que estão sendo visualizadas. 
Figura 1 - Uroanálise
Fonte: http://sereduc.com/xurmVI
10
Microbiologia
Esse setor é responsável pela investigação do patógeno responsável por infecções bacterianas e fúngicas. 
É um setor que se encaminha para um processo de automação, mas que, atualmente, ainda apresenta 
diversos procedimentos manuais, como o semeio em meios de cultura e a confecção e coloração de 
lâminas. 
É responsável pela identificação do microrganismo, seu isolamento e testes bioquímicos que definem 
a espécie, bem como testes de sensibilidade que conduzem o tratamento dos pacientes. É um setor 
que trabalha com diversos tipos de amostras biológicas (escarro, urina, sangue, esperma, fezes, líquidos 
corporais, ponta de cateter, secreção vaginal, entre outras), que são solicitadas a partir da suspeita 
clínica de infecção no local. O primeiro passo para a identificação do microrganismo, em alguns casos é a 
determinação de sua morfologia, feita a partir da técnica de coloração de Gram (figura 1 – microbiologia). 
Figura 1 - Microbiologia
Fonte: http://e-escola.tecnico.ulisboa.pt/topico.asp?id=306&ordem=5
A análise da lâmina corada por Gram ajuda na identificação de estruturas como os estreptococos, 
estafilococos, bacilos, leveduras e definem suas características de membrana, classificadas a partir da 
cor que assumem após o procedimento de coloração, em Gram positivas ou Gram negativas. 
Outro passo importante para a identificação do patógeno é o seu isolamento em meio de cultura. 
Os diferentes meios de culturas, além fornecer os nutrientes necessários para o crescimento dos 
microrganismos, podem promover uma visualização diferencial entre as colônias (figura 2 – microbiologia). 
Algumas amostras podem conter outros tipos de microrganismos, além daquele que está causando a 
infecção, o que torna extremamente necessário o manejo correto dos procedimentos de isolamento em 
meios de cultura para garantir a obtenção de uma colônia pura, que será utilizada nos testes seguintes.
11
Figura 2 - Microbiologia
Fonte: http://sereduc.com/Pj5J7k
Após o isolamento, a determinação da espécie do microrganismo é feita a partir de padrões de reação 
positiva e negativa entre os testes bioquímicos. Além disso, testes de sensibilidade aos antibióticos 
(principalmente o antibiograma), determinam qual será a conduta terapêutica do paciente.
O BD PhoenixTM é um exemplo de equipamento automatizado utilizado na microbiologia. O equipamento 
fornece dois tipos de painéis de testes, um é destinado a identificação da espécie e, por isso, é composto, 
basicamente, por cavidades que contém substratos bioquímicos, onde acontecem as reações. O outro 
painel é utilizado para realizar os testes de sensibilidade a antibióticos e, por isso, é inteiramente 
composto por cavidades que contém antibióticos desidratados. O sistema do equipamento reconhece as 
reações pelas alterações colorimétricas que acontecem dentro das cavidades.
Figura 3 - Microbiologia
Fonte: http://sereduc.com/4A8ylb
12
VOCÊ SABIA?
Julius Richard Petri foi um bacteriologista alemão e pesquisador de doenças infecciosas, 
que revolucionou o cultivo de bactérias com a invenção das placas de Petri, que 
possibilitaram grande evolução nos métodos de isolamento bacteriano e visualização 
das culturas. Coincidentemente, Petri desenvolveu a sua invenção enquanto trabalhava 
como assistente de outro grande bacteriologista, Robert Koch.
Parasitologia
Caro (a) aluno (a),
A parasitologia é uma ciência que estuda a relação do hospedeiro com protozoários, helmintos e 
ectoparasitas. O setor de parasitologia é um dos poucos que são desprovidos de automação e existem 
laboratórios de referência, que possuem em sua rotina diferentes metodologias manuais utilizadas nos 
diagnósticos de infecções parasitárias. Porém, a maioria dos laboratórios de análises clínicas utilizam o 
método de Hoffman (figura 1 – parasitologia) como padrão diagnóstico. O método se baseia na sedimentação 
espontânea das fezes previamente diluídas, para posterior confecção da lâmina parasitológica utilizando 
o sedimento formado e lugol (figura 2 – parasitologia), e visualização das estruturas com auxílio do 
microscópio. Também é responsabilidade do setor, a pesquisa de substâncias redutoras das fezes e 
pesquisa de infecção por rotavírus.
Figura 1 - Parasitologia
Fonte: http://sereduc.com/JUKpqF
???
13
Figura 2 - Parasitologia
Fonte: http://sereduc.com/qnIbc3
Como as doenças parasitárias estão diretamente relacionadas às condições sociais, o padrão de estruturas 
visualizadas pode variar dependendo da população atendida. Laboratórios públicos que atendem pacientes 
que vivem em condições sociais baixas, costumam apresentar uma maior variedade de alterações que os 
laboratórios particulares. 
Imunologia 
O setor de imunologia do laboratório de análises clínicas é responsável pelos testes sorológicos, que se 
baseiam na pesquisa de anticorpos (IgG e IgM), que são importantes para avaliar qual a infecção e o tipo 
de resposta imunológica que o (a) paciente apresenta. Os métodos diagnósticos normalmente utilizados 
são automatizados, mascom prática frequente de imunocromatografia (testes rápidos). O Alinity i (figura 
1 – imunologia), é um equipamento que utiliza a metodologia de quimioluminescência, para realizar 
uma ampla variedade de testes sorológicos, como a detecção de anticorpos para HIV, citomegalovírus, 
toxoplasmose, rubéola, hepatites, recentemente atualizado para SARS-Cov-2, entre outros. 
14
Figura 1 - Imunologia
Fonte: http://sereduc.com/tWnu4l
É no setor de imunologia que, normalmente, são realizadas as dosagens de concentrações hormonais e 
de marcadores de câncer, também por metodologia automatizada e imunocromatografia. A dosagem de 
hormônios relacionados à gravidez e fertilidade compõe grande parte da rotina, como o βhCG, estradiol, 
progesterona, testosterona, prolactina, entre outros.
Existem laboratórios de referência que podem apresentar, em sua rotina, metodologias mais complexas e 
com etapas de procedimento manual, como o ELISA, imunofluorescência, VDRL, entre outros.
VOCÊ SABIA?
A espécie Xenopus laevis (rã com garras Africano) já foi utilizada como método 
diagnóstico para determinação de gravidez. O zoólogo Lancelot Hogben costumava 
injetar hormônios em diferentes animais para observar a sua reação. Em um de seus 
experimentos, descobriu que injetar urina de mulheres grávidas, nas rãs fêmeas, 
resultava na estimulação da produção de ovos. O estímulo era consequência das altas 
concentrações de gonadotrofina cariônica humana (hCG) na urina das mulheres e o 
diagnóstico era feito a partir da observação da produção de ovos.
Fonte: http://sereduc.com/5wkjqS
???
15
Banco de sangue
O setor de banco de sangue, normalmente, está presente em grandes hospitais e, muitas vezes, separado 
do laboratório de análises clínicas. É responsável pela preparação das bolsas de sangue e realização 
dos testes necessários antes do momento da transfusão. O preparo do sangue coletado consiste, 
primeiramente, na triagem para doenças infecciosas que podem ser transmitidas por contato com 
sangue contaminado (como HIV, hepatites B e C, sífilis, doença de Chagas e HTLV) e a obtenção dos 
hemocomponentes (concentrado de hemácias, de plaquetas, plasma fresco, plasma congelado, entre 
outros) e dos hemoderivados (albumina, globulinas e fatores de coagulação). 
Em laboratórios de análises clínicas, o sangue do paciente pode ser submetido a diversos testes com 
procedimentos manuais, como: tipagem sanguínea ABO, que pode ser realizada em tubo, lâmina ou 
no gel de centrifugação (figura 1 – banco de sangue), o Coombs direto, que tem o objetivo de detectar 
componentes do complemento ou anticorpos fixados nos eritrócitos, a Pesquisa de Anticorpos Irregulares 
(PAI), também conhecida como Coombs indireto, que possui a finalidade de pesquisar anticorpos irregulares 
e as provas cruzadas, importantes para confirmar a confiabilidade dos testes de tipagem ABO e PAI.
Figura 1 – Banco de sangue
Fonte: a autora.
16
DESCARTE DE AMOSTRAS
Durante a rotina de trabalho, os profissionais do laboratório devem se atentar as formas de descarte dos 
materiais utilizados no laboratório. Existem três principais formas de descarte: 
• Descarpack: É uma caixa de papelão amarela, destinada ao descarte de materiais classificados 
como perfurocortantes (agulhas, lâminas, bisturis, ampolas, entre outros);
• Saco branco: Os recipientes que possuem saco branco são destinados ao descarte de lixo 
classificados como biológicos (tubos de amostra, luvas, algodão, kits de testes, entre outros);
• Saco preto: Os recipientes que possuem saco preto, são destinados ao descarte de lixo comum (não 
biológico).
Fonte: http://sereduc.com/QNxT2J
GUARDE ESSA IDEIA!
Os meios de automação laboratorial já são uma realidade na maioria dos laboratórios 
funcionantes e tendem a permanecer em constante evolução, aumentando a eficácia 
e demanda dos testes. Apesar disso, é interessante conhecer os fundamentos dos 
métodos manuais, já que existe a possibilidade de surgirem oportunidades de trabalhos 
em laboratórios de baixa renda.
17
PALAVRAS FINAIS
Caro (a) aluno (a),
Chegamos ao fim do nosso segundo Guia de Estudos da disciplina de Estágio 
Supervisionado I - Biomedicina. Com base nos conteúdos abordados, você teve a 
oportunidade de se familiarizar com uma rotina laboratorial e as principais atividades 
realizadas pelos setores que o compõem. A partir da leitura dos dois primeiros guias, 
você aprendeu o básico necessário para desempenhar as atividades propostas em um 
laboratório de análises clínicas, o que reforça a ideia de que é necessário buscar, em 
outras fontes, conhecimentos complementares.
Já adianto para você que o terceiro guia será feito no formato de atlas, onde revisaremos 
as principais alterações microscópicas importantes e que você poderá consultar no 
momento do estágio. As imagens serão acompanhadas de descrições e informações 
sobre as circunstâncias em que aquelas alterações podem ser observadas. Não se 
esqueça que o (a) tutor (a) estará disponível para tirar suas dúvidas e, além disso, 
fique de olho na data da webconferência desta disciplina, assim poderá esclarecer suas 
dúvidas com o (a) professor (a).
Vejo você no próximo guia! Até breve! 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FAILACE, R; FERNANDES, F. Hemograma: manual de interpretação. 6. Ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2015.
Sistemas integrados de química clínica e imunoensaio para transformar o seu 
laboratório. Alinity ci-series, 2019. Disponível em: < https://www.corelaboratory.
abbott/int/pt/offerings/brands/alinity/alinity-ci-series>. Acesso em: 23/12/2020.
BD PhoenixTM: Automação para identificação bacteriana e teste de sensibilidade a 
antimicrobianos, 2020. Disponível em: < https://www.bd.com/pt-br/our-products/
diagnostics-systems/identification-and-susceptibility-testing/phoenix->. Acesso em: 
21/12/2020.
LabUMat 2 & Urised 3 Pro. 77 Elektronika, 2020. Disponível em: < https://en.e77.hu/
products/urine-analyzers/labumat-2-urised-3-pro>. Acesso em: 20/12/2020.
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - 
BIOMEDICINA
UNIDADE III
2
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qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
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CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
3
SUMÁRIO
PARA INÍCIO DE CONVERSA ...................................................................................... 4
ELEMENTOS CELULARES DO SANGUE ................................................................... 5
ELEMENTOS CELULARES ANORMAIS ...................................................................... 7
Células jovens da linhagem eritroide ..................................................................................... 8
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DAS HEMÁCIAS ................................................... 9
PECILOCITOSE .............................................................................................................. 11
AGLUTINAÇÃO DE HEMÁCIAS .................................................................................. 14
INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS .................................................................................... 14
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS LEUCÓCITOS ................................................ 17
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DAS PLAQUETAS .................................................. 20
PRINCIPAIS CORANTES HEMATOLÓGICOS ............................................................22
Panótico ...................................................................................................................................... 23
May-Grunwald-Giemsa ............................................................................................................ 23
Leishman ..................................................................................................................................... 24
4
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - BIOMEDICINA
UNIDADE III
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Olá aluno (a),
Bem-vindo (a) ao terceiro Guia de Estudos da disciplina Estágio Supervisionado 
I - Biomedicina. Esse guia será feito no formato de um atlas, abordando temas da 
Hematologia Clínica. As imagens serão acompanhadas por uma descrição, que 
informará as características morfológicas das células e indicará possíveis ocasiões 
em que elas podem ser visualizadas. 
É interessante ler o guia acompanhado de outros materiais que possuam imagens, 
para que você aprenda a identificar as particularidades de cada célula em diferentes 
condições.
Bons estudos! 
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA
Bem-vindo (a) à nossa Terceira Unidade. Nesse Guia de Estudos iremos abordar sobre 
as alterações hematológicas que podem ser visualizadas no hemograma. O material 
foi desenvolvido no formato de atlas, onde as imagens selecionadas se propõem a 
familiarizar você com as principais alterações encontradas na rotina laboratorial. As 
imagens estão acompanhadas por uma descrição, que as caracteriza morfologicamente 
e indica as principais causas em que as alterações podem estar presentes. 
Vamos começar?
PALAVRAS DO PROFESSOR
Querido (a) aluno (a), a análise e interpretação do hemograma pode gerar diversas 
dúvidas devido à similaridade entre as estruturas, bem como, a presença de pequenos 
detalhes que são importantes para o diagnóstico. Esse guia foi desenvolvido em 
formato de atlas e tem como objetivo ilustrar as alterações, bem como sua associação 
patológica. 
Vamos iniciar nossa terceira unidade. Preparado(a)?
Vamos lá! 
5
ELEMENTOS CELULARES DO SANGUE 
Para começarmos os estudos dessa Terceira Unidade, é importante que você esteja atento (a) ao fato de 
que os elementos células presentes nos sangues, são as células e estruturas responsáveis por realizar 
a função sanguínea no organismo. Esses elementos são constituídos, primordialmente, pelos eritrócitos, 
leucócitos e plaquetas. Vamos conhecer cada um desses elementos:
 Figura 01
 Fonte: http://sereduc.com/8GyDNw
 Figura 02
 Fonte: Melo et al., 2019
Hemácias/Eritrócitos
	Os eritrócitos possuem o formato de 
discos bicôncavos. São anucleados e 
nas lâminas se caracterizam como cé-
lulas circulares, com um halo branco 
central. Vale ressaltar que, em alguns 
casos, é possível visualizar tons alaran-
jados, devido a interação da eosina do 
corante com as altas concentrações de 
hemoglobinas;
	Possui a função de transportar oxigênio 
dos pulmões para os tecidos e fazer o 
retorno de gás carbônico.
Neutrófilos
	São os leucócitos mais abundantes no 
sangue. Possuem o núcleo segmentan-
do, podendo ser encontrado, normal-
mente, dividido entre 2 a 5 lóbulos. Seu 
citoplasma é constituído por grânulos 
pequenos e azurófilos;
	Os neutrófilos possuem atividade imu-
nológica, essencialmente bactericida, 
e, por isso, seu aumento é geralmente 
associado a infecções bacterianas.
6
 Figura 03 
 Fonte: Melo et al., 2019
 Figura04 
 Fonte: http://sereduc.com/71gvjX
 Figura 05 
 Fonte: Melo et al., 2019
Basófilos
	Os basófilos também possuem núcleos 
segmentados e, assim como os eosinó-
filos, normalmente possuem 2 lóbulos. 
Entretanto, o seu núcleo é de difícil 
visualização, devido a presença de grâ-
nulos grosseiros e escuros que os so-
brepõe; 
	Os grânulos dos basófilos tem sua fun-
ção relacionada às reações alérgicas.
Eosinófilos
	Os eosinófilos possuem núcleos seg-
mentados, normalmente com 2 lóbulos. 
São caracterizados pela presença de 
grandes grânulos alaranjados em seu 
citoplasma;
	A sua função está relacionada a indu-
ção de resposta inflamatória em proces-
sos alérgicos e defesa contra parasitas, 
principalmente helmintos.
Linfócitos
	Os linfócitos podem ser classificados de 
acordo com seu tamanho em pequenos, 
médios e grandes, sendo os pequenos, 
os mais frequentes. São células esféri-
cas, com núcleo intensamente corado e 
alta relação núcleo/citoplasma;
	Sua função pode variar de acordo com a 
especialização e diferenciação, poden-
do ser T, B e NK. 
7
 Figura 06
 Fonte: Melo et al., 2019
 Figura 07
 Fonte: http://sereduc.com/ewyL0W
ELEMENTOS CELULARES ANORMAIS
Caro (a) aluno (a),
As anormalidades observadas em alguns elementos celulares do sangue podem ser indicativas de 
imaturidade celular ou alteração celular devido a presença de alguma patologia. Vale ressaltar que 
algumas condições fisiológicas normais podem acarretar alterações nesses elementos, como a gravidez. 
Assim, antes de darmos continuidade aos seus estudos, convido você a entender um pouco mais sobre a 
linhagem eritroide.
Plaquetas
	São fragmentos citoplasmáticos de 
uma célula chamada megacariócito, lo-
calizada na medula. São desprovidas de 
núcleos, possuem grânulos no seu inte-
rior e são menores do que os leucócitos 
e hemácias;
	As plaquetas atuam na coagulação san-
guínea e reposição da integridade de 
vasos lesados.
Monócitos
	Os monócitos são os maiores leucócitos 
do sangue. A morfologia do núcleo dos 
monócitos pode ser bastante variada, 
mas as formas mais frequentes são a 
riniforme e em “U”. Ocasionalmente, 
podem apresentar, em seu citoplasma, 
vacúolos e grânulos;
	A principal função dos monócitos é a 
intensa atividade fagocitária e serve 
como “ponte” entre a imunidade inata 
e adaptativa. 
8
Células jovens da linhagem eritroide
Diariamente, um ser humano produz eritrócitos na mesma proporção que os destrói, alcançando um 
equilíbrio na concentração. Entretanto, em casos como anemias hemolíticas ou processos hemorrágicos, 
a medula é estimulada a produzir eritrócitos mais rapidamente e em maiores quantidades, com o objetivo 
de repor a massa eritrocitária que foi perdida. Essas condições favorecem o aparecimento de eritroblastos 
no sangue periférico. 
A visualização e contabilização das células jovens da linhagem eritroide compõem o laudo do hemograma, 
tornando essencial o seu reconhecimento. Existem cinco formas evolutivas dessa linhagem, que 
precedem a formação de um eritrócito maduro, são elas: proeritroblasto, eritroblasto basófilo, eritroblasto 
policromático, eritroblasto ortocromático e reticulócitos. A evolução da linhagem possui um padrão de 
amadurecimento, que envolve a diminuição gradual da célula e a compactação do seu núcleo. Nas figuras 
abaixo, é possível observar todas as formas evolutivas da linhagem e as projeções citoplasmáticas que 
podem ocorrer (seta). Veja:
Figura 08
Fonte: http://portallabcursos.com.br/imagens/postagens_cientificas/22_1581002219.jpg
Vamos entender cada uma das formas evolutivas da linhagem e as projeções citoplasmáticas:
•	 Proeritroblasto (1): É uma célula grande, quando comparada às hemácias maduras; apresenta uma 
alta relação núcleo/citoplasma; seu núcleo apresenta uma cromatina frouxa, sendo possível visuali-
zar nucléolos em alguns casos. O seu citoplasma é fortemente formado por basófilos e, eventualmen-
te, pode apresentar projeções citoplasmáticas;
•	 Eritroblasto basófilo (2): É uma célula menor que o proeritroblasto, mas mantém a característica 
basófila do citoplasma. O núcleo, entretanto, já apresenta certo grau de condensação e ausência de 
nucléolos;
http://portallabcursos.com.br/postagens-cientificas/38/todas-as-fases-dos-eritroblastos9
•	 Eritroblasto policromático (3): Ligeiramente menor que o eritroblasto basófilo e com condensação 
nuclear. Sua principal característica é a cor de seu citoplasma, caracterizada pela presença de cap-
tação simultânea de corantes ácidos pela hemoglobina e básicos pelo RNA, conferindo a célula uma 
cor acinzentada;
•	 Eritroblasto ortocromático (4): É menor que o policromático e apresenta citoplasma alaranjado 
(semelhante ao das hemácias maduras). Seu núcleo é picnótico e pode se encontrar centralizado, 
mas, normalmente, está posicionado na lateral da célula. Na fase avançada de maturação essa célula 
expulsa o núcleo (5) e essa ausência de núcleo é uma das principais características da célula madura 
(eritrócito).
Os Reticulócitos são células formadas após a expulsão do núcleo do eritroblasto ortocromático. Apresenta 
resquícios de RNA que só podem ser vistos a partir da coloração azul de cresil brilhante. A contagem de 
reticulócitos é o exame solicitado quando se quer avaliar a capacidade da medula em produzir os eritró-
citos.
A partir da coloração de azul de cresil brilhante é possível evidenciar o RNA residual, como apresentado 
na imagem abaixo. Lembre-se de que essa técnica permite uma contagem mais precisa na presença de 
reticulocitose. É importante ressaltar ainda que equipamentos mais avançados de contagem de células 
hematológicas já realizam a contagem específica dessa célula. 
Figura 09
Fonte: http://sereduc.com/3srGXe
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DAS HEMÁCIAS
As hemácias são células anucleadas e bicôncavas, que tem como função primordial o transporte de O2 para 
os órgãos e tecidos. Assim como os outros elementos celulares, podem sofrer alterações morfológicas e 
de imaturidade, devido à presença de determinadas patologias. Para ampliarmos nossa discussão, vamos 
10
conhecer algumas dessas alterações morfológicas das hemácias:
 Figura 10 
 Fonte: Melo et al., 2019
 
 Figura 11
 Fonte: http://sereduc.com/3OuEio
 
 Figura 12
Macrocitose
	É o termo utilizado para o aumento 
do volume das hemácias que, na 
lâmina, são caracterizadas como 
células maiores que o normal. Sendo 
uma alteração presente em anemias 
megaloblásticas, relacionadas à defi-
ciência de vitamina B12.
Policromasia
	É uma alteração que modifica a 
coloração padrão das hemácias. A 
coloração rosa azulada é consequência 
da interação simultânea dos corantes 
ácidos e básicos, com o RNA e 
hemoglobina;
	Os resquícios de RNA indicam que ain-
da é uma célula em processo matura-
tivo. Células com policromasia, são 
reticulócitos corados com coloração 
hematológica padrão.
Hipocromia e microcitose
	Hipocromia é o termo utilizado para 
hemácias que não se coram suficien-
temente, apresentando aspecto claro e 
com halo central maior. Essa caracterís-
tica é um reflexo de baixas concentra-
ções de hemoglobina intracelular;
	Microcitose representa a diminuição do 
volume das hemácias, caracterizadas 
na lâmina como células menores que o 
normal.
	Ambas são alterações comuns na ane-
mia ferropriva.
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7046-
hemacias-macrociticas
https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7046-hemacias-macrociticas
https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7046-hemacias-macrociticas
11
PECILOCITOSE 
A pecilocitose ou poiquilocitose se refere a alteração morfológica dos eritrócitos, comprometendo a 
função dessa célula. Existem diversas alterações morfológicas, sendo que cada uma pode estar associada 
com uma ou mais condições patológicas. 
 
 Figura 13
 Fonte: http://sereduc.com/43Te7k
 Figura 14
 Fonte: Melo et al., 2019
Eliptócitos
	É uma alteração morfológica, causada 
por defeito em uma proteína presente 
na membrana plasmática, que resulta 
na perda da flexibilidade celular. São 
caracterizadas como células alongadas 
e com as extremidades arredondadas; 
	Sua visualização, em grande quantida-
de, é associada a eliptocitose heredi-
tária. Mas podem ser vistos em menor 
quantidade em anemias carenciais, 
talassemias, entre outros.
Dacriócitos
	São caracterizados pelo surgimento de 
um alongamento em uma extremidade 
da membrana, que confere à célula um 
aspecto de gota, lágrima ou raquete;
	Podem ser visualizados em casos de 
anemia megaloblástica, mielofibrose, 
síndrome mielodisplásica, talasse-
mias, entre outros.
12
 Figura 15
 Fonte: http://sereduc.com/3CLsev
 Figura 16
 Fonte: http://sereduc.com/UHjDiy
 Figura 17
Fonte: http://hematofmusp.weebly.com/fotos-e-figuras.html
Esquizócitos
	São células de tamanho reduzido e 
que possuem irregularidade de mor-
fologia; 
	Podem ser associados às queimadu-
ras, anemias hemolíticas, resposta ao 
estresse oxidativo da membrana das 
hemácias, entre outros.
Drepanócitos
	São formados em decorrência da po-
limerização da hemoglobina S. Assim 
como os eliptócitos, são células alon-
gadas, entretanto, possuem as extre-
midades pontiagudas;
	Estão relacionados à uma hemoglobi-
nopatia, com formação de hemoglobi-
na S. Podem ser visualizados em pa-
cientes com doença falciforme e, mais 
raramente, em traços falciformes.
Codócitos
	São células descritas pelo formato de 
alvo. Apresentam uma área circular 
corada que acompanha o formato da 
membrana, seguida por uma área cir-
cular desprovida de coloração e uma 
área corada no centro;
	Podem ser vistos em doenças hepá-
ticas, associadas com anemia falci-
forme e hemoglobinopatia C, entre 
outros.
http://sereduc.com/3CLsev
13
 Figura 18 
 Fonte: Melo et al., 2019
 Figura 19 
 Fonte: Melo et al., 2019
 Figura 20
 Fonte: Melo et al., 2019
Equinócitos
	Também são conhecidos como he-
mácias crenadas. São caracteriza-
dos pela presença de espículas de 
tamanho e distribuição regular em 
toda a extensão da membrana;
	Podem ser encontrados em patolo-
gias hepáticas e renais, distúrbios 
relacionados à ureia, entre outros.
Estomatócitos
	São formados quando o halo central 
da hemácia assume uma conforma-
ção chamada de estoma e que per-
corre toda a extensão da célula;
	Podem ser vistos na estomatocito-
se hereditária, quadros de alcoolis-
mo agudo, cirrose hepática, entre 
outros.
Acantócitos
	Assim como os equinócitos, são cé-
lulas caracterizadas pela presença 
de espículas. Entretanto, a distri-
buição e o tamanho dessas espícu-
las são variáveis, permitindo a dife-
renciação entre os dois pecilócitos;
	Podem ser encontrados em patolo-
gias hepáticas, abetalipoproteine-
mia, entre outros.
14
AGLUTINAÇÃO DE HEMÁCIAS
Caro (a) aluno (a),
A aglutinação eritrocitária ocorre devido a perda do potencial zeta, um campo elétrico que promove o 
distanciamento das hemácias. Com isso, os eritrócitos começam a se sobrepor. Fisiologicamente, as 
imunoglobulinas, em excesso, podem promover a perda desse potencial. Assim, convido você a juntos, 
conhecermos os tipos de Aglutinação de Hemácias:
 Figura 21 
 Fonte: http://sereduc.com/sQMDOE
 Figura 22
 Fonte: http://sereduc.com/wIz09x
INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS
As Inclusões Eritrocitárias são alterações estruturais que podem ocorrer no interior da célula e são 
indicativas de algumas doenças e, normalmente, são bem específicas e associadas a problemas nos 
Rouleaux eritrocitário
	Nesse tipo de aglutinação, as hemá-
cias se apresentam empilhadas;
	Sua formação está relacionada a 
distúrbiosde carga elétrica no meio 
externo das hemácias. O excesso de 
gamaglobulinas pode desencadear 
essa formação, por isso, é comum vi-
sualizá-las em pacientes portadores 
de mieloma múltiplo.
Aglutinação de hemácias
	As hemácias se aglutinam em várias 
direções, formando um agrupamento 
de células;
	A sua causa está relacionada a pre-
sença de crioaglutininas. São anticor-
pos do tipo IgM anti-hemácias, que 
reagem em baixas temperaturas.
15
mecanismos moleculares, como alterações no DNA/RNA e/ou em processos de divisão celular. Assim, 
para entendermos um pouco mais sobre as Inclusões Eritrocitárias, convido você a observar atentamente 
as imagens abaixo:
 Figura 23
 
 Figura 24 
 Fonte: Melo et al., 2019
 
Anel de Cabot
	É composto por estruturas 
pertencentes ao fuso mitótico 
durante o ato da divisão. Pode ser 
visualizado em formato de anel, de 
“8” ou com forma irregular; 
	Também pode ser observado em 
intoxicação por chumbo, talasse-
mias e síndromes mielodisplási-
cas.
Fonte: http://portallabcursos.com.br/imagens/posta-
gens_cientificas/19_1581002114.jpg
Pontilhado basófilo
	São grânulos azul escuro, distribuí-
dos por todo o interior das hemá-
cias. É composto por um agregado 
de RNA e ribossomos, por isso, 
possui interação com o corante 
básico;
	É observado na intoxicação 
por chumbo, deficiência de 
pirimidina 5’ nucleotidase, anemia 
megaloblástica. 
http://portallabcursos.com.br/imagens/postagens_cientificas/19_1581002114.jpg
http://portallabcursos.com.br/imagens/postagens_cientificas/19_1581002114.jpg
16
 Figura 25
 Fonte: Melo et al., 2019
 Figura 26 
 Fonte: http://sereduc.com/Tc27BG
 Figura 27
 Fonte: http://sereduc.com/1KfaNQ
Corpúsculos de Heinz
	São estruturas formadas na 
membrana, a partir de um dese-
quilíbrio oxidativo no interior das 
hemácias, associado à formação 
de metaemoglobina. Utiliza-se a 
coloração azul de cresil brilhante 
para a leitura;
	Podem ser observados em porta-
dores de deficiência de G-6-PD e 
de hemoglobina instável. 
Corpúsculos de Pappenheimer
	São inclusões caracterizadas 
como pequenos grânulos, locali-
zados na periferia das hemácias. 
Ocorrem devido ao depósito de 
ferritina nas mitocôndrias e ribos-
somos;
	Estão associados à anemia side-
roblástica, alcoolismo, distúrbios 
esplênicos.
Corpúsculos de Howell-Jolly
	São formados durante uma mito-
se anômala, sendo considerados 
fragmentos remanescentes de 
material nuclear;
	São observados em anemia mega-
loblástica, em quadros de alcoo-
lismo, frequentes em distúrbios 
esplênicos.
17
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS LEUCÓCITOS
 
Os leucócitos são células importantes para a resposta imunológica do organismo, sendo que a presença 
de alterações, quantitativas e qualitativas, dessas células, refletem diretamente na ativação do sistema 
imunológico e associação à algum processo patológico ou responsivo. Assim, dando continuidade ao 
nosso Guia de Estudos, convido você a entender um pouco mais sobre as Alterações Morfológicas dos 
Leucócitos. Vamos lá!
 Figura 28
 Fonte: http://sereduc.com/jFZH16
 
 
 Figura 29
 Fonte: Melo et al., 2019
 
Pelger-Huët
	É uma condição hereditária, 
onde ocorre a diminuição de 
lóbulos nucleares. Os portadores 
são, geralmente, assintomáti-
cos, visto que a funcionalidade 
da célula está atribuída aos 
seus grânulos;
	São observados em pacientes 
que apresentam a anomalia he-
reditária.
Hipersegmentação
	Como o próprio nome sugere, a hi-
persegmentação é caracterizada 
pelo aumento do número de lóbu-
los nucleares. É classificada como 
hipersegmentado o neutrófilo que 
apresenta 6 ou mais lóbulos. Essa 
condição está relacionada ao en-
velhecimento da célula na corren-
te sanguínea;
	Pode ser observada na anemia 
megaloblástica, em pacientes que 
fazem uso de quimioterapia.
18
 Figura 30 
 Fonte: http://sereduc.com/34Zd0X
 
 Figura 31
 Fonte: http://sereduc.com/51HBM8
CÉLULAS JOVENS DA LINHAGEM MIELÓIDE
Caro (a) aluno (a), 
Como você deve estar lembrado (a), Desvio a Esquerda é o termo utilizado para informar a presença 
de células jovens da linhagem mieloide no sangue periférico. A avaliação da prevalência de diferentes 
estágios evolutivos é essencial para a caracterização dos tipos de leucemias. Assim, para darmos 
continuidade ao seu aprendizado, listo abaixo os estágios evolutivos das células citadas:
Corpúsculos de Döhle
	É uma inclusão exclusiva de 
neutrófilos, caracterizada como 
uma “mancha” azul clara, localizada 
em uma extremidade da célula. Sua 
formação é relacionada a liquefação 
do retículo endoplasmático e, tam-
bém, pode ser associada ao agra-
vamento de infecções e processos 
inflamatórios.
Granulação tóxica
	Geralmente é visualizada nos neu-
trófilos, como grânulos maiores e 
mais basófilos. Está associada ao 
agravamento de infecções e proces-
sos inflamatórios graves.
http://sereduc.com/51HBM8
19
 Figura 32
 Fonte: http://sereduc.com/yhPf9Z
 Figura 33 
 Fonte: Melo et al., 2019
 Figura 34 
 Fonte: Melo et al., 2019
Blastos
	São as células com características de 
imaturidade, presentes em distúrbios 
proliferativos, como as leucemias;
	 Possuem alta relação núcleo/cito-
plasma; quantidade escassa de ci-
toplasma; cromatina nuclear frouxa; 
normalmente apresentam nucléolos; 
citoplasma com discreta basofilia.
Promielócitos
	É a segunda célula da linhagem 
maturativa; 
	Possui alta relação núcleo/citoplasma; 
núcleo redondo ou oval; cromatina nu-
clear frouxa; pode apresentar nucléo-
los; citoplasma com discreta basofilia; 
presença de granulações primárias no 
citoplasma.
Mielócitos
	É a terceira célula da linhagem 
maturativa;
	Núcleo redondo ou oval; ausência de 
nucléolos; início de condensação da 
cromatina nuclear; citoplasma acidófi-
lo; presença de granulações secundá-
rias.
http://sereduc.com/yhPf9Z
20
 Figura 35 
 Fonte: http://sereduc.com/caR6tK
 Figura 36 
 Fonte: http://sereduc.com/ReBFnj
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DAS PLAQUETAS
Caro (a) estudante, 
Assim como os outros elementos presentes no sangue, as plaquetas podem apresentar alterações. 
Entretanto, no sangue periférico, essas alterações se refletem no tamanho das plaquetas, como a macro 
plaquetas e plaquetas gigantes. Vamos entender um pouco mais sobre essas alterações morfológicas das 
plaquetas!
Metamielócitos
	É a quarta célula da linhagem 
maturativa; 
	Núcleo em formato reniforme; cro-
matina nuclear condensada; presen-
ça de grânulos finos no citoplasma; 
citoplasma acidófilo.
Bastonetes
	É a quinta célula da linhagem 
maturativa e precede a formação de 
uma célula madura;
	Núcleo em formato de “U” ou “S”; 
cromatina nuclear condensada; pre-
sença de granulações finas no cito-
plasma.
21
 Figura 37
 Fonte: http://sereduc.com/MbL1r8
VOCÊ SABIA?
Uma das principais atividades práticas do setor de hematologia é a confecção e coloração 
das lâminas de sangue. Entretanto, com a evolução da tecnologia laboratorial, esse 
tipo de atividade pode ser realizado de forma automatizada, através de equipamentos.
Figura 38
Fonte: Melo et al., 2019
Macroplaquetas e plaquetas 
gigantes
	As alterações morfológicas das pla-
quetasestão, basicamente, relacio-
nadas ao seu tamanho; 
	Macroplaquetas: tamanho aumenta-
do, mas menores que as hemácias;
	Plaquetas gigantes: maiores que as 
hemácias;
	Podem ser vistas em processos de 
renovação de plaquetas e síndrome 
de Bernard-Soulier.
???
22
PARA RESUMIR
O termo “relação núcleo/citoplasma” é muito utilizado para análises de morfologia 
celular. A alta relação núcleo/citoplasma indica que a célula possui um volume nuclear 
superior ao volume citoplasmático, enquanto a baixa relação núcleo/citoplasma, indica 
que o volume citoplasmático excede o nuclear.
Figura 39
Fonte: a autora.
GUARDE ESSA IDEIA!
Existe a possibilidade de se implementar um sistema automatizado de liberação de 
exames nos laboratórios. Os equipamentos são programados para liberar os resultados 
automaticamente, caso os valores, previamente classificados como dentro da 
normalidade, estejam de acordo. Por isso, é importante avaliar todos os avisos emitidos 
pelo equipamento, pois, em alguns casos, é necessário realizar a leitura complementar 
da lâmina.
PRINCIPAIS CORANTES HEMATOLÓGICOS
Os corantes são utilizados para evidenciar os componentes celulares para, então, ser possível a identificação 
das diferentes células e estruturas, tanto em condições de normalidade, como nas patológicas. Para 
darmos continuidade ao nosso Guia de Estudos da Unidade 03, convido você a conhecer os principais 
corantes hematológicos. Vamos lá!
23
Panótico
Apesar de, atualmente, não ser considerado um dos melhores corantes em termos de visualização, o 
panótico é amplamente utilizado nos laboratórios de análises clínicas, por conta de sua rápida execução. 
O kit é composto por três soluções, onde uma é fixadora e as outras duas são corantes.
O primeiro reagente é uma solução de triarilmetano a 0,1% (verde malaquita), que atua como fixador da 
amostra na lâmina, garantindo a integridade do esfregaço sanguíneo. O segundo reagente é uma solução 
de xantenos a 0,1% (eosina), que é um corante ácido, e, por isso, possui afinidade pelas estruturas básicas 
das células. Já o terceiro reagente é uma solução de tiazinas a 0,1% (azul de metileno), que é um corante 
básico, e, por isso, possui afinidade pelas estruturas ácidas das células.
 Figura 40
Fonte: http://sereduc.com/5Jdkq8
May-Grunwald-Giemsa
O May-Grunwald e o Giemsa são dois corantes diferentes, mas que podem ser combinados para se 
obter uma melhor visualização da lâmina. O May-Grunwald é composto por eosinato de azul de metileno 
(resultado da interação química entre o azul de metileno e a eosina), enquanto o Giemsa é composto por 
azur II e eosinato de azur II. 
É importante destacar que o procedimento de coloração se baseia, primeiramente, na utilização do May-
Grunwald, que, por ser diluído em metanol, atua como fixador do esfregaço sanguíneo. 
Após escorrer o excesso do primeiro corante, é adicionado o Giemsa, garantindo que os componentes 
ácidos e básicos sejam efetivamente corados. Apesar de excelente visualização, todo o procedimento de 
coloração desse método dura em torno de vinte minutos.
24
Leishman
O Leishman é um dos corantes que foram desenvolvidos com o intuito de se obter um reagente único 
e que possuísse a capacidade de corar todos os elementos celulares. É composto por uma mistura de 
eosinato de azul de metileno e eosinato de violeta de azul de metileno, dissolvidos em álcool metílico. 
Promove uma excelente visualização, sendo utilizado, principalmente, para a identificação e diferenciação 
de leucócitos. Por ser um reagente único, é responsável tanto pela fixação quanto pela coloração e a 
confecção da lâmina por esse método costuma durar aproximadamente 15 minutos.
Figura 41
Fonte: http://sereduc.com/Q2rnEy
25
PALAVRAS FINAIS
Caro (a) aluno (a),
Concluímos aqui o nosso Guia de Estudos da Unidade 3, da disciplina de Estágio 
Supervisionado I - Biomedicina. O conteúdo abordado nesse guia serviu como revisão 
para as alterações mais recorrentes relacionadas a leitura de lâminas do setor de 
hematologia. Existem diversos atlas hematológicos disponíveis para que você possa 
comparar as imagens e se familiarizar ainda mais com as características das células.
Já antecipo a você que o quarto Guia de Estudos vai seguir o mesmo princípio do 
terceiro e será mantido o modelo do atlas, com imagens acompanhadas de descrição e 
informações adicionais, mas, dessa vez, nós conversaremos um pouco sobre os fluidos 
biológicos. Não se esqueça que o tutor estará disponível para tirar suas dúvidas e 
fique de olho na data da webconferência desta disciplina, assim poderá esclarecer suas 
dúvidas com o (a) professor (a). 
Vejo você no próximo guia! Até breve! 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAIN, B.J. Blood Cells – A Practical Guide. 5. Ed. Wiley Blackwell, 2015.
FAILACE, R; FERNANDES, F. Hemograma: manual de interpretação. 6. Ed.Porto Alegre: 
Artmed, 2015.
MELO, M; SILVEIRA, C.M. Laboratório de Hematologia – Teorias, Técnicas e Atlas. 2. 
Ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2019.
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - 
BIOMEDICINA
UNIDADE IV
2
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Edição, revisão e diagramação: 
Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD 
 
_______________________________________________________________________
Gonçales, Juliana Prado. 
Estágio Supervisionado I - Biomedicina: Unidade 4 - Recife: Grupo Ser Educacional, 2021.
 _______________________________________________________________________
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
3
SUMÁRIO
PARA INÍCIO DE CONVERSA ...................................................................................... 4
URINA ............................................................................................................................. 5
Células ......................................................................................................................................... 5
Cristais de Urina Ácida ............................................................................................................. 7
Cilindros ...................................................................................................................................... 11
ESPERMOGRAMA ........................................................................................................ 13
Defeitos na cabeça ................................................................................................................... 14
Defeitos na peça intermediária .............................................................................................. 15
Defeitos na cauda ..................................................................................................................... 16
LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LCR) ..................................................................... 17
4
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - BIOMEDICINA
UNIDADE IV
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Olá aluno (a),
Seja muito bem-vindo (a) ao quarto e último Guia de Estudos da disciplina de Estágio 
Supervisionado I - Biomedicina. Nesse guia trabalharemos a disciplina de fluidos 
biológicos, focando na análise da urina, do esperma e do líquido cefalorraquidiano. 
O material foi feito no formato de atlas, onde as imagens selecionadas se 
propõem a familiarizar você com as principais alterações encontradas na rotina 
laboratorial. As imagens estão acompanhadas por uma descrição, que as caracteriza 
morfologicamente e indica as principais causas em que as alterações podem estar 
presentes. 
Bons estudos! 
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA
Caro (a) estudante,

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