Buscar

34295715-lingua-portuguesa-aplicada

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 128 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 128 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 128 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SISTEMA DE ENSINO
DISCIPLINA
Língua Portuguesa Aplicada
Livro Eletrônico
2 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Língua Portuguesa Aplicada - Resumo ...................................................................................... 6
Interpretação de Textos ................................................................................................................ 6
Reescrita ........................................................................................................................................... 6
Pontuação ......................................................................................................................................... 7
Concordância ................................................................................................................................... 8
Regência ............................................................................................................................................ 8
Semântica ......................................................................................................................................... 8
Regência ............................................................................................................................................ 9
Crase ................................................................................................................................................ 10
Pontuação: Vírgula ......................................................................................................................... 11
Concordância .................................................................................................................................. 11
Classes de Palavras .......................................................................................................................12
Voz Verbal ........................................................................................................................................ 17
Período Simples: Transitividade .................................................................................................19
Coesão: Referencial e Sequencial ...............................................................................................19
Ortografia: Uso dos “Porquês” ....................................................................................................21
Porque ..............................................................................................................................................21
Porquê ............................................................................................................................................. 22
Por Que ............................................................................................................................................ 22
Por Quê ............................................................................................................................................ 23
Fonologia e Ortografia (Acordo Ortográfico) .......................................................................... 23
Hífen .................................................................................................................................................24
Questões de Concurso ................................................................................................................. 27
Gabarito ............................................................................................................................................71
Gabarito Comentado .................................................................................................................... 72
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
3 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
ApresentAção
Nesta aula, trabalharei resumidamente os principais conteúdos exigidos nas últimas pro-
vas do Exame de Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade. O foco de nosso trabalho 
estará nos comentários das questões aplicadas nesses últimos exames, ok?
Vamos começar pela análise do edital.
Análise do Edital
No edital do Exame de Suficiência como requisito para obtenção de registro profissional 
em Conselho Regional de Contabilidade (N. 01/2020), os conteúdos de Língua Portuguesa 
são estes:
13. Língua Portuguesa Aplicada:
a) Conhecimentos de Língua Portuguesa abordados no Ensino Fundamental. Lei n. 9.394 
de 20/12/1996.
b) Conhecimentos de Língua Portuguesa abordados no Ensino Médio. Lei n. 9.394 de 
20/12/1996.
c) Decreto-lei n. 6.583, de 29 de setembro de 2008. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Este conteúdo programático é mais genérico em relação aos processos seletivos para 
outros órgãos/cargos. Em síntese, os tópicos (a) e (b), acima, dizem respeito a todo o conte-
údo de Língua Portuguesa estudado ao longo de nossa Educação Básica. O item (c) é mais 
específico e versa sobre o Acordo Ortográfico.
Perfil Geral da Banca CONSULPLAN
A banca CONSULPLAN costuma trabalhar o conteúdo de reescritura de textos. Nesse 
conteúdo, vários outros tópicos são abordados (como regência, voz verbal, pontuação etc.).
Especificamente nas provas do Exame de Proficiência do CFC, há muitas questões de 
interpretação de textos (incluindo tipologia e gêneros textuais). Há muitas questões que bus-
cam avaliar a sua capacidade de correlacionar/confrontar textos com temáticas semelhantes 
(inclusive entre textos verbais e não verbais).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
4 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
Uma coisa muito importante: SEMPRE, SEMPRE esteja atento(a) à referência do texto 
analisado pelas questões. A referência é aquela informação que vem abaixo do texto e que diz 
para o leitor o nome do autor, o veículo de comunicação e a data de publicação. Em diversas 
questões, essas informações são exigidas.
Você também perceberá que, nas provas analisadas, as questões de Língua Portuguesa 
são sempre as últimas (49 e 50). Para registrar esse fato, as questões analisadas por mim 
possuem a numeração original.
Provas Analisadas
Esta é uma capa de prova do Exame de Suficiência para o CFC aplicada pela CONSULPLAN 
(último exame, aplicado em 27.10.2019):
Em minha aula, analiso 17 provas anteriores (todas para o cargo de Bacharel):
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
5 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2019-2
CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2019-1
CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2018-2
CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2018-1
FBC/BACHAREL/CFC/2017-2
FBC/BACHAREL/CFC/2017-1
FBC/BACHAREL/CFC/2016-2
FBC/BACHAREL/CFC/2016-1
FBC/BACHAREL/CFC/2015-2
FBC/BACHAREL/CFC/2015-1
FBC/BACHAREL/CFC/2014-2
FBC/BACHAREL/CFC/2014-1
FBC/BACHAREL/CFC/2013-2FBC/BACHAREL/CFC/2013-1
FBC/BACHAREL/CFC/2012-2
FBC/BACHAREL/CFC/2012-1
FBC/BACHAREL/CFC/2011-2
A partir dessa análise das provas anteriores, espero que você esteja muito preparado(a) 
para a realização do exame primeiro semestre de 2020.
Estimo muito sucesso em sua caminhada!
Agora vamos aos estudos, certo?!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
6 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
LÍNGUA PORTUGUESA APLICADA - RESUMO
InterpretAção de textos
Nas questões de concurso, as bancas examinadoras usam termos-chaves para indicar 
quando você deve interpretar um texto. Os termos são estes: “infere-se”, “conclui-se”, “de 
acordo com”, “o texto pode ser considerado”, “compreende-se do segundo parágrafo” etc.
Os sentidos veiculados por um texto (isto é, a mensagem que ele transmite) são formados 
a partir de uma série integrada de elementos, como o vocabulário, a tipologia textual, o gêne-
ro, o perfil dos interlocutores (quem envia e quem recebe a mensagem) e o contexto.
Muitas vezes, a banca solicita do candidato a checagem de informações superficiais do 
texto. Nesse caso, basta retornar ao texto para confirmar (ou não) o que se propõe na ques-
tão. Em outros momentos, é necessário realizar certos “cálculos de sentido”, de modo a retirar 
conclusões do texto – e aqui é preciso encontrar os pressupostos e os subentendidos. Para 
isso, há marcas discursivas importantes a serem observadas:
• uso de pontuação expressiva, como aspas, reticências, exclamação, interrogação (em 
perguntas retóricas);
• uso de formatação especial (itálico, negrito, caixa-alta, maiúscula, minúscula);
• uso de vocabulário específico (jargões técnicos, coloquialismos, gírias);
• uso de recursos morfológicos expressivos, como diminutivo, aumentativo etc.;
• uso de padrões sintáticos, como voz passiva, impessoalizações, inversões sintáticas.
reescrItA
Quando a banca examinadora exige conhecimentos de reescrita, solicita-se o seu conhe-
cimento, candidato(a), sobre a adequação textual. A adequação está relacionada principal-
mente à correção gramatical, a qual tem impacto na clareza do texto.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
7 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
Eu costumo chamar a denominação “reescrita” como termo coringa para a banca cobrar 
todo e qualquer conteúdo de gramática ou semântica. Nas alternativas dos itens de múltipla 
escola, você deve escolher aquela redação que não contém desvios gramaticais. Os princi-
pais desvios são relacionados a estes tópicos gramaticais:
• ortografia/acentuação;
• pontuação;
• concordância;
• regência (e crase);
• colocação pronominal;
• concordância (nominal e verbal);
• uso de conectivos (conjunções);
• uso de pronomes (coesão: referenciação);
• sinonímia e antonímia.
Isso torna nosso estudo mais complexo, concorda? Por ser uma forma aberta de 
abordar o conteúdo, é mais difícil “prever” o que será cobrado. Para tornar a sua cami-
nhada mais tranquila, destaco que as provas comumente abordam os seguintes tópicos 
(isto é, os mais recorrentes):
• pontuação;
• concordância;
• regência.
Bom, isso ainda é pouco. Vamos avançar mais e detalhar os conteúdos de cada um des-
ses tópicos:
pontuAção
• Uso de vírgula para isolar termos deslocados.
• Uso inadequado de vírgula para separar termos em ordem direta (SVO).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
8 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
concordâncIA
• Identificação da relação entre a forma verbal e o sujeito que desencadeia a flexão.
• Verbos impessoais: haver, meteorológicos (ficam sempre na terceira pessoa do singular).
• Sujeito posposto (desencadeia concordância no verbo da mesma forma que o sujeito 
em posição canônica (pré-verbal)).
• Distinção TEM/TÊM: tem (sujeito na 3ª pessoa do singular); têm (sujeito na 3ª pessoa 
do plural).
regêncIA
• Verbos mais recorrentes: assistir, aspirar, avisar, implicar, pedir, obedecer, visar etc.
• Verbos que regem a preposição “a”: possível ocorrência de crase.
Caso você não se recorde dos detalhes desses conteúdos, indico a retomada desses pon-
tos nas aulas teóricas de nosso curso completo de Gramática.
semântIcA
O conteúdo de semântica está diretamente relacionado à noção geral de Interpretação de 
textos. O confronto entre o sentido literal e o sentido figurado é muito presente nas questões. 
Retomando os conceitos, temos:
• Sentido literal: diz respeito ao significado próprio e genuíno (primeiro) das palavras, por 
oposição ao seu sentido figurado.
• Sentido figurado: que se caracteriza por uso abundante e sistemático das figuras de 
palavra, como a metáfora, a metonímia e a sinédoque.
Também vemos muito frequentemente questões abordando as noções de sinonímia e 
antonímia:
• Sinonímia: é a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam 
significados iguais ou semelhantes. Por exemplo, vejamos os sinônimos de ordenado: 
comissão, embolso, emolumento, estipêndio, honorários, paga, pagamento, remunera-
ção, salário, soldo, vencimento, proventos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
9 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
• Antonímia: é a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam 
significados diferentes, contrários. Importante: a oposição de significado deve ocorrer 
dentro das propriedades semânticas compartilhadas pelas palavras. Por exemplo, ve-
jamos os antônimos de metódico: ametódico, assistemático, descomedido, desmetó-
dico, desordenado, desorganizado, desregrado.
Em algumas questões, o conhecimento da noção de ambiguidade também é exigido:
• Ambiguidade: fenômeno linguístico em que unidades linguísticas (palavras, sintagmas) 
podem significar coisas diferentes, podem admitir mais de uma leitura. Pode ser lexical 
(presente na palavra) ou estrutural (os sentidos diferentes são resultantes de diferentes 
configurações sintáticas).
regêncIA
As bancas examinadoras exigem o seu conhecimento sobre a semântica de cada regên-
cia. Assim, você deve saber que o verbo assistir, por exemplo, possui três regências - e cada 
regência possui um sentido diferente:
• assistir algo (transitivo direto; “prestar auxílio”)
• assistir a algo (transitivo indireto; “presenciar, ver”)
• e assistir em algum lugar (transitivo indireto; “residir, morar”)
Vejamos, em retomada, a regência dos verbos recorrentes em concursos públicos:
Verbo Transitividade (com exemplos)
Aproveitar
transitivo direto (aproveitar alguma coisa):
“Aproveitou a oportunidade para manifestar contrariedade ao tratamento à questão.”
transitivo indireto (pronominal) (aproveitar-se de algumacoisa):
“O relator aproveitou-se da oportunidade para emitir sua opinião sobre o assunto.”
Aspirar
No sentido de respirar, é transitivo direto:
“Aspiramos o ar puro de Campos do Jordão.”
No sentido de desejar ardentemente, de pretender, é transitivo indireto, regendo a 
preposição a:
“O candidato aspira à estabilidade econômica do país.”
“Aspirar a um cargo na Universidade de Brasília.”
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
10 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
Atender
Transitivo direto ou indireto:
“O treinador atendeu ao pedido da torcida.”
“O jogador atendeu o juiz.”
Avisar
Avisar alguém (avisá-lo) de alguma coisa (bitransitivo):
“O professor avisou os alunos da necessidade do estudo.”
Comparecer
Comparecer a (ou em) algum lugar ou evento (transitivo indireto):
“Compareci ao/no local estabelecido pelo edital.”
“A maioria dos candidatos compareceu à/na prova.”
Consistir
Consistir em alguma coisa (transitivo indireto):
“O projeto consiste em ampliar o investimento em educação.”
Custar
No sentido usual de ter valor, valer, é transitivo direto:
“A casa custou um milhão de cruzeiros.”
Implicar
No sentido de acarretar, produzir como consequência, é transitivo direto:
“A assinatura do contrato implica a aceitação de todos os termos.”
Informar
Informar alguém de alguma coisa (bitransitivo):
“Eu informei os vendedores de que a loja será aberta no feriado.”
Informar a alguém alguma coisa:
“Informarei à autoridade os dados do veículo roubado.”
Obedecer
Obedecer a alguém ou a alguma coisa (obedecer-lhe) (transitivo indireto):
“A eleição obedece à Legislação Eleitoral.”
Pedir
Pedir a alguém (pedir-lhe) alguma coisa (transitivo indireto):
“Eu pedi à equipe o relatório de vendas.”
Preferir
Preferir uma coisa (preferi-la) a outra (bitransitivo):
“Eu prefiro o cinema ao teatro.”
Visar
Com o sentido de ter por finalidade, a regência originária é transitiva indireta, com a 
preposição a:
“O projeto visa ao bem das gestantes.”
É possível, no entanto, o emprego desse verbo como transitivo direto com essa 
mesma acepção:
“O projeto visa o bem das gestantes.”
crAse
A regra geral de crase é esta:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
11 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
a
+
a(s)
preposição
Regida pelo termo anterior (nome ou verbo)
artigo determinado feminino (singular ou plural)
Faz parte do sintagma nominal e concorda em 
gênero e número com o núcleo substantivo)
a +
aquele
aquela
aqueles
aquelas
preposição
Regida pelo termo anterior (nome ou verbo)
Pronome demonstrativo
A regra de ouro, que sempre deve ser lembrada, é: não ocorre crase diante de palavras 
masculinas e de verbos.
pontuAção: VírgulA
O importante no uso da vírgula é o respeito certas relações sintáticas, tais como:
• Não se separa o sujeito de seu predicado;
• Não se separa o verbo de seus complementos;
• Não se separa o nome de seus complementos.
Os casos mais recorrentes de uso da vírgula são: termos deslocados de sua posição ca-
nônica; isolar vocativo e aposto.
concordâncIA
No âmbito da concordância, o importante é ter em mente a regra geral:
• O sujeito da oração desencadeia a concordância (de pessoa e número) no núcleo verbal 
do predicado.
• O núcleo substantivo desencadeia a concordância nominal (de gênero e número) nos 
modificadores nominais (adjetivos, artigos e numerais).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
12 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
Em relação à noção de concordância verbal, os principais pontos a serem lembrados são estes:
• SUJEITO COMPOSTO: o verbo irá para o plural.
• PRONOME DE TRATAMENTO: verbo sempre se flexiona na 3ª pessoa.
• SÉRIE nem... nem: o verbo irá para o singular.
• SUJEITO LIGADO POR ou: o verbo irá para o singular se a conjunção ou indicar exclu-
são, retificação e identidade/equivalência.
• EXPRESSÕES PARTITIVAS a maioria de/a maior parte: o verbo irá para o singular se o 
núcleo do sujeito não se referir à ideia de número.
• EXPRESSÃO cada um de + plural: verbo sempre fica no singular.
• EXPRESSÃO mais de um: verbo tipicamente irá para o plural.
• PORCENTAGEM: o verbo concorda com o termo preposicionado que especifica a por-
centagem; na ausência desse termo, a concordância ocorre com o número presente na 
porcentagem.
Outro assunto envolvendo regras de concordância é o uso do verbo haver. Destaco estes 
fatos principais:
• Verbo haver impessoal (“Havia várias pessoas na sala.”): a concordância sempre ocor-
rerá na terceira pessoa do singular.
• O verbo haver impessoal pode ser substituído pelo verbo existir. Nessa substituição, o 
verbo existir deve concordar com o sujeito sintático: “Existem várias pessoas na sala.”
• Verbo haver em formas compostas (não é impessoal): manifesta concordância de acor-
do com o sujeito sintático: “Eles haviam comprado o carro à vista.”
• Em locuções como “deve haver”, “é preciso haver” etc., a configuração sintática é se-
melhante à impessoal.
clAsses de pAlAVrAs
As bancas examinadoras costumam avaliar as propriedades morfossintáticas das clas-
ses gramaticais. Tendo isso em vista, vejamos uma síntese dessas propriedades:
• Sintaticamente, a classe dos substantivos compõe o núcleo do sintagma nominal. As clas-
ses dos artigos, adjetivos e numerais são “satélites” que estão próximos a esse núcleo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
13 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
• Morfologicamente, os artigos, adjetivos e alguns numerais manifestam as noções gra-
maticais de gênero e número. Quem determina essas propriedades de gênero e número 
é o substantivo (isto é, se o substantivo estiver no masculino singular, os artigos, os 
adjetivos e os numerais que se associam a esse substantivo também manifestarão, por 
concordância nominal, o gênero masculino e o número singular).
• Semanticamente, falamos que os substantivos possuem índice referencial; os artigos 
trazem as noções de determinação/indeterminação; os adjetivos qualificam; e os nu-
merais quantificam.
Sobre os verbos, temos que
VERBOS:
Veiculam
noções de:
- evento
- processo
- estado
NOCIONAIS
Possuem conteúdo 
semântico forte
Exemplo de verbos 
nocionais:
beber, correr, 
adquirir
Tanto verbos 
nocionais quanto 
funcionais pos-
suem marcas 
gramaticais de 
modo-tempo e 
número-pessoa
Modo: indicativo, 
subjuntivo 
e imperativo
Tempo: pretérito, 
presente e futuro
FUNCIONAIS
Possuem pouco con-
teúdo semântico (rela-
cionado a aspecto)
Exemplo de verbos 
funcionais:
ser, estar, ficar, per-
manecer
Pessoa: primeira, 
segunda e terceira
Número: singular e 
plural
O conteúdo deste livro eletrônicoé licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
14 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
As formas nominais do verbo são três:
• INFINITIVO, que possui propriedades de substantivo.
• PARTICÍPIO, que possui propriedades de adjetivo.
• GERÚNDIO, que possui propriedades de advérbio e adjetivo.
Em relação aos advérbios, estas são as propriedades:
• Propriedade sintática: as formas adverbiais podem modificar
− VERBOS
− ADVÉRBIOS
− ADJETIVOS
− ORAÇÃO
• Propriedade semântica: denotam circunstâncias diversas: lugar, modo, tempo, intensi-
dade, condição etc.
• Propriedade morfológica: são invariáveis; há advérbios (terminados em -mente) forma-
dos a partir de adjetivos.
As interjeições, por sua vez:
i) equivalem a uma frase;
ii) expressam estados emotivos;
iii) são separadas na pontuação.
Já os pronomes fazem referência a um aspecto da situação em que o enunciado é produ-
zido. No texto, exercem função coesiva, integrando elementos ao longo da cadeia referencial.
Por fim, as conjunções e os preposições são formas funcionais que integram itens na es-
trutura sintática. Morfologicamente, são invariáveis.
Para relembrar as preposições, temos o seguinte quadro do professor e gramático Becha-
ra (1999). As preposições estão destacadas em negrito.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
15 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
Quadro das Preposições (Bechara, 1999)
Em relação às conjunções, temos o grupo das coordenativas e o grupo das subordinativas:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
16 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
Classificação das conjunções:
• Coordenativas
− aditivas: e, nem, não só...mas também, tampouco, tanto...quanto.
− adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto.
− alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer, seja...seja.
− conclusivas: logo, pois (quando está deslocado), portanto, por conseguinte, assim, 
então, por isso.
− explicativas: Pois, que, porque, porquanto.
• Subordinativas
− integrantes: que, se.
− causais: pois, porque, visto que, como, uma vez que, na medida em que, porquanto, 
haja vista que, já que.
− comparativas: como, mais...(do) que, menos...(do) que tão...como, tanto...quanto, 
tão...quanto, assim como.
− concessivas: embora, conquanto, não obstante, ainda que, mesmo que, se bem que, 
posto que, por mais que, por pior que, apesar de que, a despeito de, malgrado, em 
que pese.
− condicionais: se, caso, sem que, se não, a não ser que, exceto se, a menos que, con-
tanto que, salvo se, desde que.
− consecutivas: tão (tamanho, tanto, tal)...que, de modo que, de maneira que.
− finais: para, para que, a fim de que, de modo que, de forma que, de sorte que, porque.
− temporais: quando, enquanto, assim que, logo que, desde que, até que, mal, depois 
que, eis que
− proporcionais: à proporção que, à medida que, quanto mais, ao passo que
− conformativas: conforme, consoante, como, segundo
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
17 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
Voz VerbAl
As duas vozes verbais a serem lembradas são ativa e passiva. Na ativa, o sujeito sintá-
tico possui a característica semântica de ser agente e o objeto direto do verbo possui a ca-
racterística semântica de ser paciente (recebe a ação). Na voz passiva, o objeto paciente da 
ativa passa a ser sujeito sintático. Na passiva analítica, o agente da passiva passa a ocorrer 
introduzido pela preposição (por). Na passiva sintética, o agente da passiva não ocorre e a 
forma “se” deve estar presente. Além disso, na passiva sintética o verbo deve concordar com 
o sujeito sintático.
Veja, a seguir, a tabela-síntese sobre voz:
PROPRIEDADES DAS VOZES
ATIVA
PASSIVA
ANALÍTICA SINTÉTICA
Agente é sujeito sintático. Agente ocorre opcionalmente 
introduzido por uma preposição 
(por ou de).
Agente não pode ser reintro-
duzido.
Paciente é complemento do verbo 
(objeto direto).
O paciente é sujeito sintático e 
desencadeia concordância no 
núcleo da oração.
O paciente é sujeito sintático 
e desencadeia concordância 
no núcleo da oração.
Núcleo da oração é um verbo lexical 
(único ou perifrástico).
Núcleo da oração é formado pela 
sequência AUXILIAR (ser, estar 
ou ficar) + PARTICÍPIO.
Núcleo da oração é formado 
por VERBO LEXICAL + PAR-
TÍCULA APASSIVADORA SE.
Ordem mais comum é SVO. Ordem mais comum é SUJEITO + 
AUX + PART + AGENTE DA PAS-
SIVA
Ordem mais comum é 
VERBO + SE + SUJEITO
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
18 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
Também é importante fazer uma diferença entre a passiva sintética e sujeito indeterminado:
DIFERENÇAS ENTRE
PASSIVA SINTÉTICA SUJEITO INDETERMINADO
O predicado possui um sujeito sintático (o paciente). 
Esse sujeito pode não estar manifesto fonologica-
mente, mas é recuperável ao longo da cadeia do 
discurso.
O predicado NÃO possui um sujeito sintático.
O verbo lexical MANIFESTA concordância (em rela-
ção ao sujeito sintático).
O verbo SEMPRE fica na terceira pessoa do singular 
(não manifesta concordância).
É possível recuperar uma forma ativa. Não há contraparte ativa, pois a oração com sujeito 
indeterminado já está em voz ativa.
Ocorre com verbos que selecionam complemento 
direto (objeto direto).
Ocorre com verbos:
(i) que não selecionam um complemento direto 
(intransitivo);
(ii) que selecionam um complemento indireto (objeto 
indireto, selecionado por um verbo transitivo indireto)
(iii) que selecionam um complemento direto (desde 
que não haja sujeito manifesto ou recuperável na 
cadeia do discurso).
O se é uma partícula apassivadora. O se é um índice de indeterminação do sujeito.
Vejamos, por fim, a diferença entre reflexividade e reciprocidade:
PROPRIEDADES (E DIFERENÇAS ENTRE)
REFLEXIVIDADE RECÍPROCIDADE
Há um participante no evento denotado pela oração. Há dois (ou mais) participantes no evento denotado 
pela oração.
Esse único participante é, ao mesmo tempo, agente 
e paciente do evento.
Cada um desses participantes atua e sofre o evento 
denotado (são agentes e pacientes).
Cabe a expressão “a si mesmo”. Cabe a expressão “um ao outro”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução,cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
19 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
período sImples: trAnsItIVIdAde
Na oração, os verbos que podem ser núcleo de predicado verbal são assim classificados:
Verbos intransitivos: (sem complemento)
Verbos transitivos: direto
 Indireto
 direto e indireto (bitransitivo)
A diferença entre verbos intransitivos e transitivos é a seguinte:
Obs.: � Os verbos intransitivos não exigem um termo que os complete (e esse “completar” é 
semântico e categorial).
 � Os verbos transitivos são aqueles que exigem um termo que os complete (e essa 
complementação é semântica e categorial).
coesão: referencIAl e sequencIAl
Nas provas de concurso, é muito comum observar questões relacionadas à referenciação 
pronominal. Observe o exemplo a seguir:
“Contratei quatro pedreiros; eles vieram esta manhã para orçar o serviço.”
Nessa frase, verificamos o uso da forma pronominal eles (terceira pessoa do plural) e a 
flexão verbal vieram. A forma eles vieram faz referência a outro elemento, presente na primei-
ra oração (Contratei quatro pedreiros). Sabemos que a forma pronominal eles refere-se ao 
termo quatro pedreiros. Este fenômeno é chamado de “coesão referencial”. Há muitas ques-
tões que avaliam a sua capacidade de identificar o referente de pronomes.
Outra forma de “dar liga” ao texto é a utilização de sequenciadores/articuladores, resumi-
dos no quadro a seguir:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
20 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
Itens de sequenciação Exemplo
Prioridade, relevância:
em primeiro lugar, antes de mais nada, primeiramente, 
acima de tudo, precipuamente, mormente, principal-
mente, primordialmente, sobretudo;
Em primeiro lugar, é preciso deixar bem claro que 
esta série de exemplos não é completa, principal-
mente no que diz respeito às locuções adverbiais.
Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterio-
ridade, posterioridade, simultaneidade, eventualidade):
então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, 
a princípio, pouco antes, pouco depois, anteriormente, 
posteriormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente, 
agora, atualmente, hoje, frequentemente, constante-
mente, às vezes, eventualmente, por vezes, ocasional-
mente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, 
simultaneamente, nesse ínterim, nesse meio tempo, 
enquanto isso – e as conjunções temporais;
Finalmente, é preciso acrescentar que alguns desses 
exemplos se revelam por vezes um pouco ingênuos. 
A princípio, nossa intenção era omiti-los para não 
alongar este tópico: mas, por fim, nos convencemos 
de que as ilustrações são frequentemente mais úteis 
do que as regrinhas.
Semelhança, comparação, conformidade:
igualmente, da mesma forma, assim também, do 
mesmo modo, similarmente, semelhantemente, ana-
logamente, por analogia, de maneira idêntica, de con-
formidade com, de acordo com, segundo, conforme, 
sob o mesmo ponto de vista – e as conjunções com-
parativas;
No exemplo anterior (valor anafórico), o pronome 
demonstrativo “desses” serve igualmente como 
partícula de transição: é uma palavra de referência 
à ideia anteriormente expressa. Da mesma forma, 
a repetição de “exemplos” ajuda a interligar os dois 
trechos. Também o adjetivo “anterior” funciona 
como palavra de referência. “Também” expressa 
aqui semelhança. No exemplo seguinte (valor cata-
fórico), indica adição.
Adição, continuação:
além disso, (a)demais, outrossim, ainda mais, ainda 
por cima, por outro lado, também – e as conjunções 
aditivas (e, nem, não só... mas também etc.)
Além das locuções adverbiais indicadas na coluna à 
esquerda, também as conjunções aditivas, como o 
nome indica, “ligam, ajuntando”.
Dúvida:
talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem 
sabe? é provável, não é certo, se é que;
O leitor ao chegar até aqui – se é que chegou – talvez 
já tenha adquirido uma ideia da relevância das partí-
culas de transição.
Certeza, ênfase:
de certo, por certo, certamente, indubitavelmente, 
inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, 
com toda a certeza;
Certamente, o autor destas linhas confia demais na 
paciência do leitor ou duvida demais do seu senso 
crítico.
Ilustração, esclarecimento:
por exemplo, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou 
por outra, a saber;
Essas partículas, ditas “explicativas”, vêm sempre 
entre vírgulas, ou entre uma vírgula e dois-pontos.
Propósito, intenção, finalidade:
com o fim de, a fim de, com o propósito de, proposi-
talmente, de propósito, intencionalmente – e as con-
junções finais;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
21 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
Resumo, recapitulação, conclusão:
em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em 
resumo, portanto;
Em suma, leitor: as partículas de transição são indis-
pensáveis à coerência entre as ideias e, portanto, à 
unidade do texto.
Causa e consequência:
daí, por consequência, por conseguinte, como resul-
tado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de 
fato, com efeito – e as conjunções causais, conclusi-
vas e explicativas;
Contraste, oposição, restrição, ressalva:
pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, menos 
– e as conjunções adversativas e concessivas;
Referência em geral:
os pronomes demonstrativos “este” (o pais próximo), 
“aquele” (o mais distante), “esse” (posição intermedi-
ária; o que está perto da pessoa com quem se fala); 
os pronomes pessoais; repetições da mesma palavra, 
de um sinônimo, perífrase ou variante sua; os pro-
nomes adjetivos último, penúltimo, antepenúltimo, 
anterior, posterior; os numerais ordinais (primeiro, 
segundo etc.).
Este caso exige ainda esclarecimentos. Com refe-
rência a tempo passado (ano, mês, dia, hora) não se 
deve empregar este, mas “esse” ou “aquele”. “Este 
ano choveu muito. Dizem os jornais que as tempes-
tades e inundações foram muito violentas em certas 
regiões do Brasil.” (A transição neste último exemplo 
se faz pelo emprego de sinônimos ou equivalentes 
de palavras anteriormente expressas (choveu): tem-
pestades e inundações.)
ortogrAfIA: uso dos “porquês”
Estes são os usos das formas porque, porquê, por que e por quê:
porque
A forma porque pode ser uma conjunção (causal ou explicativa) ou uma pergunta que 
propõe uma causa possível, limitando a resposta a sim ou não:
a) Ela reclama porque é carente.
[conjunção causal]
b) Ela devia estar com fome, porque estava branca.
[conjunção explicativa – equivale a pois]
c) O preso fugiu porque dopou o guarda?
[pergunta que propõe uma causa possível, limitando a resposta a sim ou não]
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
22 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
porquê
A forma porquê é substantivo e equivale (é sinônimo) a causa, motivo, razão. É acentuada 
por ser uma palavra tônica:Não sabemos o porquê da demissão de José.
[equivale a: Não sabemos o motivo/a causa/a razão da demissão de José]
por que
A forma por que (com duas palavras) é utilizada quando:
i) significa pelo qual (e flexões pela qual, pelas quais, pelos quais). Nesse significado, a 
palavra que é pronome relativo.
Não revelou o motivo por que não compareceu à aula.
[Não revelou o motivo pelo qual não compareceu à aula]
• ii) equivale a por qual, por quais.
Nessas formas, a forma que é pronome indefinido.
Ela sempre quis saber por que motivo raspei o cabelo.
iii) a forma por que é advérbio interrogativo. Nessa estrutura, é possível subentender uma 
das palavras motivo, causa, razão.
Por que [motivo] faltou à aula?
iv) a forma por que faz parte de um título.
Por que o ser humano chora.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
23 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
por quê
A forma por quê (com duas palavras e acentuada) é usada após pausa acentuada ou em 
final de frase.
Estavam no meio daquela bagunça sem saber por quê.
fonologIA e ortogrAfIA (Acordo ortográfIco)
No Âmbito da Fonologia/Ortografia, os sons da língua (chamados fonemas) são divididos 
em segmentais e suprassegmentais. Os sons segmentais podem ser “separados”, “segmen-
tados” na cadeia falada. Há dois tipos de sons segmentais: (i) as vogais, as quais são produ-
zidas sem a interrupção do ar que sai dos pulmões; e (ii) as consoantes, que são produzidas 
com algum tipo de interrupção do ar que sai dos pulmões. Já os sons suprassegmentais são 
aqueles que não podem ser segmentados. Esses sons ocorrem simultaneamente aos sons 
segmentais, como o acento. Toda essa classificação ocorre no âmbito da oralidade.
No âmbito da escrita, os sons segmentais (vogais e consoantes) são representados pelo 
alfabeto. A ortografia oficial dita as formas corretas de se registrar os vocábulos de uma 
língua (norma gramatical). A acentuação, por sua vez, indica a posição da sílaba tônica (pro-
priedade suprassegmental).
Sobre as regras de acentuação gráfica, todas as proparoxítonas devem ser acentuadas. 
Em relação às paroxítonas, vimos que não são acentuadas as que terminam em a(s), e(s), o(s) 
e em(ns). No caso das oxítonas, são acentuadas as que terminam em a(s), e(s), o(s) e em(ns).
No que diz respeito à ortografia oficial, há quatro padrões importantes: os dígrafos (com-
binações de letras que representam um som); letras diferentes que representam o mesmo 
som (como em exato/rezar); mesma letra que representa sons distintos (xícara/exame); e 
letra que não representa nenhum som (como em hotel).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
24 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
Hífen
O hífen é usado em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares.
O Acordo de 1990 observa que são escritas aglutinadamente palavras em que o falante 
contemporâneo perdeu a noção de composição: paraquedas; mandachuva.
Emprega-se o hífen nos seguintes topônimos:
a) iniciados por grão e grão: Grão-Pará;
b) iniciados por verbo: Passa-Quatro;
c) cujos elementos estejam ligados por artigo: Baía de Todos-os-Santos;
Os demais topônimos compostos são escritos separados e sem hífen: Cabo Verde. As 
exceções são: Guiné-Bissau e Timor-Leste.
Emprega-se o hífen em palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológi-
cas: couve-flor; bem-te-vi.
Emprega-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, 
formando encadeamentos vocabulares: ponte Rio-Niterói.
No quadro a seguir (baseado em AZEREDO, 2008), apresento a síntese das regras do uso 
do hífen no caso de prefixos e falsos prefixos:
Usa-se o hífen quando:
O primeiro elemento for: E o segundo elemento:
aero
agro
alfa
ante
anti
arqui
auto
beta
bi
bio
contra
di
entre
extra
foto
gama
geo
giga
hidro
hipo
homo
infra
intra
iso
lacto
lipo
macro
maxi
mega
meso
micro
mini
mono
morfo
multi
nefro
neo
neuro
paleo
peri
pluri
poli
proto
psico
retro
semi
sobre
supra
lete
tetra
tri
ultra
a) for iniciado por vogal igual à vogal final 
do 1º elemento;
b) for iniciado por h.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
25 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
ab
ob
sob
sub
for iniciado por b, h, r
co (‘com’) for iniciado por h (a ABL sugere eliminar 
essa letra, passando-se a grafar, assim, 
coerdar, coerdeiro, coipônimo etc.).
ciber
inter
super
nuper
hiper
for iniciado por h, r
ad for iniciado por d, h, r
pan a) for iniciado por vogal;
b) for iniciado por h, m, n (diante de b e p 
passa a pam)
circum a) for iniciado por vogal;
b) for iniciado por h, m, n (aceita formas 
aglutinadas como circu e circum).
além
aquém
ex
(“cessamento ou “estado 
anterior”)
recém
sem
sota
soto
vice
qualquer (sempre)
pós
pré
pró
sempre que conservem autonomia voca-
bular.
Tipologia Textual
TIPOLOGIA DEFINIÇÃO
NARRATIVO
Na narração, há seres que participam de eventos em determinado tempo 
e espaço. Os participantes desses eventos são os personagens, os quais 
podem ser reais ou fictícios. O evento (uma espécie de ação) é denotado 
por verbos nocionais, como cantar, correr, beijar, nadar, ouvir etc. O tempo 
da narrativa é tipicamente o passado, mas pode ser o presente (a narração 
de um jogo de futebol) ou o futuro (obras proféticas, por exemplo). Em uma 
narrativa, o espaço pode ser físico (uma cidade, uma casa, uma escola) ou 
psicológico (mente do personagem ou do narrador).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
26 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
DESCRITIVO
Em uma descrição, apresentamos uma série de característica de determi-
nado ser/objeto/espaço, formando na memória do leitor/ouvinte a imagem 
do que está sendo descrito.
Na descrição, essa apresentação de características é verbal (oral ou 
escrita). Linguisticamente, a descrição é tipicamente formada por predica-
ções nominais (Sujeito + Verbo de ligação + Predicativo) ou por adjetivação 
(Substantivo + adjetivo (atributivo)).
EXPOSITIVO
No tipo textual dissertativo expositivo, o autor do texto expõe/apresenta 
ideias, fatos, fenômenos. Por ser de caráter expositivo, não se busca con-
vencer o leitor em relação ao ponto de vista - pressupõe-se, assim, que a 
dissertação expositiva apenas apresenta a ideia, o fato ou o fenômeno.
ARGUMENTATIVO
No tipo textual dissertação argumentativa, diferentemente da dissertação 
expositiva, procuramos formar a opinião do leitor ou ouvinte, objetivando 
convencê-lo de que a razão (o discernimento, o bom senso, o juízo) está 
conosco, de que nós é que estamos de posse da verdade.
INJUNTIVO
A propriedade básica do tipo textual injuntivo é: ensinar/orientar/instruir o 
leitor/ouvinte/espectadora realizar uma tarefa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
27 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
QUESTÕES DE CONCURSO
(CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2019-2)
Texto para responder às questões 1 e 2.
Crises financeiras são recorrentes no sistema capitalista, que pode ser considerado, 
como intrinsecamente instável. Na história recente do capitalismo ocorreram várias crises 
internacionais, sendo as mais severas aquelas observadas após 1975, num ambiente global 
sob a desregulamentação dos mercados e a ascensão do Neoliberalismo, segundo UNCTAD 
(2010). No final da década de 1990, diversas crises varreram os países em desenvolvimento 
ao redor do mundo. Países do sudeste asiático, além de Rússia, Brasil, Argentina, México e 
Turquia foram epicentros de crises nesse período. O que difere a crise bancária iniciada em 
2007 no setor financeiro dos Estados Unidos e que culminou em uma crise de proporções 
globais em 2008 é que ela pode ser considerada a maior crise financeira da história desde a 
Grande Depressão em 1929.
O International Monetary Fund–IMF (2009) argumenta que as causas da crise financei-
ra internacional de 2008 foram de origem econômica, com a quebra dos bancos dos Estados 
Unidos, decorrente do calote em massa de hipotecas imobiliárias ocasionado pelo segmento 
subprime. Além da origem econômica, essa crise teve desdobramentos morais e políticos, 
pois em sua essência, se tornou uma crise de confiança, o que justifica a força e rapidez 
com que se alastrou para a economia real.A onda de otimismo dos anos anteriores à crise, 
em conjunto com a grande expansão do sistema financeiro, a criação de instrumentos que 
aparentemente mitigavam riscos e prometiam altos retornos e a visão neoliberalista, onde há 
a crença de que o mercado é eficiente, reduzindo ao mínimo a atuação do Estado, também 
contribuíram para o agravamento da intensidade e difusão da crise.
Apesar da amplitude global, os impactos da crise financeira internacional de 2008 não 
foram sentidos de maneira homogênea entre os países. As economias industriais começaram 
a sentir os primeiros sinais de retração já no primeiro semestre de 2008, retração esta que 
atingiu de maneira mais contundente as economias orientadas à exportação, segundo BIS 
(2009). Além da retração econômica, redução no PIB, dos programas de recuperação finan-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
28 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
ceira e da política fiscal expansionista, no período pós-Crise, as economias industriais sofre-
ram com aquele que foi considerado, segundo BIS (2010), o maior aumento de suas dívidas 
soberanas desde o período das grandes guerras, na primeira metade do século 20.
questão 1 (CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2019-2) Sabendo-se que o texto deve apre-
sentar uma progressão textual de acordo com as ideias que o enunciador pretende expor e 
desenvolver, considere a proposição inicial do texto em análise “Crises financeiras são re-
correntes no sistema capitalista, que pode ser considerado, como intrinsecamente instável”. 
Relacionando-a com o restante do texto, assinale a alternativa correta.
a) A partir do recurso estilístico empregado, o enunciado que dá início ao texto tem como 
principal objetivo promover a refutação acerca dos fatos relatados, inserindo uma ideia total-
mente contestável.
b) A partir da proposição inicial é possível reconhecer que o objetivo comunicacional do texto 
seguirá um viés histórico e objetivo demonstrando seu comprometimento com a realidade 
sem qualquer tipo de análise subjetiva.
c) No primeiro período do texto, é possível observar que o enunciador recorre a um fato real 
e à caracterização do sistema capitalista para estabelecer o pressuposto de que os fatos re-
latados e analisados a seguir não são inusitados diante do contexto em que estão inseridos.
d) O primeiro período do texto apresenta informações que demonstram a causa e efeito das 
crises financeiras, promovendo uma introdução coerente para as informações e ideias se-
guintes do primeiro parágrafo que demonstram dados históricos relacionados ao assunto 
abordado.
questão 2 (CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2019-2) No terceiro parágrafo do texto, a coe-
são textual interparágrafos ocorre por meio do emprego da locução prepositiva “Apesar de” 
para introdução das ideias e fatos ali apresentados. Acerca da produção de sentido estabele-
cida pode-se afirmar que, EXCETO:
a) A relação concessiva é corretamente expressa pela locução prepositiva “apesar de”.
b) A informação introduzida pela locução prepositiva “Apesar de“ é identificada, no contexto, 
como um fato real.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
29 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
c) A conjunção concessiva “embora” poderia substituir a locução prepositiva em questão 
mantendo-se a correção semântica.
d) A informação introduzida por “Apesar de”, ou seja, a amplitude global da crise, pode ser 
vista como uma situação hipotética; já que de acordo com o texto, os impactos da crise não 
foram sentidos de igual forma entre os países.
(CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2019-1) Texto para responder às questões 3 e 4.
A língua e a cultura
Cada língua representa uma cultura e, por conseguinte, uma visão de mundo. Por isso, 
não há palavras para Natal, democracia ou microprocessador digital em ianomami. (Talvez 
hoje, após anos de contato com os brancos, já haja). Mas, será que a cultura determina a 
língua ou é a língua que determina a cultura? Segundo a tese de Sapir-Whorf [...] há uma co-
extensão entre língua e cultura, de tal modo que ambas se condicionam mutuamente. Não dá 
para saber ao certo quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha.
Nesse sentido, nenhum povo pode criar conceitos ou expressar vivências que a sua 
língua não permita. [...] (Segundo o biólogo americano Jared Diamond [...] as condições his-
tóricas e geográficas também influem).
Não se trata de uma visão racista ou etnocêntrica [...], mas da constatação de que 
certas línguas oferecem mais recursos a um pensamento complexo e abstrato do que outras.
[...]
Mas, quer tenham sido as condições naturais que determinaram o surgimento da ci-
vilização –e a consequente complexificação da linguagem –em alguns lugares do planeta e 
não em outros, quer tenha sido o contrário, o fato é que a complexidade linguística resultante 
desse processo ensejou um círculo virtuoso que prossegue até hoje. Não se trata de povos 
mais inteligentes do que outros, mas talvez de povos mais sortudos.
(BIZZOCCHI, Aldo. A língua e a cultura. Língua Portuguesa, ano 3, n. 27, p.60-61, jan. 2008. Adaptado.)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
30 de 128www.grancursosonline.com.brBruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
questão 3 (CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2019-1) No trecho “Não se trata de uma visão 
racista ou etnocêntrica [...], mas da constatação de que certas línguas oferecem mais recur-
sos a um pensamento complexo e abstrato do que outras.”(3º§), o autor:
a) Intensifica a credibilidade das ideias apresentadas referindo-se ao seu discurso como 
isento de posições pontuais, sendo estruturado em fatos que evidenciam resultados obtidos.
b) Limita-se a esclarecer seu interlocutor de que o funcionamento de uma língua não está vin-
culado a quaisquer elementos externos, pois tal fato ocasionaria um preconceito linguístico 
inaceitável.
c) Parte de uma negativa que tem como objetivo refutar os argumentos contrários já eviden-
ciados nos parágrafos anteriores ao trecho selecionado, confirmando a tese defendida no 
desenvolvimento do texto.
d) Esclarece que seu objetivo é convencer o leitor de que há uma polarização de pensamentos 
e, ainda, reforça que as ideias anteriores ao trecho selecionado são organizadas no sentido de 
persuadir contribuindo, positivamente, para tal convencimento.
questão 4 (CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2019-1) Dentre as diversas estratégias que 
asseguram a elaboração de um texto coeso e coerente estão alguns mecanismos linguísti-
cos, tais como o emprego de vocábulos como os destacados no trecho
“Cada língua representa uma cultura e, (I) por conseguinte, uma visão de mundo. (II) Por isso, 
não há palavras para Natal, democracia ou microprocessador digital em ianomami. ((III) Tal-
vez hoje, após anos de contato com os brancos, já haja). (IV) Mas, será que a cultura determi-
na a língua ou é a língua que determina a cultura? (V) Segundo a tese de Sapir-Whorf [...] há 
uma coextensão entre língua e cultura, de tal modo que ambas se condicionam mutuamente. 
Não dá para saber ao certo quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha”. (1º§)
Analise as afirmativas a seguir considerando o emprego dos vocábulos e as expressões des-
tacadas (Observe a identificação feita por meio de algarismos romanos).
I – Atribui ao enunciado um maior grau de formalismo expressando uma ideia de conclu-
são, sendo uma continuação lógica de um raciocínio já iniciado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
31 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
II – Indica que a intenção discursiva do enunciador é aproximar o seu interlocutor das 
ideias e fatos apresentados utilizando, para isso, um adjunto conjuntivo de uso estri-
tamente coloquial; afastando-se, assim, da norma padrão com objetivo específico.
III – Quanto ao sentido produzido no discurso, a expressão circunstancial de dúvida intro-
duz uma possibilidade de alteração da informação apresentada anteriormente.
IV – Introduz um questionamento que se sobrepõe à expressão anterior, alcançando im-
portância e lugar de destaque na atenção do leitor.
V – No texto, a ideia de conformidade expressa e introduz um recurso que confere ao enun-
ciado a passagem de uma ideia a outra sem que estejam relacionadas.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I, II e IV.
b) I, III e IV.
c) II, III e V.
d) III, IV e V.
(CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2018-2)
Texto I
Um dos estudantes levantou a mão. Embora compreendesse perfeitamente que não se 
podia permitir que pessoas de casta inferior desperdiçassem o tempo da Comunidade com 
livros e que havia sempre o perigo de lerem coisas que provocassem o indesejável descon-
dicionamento de algum dos seus reflexos... enfim, ele não conseguia entender o referente às 
flores. Por que se dar ao trabalho de tornar psicologicamente impossível aos Deltas o amor 
às flores?
[...]
– As flores do campo e as paisagens, advertiu, têm um grave-defeito: são gratuitas. O amor 
à natureza não estimula a atividade de nenhuma fábrica. Decidiu-se que era preciso aboli-lo, 
pelo menos nas classes baixas; abolir o amor à natureza [...]
(HUXLEY, Aldous. Admirável Mundo Novo, p. 22, 1946.)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
32 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
Texto II
questão 5 (CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2018-2) A partir de uma comparação entre os 
textos I e II, e considerando-se uma possível reflexão advinda do texto I acerca de um com-
portamento social, depreende-se que o texto II constitui:
a) uma referência a um fato atual de forma acrítica.
b) uma demonstração da necessidade de que o perfil profissional prevaleça.
c) crítica a todo tipo de atitude preconceituosa existente na sociedade atual.
d) crítica ao desmerecimento de determinados valores, em situações específicas.
(CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2018-2)
Por que ética?
Por que ética? E o que é a ética? Não poderemos nos contentar com uma representação 
qualquer ou indeterminada. Da mesma forma, pressupondo uma pré-compreensão comple-
tamente indeterminada, desde o início podemos nos perguntar: por que afinal devemos nos 
ocupar com a ética? [...] Entre os jovens intelectuais, antigamente havia interesse mais pelas 
assim chamadas teorias críticas da sociedade. Ao contrário disto, na ética supõe-se uma 
reflexão sobre valores reduzida ao individual e ao inter-humano. E teme-se que aqui, contudo 
não seria possível encontrar nada de obrigatório, a não ser remontando-se a tradições cristãs 
ou de outras religiões. É o ético, ou então, ao contrário, as relações de poder, que são determi-
nantes na vida social? E estas não determinam, por sua vez, as representações éticas de um 
tempo? E se isto é assim, ao se pretender lidar diretamente com a ética e não a partir de uma 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
33 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
perspectiva de crítica da ideologia, não representaria isto um retorno a uma ingenuidade hoje 
insustentável?
(TUGENDHAT, Ernest. Lições sobre ética. Petrópolis: Vozes. 1996, p. 11-13. Adaptado.)
questão 6 (CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2018-2) No texto anterior, o autor utiliza como 
estratégia para a construção de seu texto uma sequência de interrogações. Pode-se afirmar 
que tal estratégia
a) indica pausas de elocução com o propósito de obter uma informação desconhecida 
até então.
b) preconiza a importância do debate acerca da ética, tendo em vista seu papel na sociedade, 
exposto e exemplificado pelo autor de forma sucinta, mas suficientemente esclarecedora.
c) demonstra a exposição de um ponto de vista sob forma de perguntas, trocando-se a 
afirmação por uma questão, acelerando-se o andamento discursivo e intensificando-se 
o sentido.
d) desmistifica o caráter persuasivo da argumentação, a ponto de elucidar de forma objetiva 
e clara o verdadeiro e único propósito de tal tipo textual: apresentar uma tese e demonstrar 
sua veracidade.
(CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2018-1)
A uberização do trabalho no século XXI
Tarefas sob demanda ganham espaço em um mercado transformado pela automação e pela 
inteligência artificial
Na primeira metade do século XXI, o mundo do trabalho está em ebulição.Os impac-
tos das transformações provocadas pela automação acentuada e pela inteligência artificial 
ainda são difíceis de mensurar – as previsões vão de cortes de 10% a 40% dos empregos 
atuais. Uma situação, porém, já faz parte do presente: as tarefas sob demanda, tendência já 
batizada de uberização do trabalho. A carreira dentro de uma única empresa ficou para trás, 
e as funções de média gerência estão desaparecendo num processo considerado sem volta. 
O designer Wallace Vianna, de 50 anos, viveu 13 anos sob o regime da carteira de trabalho, 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
34 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
nascido com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com horário fixo, férias e 13º salário. 
Atualmente, é empregado de si mesmo, administra quatro contratos simultaneamente, con-
vivendo com oscilação de renda de um salário mínimo (R$ 954) a cinco salários (R$ 4.770).
“Sou técnico, publicitário, contato, cuido da parte financeira e administrativa. Costumo 
oferecer um leque de opções para o cliente, como web designer, professor de design, cubro 
férias de profissionais da área. O trabalho pode ser com carteira assinada ou não. Depende 
do que aparecer”, afirmou o profissional, formado em design pela Universidade do Estado do 
Rio de Janeiro (Uerj).
Nesse novo mundo do trabalho, os empregos típicos da classe média vão diminuir, di-
zem analistas. Até mesmo profissões com status de doutor, como a de advogado ou médico, 
vão sofrer baques na empregabilidade. Leitura de peças processuais e análise de exames clí-
nicos se darão com base em gigantescos bancos de dados, o big data, eliminando uma etapa 
da preparação do processo na Justiça e no diagnóstico do paciente.
“Está se criando um fosso entre os altamente qualificados e os de baixa qualificação. 
Cada vez se necessita menos dos médios qualificados. Onde havia gerentes que nos aten-
diam em agências de turismo e companhias aéreas, há sistemas. O trabalho das 9 horas às 
18 horas tende a desaparecer. Vai ser controlado à distância, numa contratação mais precá-
ria, em prazos menores e com menos segurança”, disse o procurador do Trabalho Rodrigo 
Carelli, professor de Direito do Trabalho e de Direito e Sociedade da Universidade Federal do 
Rio de Janeiro (UFRJ).
Atualmente, no Brasil, de um total de 8,2 milhões de empresas, 4,2 milhões não têm 
empregados. No setor de serviços, onde o trabalho de autônomos é mais intenso, esses ne-
gócios individuais chegam a representar 59,2%. Nesses casos, as relações de trabalho vira-
ram relações empresariais.
(Cássia Almeida, com reportagem de Madson Gama. 28/05/2018. Disponível em: https://epoca.globo.com/
tecnologia/noticia/2018/05/uberizacao-do-trabalho-no-seculo-xxi.html.)
questão 7 (CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2018-1) O texto apresentado é construído a 
partir de elementos que se articulam de forma a obter um resultado comunicacional satisfa-
tório considerando-se a situação de comunicação em que está inserido. Tendo em vista os 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
https://epoca.globo.com/tecnologia/noticia/2018/05/uberizacao-do-trabalho-no-seculo-xxi.html
https://epoca.globo.com/tecnologia/noticia/2018/05/uberizacao-do-trabalho-no-seculo-xxi.html
35 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
aspectos linguísticos empregados e a produção de sentido que emerge a partir dos mesmos, 
analise as afirmativas a seguir.
I – Recorre-se à utilização de estratégias que conferem credibilidade ao texto de modo recor-
rente.
II – A criação de neologismo pelo autor demonstra uma crítica à nova demanda de que 
trata o texto que afeta o mercado de trabalho convencional.
III – A utilização de verbos empregados predominantemente no presente do indicativo tem 
sua função relacionada à estrutura textual apresentada e seu objetivo comunicacional.
IV – Pode-se afirmar que a sequência textual dominante se desenvolve a partir de argu-
mentos que somados expressam um ponto de vista claro e definido em relação ao 
assunto apresentado.
São consideradas corretas de acordo com o texto apenas
a) I e III.
b) II e III.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.
(CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2018-1)
O novo perfil de uma das profissões mais estáveis do Brasil
São Paulo
Faça chuva ou faça sol na economia do país, quem trabalha com contabilidade parece 
estar sempre a salvo de turbulências. Mas toda essa lendária estabilidade da carreira não se 
traduz em ausência de novidades – ou de mudanças.
A chegada de novas tecnologias está alterando a antiga profissão, e quem não acom-
panhar esse ritmo acabará ficando para trás, diz o professor Bruno Salotti, coordenador da 
graduação em ciências contábeis da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e 
Contabilidade da Universidade de São Paulo).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
36 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
Foi-se o tempo em que o contador era o mero encarregado de registrar manualmente 
em livros cada ocorrência contábil do negócio. As atividades burocráticas da área passaram 
a ser cada vez menos feitas por humanos com a chegada da informática e, mais tarde, dos 
softwares especializados.
“O profissional deixou de produzir os dados e passou a analisá-los, com o objetivo de 
prever o impacto contábil de cada decisão de negócios”, diz Salotti. Nesse sentido, deixou 
de olhar para o passado da empresa – o dinheiro que entrou e que saiu no mês anterior, por 
exemplo –, e passou a fazer projeções para seu futuro.
A automatização de processos em contabilidade transformou um trabalho burocrático 
em analítico, o que também abriu espaço para que ele pudesse se tornar gerencial: há anos, 
grandes empresas já contam com a figura do CAO (Chief Accounting Officer), uma posição de 
diretoria alternativa à do tradicional CFO (Chief Financial Officer).
“O contador tem sido trazido para o âmbito da gestão”, afirma o professor da USP. “Ele 
agora ajuda a desenhar operações para gerar economia fiscal, identificar as melhores áreas 
geográficas para expandir o negócio e delinear as estratégias da companhia de forma geral”.
(GASPARINI, Claudia. 18/12/2017. Disponível em: https://exame.abril.com.br/carreira/ o-novo-perfil-de-u-
ma-das-profissoes-mais-estaveis-do-brasil/.)
questão 8 (CONSULPLAN/BACHAREL/CFC/2018-1) Confrontando os textos apresentados “A 
uberização do trabalho no século XXI”, denominado o primeiro texto, e “O novo perfil de uma das 
profissões mais estáveis do Brasil”, denominado o segundo texto, é correto afirmar que:
a) A citação de discurso alheio apresenta-se sob forma diversa e com propósitos distintos em 
ambos os textos, que em nada podem ser equiparados.
b) Os sentidos dos textos apresentados, expressos a partir de informações consistentes, per-
mitem que haja equivalência sobre determinado ponto de vista acerca dos assuntos tratados.
c) Tendo em vista os meios de circulação explicitados nos dois textos, pode-se afirmar que 
tanto asituação de comunicação quanto a linguagem utillizada distinguem-se em virtude do 
nível de formalidade exigido para cada um deles.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
37 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
d) A compreensão dos conteúdos apresentados conduz ao entendimento de que há uma re-
lação explícita entre um e outro, revelando que os procedimentos argumentativos utilizados 
no segundo texto expressam uma refutação em relação aos apresentados no primeiro texto.
(FBC/BACHAREL/CFC/2017-2) Leia o texto a seguir, sobre o qual versam as questões 9 e 10.
Maior participação feminina no mercado de trabalho injetaria 382 bilhões de reais na economia
por Dimalice Nunes
Em 2014, os líderes do G20 se comprometeram a reduzir em 25% a diferença nas taxas 
de participação entre homens e mulheres até 2025. O relatório da OIT estima que, se esse ob-
jetivo fosse alcançado em nível global, ele teria o potencial de adicionar 5,8 trilhões de dólares 
à economia de todo o mundo, além de gerar grandes receitas fiscais em potencial.
Por exemplo, a receita global de impostos poderia aumentar em 1,5 trilhão de dólares, 
a maior parte em países emergentes (990 bilhões de dólares) e desenvolvidos (530 bilhões de 
dólares). A África do Norte, os Estados Árabes e o Sul da Ásia teriam os maiores benefícios, já 
que nessas regiões as diferenças nas taxas de participação entre homens e mulheres supe-
ram os 50 pontos percentuais.
De acordo com a OIT, a desigualdade de gênero continua a ser um dos desafios mais 
urgentes que o mundo do trabalho enfrenta. As mulheres são substancialmente menos pro-
pensas do que os homens a participar do mercado de trabalho e, uma vez no mercado de 
trabalho, elas têm menor probabilidade do que os homens de encontrar emprego, afirma o 
relatório. Além disso, a qualidade desse emprego ainda preocupa.
Desemprego maior para elas
Quando as mulheres participam do mercado de trabalho, elas têm maior probabilidade 
de estarem desempregadas do que os homens. Globalmente, a taxa de desemprego para as 
mulheres em 2017 é de 6,2%, representando uma diferença de 0,7 ponto percentual com rela-
ção à taxa de desemprego dos homens, de 5,5%.
No Brasil, entre 2012 e 2016, com a retração econômica, o índice de desemprego me-
dido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiu de 7,9% para 12% – 13,6% 
na medida mais recente – enquanto a taxa de ocupação da população caiu de 56,3% em 2012 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
38 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
para 54% em 2016. Entre as mulheres o desemprego no fim de 2016 era de 13,8% enquanto 
atingiu 10,7% para os homens. Em 2018, a OIT espera que as taxas de desemprego permane-
çam relativamente inalteradas, o que manterá a desigualdade no atual patamar, sem nenhu-
ma melhora esperada antes de 2021, com base nas tendências atuais.
Entre as mulheres empregadas em todo o mundo, quase 15% são trabalhadoras fa-
miliares não remuneradas, em comparação com mais de 5% dos homens. Nos países em 
desenvolvimento, onde cerca de 36,6% das mulheres e apenas 17,2% dos homens são em-
pregados como trabalhadores familiares não remunerados, a diferença é maior, de 19 pontos 
percentuais.
Mudança cultural
A preferência e a decisão da mulher de participar no mercado de trabalho e seu acesso 
a empregos de qualidade podem ser afetados por uma série de fatores, incluindo discrimi-
nação, educação, tarefas de cuidado não remuneradas, equilíbrio entre trabalho e família e 
estado civil.
A conformidade do papel de gênero também afeta a restrição das oportunidades de 
trabalho decente para as mulheres. O relatório mostra que 20% dos homens e 14% das mu-
lheres pensam que não é aceitável para uma mulher trabalhar fora de casa.
Além dos benefícios econômicos, um maior engajamento feminino na força de tra-
balho teria um impacto positivo no seu bem-estar, já que a maioria das mulheres gosta-
ria de trabalhar, 58%.
O relatório recomenda medidas abrangentes para melhorar a igualdade das condições 
de trabalho e reformular os papéis de gênero, como promover a igualdade de remuneração; 
abordar as causas da segregação ocupacional e setorial; reconhecer, reduzir e redistribuir as 
tarefas de cuidado não remuneradas; e transformar as instituições para prevenir e eliminar a 
discriminação, a violência e o assédio no mundo do trabalho.
Políticas públicas são essenciais para amparar a entrada e a permanência das mu-
lheres no mercado de trabalho, mas as empresas podem e devem ser agentes de mudança 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
39 de 128www.grancursosonline.com.br
Bruno Pilastre
Língua Portuguesa Aplicada
LÍNGUA PORTUGUESA
cultural. A startup Impulso Beta se propõe a criar estratégias e colocar em prática ações para 
promover a diversidade de gênero dentro das empresas.
A sócia-fundadora da empresa, Renata Moraes, explica que, mesmo entre as grandes 
empresas, poucas têm de fato estratégias de recursos humanos para a valorização do capi-
tal humano. “Os princípios teóricos já estão estabelecidos, há diretrizes da ONU Mulheres. O 
desafio é convencer os CEOs de que isso (a inclusão e retenção de mulheres) é um valor para 
o negócio”, afirma.
Renata explica que existem crenças profundamente arraigadas nas empresas, como 
a de que mulheres serão menos comprometidas que os homens em determinadas fases da 
vida, como quando têm filhos. “A cultura do trabalho não é a cultura da diversidade. Ainda se 
vê valor na disponibilidade 24 por 7, mas homens mais jovens também não estão mais dis-
postos a isso”, lembra. “As empresas se dizem meritocráticas, mas não observam de fato os 
resultados. A definição do que é talento e comprometimento replicam ideais que são contra-
ditórios”, conclui.
A OIT prevê que essas taxas permanecerão inalteradas em 2018. No Brasil, mulheres 
são 56% da força de trabalho, índice melhor que a média global, mas ainda assim 22,1 pontos 
percentuais menor que a masculina, estimada em 78,2%.
Dimalice Nunes in Revista Carta Capital, — publicado 26/06/2017 00h16, última modificação 23/06/2017 
17h2, https://www.cartacapital.com.br/sociedade/maior-participacao-feminina-no-mercado-de-trabalho-
-injetaria-382- bilhoes-de-reais-na-economia (texto adaptado)
questão 9 (FBC/BACHAREL/CFC/2017-2) Segundo Luiz Carlos Travaglia, Professor de Lín-
gua Portuguesa e Linguística e pesquisador do Instituto de Letras e Linguística da Universi-
dade Federal de Uberlândia, o Gênero Textual se caracteriza por exercer uma função social 
específica. Para ele, essas funções sociais são pressentidas e vivenciadas pelos usuários. 
Isso equivale dizer que, intuitivamente, sabemos que gênero usar em momentos específicos 
de interação, de acordo com a função social dele. Quando vamos escrever um e-mail, sabe-
mos que ele pode apresentar características que farão com que ele “funcione” de maneira 
diferente. Assim, escrever um e-mail para um amigo não é o mesmo que escrever um e-mail 
para

Continue navegando