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Educação à Distância e Metodologias Ativas

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Indaial – 2021
Educação a distância 
E MEtodologias ativas
Prof.ª Valéria Becher Trentin
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof.ª Valéria Becher Trentin
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
T795e
 Trentin, Valéria Becher
 
 Educação à distância e metodologias ativas. / Valéria Becher 
Trentin – Indaial: UNIASSELVI, 2021.
 
 185 p.; il.
 ISBN 978-65-5663-739-6
 ISBN Digital 978-65-5663-734-1
 
 1. Educação à distância. - Brasil. II. Centro Universitário 
Leonardo da Vinci.
 CDD 370
aprEsEntação
Prezado acadêmico conectado ao mundo das tecnologias!
Neste livro, abordaremos a trajetória de estudos acerca da educação, 
tendo, como foco, a Educação a Distância e as Metodologias Ativas. O conteúdo, 
aqui, apresentado, visa subsidiar a construção do conhecimento a respeito de 
como as tecnologias estão contribuindo para a transformação da educação. 
A abordagem apresentada pretende trazer reflexões acerca da Educação 
a Distância (EAD), modalidade que vem transformando os processos de 
ensino e de aprendizagem, ampliando os sentidos e favorecendo a criação de 
novas formas de compreender e de lidar com a construção do conhecimento. 
Nesse contexto da EAD, destacamos a importância das metodologias 
ativas, as quais podem ser utilizadas em sala de aula com ou sem a presença 
das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC). Destacamos 
o fato de isso ser essencial devido às metodologias ativas fazerem, cada vez 
mais, sentido no mundo em que vivemos, cabendo, ao professor, não ser 
mais o transmissor do conhecimento, mas o mediador, ou seja, aquele que 
ensina o aluno a “aprender a aprender”. 
Este livro está dividido em três unidades. Cada unidade apresenta 
aspectos da história da EAD, características, sujeitos, estilos de aprendizagem, 
metodologias ativas etc. Há, também, atividades para a complementação 
dos seus estudos na área, que é ampla e fascinante. Leia, reflita, mergulhe no 
universo da EAD e das metodologias ativas, pois estamos inseridos em uma 
sociedade cada vez mais globalizada quando os assuntos são a informação, 
a interação e a comunicação.
Mantenha-se plugado, pois você descobrirá como utilizar a tecnologia 
na educação. Aperfeiçoe o olhar para “4D”, ou seja, para quatro dimensões: 
escola + aluno + tecnologia + sociedade. Mude o seu paradigma em relação às 
ideologias e às concepções tradicionais dos processos educacionais.
Bons estudos!
Profª. Valéria Becher Trentin
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida-
de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você 
terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen-
tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
suMário
UNIDADE 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS .............. 1
TÓPICO 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: CONCEITOS E HISTÓRIA .................................. 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - CONCEITOS E GERAÇÕES .................................................... 3
2.1 GERAÇÕES DA EAD ..................................................................................................................... 5
2.1.1 1ª geração: ensino por correspondência ............................................................................. 6
2.1.2 2ª geração: meios de comunicação de massa ..................................................................... 7
2.1.3 3ª geração: experiências em EAD ........................................................................................ 7
2.1.4 4ª geração: teleconferência .................................................................................................... 8
2.1.5 5ª geração: computador e internet ....................................................................................... 9
3 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL ................................................................................... 10
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 13
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 14
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA EAD ...... 16
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 16
2 TECNOLOGIAS E A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ................................................................... 16
3 MEDIAÇÕES SÍNCRONAS E MEDIAÇÕES ASSÍNCRONAS .............................................. 17
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 37
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 38
TÓPICO 3 — MODELO PEDAGÓGICO NA EAD E CONECTIVISMO ................................. 41
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 41
2 MODELO PEDAGÓGICO E A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ................................................. 41
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 48
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 51
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 52
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................55
UNIDADE 2 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: CARACTERÍSTICAS, SUJEITOS E 
POSSIBILIDADES................................................................................................................................ 57
TÓPICO 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E CARACTERÍSTICAS ........................................ 59
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 59
2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: QUAIS AS CARACTERÍSTICAS? .......................................... 61
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 70
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 71
TÓPICO 2 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E SEUS SUJEITOS ................................................. 73
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 73
2 PROFESSOR NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA .......................................................................... 73
3 TUTOR NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ................................................................................... 75
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 84
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 85
TÓPICO 3 — APRENDIZAGEM E ESTILOS DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIA ........................................................................................................................................... 89
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 89
2 APRENDIZAGEM: CONCEITO ..................................................................................................... 89
2.1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E APRENDIZAGEM COLABORATIVA ............................... 97
2.2 APRENDIZAGEM MULTIMÍDIA ........................................................................................... 103
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 109
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 116
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 117
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 119
UNIDADE 3 — METODOLOGIAS ATIVAS E APRENDIZAGEM ......................................... 123
TÓPICO 1 — O QUE SÃO METODOLOGIAS ATIVAS? .......................................................... 125
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 125
2 METODOOGIAS ATIVAS............................................................................................................. 125
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 131
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 136
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 137
TÓPICO 2 — METODOLOGIAS ATIVAS E PROCESSO DE APRENDIZAGEM ............... 139
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 139
2 INSTRUÇÃO/APRENDIZAGEM POR PARES (PEER-INSTRUCTION) ............................ 139
2.1 COMO A PEER INSTRUCTION FUNCIONA NO ENSINO? .............................................. 143
3 DESIGN THINKING ........................................................................................................................ 144
3.1 ETAPAS DO DESIGN THINKING ............................................................................................ 146
4 SALA DE AULA INVERTIDA OU FLIPPED CLASSROOM .................................................. 147
5 APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS E APRENDIZAGEM BASEADA EM 
PROBLEMAS ....................................................................................................................................... 150
5.1 PLANO DE AULA PARA APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS .................. 158
6 APRENDIZAGEM BASEADA EM JOGOS................................................................................ 160
7 GAMIFICAÇÃO .............................................................................................................................. 161
7.1 DICAS PARA GAMIFICAR EM SALA DE AULA ................................................................ 164
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 167
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 168
TÓPICO 3 — PERSONALIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM E BNCC ..................................... 171
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 171
2 METODOLOGIAS ATIVAS E A BNCC ...................................................................................... 171
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 177
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 179
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 180
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 183
1
UNIDADE 1 — 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - HISTÓRIA 
E CARACTERÍSTICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os conceitos da Educação a Distância;
• compreender o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação, ava-
liando a utilização na modalidade EAD;
•	 refletir	a	respeito	das	potencialidades	pedagógicas	na	EAD.
•	 conhecer	as	mudanças	ocorridas	a	partir	do	histórico	da	educação	a	dis-
tância.
• analisar o papel do professor frente às novas tecnologias;
• problematizar e buscar soluções para situações de aprendizagem frente 
às	tecnologias.
Esta	unidade	está	dividida	em	três	tópicos.	No	decorrer	da	unidade	
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO	1	–	EDUCAÇÃO	A	DISTÂNCIA:	CONCEITOS	E	HISTÓRIA
TÓPICO	2	–	TECNOLOGIAS	DA	INFORMAÇÃO	E	DA	COMUNICAÇÃO	
NA	EAD
TÓPICO	3	–	MODELO	PEDAGÓGICO	NA	EAD	E	CONECTIVISMO
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: CONCEITOS E HISTÓRIA
1 INTRODUÇÃO
O estudo que se inicia tem, como objetivo, conhecer a Educação a Distância 
no	 contexto	 histórico.	 Esse	 conhecimento	 nos	 fará	 perceber	 as	 transformações	
que ocorreram ao longo do tempo para compreendermos a evolução, ou seja, a 
história	e	os	caminhos	já	trilhados,	as	tecnologias	empregadas	e	as	possibilidades	
pedagógicas.	
A	partir	desse	entendimento,	buscaremos,	neste	tópico,	a	compreensãoda	
EAD	e	dos	principais	fatos	que	marcaram	a	trajetória	histórica	dela.
Vamos	nos	aventurar?!
2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - CONCEITOS E GERAÇÕES 
Iniciamos	reflexões	destacando	que	a	modalidade	de	Educação	a	Distância	
(EAD),	inicialmente,	surgiu	para	suprir	as	deficiências	de	alcance	do	sistema	de	
ensino	convencional	 (MONTIEL	 et al.,	 2014).	Os	autores,	ainda,	 ressaltam	que,	
atualmente, essa modalidade de ensino se mostra capaz de complementar o 
sistema	 regular	 de	 ensino	 presencial,	 apoiando-se	 em	 práticas	 pedagógicas	
modernas	e	em	recursos	tecnológicos	que	facilitam	a	comunicação	entre	professor	
e	aluno,	ultrapassando	os	limites	de	tempo	e	de	distância.
Vale	 destacar	 que,	 para	 além	 da	 possibilidade	 de	 acesso	 a	 alunos	 de	
diferentes	níveis	socioeconômicos,	a	EAD	favorece	a	equidade.	A	respeito	desse	
aspecto,	Alves	 (2011)	diz	 que	 a	Educação	 a	Distância	 é	uma	das	modalidades	
educacionais mais democráticas, pois utiliza as tecnologias da informação e de 
comunicação em prol da conquista do conhecimento, contemplando um grande 
número	de	pessoas	simultaneamente.
Diante do atendimento simultâneo, a referida modalidade proporciona 
uma	aprendizagem	dialógica,	que	estabelece	diferentes	relações	entre	professor	
e	 aluno,	 mediada	 por	 recursos	 telemáticos.	 Frente	 a	 esses	 aspectos,	 torna-se	
imprescindível que os recursos e as ferramentas que dão suporte estabeleçam um 
ambiente	de	ensino	cooperativo	voltado	à	construção	do	conhecimento.	
A	partir	das	reflexões,	emerge	um	questionamento:
UNIDADE 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS
4
FIGURA 1 – O QUE É EAD?
FONTE: <https://bit.ly/2Tu0m7X>. Acesso em: 24 abr. 2021.
Segundo	Moore	e	Kearsley	(2008,	p.	2),	a	EAD	“é	o	aprendizado	planejado	
que ocorre, normalmente, em um lugar diferente do ensino, o que requer 
comunicação	por	meio	de	tecnologias	e	organização	instrumental	especial”.
Para	Maia	e	Mattar	(2007,	p.	6),	“a	EAD	é	uma	modalidade	de	educação	
em que professores e alunos estão separados, planejada por instituições e que 
utiliza	diversas	tecnologias	de	comunicação”.
Mediante	os	conceitos	da	EAD,	apresentados	pelos	autores,	destacamos	o	
Decreto	nº	5.622,	de	19	de	dezembro	de	2005,	o	qual	evidencia	a	EAD	como	uma	
modalidade	 educacional	 na	 qual	 a	 mediação	 didático-pedagógica,	
nos processos de ensino e aprendizagem, ocorre com a utilização dos 
meios de tecnologia de informação e de comunicação, com estudantes 
e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou em 
tempos	diversos	(BRASIL,	2005,	s.p.).
Vale	ressaltarmos	que	a	educação	a	distância	alavancou	o	ensino	no	Brasil,	
levando a possibilidade de ensino aos lugares mais distantes, contribuindo com 
a	 democratização	 da	 aprendizagem.	 No	 entanto,	 essa	 modalidade	 emergiu	
amparada	pelas	novas	Tecnologias	de	Informação	e	Comunicação	(TICs).
Belloni	 (2002),	 ao	 fazer	 reflexões	 acerca	 do	 conceito	 que	 abarca	 a	
modalidade, anuncia que
O conceito de distância está se transformando, como as relações 
de tempo e de espaço, em virtude das incríveis possibilidades de 
comunicação a distância que as tecnologias de telecomunicações 
oferecem.	 Também,	 o	 conceito	 de	 interatividade	 carrega	 em	
grande ambiguidade, oscilando entre um sentido mais precioso de 
virtualidade	 técnica	 e	 um	 sentido	 mais	 amplo	 de	 interação	 entre	
sujeitos,	com	mediatização	pelas	máquinas	(BELLONI,	2002,	p.	1).	
TÓPICO 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: CONCEITOS E HISTÓRIA
5
Mediante	 a	 definição,	 compreende-se	 que	 a	 EAD	 necessita	 promover	
o relacionamento entre as partes e o todo, ocasionando um entrelaçamento 
interdependente de pessoas e de atividades no ambiente, abarcando a efetivação 
da aprendizagem do estudante e a formação, ou seja, o desenvolvimento pleno 
das	competências	cognitivas	sociais	e	efetivas	(MARCHETI	et al.,	2005).
No	 que	 tange	 à	 organização	 da	 modalidade,	 Marcuzzo	 et al. (2015) 
destacam que, ao contrário do ensino presencial, na modalidade EAD, não há 
uma	organização	 e	uma	estruturação	definidas,	 existindo	 situações	 educativas	
que podem suprimir qualquer um dos elementos característicos do modelo 
presencial,	como	espaço,	tempo,	conteúdo,	presença	etc.	A	respeito	da	flexibilidade	
metodológica	 da	 EAD,	 Marcheti	 et al. (2005) ressaltam que esta permite, ao 
docente, uma revisão da estrutura do ensino a favor da aprendizagem, colocando 
os estudantes como corresponsáveis pela qualidade do processo educacional no 
qual	se	encontram	inseridos.	
Frente	aos	conceitos	apresentados,	você	deve	estar	pensando	que	a	EAD	
surgiu	com	a	internet.	Não,	ela	não	surgiu	com	a	internet.	A EAD surgiu muito 
antes da internet!!!
Apresentaremos para você, acadêmico conectado ao mundo das 
tecnologias,	a	evolução	da	EAD	e	as	características.	Vamos	lá?!
2.1 GERAÇÕES DA EAD
Moore	e	Kearsley	(2008)	descreveram,	no	livro	Educação a Distância: Uma Visão 
Integrada,	a	história	da	EAD,	sendo	dividida	em	cinco	gerações.	No	livro,	os	autores	
destacam	os	períodos	históricos	e	os	avanços	tecnológicos	de	cada	época,	apontando	
experiências	de	diferentes	países,	como	Estados	Unidos,	Grã-Bretanha	e	Inglaterra.	
No	entanto,	enfatizaremos	as	ações	e	os	programas	desenvolvidos	no	Brasil.	
A obra aborda de que modo os princípios de criação dos materiais de 
instrução são aplicados no contexto da Educação a Distância, além de apresentar 
capítulos do objetivo atual, o histórico, a teoria, a experiência internacional e alguns dos 
temas de políticas envolvidos na educação a distância. Você pode baixar o livro em PDF 
em https://www.academia.edu/5116276/Uma_Vis%C3%A3o_Integrada.
DICAS
https://www.academia.edu/5116276/Uma_Vis%C3%A3o_Integrada
UNIDADE 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS
6
Vamos	aprender	a	respeito	das	cinco	gerações	apresentadas	pelos	autores?	
2.1.1 1ª geração: ensino por correspondência
Segundo	Moore	e	Kearsley	(2008),	a	Primeira	Geração	ocorreu	no	período	
entre	 o	 início	 da	 década	 de	 1880	 e	 início	 da	 década	 de	 1920,	 considerada	 o	
primeiro	modelo	pedagógico	de	EAD,	centrado	em	uma	prática	individualizada,	
com	estudo	independente,	pautado	nas	comunicações	textual	e	impressa.
Como,	nessa	época,	o	correio	era	a	tecnologia	mais	avançada	como	meio	
de comunicação, os estudantes recebiam os materiais por correspondência, em 
formato	de	apostilas,	para	estudo	e	testes	de	avaliação.	Depois	de	preenchidos,	
deveriam ser, novamente, postados via correio, para a correção das atividades 
(MOORE;	KEARSLEY,	2008).
A atividade de ensino se caracterizava pela transmissão passiva de 
informações, sendo, o correio, a única ferramenta de comunicação entre os 
alunos	 e	 o	 professor.	 No	 entanto,	 mesmo	 com	 a	 comunicação	 limitada	 entre	
eles, considera-se que esse modelo permitiu o acesso para aqueles que queriam 
realizar	 os	 estudos,	 que	 estavam,	 geograficamente,	 afastados	 das	 instituições	
educacionais.	 Essa	 também	 foi	 uma	 oportunidade	 efetiva	 de	 acesso	 para	 a	
educação de mulheres, que tinham, somente, a opção de estudar em casa 
(MOORE;	KEARSLEY,	2008).
Vale,	 ainda,	destacarmos	que,	 em	1941,	 foi	 criado	o	 Instituto	Universal	
Brasileiro,	 instituição	 que	 ficou	 muito	 conhecida	 pela	 oferta	 de	 formação	
profissional	 via	 correspondência,	 nos	 níveis	 fundamental,	 médio	 e	 técnico	 de	
todo	o	país	(MOORE;	KEARSLEY,	2008).
Primeira Geração - Ensino por correspondência:
Primeiro modelo didático de EAD: cursos com uso de material impresso entregue aos 
alunos por meio do correio.
Atividade de ensino: baseada no princípio da autoinstrução e na transmissão passiva de 
conhecimentos e de informações.
1941: Criação do Instituto Universal Brasileiro – Oferecimento de formação profissional nos 
níveis fundamental e médio em todo o território nacional.
NOTA
TÓPICO 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: CONCEITOS E HISTÓRIA
7
Segunda Geração - Educação a Distância via rádio e TV: 
Introdução dos novos meios de comunicação de massa.
No Brasil- década de 20: uso de áudio (rádio) e anos 60 (televisão).
Uso da TV na educação - Anos 60 e 70: voltado para o treinamento dos professores e a 
oferta do ensino supletivo nos níveis primário e secundário, para aqueles que não puderam 
estudar no ensino regular.
NOTA
2.1.2 2ª geração: meios de comunicação de massa
Os	meios	de	comunicação	de	massa	marcam	o	surgimento	da	2ª	Geração.	
Essa	geração	teve	início,	no	Brasil,	ainda	na	década	de	20,	quando	se	começou	a	
fazer	uso	do	rádio	e	da	televisão	(MOORE;	KEARSLEY,	2008).
A	ampliação	de	recursos	modificou	o	modelo	pedagógico,	que	passava	a	
contar com uma maior variedade de tecnologias para a gravação e a transmissão de 
aulas.	Entretanto,	o	acesso	aos	materiais	e	o	meio	de	comunicação	entre	professores	
e	alunos	permaneciam	ocorrendo	via	correio	(MOORE;	KEARSLEY,	2008).
A	 partir	 dos	 anos	 1960	 e	 1970,	 a	 televisão	 passou	 a	 ser	 usada	 para	 a	
educação	 brasileira,	 através	 de	 diferentes	 iniciativas	 e	 projetos,	 tendo,	 como	
principais	finalidades,	o	treinamento	dos	professores	e	a	oferta	do	ensino	supletivo	
nos níveis primário e secundário, o que tornou possível associar o conceito de 
Educação	a	Distância	com	a	comunicação	de	massa	(MOORE;	KEARSLEY,	2008).
2.1.3 3ª geração: experiências em EAD
Moore	e	Kearsley	(2008)	ressaltam	que,	no	final	dos	anos	1960,	a	Terceira	
Geração	 foi	 reconhecida	pela	 reorganização	da	 educação	 sob	o	ponto	de	vista	
pedagógico	da	EAD,	o	que	gerou	uma	nova	modalidade.
A nova modalidade fazia uso associado e integrado das tecnologias 
disponíveis,	 elaborando	 “kits”	 de	materiais	 (recursos	 impressos,	 transmissões	
via	 rádio	e	TV	e	vídeos	pré-gravados,	 telefone	e	 conferências	por	 fone)	para	a	
realização de experiências práticas que foram muito utilizadas na capacitação 
e	 na	 formação	 profissional	 na	 área	 da	 EAD	 (MOORE;	 KEARSLEY,	 2008).	 No	
entanto, permanecia a relevância do material impresso como principal recurso 
de	 transmissão	de	 conteúdo,	 apesar	da	 existência	de	novas	 tecnologias.	Nesse	
período,	 também,	 surgiram	as	universidades	abertas,	 com	ensino	 totalmente	a	
distância	(MOORE;	KEARSLEY,	2008).
UNIDADE 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS
8
Terceira Geração: Final dos anos 60 - Caracterizada pelas experiências em EAD: 
Investimentos na capacitação profissional com a área da EAD.
Uso integrado das tecnologias disponíveis, elaboração dos “kits” com materiais para a 
realização de experiências práticas.
Ponto de vista pedagógico da EAD: Período de análise e reorganização das práticas educativas.
NOTA
2.1.4 4ª geração: teleconferência
Na	4ª	geração,	fez-se	o	uso	mais	efetivo	da	teleconferência	(conferência	a	
distância).	Essa	tecnologia	viabilizou	a	interação	em	tempo	real,	transformando	o	
processo de ensino e aprendizagem e as relações de comunicação entre professores 
e	alunos	(MOORE;	KEARSLEY,	2008).
No	 início	da	década	de	1970,	 foi	criado,	no	Brasil,	 como	uma	 iniciativa	
do	 Ministério	 da	 Educação	 (MEC),	 do	 Centro	 Nacional	 de	 Pesquisas	 e	
Desenvolvimento	 Tecnológico	 (CNPq)	 e	 do	 Instituto	 Nacional	 de	 Pesquisas	
Espaciais	(Inpe),	o	projeto	Satélite	Avançado	de	Comunicações	Interdisciplinares	
(SACI), com o objetivo de estabelecer um sistema nacional de teleducação, via 
satélite.	O	projeto	se	destinava	para	o	oferecimento	de	programas	educacionais	
para	o	atendimento	das	quatro	séries	do	primeiro	grau,	através	de	um	sistema	
integrado	 de	 TV,	 rádio	 e	material	 impresso.	 Eram	disponibilizadas	 aulas	 pré-
gravadas	 via	 satélite,	 usando	 linguagem	 de	 telenovela	 e	 suporte	 de	 material	
impresso	para	os	alunos.	O	projeto	SACI	também	foi	utilizado	para	o	treinamento	
de	professores	em	regiões	remotas	do	país	(MOORE;	KEARSLEY,	2008).
Nos	 anos	 1970,	 foram	 institucionalizados,	 no	 Brasil,	 os	 Centros	 de	
Ensino Supletivo (CES) nos sistemas estaduais de ensino, para a oferta da 
educação	a	distância	e	a	 concretização	da	educação	básica.	Entretanto,	os	CES	
ficaram	 conhecidos	 como	 uma	 modalidade	 educativa	 inferior,	 na	 tentativa	
de	 suprir	 a	 necessidade	 de	 acesso	 à	 educação	 para	 os	 menos	 favorecidos.	 O	
modelo	pedagógico	era	baseado	em	atividades	de	instrução	programada	e	uso	
de	materiais	de	apoio,	como	livros-texto	e	exercícios	organizados	por	módulos.	
As críticas ocorriam pelo fato de o modelo da EAD estar em sentido contrário à 
promoção	de	uma	educação	democrática	(MOORE;	KEARSLEY,	2008).
TÓPICO 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: CONCEITOS E HISTÓRIA
9
Quarta Geração - Uso da teleconferência (conferência a distância): 
Oferta de educação primária escolar para todo o país via satélite.
Uso de sistema via satélite integrado com outros meios de comunicação, como TV, rádio e 
material impresso, para atendimento das quatro séries do primeiro grau e treinamento de 
professores em regiões remotas do Brasil
Sistemas Telecurso - Fundação Roberto Marinho. 
Anos 1970, Brasil, Projeto SACI, Satélite Avançado de Comunicações Interdisciplinares, 
sistemas estaduais de ensino e criação de uma alternativa de concretização da educação 
básica através dos Centros de Ensino Supletivo (CES).
Quinta Geração - Uso da internet e das redes de computadores: 
Uso da internet e das redes de computadores.
Aumento expressivo de programas de EAD.
Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) e webconferência.
NOTA
NOTA
2.1.5 5ª geração: computador e internet
Esta	geração	é	marcada	pelas	aulas	virtuais	baseadas	no	computador	e	na	
internet.	Com	o	surgimento	da	internet,	obtemos	uma	nova	evolução	na	forma	
de	educação,	pois	é	possível	conectar	grupos	de	estudos	pelo	mundo	todo.	Como	
as tecnologias das gerações anteriores, a tecnologia da internet estimulava novas 
ideias	de	como	organizar	o	ensino	a	distância	(MOORE;	KEARSLE,	2008).
Os autores descreveram, no livro publicado por eles, o que se vivia na 
5ª geração, no entanto, podemos considerar que vivemos essa geração de forma 
evoluída,	com	tecnologias	que	ultrapassam	as	distâncias	geográficas,	garantindo	
o acesso às formas de comunicação, caracterizadas pelo uso das redes de 
computadores	 e	 da	 internet	 e	 através	 de	 ambientes	 virtuais	 de	 aprendizagem	
(MOORE;	KEARSLE,	2008).
Vale	destacarmos	que,	nesta	geração,	houve	um	aumento	expressivo	da	
oferta	de	cursos	e	de	programas	de	EAD	desenvolvidos	por	diversas	instituições.
A	seguir,	sintetizaremos	as	gerações	abordadas	por	Moore	e	Kearsle	(2008).
UNIDADE 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS
10
QUADRO 1 – GERAÇÕES ABORDADAS POR MOORE E KEARSLE (2008)
FONTE: A autora
1ª Geração 2ª Geração 3ª Geração 4ª Geração 5ª Geração
CORREIO RÁDIO	E	TV
USO	INTEGRADO	
DAS	TECNOLOGIAS	
DISPONÍVEIS
TELECONFERÊNCIA INTERNET	E	COMPUTADORES
Após	 compreendermos	 os	 conceitos	 de	 EAD	 e	 as	 gerações	 que	 as	
constituíram	 ao	 longo	 da	 história,	 vamos	 aprofundar	 o	 nosso	 conhecimento	
acerca	do	contexto	histórico?
3 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL
Alves (2011) ressalta que algumas experiências na Educação a Distância, 
no	 Brasil,	 ficaram	 sem	 registro,	 visto	 que	 os	 primeiros	 dados	 conhecidos	 são	
do	século	XX.	Assim,	a	seguir,	 serão	apresentados	alguns	acontecimentos	que,	
segundo	a	autora,	marcaram	a	história	da	Educação	a	Distância	no	nosso	país.
QUADRO 2 – ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS DA EAD
ANO ACONTECIMENTO HISTÓRICO EAD
1904 O	Jornal	do	Brasil	registrou,	na	primeira	edição	da	seção	de	classificados,	um	anúncio	que	oferecia	profissionalização	por	correspondência	para	datilógrafo.
1923
Um	grupo	liderado	por	Henrique	Morize	e	Edgard	Roquette-Pinto	criou	a	
Rádio	Sociedade	do	Rio	de	Janeiro,	que	oferecia	curso	de	Português,	Francês,	
Silvicultura,	Literatura	Francesa,	Esperanto,	Radiotelegrafia	e	Telefonia.	Tinha	
início,	assim,	a	Educação	a	Distância	pelo	rádio	brasileiro.
1934
Edgard	Roquette-Pinto	instalou	a	Rádio-Escola	Municipal	no	Rio,	projeto	para	
a	então	Secretaria	Municipal	de	Educação	do	Distrito	Federal.	Os	estudantes	
tinham	acesso	prévio	a	folhetos	e	aesquemas	de	aulas,	e	era	utilizada	
correspondência	para	contato	com	estudantes.
1939
Surgiu,	em	São	Paulo,	o	Instituto	Monitor,	o	primeiro	instituto	brasileiro	
a	oferecer,	sistematicamente,	cursos	profissionalizantes	a	distância	por	
correspondência,	na	época,	ainda,	com	o	nome	de	Instituto	Rádio	Técnico	
Monitor.
1947
Surgiu	a	nova	Universidade	do	Ar,	patrocinada	pelo	Serviço	Nacional	de	
Aprendizagem	Comercial	(SENAC),	Serviço	Social	do	Comércio	(SESC)	
e	emissoras	associadas.	O	objetivo	desta	era	oferecer	cursos	comerciais	
radiofônicos.	Os	alunos	estudavam	nas	apostilas	e	corrigiam	exercícios	com	o	
auxílio	dos	monitores.	A	experiência	durou	até	1961,	entretanto,	a	experiência	
do	SENAC	com	a	Educação	a	Distância	continua	até	hoje.
1967
O	Instituto	Brasileiro	de	Administração	Municipal	iniciou	as	atividades	na	área	
da	educação	pública,	utilizando	a	metodologia	de	ensino	por	correspondência.	
Ainda,	 neste	 ano,	 a	 Fundação	 Padre	 Landell	 de	 Moura	 criou	 o	 núcleo	 de	
Educação a Distância, com metodologia de ensino por correspondência e via 
rádio.
TÓPICO 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: CONCEITOS E HISTÓRIA
11
ANO ACONTECIMENTO HISTÓRICO EAD
1996
Foi	 criada	 a	 Secretaria	 de	 Educação	 a	 Distância	 (SEED),	 pelo	 Ministério	 da	
Educação, dentro de uma política que privilegiava a democratização e a 
qualidade	da	educação	brasileira.	Neste	ano,	também,	a	Educação	a	Distância	
surgiu,	oficialmente,	no	Brasil,	sendo,	as	bases	legais	para	essa	modalidade	de	
educação,	 estabelecidas	pela	Lei	de	Diretrizes	 e	Bases	da	Educação	Nacional	
n°	9.394,	de	20	de	dezembro	de	1996,	embora	somente	 regulamentada	em	20	
de	dezembro	de	2005,	pelo	Decreto	n°	5.622	 (BRASIL,	 2005),	que	 revogou	os	
Decretos	 n°	 2.494,	 de	 10/02/98,	 e	 n°	 2.561,	 de	 27/04/98,	 com	 a	 normatização	
definida	na	Portaria	Ministerial	n°	4.361,	de	2004.
2000
Foi	formada	a	UniRede,	Rede	de	Educação	Superior	a	Distância,	consórcio	
que	reúne,	atualmente,	70	instituições	públicas	do	Brasil	comprometidas	
com a democratização do acesso à educação de qualidade, por meio da 
Educação	a	Distância,	oferecendo	cursos	de	graduação,	pós-graduação	e	
extensão.	Neste	ano,	também,	nasceu	o	Centro	de	Educação	a	Distância	do	
Estado	do	Rio	de	Janeiro	(CEDERJ),	com	a	assinatura	de	um	documento	
que	inaugurava	a	parceria	entre	o	governo	do	Estado	do	Rio	de	Janeiro,	
por	intermédio	da	Secretaria	de	Ciência	e	Tecnologia,	as	universidades	
públicas	e	as	prefeituras	do	Rio.
2004
Foram	 instaurados	 vários	 programas	 para	 as	 formações	 inicial	 e	 continuada	
de	professores	da	 rede	pública,	 por	meio	da	EAD,	pelo	MEC.	Dentre	 eles,	 o	
Proletramento	e	o	Mídias	na	Educação.	Essas	ações	conflagraram	na	criação	do	
Sistema	Universidade	Aberta	do	Brasil.
1970
Surgiu	 o	 Projeto	 Minerva,	 um	 convênio	 entre	 o	 Ministério	 da	 Educação,	 a	
Fundação	Padre	Landell	de	Moura	e	a	Fundação	Padre	Anchieta,	cuja	meta	era	
a	utilização	do	rádio	para	a	educação	e	a	inclusão	social	de	adultos.	O	projeto	foi	
mantido	até	o	início	da	década	de	1980.
1974
Surgiu	o	Instituto	Padre	Reus	e,	na	TV	Ceará,	começaram	os	cursos	das	antigas	5ª	
a	8ª	séries	(atuais	6º	ao	9º	ano	do	Ensino	Fundamental),	com	material	televisivo,	
impresso	e	monitores.
1976 Foi	criado	o	Sistema	Nacional	de	Teleducação,	com	cursos	através	do	material	instrucional.
1979
A Universidade de Brasília, pioneira no uso da Educação a Distância, no Ensino 
Superior	do	Brasil,	criou	cursos	veiculados	por	jornais	e	revistas.	Em	1989,	foi	
transformada no Centro de Educação Aberta, Continuada, a Distância (CEAD) 
e	lançado	o	Brasil	EAD.
1983 O	 SENAC	 desenvolveu	 uma	 série	 de	 programas	 radiofônicos	 de	 orientação	profissional	na	área	de	comércio	e	serviços,	denominada	de	“Abrindo	Caminhos”.
1991
O	programa	“Jornal	da	Educação	–	Edição	do	Professor”,	concebido	e	produzido	
pela	 Fundação	 Roquete-Pinto,	 teve	 início	 em	 1995,	 com	 o	 nome	 “Um	 Salto	
para	 o	 Futuro”,	 incorporado	 à	 TV	 Escola	 (canal	 educativo	 da	 Secretaria	 de	
Educação	a	Distância	do	Ministério	da	Educação),	 tornando-se	um	marco	na	
Educação	a	Distância	nacional.	Foi	um	programa	para	a	formação	continuada	
e	o	aperfeiçoamento	de	professores,	principalmente,	do	Ensino	Fundamental,	e	
de	alunos	dos	cursos	de	magistério.	Atingiu,	por	ano,	mais	de	250	mil	docentes	
em	todo	o	país.
1992 Foi	criada	a	Universidade	Aberta	de	Brasília,	acontecimento	muito	importante	na	Educação	a	Distância	do	nosso	país.
1995
Foi	 criado	 o	Centro	Nacional	 de	 Educação	 a	Distância,	 e,	 neste	mesmo	 ano,	
também,	pela	Secretaria	Municipal	de	Educação,	a	MultiRio	(RJ),	que	ministrava	
cursos	do	6º	ao	9º	ano,	através	de	programas	televisivos	e	de	material	impresso.	
Ainda,	em	1995,	foi	criado	o	Programa	TV	Escola,	da	Secretaria	de	Educação	a	
Distância	do	MEC.
UNIDADE 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS
12
ANO ACONTECIMENTO HISTÓRICO EAD
2005
Foi	criada	a	Universidade	Aberta	do	Brasil,	uma	parceria	entre	MEC,	Estados	e	
municípios, integrando cursos, pesquisas e programas de educação superior a 
distância.
2006
Entrou,	em	vigor,	o	Decreto	n°	5.773,	de	9	de	maio	de	2006,	que	dispõe	sobre	
o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de 
educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema 
federal	de	ensino,	incluindo	os	da	modalidade	a	distância	(BRASIL,	2006).
2009
Entrou,	em	vigor,	a	Portaria	nº	10,	de	2	 julho	de	2009,	que	fixa	critérios	para	
a dispensa de avaliação in loco e deu outras providências para a Educação a 
Distância	no	Ensino	Superior	no	Brasil	(BRASIL,	2009).
2011
A	 Secretaria	 de	 Educação	 a	 Distância	 foi	 extinta.	 Torna-se	 importante	 citar	
que,	entre	as	décadas	de	1970	e	1980,	 fundações	privadas	e	organizações	não	
governamentais iniciaram a oferta de cursos supletivos a distância, no modelo 
de	 teleducação,	com	aulas	via	satélite,	 complementadas	por	kits	de	materiais	
impressos, demarcando a chegada da segunda geração de Educação a Distância 
no	país.	Somente	na	década	de	1990,	a	maior	parte	das	instituições	de	Ensino	
Superior brasileiras se mobilizou para a Educação a Distância com o uso de novas 
tecnologias	de	informação	e	comunicação.	Um	estudo	realizado	por	Schmitt	et 
al. (2008)	mostrou	que,	no	cenário	brasileiro,	quanto	mais	transparentes	forem	
as informações da organização e do funcionamento de cursos e programas a 
distância, e quanto mais conscientes estiveram os estudantes dos direitos, 
deveres e atitudes de estudo, maior a credibilidade das instituições e mais bem-
sucedidas	as	experiências	na	modalidade	a	distância.	O	Ministério	da	Educação,	
por meio da Secretaria de Educação a Distância (SEED), agia como um agente 
de	inovação	tecnológica	nos	processos	de	ensino	e	aprendizagem,	fomentando	
a	 incorporação	 das	 tecnologias	 de	 informação	 e	 comunicação	 e	 das	 técnicas	
de	 Educação	 a	 Distância	 aos	 métodos	 didático-pedagógicos.	 Além	 disso,	
promovia a pesquisa e o desenvolvimento, voltados para a introdução de novos 
conceitos	e	práticas	nas	escolas	públicas	brasileiras	(PORTAL	MINISTÉRIO	DA	
EDUCAÇÃO,	2010).	Devido	à	extinção	dessa	secretaria,	os	programas	e	ações	
foram	vinculados	a	novas	administrações.
FONTE: Alves (2011)
Após	fazer	a	leitura	do	exposto,	você	deve	estar	se	perguntando:	Qual	a	
importância	de	conhecer	a	história	da	EAD	no	Brasil?
As experiências brasileiras, nessa modalidade de ensino, sejam 
governamentais ou privadas, foram muitas, e representaram, nas últimas 
décadas,	a	mobilização	de	grandes	contingentes	de	recursos.	No	entanto,	embora	
avanços importantes tenham acontecido nos últimos anos, ainda, há um caminho 
a percorrer, para que a Educação a Distância possa ocupar um espaço de destaque 
no	meio	educacional.	No	entanto,	podemos	perceber	que,	no	nosso	cotidiano,	a	
educação está em processo de transformação, de maneira a ensinar e a aprender, 
ampliando os sentidos e favorecendo a criação de novas formas de compreender 
e	de	 lidar	 com	a	 construçãodo	 conhecimento.	Ao	 conhecermos	 essa	 trajetória	
histórica	e	a	importância	dela	para	a	democratização	do	ensino,	podemos	fazer	
reflexões	e	pensarmos	em	novas	formas	de	mediar	o	conhecimento	com	os	nossos	
alunos	na	sociedade	da	informação.
13
Neste tópico, você aprendeu que:
•	 “A EAD	 é	 uma	 modalidade	 educacional	 na	 qual	 a	 mediação	 didático-
pedagógica,	nos	processos	de	ensino	e	aprendizagem,	ocorre	com	a	utilização	
dos meios de tecnologia de informação e comunicação, com estudantes e 
professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou em tempos 
diversos”	(BRASIL,	2005,	s.p.).
•	 Segundo	Moore	e	Kearsley	(2008),	a	primeira geração da EAD ocorreu por meio 
da	correspondência.	Os	cursos	faziam	uso	de	material	impresso	entregue	aos	
alunos	por	meio	do	correio.	A	atividade	de	ensino	era baseada no princípio da 
autoinstrução	e	pela	transmissão	passiva	de	conhecimentos	e	de	informações.
• A segunda geração	 foi	 marcada	 pela	 educação	 a	 distância	 via	 rádio	 e	 TV,	
devido	à	introdução	dos	novos	meios	de	comunicação	de	massa.
• A terceira geração foi caracterizada pelas experiências em EAD, sendo feito 
o	uso	 integrado	das	 tecnologias	disponíveis	e	da	elaboração	dos	“kits”	 com	
materiais	para	a	realização	de	experiências	práticas.
• A quarta geração foi tida pelo uso da teleconferência (conferência a distância), 
por	áudio	e	vídeo,	proporcionando	a	primeira	interação.
• A quinta geração se fez presente pelo uso da internet e das redes de 
computadores.	Houve	um	aumento	expressivo	de	programas	de	EAD,	além	da	
utilização	de	Ambientes	Virtuais	de	Aprendizagem	(AVA)	e	da	webconferência.
•	 As	 experiências	 brasileiras	 na	 EAD,	 nas	 últimas	 décadas,	 foram	 muitas,	 e	
mobilizaram	grandes	contingentes	de	recursos.	No	entanto,	embora	avanços	
importantes tenham acontecido nos últimos anos, ainda, há um caminho 
a percorrer, para que a Educação a Distância possa ocupar um espaço de 
destaque	no	meio	educacional	brasileiro.
• Os diferentes recursos e mídias, que começaram a ser incorporados ao longo dos 
anos, potencializaram o processo de ensino e aprendizagem nessa modalidade 
de	ensino.
RESUMO DO TÓPICO 1
14
1 O desenvolvimento da Educação a Distância – EAD – ocorreu com 
o avanço das tecnologias, proporcionando o aparecimento de novos 
recursos. Essa evolução tecnológica pode ser melhor entendida em fases 
cronológicas. Com relação às gerações e às tecnologias utilizadas, associe 
os itens, utilizando o código a seguir:
I-	 Primeira	geração.
II-	 Segunda	geração.
III-	Terceira	geração.
IV-	Quarta	geração.
V-	 Quinta	geração.
(			)	Surgiram	o	rádio	e	a	TV.	A	apresentação	das	informações	era	por	meio	de	
programas	teletransmitidos.
(			)	As	aulas	virtuais	já	estavam	presentes	no	ensino.	Os	alunos	construíam	o	
conhecimento	utilizando	o	computador	e	a	internet.
(			)	Surgiram	as	universidades	abertas.	O	objetivo	era	oferecer	um	ensino	de	
qualidade,	mas	com	um	custo	baixo.
( ) As teleconferências eram realizadas por áudio e vídeo, favorecendo a 
interação,	em	tempo	real,	do	aluno	com	o	instrutor	a	distância.
(			)	Ocorreu	o	desenvolvimento	da	imprensa	e	dos	correios.	O	objetivo	dessa	
educação	era	possibilitar	que	os	alunos	estudassem	em	casa	ou	no	trabalho.	
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a)	(			)	I	–	III	–	IV	–	II	–	V.
b)	(			)	V	–	III	–	II	–	IV	–	I.
c)	(			)	I	–	V	–	III	–	IV	–	II.
d)	(			)	II	–	V	–	III	–	IV	–	I.
2 Os cursos que oferecem a Educação a Distância não podem, apenas, 
promover a democratização do acesso à escola, mas adotar novos 
paradigmas educacionais para a formação de um sujeito criativo e 
autônomo. Acerca do exposto, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Os cursos oferecidos por meio da Educação a Distância devem oferecer, 
aos	estudantes,	a	construção	do	conhecimento.
b)	(			)	Aos	professores,	não	é	necessário	que	dominem	as	tecnologias,	apenas	
que consigam orientar os alunos a desenvolverem competências e 
habilidades.
c) ( ) Para atingir a qualidade na Educação a Distância, basta haver o 
comprometimento	dos	alunos	no	processo	de	ensino	e	aprendizagem.
d)	(			)	Nos	 cursos	 de	 Educação	 a	 Distância,	 o	 trabalho	 e	 a	 mediação	 do	
professor podem ser descartados, pois os alunos conseguem os 
objetivos	sozinhos.
AUTOATIVIDADE
15
3	 O	 Ensino	 a	 Distância	 trouxe	 grandes	 mudanças,	 flexibilizando	 a	
comunicação entre os alunos e a instituição de ensino. Com a evolução 
dos meios de comunicação, passou por várias fases ou gerações, podendo 
ser divididas, de acordo com cada momento em que elas ocorreram. 
Diante disso, descreva as características de cada uma das gerações que 
fizeram	e	fazem	parte	da	história	da	Educação	a	Distância.
4 A EAD é uma modalidade educacional na qual a mediação didático-
pedagógica, nos processos de ensino e aprendizagem, ocorre com a 
utilização dos meios de tecnologia de informação e comunicação, com 
estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares 
ou	em	tempos	diversos.	Sobre	o	exposto,	descreva	qual	a	importância	de	
conhecer a história da EAD no Brasil.
5 A EAD, como modalidade de ensino, caracteriza-se pelo contexto em que 
professor e aluno encontram-se separados espacial ou temporalmente e 
são mediados pelas tecnologias de informação. A referida modalidade 
está em consonância com as transformações que vêm ocorrendo no 
decorrer desta última década, em virtude do surgimento de novas 
tecnologias.	Nesse	contexto,	a	educação	a	distância	viabilizou	a	interação	
direta entre professor e aluno, aluno e aluno, aluno e tutor por meio 
da comunicação síncrona e assíncrona. Mediante essa modalidade de 
ensino, o aluno tornou-se responsável pelo seu próprio desenvolvimento, 
sendo	 ele	 o	 sujeito	 principal	 de	 sua	 aprendizagem.	 Com	 base	 no	
exposto,	 classifique	V	para	as	 sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	 falsas: 
( ) Os cursos oferecidos por meio da educação a distância devem ofertar 
aos estudantes a construção do conhecimento, formando um sujeito 
autônomo,	criativo	e	crítico.
(			)	 Aos	 docentes	 que	 atuam	 na	 EAD	 não	 é	 necessário	 o	 domínio	 das	
tecnologias.	 Torna-se	 somente	 necessário	 que	 consigam	 orientar	 seus	
alunos	a	desenvolver	competências	e	habilidades.
( ) A qualidade na educação a distância requer somente o comprometimento 
dos	alunos	com	o	processo	de	ensino	e	aprendizagem.
(			)	 Nos	 cursos	 de	 educação	 a	 distância,	 o	 trabalho	 e	 a	mediação	 docente	
podem ser descartados, pois os alunos conseguem alcançar os objetivos 
sozinhos.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
(			)	V	–	F	–	F	-	F.
(			)	V	–	F	–	V	-	F.
(			)	F	–	V	–	V	–	F.
(			)	V	–	V	–	F	-	V.
16
TÓPICO 2 — 
UNIDADE 1
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA 
COMUNICAÇÃO NA EAD
1 INTRODUÇÃO
Aprendemos,	no	Tópico	1,	que	a	evolução	da	EAD	ocorreu	a	partir	do	uso	de	
diferentes recursos e mídias que começaram a ser incorporados, ao longo dos anos, 
para	potencializar	o	processo	de	ensino	e	aprendizagem	na	modalidade	de	ensino.
Mediante	a	incorporação	de	diferentes	recursos	e	de	mídias	na	educação,	
Moran	(2004)	 ressalta	que	existe	um	“antes	e	depois”,	a	partir	da	 inserção	das	
tecnologias.	O	autor	destaca	que,	anteriormente,	a	preocupação	do	professor	se	
restringia	ao	contexto	da	sala	de	aula.	No	entanto,	atualmente,	existem	ambientes	
virtuais,	 os	 quais	 necessitam	 ser	 acompanhados.	 Para	 tanto,	 torna-se	 essencial	
que o professor aprenda a gerenciar as atividades, adequando-as à carga horária 
e	as	flexibilizando	ao	tempo	de	aprendizagem.
Assim,	neste	tópico,	apreenderemos	quais	são	as	tecnologias	a	favor	da	
educação,	 abordando	 algumas	 ferramentas	 tecnológicas	 que	 são	 utilizadas	 na	
Educação	a	Distância.	Vamos	lá?!	
2 TECNOLOGIAS E A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Antes	de	aprendermos	a	 respeito	das	 ferramentas	 tecnológicas	que	são	
utilizadas na EAD, vale destacarmos que a difusão das Tecnologias da Informação 
e Comunicação (TICs) foi a responsável pela criação de experiênciasa partir das 
quais as informações foram sendo criadas, distribuídas, usadas e manipuladas, 
de	acordo	com	a	evolução	tecnológica.
Afinal,	o	que	são	as	Tecnologias	da	Informação	e	Comunicação	(TICs)?
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) são constituídas pelo 
conjunto	de	recursos	tecnológicos	utilizados,	de	maneira	integrada,	nos	processos	
informacionais	 e	 comunicativos.	 Na	 educação,	 são	 consideradas,	 também,	
como recursos didáticos que podem oportunizar novas trocas, possibilidades 
de	 interação	 do	 aluno	 com	 o	 professor	 e	 com	 a	 realidade	 social	 através	 das	
ferramentas	(MATTAR,	2012).
Mediante	as	TICs,	emerge	uma	nova	forma	de	interação.	Você	deve	estar	
se	perguntando:	O	que	é	interação?
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA EAD
17
No	que	se	refere	à	 interação,	podemos	destacar	que,	com	o	surgimento	
das	 tecnologias,	 a	 comunicação	pode	 ser	 realizada	de	várias	maneiras.	Assim,	
no contexto das tecnologias da informação, a interação entre professor e aluno se 
modifica.
Interação	é	a	troca	entre	indivíduos	e	grupos	que	se	influenciam.	Assim,	a	
interação	se	associa	a	pessoas,	e,	a	interatividade,	às	tecnologias	(MATTAR,	2012).
INTERAÇÃO	
ALUNO-CONTEÚDO
INTERAÇÃO	
ALUNO-INSTRUTOR
INTERAÇÃO
ALUNO-ALUNO
Assim, quando falamos da interação na educação, podemos destacar três tipos:
Interação aluno-conteúdo:	 com	 o	 uso	 da	 internet,	 é	 possível	 utilizar	
conteúdos e objetos de aprendizagem, como som, texto, imagens, vídeos 
e	 realidade	 virtual.	 O	 aluno	 pode	 navegar,	 explorar,	 selecionar,	 controlar,	
responder,	construindo,	assim,	o	próprio	conhecimento.
Interação aluno-instrutor:	essa	interação	é	muito	importante	e	essencial	
para	o	aluno.	Após	o	conteúdo	inserido,	o	 instrutor	auxilia	o	aluno	a	 interagir	
com	ele.	O	instrutor	fica	responsável	pelas	avaliações,	garantindo	a	evolução	do	
aluno.	Além	disso,	os	instrutores	proporcionam	apoio	e	incentivo	a	cada	aluno.
Interação aluno-aluno:	como	o	próprio	nome	diz,	é	a	interação	de	alunos	
com	outros	alunos,	a	qual	podemos	chamar	de	grupo	virtual.
Mediante	esses	 tipos	de	 interação,	podemos	ressaltar	que	as	atividades	
dessas interações podem ser realizadas por meio de mediações SÍNCRONAS e 
ASSÍNCRONAS,	mas	o	que	são?
3 MEDIAÇÕES SÍNCRONAS E MEDIAÇÕES ASSÍNCRONAS
Mediação	síncrona é	aquela	em	que	o	professor	e	o	aluno	devem	estar	
utilizando o meio no mesmo instante, ou seja, utilizando uma ferramenta em 
tempo	real.	Exemplo:	chat,	audioconferência,	videoconferência,	groupware.
18
UNIDADE 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS
FIGURA 2 – MEDIAÇÃO SÍNCRONA
FONTE: <https://bit.ly/3rwzjpc>. Acesso em: 5 jul. 2021.
Mediação	assíncrona	acontece	quando	o	professor	envia	uma	mensagem	
ao	aluno,	que	pode	 lê-la	ou	 respondê-la	 em	outro	momento.	Exemplo:	 fórum,	
e-mail,	blogs.
FIGURA 3 – MEDIAÇÃO ASSÍNCRONA
FONTE: <https://bit.ly/3iExjak>. Acesso em: 5 jul. 2021.
Agora	 que	 aprendemos	 o	 que	 significam	 as	 mediações	 síncrona	 e	
assíncrona,	 vamos	 conhecer	 as	 ferramentas	 tecnológicas	 que	 são	 utilizadas	 na	
Educação	a	Distância.	Vamos	lá?!
E-MAIL OU CORREIO ELETRÔNICO
O	e-mail	é	um	dos	serviços	mais	utilizados	na	internet.	O	e-mail	(eletronic 
mail)	 é	 um	 recurso	 que	 permite	 a	 troca	 de	 mensagens	 por	 meio	 de	 textos,	
figuras	e	outros	arquivos	via	internet.	O	correio	eletrônico	funciona	por	meio	da	
comunicação assíncrona, ou seja, o remetente e o destinatário da mensagem não 
precisam	 estar	 conectados	 simultaneamente.	As	mensagens	 ficam	 registradas,	
podendo	 ser	 lidas	 e	 respondidas,	 de	 acordo	 com	 a	disponibilidade	de	 acesso.	
Pode-se dizer que o correio on-line revolucionou esse tipo de comunicação, 
aproximando	pessoas	remotamente	distantes.
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA EAD
19
FIGURA 4 – E-MAIL
FONTE: <https://bit.ly/3eL6X54>. Acesso em: 24 abr. 2021.
VIDEOAULAS
As	 aulas	 são	 gravadas	 em	 vídeo	 e,	 posteriormente,	 transmitidas	 on-line.	
As	 gravações,	 quando	 disponibilizadas,	 podem	 ser	 acessadas	 pelos	 alunos.	 Vale	
destacar que há diferentes formatos de videoaulas: gravação do professor; entrevista; 
mesa	redonda;	utilização	de	recursos	gráficos	com	imagens,	sons	e	interatividade.	A	
utilização das videoaulas busca possibilitar um conteúdo mais atrativo, contribuindo 
para	a	aprendizagem	do	aluno,	através	dos	recursos	audiovisuais.
FIGURA 5 – VIDEOAULAS
FONTE: <https://bit.ly/2TsgDtV>. Acesso em: 24 abr. 2021.
PODCASTS
Os podcasts são conteúdos de mídia, em formato de áudio, que apresentam 
características	de	programas	de	rádio.	No	mesmo	formato	das	videoaulas,	podem	
ser	criados	em	diferentes	formatos,	desde	uma	fala,	entrevista,	ou,	até	mesmo,	
no	 formato	 de	 radionovela	 (com	 enredo,	 história	 e	 uso	 de	 efeitos	 sonoros).	A	
vantagem	é	que,	normalmente,	geram	arquivos	menos	robustos	em	comparação	
às	videoaulas,	sendo	mais	fácil	de	serem	baixados	e	ouvidos.
20
UNIDADE 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS
FIGURA 6 – PODCASTS
FONTE: <https://bit.ly/3kMDlYT>. Acesso em: 24 abr. 2021.
WEBCONFERÊNCIA
A	webconferência	permite	a	transmissão	simultânea	de	imagens	e	de	sons	
através	de	dispositivos	de	comunicação	(câmera,	fones	e	microfones).	A	utilização	
viabiliza uma comunicação bidirecional entre professores, tutores e alunos, 
possibilitando	a	interação	em	tempo	real.	Dependendo	da	ferramenta	utilizada,	
podem ser utilizados recursos para o uso simultâneo de uma sala de bate-papo, 
compartilhamento	de	telas,	imagens	e	arquivos	e	anotações.	Oportuniza,	assim,	
a	realização	de	uma	aula	ou,	mesmo,	de	uma	reunião	on-line,	gravada	ou	não.
FIGURA 7 – WEBCONFERÊNCIA
FONTE: <https://bit.ly/3BxJGxB>. Acesso em: 24 abr. 2021.
FÓRUNS	E	CHATS
Os	 fóruns	e	os	 chats	 são	 ferramentas	de	 comunicação,	 sendo,	o	 fórum,	
utilizado	de	modo	assíncrono,	e,	o	chat,	dos	modos	síncrono	e	simultâneo.	Essas	
ferramentas	 tecnológicas	 permitem,	 principalmente,	 pelo	 recurso	 da	 escrita,	
o debate, a interação de professores, tutores e alunos e o compartilhamento de 
ideias,	 dúvidas,	 atividades	 etc.	 Em	 ambos	 os	 casos,	 as	 conversas	 e	 as	 demais	
escritas,	normalmente,	ficam	armazenadas	e	disponíveis	para	acesso	posterior.	
São recursos que podem contribuir para uma aprendizagem mais colaborativa, 
voltada	para	a	construção	do	conhecimento.
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA EAD
21
FIGURA 8 – FÓRUM
FONTE: <https://bit.ly/3rwzjpc>. Acesso em: 24 abr. 2021.
BIBLIOTECAS	VIRTUAIS
As bibliotecas virtuais são formadas por acervos virtuais, assim, torna-
se	possível	visualizar	e/ou	baixar	materiais	de	estudo	e	de	consulta	em	formato	
digital,	 como	 livros,	 revistas,	 artigos,	 e	 outros	 formatos.	O	uso	visa	garantir	 o	
acesso	a	uma	maior	variedade	de	fontes	de	informação	e	de	pesquisa.
Acadêmico,	você	sabia	que	a	UNIASSELVI	possui	uma	biblioteca	virtual	
para	você	realizar	pesquisas? Entre	na	biblioteca	e	pesquise!
FIGURA 9 – BIBLIOTECA VIRTUAL
FONTE: <https://portal.uniasselvi.com.br/graduacao/alunos/bibliotecas/biblioteca-virtual>.
Acesso em: 24 abr. 2021.
https://portal.uniasselvi.com.br/graduacao/alunos/bibliotecas/biblioteca-virtual
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UNIDADE 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS
SITES E BLOGS
São	 páginas	 de	 acesso	 via	 internet.	 Os	 sites	 divulgam	 informações	
e	 conteúdos	 on-line	 com	 os	 mais	 variados	 e	 diferentes	 assuntos.	 Os	 blogs,	
normalmente, têm um formato mais simples, o que permite a criação e a edição, 
sem	haver	a	necessidade	de	conhecimentos	de	programação.	Esses	últimos	foram,	
inicialmente,	 usados	 como	 diários	 eletrônicos,	mas,	 atualmente,	 são,	 também,	
usados	 para	 fins	 pedagógicos,	 como	 material	 complementar	 às	 aulas,	 com	 a	
possibilidade	de	inserção	de	comentários	em	cada	publicação.
FIGURA 10 – SITE
FONTE: <https://bit.ly/3xYvMlD>. Acesso em: 24 abr. 2021.
OBJETOS DE APRENDIZAGEM
Os objetos de aprendizagem consistem nacriação de objetos, com 
finalidade	 educacional,	para	 reutilização	 em	múltiplos	 contextos,	 sendo,	 estes,	
definidos	como	qualquer	entidade,	digital	ou	não	digital,	que	possa	ser	utilizada,	
reutilizada	 ou	 referenciada	 durante	 a	 aprendizagem	 com	 suporte	 tecnológico	
(MUNHOZ,	2012).
Podemos	definir	os	objetos	de	aprendizagem	como	um	material	ou	recurso	
digital (que pode ser formado por textos, animações, vídeos, imagens, aplicações, 
páginas	da	web	etc.)	que	tem	uma	finalidade	educativa.	Na	maioria	das	vezes,	
são materiais educacionais projetados e construídos em uma estrutura modular 
para	a	utilização	em	diferentes	situações	de	aprendizagem.
Você	já	visualizou	as	trilhas	de	aprendizagem	do	seu	curso?	Ao	visualizar,	
você perceberá que há, nas trilhas, objetos de aprendizagem, os quais servirão de 
suporte	para	a	sua	aprendizagem.
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA EAD
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FIGURA 11 – OBJETOS DE APRENDIZAGEM
FONTE: <https://bit.ly/3rwCpJQ>. Acesso em: 24 abr. 2021.
AMBIENTES	VIRTUAIS	DE	APRENDIZAGEM
Ambientes virtuais de aprendizagem, segundo Santinello (2015), são 
páginas,	 na	 internet,	 que	 disponibilizam	 ferramentas	 síncronas	 e	 assíncronas.	
Permitem buscar informações e auxiliar professores no processo de Educação a 
Distância.
No	contexto	do	AVA,	destacamos	que	os	recursos	mediáticos	tornam	os	
conteúdos mais atrativos e interativos, assim, aproximando os conteúdos da 
realidade	dos	alunos.
Você	sabia	que	o	AVA	é	um	espaço	social?
Os ambientes virtuais de aprendizagem oferecem espaços virtuais ideais 
para	que	os	alunos	possam	se	reunir,	compartilhar,	colaborar	e	aprender	juntos.	
Vale	 ressaltar	 que,	 no	 Brasil,	 esses	 ambientes	 virtuais,	 ou	 plataformas	 para	
educação	on-line,	ficaram	consagrados	 com	o	nome	de	Ambientes	Virtuais	de	
Aprendizagem	 (AVAs),	mas,	 além	desse,	 receberam	nomes	 e	 siglas	diferentes,	
em inglês, como Ambientes Integrados de Aprendizagem (Integrated Distributed 
Learning Environments - IDLE),	 Sistema	 de	 Gerenciamento	 de	 Aprendizagem	
(Learning Management System - LMS),	e	Espaços	Virtuais	de	Aprendizagem	(Virtual 
Learning Spaces - VLE)	(PAIVA,	2010).
Os	AVAs,	 ainda,	 oferecem	uma	 interface	 gráfica	 e	 algumas	 ferramentas,	
como	das	comunicações	assíncrona	(fórum,	e-mail,	blog,	mural)	e	síncrona	(chat);	de	
avaliação	e	de	construção	coletiva	(testes,	trabalhos,	wikis,	glossários);	de	instrução	
(textos, atividades, livros, vídeos); de pesquisa de opinião (enquetes, questionários); 
e	de	administração	(perfil	do	aluno,	cadastro,	emissão	de	senha,	criação	de	grupos,	
banco	de	dados,	configurações,	diários	de	classe,	geração	de	controle	de	frequência	
e	geração	de	relatórios,	gráficos	e	estatísticas	de	participação)	(PAIVA,	2010).
24
UNIDADE 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS
FIGURA 12 – AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM
FONTE: <https://www.uniasselvi.com.br/aprendizagem/o-2.0/avisos/aviso_ler.php?codi=6749>. 
Acesso em: 24 abr. 2021.
GAMIFICAÇÃO
É	 utilizado	 o	 termo	 “game”	 para	 os	 jogos	 eletrônicos,	 a	 fim	 de	 se	
diferenciarem	 dos	 jogos	 físicos	 (tabuleiro,	 cartas,	 trilhas	 etc.).	No	 entanto,	 em	
ambos,	podem	existir	regras,	narrativas	e	estratégias,	visando	à	mobilização	dos	
alunos em busca do desenvolvimento ou do aprendizado de um determinado 
conhecimento	 ou	 habilidade.	 Já	 o	 termo	 “gamificação”	 é	 indicado	 para	 a	
metodologia que se utiliza das dinâmicas, mecânicas e componentes dos jogos, 
com	a	finalidade	de	estimular	a	motivação	e	o	engajamento	dos	alunos.	Para	isso,	
podem	ser	usados	recompensas,	prêmios,	medalhas,	e	outros	artifícios,	a	fim	de	
incentivar	o	envolvimento	em	uma	determinada	atividade.
Segundo	 Moran	 (2018),	 a	 gamificação	 está	 inserida	 no	 grupo	 das	
Metodologias	Ativas	 e	deve,	portanto,	 estar	pautada	pelos	mesmos	princípios,	
ou seja:
 
• ter o aluno como o centro do processo de ensino-aprendizagem;
• promover a motivação, o engajamento, uma forte autonomia e a agência; 
•	 favorecer	um	ambiente	que	estimule	as	múltiplas	formas	de	significar,	além	da	
curiosidade,	descobertas,	pesquisa,	reflexão,	observação,	organização	de	dados,	
criticidade, criatividade, responsabilidade, problematização da realidade, 
análise,	avaliação,	síntese,	construção	de	hipóteses,	planejamento,	tomada	de	
decisões	 e	 solução	de	 “enigmas”	ou	problemas	para	 a	 construção/produção	
conjunta de conhecimento, permitindo, ao aluno, poder fazer escolhas, assumir 
riscos	e	não	ter	medo	de	experimentar	ou	de	cometer	erros.	
•	 possibilitar,	 ao	 aluno,	 a	 experiência	 de	 vivenciar	 diferentes	 papéis	 sociais,	
ampliando	as	formas	de	agir	no	mundo	(MORAN,	2018).	
https://www.uniasselvi.com.br/aprendizagem/o-2.0/avisos/aviso_ler.php?codi=6749
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA EAD
25
O	autor,	ainda,	destaca	que,	no	contexto	que	envolve	a	gamificação,	outras	
habilidades vão sendo desenvolvidas, como trabalho em equipe, cooperação, 
responsabilidade, respeito, empatia, gerenciamento de recursos e de tempo, 
aceitação de erros como parte do processo de aprendizagem, perseverança, 
criatividade	e	imaginação	(MORAN,	2018).
FIGURA 13 – GAMIFICAÇÃO
FONTE: <https://educacaocientifica.com/educacao/gameficacao-2/>. Acesso em: 24 abr. 2021.
A	 partir	 das	 aprendizagens	 das	 ferramentas	 tecnológicas	 utilizadas	
na Educação a Distância, podemos compreender que estas vêm possibilitando 
experiências	significativas,	que	auxiliam	na	organização	do	processo	pedagógico,	
tornando-se,	assim,	a	aprendizagem	mais	atrativa.	Nesse	sentido,	vale	ressaltarmos	
que as tecnologias estão contribuindo muito para que ocorram profundas 
alterações	 no	 EAD,	 o	 que	 nos	 permite	 dizer	 que	 as	 práticas	 pedagógicas,	 na	
modalidade presencial, estão aptas a utilizar as tecnologias para auxiliar no 
processo	de	ensino	e	aprendizagem.
Após	tecermos	reflexões	a	respeito	das	TICs	na	educação,	aprofundaremos	o	
nosso	conhecimento,	realizando	a	leitura	da	pesquisa	de	Silva,	Medeiros	e	Sousa	(2018).
DICAS
Confira a obra completa: SILVA, A. J. da; MEDEIROS, J. W. de M. M.; SOUSA, M. 
R. de. Ciberaula e nativos digitais: uma experiência de Educação a Distância na Educação 
Básica. Tear: Revista de Educação Ciência e Tecnologia, Canoas, v. 7, n. 1, p. 1, 2018. 
Disponível em: https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/tear/article/view/2733. Acesso em: 11 
jun. 2021.
A pesquisa de Silva, Medeiros e Sousa (2018) teve, como objetivo, analisar a concepção dos 
estudantes do ensino fundamental (nativos digitais) acerca da utilização da Educação a 
Distância como complementação da aprendizagem na educação básica.
https://educacaocientifica.com/educacao/gameficacao-2/
https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/tear/article/view/2733
26
UNIDADE 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS
Os dados foram obtidos por meio de questionário, aplicado a estudantes que cursaram o 7º 
ano do Ensino Fundamental.
Vamos mergulhar na pesquisa?!
1 INTRODUÇÃO
A sociedade contemporânea é marcada por um cenário amplo e complexo, que combina 
desenvolvimento com desigualdade, tecnologia com exclusão. Esse cenário institui a 
sociedade global, aberta e em constante movimento, em que as tecnologias digitais da 
informação e comunicação, aliadas ao uso da internet, modificam a noção de tempo/
espaço e exigem, dos sujeitos sociais, adaptabilidade a novos contextos de aprendizagem e 
de trabalho, o que necessita de novas competências, habilidades e atitudes.
Nessa lógica societária, o ciberespaço, a informação e a aprendizagem, atinentes à cultura 
digital, atravessam e afetam as instituições, de maneira especial, a família, a escola e os 
ambientes de trabalho, pois “a apropriação da capacidade de interconexão por redes sociais 
de todos os tipos levou à formação de comunidades on-line que reinventaram a sociedade 
e, nesse processo, expandiram, espetacularmente, a interconexão dos computadores, em 
alcance e em usos” (CASTELLS, 2003, p. 53).Essa realidade interconectada é responsável por alterações de conduta, de costumes e de 
valores nas relações entre os indivíduos e na forma como eles se comunicam e conferem 
significados às coisas no mundo. Tais alterações podem ser mais intensas e conflitantes, 
porque, conforme Oliveira (2010), é a primeira vez que gerações diferentes, como os nativos 
digitais, convivem na mesma sociedade, em espaços de aprendizagem, no trabalho.
Com base em Palfrey e Gasser (2011), entende-se, por nativos digitais, a geração que 
nasceu e está crescendo no tempo das interconexões da sociedade em rede, “zapeando” 
nas infovias da cultura digital, o que promove uma relação umbilical com a condição de 
estar sempre on-line.
De acordo com Silva (2013, p. 18), “no campo educacional, as tecnologias, a grande 
variedade de mídias digitais e as redes de comunicação estão contribuindo muito para que 
ocorram profundas alterações na modalidade presencial e na Educação a Distância”, o que 
permite dizer que os desafios da Educação a Distância (EaD) são equivalentes aos desafios 
do sistema educacional na sua totalidade. No entanto, a experiência de EaD, na educação 
básica, ou seja, com crianças e adolescentes, ainda, é pouco explorada no Brasil. Neste 
artigo, analisou-se a concepção de estudantes do Ensino Fundamental (nativos digitais) 
acerca da utilização da Educação a Distância como complementação da aprendizagem na 
educação básica. Essa experiência foi realizada no Colégio Marista Pio X, em João Pessoa 
– PB, e partiu do seguinte questionamento: Como estudantes do Ensino Fundamental 
concebem a EaD no processo de ensino-aprendizagem a partir da experiência vivida?
2 DA GERAÇÃO “Y” AOS NATIVOS DIGITAIS
De acordo com Oliveira (2010), nos 1980 e 1990, surgiu a geração Y, cujo nome provém do 
período em que a União Soviética tinha forte poder sobre os países comunistas e chegou 
a definir que os bebês nascidos nesses anos deveriam receber nomes iniciados com a letra 
Y. As principais características dessa geração podem ser sintetizadas como a necessidade 
constante de reconhecimento, a opção por padrões informais e flexíveis, a individualidade 
como forma de expressão e a busca intensa por ampliar a rede de relacionamentos. Essas 
particularidades vêm provocando mudanças nas relações sociais, de maneira significativa, 
na educação, na família e no ambiente de trabalho.
A geração Y é extremamente informada, mas detém certo componente de alienação. Como 
nasceu de famílias estruturadas em modelos mais flexíveis, conta com múltiplas influências 
familiares e, no dia a dia, aprendeu a lidar não apenas com a ausência do pai, mas, também, 
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA EAD
27
com a da mãe. Essa geração tem facilidade de apreender outras línguas e interesse em estudá-
las, e é muito influenciada pela tecnologia. Nesse contexto, o uso do videogame é uma marca 
registrada. A popularização da internet, com a possibilidade de comunicação instantânea e 
sem fronteiras, além do acesso a todo tipo de conteúdo, o que torna a informação irrestrita e 
ilimitada, credenciou a geração Y como a geração da tecnologia (OLIVEIRA, 2010).
Na visão de Palfrey e Gasser (2011), o conceito e as características da geração Y equivalem 
ao que chamaram de “nativos digitais”, ou geração Z, que zarpam, zapeiam e navegam o 
tempo todo na internet e estão, constantemente, conectados. Eles nasceram na era digital, 
começaram a aprender na linguagem digital e não conheceram nada além de uma vida 
conectada a outro e ao mundo dos bits. Para os autores, os nativos digitais são naturais 
na maneira de levar a vida nos espaços on-line e offline, gastam grande quantidade de 
tempo usando tecnologias digitais, costumam fazer várias coisas ao mesmo tempo, e as 
formas de se expressar e de se relacionar misturam o humano com o técnico, o que causa 
uma verdadeira metamorfose nas relações humanas. Guardadas as devidas proporções e 
considerados os abismos criados pela desigualdade social que impera no Brasil e o conflito 
entre as gerações, é fato que a maioria dos estudantes de Educação Básica, da atualidade, 
nasceu “na nova era que está surgindo, a Era das Conexões (a partir de 2000), alavancada por 
toda a tecnologia proporcionada pelo crescimento dos meios de comunicação, sobretudo, 
da telefonia e da internet” (OLIVEIRA, 2010, p. 25).
A presença desses estudantes, com os vários modos de ser, desafia os fundamentos da 
educação e as instituições de ensino (Educação Básica) a repensarem nas tradicionais 
propostas curriculares e nas concepções de tempo e de espaço presentes no planejamento, 
na gestão, nas propostas e nas ações pedagógicas dos processos educativos. É preciso 
deixar claro que não se trata de usar as tecnologias a qualquer custo ou de qualquer 
jeito, “mas de acompanhar, consciente e deliberadamente, uma mudança de civilização, 
que questiona, profundamente, as formas institucionais, as mentalidades e a cultura dos 
sistemas educacionais tradicionais e, sobretudo, os papéis do professor e do aluno” (LÉVY, 
2010, p. 174).
Trata-se de reinventar a prática educativa por meio da cibercultura, substituindo o velho 
padrão das hierarquias dogmáticas do saber por um princípio dialógico-cooperativo, que 
parte de todos para todos e promove a aprendizagem coletiva. Cabe, aqui, a distinção 
feita por Sodré (2012), para quem as práticas juvenis, que se multiplicam em torno do bios 
virtual, não decorrem da noção clássica de diferença natural entre as gerações, mas da 
coincidência entre as transformações do mundo do trabalho e as dinâmicas de urbanidade 
que os dispositivos tecnológicos são capazes de provocar.
Essa distinção é importante, não para originar uma espécie de “demonização” das tecnologias 
digitais ou da internet, mas para promover a reflexão crítica do emprego desses dispositivos 
e do jogo de interesses e de intencionalidades que sustenta e impulsiona a utilização, pois, 
segundo Lévy (2010, p. 24), “por trás das técnicas, agem e reagem ideias, projetos sociais, utopias, 
interesses econômicos, estratégias de poder e toda gama de jogos dos homens em sociedade”.
3 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD)
No que tange aos aspectos conceituais, a EaD tem características específicas que a 
diferenciam do ensino presencial quanto ao método, aos meios e às estratégias usadas para 
disseminar o conhecimento. Trata-se de uma modalidade de educação em que o processo 
de ensino-aprendizagem é desenvolvido “sem que alunos e professores estejam presentes 
no mesmo lugar, na mesma hora” (ABED, 2006, p. 1).
Nas últimas décadas, esse processo acontece, quase sempre, mediado pelas tecnologias digitais 
da informação e comunicação, com estudantes e professores separados em relação ao espaço e 
ao tempo, mas conectados por meio dos dispositivos de rede e do conteúdo didático colocado à 
disposição. Portanto, a EaD pode ser uma modalidade de educação muito efetiva para o estágio 
atual da sociedade globalizada e tecnológica, porquanto traz, em si, uma nova compreensão de 
tempo e de espaço, elementos-chave para se compreenderem a cibercultura e o ciberespaço.
28
UNIDADE 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS
Para Lévy (2010), o ciberespaço surgiu como uma possibilidade de validar os conhecimentos 
e as competências adquiridas, inclusive, fora da escola, visto que possibilita que pensemos 
em vastos sistemas de testes automatizados, acessíveis em qualquer momento e de 
qualquer lugar. Segundo ele, os sistemas de educação e formação necessitam ajustar os 
dispositivos e o espírito do ensino aberto a distância e reconhecer as experiências adquiridas, 
pois as pessoas não aprendem só na escola ou nos espaços formais de educação. Assim, a 
EaD é uma prática educativa situada, mediatizada por materiais e meios de comunicação 
e baseada em uma racionalidade ética, solidária e dialógica, em que a participação, a 
criatividade, o compromisso e a prática de construção são elementos fundantes.
Nessa perspectiva, aEaD é constituída de, pelo menos, três dimensões: a realidade social, a 
educação e a tecnologia. O ponto de partida é a realidade social, pois não é possível pensar na 
EaD fora de um contexto, muito menos desprovida da conjuntura econômico político-social 
contemporânea. Quanto à educação, o horizonte da humanização, no rumo da emancipação 
social, deve conferir intencionalidade a qualquer processo de EaD. A tecnologia deve ser 
encarada como um meio, um conjunto de mecanismos e dispositivos que possibilitam a 
materialização do ato educativo (MAROTO, 1996; DIAS; LEITE, 2012; FICHMANN, 2012).
4 EDUCAÇÃO BÁSICA E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A educação básica consiste na formação essencial e necessária para o exercício da 
cidadania, com a aquisição de conhecimentos, competências, habilidades e atitudes. O 
conjunto das etapas da educação básica deve funcionar de forma articulada e totalizadora, 
a fim de levar o estudante a edificar a pertença à comunidade como casa comum, e um 
senso de abertura e de respeito à diversidade e à solidariedade, além do cuidado com a vida 
em todas as dimensões (CARNEIRO, 2015; LIBÂNEO et al., 2009).
Nesse horizonte, assim se inscreve o Art. 22 da LDB: “A educação básica tem por finalidades 
desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício 
da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores” 
(CARNEIRO, 2015, p. 298).
A mesma articulação presente entre as três etapas – educação infantil, ensino fundamental 
e ensino médio - deve ser garantida no tripé que constitui a finalidade e deve sustentar 
o processo educativo na educação básica. Em se tratando do desenvolvimento pleno 
do educando, deve-se levar em conta a ampliação de suas capacidades cognitivas, das 
operações mentais e de todas as potencialidades que são percebidas durante o percurso. 
Trata-se, ainda, de atender às necessidades educacionais básicas, que, para Lück (2014), 
estão no bojo das necessidades fisiológicas e de segurança, de pertencimento, de ser 
estimado e valorizado, de ser bem-sucedido, de bem-estar e ordem, de tomar decisões, 
de resolver problemas e de realizar como ser humano. No que diz respeito ao exercício 
da cidadania, na educação básica, o processo educativo deve garantir aos estudantes uma 
formação capaz de fazê-los compreender todos os seus direitos e deveres, bem como 
exercitá-los no horizonte da emancipação social.
O terceiro item do tripé, que sustenta a finalidade da educação básica, consiste em 
possibilitar a progressão no trabalho e em estudos posteriores, compreendendo o trabalho 
como um meio de realização humana e de transformação da realidade.
Carneiro (2015, p. 58) refere que “a escola e os sistemas de ensino precisam entrar 
no mundo do trabalho e introduzi-lo como categoria de inspiração do currículo se, de 
fato, pretendem resgatar a sala de aula como um ambiente funcional para a sociedade 
tecnológica em metamorfose profunda”. No que diz respeito à organização curricular, a LDB 
sugere um processo educativo em que a leitura transformadora de mundo esteja presente, 
seja ensinada e aprendida. O currículo deixa de ser “grades” e assume os contornos de 
“redes” de conhecimentos, aberto e em movimento, capaz de levar para o interior da escola 
os contextos de vida dos sujeitos, dialogando com as subjetividades contemporâneas, na 
perspectiva da emancipação, e não, apenas, justificando-as numa espécie de fatalismo e 
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA EAD
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de conformismo intermináveis. Assume a arte e a cultura como um princípio educativo, 
ligadas às regionalidades e às raízes que podem congregar a diversidade a uma perspectiva 
dialógica, em que o diferente tem direito de ser e de existir.
A EaD é citada no Art. 32, da LDB, que trata da organização do ensino fundamental como 
uma das etapas da educação básica. Depois de falar do objetivo e dos aspectos que devem 
ser contemplados na formação do estudante, da possibilidade de desdobrá-lo em ciclos, de 
adotar a progressão continuada e de oficializar a língua portuguesa, encontra-se o seguinte 
parágrafo: “O ensino fundamental será presencial, e o ensino a distância utilizado como 
complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais” (CARNEIRO, 2015, p. 
373). Há uma definição clara sobre o caráter presencial da educação básica, em que não 
é possível o formato semipresencial ou a distância (BIZZO, 2009). Isso pode ser justificado 
porque, sem contato direto, os estudantes estariam impedidos de compartilhar processos de 
socialização e de aprendizagem cooperativa (CARNEIRO, 2015). Desse modo, a frequência à 
escola não é apenas uma questão de disciplina, mas um meio de interatividade, de geração 
de convívio, de trabalho coletivo. Por outro lado, é possível contrapor esses argumentos 
com base no pensamento de Sêga (2011) e de Lévy (2010), que, ao discutirem a respeito 
das diferentes formas de interação humana e do conceito de interatividade, argumentam 
que os meios virtuais modificam a forma como a presencialidade, o convívio, a interação 
e a ação colaborativa acontecem, mas deixam claro que só há mudança na forma, e não, 
na inexistência, uma vez que os modos de interagir mudam de acordo com os contextos.
Enquanto a LDB continuar com essa perspectiva para a educação básica, é preciso tomar 
a EaD como uma possibilidade de complementar a aprendizagem. Embora seja limitado, 
é um campo fecundo para a escola, pois “a adoção de estratégias de EaD amplia o papel 
da escola, levando-a para além dos muros e das paredes e atende ao anseio do aluno que 
deseja ser mais participante do seu processo de aprendizagem” (ASSUMPÇÃO, 2012, p. 161). 
Essas estratégias enriquecem o processo educativo e sintonizam as práticas pedagógicas 
com as novas gerações, o que proporciona um alargamento do espaço e do tempo em que 
a aprendizagem acontece (SANCHO, 2010).
5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA 
O Colégio Marista Pio X oferece, aos educandos e aos responsáveis, por meio da internet, 
uma plataforma virtual, conhecida como Ambiente de Integração. Trata-se de um software 
de apoio à aprendizagem (e-learning), uma distribuição do Moodle 2.6.10 (Build: 20150310) 
personalizada pela instituição, executado como Ambiente Virtual de Aprendizagem, com 
acesso restrito e monitorado através de navegadores da WEB (browsers). De acordo com 
Dias e Leite (2012), o Moodle é uma plataforma aberta, livre e gratuita para a aprendizagem 
a distância, com diversos recursos e múltiplas atividades de interação, o que facilita a 
apreensão e a construção do conhecimento. Esse software está instalado em servidores 
próprios da Rede Marista, com segurança e privacidade. Permite a produção de páginas em 
que se utilizam textos, vídeos, imagens, áudios, fóruns de interação entre usuários, envio de 
arquivos, textos on-line e coletivos e possibilita a avaliação por meio de questionários com 
questões de múltipla escolha ou discursivas.
O colégio dispõe de um Núcleo de Educação a Distância, denominado de NEaD, que 
gerencia o Ambiente de Integração e promove a elaboração e o desenvolvimento de cursos 
locais na modalidade EaD, para estudantes e educadores, e incentiva, dinamiza e monitora 
a participação nos cursos oferecidos pela Rede Marista. No Ambiente de Integração, 
foram criados vários espaços virtuais, agrupados em categorias diferentes, para atender às 
necessidades da comunidade escolar. 
Ao acessar esse ambiente, foi possível perceber a oferta de vários serviços, incluindo 
agendas diárias, mural virtual e espaço virtual por série/disciplina/professor etc. Contudo, o 
foco dessa apreciação foi a categoria destinada aos discentes, intitulada “Cursos Virtuais”: 
a) Produção Literária, idealizado para motivar a produção textual dos estudantes; b) 
História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, oferecido aos estudantes do 7º ano do ensino 
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UNIDADE 1 — EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS
fundamental,

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