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UNIDADE II - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO ROTEIRO 2021.2

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Plano de Aula 
Direito Processual do Trabalho 
UNIDADE II – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
1) JURISDIÇÃO – etimologicamente significa dizer o direito. Ou seja, é o Poder, 
Dever, a Função ou Atividade do Estado de aplicar o direito material ao caso 
concreto para resolver o litigio 
 
❖ Jurisdição é o Poder de Dizer o Direito. 
❖ Quem tem o poder de dizer o direito é uma pessoa imparcial, ou seja, o juiz. 
❖ A jurisdição é uma atividade privativa do Estado, que aplica as leis ao caso 
❖ concreto. 
 
 JURISDIÇÃO – função através do qual terceiro dotado de 
imparcialidade aplica o Direito a um caso concreto (que envolve 
conflito ou um interesse), reconhecendo, criando ou protegendo uma 
situação jurídica contra uma violação. 
Trata-se de. PRESSUPOSTO PROCESSUAL DE EXISTÊNCIA OU 
CONSTITUIÇÃO DO PROCESSO. Sem a jurisdição, não existe processo 
judicial. Assim, ele não pode ser constituído/criado. 
A função jurisdicional integra o Poder soberano (uno) do Estado e é atribuída 
constitucionalmente ao Poder Judiciário, o qual se divide em Poder Judiciário 
da União e Poder Judiciário dos Estados. A Justiça do Trabalho integra o 
Poder Judiciário da União 
 
2) COMPETÊNCIA: é a Medida, o Limite, o Fracionamento da Jurisdição. É a 
divisão dos trabalhos perante os órgãos encarregados do exercício da função 
jurisdicional, cujo objetivo é a composição da lide e a pacificação social. Assim, 
saber a competência de um Magistrado é ter conhecimento de quais espécies 
de causas ele terá a incumbência de solucionar. 
 A COMPETÊNCIA é a medida da jurisdição. Envolve as FORMAS DE 
DISTRIBUIR entre os vários órgãos do Poder Judiciário a atribuição de 
exercer a jurisdição. É PRESSUPOSTO PROCESSUAL DE VALIDADE 
DO PROCESSO. 
 
 CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 
 
▪ Classificação da Competência: a competência é distribuída da 
seguinte forma: 
 
a) Competência MATERIAL (em Razão da Matéria ou em Razão da 
Natureza da Relação Jurídica - Ratione Materiae) – refere-se a quais 
Plano de Aula 
Direito Processual do Trabalho 
assuntos ou temas são julgados pela Justiça do Trabalho e não pelas 
outras Justiças. Possui por parâmetro a Natureza da Relação Jurídica 
Controvertida, que se define pelo Fato Jurídico que lhe dá causa. Aqui 
deve-se analisar o Pedido e a Causa de Pedir. 
▪ Na Justiça do Trabalho a Competência Material vem disciplinada 
no art. 114 CF e no art. 652 CLT. 
 
b) Competência em RAZÃO DA PESSOA (Ratione Personae) – é aquela 
que possui por parâmetro a Qualidade das Pessoas Litigantes, ou seja a 
qualidade das pessoas envolvidas na relação jurídica controvertida. 
▪ Em outras palavras, a Competência em Razão da Pessoa é 
fixada em virtude da qualidade que ostenta a parte em uma 
determinada relação jurídica de direito material 
 
c) Competência TERRITORIAL (Ratione Loci – Competência em Razão 
do Lugar ou Competência de Foro) – reporta-se a qual localidade o 
Magistrado é competente para julgar determinado processo. Possui por 
parâmetro a Porção Territorial conferida ao magistrado para que ele 
exerça a sua competência. 
 
▪ Na Justiça do Trabalho a Competência Territorial é definida no 
art. 651 CLT: A competência das Juntas de Conciliação e 
Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, 
reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda 
que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
 
d) Competência FUNCIONAL – está relacionada a qual órgão dentro da 
Justiça do Trabalho é que deve julgar o processo ou a matéria 
e) Competência em RAZÃO DO VALOR DA CAUSA – possui por 
parâmetro o Valor dos Pedidos, assim, toma por base o montante total 
pecuniário da pretensão. 
 
▪ A Competência em Razão do Valor da Causa, para o Processo 
do Trabalho, não possui a mesma relevância quando comparada 
ao Direito Processual Civil. No Processo Civil temos os Juizados 
Especiais Cíveis, que julgam as causas cíveis de menor 
complexidade. Assim sendo, no Processo Civil o Valor da Causa 
determina a Competência do órgão jurisdicional. 
 
▪ Já no Processo do Trabalho não há Juízes Trabalhistas Especiais, 
assim o magistrado trabalhista processa e julga as causas tanto do 
rito Ordinário, Sumário ou Sumaríssimo. 
 
Plano de Aula 
Direito Processual do Trabalho 
▪ Dessa forma, no Processo do Trabalho o Valor dos Pedidos 
(Valor da Causa) serve para determinar o Rito Processual das 
ações trabalhistas, da seguinte forma: 
✓ Rito Ordinário – abrange os dissídios cujo valor da causa é acima de 40 
salários mínimos; 
✓ Rito Sumário (Lei 5.554/70) - abrange os dissídios cujo valor da causa 
não ultrapasse a 2 salários mínimos; 
✓ Rito Sumaríssimo (Lei 9.957/70) - abrange os dissídios cujo valor da 
causa é acima de 2 salários mínimos mas não ultrapasse a 40 salários 
mínimos; 
 
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA E EM RAZÃO DA 
PESSOA 
➢ É definida em função da natureza da lide, ou seja, é firmada em função 
dos pedidos contidos na inicial. Na ceara trabalhista tal competência 
possui fundamento jurídico no artigo 114 CF, que passaremos a analisar. 
Art. 114 CF: Compete a Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I. as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de 
direito público externo e da administração pública direta e indireta 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
 
 O Inciso I merece estudo aprofundado em três partes: 
 
❖ 1ª PARTE: AÇÕES ORIUNDAS DA RELAÇÃO DE TRABALHO: 
 
• EC 45/2004 Aplicou a Competência Da Justiça do trabalho, 
uma vez que passa a determinar que Compete a Justiça 
Trabalhista processar e julgar as ações oriundas da RELAÇÃO 
DE TRABALHO (e não mais apenas da Relação de Emprego, 
como era ANTES da edição da EC 45/2004). 
• EX: Trabalho Autônomo, Trabalho Eventual, Trabalho 
Voluntário, Trabalho Avulso, Estagiário, Relação de Emprego 
• Relação de Emprego – espécie da Relação de Trabalho, sendo 
caracterizada quando observa-se a formação do vínculo 
empregatício, ou seja, a presença dos seguintes requisitos: Serviço 
prestado por Pessoa Física, Pessoalidade, Onerosidade, 
Subordinação Jurídica, Não Eventualidade e Alteridade. 
 ATENÇÃO.: RELAÇÃO DE CONSUMO, MATÉRIA PENAL E 
PROFISSIOAIS LIBERAIS AUTÔNOMOS – NÃO SÃO DA 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO: 
Plano de Aula 
Direito Processual do Trabalho 
▪ Relação de Consumo e Matéria penal não são de competência 
da Justiça do Trabalho. 
▪ Os PROFISSIONAIS LIBERAIS AUTÔNOMOS, como o 
advogado, o dentista, o médico e o arquiteto, também não são 
de competência da Justiça do Trabalho. 
 
Aqui vale uma PONDERAÇÃO QUANTO AOS PROFISSIONAIS LIBERAIS 
AUTÔNOMOS, quando buscam receber seus honorários profissionais de seus 
clientes. O Tribunal Superior do Trabalho tem entendido que, como a relação 
desses profissionais com seus clientes está regida pelo Código de Defesa do 
Consumidor, a competência não seria da Justiça do Trabalho. 
Na realidade, o art. 3º, § 2º, do CDC (Lei 8.078/90) exclui a relação de trabalho 
do conceito de serviço relativo a relação de consumo: 
Art. 2° Lei 8.078/90 - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire 
ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional 
ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem 
atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, 
importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou 
prestação de serviços. 
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante 
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e 
securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. 
Como a relação seria de prestação de serviços inserida em relação de 
consumo, a competência não seria da Justiça do Trabalho. Veja um julgado do 
TST: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO.1. 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. (...) A competência da Justiça 
do Trabalho, ampliada pela EC 45/2004 (art. 114, I, CF), abrange as relações de 
emprego e também as de trabalho, com suas lides conexas (art. 114, I a IX, CF). 
Não atinge, porém, relações de caráter público-administrativo, que envolvam 
servidores administrativos e entes de Direito Público (STF), não abrangendo, 
ainda, relações de consumo, como, por exemplo, ação de cobrança de 
honorários de profissional liberal. (...) (AIRR - 2030-68.2013.5.09.0004, Relator 
Ministro: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 05/08/2015, 3ª Turma, 
Data de Publicação: DEJT 14/08/2015) 
✓ A RELAÇÃO CONSUMERISTA entre os PROFISSIONAIS LIBERAIS 
AUTÔNOMOS E SEUS CLIENTES pertente a JUSTIÇA COMUM: 
Plano de Aula 
Direito Processual do Trabalho 
▪ SÚMULA 363 STJ – Compete à Justiça estadual processar e julgar 
a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente 
RECURSO DE REVISTA DO SINDICATO DOS EMPREGADOS EM 
ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DO EXTREMO SUL DA BAHIA. 
EXECUÇÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. SINDICATO. 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. (...) 3. A decisão do Tribunal 
Regional, na linha de que a Justiça do Trabalho é incompetente para apreciar e 
julgar pedidos que envolvam prestação de serviços de profissionais liberais está 
em sintonia com a jurisprudência desta Corte de que esta Justiça Especializada 
é absolutamente incompetente para dirimir questões relativas à cobrança de 
honorários decorrentes da contratação de prestação de serviços advocatícios, 
em face da natureza eminentemente civil da demanda, o que a relaciona na 
competência da Justiça Comum Estadual. Precedentes da SBDI-1 do TST. 
Recurso de revista não conhecido (RR-60100-14.1999.5.05.0511, 2ª Turma, 
Relatora Ministra Delaíde Miranda Arantes, DEJT 22/02/2019). 
 
 ATENÇÃO: CUIDADO quando se trata de serviços prestados por 
profissionais liberais autônomos ou eventuais, se o tomador de serviços 
for organização/entidade/empresa que utilize os serviços do prestador 
pessoa física como atividade laboral inerente à sua dinâmica produtiva. 
É o caso por exemplo, do hospital que contrata médicos autônomos para prestar 
serviços e esses trabalhadores, como membros do hospital, atendem a 
pacientes. Partindo dessa premissa, existe um desequilíbrio na relação entre o 
trabalhador autônomo (ainda que profissional liberal) e o tomador de serviços, 
sendo esse último o hipersuficiente. 
O tomador acaba utilizando o trabalhador em sua dinâmica empresarial, 
estabelecendo típica relação de trabalho sujeita à competência da Justiça do 
Trabalho. Leia esses julgados: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. 
ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE À SÚMULA 363 DO STJ, DIVERGÊNCIA 
JURISPRUDENCIAL E AFRONTA AO ARTIGO 114 DA CRFB. (...) 3) Consoante 
ficou delineado no julgado, o autor atendia a clientes do Hospital-reclamado, 
havendo uma relação de trabalho lato sensu entre as partes, ainda que de forma 
autônoma. Vale dizer, o réu não era consumidor final dos serviços do reclamante 
como profissional liberal, funcionando, em verdade, como atravessador nas 
relações entre o autor e os pacientes, auferindo lucros decorrentes do seu labor. 
Nesse contexto, a competência para julgar a presente demanda, tal como 
considerou o Tribunal de origem, é da Justiça do Trabalho, nos termos do artigo 
114, I, da CRFB. Agravo de instrumento a que se nega provimento (AIRR-158-
58.2012.5.19.0009, 1ª Turma, Relator Desembargador Convocado Alexandre 
Teixeira de Freitas Bastos Cunha, DEJT 02/10/2015). 
 
 
 
 
Plano de Aula 
Direito Processual do Trabalho 
❖ 2ª PARTE: ENTES DE DIREITO PÚBLICO EXTERNO: 
 
• Entes de Direito Público Externo: Estados Estrangeiros 
(Consulado, Embaixada) e Organismos Internacionais (ONU, OIT). 
 
 
 
• Os Estados Estrangeiros possuem IMUNIDADE DE 
JURISDIÇÃO e IMUNIDADE DE EXECUÇÃO, a depender do Tipo 
de Ato que estão praticando. 
 
• Os Estados Estrangeiros PODEM praticar DOIS TIPOS DE ATOS: 
✓ ATOS DE IMPÉRIO – Atos decorrentes de sua Soberania 
 
✓ ATOS DE GESTÃO – quando o Estado estrangeiro atua 
dentro das fronteiras de outro Estado na condição de 
particular em atividades tipicamente negociais-privadas 
que não guardam qualquer relação direta com a soberania 
do Estado estrangeiro, nem tampouco com suas atividades 
essencialmente diplomáticas ou consulares. 
 
• Nos ATOS DE IMPÉRIO – possuem Imunidade de JURISDIÇÃO 
E DE EXECUÇÃO 
• Nos ATOS DE GESTÃO – aqui eles se equiparam a um 
Particular, possuindo, assim, APENAS IMUNIDADE DE 
EXECUÇÃO 
✓ Não possuem Imunidade de Jurisdição, quando se 
tratar de causa de Natureza Trabalhista, pois aqui trata-
se de Ato de Gestão e não Ato de Império (a imunidade de 
jurisdição compreende apenas os Atos de Império) – assim, 
Plano de Aula 
Direito Processual do Trabalho 
a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar 
ações que envolvam os Entes de Direito Público Externo. 
✓ Como no Ato de Gestão possuem Imunidade de 
Execução – A execução do Estado estrangeiro será feita 
mediante CARTA ROGATÓRIA. 
 
✓ Doutrinador Mauro Schiavi: “Diante da previsão do texto 
constitucional, resta claro que se um ente de direito público 
externo, como uma Embaixada situada no Brasil, contratar 
um trabalhador, a competência para dirimir eventual 
reclamação trabalhista envolvendo a embaixada será da 
Justiça do Trabalho brasileira. Caso contrário, um 
trabalhador brasileiro que prestasse serviço, no território 
brasileiro, para um ente de direito público externo, teria de 
ingressar com um processo trabalhista fora do território 
nacional, o que, praticamente, inviabilizaria o cesso a 
Justiça e o cumprimento da legislação trabalhista brasileira. 
Em razão disso, a jurisprudência brasileira, a partir de 
entendimento firmado pelo STF, tem entendido, 
acertadamente, que os entes de direito público externo, 
quando contratam empregados brasileiros, praticam 
Atos de Gestão não abrangidos pela imunidade de 
jurisdição que compreende apenas os Atos de Império.” 
 
ATENÇÃO: Em relação à EXECUÇÃO, deverá ser observado se os BENS do 
Estado Estrangeiro são bens Afetos (vinculados) à representação 
diplomática ou Não são Afetos: pois o STF entendeu que se tiver bens que 
não estão afetos à representação diplomática, ou até mesmo se esse Estado 
estrangeiro renunciar, pode haver a execução. 
 
❖ SÓ PODERÃO SER EXECUTADOS – Os Bens NÃO AFETOS Á 
Representação Diplomática OU no caso de RENÚNCIA À 
INTANGIBILIDADE dos Bens Afetos (vinculados) à Representação 
Diplomática 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO 
ANTES DA LEI N.13.015/2014. 1. EMPREGADO DE EMBAIXADA. 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO 
RELATIVA. Não procede a alegação de ofensa ao art. 4º, IV, V, VII e IX, da 
Constituição Federal, mormente quando o STF já manifestou entendimento no 
sentido de que a imunidade de jurisdição do Estado estrangeiro frente aos 
órgãos do Poder Judiciário Trabalhista brasileiro é relativa. Apenas os atos de 
império são acobertados pela imunidade, não alcançando os atos de gestão, de 
natureza negocial, como por exemplo, os contratos e relações trabalhistas. 
Plano de Aula 
Direito Processual do Trabalho 
Precedentes. (...) (AIRR - 304-06.2011.5.10.0003, Relatora Ministra: Maria 
Helena Mallmann, Data de Julgamento: 19/10/2016, 2ª Turma, Data de 
Publicação: DEJT 28/10/2016) 
 
RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ESTADO 
ESTRANGEIRO. REPÚBLICA (...). IMUNIDADE RELATIVA DE JURISDIÇÃO 
E EXECUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE RECAIR PENHORA SOBRE BENS 
AFETOS À REPRESENTAÇÃO DIPLOMÁTICA. CONCESSÃO PARCIAL DA 
SEGURANÇA. Nos termos da jurisprudência do Excelso STF e desta Corte, é 
relativa a imunidade de jurisdição e execução do Estado estrangeiro, não sendo 
passíveis de constrição judicial, contudo, os bens afetados à representação 
diplomática. Assim, deve serparcialmente concedida a segurança, a fim de se 
determinar que não recaia constrição sobre bens atrelados, estritamente, à 
representação diplomática da impetrante. (...) (RO - 181-80.2012.5.10.0000, 
Relator Ministro: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, Data de Julgamento: 
25/10/2016, Subseção II Especializada em Dissídios Individuais, Data de 
Publicação: DEJT 28/10/2016) 
 
 
 
 Organismos ou Organizações Internacionais - OJ n. 416 SDI-1 TST. 
IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. ORGANIZAÇÃO OU ORGANISMO 
INTERNACIONAL. (DEJT divulgado em 14, 15 e 16.02.2012) (mantida 
conforme julgamento do processo TST-E-RR6160041.2003.5.23.0005 
pelo Tribunal Pleno em 23.05.2016) - As organizações ou organismos 
internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando 
amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento 
jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito 
Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. 
Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de 
renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. 
 
Plano de Aula 
Direito Processual do Trabalho 
 RESUMO: Havendo um Tratado/Convenção Internacional que foi 
RATIFICADO pelo Brasil e que PREVÊ a Imunidade de Jurisdição – 
essa Imunidade será ABSOLUTA independentemente se o Ato foi de 
Império ou foi Ato de Gestão (nesse caso em AMBOS os tipos de Ato 
haverá Imunidade de Jurisdição e de Execução), SALVO se houver 
RENÚNCIA EXPRESSA da Clausula de Imunidade Jurisdicional. 
 
EXEMPLO PRÁTICO dessa imunidade ocorre com a ONU, a qual goza de 
imunidade por força da Convenção de Londres, ratificada pelo Brasil. A 
Convenção de Londres foi promulgada pelo Decreto 27.784/50. Veja o art. II, 
seção 2, da norma internacional: 
Artigo II – Bens, Fundos e Haveres 
Seção 2 - A Organização das Nações Unidas, seus bens e haveres, qualquer 
que seja sua sede ou o seu detentor, gozarão da imunidade de jurisdição, salvo 
na medida em que a Organização a ela tiver renunciado em determinado caso. 
Fica, todavia, entendido que a renúncia não pode compreender medidas 
executivas. 
Assim, se um trabalhador prestar serviços para a ONU no Brasil e entender que 
existem direitos trabalhistas violados e decidir propor ação trabalhista na Justiça 
do Trabalho, não poderá o Poder Judiciário exercer a jurisdição, devendo o juiz 
extinguir o processo sem analisar o mérito (os pedidos formulados, a causa 
envolvida) por falta de pressuposto processual de existência ou constituição 
(exceto se a ONU renunciar a prerrogativa expressamente): 
CPC 
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: IV - verificar a ausência de pressupostos de 
constituição (...) do processo; 
 
 
 
❖ 3ª PARTE: ENTES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E 
INDIRETA DA UNIÃO, ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E 
MUNICÍPIOS: 
 
• Administração Pública Direta e Indireta – a justiça do trabalho é 
competente para julgar ações oriundas da relação de trabalho da 
Administração Pública QUANDO os Servidores Públicos forem 
Celetistas (ou seja, estiverem regidos pela CLT). A Justiça do 
Trabalho NÃO será competente nas ações que os Servidores 
forem estiverem vinculados a Administração por meio do Estatuto 
(Servidores Estatutários) – nessa hipótese quando o servidor for 
federal a ação será ajuizada na justiça federal e quando for 
estadual ou municipal a ação será ajuizada na justiça estadual. – 
 
Plano de Aula 
Direito Processual do Trabalho 
ADIN 3.395/DF-MC STF - Competência. Justiça do Trabalho. Incompetência 
reconhecida. Causas entre o Poder Público e seus servidores estatutários. 
Ações que não se reputam oriundas de relação de trabalho. Conceito estrito 
desta relação. Feitos da competência da Justiça Comum. Interpretação do art. 
114, inc. I, da CF, introduzido pela EC 45/2004. Precedentes. Liminar deferida 
para excluir outra interpretação. (...) O disposto no art. 114, I, da Constituição 
da República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e 
servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária. (ADI 3.395-
MC, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 5-4-06, DJ de 10-11-06) 
 
[....] Administrativo e Processual Civil. Dissídio entre servidor temporário e o 
poder público. ADI n. 3.395/DF-MC. Competência da Justiça comum. 
Reclamação julgada procedente. 
1. Compete à Justiça comum pronunciar-se sobre a existência, a validade 
e a eficácia das relações entre servidores e o poder público fundadas em 
vínculo jurídico-administrativo temporário. 2. Não descaracteriza a 
competência da Justiça comum o fato de se requererem verbas rescisórias, 
FGTS e outros encargos de natureza símile, dada a prevalência da questão 
de fundo, a qual diz respeito à própria natureza da relação jurídico-
administrativa, ainda que desvirtuada ou submetida a vícios de origem. 3. 
Agravo regimental provido e reclamação julgada procedente para se anularem 
os atos decisórios proferidos pela Justiça do Trabalho e se determinar o envio 
dos autos de referência à Justiça comum. (Rcl 4351 MC-AgR, Relator(a): Min. 
MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, 
julgado em 11/11/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-068 DIVULG 12-04-
2016 PUBLIC 13-04-2016) 
 
 OBSERVAÇÃO – ESTAGIÁRIO: Outro ponto que merece destaque 
refere-se às ações envolvendo estágio. Se o estágio for firmado com a 
Administração Pública Direta, autárquica e fundacional, a competência 
será da Justiça Comum, por envolver matéria administrativa. No 
entanto, se o estágio refere-se ao âmbito privado, a competência será 
da Justiça do Trabalho. Veja esse julgado do TST: 
 
(...) II - RECURSO DE REVISTA DO MUNICÍPIO DE PARNAMIRIM - 
INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. CONTRATO DE ESTÁGIO. 
ENTE PÚBLICO. No julgamento da ADI 3395/DF, o Supremo Tribunal Federal 
estabeleceu que a natureza jurídico-administrativa do vínculo existente entre o 
estagiário e o ente público afasta a competência da Justiça do Trabalho para 
apreciar a lide. Julgados. Recurso de revista conhecido e provido. (...) (ARR-
176200-31.2009.5.21.0002, 8ª Turma, Relator Ministro Márcio Eurico Vitral 
Amaro, DEJT 23/03/2018). 
 
ATENÇÃO - RESUMO: 
o SERVIDOR PÚBLICO CELETISTA (Empregado Público) – JT SERÁ 
COMPETENTE 
o SERVIDOR PÚBLICO ESTATUTÁRIO – JT NÃO SERÁ COMPETENTE 
(COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM) 
Plano de Aula 
Direito Processual do Trabalho 
o RELAÇÃO JURÍDICO-ADMNISTRATIVA/INSTITUCIONAL (Contrato 
Temporário art. 37, IX CF) - JT NÃO SERÁ COMPETENTE 
(COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM) 
o CASOS DE TERCEIRIZAÇÃO - JT SERÁ COMPETENTE 
o RELAÇÃO DE ESTÁGIO COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - JT NÃO 
SERÁ COMPETENTE (COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM) 
o RELAÇÃO DE ESTÁGIO COM SETOR PRIVADO - JT SERÁ 
COMPETENTE 
 
 
II. Ações que envolvam o Exercício do Direito de Greve 
• Todas as Ações Individuais ou Coletivas que envolvam o exercício 
do Direito de Greve são da Competência da Justiça do Trabalho. 
• Súmula Vinculante 23 STF: a justiça do trabalho é competente 
para julgar as ações possessórias ajuizadas em decorrência do 
exercício do direito de greve pelos trabalhadores de iniciativa 
privada. 
✓ Isso significa que a Justiça do Trabalho é competente para 
processar e julgar os três tipos de Ações Possessórias: 
a) Ação de Reintegração de Posse – no caso do 
Esbulho, que é a efetiva PERDA total ou parcial da 
posse; 
b) Ação de Manutenção na Posse – no caso de 
Turbação, que se manifesta por qualquer ato que 
embaraça o livre exercício da posse; 
c) Ação de Interdito Proibitório – no caso de Ameaça 
a Esbulho ou Turbação (ANTES de acontecer). 
 
Abusividade de greve - Atenção! – De quem é a 
Competência? Súmula 189 TST 
• (STF. RE 846854) - “A Justiça Comum, Federal ou Estadual, é 
competente para julgar a abusividade de greve de servidores 
públicos celetistas da Administração Pública direta, Autarquias e 
Fundações Públicas”. 
• Somente é competência da Justiça do Trabalho: as pessoas 
jurídicas de direito privado, inclusiveas Empresas públicas e as 
Sociedades de Economia Mista. 
 
 
Atenção! 
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Direito Processual do Trabalho 
Competência do STJ: 
• Movimento de âmbito nacional; 
• Movimento que atinja mais de uma região da justiça federal; 
• Movimento que compreenda mais de uma unidade da federação. 
Competência do TRF: 
• Uma única região da justiça federal; 
• Âmbito local. 
Competência do TJ: 
• Uma unidade da federação; 
• Âmbito local. 
 
 
III. Ações sobre Representação sindical, entre sindicatos, entre 
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
• A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar: 
a) Ações sobre Representação Sindical – disputa entre 
Sindicatos pela Representação da Categoria e fixação da 
base territorial (art. 8°, II CF); 
b) Ações entre Sindicatos; 
c) Ações entre Sindicatos e Trabalhadores; 
d) Ações entre Sindicatos e Empregadores; 
 
IV. Os Mandato de Segurança, Habeas Corpus e Habeas Data, quando o 
ato questionado envolver matéria sujeita a sua jurisdição; 
▪ Art. 5º CF. LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para 
proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus 
ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso 
de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuições do Poder Público; 
▪ Mandato de Segurança (Lei 12.016/2009, art. 1º) - Conceder-se-
á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não 
amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, 
ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou 
jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte 
de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as 
funções que exerça. 
✓ Competência Funcional do Mandato de Segurança: 
 Vara do Trabalho – será competente quando o Ato 
for cometido por Auditores Fiscais do Trabalho, 
Delegados do Trabalho, Procuradores do Trabalho e 
Oficiais de Cartório; 
 Tribunal Regional do Trabalho - será competente 
quando o Ato for cometido por Juízes do Trabalho, 
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Juiz de direito investido em Jurisdição Trabalhista, do 
próprio Tribunal ou de qualquer dos seus órgãos 
 Tribunal Superior do Trabalho – atos do Presidente 
ou de qualquer Ministro do Tribunal. 
 
▪ Habeas Corpus (art. 5º, LXVIII CF) – conceder-se-á habeas 
corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer 
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder. 
✓ Súmula Vinculante 25 do STF: é ilícita a prisão de 
depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de 
depósito. 
✓ Ex: Restrição da Liberdade de Locomoção do empregado 
ou trabalhador por parte do empregador ou tomador de 
serviços, no caso de Servidão por dívida. 
✓ OBS: a prisão por dívida de pensão alimentícia é 
possível. 
✓ Competência para impetração do Habeas Corpus: 
a) Vara do Trabalho – contra Ato de Particular; 
b) Tribunal Regional do Trabalho – contra Ato de Juiz 
do Trabalho; 
c) Tribunal Superior do Trabalho – contra Ato de 
Juízes (desembargadores) dos Tribunais Regionais 
do Trabalho; 
d) Supremo Tribunal Federal – contra Atos dos 
Ministros do TST – art. 102, I, i CF) 
 
▪ Habeas Data – Art. 5º, LXXII CF – conceder-se-á habeas data: 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo; 
✓ EXEMPLO: Empregador em face do MTE para ter acesso às informações 
no respectivo banco de dados, especificamente à Lista dos “Maus 
Empregadores” – que arrola os tomadores que exploram o trabalho 
humano em condições análogas a de escravo. 
✓ Servidor Celetista em face do Estado que não permite acesso ao seu 
prontuário. 
 
 
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Direito Processual do Trabalho 
V. os Conflitos de Competência entre órgãos com jurisdição 
trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o (salvo nos casos de 
competência do STJ e STF) 
CONFLITO POSITIVO – quando dois ou mais juízes se declaram 
COMPETENTES para julgar uma ação 
CONFLITO NEGATIVO - quando dois ou mais juízes se declaram 
INCOMPETENTES para julgar uma ação, atribuindo um ao outro essa 
competência 
Art. 66, CPC. Há conflito de competência quando: 
I – 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes; 
II – 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro 
a competência; 
III – entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou 
separação de processos. 
Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar 
o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo. 
 
Art. 804 CLT. Dar-se-á conflito de jurisdição: 
a) quando ambas as autoridades se considerarem competentes; 
b) quando ambas as autoridades se considerarem incompetentes. 
 
Art. 805 CLT. Os conflitos de jurisdição podem ser suscitados: 
a) pelos Juízes e Tribunais do Trabalho; 
b) pelo procurador-geral e pelos procuradores regionais da Justiça do Trabalho; 
c) pela parte interessada, ou o seu representante. 
 
Art. 808 CLT. Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão resolvidos: 
a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juntas e entre Juízos de 
Direito, ou entre uma e outras, nas respectivas regiões; 
b) pela Câmara de Justiça do Trabalho, os suscitados entre Tribunais Regionais, 
ou entre Juntas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais 
diferentes; 
c) (…) 
d) pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre as autoridades da Justiça 
do Trabalho e as da Justiça Ordinária. 
 
 
➢ Conflitos de Competência 
❖ 1ª Parte: Conflitos de Competência entre os Órgãos da Justiça do 
Trabalho: 
 
I. Conflito entre Juízes do Trabalho SUBORDINADOS AO MESMO 
TRT: será competente o PRÓPRIO TRT 
JUIZ DO TRABALHO X JUIZ DO TRABALHO (= TRT) = o próprio TRT 
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JUIZ DE DIREITO INV. JURISDIÇÃO TRAB. X JUIZ DE DIREITO INV. 
JURISDIÇÃO TRAB. (= TRT) = o próprio TRT 
II. Conflito entre Juizes Subordinados a DIFERENTES TRT’s: será 
competente o TST 
JUIZ DO TRABALHO X JUIZ DO TRABALHO (diferentes TRT’s) = TST 
JUIZ DE DIREITO INV. JURISDIÇÃO TRAB. X JUIZ DE DIREITO INV. 
JURISDIÇÃO TRAB. (diferentes TRT’s) = TST 
III. Conflito entre TRTs (TRT xTRT) = será competente o TST 
 
❖ 2ª PARTE: Conflito de Competência entre JUSTIÇAS diferentes = 
será competente o STJ 
JUIZ DO TRABALHO X JUIZ DE DIREITO (NÃO investido na Jurisdição 
Trabalhista) = STJ 
❖ 3ª PARTE: Quando o Conflito houver TRIBUNAL SUPERIOR = será 
competente o STF 
TST X TJ = STF 
STJ X TST = STF 
 
ATENÇÃO - Súmula n. 420 do TST - COMPETÊNCIA FUNCIONAL. 
CONFLITO NEGATIVO. TRT E VARA DO TRABALHO DE 
IDÊNTICA REGIÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO – Não se configura 
conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara 
do Trabalho a ele vinculada. 
 
VI. Dissídios em que se pleiteie Dano Moral e Patrimonial decorrentes 
da relação de trabalho 
▪ Súmula 392 TST (Dano Moral Reflexo/ Ricochete) - DANO 
MORAL E MATERIAL. RELAÇÃO DE TRABALHO. 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO (redação 
alterada em sessão do Tribunal Pleno realizada em 27.10.2015) 
- Res. 200/2015, DEJT divulgado em 29.10.2015 e 03 e 
04.11.2015 - Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da 
República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e 
julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes 
da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de 
trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos 
dependentes ou sucessores do trabalhador falecido. 
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▪ Súmula Vinculante 22 STF - A Justiça do Trabalho é competente 
para processar e julgaras ações de indenização por danos morais 
e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por 
empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não 
possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da 
promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04. 
 
▪ Assédio Moral X Dano Moral 
 
▪ Acidente de Trabalho – deve-se observar 2 regras: 
✓ Ações Acidentárias (lides previdenciárias), que derivam 
de acidente de trabalho, promovidas pelo Trabalhador 
Segurado em face da Previdência Social (INSS), – será 
competente a Justiça Comum Estadual – art. 109, I CF, art. 
643, § 2º CLT, Súmulas 235 e 501 STF, Súmula 15 STJ; 
 Em outras palavras, as Ações promovidas pelos 
trabalhadores postulando benefícios previdenciários 
em face da Previdência Social decorrentes dos 
acidentes e doenças do trabalho fundamentados nas 
Lei Previdenciária (8.213/91), a exemplo dos auxílio-
doença, auxílio-acidente, aposentadoria por 
invalidez, etc., não são da competência da Justiça do 
Trabalho, pois entre trabalhador e Previdência não há 
relação de trabalho. Assim, a competência para 
essas ações pertente a Justiça Comum. 
✓ Nas Ações promovidas pelo Empregado em face do 
Empregador, postulando indenização pelos danos morais e 
materiais sofridos em decorrência do acidente de trabalho – 
será competente a Justiça do trabalho. 
 
 
VII. Ações decorrentes de Penalidades Administrativas impostas aos 
empregadores pelos órgãos de fiscalização do trabalho 
OBS: Os Órgãos de Fiscalização pertencem a União e nesse caso, na JT, QUEM 
FISCALIZA é o Ministério do Trabalho, que possui Competência para aplicar 
Penalidades Administrativas. 
Para INVIABILIZAR as Penalidades Administrativas impostas, o Empregador 
deverá ajuizar uma ação na Justiça do Trabalho 
No caso de MULTA ADMNISTRATIVA – 636 CLT. O prazo para interposição 
de recurso é de trinta dias, contado da data de recebimento da notificação, 
inclusive para a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as suas 
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autarquias e fundações de direito público. (Redação dada pela Medida 
Provisória nº 905, de 2019) 
§ 1º O recurso de que trata este Capítulo terá efeito devolutivo e suspensivo 
e será apresentado perante a autoridade que houver imposto a aplicação da 
multa, a quem competirá o juízo dos requisitos formais de admissibilidade e o 
encaminhamento à autoridade de instância superior. (Redação dada pela 
Medida Provisória nº 905, de 2019) 
Súmula Vinculante n. 21 
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro 
ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. 
 
VIII. Execução de Ofício das contribuições sociais (previdenciárias) e 
seus acréscimos decorrentes da sentença que proferir (a 
competência corresponde apenas a execução de contribuição 
previdenciária relativas ao objeto da condenação constantes nas 
sentenças que proferir ou homologação de acordo). – OJ 376 SDI TST e 
Súmula 368, I TST. 
Ações Declaratórias – não haverá execução das contribuições pois nessa 
ação há apenas natureza declaratória (Sentença Condenatória 
DECLARATÓRIA) 
EX: Uma Empregada trabalhou por 4 Anos sem assinatura da CTPS, ela ajuíza 
uma ação na JT solicitando a DECLARAÇÃO do Reconhecimento do Vinculo 
Empregatício solicitando a respectiva anotação na CTPS – todo mês ela recebia 
a sua remuneração, só não tinha anotação na CTPS, a cada mês deveria incidir 
as Contribuições Previdenciárias de sua remuneração, CONTUDO, como a Ação 
é apenas declaratória a JT NÃO é competente para executar de ofício essas 
contribuições previdenciárias 
Então a JT será competente, de ofício para executar as Contribuições 
Previdenciárias DESDE QUE seja uma SENTENÇA CONDENATÓRIA EM 
PECÚNIA 
Súmula Vinculante 53: A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 
114, VIII, da Constituição Federal alcança a execução de ofício das contribuições 
previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que 
proferir e acordos por ela homologados. 
Súmula nº 368 do TST - DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS. IMPOSTO DE 
RENDA. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO. 
FORMA DE CÁLCULO. FATO GERADOR 
 I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das 
contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução 
das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28
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pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem 
o salário de contribuição. (ex-OJ nº 141 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998). 
II - É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições 
previdenciárias e fiscais, resultantes de crédito do empregado oriundo de 
condenação judicial. A culpa do empregador pelo inadimplemento das verbas 
remuneratórias, contudo, não exime a responsabilidade do empregado pelos 
pagamentos do imposto de renda devido e da contribuição previdenciária que 
recaia sobre sua quota-parte. (ex-OJ nº 363 da SBDI-1, parte final) 
III – Os descontos previdenciários relativos à contribuição do empregado, no 
caso de ações trabalhistas, devem ser calculados mês a mês, de conformidade 
com o art. 276, § 4º, do Decreto n º 3.048/1999 que regulamentou a Lei nº 
8.212/1991, aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite 
máximo do salário de contribuição (ex-OJs nºs 32 e 228 da SBDI-1 – inseridas, 
respectivamente, em 14.03.1994 e 20.06.2001). 
IV - Considera-se fato gerador das contribuições previdenciárias decorrentes de 
créditos trabalhistas reconhecidos ou homologados em juízo, para os serviços 
prestados até 4.3.2009, inclusive, o efetivo pagamento das verbas, 
configurando-se a mora a partir do dia dois do mês seguinte ao da liquidação 
(art. 276, “caput”, do Decreto nº 3.048/1999). Eficácia não retroativa da alteração 
legislativa promovida pela Medida Provisória nº 449/2008, posteriormente 
convertida na Lei nº 11.941/2009, que deu nova redação ao art. 43 da Lei nº 
8.212/91. 
V - Para o labor realizado a partir de 5.3.2009, considera-se fato gerador das 
contribuições previdenciárias decorrentes de créditos trabalhistas reconhecidos 
ou homologados em juízo a data da efetiva prestação dos serviços. Sobre as 
contribuições previdenciárias não recolhidas a partir da prestação dos serviços 
incidem juros de mora e, uma vez apurados os créditos previdenciários, aplica-
se multa a partir do exaurimento do prazo de citação para pagamento, se 
descumprida a obrigação, observado o limite legal de 20% (art. 61, § 2º, da Lei 
nº 9.430/96). 
VI – O imposto de renda decorrente de crédito do empregado recebido 
acumuladamente deve ser calculado sobre o montante dos rendimentos pagos, 
mediante a utilização de tabela progressiva resultante da multiplicação da 
quantidade de meses a que se refiram os rendimentos pelos valores constantes 
da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do recebimento ou crédito, 
nos termos do art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22/12/1988, com a redação conferida 
pela Lei nº 13.149/2015, observado o procedimento previsto nas Instruções 
Normativas da Receita Federal do Brasil. 
Súmula nº 454 do TST - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. 
EXECUÇÃO DE OFÍCIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE AO 
SEGURO DE ACIDENTE DE TRABALHO (SAT). ARTS. 114, VIII, E 195, I, “A”, 
DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - Compete à Justiça do Trabalho a 
execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de 
Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 
114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), poisse destina ao financiamento de benefícios 
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Direito Processual do Trabalho 
relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho 
(arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991). 
 
IX. outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma 
da lei. 
 
➢ Não Fornecimento das Guias do Seguro-Desemprego - Súmula 389 
TST - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide 
entre empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não-
fornecimento das guias do seguro-desemprego. 
 
➢ Súmula 300 TST - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar 
ações de empregados contra empregadores, relativas ao cadastramento 
no Plano de Integração Social (PIS). 
 
➢ Súmula nº 19 do TST - QUADRO DE CARREIRA (mantida) - Res. 
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 - A Justiça do Trabalho é competente 
para apreciar reclamação de empregado que tenha por objeto direito 
fundado em quadro de carreira. 
 
➢ Súmula n. 736 do STF (Meio Ambiente do Trabalho) - Compete à 
Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o 
descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e 
saúde dos trabalhadores. 
 
➢ Súmula n. 389 do TST - SEGURO-DESEMPREGO. COMPETÊNCIA DA 
JUSTIÇA DO TRABALHO. DIREITO À INDENIZAÇÃO POR NÃO 
LIBERAÇÃO DE GUIAS 
 
I – Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide 
entre empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não-
fornecimento das guias do seguro-desemprego. (ex-OJ n. 210 da SBDI-1 
– inserida em 08.11.2000) 
II – O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o 
recebimento do seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização. 
(ex-OJ n. 211 da SBDI-1 – inserida em 08.11.2000) 
 
OBS: Acidente de Trabalho – Em relação ao acidente de trabalho vale ressaltar 
que a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações 
indenizatórias ajuizadas pelo empregado ou seus sucessores contra seu 
empregador. Excluem-se dessa regra as causas de acidente de trabalho em que 
a União, entidade autarquica ou empresa pública federal forem interessadas, na 
condição de autora, ré, assistente ou oponente (art. 109 CF, Súmula 501 STF, 
Súmula Vinculante 22 STF). 
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Súmula nº 392 do TST - DANO MORAL E MATERIAL. RELAÇÃO DE TRABALHO. 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO (redação alterada em sessão do 
Tribunal Pleno realizada em 27.10.2015) 
Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é 
competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, 
decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e 
doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do 
trabalhador falecido. 
 
Art. 114, CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (…) 
 
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. 
▪ As Partes aqui podem se direcionar, para a solução do conflito, para 
o Poder Judiciário ou Arbitragem 
 
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, 
é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza 
econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as 
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as 
convencionadas anteriormente. 
 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do 
interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio 
coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. 
 
1. COMPETÊNCIA TERRITORIAL - Art. 651 CLT 
 
➢ Regra Geral: a competência das Varas do Trabalho é determinada pela 
localidade onde empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços 
ao empregador, ainda que tenha sido contratado em outro lugar ou no 
estrangeiro. 
 
▪ EX: João foi Contratado em São Paulo, para prestar serviços no 
Rio de Janeiro, o que fez durante 3 anos – caso João queira 
ajuizar um ação DEVERÁ fazer na Vara do Trabalho do Rio de 
Janeiro, por ser o LOCAL DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS 
 
▪ Assim, caso haja MAIS de um local da prestação de serviços, 
de acordo com a doutrina e jurisprudência majoritária (como o 
autor Carlos Henrique Bezerra Leite), a ação trabalhista deverá ser 
proposta no último lugar da prestação de serviços (prevalecerá 
a Competência do Último Local da Prestação de Serviços). 
 
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✓ EX: Samuel foi CONTRATADO em Brasília, e PRESTOU 
SERVIÇOS durante 1 Ano no Rio de Janeiro, 1 Ano em São 
Paulo e por 1 Ano no Espírito Santo quando então foi 
Dispensado – será Competente a VARA DO ES, por ser 
ÚLTIMO LOCAL da Prestação dos Serviços. 
 
 ATENÇÃO 1: Para alguns Doutrinadores como Mauro Schiavi nesse 
caso caberá ao Reclamante a escolha do Local da propositura da ação 
(escolher uma das varas existentes nas localidades em que houve a 
prestação de serviços – passando a ser competente, pelo critério da 
prevenção, a vara do local em que a Reclamação Trabalhista foi 
proposta em primeiro lugar). Isso porque, para esses autores, nem 
sempre a último local da prestação de serviços representa o melhor lugar 
de ajuizamento da ação, ou seja, aquele que representará o acesso 
facilitado, real e efetivo à Justiça do Trabalho. 
 
 ATENÇÃO 2: O Doutrinador Mauricio Godinho defende que a regra 
geral não é absoluta, não devendo ser aplicada com extremo rigor, uma 
vez que, a definição da competência territorial deve levar em 
consideração a viabilidade do acesso a justiça por parte do trabalhador 
(princípio da inafastabilidade da jurisdição art. 5º XXXV, Direito de Ação). 
Logo, a ação trabalhista deverá ser ajuizada no local que tenha ligação 
com a prestação de serviços e que tenha maior viabilidade de 
concretização do direito constitucional, por parte do trabalhador de 
acesso ao judiciário. 
✓ EX: Digamos que o empregado foi contratado na localidade 
A para prestar serviços na localidade B, consideravelmente 
distante. E após anos de prestação de serviços é despedido 
sem justa causa, sem que o empregador cumpra com todos 
os seus haveres trabalhistas. Com muito custo, o 
empregado consegue retornar ao seu local de origem. 
PERGUNTA-SE: Será que o local da prestação de 
serviços é o melhor local para ajuizamento da 
reclamação trabalhista? 
 Doutrinador LEONE PEREIRA: Facilitar, real e 
efetivamente, o acesso do trabalhador a Justiça 
Trabalhista é proporcionar-lhe a escolha do Local 
do seu Domicilio, da Contratação ou da Prestação 
de serviços, como melhor lhe aprouver. 
 
Art. 651 CLT - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada 
pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao 
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (REGRA 
GERAL) 
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Direito Processual do Trabalho 
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da 
Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado 
esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o 
empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, 
estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o 
empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. 
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar 
do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da 
celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços 
 
▪ Exceções a Regra Geral do caput do art. 651 CLT: 
a) Empregado Agente ou Viajante Comercial – art. 651, § 1º 
CLT – Quando for parte no dissídio Agente ou Viajante 
Comercial,a competência será da Vara da localidade em 
que a empresa tenha Agência ou Filial e a esta o 
empregado esteja subordinado e, na falta, será 
competente a Vara da localização em que o empregado 
tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
 
 A competência será: 
✓ Da Vara da localidade em que a tenha agência ou 
filial e a esta o empregado esteja subordinado – 
REQUISITOS CUMULATIVOS: Existência da 
Agência ou Filial E A Subordinação da 
Empregada a essa Agência/Filial; 
 
✓ Se não existir Vara do Trabalho nessa localidade, 
será competente a Vara onde o empregado tenha 
domicilio ou na localidade mais próxima. 
 
✓ EX: Maria é Agente Comercial. Neste caso, a regra a 
ser aplicada a ela é a do artigo 651, § 1º. Será 
verificado a Vara do Trabalho onde tem 
agência/filial a que essa empregada esteja 
subordinada. Se na localidade onde ela está 
subordinada não existe vara do trabalho, ela 
ajuizará essa ação em seu domicílio ou na 
localidade mais próxima. 
 
b) Empregado Brasileiro contratado para trabalhar no 
estrangeiro – A competência das Juntas de Conciliação e 
Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos 
dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, 
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desde que o empregado seja brasileiro e não haja 
convenção internacional dispondo em contrário 
 
 art. 651, §2 CLT – a reclamatória trabalhista poderá 
ser ajuizada no Brasil, DESDE QUE o Emprega 
seja Brasileira OU Residente no País (art. 5º, caput 
CF) e não haja acordo internacional dispondo o 
contrário. 
 
✓ EX: Roberto foi contratado no Brasil para prestar serviços nos Estados 
Unidos. Ele trabalhou nos Estados Unidos durante 5 anos. Ele retornou 
ao Brasil pois foi dispensado, mas não recebeu os seus direitos e quer 
ajuizar uma ação. Neste caso, aplica-se a regra do artigo 651, § 2º. A vara 
do trabalho é competente para julgar os dissídios que tenham ocorrido no 
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro ou estrangeiro 
residente no país, e não haja convenção internacional dispondo em 
contrário. 
 
▪ Qual legislação material será aplicável quando o 
empregado brasileiro é contratado para trabalhar 
em outro país? 
 empregados brasileiros contratados 
diretamente por empresas estrangeiras - é 
regida por critérios estabelecidos pelo Direito 
Internacional Privado, prevalecendo o 
Princípio da territorialidade, ou seja é aplicada 
a norma onde se efetivou o pacto laboral. 
 Empregado Transferido – aplica-se a 
legislação mais favorável – Princípio da Norma 
Mais Favorável – art. 2 e 3 da lei 7064/82 – 
Critério do Conglobamento Mitigado. 
OBS: As hipóteses de transferência estão previstas no artigo 2º da Lei n. 
7.064/82, se não vejamos: 
Art. 2º Lei 7.64/82 - Para os efeitos desta Lei, considera-se transferido: 
I – o empregado removido para o exterior, cujo contrato estava sendo executado 
no território brasileiro; 
II – o empregado cedido à empresa sediada no estrangeiro, para trabalhar no 
exterior, desde que mantido o vínculo trabalhista com o empregador brasileiro; 
III – o empregado contratado por empresa sediada no Brasil para trabalhar a seu 
serviço no exterior. 
 Para os empregados transferidos aplica-se 
a legislação material mais favorável, nos 
termos do artigo 3º da Lei n. 7.064/82, in 
verbis: 
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Art. 3º A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado 
transferido assegurar-lhe-á, independentemente da observância da legislação 
do local da execução dos serviços: 
II – a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo que não 
for incompatível com o disposto nesta Lei, quando mais favorável do que a 
legislação territorial, no conjunto de normas e em relação a cada matéria. 
OBS: Aplica-se aqui a Teoria do Conglobamento Mitigado, Orgânico ou por 
Instituto (adotada pelo nosso ordenamento jurídico) – art. 3º, II da Lei 7064 
– determina a aplicação do conjunto de normas agrupadas sob a mesma forma 
de instituto jurídico que for mais favorável ao trabalhador. Assim, os dois 
dispositivos legais serão aplicados a mesma relação de trabalho, sendo que a 
adoção do mesmo instituto jurídico (matéria) de uma lei exclui a aplicação do 
mesmo instituto ou matéria de outra lei. A análise aqui deverá extrair-se do 
conjunto de normas que se referem a uma mesma matéria e não à totalidade da 
norma. 
c) Empregador que promove realização de atividade fora 
do lugar do contrato – art. 651, §3 CLT – Ex: companhias 
teatrais, circos – é assegurado ao empregado propor 
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da 
prestação dos respectivos serviços. 
 
➢ COMPETÊNCIA ABSOLUTA X COMPETÊNCIA RELATIVA 
 
 COMPETÊNCIA ABSOLUTA - A Competência em Razão da Matéria, 
da Pessoa e da função é Absoluta. Tal competência não pode ser 
prorrogada e deve ser decretada de ofício pelo juiz em qualquer tempo 
ou grau de jurisdição (art. 64, §1° CPC/2015), enquanto não formada a 
coisa julgada (preclusão máxima). Assim seu conhecimento independe da 
provocação das partes. 
o Caso já tenha ocorrido a coisa julgada, somente por meio de ação 
rescisória será possível desconstituir a sentença proferida por juiz 
absolutamente incompetente (art. 966, II CPC/2015). 
Art. 966 CPC/2015. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode 
ser rescindida quando: 
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente 
incompetente; 
Art. 64 CPC 2015. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão 
preliminar de contestação. 
§ 1o - A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de 
jurisdição e deve ser declarada de ofício. 
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✓ Incompetência em razão da matéria – momentos adequados 
de alegação: Preliminar de Contestação. 
 
 
 COMPETÊNCIA RELATIVA - A Competência Territorial e em razão do 
Valor da Causa é Relativa. É vedado ao juiz declarar, de ofício, a 
incompetência relativa (OJ 149 SDI – 2 TST), assim, a incompetência 
territorial pode ser prorrogada caso a parte não apresente Exceção de 
Incompetência em audiência de instrução e julgamento. 
✓ Incompetência Territorial – momento adequado de alegação: 
Preliminar de Contestação - Exceção de Incompetência (art. 799 e 
seguintes da CLT). 
Art. 337 CPC/2015. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
II - incompetência absoluta e relativa; 
Art. 65 CPC/2015. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a 
incompetência em preliminar de contestação. 
 
 FORO DE ELEIÇÃO – ART. 63 CPC/2015 E INSTRUÇÃO NORMATIVA 
39/2016 DO TST 
O art. 63 CPC/2015 estabelece que as competência em razão do valor da 
causa e do território podem ser modificadas pelas partes por meio da eleição 
de Foro para solucionar eventuais conflitos. 
Art. 63 CPC/2015. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do 
território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. 
INSTRUÇÃO NORMATIVA 39/2016 TST - Art. 2° Sem prejuízo de outros, não 
se aplicam ao Processo do Trabalho, em razão de inexistência de omissão ou 
por incompatibilidade, os seguintes preceitos do Código de Processo Civil: 
I - art. 63 (modificação da competência territorial e eleição de foro); 
 
❖ DOUTRINA MAJORITÁRIA : O art. 63 CPC/2015 (antigo art. 111 
CPC/1973) É INCOMPATÍVEL com as regras de competência da 
justiça do trabalho, pois essas são de ordem pública e, por 
consequência insucetíveis de modificação pelas partes. 
 
❖ Dizeres de Mauro Schiavi – “No nosso sentir, o FORO DE ELEIÇÃO É 
INCOMPATÍVEL COM O PROCESSO DO TRABALHO, considerando-se 
a hipossuficiência do reclamante, bem como eventual estado de 
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subordinação do empregado ao aceitar determinada localidade para 
propositura da demanda trabalhista.” 
EX: Estevão foi Contratadoem Brasília, para prestar serviços em São Paulo, 
sendo que no seu Contrato de Trabalho há uma Clausula determinando a 
Eleição de Foro o Estado do Rio de Janeiro – a Vara Competente será a de 
São Paulo, que é o Local da Prestação dos Serviços (art.ç 651 CLT), sendo 
INVÁLIDA a clausula que determina Eleição de Foro. 
 
COMPETÊNCIA FUNCIONAL – DOS ÓRGÃOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
COMPETÊNCIA DAS VARAS DO TRABALHO – Art 652 E 653 CLT 
Art. 652. Compete às Varas do Trabalho: 
a) conciliar e julgar: 
I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de 
empregado; 
II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de 
rescisão do contrato individual de trabalho; 
III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja 
operário ou artífice; 
IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho; 
V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão 
Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho; 
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave; 
c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões; 
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua 
competência; 
e) impor multa e demais penalidades relativas aos atos de sua 
competência. (Suprimida pelo Decreto-lei nº 6.353, de 20.3.1944) 
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de 
competência da Justiça do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
2017) 
 Esse é o Chamado PROCESSO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA de 
Homologação de Acordo Extrajudicial 
Parágrafo único - Terão preferência para julgamento os dissídios sobre 
pagamento de salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del6353.htm#art652
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
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Presidente da Junta, a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre 
que a reclamação também versar sobre outros assuntos. 
Art. 653 - Compete, ainda, às Juntas de Conciliação e Julgamento: 
a) requisitar às autoridades competentes a realização das diligências necessárias 
ao esclarecimento dos feitos sob sua apreciação, representando contra aquelas que 
não atenderem a tais requisições; 
b) realizar as diligências e praticar os atos processuais ordenados pelos Tribunais 
Regionais do Trabalho ou pelo Tribunal Superior do Trabalho; 
c) julgar as suspeições argüidas contra os seus membros; 
d) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas; 
e) expedir precatórias e cumprir as que lhes forem deprecadas; 
f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, quaisquer outras 
atribuições que decorram da sua jurisdição. 
 
COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO – Art 678 E 
680 CLT 
 
 678 - Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete 
I - ao Tribunal Pleno, especialmente: 
a) processar, conciliar e julgar originàriamente os dissídios coletivos; 
b) processar e julgar originàriamente: 
1) as revisões de sentenças normativas; 
2) a extensão das decisões proferidas em dissídios coletivos; 
3) os mandados de segurança; 
4) as impugnações à investidura de vogais e seus suplentes nas Juntas de 
Conciliação e Julgamento; 
c) processar e julgar em última instância: 
1) os recursos das multas impostas pelas Turmas; 
2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento, dos 
juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, das Turmas e de seus próprios 
acórdãos; 
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3) os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os juízes de direito investidos 
na jurisdição trabalhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou entre aquêles e 
estas; 
d) julgar em única ou última instâncias: 
1) os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos seus 
serviços auxiliares e respectivos servidores; 
2) as reclamações contra atos administrativos de seu presidente ou de qualquer 
de seus membros, assim como dos juízes de primeira instância e de seus funcionários. 
II - às Turmas: 
a) julgar os recursos ordinários previstos no art. 895, alínea a ; 
b) julgar os agravos de petição e de instrumento, êstes de decisões denegatórias 
de recursos de sua alçada; 
c) impor multas e demais penalidades relativas e atos de sua competência 
jurisdicional, e julgar os recursos interpostos das decisões das Juntas dos juízes de 
direito que as impuserem. 
Parágrafo único. Das decisões das Turmas não caberá recurso para o Tribunal 
Pleno, exceto no caso do item I, alínea "c" , inciso 1, dêste artigo. 
Art. 680. Compete, ainda, aos Tribunais Regionais, ou suas Turmas: 
a) determinar às Juntas e aos juízes de direito a realização dos atos processuais 
e diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação; 
b) fiscalizar o comprimento de suas próprias decisões; 
c) declarar a nulidade dos atos praticados com infração de suas decisões; 
d) julgar as suspeições arguidas contra seus membros; 
e) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas; 
f) requisitar às autoridades competentes as diligências necessárias ao 
esclarecimento dos feitos sob apreciação, representando contra aquelas que não 
atenderem a tais requisições; 
g) exercer, em geral, no interêsse da Justiça do Trabalho, as demais atribuições 
que decorram de sua Jurisdição. 
 
COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO – Art 702 CLT 
Art. 702 - Ao Tribunal Pleno compete: 
I - em única instância: 
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a) decidir sobre matéria constitucional, quando arguido, para invalidar lei ou ato do 
poder público; 
b) conciliar e julgar os dissídios coletivos que excedam a jurisdição dos Tribunais 
Regionais do Trabalho, bem como estender ou rever suas próprias decisões 
normativas, nos casos previstos em lei; 
c) homologar os acordos celebrados em dissídios de que trata a alínea 
anterior; 
d) julgar os agravos dos despachos do presidente, nos casos previstos em 
lei; 
e) julgar as suspeições arguidas contra o presidente e demais juízes do Tribunal, 
nos feitos pendentes de sua decisão; 
f) estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência uniforme, 
pelo voto de pelo menos dois terços de seus membros, caso a mesma matéria já tenha 
sido decidida de forma idêntica por unanimidade em, no mínimo, dois terços das turmas 
em pelo menos dez sessões diferentes em cada uma delas, podendo, ainda, por maioria 
de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que 
ela só tenha eficácia a partir de sua publicação no Diário Oficial; (Redação 
dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
g) aprovar tabelas de custas emolumentos, nos termos da lei; 
h) elaborar o Regimento Interno do Tribunal e exercer as atribuições 
administrativas previstas em lei, ou decorrentes da Constituição Federal. 
II - em última instância: 
a) julgar os recursos ordinários das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais 
em processos de sua competência originária; 
b) julgar os embargos opostos às decisões de que tratam as alíneas "b" e "c" do 
inciso I deste artigo; 
c) julgar embargos das decisões das Turmas, quando esta divirjam entre si ou de 
decisão proferida pelo próprio Tribunal Pleno, ou que forem contrárias à letra de lei 
federal;d) julgar os agravos de despachos denegatórios dos presidentes de turmas, em 
matéria de embargos na forma estabelecida no regimento interno; 
e) julgar os embargos de declaração opostos aos seus acordãos. 
 § 1º Quando adotada pela maioria de dois terços dos juízes do Tribunal Pleno, a 
decisão proferida nos embargos de que trata o inciso II, alínea "c", deste artigo, terá 
força de prejulgado, nos termos dos §§ 2º e 3º, do art. 902. 
§ 2º É da competência de cada uma das turmas do Tribunal: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
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a) julgar, em única instância, os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais 
do Trabalho e os que se suscitarem entre juízes de direito ou juntas de conciliação e 
julgamento de regiões diferentes; 
b) julgar, em última instância, os recursos de revista interpostos de decisões dos 
Tribunais Regionais e das Juntas de Conciliação e julgamento ou juízes de dirieto, nos 
casos previstos em lei; 
c) julgar os agravos de instrumento dos despachos que denegarem a interposição 
de recursos ordinários ou de revista; 
d) julgar os embargos de declaração opostos aos seus acordaos; 
e) julgar as habilitações incidentes e arguições de falsidade, suspeição e outras 
nos casos pendentes de sua decisão. 
§ 3o As sessões de julgamento sobre estabelecimento ou alteração de súmulas e 
outros enunciados de jurisprudência deverão ser públicas, divulgadas com, no mínimo, 
trinta dias de antecedência, e deverão possibilitar a sustentação oral pelo Procurador-
Geral do Trabalho, pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, pelo 
Advogado-Geral da União e por confederações sindicais ou entidades de classe de 
âmbito nacional. (Incluído dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
§ 4o O estabelecimento ou a alteração de súmulas e outros enunciados de 
jurisprudência pelos Tribunais Regionais do Trabalho deverão observar o disposto na 
alínea f do inciso I e no § 3o deste artigo, com rol equivalente de legitimados para 
sustentação oral, observada a abrangência de sua circunscrição 
judiciária. (Incluído dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
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