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Material Didático de Contabilidade Financeira

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MATERIAL DIDÁTICO 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE FINANCEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0800 042 0122 
www.ipebras.com.br 
 
Impressão 
e 
Editoração 
 
 
2 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Introdução ........................................................................................................................... 4 
Conceito ............................................................................................................................. 4 
Contabilidade financeira: o que é e para que serve? ...................................................................... 11 
A contabilidade financeira ...................................................................................................... 13 
Pessoa física e Pessoa Jurídica ............................................................................................... 17 
ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS/CONTÁBEIS: Definição, exemplos e contabilização. .................... 21 
Tipos de Sociedades ............................................................................................................ 29 
Livro Razão ....................................................................................................................... 38 
Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 51 
 
 
3 
 
Ementa 
 
Conceitos fundamentais: pessoa física e jurídica; finanças e 
contabilidade; patrimônio e fatos administrativos. 
Tipos de sociedade e responsabilidade dos sócios. Principais 
interessados na informação contábil. Instituições do mercado: o 
papel do BCB, da CVM, do IBGE, da SUSEP, da RFB, da BM&F 
Bovespa, do INPI e outros. 
Mecanismo de débito e crédito. Livros contábeis: diário geral e razão geral. 
 
Ciclo operacional, ciclo financeiro, período contábil e exercício 
social. Elaboração de demonstrativos financeiros essenciais: 
balanço patrimonial e demonstração do resultado. Demonstrativos 
financeiros acessórios: mutação do patrimônio líquido e 
demonstrativo de fluxo de caixa. Contabilizações especiais: 
depreciação, resultado de equivalência patrimonial e 
demonstrativos financeiros consolidados. 
 
Princípios contábeis internacionais (IRFS). Noções de auditoria 
externa e interna. Parecer do conselho fiscal e relatório anual de 
acionistas. Valor patrimonial, valor de mercado e valor nominal das 
ações. Deveres do contador e do administrador. Tributação das 
empresas no Brasil: tributos diretos e indiretos; Super Simples, 
Lucro Presumido e Lucro Real. Noções de mercado de capitais. 
Noções de disclosure e governança corporativa. 
 
4 
 
Introdução 
A contabilidade financeira tem o objetivo de entender 
investidores e avaliar os registros contábeis da empresa. 
 
 
O mundo da contabilidade tem uma linguagem que pode 
ser de difícil compreensão para quem está de fora. Quem houve 
falar em contabilidade financeira, contabilidade gerencial, 
contabilidade de custos e contabilidade patrimonial pode ser 
levado a imaginar que existem diversos tipos diferentes de 
contabilidade, o que implica na existência de vários departamentos 
de contabilidade diferentes. 
 
A verdade é que toda contabilidade é, invariavelmente, 
financeira. Isso porque a contabilidade consiste justamente em 
uma cadeia de conhecimentos e práticas de estudo e registro da 
movimentação financeira de uma empresa 
 
Conceito 
 
O que é contabilidade financeira 
 
 
A contabilidade conhecida originalmente é a que foi 
desenvolvida pela escola europeia. Trata-se da chamada 
contabilidade patrimonial, cuja finalidade é apresentar a posição 
patrimonial da empresa em determinado momento. Os registros 
contábeis são realizados ao longo de um período e, ao final deste 
tempo, representam o balanço patrimonial da organização. 
 
5 
 
A contabilidade financeira, também chamada de modelo 
anglo-saxônico, surge como resposta a uma necessidade imposta 
pela evolução dos negócios e das sociedades. Ela é dedicada a 
atender os investidores, embora também consista na avaliação 
dos registros contábeis da empresa. 
 
A contabilidade financeira é uma ferramenta administrativa 
e estratégica para a empresa, uma vez que serve para fornecer 
informações relevantes aos proprietários, acionistas, gestores, 
investidores e parceiros em potencial. 
 
 
Contabilidade de custos e contabilidade gerencial 
 
 
A contabilidade gerencial consiste em transformar as 
demonstrações contábeis em informações gerenciais valiosas e 
capazes de alimentar os diversos centros de decisão dentro de 
uma empresa. 
 
A contabilidade de custos, por sua vez, é resultante da 
necessidade. Isso porque a contabilidade tradicional geralmente 
fragmenta os custos de produção, sejam eles industriais ou de 
serviço. Isso acontece porque os custos de produção contratados 
a prazo vão para o passivo, enquanto os contratados 
à vista são registrados como despesa. 
 
A consequência é que as empresas, ao tentar conhecer os 
seus custos produção para tomar decisões, não podiam contar 
com uma ferramenta voltada para oferecer o custo contábil total da 
produção. Daí surge a contabilidade de custos que, em uma 
linguagem bem informal, registra os custos em tempo real, 
permitindo à empresa confrontar custo de produção com as 
 
6 
 
vendas. 
 
Em resumo, a contabilidade financeira é a contabilidade de 
fato, que alimenta os diversos grupos de interesse dentro e fora da 
empresa com informações financeiras importantes, que servirão 
como ferramenta central ou auxiliar de decisão em diversos 
aspectos do negócio. 
 
 
Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira 
 
De uma forma geral, costuma-se entender a contabilidade 
como externa e interna. A contabilidade externa é aquela que 
apresenta informações para os agentes que estão fora da 
entidade, ou seja, fornecedores, governo, bancos e etc. Portanto, 
Contabilidade interna é aquela que apresenta informações e 
proporciona apoio ao processo decisório interno da empresa, 
como os sócios, empregados e etc. 
 
 
No entanto, o critério de Contabilidade Gerencial e Financeira sofre de 
algumas divergências quanto as suas posições. Para alguns especialistas, a 
Contabilidade Gerencial é uma extensão da Contabilidade Financeira. 
Para outros, no entanto, a Contabilidade Financeira e a Contabilidade 
Gerencial necessitam tomar rumos diferentes. 
 
 
Existem argumentos para se aceitar ou não uma e outra 
forma de perceber o tema, sendo possível encontrar aqueles que 
pensam que a Contabilidade ainda possa ser única. 
Podemos afirmar, contudo, que a Contabilidade Gerencial 
não é um ramo separado da Ciência Contábil, mas é a integração 
dos conhecimentos de gestão para a tomada de decisões na 
 
7 
 
administração da entidade. Portanto, é o gerenciamento da 
informação contábil em favor da administração da entidade. 
 
A Contabilidade Gerencial preocupa-se com a informação 
contábil útil à administração. Os administradores utilizam-se dos 
dados gerenciais para planejamento, avaliação e controle 
adequados da organização, por meio de um Sistema de 
Informação Contábil. 
 
Tanto os usuários internos, como sócios e gestores, 
quanto os externos, como auditoria, utilizam a informação contábil. 
A diferença está no tipo da informação e na maneira como atuam 
 
A Contabilidade Gerencial é um tipo de informação 
contábil desenvolvida para gestores dentro de uma organização. É 
o processo de identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar, 
interpretar e comunicar informações que auxiliem os gestores a 
atingir objetivos organizacionais. 
 
Esse tipo de Contabilidade Gerencial tenta ser abrangente e 
breve, e ao mesmo tempo, capaz de se adaptar às mudanças 
tecnológicas e às novas 
necessidades dos gestores e das outras áreas funcionais dos negócios. 
 
Esseconceito também pode ser aplicável às organizações 
que não têm o lucro como objetivo. Independente do objetivo da 
empresa, todas precisam gerenciar o uso dos seus recursos. 
 
A Contabilidade Financeira refere-se à informação contábil 
desenvolvida para os usuários externos como acionistas, 
fornecedores, bancos e agências reguladoras governamentais. 
 
Como a Contabilidade gerencial não se prende a nenhuma 
 
8 
 
obrigação legal, é o administrador que determina quais os 
procedimentos que mais necessita para a tomada de decisões. 
Sob esse aspecto, a informação deve ser clara, precisa, rápida e 
dirigida. São características da informação gerencial: 
 
comparabilidade, confiança, tempestividade, detalhamento
 adequado e relevância. 
 
Diferente do que muita gente pensa, o mais importante 
para o contador ou administrador gerencial da empresa, o 
controller, não é saber calcular, mas interpretar indicadores e 
elaborar relatórios, apresentando os pontos fortes e fracos do 
processo operacional e financeiro da empresa. Além disso, o 
controller deve saber propor alternativas que direcione o futuro da 
entidade. 
 
O limite entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade 
Gerencial é dividido por uma linha tênue, pois em diversos 
momentos há um entrelaçamento entre as duas técnicas. 
 
De modo geral, as demonstrações contábeis representam a fronteira 
entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial. Elas podem 
servir como indicadores válidos de desempenho, mesmo que em largos 
traços, e serem utilizadas no modelo previsional da gerência. 
 
A Análise de Balanços, por exemplo, serve tanto para o 
emprestador de recursos na avaliação da segurança do retorno do 
empréstimo ou financiamento como para a administração na 
avaliação Contabilidade Financeira e Gerencial 
 
Portanto, de forma resumida, podemos afirmar dois conceitos: 
 
 
9 
 
• Contabilidade financeira: 
 
É o processo de elaboração de demonstrativos financeiros 
para propósitos externos, como acionistas, credores e autoridades 
governamentais. Ela é condicionada a imposições legais e 
requisitos fiscais e voltada para o passado. 
 
• Contabilidade gerencial: 
 
É o processo de identificação, mensuração,
 acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de 
informações financeiras usadas pela administração para planejar, avaliar 
e controlar dentro de uma empresa e assegurar uso apropriado e 
responsável de seus recursos. 
 
De uma forma geral, costuma-se entender a contabilidade 
como externa e interna. A contabilidade externa é aquela que 
apresenta informações para os agentes que estão fora da 
entidade, ou seja, fornecedores, governo, bancos e etc. Portanto, 
Contabilidade interna é aquela que apresenta informações e 
proporciona apoio ao processo decisório interno da empresa, 
como os sócios, empregados, entre outros. 
 
No entanto, o critério de Contabilidade Gerencial e 
Financeira sofre de algumas divergências quanto as suas 
posições. Para alguns especialistas, a Contabilidade Gerencial é 
uma extensão da Contabilidade Financeira. Para outros, no 
entanto, a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial 
necessitam tomar rumos diferentes. 
 
Existem argumentos para se aceitar ou não uma e outra 
forma de perceber o tema, sendo possível encontrar aqueles que 
 
10 
 
pensam que a Contabilidade ainda possa ser única. 
 
Podemos afirmar, contudo, que a Contabilidade Gerencial 
não é um ramo separado da Ciência Contábil, mas é a integração 
dos conhecimentos de gestão para a tomada de decisões na 
administração da entidade. Portanto, é o gerenciamento da 
informação contábil em favor da administração da entidade. 
 
A Contabilidade Gerencial preocupa-se com a informação 
contábil útil à administração. Os administradores utilizam-se 
dos dados gerenciais para planejamento, avaliação e controle 
adequados da organização, por meio de um Sistema de 
Informação Contábil. 
 
Tanto os usuários internos, como sócios e gestores, quanto 
os externos, como auditoria, utilizam a informação contábil. A 
diferença está no tipo da informação e na maneira como atuam. 
 
A Contabilidade Gerencial é um tipo de informação 
contábil desenvolvida para gestores dentro de uma organização. É 
o processo de identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar, 
interpretar e comunicar informações que auxiliem os gestores a 
atingir objetivos organizacionais. 
 
Esse tipo de Contabilidade Gerencial tenta ser abrangente 
e breve, e ao mesmo tempo, capaz de se adaptar às mudanças 
tecnológicas e às novas necessidades dos gestores e das outras 
áreas funcionais dos negócios. 
Esse conceito também pode ser aplicável às organizações 
que não têm o lucro como objetivo. Independente do objetivo da 
empresa, todas precisam gerenciar o uso dos seus recursos. 
 
A Contabilidade Financeira refere-se à informação contábil 
 
11 
 
desenvolvida para os usuários externos como acionistas, 
fornecedores, bancos e agências reguladoras governamentais. 
 
Contabilidade financeira: o que é e para que serve? 
 
Ter a contabilidade da sua empresa em dia não é apenas 
uma necessidade mas sim, e acima de tudo, uma obrigação. A 
contabilidade financeira procura encontrar respostas a perguntas 
recorrentes no seu negócio como: quanto vendemos no mês 
passado? Quantas pessoas recorreram aos nossos serviços? Qual 
a quantidade que temos de produzir para satisfazer as 
necessidades dos nossos clientes? 
 
Assim, a contabilidade financeira é um método que o 
auxilia a melhor organizar e gerir o seu negócio. Para obter um 
bom serviço de contabilidade financeira pode recorrer a empresas 
de contabilidade. 
 
 
Qual a utilidade da Contabilidade Financeira? 
 
A contabilidade é a ciência que serve para organizar a 
totalidade dos registos numéricos de uma determinada empresa. 
Assim, serve para registar todos os movimentos de valores e 
quantidades. Posto isto, não é difícil de entender que a 
contabilidade financeira é, acima de tudo, uma ferramenta de 
gestão do seu negócio, independentemente da sua dimensão. 
 
A contabilidade, assim como as mais diversas ciências, 
possui várias vertentes. As duas vertentes mais conhecidas da 
contabilidade são a contabilidade financeira e a contabilidade 
empresarial. A contabilidade financeira compreende os 
pagamentos da sua empresa ao exterior, incluindo compras e 
 
12 
 
vendas e operações bancárias. Esta vertente da contabilidade 
é importantíssima no âmbito fiscal e comercial, nomeadamente 
para a realização do balanço anual do seu negócio. 
 
 
A Contabilidade Financeira é importante para a minha empresa? 
 
 
A contabilidade financeira é composta por uma série de 
processos contáveis que são feitos de uma forma mais analítica e 
organizada para poder avaliar o âmbito contável, registando todos 
os valores e quantias que se desenrolaram, a par da sua atividade 
empresarial. Tem dúvidas? Pode sempre consultar um gabinete de 
contabilidade. 
 
A contabilidade financeira é, a nível fiscal e comercial, um âmbito 
muito importante da gestão do seu negócio visto que apresenta e avalia os 
seus recursos. É tarefa de a contabilidade financeira identificar, medir, 
analisar e interpretar todas as informações financeiras respectivas à sua 
atividade de negócio, assim como assegurar o planeamento e avaliação dos 
seus recursos. 
 
Qual é o principal objetivo da contabilidade financeira? 
 
De todos os aspetos que fazem parte de uma empresa, a 
contabilidade financeira serve para estudar o património das 
entidades, sejam elas de maior ou menor dimensão. A 
contabilidade financeira é a linguagem dos negócios. 
 
A contabilidade gerencial é relacionada com o 
fornecimento de informações para os administradores, isto é, 
aqueles que estão dentro da organização e que são responsáveis 
pela direção e controle de suas operações.13 
 
A contabilidade gerencial pode ser contrastada com a 
contabilidade financeira, que é relacionada com o fornecimento de 
informações para os acionistas, credores e outros que estão de 
fora da organização. 
 
A contabilidade financeira é uma técnica utilizada dentro 
do sistema contábil, proporcionando ações que contribui na 
aplicação da proposta teórica e prática, representando ações 
benéficas ao direcionamento da gestão financeira do capital 
aplicado às organizações e gerando dados suficientes para 
elaboração das demonstrações financeiras, mediante princípios 
geralmente aceitos pela contabilidade. 
 
 
A contabilidade financeira 
Podemos notar uma diferença simples, mas expressivas 
na análise de contabilidade, pois muitos pensam em estar 
estudando conteúdos iguais, mas na realidade isto não acontece, 
mas sim o que acontece é o reforço dos conhecimentos que o 
contador passa a ter em conhecer todas as contabilidades devidas 
à uma administração e fazer ligação com a própria contabilidade 
como um todo, unindo todos os conhecimentos e desenvolver 
dentro de uma só contabilidade, sendo colhidas informações, 
processadas e expelidas para os desejados que fazem jus das 
organizações e economia que a nossa população necessita. 
 
A contabilidade gerencial nota-se que na vida prática de 
uma organização não existe um setor específico para este fim, ou 
seja, como existe propriamente como departamento de custos, 
departamento financeiro e etc., estes setores são enquadrados 
dentro da organização como setores específicos para desenvolver 
estas determinadas ações como seu próprio nome representam. 
 
14 
 
Já a contabilidade gerencial não precisa de um departamento 
específico, porque ela tem que estar no nosso subconsciente que 
em todos os momentos de uma organização este fator estará 
presente, pois hoje com todas as concorrências, globalização 
avançando rapidamente, leva nós gerentes a desenvolver análises 
rápidas, criarmos orçamentos que nos possibilita uma orientação 
do que precisamos fazer, e ou mesmo o que estamos praticando 
dentro de nossa organização. Sendo assim teremos que incutir em 
nossas mentes que em todos momentos estaremos fazendo a 
contabilidade gerencial, até mesmo em nossas casas. 
 
Já para o nosso curso de contabilidade, analisando 
didaticamente precisamos ter esta disciplina a parte, para 
podermos colocar em nossos conhecimentos a tão desejada 
necessidade que precisamos ter, para superarmos os nossos 
concorrentes e sermos profissionais adequados para as 
organizações que hoje procuram no mercado de trabalho. 
 
Contabilidade gerencial como instrumento de administração: 
 
Entendemos que a contabilidade gerencial existe ou 
existirá se houver uma ação que faça com que ela exista. Uma 
entidade tem contabilidade gerencial se houver dentro dela 
pessoas que consiga traduzir os conceitos contábeis em atuação 
prática. Contabilidade gerencial significa gerenciamento da 
informação contábil. Ora, gerenciamento é uma ação. 
Contabilidade gerencial significa o uso da contabilidade como 
instrumento da administração. 
 
Se temos a contabilidade, se temos a informação contábil, 
mas não a usamos no processo administrativo, no processo 
gerencial, então não existe gerenciamento contábil, não existe 
contabilidade gerencial. 
 
 
15 
 
Dessa forma, fica claro que a contabilidade gerencial deve utilizar-
se das técnicas já desenvolvidas por outras disciplinas, porque 
nelas o estudo específico é mais aprofundado. 
 
O objetivo da contabilidade gerencial é enfocar todos os 
temas escolhidos dessas disciplinas no processo de 
administração, no processo integrado de tomada de decisões. 
 
 
Contabilidade gerencial não é um existir, mas um fazer. 
 
Contabilidade gerencial é ação, e não técnicas específicas de contabilidade. 
 
Não existe contabilidade gerencial. Faz-se a contabilidade gerencial. 
 
Utilização da contabilidade gerencial: 
 
Como vimos que a contabilidade gerencial, ela é utilizada 
principalmente dentro da empresa, como ferramenta de auxílio à 
administração, em todas as suas facetas operacionais. 
 
 
Tendo em vista que uma organização é estruturada de 
forma hierárquica, a contabilidade gerencial deve suprir, através 
do sistema de informação contábil gerencial, todas as áreas da 
organização. Como cada nível de administração dentro da 
empresa utiliza a informação contábil de maneira diversa, cada 
qual com um nível de agregação diferente, o sistema de 
informação contábil gerencial deverá providenciar que a 
informação contábil seja trabalhada de forma especifica para cada 
segmento hierárquico da organização. 
 
 
 
16 
 
Dentro desse fundamento, a contabilidade gerencial 
deverá atender a todos os seguimentos hierárquicos da empresa, 
e isso se reflete na forma de utilização da informação contábil. 
Assim, teremos um bloco de informações que suprirão a alta 
administração da organização, que denominamos de 
gerenciamento contábil global, objetivando canalizar informações 
que sejam apresentadas de forma sintética, em grandes 
agregados, com a finalidade de controlar e planejar a empresa 
dentro de uma visão de conjunto. 
 
Teremos um segundo bloco de informações que 
suprirão a média administração, ou, caso necessário, os 
segmentos que a empresa definiu em termos de divisões ou linha 
de produtos. São informações para canalizar os conceitos de 
contabilidade por responsabilidade. Denominamos esse segmento 
de gerenciamento contábil setorial. 
 
Finalmente teremos um terceiro bloco de informações para 
gerenciar cada um dos produtos da organização, de forma isolada. 
Denominamos esse segmento da contabilidade gerencial, de 
gerenciamento contábil especifico. São informações que descem a 
um grau maior de detalhamento, a nível operacional. 
 
Para todos esses segmentos serão trabalhadas 
informações para planejamento estratégico e orçamentário, já que 
o segundo fundamento da Contabilidade Gerencial é seu enfoque 
para o futuro. Assim, área fundamental do sistema de informação 
contábil são os orçamentos e projeções. 
 
Contabilidade Gerencial e Sistema de Informação: 
 
Para que a informação contábil seja usada no processo de 
 
17 
 
administração, é necessário que essa informação contábil seja 
desejável e útil para as pessoas responsáveis pela administração 
da empresa. Para os administradores que buscam a excelência 
empresarial, uma informação, mesmo que útil, só é desejável se 
conseguida a um custo adequado e interessante para a entidade. 
A informação não pode custar mais do que ela pode valer para a 
administração da empresa. 
 
Diante desses pressupostos básicos para a informação 
contábil, fica claro o caminho a ser adotado para que a 
contabilidade se transforme em ferramenta de ação 
administrativa e se torne um instrumento gerencial. Para se 
fazer, então, contabilidade gerencial, é mister a construção de um 
sistema de informação contábil gerencial. Em outras palavras, é 
possível fazer e é possível ter contabilidade gerencial dentro de 
uma empresa, desde que se construa um sistema de informação 
contábil. 
Portanto é importante também rotinização da informação 
contábil gerencial. Concluindo, para se fazer contabilidade 
gerencial é necessário um sistema de informação contábil 
gerencial, um sistema de informação operacional, que seja um 
instrumento dotado de características tais quais preencha todas as 
necessidades informacionais dos administradores para o 
gerenciamento de sua empresa. 
 
Pessoa física e Pessoa Jurídica 
 
Entenda a diferença entre pessoa jurídica e pessoa física 
 
Quem deseja se tornar empreendedor deve saber o que é 
pessoa jurídica e qual a diferença para pessoa física. Para abrir 
empresa, é preciso antes criar um CPNJ (Cadastro Nacional de 
Pessoa Jurídica) em alguma modalidade de negócio, como MEI 
 
18 
 
(microempreendedorindividual) ou ME (microempresário). 
 
A pessoa jurídica é a empresa criada com uma finalidade 
específica, como prestação de serviços, administração, produção 
e comercialização de produtos. Já a pessoa física é um indivíduo 
qualquer, com certidão de nascimento e CPF (Cadastro de Pessoa 
Física). 
 
 
Diferenças entre conta corrente pessoa jurídica e pessoa física 
 
 
Pessoas jurídicas e pessoas físicas têm registros, 
finalidades e pagamentos de impostos diferentes. Além disso, têm 
contas separadas em instituições bancárias e recebem 
tratamentos diferentes, como tarifas e serviços disponíveis. 
A conta de pessoa física é movimentada pelo titular, para 
registrar créditos e débitos (dinheiro que entra e dinheiro que sai, 
em outras palavras), despesas e ganhos. O correntista tem direito 
a cartões de débito e crédito, cheque especial e talões de cheque. 
Qualquer indivíduo pode escolher um banco e abrir uma conta 
corrente com seu CPF e outros documentos solicitados, como 
comprovante de residência. 
 
Já a conta de pessoa jurídica é movimentada por um 
representante legal definido pela empresa, como o próprio dono ou 
um funcionário de confiança responsável pelo financeiro. A conta é 
destinada a movimentações que digam respeito à empresa, como 
pagamento de fornecedores ou lucros recebidos com a venda de 
produtos. Também dá direito ao uso de cartões e talões de 
cheque. 
 
 
 
19 
 
Burocracias para abrir conta corrente de pessoa jurídica 
 
Não tem jeito: abrir conta em banco é sempre uma 
burocracia. Você precisa reunir documentos e reservar um horário 
durante o dia, entre 10h e 16h horas, para ficar na fila e conversar 
com o gerente. 
 
Para abrir conta de pessoa física, é preciso apresentar RG, CPF, 
comprovante de residência e de renda atualizado. Já para abrir conta 
corrente de pessoa jurídica, a papelada é ainda maior: documento de 
constituição da empresa e suas alterações posteriores, comprovante de 
inscrição no CNPJ, comprovante de endereço da empresa, faturamento 
dos últimos 12 meses, documentos pessoais dos sócios e representantes 
legais. 
 
Mas não desanime diante de tanta burocracia. Abrir conta 
de pessoa jurídica traz muitas vantagens, como a possibilidade de 
negociar melhor com instituições bancárias. Além disso, os 
representantes legais desse tipo de conta geralmente conseguem 
concessões de crédito com linhas mais vantajosas e taxas de juro 
mais baixas. 
 
 
Tarifas bancárias mais altas 
 
Enquanto uma conta de pessoa física costuma ter pacotes 
de serviços que variam entre R$9,45 e R$32, a de pessoa jurídica 
pode variar entre R$29 e R$220. 
 
Os serviços para contas de pessoas jurídicas são mais 
caros, mas são mais abrangentes e com várias opções ilimitadas 
de consultas, saques, depósitos, talões de cheque e transferências 
 
20 
 
entre contas via DOC ou TED. 
 
No entanto, o empreendedor não deve usar a conta de 
pessoa jurídica para fazer transações particulares. Além de pagar 
tarifas mais caras, poderá fazer confusão com as contas que são 
privadas e da empresa. Aprenda aqui a separar as despesas da 
empresa dos seus gastos pessoais. 
 
A importância da orientação nas finanças e contabilidade 
 
O profissional financeiro é capaz de nos ensinar um pouco 
sobre o mercado e sobre como nós devemos agir para que não 
nos enrolemos em confusões burocráticas. 
 
Muitas pessoas acreditam ter total conhecimento sobre 
finanças e contabilidade. Porém, as escolhas podem ser 
precipitadas, o que gera tempo e dinheiro desperdiçados. Por isso, 
embora muitos possam pensar o contrário, contar com um tutor 
especializado pode ser muito útil. 
 
Conheço casos de profissionais liberais, por exemplo, que 
acabavam gastando mais, por declararem o imposto de renda 
de forma errada. Os serviços de contabilidade para empresas 
e educação financeira para pessoas físicas são capazes de 
acabar com dúvidas do cotidiano e ajudar a não sermos 
enganados. 
 
Uma das ações mais rotineiras, na qual muitas vezes 
somos prejudicados, é a negociação com os bancos, seja por 
empréstimos, parcelamento de dívidas, pagamento de cartão de 
crédito. 
 
Uma pessoa que não tem muito conhecimento sobre o 
 
21 
 
assunto pode tomar decisões erradas ou não saber como 
conversar corretamente com o gerente, já o profissional financeiro 
conhece todas as leis, as possibilidades de negociação e, por isso, 
consegue o melhor acordo. 
 
Embora sejam situações corriqueiras, elas podem nos 
causar muitas dúvidas e nos levar a erros básicos, que podem 
gerar sérios problemas. 
 
O profissional financeiro é capaz de nos ensinar um pouco 
sobre o mercado e sobre como nós devemos agir para que não 
nos enrolemos em confusões burocráticas. Afinal, nos dias de 
hoje, a praticidade é fundamental para qualquer pessoa. 
 
 
ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS/CONTÁBEIS:
 Definição, exemplos e contabilização. 
 
 
1. Atos Administrativos 
 
Atos administrativos são acontecimentos em geral que 
ocorrem na entidade, mas que não alteram de imediato o seu 
patrimônio. São exemplos: nomeação da diretoria, assunção de 
avais, etc. 
 
 
2. Fatos Administrativos 
 
São acontecimentos dos quais decorrem mutações no 
patrimônio da entidade, sendo de interesse contábil. São também 
conhecidos como Fatos Contábeis. Exemplos: pagamento de aval, 
 
22 
 
compra de mercadoria, prestação de serviço. 
 
Os fatos contábeis podem ser classificados como 
permutativos (também chamados de qualitativos ou 
compensativos), modificativos ou mistos. 
 
 
2.1 Fatos permutativos 
 
São acontecimentos que ocasionam variação no 
patrimônio da entidade, mas que não afetam a respectiva situação 
líquida (diferença entre os saldos totais do ativo e passivo). 
Consistem apenas na simples permuta/compensação de valores 
entre as contas patrimoniais (ativo, passivo e PL), não envolvendo 
contas de resultado (despesas e receitas). Exemplo: 
 
 
Em certo momento, a empresa “Exemplo Ltda.” apresentava, em sua 
contabilidade: 
 
 
E para iniciar suas atividades, adquire mercadorias para revenda 
com 50% do saldo disponível no banco. Seguem os lançamentos 
em razonetes (contas “T”): 
 
 
23 
 
 
 
Após os lançamentos, segue o balanço revisto: 
 
A situação líquida não variou; houve tão somente uma permuta 
entre elementos do ativo (“50” do banco “passaram” para o 
estoque). Em outros termos, houve um aumento de uma conta do 
ativo “compensado” pelo decréscimo de outra conta do mesmo 
grupo. 
 
A tomada de empréstimo é outro exemplo de fato contábil 
permutativo. Imagine-se que a Exemplo Ltda. tomou, em seguida, 
um empréstimo no valor de R$ 100,00, disponibilizado em sua 
conta bancária: 
 
 
 
Após estas movimentações, constam no balanço: 
 
 
24 
 
 
 
 
Note-se que embora os totais do ativo e do passivo tenham 
aumentado de 300 para 400 por força dos fatos exemplificados, a 
situação líquida (Ativo – Passivo) não sofreu alteração. Em geral, 
são contas de despesa ou receita que modificam a situação 
líquida, respectivamente, para menos ou para mais. 
2.2 Fatos modificativos 
Ao contrário dos fatos permutativos, conforme já visto, os fatos 
modificativos ocasionam variação na situação líquida e podem ser 
aumentativos ou diminutivos. Ocorrem quando são movimentadas 
contas de resultado (receitas ou despesas). Veja-se: 
 
 
A Exemplo Ltda. pagou os salários do mês no valor de R$ 50,00. 
 
 
 
 
Sendo assim: 
 
25 
 
 
 
 
A situação líquida, como se pode notar, sofreu alteração: Total do Ativo (350) 
– Total do Passivo (200) = 150, e não mais os invariáveis 200 dos 
exemplos anteriores (permutativos). A conta “Prejuízos do 
Exercício” representa o saldo da apuração momentânea do 
resultado, que, neste momento, consiste apenas na despesa com 
os salários. 
 
26 
 
Supondo que a empresa vendeu à vista, posteriormente,60% de 
seu estoque por R$ 600,00 (desconsiderando tributos incidentes), 
tem-se: 
 
 
 
Os lançamentos 4 e 4.1 dão-se cada um entre uma conta 
patrimonial e uma de resultado. Tem-se, pois, dois fatos contábeis 
modificativos, a saber: o lançamento 4, referente ao ganho com a 
venda, aumentativo; e o lançamento 4.1, quando ao 
reconhecimento do “Custo da Mercadoria Vendida” como despesa, 
diminutivo. Em última análise, a operação de venda é 
simplesmente um fato modificativo aumentativo, exceto, é claro, na 
hipótese de a venda ter sido realizada por um valor abaixo do 
preço de custo da mercadoria, o que acarretaria em prejuízo 
(despesa > receita). Apurando o resultado, tem-se que: 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Assim como os razonetes anteriormente vistos, o “sd” representa o 
saldo que as contas já possuíam. O saldo destacado com (*) 
significa o resultado da apuração, que deve ser transferido, em 
seguida, para a conta de lucros (lançamento “z”). Sendo assim, o 
Balanço atualizado: 
 
 
 
 
* Didaticamente, a anterior conta de Prejuízos do Exercício foi compensada. 
 
 
2.3 Fatos Mistos 
Bem como os fatos modificativos, os fatos mistos podem ser 
aumentativos ou diminutivos. Como o próprio nome sugere, esse 
tipo de fato contábil é um “mix” dos dois outros, ou seja, é uma 
mistura/combinação entre fato permutativo e fato modificativo. 
 
 
Ex.: A empresa Exemplo Ltda. pagou 50% dos empréstimos 
contraídos, no entanto, com juros de 10% em razão do atraso no 
pagamento. Seguem os lançamentos: 
 
 
 
28 
 
 
Embora tenham saído R$ 110,00 do banco, foram pagos apenas 
R$ 100,00 do empréstimo (50% dos R$ 200, conforme enunciado). 
Os R$ 10,00 da diferença são referentes aos juros de 10% pelo 
atraso no pagamento. Esses juros foram aqui registrados na conta 
“Despesa Financeira”. Visto que se relacionam duas contas 
patrimoniais entre si (Banco e Emp. a Pagar -> fato compensativo) 
e uma patrimonial com uma de despesa (Banco e Desp. 
Financeira -> modificativo diminutivo), tem-se um fato misto 
diminutivo. 
 
 
 
Balanço final dos exemplos. 
 
 
 
29 
 
Tipos de Sociedades 
 
SOCIEDADE EMPRESÁRIA 
 
I- CONCEITO 
 
 
Na construção do conceito de sociedade empresária dois 
institutos jurídicos servem de alicerce: a pessoa jurídica e a 
atividade empresarial. Um ponto de partida, assim para a 
conceituação de sociedade empresária é o da sua localização no 
quadro geral das pessoas jurídicas. No direito brasileiro as 
pessoas jurídicas são divididas em dois grupos: pessoas jurídicas 
de Direito Público e as pessoas jurídicas de Direito Privado. Sendo 
que este ultimo apresenta uma subdivisão: de um lados as 
chamadas estatais, cujo capital é proveniente majoritária ou 
totalmente do poder público e do outro lado as de direito privado 
não-estatais, que compreendem as fundações, as associações e 
as sociedades. 
 
 
As Sociedades por sua vez se distinguem das associações 
e fundações por seu escopo negocial e se subdividem em 
Sociedade Simples e Sociedade Empresária. 
 
 
Sociedade Simples 
 
 
É a sociedade constituída por pessoas que reciprocamente 
se obrigam a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de 
atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados, não 
tendo por objeto o exercício de atividade 
 
30 
 
própria de empresário.(art. 981 e 982). São sociedades formadas 
por pessoas que exercem profissão intelectual (gênero, 
características comuns), de natureza científica, literária ou artística 
(espécies, condição), mesmo se contar com auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir 
elemento de empresa.(§únicodoart.966). 
 
 
Sociedade Empresária 
 
 
A Sociedade Empresária tem por objeto o exercício de 
atividade própria de empresário sujeito ao registro, inclusive a 
sociedade por ações, independentemente de seu objeto, devendo 
inscrever-se na Junta Comercial do respectivo Estado. Isto é, 
Sociedade Empresária é aquela que exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou 
circulação de bens ou de serviços, constituindo elemento de 
empresa. Ou ainda, pode ser conceituada como a pessoa 
jurídica de direito privado não- estatal, que explora 
empresarialmente seu objeto social ou a forma de sociedade por 
ações. 
 
 
As sociedades empresárias dividem-se em duas sub-categorias: 
 
a) sociedades empresárias sujeitas a registro; 
b) sociedades empresárias não sujeitas a registro 
 
 
 SOCIEDADE EMPRESARIA (Antiga Sociedade Comercial) 
tem o Registro de seus Atos Junta Comercial 
 
31 
 
 SOCIEDADE SIMPLES (Antiga Sociedade Civil) tem o 
Registro de seus Atos no Cartório Distingue-se a sociedade 
empresária da sociedade simples pelo seu objeto: 
 
1. objeto da sociedade empresária: o exercício profissional de 
atividade econômica organizada para a produção ou a 
circulação de bens ou de serviços. 
 
2. objeto da sociedade simples: exercício de atividade não 
enquadrável como própria de sociedade empresária. 
 
II- PERSONALIZAÇÃO DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA 
 
 
A Sociedade Empresária tem personalidade jurídica 
distinta de seus sócios, são pessoas inconfundíveis, 
independentes entre si. O que distingue o sujeito de Direito 
Personalizado do despersonalizado é o regime jurídico a que ele 
está submetido. Enquanto as pessoas estão autorizadas a praticar 
todos os atos jurídicos a que não estejam expressamente 
proibidas, os sujeitos de direito despersonalizados só poderão 
praticar os atos a que estejam, explicitamente, autorizados pelo 
direito. Desta forma, a sociedade empresária, como uma pessoa 
jurídica, é sujeito de direito personalizado, e poderá por isso, 
praticar todo e qualquer ato ou negócio jurídico em relação ao qual 
inexista proibição expressa. 
 
 
A personalização das sociedades empresariais gera três 
consequências: 
 
 
 
 
32 
 
a) Titularidade Negocial: quando a sociedade empresarial realiza 
negócios jurídicos, é ela, pessoa jurídica, como sujeito de direito 
autônomo personalizado que assume um dos polos da relação 
negocial. 
b) Titularidade Processual: a pessoa jurídica pode demandar e 
ser demandada em juízo, tem capacidade para ser parte 
processual. 
c) Responsabilidade Patrimonial: em consequência de sua 
personalização, a sociedade terá patrimônio seu inconfundível e 
incomunicável com o patrimônio individual de cada um de seus 
sócios. 
 
Estas consequências da personalização das sociedades 
constituem-se verdadeiros princípios do Direito Societário. O fim 
da personalização da sociedade empresária resulta de todo um 
processo de extinção, também conhecido como dissolução o qual 
compreende as seguintes fases: 
 
a) Dissolução, em sentido estrito, que é o ato de desfazimento da 
constituição da sociedade. 
 
b) Liquidação, que visa a realização do ativo e pagamento do 
passivo da sociedade. 
 
c) Partilha, pela qual os sócios participam do acervo da sociedade. 
 
 
III- CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES EMPRESÁRIAS 
 
Classificam-se as sociedades empresárias: 
 
3.1-Quanto a responsabilidades dos sócios pelas obrigações 
sociais Em razão do princípio da autonomia patrimonial, ou seja, 
 
33 
 
da personalização da sociedade empresária, os sócios não 
respondem, em regra, pelas obrigações desta. A responsabilidade 
dos sócios pelas obrigações da sociedade é sempre subsidiária. 
 
Isto quer dizer que sua eventual responsabilidade por 
dívidas sociais tem por pressuposto o integral comprometimento 
do patrimônio social. É subsidiária no sentido de que se segue à 
responsabilidade da própria sociedade. Se o patrimônio social não 
for suficiente para integral pagamento dos credores da sociedade, 
o saldo passivo poderá ser reclamado dos sócios, em algumas 
sociedades de forma ilimitada e, em outras, os credores somente 
poderão alcançar dos patrimônios particulares um determinadolimite. 
 
Portanto, as sociedade empresárias, segundo o critério que 
considera a responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais, 
dividem-se em: 
 
a) Sociedade ilimitada – em que todos os sócios respondem 
ilimitadamente pelas obrigações sociais. Neste tipo confira-se a 
Sociedade em Nome Coletivo. 
 
b) Sociedade mista – em que uma parte dos sócios tem 
responsabilidade ilimitada e outra parte tem responsabilidade 
limitada. 
 
Sociedades em Comandita Simples (C/S) -Sócio 
comanditado – responde ilimitadamente pelas obrigações sociais. -
Sócio comanditário – responde limitadamente pelas obrigações 
sociais. 
 
Sociedade em Comandita por Ações (C/A) -Os sócios 
diretores respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais. -Os 
 
34 
 
demais acionistas respondem limitadamente. 
 
c) Sociedade limitada – em que todos os sócios respondem de 
forma limitada pelas obrigações sociais. São desta categoria a 
sociedade limitada (Ltda) e a sociedade anônima (S/A). 
 
As regras de determinação do limite da responsabilidade 
dos sócios variam de um tipo societário para outro. Por exemplo, 
ao ingressar em uma sociedade empresária, qualquer que seja 
ela, o sócio deve contribuir para o capital social. Cada sócio pode 
integralizar o capital à vista ou a prazo e na medida em que ele vai 
pagando o capital subscrito dizemos que ele o está integralizando. 
 
Quando todos os sócios tiverem cumprido as respectivas 
obrigações de contribuir para a formação da sociedade, o capital 
social estará totalmente 
integralizado. 
 
 O sócio da sociedade limitada e o comanditário da 
sociedade em comandita simples respondem pelas 
obrigações sociais até o total do capital social não 
integralizado. 
 Mesmo que um sócio tenha integralizado totalmente sua 
parte, o mesmo responderá pela parcela que o outro ainda 
não integralizou. 
 Os acionistas da sociedade anônima, ou os da comandita 
por ações com responsabilidade limitada, respondem 
somente por aquilo que subscreveram e ainda não 
integralizaram. 
 Se todo o capital social estiver integralizado, a massa de 
credores não poderá alcançar o patrimônio particular do 
sócio. 
 
 
35 
 
3.2-Classificação quanto ao regime de constituição e dissolução. 
Um determinado grupo de tipos societários tem a sua constituição 
e dissolução disciplinadas pelo Código Civil de 2002. 
 
Outro grupo de tipos societários rege-se pelas normas da Lei 
6.404/76. 
 
 
Cada grupo societário é regido por critérios de constituição e 
dissolução específicos: 
 
 
a) As Sociedades contratuais – são sociedades contratuais: a 
sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita 
simples e a sociedade limitada e são regidas pelo Código 
Civil de 2002. O ato constitutivo é o contrato social e para a 
dissolução é necessária a vontade majoritária dos sócios, a 
morte ou a expulsão dos sócios. Ressalva-se aqui o direito 
dos sócio, mesmo contra a vontade da maioria, de manter a 
sociedade. 
 
b) Sociedades institucionais - são sociedades institucionais: a 
sociedade anônima e a sociedade em comandita por ações. Seu ato 
regulamentar é o estatuto social. As causas de dissolução podem ser 
a vontade da maioria dos sócios, bem como a intervenção e liquidação 
extrajudicial. As sociedades institucionais são regidas pelas normas 
específicas da Lei 6.404/03 
 
 
3.3-Classificação quanto às condições de alienação da 
participação societária. Há sociedades em que os atributos 
individuais do sócio interferem com a realização do objeto social e 
 
36 
 
há sociedades em que não ocorre tal interferência. 
 
Em função dessa realidade, o direito comercial criou um 
grupo de sociedades em que a alienação da participação 
societária por um dos sócios, a terceiro estranho da sociedade, 
depende da anuência dos demais sócios e um e outro grupo em 
que esse ato jurídico independe da mencionada anuência. A 
participação de uma sociedade contratual é denominada “cota” e a 
de uma sociedade institucional é denominada “ação” e são bens 
do patrimônio do sócio. Desse modo o mesmo pode aliena-la da 
mesma forma que os demais bens que compõem seu patrimônio. 
 
Nas sociedades em que as características subjetivas dos 
sócios podem comprometer o sucesso da empresa , o direito 
garante o veto ao ingresso de terceiro estranho ao quadro 
associativo. Já naquelas em que estes atributos não influem, a 
circulação de participação é livre. 
 
Assim, as sociedades no que diz respeito às condições de 
alienação dividem-se em: 
 
a) Sociedades de Pessoas – em que os sócios têm direito de 
vetar o ingresso de estranho no quadro associativo. 
 
b) Sociedades de Capital – em relação às quais se adota o 
princípio da livre circulabilidade da participação societária. 
 
 
Uma consequência específica da sociedade “de pessoas” 
é a dissolução parcial por morte de sócio, quando um dos 
sobreviventes não concorda com o ingresso de sucessor do sócio 
falecido no quadro social. Quando a sociedade é “de capital” os 
sócios sobreviventes não podem opor-se a tal ingresso e a 
 
37 
 
sociedade não se dissolve. 
 
As sociedades institucionais são sempre de “capital”, 
enquanto que as contratuais podem ser de “pessoas” ou de 
“capital”. 
 
Nas Sociedades Anônimas e em Comandita por Ações – 
os sócios não têm direito de impedir o ingresso de terceiros não 
sócio na sociedade e a morte não autoriza a dissolução da 
sociedade. 
 
As ações são penhoráveis. Nas Sociedades em Nome 
Coletivo e Comandita Simples – a cessão das quotas depende da 
anuência dos sócios. As ações são impenhoráveis. Em caso de 
morte do sócio , a sociedade em nome coletivo é de “pessoas” e a 
sociedade em comandita simples é de “pessoas” em relação ao 
sócio comanditado e de “capital” em relação ao sócio 
comanditário, sendo que neste caso, o contrato social pode alterar 
a natureza da C/S, prevendo a liquidação das quotas. (CC/2002-
Art.1.050). 
 
Na sociedade limitada, o contrato social definirá a 
existência, ou não, de veto ao ingresso de novos sócios. 
 
38 
 
Livro Razão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Razão é um livro fundamental ao processo contábil e 
exigido pela legislação brasileira para empresas cuja tributação do 
Imposto de Renda seja com base no Lucro Real. Em virtude de 
sua eficiência, ele é indispensável em qualquer tipo de empresa. 
 
Por meio do razão é possível controlar separadamente o 
movimento de todas as contas. O controle individualizado das 
contas é importante para se conhecer os seus saldos, 
possibilitando a apuração de resultados e elaboração de 
demonstrações contábeis, como o balancete de verificação do 
razão, balanço patrimonial, etc. 
 
 
39 
 
Ou seja, é o detalhamento por contas individuais dos 
lançamentos realizados no diário, sendo usado para resumir e 
totalizar, por conta ou subconta, estes lançamentos. 
 
Este livro agrega as contas Patrimoniais (contas do BP e 
da DRE), compostas por ativo, passivo e patrimônio líquido e por 
receitas, despesas e custos. 
 
Antigamente, o razão existia apenas em forma de livros, 
onde se atribuía o título de uma conta para cada página. Desta 
forma, havia uma página para Caixa, outra para Banco, outra para 
Estoque, e assim por diante. Com o passar do tempo, as folhas 
avulsas foram substituindo as páginas do livro, sendo muito 
comum o uso das fichas razão hoje em dia. 
É dispensada a autenticação ou registro do livro pelos 
órgãos competentes, isto porque o Razão é cópia autentica do que 
foi escriturado no Livro Diário. Porém, na escrituração, deverão ser 
obedecidas as regras da legislação comercial e fiscal aplicáveis 
aos lançamentos em geral. 
 
Escrituração manuscrita do Livro Razão 
 
Deve conter no mínimo as seguintes informações: 
 
Nome da conta 
 
Data do lançamento: dia, mês e ano de ocorrência do fato que 
alterou o valor do componentepatrimonial; 
Contrapartida: é a conta que completa o lançamento de outra 
conta que está sendo escriturada; 
 
40 
 
Histórico do lançamento: descrição do fato administrativo do 
evento registrável na escrituração; 
Débito e Crédito: indicação do valor que será acrescido e/ou 
diminuído do saldo da conta; 
Saldo: diferença entre o somatório do débito e somatório 
do crédito; e D/C: indicação da natureza do saldo - D 
(devedor) e C (credor). 
 
 
OBS.: Se for usado escrituração mecanizada, além destes ítens, 
deve conter também o nº da folha correspondente no livro diário. 
 
 
Modelo de Razão 
 
Data Nº Contrapartida Histórico Débito Crédito Saldo D/C 
01/01/20x7 1 Saldo 
anterior 
 82.000,0
0 
D 
12/01/20x7 1 Veículos Vlr ref. 
compra de 
veículo cfe 
NF Nº 
 40.000,0
0 
42.000,0
0 
C 
20/01/20x7 2 Estoques Vlr ref. 
compra
 d
e 
mercadoria
s cfe NF 
Nº 
 12.000,0
0 
30.000,0
0 
C 
 
41 
 
 
 
Razonetes 
 
 
Razão e razonete são a mesma coisa. O razonete deriva do razão, 
ele é uma versão simplificada, uma forma didática do razão. 
 
O razonete, também denominado gráfico ou conta em T, é 
bastante utilizado pelos contadores e é por meio dele que são 
feitos os registros individuais por conta. Ele foi criado para ser um 
recurso que ajude o entendimento da mecânica dos lançamentos 
contábeis. 
 
No lado esquerdo do razonete são lançados os débitos (saldos 
devedores) e no lado direito são lançados os créditos (saldos 
credores), ficando o nome da conta na parte de cima do T. 
 
Sendo assim, de um lado do razonete registram-se os 
aumentos e do outro as diminuições. A natureza da conta é que 
determina que lado deve ser utilizado para aumentos e que lado 
deve ser utilizado para diminuições. 
 
Toda conta de Ativo e todo acréscimo de Ativo são 
lançados no lado esquerdo do razonete (lado do débito). Toda 
conta de Passivo ou Patrimônio Líquido, bem como os acréscimos, 
serão lançados no lado direito do razonete (lado do crédito). Toda 
diminuição de Ativo será lançada no lado direito e toda diminuição 
de Passivo será lançada no lado esquerdo do razonete. 
27/01/20x7 2 Banco Vlr ref. 
aumento 
de caixa 
cfe Doc. Nº 
10.000,
00 
 40.000,0
0 
D 
 
42 
 
Em resumo, a importância dos razonetes é principalmente 
didática, para ajudar a entender como as operações de uma 
empresa ou organização são processadas pela contabilidade. Na 
prática, a fonte de dados para a obtenção do balancete (que é a 
fonte do Balanço Patrimonial e da DRE), é o Livro Diário. 
 
 
 
 
 
Exemplo 1 
 
Lançamento: Compra de Veículos no valor de $45.000, à vista, via banco. 
 
No livro diário: 
 
D- Veículos. ............... $45.000 
 
C- Banco. ................. $45.000 
 
 
 
43 
 
No livro razão (razonetes): 
 
 
 
 
No razonete da conta Veículos, o valor foi debitado (lado 
esquerdo) pois gerou um aumento no ativo (bens e direitos) da 
empresa. Já no razonete da conta Bancos, o valor foi creditado 
(lado direito) pois gerou uma diminuição de ativo (diminuiu o valor 
disponível da conta). 
 
 
Exemplo 2 
 
Alguns lançamentos existentes no Livro Diário: 
 
1) D- Estoque ........ $67.000 
 
C- Caixa ........... $67.000 
 
 
2) D- Caixa ............ $70.000 
 
D- Banco. ...... $30.000 
 
C- Estoque ....... $100.000 
 
44 
 
3) D- Caixa....... $ 35.000 C- Banco $35.000 
 
 
4) D- Estoque............. $ 10.000,00 
 
C- Fornecedores..... $ 10.000,00 
 
 
Passando para os razonetes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
Si: saldo inicial (saldo existente da 
apuração anterior) SF: saldo final 
 
 
As contas que foram lançadas no Diário a débito, são 
lançadas no Razão (razonetes) no lado esquerdo e as que foram 
lançadas a crédito no Diário, no lado direito. Em cada razonete é 
registrado todas as operações do Livro Diário referentes a conta 
em questão. 
 
 
Apuração do Saldo do Razonete 
 
 
O saldo de uma conta é o valor da diferença entre a soma 
dos débitos e a soma dos créditos do razonete. Somamos os 
valores do lado do débito e 
 
46 
 
somamos os valores do lado do crédito. Após isso, subtraimos o débito 
do credito ou vice-versa. O saldo será devedor se a soma dos débitos for 
maior que a soma dos créditos e será credor se a soma dos créditos for 
maior que a soma dos débitos. No exemplo dado acima, as contas Estoques, 
Caixa e Banco fecharam com saldo devedor e a conta Fornecedores fechou 
com saldo credor. (Em qualquer momento pode-se apurar o saldo do 
razonete.) 
 
 
OBS.: Apurado o saldo da conta, o próximo passo é colocar um 
traço horizontal logo abaixo dos lançamentos, de lado a lado, com 
o qual limpamos o razonete, passando a valer apenas os valores 
lançados a partir do respectivo traço. Em seguida, lançamos o 
saldo final (SF) no débito ou no crédito, conforme o caso. 
 
Balancete de Verificação do Livro Razão 
 
 
O balancete de verificação é um demonstrativo contábil 
que reúne todas as contas em movimento na empresa e seus 
respectivos saldos (saldos de débito/saldos devedores e saldos de 
crédito/saldos credores). 
 
Através do balancete é possível chegar a vários resultados 
importantes para a Contabilidade de uma empresa num dado 
período de tempo, bem como elaborar outros demonstrativos 
contábeis importantes, como por exemplo, Demonstração do 
Resultado do Exercício (DRE) e Balanço Patrimonial (BP). 
 
 
É a relação de Contas extraídas do livro Razão (razonetes) da 
empresa, ou seja, é o conjunto de todas as contas (patrimonias e de 
resultado) dos razonetes com seus respectivos saldos finais. O 
 
47 
 
saldo de cada conta é representado de acordo com sua natureza 
(devedora ou credora), e não apenas de acordo com o grupo a que 
pertence. 
 
 
Ou seja, para elaborar um balancete, cada Conta será 
transferida do razonete para ele, com seu respectivo saldo. Assim, 
se a Conta no razonete apontar saldo final devedor (lado 
esquerdo), este saldo será transportado para a coluna do saldo 
devedor do balancete. Se a Conta apresentar no razonete saldo 
final credor (lado direito), este saldo será transportado para a 
coluna do saldo credor do balancete. 
 
Importante: a soma dos saldos devedores deve ser igual à 
soma dos saldos credores. Se houver desigualdade, é sinal de que 
há erros na Contabilidade da empresa. 
 
Há várias maneiras de se apresentar um Balancete de 
Verificação. Em todos eles deve existir o cabeçalho onde se indica 
o nome da empresa e a data do balancete. É possível representá-
lo com os saldos iniciais de cada conta (devedor ou credor) e com 
os respectivos movimentos no período (débitos e créditos), ou 
simplesmente com os saldos finais das contas (devedor ou 
credor). Este último caso é o mais comum e também o mais 
prático. 
 
Modelos de tributação e impostos para empresas 
 
Conheça as quatro formas previstas na legislação tributária 
 
 
O processo de formalização de uma empresa no Brasil é 
bem complexo. E um dos momentos mais complicados para o 
 
48 
 
empreendedor é definir o regime de tributação que a companhia 
vai ser inserida. 
 
Em primeiro lugar, é importante salientar que qualquer 
decisão dessas deve ser tomada junto a um contador. Ele conhece 
as normas fiscais e tributárias e poderá lhe auxiliar neste processo. 
 
São quatro formas previstas na legislação tributária para recolher 
os tributos: lucro real, lucro presumindo, simples nacional e lucro 
arbitrado. Aqui vale um pouco da sua atenção para uma explicação 
adicional: o simples nacional abrange, ainda, o regime do 
Microempreendedor Individual (MEI), do qual falaremos lá na frente. 
Outro detalhe importante: o lucro arbitrado não é aplicado com muita 
frequência no País, por isso, manteremos os foco apenas nos quatro 
citados. 
 
Lucro Real 
 
O lucro real é obrigatório para algumas empresas, porque 
está diretamenteligado ao faturamento anual e às atividades 
econômicas. O pagamento do imposto de renda e da contribuição 
social (CSLL) é feito sobre o lucro líquido apurado no balanço 
patrimonial, ajustado pelas adições e exclusões previstas na 
legislação tributária. O percentual do imposto de renda é de 15%, 
acrescido de mais 10% a R$ 20 mil por mês sobre o lucro 
excedente. Já a contribuição social é de 9%. As contribuições para 
o PIS (Programa de Integração Social) e para a Cofins 
(Financiamento da Seguridade Social) são tributados pelo regime 
não cumulativo, ou seja, aplica-se o percentual sobre o 
faturamento da empresa e toma-se o crédito sobre as entradas 
permitidas na legislação. 
 
 
 
49 
 
Lucro Presumido 
 
 
É possível fazer a opção por este regime atribuindo um 
lucro tributável com base em um percentual sobre o faturamento, 
sendo de 8% para as atividades comercias e industriais, de 32% 
ou, excepcionalmente, de 16% para as atividades de serviços. O 
pagamento do IR e da CSLL é feito sobre o lucro líquido apurado. . 
O percentual do imposto de renda é de 15%, acrescido de mais 
10% a R$ 20 mil por mês sobre o lucro excedente. Já a 
contribuição social é de 9%. As contribuições para o PIS 
(Programa de Integração Social) e para a Cofins (Financiamento 
da Seguridade Social) são tributados pelo regime cumulativo, ou 
seja, aplica-se o percentual sobre o faturamento da empresa. 
 
 
Simples Nacional 
 
 
Neste caso, o pagamento dos tributos é feito de forma 
unificada. Neste balaio já entram encargos previdenciários, 
normalmente arcados pelo empresário separadamente. 
 
 
Microempreendedor individual (MEI) 
 
 
Criado em 2008, serve para ajudar pessoas que trabalham 
por conta própria a legalizarem suas atividades. Quem escolhe se 
formalizar pelo MEI tem o limite de faturamento de R$ 60 mil ao 
ano e fica dentro do Simples Nacional (regime de tributação que 
deixa isento de tributos federais, como Imposto de Renda, PIS, 
Cofins, IPI e CSLL). O custo mensal com o governo é de R$ 37,20, 
para comércio e indústria, R$ 41,20, para prestação de serviços, e 
 
50 
 
R$ 42,20 para comércio e serviços. O próprio site do MEI explica 
que este valor que você paga é destinado à Previdência Social e 
ao ICMS (no caso de venda de produto) ou ao ISS (no caso de 
serviço). Desta forma, você recebe benefícios como auxílio 
maternidade, auxílio doença, aposentadoria, etc. 
 
Para saber mais: 
 
 
políticas e Estratégias de Investimento | Previ - Relatório 2012 
 
 
www.previ.com.br/.../politicas-e-estrategias-de-investimento.html 
 
 
A inserção de variáveis ambientais, sociais e de governança no 
processo de tomada de decisão de ... 
Governança Corporativa: A Experiência Brasileira Recente - ppt ... 
 
 
slideplayer.com.br/slide/359127/ 
Concepção dos segmentos diferenciados voltados à proteção dos 
acionistas minoritários, caracterizados (i ... 
GOVERNANÇA CORPORATIVA - ppt video online carregar 
 
 
 
Comprometimento com os quatro princípios da
 boa governança: fairness,disclosure, compliance 
http://mei.com.br/
http://www.previ.com.br/quemsomos/relatorio2012/pt/o-valor-dos-investimentos/politicas-e-estrategias-de-investimento.html
http://www.previ.com.br/.../politicas-e-estrategias-de-investimento.html
http://slideplayer.com.br/slide/359127/
http://slideplayer.com.br/slide/10670101/
 
51 
 
Referências Bibliográficas 
 
ALMEIDA, M. Curso de Contabilidade Introdutória em IFRS e 
CPC.; São Paulo: Atlas, 2014. 
ASSAF NETO, A. Estrutura e Análise de Balanços: Um 
enfoque econômico- financeiro (Livro Texto). 10.ed; São Paulo: 
Atlas, 2012. 
FABRETTI, L; FABRETTI, D; MUNHÓS, J.L. Contabilidade 
Tributária. 14.ed; São Paulo:: Atlas, 2014. 
KIOSAKI, R; LECHTER, S. Pai rico, pai pobre; Rio de Janeiro: Campus, 
2010. 
 
MARION, J.C. Contabilidade Empresarial 16.ed; São Paulo: Atlas, 
2012. IUDÍCIBUS, S.; MARION, J.C. Curso de Contabilidade para 
Não Contadores. 7.ed.; São Paulo: Atlas, 2011. 
 
SILVA, A. Estrutura, Análise e Interpretação das demonstrações contábeis. 
4.ed; São Paulo: Atlas, 2014. 
 
SILVA, J.P. Análise financeira de empresas 12.ed; São Paulo: Atlas, 2013.

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