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Materiais para Indústria Química Parâmetros que especificam propriedades mecânicas dos polímeros: Módulo de elasticidade Limite de escoamento Limite de resistência à tração Características mecânicas dos polímeros são sensíveis à: Taxa de deformação Temperatura Natureza química do ambiente (H2O, O2, Solventes orgânicos, etc.) A - se fratura enquanto se deforma elasticamente B - deformação inicial elástica, escoamento, região de deformação plástica C - deformação elástica 3 Deformação Te n sã o ( M P a ) Plástico Elastômero Frágil Borracha (grandes deformações recuperáveis e produzidas sob baixos níveis de tensão) Principais grupos de materiais poliméricos de acordo com o seu comportamento mecânico até a ruptura Comportamento mecânico Ensaio de tração de um material polimérico Comportamento mecânico Alongamento de um corpo-de-prova após a ruptura Determinação de parâmetros de tensão- deformação: Módulo de elasticidade Ductilidade (%Al) Polímeros plásticos Limite de escoamento: Valor máximo na curva σl Limite de resistência à tração: tensão na qual ocorre a fratura. Resistência para polímeros plásticos limite de resistência à tração Propriedades mecânicas: Polímeros x Metais Materiais Limite de resistência à tração (MPa) Limite de escoamento (MPa) Alongamento na fratura (%) Polietileno (baixa densidade) 8,3 - 31,4 9,0 – 14,5 100 -650 Polietileno (alta densidade) 22,1 – 31,0 26,2 – 33,1 10 – 1200 PMMA 48,3 – 72,4 53,8 – 73,1 2,0 – 5,5 Náilon 75,9 – 94,5 44,8 – 82,8 15 – 300 PVC 40,7 – 51,7 40,7 – 44,8 40 – 80 PTFE 20,7 – 34,5 - 200 – 400 Metais 4100 600 100 Características mecânicas x temperatura Aumento na temperatura Redução do módulo de elasticidade Redução do limite de resistência à tração Melhora na ductilidade T e n sã o ( M P a ) Deformação PMMA Termoplático Polimetilmetacrilato polietileno de baixa densidade Comportamento mecânico dos polímeros amorfos: Temperaturas baixas Elástico Lei de Hooke Temperaturas intermediárias Sólido (borracha) - Viscoelasticidade: condição em que o polímero exibe uma combinação de características mecânicas de comportamento sólido e borracha Temperaturas elevadas Líquido viscoso E Comportamento totalmente elástico Deformação elástica instantânea Com liberação das tensões externas deformação é recuperada. Comportamento viscoelático Deformação elástica instantânea seguida de deformação viscosa, dependente do tempo Silly putty Comportamento viscoso Deformação elástica não instantânea, dependente do tempo Deformação não reversível, após liberação das tensões. Um polímero amorfo, em temperaturas intermediárias, é um sólido com características de borracha, exibindo propriedades mecânicas que são uma combinação desse dois extremos. Esta condição é denominada VISCOELASTICIDADE. Módulo de relaxação viscoelático Depende do tempo e da temperatura Medida de relaxação de tensão Deformação rápida em tração até um nível de deformação pré estabelecido e baixo Mede-se, em função do tempo, a tensão para manter essa deformação Temperatura mantida constante Observação Tensão diminui com o tempo, devido a processos moleculares de relaxação, que ocorrem no polímero. Razão entre a tensão dependente do tempo e um valor de deformação constante σ(t) = tensão dependente do tempo ε0 = nível de deformação constante Tensão diminui com o tempo, devido a processos moleculares de relaxação, que ocorrem no polímero. Magnitude Er é função da temperatura 0 )( )( t tEr Módulo de relaxação viscoelástico Magnitude Er é função da temperatura As curvas deslocam-se para menores valores de Er(t) com o aumento da temperatura Tensão diminui com o tempo, devido a processos moleculares de relaxação, que ocorrem no polímero. Para caracterizar completamente o comportamento viscoelástico de um polímero, as medidas de relaxação devem ser conduzidas isotermicamente em diversas temperaturas. (a) deformação elástica instantânea (b) comportamento totalmente elástico (c) comportamento viscoelástico (d) comportamento viscoso Módulo de relaxação viscoelástico Gráfico esquemático do logaritmo do módulo de relaxação em função do tempo para um polímero viscoelástico; as curvas isotérmicas foram geradas nas temperaturas T1 a T7 Er(t) diminui com o tempo Er(t) diminui com o aumento da temperatura. Influência da temperatura no módulo de relaxação: Poliestireno amorfo com cinco regiões com comportamento viscoelásticos diferentes Efeito da temperatura em termoplástico amorfo Duro Consistência semelhante à do couro Borracha (elástico) Viscoso Transição vítrea – redução no movimento de cadeias moleculares devido a redução da temperatura. Polímeros amorfos e semicristalinos Deformação em função do tempo quando o nível de tensão é mantido constante Ensaio Tensão aplicada instantaneamente e mantida constante Deformação é medida em função do tempo Testes realizados em condições isotérmicas Módulo de fluência Ef(t) = módulo de fluência ε = deformação dependente do tempo σ0 = tensão constante aplicada )( )( 0 t tE f Deformação Te n sã o Polímeros semicristalinos LEI Região praticamente horizontal LES formação do pescoço orientação das cadeias aumento da resistência maior alongamento. Metais dúcteis A deformação é confinada ao pescoço! Representação esquemática do comportamento tensão-deformação para um polímero termoplástico parcialmente cristalino Resistência a fratura dos materiais poliméricos são baixas, comparado aos metais e cerâmicos.A Fratura em termofíxos frágil Fratura em termoplásticos dúctil ou frágil Formação de trincas em concentração de tensões localizadas (riscos, entalhes, defeitos) Tensão amplificada nas extremidades das trincas propagação da trinca e fratura Rompimento das ligações covalentes na rede ou nas ligações cruzadas são rompidas durante a fratura. Fatores que favorecem a fratura frágil. Redução da temperatura Aumento na taxa de deformação Presença de um entalhe afilado Maior espessura da amostra Qualquer modificação na estrutura do polímero que aumente a temperatura de transição vítrea Resistência ao impacto dos polímeros Ensaios: Izod e Chapy Podem apresentar fratura dúctil ou frágil dependendo Temperatura, tamanho da amostra, taxa de deformação, modo de aplicação da carga. Semicristalinos e polímeros amorfos frágeis a temperaturas baixas, resistência ao impacto baixa. Estreita faixa de transição dúctil-frágil Fadiga nos polímeros Ocorre em níveis de tensão abaixo do limite de escoamento. Resistência a fadiga e limite de resistência a fadiga menores que os metais Fadiga nos polímeros Ciclar polímeros em alta frequência ou com tensões grandes aquecimento localizado falha por amolecimento. Resistência ao rasgamento nos polímeros Energia necessária para se rasgar uma amostra cortada que possui uma geometria padrão. Habilidade em resistir ao rasgamento Filmes finos para embalagens Dureza nos polímeros Resistência do material ao risco, penetração, mutilação... Polímeros são mais macios que os metais Ensaios de dureza Rockwell, Durômetro e Barcol deslizamento das regiões cristalinas estrutura fibrilar próximo à ruptura próximo à ruptura Estrutura inicial estrutura em rede estrutura Ligações cruzadas polímeros semicristalinos alongamento das regiões amorfas alinhamento das regiões cristalinas ruptura frágil Massa Molar LRT aumenta com o aumento do peso molecular. O maior enovelamento nas cadeias ocorre devido ao aumento da massa molecular numérica média Grau de cristalinidade O módulo de tração dos polímeros semicristalinos aumenta com o grau de cristalinidade. O aumento da cristalinidade, aumenta a resistência, o material tende a se tornar mais frágil. Nas reagiões cristalinas há grande quantidade de ligações secundárias entre os segmentos das cadeias adjacentes devido a maior compactação das cadeias. Complexidade da cadeia molecular Quanto mais complexa a cadeia, menos cristalina (mais amorfa) mais rígida e mais resistente será Direção do aumento da resistência mecânica Ramificada Ligações Cruzadas RedeLinear Ligações secundárias Elastômero: 1) não cristaliza com facilidade; amorfos com cadeias moleculares espiraladas e dobradas. 2) Rotações das cadeias ocorre livremente 3) Surgimento de deformação plástica é mais demorado. (MPa) início: as cadeias amorfas são conectadas por ligações cruzadas final: cadeias alinhadas mas continuam com as ligações cruzadasDeformação é reversível Vulcanização processo de formação de ligações cruzadas nos elastômeros. Reação química irreversível, em temperatura elevada. Enxofre Quebra da ligação saturada Vulcanização melhora: Módulo de elasticidade limite de resistência à tração resistência à degradação por oxidação. Borracha não-vulcanizada: mole, pegajosa baixa resistência à abrasão. vulcanizada Não- vulcanizada Te n sã o Deformação Ocorre por processos de nucleação e crescimento. A cristalização é dependente do tempo: curva de fração transformada em função do logaritmo do tempo à T constante. Equação de Avrami k e n são constante independente do tempo e dependem do sistema que está cristalizando )exp(1 nkty A figura abaixo mostra, de forma aproximada, como se distribuem as aplicações dos plásticos. 50T ip o s d e p o lí m e ro s Classe intermediária entre os termoplásticos e os termorrígidos: não são se fundem com facilidade, mas apresentam alta elasticidade, não sendo rígidos como os termofixos. Reciclagem complicada pela incapacidade de fusão, de forma análoga aos termorrígidos. 56T ip o s d e p o lí m e ro s Longos filamentos: comprimento/diâmetro 100:1 Maioria utilizado na indústria têxtil. Devem ter limite de resistência à tração elevado Módulo de elasticidade elevado Os polímeros devem ser altamente cristalinos, cadeias lineares e sem ramificações, com unidades que se repitam regularmente. 60T ip o s d e p o lí m e ro s 61T ip o s d e p o lí m e ro s Revestimentos Proteção contra corrosão; Melhorar aparência; Isolamento elétrico. Tintas, vernizes, esmaltes, lacas, gomas. Adesivos Colar superfícies de dois materiais sólidos Termoplásticos, resinas termofixas, compostos elastoméricos, adesivos naturais. 62T ip o s d e p o lí m e ro s Filmes - 0,025 a 0,125 mm, - para embalagem para alimentos. - baixa densidade e - alta flexibilidade, - alta resistência à tração e rasgo, - resistência à umidade/ataque químico. - Baixa permeabilidade ao gás. Polietileno, polipropileno, celofane e acetato de celulose Espumas Alta porosidade, Almofadas em automóveis e mobília Poliuretano, borracha, poliestireno, cloreto de polivinila Polietileno com peso molecular ultra-alto (UHMWPE) Polietileno linear, com peso molecular extremamente elevado. Peso molecular médio 4 x 106 g/mol - uma ordem a mais que o PEAD (polietileno de alta densidade) 63T ip o s d e p o lí m e ro s Alta resistência química, a impacto, desgaste e abrasão, baixo coeficiente de atrito, autolubrificante e antiaderente. Vestimentas à prova de balas, capacetes militares, linhas de pesca, prótese biomédicas. 64T ip o s d e p o lí m e ro s UHMWPE Elastômeros termoplásticos Exibem comportamento elastomérico em condições ambientes, com uma natureza termoplástica. Ex: copolímero em bloco formado por segmentos de um mero termoplástico duro e rígido (Estireno) e um mero elástico e flexível (butadieno/isopreno) 65T ip o s d e p o lí m e ro s Representações das estruturas químicas das cadeias de elastômeros termopl’sasticos (a) estireno-butadieno- estireno (S-B-S) e (b) estireno-isopreno- estireno (S-I-S). Elastômeros termoplásticos Vantagens em relação aos elastômeros termofixos: - Podem ser fundidos e processados por técnicas convencionais - são recicláveis - mais fácil controle sobre as dimensões das peças. - densidades menores - Aplicação: - solas, - biqueiras, - saltos de sapatos, - revestimentos protetores, - componentes em vedação, 66T ip o s d e p o lí m e ro s Regiões de Estireno Butadieno Estireno Processo empregado para a síntese dos materiais poliméricos – os monômeros são ligados uns aos outros para gerar longas cadeias compostas por unidades repetitivas. 67S ín te se e p ro c e ss a m e n to d p o lí m e ro s Polimerização por adição (Polimerização em cadeia) Reação de adição para a produção de polietileno a partir de etileno. 68S ín te se e p ro c e ss a m e n to d p o lí m e ro s Polimerização por condensação (reação em estágios) Reação de condensação para a produção de poli(tereftalato de etileno). Polimerização por adição: Reação entre espécies moléculas de um mesmo monômero. Não há formação de subprodutos Polimerização por condensação: há reação química entre duas ou mais espécies de monômero. Formação de sub-produto de baixo peso molecular. 69S ín te se e p ro c e ss a m e n to d p o lí m e ro s Diferentes técnicas são empregadas para conformação dos materiais poliméricos. Fatores que interferem na escolha do método de conformação: 1- material é termoplástico ou termofixo? 2- se termoplástico, temperatura em que ocorre o amolecimento. 3- estabilidade atmosférica do material 4- geometria e tamanho do produto acabado. Conformação de termoplásticos Extrusão Produz polímeros com formas simples e regulares de maneira contínua. Age como um misturador entre os aditivos e os polímeros. Produção de bastões, canais de mangueira, lâminas, filamentos. Conformação de termoplásticos Moldagem por insuflação Técnica utilizada para fabricação de recipientes plásticos. Uma pré-forma oca é introduzida em uma matriz e por pressão de ar é expandida contra as paredes do molde. Produção de garrafas plásticas, recipientes, tanques de combustíveis e outras formas ocas. 75S ín te se e p ro c e ss a m e n to d p o lí m e ro s Moldagem por insuflação Conformação de termoplásticos Moldagem por injeção Termoplásticos aquecidos acima da temperatura de fusão são injetados sob pressão em uma matriz para produzir uma peça moldada. Um pistão de ar ou um mecanismo de rosca pressiona o polímero quente para dentro da matriz. Produção de copos, pentes, engrenagens, cesto de lixo. Conformação de termoplásticos Moldagem por termoformação Chapas de polímeros termoplásticos aquecidos até a região plástica, podem ser conformados em uma matriz. Os moldes podem ser a vácuo ou sob pressão de ar. Produção de caixas de ovos, painéis decorativos Aquecedor Conformação de termoplásticos O polímero fundido é pressionado por um molde contendo pequenos furos (fiadora). Esse molde pode girar e produzir fios trançados. Fiadora Fibras Os materiais usado na fabricação de fibras devem ser termoplásticos porque: (1) Para serem fundidos, eles devem ser capazes de formar um líquido viscoso quando aquecido, o qual não é possível para termofixos. (2) Durante a moldagem, o alongamento mecânico deve ser possível; Os materiais termoendurecidos são, em geral, duros e relativamente frágeis, não sendo facilmente alongados. Conformação de termoplásticos Produção de filmes/sacos Conformação de termofixos e termoplásticos Moldagem por compressão Quantidade apropriadas do polímero e dos aditivos, completamente misturados, são colocados entre os elementos do molde. As duas partes domolde são aquecidas, e apenas uma parte é móvel. Antes da moldagem as matérias-primas podem ser misturadas e pressionadas a frio para formarem um disco, que é chamado de pré-forma. Matriz aquecida Matriz aquecida Pré-forma não polimerizada Polímero fundido e polimerizado Pressão Componente polimerizado Ejetor Conformação de termofixos e termoplásticos Moldagem por Transferência Antes da moldagem as matérias-primas sólidas são fundidas em uma câmara de transferência aquecida. Conforme o material fundido é injetado no interior da câmara do molde, a pressão é distribuída de maneira mais uniforme sobre todas as superfícies. Matriz aquecida Pré-forma não polimerizada Polímero fundido e polimerizado Polimerização do polímero injetado M a te ri a is P o li m é ri c o s Sistema de código para reciclagem Reciclagem