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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PROCESSUAL PENAL
Relações Jurisdicionais com Autoridade 
Estrangeira
Livro Eletrônico
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Douglas Vargas
Relações Jurisdicionais com Autoridade Estrangeira
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Sumário
Relações Jurisdicionais com Autoridades Estrangeiras ...................................................4
1. Disposições Gerais ......................................................................................................6
2. Procedimentos (Art. 780) .......................................................................................... 7
3. Carta Rogatória .......................................................................................................... 7
4. Atuação do Ministério da Justiça ................................................................................8
5. Inquirição de Testemunhas e Vítimas ..........................................................................9
6. Outras Diligências ......................................................................................................9
7. Atuação dos Ministérios ........................................................................................... 10
8. Extradição e Carta Rogatória .................................................................................... 11
Resumo ........................................................................................................................ 12
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Relações Jurisdicionais com Autoridade Estrangeira
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Apresentação
Fala, guerreiros!
Hoje, nossa aula estará focada em um tópico bastante resumido:
Será uma aula sucinta, e em razão da peculiaridade do tema, excepcionalmente sem exer-
cícios ao final. Mas como sempre digo: não vamos subestimar aspectos de natureza teórica 
em nenhum caso, pois nunca se sabe quando o examinador pode surpreender.
Vamos nessa!
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Relações Jurisdicionais com Autoridade Estrangeira
DIREITO PROCESSUAL PENAL
RELAÇÕES JURISDICIONAIS COM AUTORIDADES 
ESTRANGEIRAS
Suprema Corte dos Estados Unidos da América
Ao estudar as comunicações processuais, aprendemos que quando um juiz de uma deter-
minada comarca precisa citar ou intimar alguém fora de sua área de competência, utiliza-se 
da carta precatória, que nada mais é do que um pedido realizado por uma autoridade judiciá-
ria à outra, para o cumprimento de algum ato necessário para o andamento do processo.
Nesse sentido, algumas vezes os atos jurisdicionais irão extrapolar até mesmo as frontei-
ras de nosso país, resultado na necessidade de disciplinar a colaboração entre dois Estados 
soberanos para a aplicação do Direito Processual Penal.
É sobre tal assunto que trata o LIVRO V, Título ÚNICO do CPP, iniciado do art. 780 em diante: 
As regras processuais penais aplicáveis na relação entre o governo brasileiro e os governos 
estrangeiros
Nesse trecho da aula, você irá conhecer o instituto da carta rogatória, e alguns outros 
regramentos importantes sobre a aplicação do Direito Penal quando há a necessidade de 
interação entre mais de um Estado soberano, tudo sob o prisma do CPP.
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Relações Jurisdicionais com Autoridade Estrangeira
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Homologação de Sentenças Estrangeiras
Antes mesmo de adentrar as disposições gerais, é interessante iniciar nosso estudo com 
o tópico homologação de sentenças estrangeiras, o qual permite compreender de uma forma 
bastante prática o assunto deste trecho da aula.
O Brasil, obviamente, goza de SOBERANIA, de modo que não se submete hierarquicamente 
à nenhum outro país.
Como consequência dessa soberania, para que uma sentença emanada por uma autori-
dade estrangeira tenha efeito em nosso território soberano, é necessário que uma autoridade 
com jurisdição em nosso país faça a homologação da sentença estrangeira, o que irá conce-
der a eficácia necessária sem desrespeitar o nosso sistema jurídico.
Nesse sentido, vejamos o que diz a Constituição Federal:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.
ATENÇÃO
A homologação de sentenças estrangeiras, por expressa previsão constitucional, compete 
ao STJ.
Essa competência já pertenceu ao STF, entretanto, em Emenda Constitucional de 2004, 
houve mudança transferindo tal prerrogativa ao STJ, de modo a reduzir um pouco a notória 
sobrecarga de competências acumuladas por nossa Suprema Corte.
Seguindo em frente, é essencial notar o seguinte: o órgão que irá efetivamente atuar no 
cumprimento da decisão homologada pelo STJ é a Justiça Federal, e não o próprio STJ!
Ainda sobre este assunto, é importante tratar dos casos em que se admite a homologação 
de sentença estrangeira para fins penais:
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Note, portanto, que não se homologa sentença estrangeira para fins de IMPOSIÇÃO DE 
PENA A SER CUMPRIDA EM NOSSO PAÍS, pois tal tipo de homologação de sentença ofende-
riam a soberania nacional se realizados pelo nosso poder judiciário.
Ainda sobre o assunto em tela, temos o art. 781 do CPP, que merece ser lido:
Art. 781. As sentenças estrangeiras não serão homologadas, nem as cartas rogatórias cumpridas, 
se contrárias à ordem pública e aos bons costumes.
Uma vez apresentado o tópico de homologação das sentenças estrangeiras, vamos voltar 
um pouco e adentrar as disposições gerais do título em estudo.
1. Disposições Gerais
Art. 780. Sem prejuízo de convenções ou tratados, aplicar-se-á o disposto neste Título à homolo-
gação de sentenças penais estrangeiras e à expedição e ao cumprimento de cartas rogatórias para 
citações, inquirições e outras diligências necessárias à instrução de processo penal.
Voltando um pouco em nossa leitura do CPP, o art. 780 nos permite perceber o seguinte: 
via de regra, se houver a necessidade de cooperação de autoridades estrangeiras, as con-
venções e tratados internacionais assinados pelo Brasil serão consideradas como normas 
especiais, que terão o fito de prevalecer sobre a lei penal e a lei processual penal.
É necessário, obviamente, que os documentos relacionados com a colaboração com a 
autoridade estrangeira sejam autênticos, para subsidiar de forma adequada a tomada de de-
cisões pelo nosso judiciário. Sob esse prisma, o CPP nos apresenta a seguinte previsão:
Art. 782. O trânsito, por via diplomática, dos documentos apresentados constituiráprova bastante 
de sua autenticidade.
O art.  782 é praticamente autoexplicativo, e  sua literalidade pode ser objeto de prova, 
motivo pelo qual merece ser lido. O legislador quis apenas privilegiar a praticidade e eliminar 
burocracias inúteis, dispensando a exigência de outros tipos de autenticação que não aquela 
realizada pelos órgãos diplomáticos.
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2. proceDimentos (art. 780)
O art. 780 trata basicamente de dois procedimentos:
A homologação de sentenças estrangeiras você já conhece. Falta agora tratar das cha-
madas cartas rogatórias, que são um instituto fundamental para que a comunicação entre os 
Estados soberanos possa acontecer.
3. carta roGatória
Art. 783. As cartas rogatórias serão, pelo respectivo juiz, remetidas ao Ministro da Justiça, a fim 
de ser pedido o seu cumprimento, por via diplomática, às autoridades estrangeiras competentes.
Como você já sabe, se um magistrado de uma determinada comarca (dentro de nosso 
país) precisa solicitar a outro magistrado, de outra comarca, o cumprimento de algum ato 
necessário ao andamento do processo, irá utilizar o instituto da carta precatória.
Entretanto, a carta precatória não pode ser utilizada no âmbito internacional. Em seu lugar, 
temos a utilização de um outro meio, a chamada carta rogatória!
Então, muito cuidado para não confundir ambos os institutos:
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
DIRETO DO CONCURSO
Questão 1 (PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA) Pode-se afirmar que é exemplo de extraterrito-
rialidade de lei processual penal
a) o cumprimento de carta rogatória em países com os quais o Brasil mantenha relações.
b) a aplicação da lei brasileira para estrangeiro que praticou crime no Brasil.
c) a adequação de norma brasileira a tratado internacional sobre matéria processual.
d) a incidência de norma penal brasileira em vasos de guerra estrangeiros, em alto-mar.
e) o exequator expedido pelo Supremo Tribunal Federal a sentenças estrangeiras.
COMENTÁRIO
Letra a.
Estamos diante de extraterritorialidade de lei PROCESSUAL PENAL – e não de lei PENAL – mo-
tivo pelo qual devemos buscar nosso exemplo no CPP – e não no Código Penal.
Conforme estamos estudando, a  cooperação entre o Brasil e autoridades estrangeiras no 
cumprimento de algum ato processual penal pode se dar através de carta rogatória, motivo 
pelo qual a assertiva A está correta.
Certo. Uma vez que você já sabe para que serve uma carta rogatória (e não vai mais confundir 
a carta rogatória com a carta precatória), podemos tratar das disposições do CPP sobre o assunto.
4. atuação Do ministério Da Justiça
O art. 783 determina que as cartas rogatórias sejam remetidas ao Ministério da Justiça. 
Entretanto, é importante observar que a atuação do MJ é de triagem, analisando aquilo que 
será efetivamente transmitido aos órgãos diplomáticos.
ATENÇÃO
A responsabilidade de encaminhar a carta rogatória ao exterior não é do Ministério da Justiça, 
e sim do MRE (Ministério das Relações Exteriores).
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5. inQuirição De testemunhas e Vítimas
Um dos procedimentos que pode ser realizado através de carta rogatória é a inquirição 
de testemunhas e vítimas. No entanto, a doutrina estabelece que deve ser especificado exa-
tamente o alcance e a forma da inquirição, haja vista que tais peculiaridades podem variar de 
um país para o outro.
6. outras DiliGências
Não é apenas a citação e a inquirição que podem ser realizadas através de carta rogatória. 
Outras diligências, como a intimação de um determinado indivíduo para comparecimento em 
audiência em nosso país, podem ser realizadas através de carta rogatória.
Pronto. Já compreendemos de forma simples o trâmite das cartas rogatórias emanadas 
pelo nosso poder Judiciário solicitando os préstimos de governos estrangeiros. Precisamos 
agora tratar do procedimento inverso: das cartas rogatórias emanadas por governos estran-
geiros para o Brasil, disciplinado no art. 784 do CPP:
Art. 784 CPP
Art. 784. As cartas rogatórias emanadas de autoridades estrangeiras competentes não dependem 
de homologação e serão atendidas se encaminhadas por via diplomática e desde que o crime, se-
gundo a lei brasileira, não exclua a extradição.
§ 1º As rogatórias, acompanhadas de tradução em língua nacional, feita por tradutor oficial ou ju-
ramentado, serão, após exequatur do presidente do Supremo Tribunal Federal, cumpridas pelo juiz 
criminal do lugar onde as diligências tenham de efetuar-se, observadas as formalidades prescritas 
neste Código.
§ 2º A carta rogatória será pelo presidente do Supremo Tribunal Federal remetida ao presidente do 
Tribunal de Apelação do Estado, do Distrito Federal, ou do Território, a fim de ser encaminhada ao 
juiz competente.
§ 3º Versando sobre crime de ação privada, segundo a lei brasileira, o andamento, após o exequa-
tur, dependerá do interessado, a quem incumbirá o pagamento das despesas.
§ 4º Ficará sempre na secretaria do Supremo Tribunal Federal cópia da carta rogatória.
ATENÇÃO
Em primeiro lugar, note que as cartas rogatórias, por força do art. 784 do CPP, INDEPENDEM 
de homologação.
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Suponha, por exemplo, que uma autoridade estrangeira envie uma carta rogatória ao judi-
ciário brasileiro, solicitando a realização de uma citação. Tal carta rogatória não irá depender 
de homologação, e será atendida e encaminhada pela via diplomática, desde que o crime não 
exclua a extradição segundo a lei brasileira. Simples assim!
7. atuação Dos ministérios
Quando o Brasil deseja enviar uma carta rogatória a um governo estrangeiro, você já sabe 
que tal carta irá passar pelo Ministério da Justiça e pelo Ministério das Relações Exteriores.
No entanto, quando tratamos de cartas rogatórias enviadas ao Brasil por governos estran-
geiros, há uma mudança nesse fluxo procedimental: Não há atuação do Ministério da Justiça. 
A carta rogatória simplesmente será encaminhada pelo Ministério das Relações Exteriores ao 
presidente do STJ, para a concessão de exequatur.
ATENÇÃO
De origem latina, a expressão exequatur significa “execute-se”, “cumpra-se”.
Quando tratamos de cartas rogatórias, exequatur é o termo utilizado para definir o documen-
to autorizador para o cumprimento de cartas rogatórias no Brasil, elaboradopelo presidente 
do STJ.
O exequatur, portanto, é indispensável para fins de atendimento à uma carta rogatória ema-
nada por autoridade estrangeira.
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8. extraDição e carta roGatória
É de fundamental importância a questão da extradição para fins de cumprimento de car-
tas rogatórias estrangeiras. Isso porque, em nosso sistema jurídico, não se admite o cumpri-
mento de carta rogatória para delitos cuja extradição é vedada em nosso país.
ATENÇÃO
Se o crime que ensejou a expedição de carta rogatória por outro país não é passível de extra-
dição, não se cumpre a carta rogatória proveniente do estrangeiro.
Professor, e que crimes são esses?
Basicamente, são os seguintes:
Nos três casos acima, portanto, não se dá cumprimento à carta rogatória emanada por 
outro país!
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RESUMO
Processo de Crimes de Responsabilidade de Funcionários Públicos
• Normatização apresentada entre os artigos 513 e 518 do CPP.
−	 Leitura da letra de lei é essencial!
• Questões tratam sempre dos mesmos assuntos.
• Aplicáveis aos seguintes delitos:
• Ou seja: Crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral
• O procedimento especial para processo de crimes de responsabilidade de funcionários 
públicos só se aplica aos crimes AFIANÇÁVEIS.
• Para os crimes funcionais inafiançáveis, deve ser aplicado o procedimento comum ordi-
nário, e não o procedimento especial previsto no Título II, Capítulo II do CPP.
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• Se o servidor possui prerrogativa de função, não deverá ser processado através do pro-
cedimento previsto no CPP, e sim com base na lei 8.038/90.
• Esquematizando:
• Art. 514 CPP (Destaque):
Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará 
autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quin-
ze dias. 
• Art. 514 DESPENCA em provas de concursos das mais diversas bancas.
• O ponto chave do art. 514 é a chamada defesa preliminar, que deve ser apresentada uma 
vez que o funcionário público é notificado da acusação.
• Súmula 330/STJ
“É desnecessária a resposta preliminar de que trata o art. 514 do Código de Processo 
Penal - CPP, na ação penal instruída por inquérito policial. “
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• É outra norma campeã em elaboração de questões.
• Fluxo regular da defesa preliminar:
• O CPP fala em NOTIFICAÇÃO, e não em CITAÇÃO, nesse caso. Essa diferença cai em prova!
Defesa preliminar
• A defesa preliminar aqui apresentada é verdadeiro direito do funcionário público, que se 
aplica ao caso concreto com o objetivo de evitar que a denúncia seja recebida
• Se o funcionário público praticar, em concurso, dois delitos: Um funcional e um comum, não 
terá direito de apresentar a defesa preliminar em ambos os crimes, segundo o STJ e o STF.
• A nulidade gerada pela falta de defesa preliminar é apenas RELATIVA.
• Após o recebimento da denúncia/queixa, deve-se seguir o procedimento comum ordiná-
rio para os passos seguintes do processo.
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• A citação do réu só irá ocorrer após o recebimento da denúncia!
Relações Jurisdicionais com Autoridades Estrangeiras
• Regras processuais penais aplicáveis na relação entre o governo brasileiro e os gover-
nos estrangeiros.
• Estão previstas no LIVRO V, Título ÚNICO do CPP
• Aplicam-se em dois casos:
Homologação de Sentenças Estrangeiras
• Autoridade com jurisdição em nosso país faz a homologação da sentença estrangeira, 
para conceder eficácia necessária sem desrespeitar o nosso sistema jurídico.
• Visa garantir o respeito à soberania de nossa nação.
• A homologação de sentenças estrangeiras, por expressa previsão constitucional, com-
pete ao STJ.
• O órgão que irá efetivamente atuar no cumprimento da decisão homologada pelo STJ é 
a Justiça Federal, e não o próprio STJ!
• É admissível em três casos:
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• Não se homologa sentença estrangeira para fins de IMPOSIÇÃO DE PENA A SER CUM-
PRIDA EM NOSSO PAÍS.
• As sentenças estrangeiras não serão homologadas, nem as cartas rogatórias cumpri-
das, se contrárias à ordem pública e aos bons costumes.
• O trânsito, por via diplomática, dos documentos apresentados constituirá prova bastan-
te de sua autenticidade.
Carta Rogatória x Carta Precatória
• A responsabilidade de encaminhar a carta rogatória ao exterior não é do Ministério da 
Justiça, e sim do MRE (Ministério das Relações Exteriores).
• Pode ser utilizada a inquirição de testemunhas e vítimas
• Outras diligências, como a intimação de um determinado indivíduo para comparecimen-
to em audiência em nosso país, podem ser realizadas através de carta rogatória
• Cartas rogatórias, por força do art. 784 do CPP, INDEPENDEM de homologação.
Cartas Rogatórias de Outros Governos ao Brasil
• Quando tratamos de cartas rogatórias enviadas ao Brasil por governos estrangeiros, há 
uma mudança nesse fluxo procedimental: Não há atuação do Ministério da Justiça.
• A carta rogatória simplesmente será encaminhada pelo Ministério das Relações Exterio-
res ao presidente do STJ, para a concessão de exequatur.
• Quando tratamos de cartas rogatórias, exequatur é o termo utilizado para definir o do-
cumento autorizador para o cumprimento de cartas rogatórias no Brasil, elaborado pelo 
presidente do STJ.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
• O exequatur, portanto, é indispensável para fins de atendimento à uma carta rogatória 
emanada por autoridade estrangeira.
• Se o crime que ensejou a expedição de carta rogatória por outro país não é passível de 
extradição, não se cumpre a carta rogatória proveniente do estrangeiro.
−	 No caso, estamos falando dos seguintes crimes:
Douglas de Araújo Vargas
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado 
em vários concursos, como Polícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério 
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).
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	1. Disposições Gerais
	2. Procedimentos (Art. 780)
	3. Carta Rogatória
	4. Atuação do Ministério da Justiça
	5. Inquirição de Testemunhas e Vítimas
	6. Outras Diligências
	7. Atuação dos Ministérios
	8. Extradição e Carta Rogatória
	Resumo
	AVALIAR 5: 
	Página 20:

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