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06 - RESUMO PODERES DA ADMINISTRAÇÃO

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Direito administrativo: Poderes da administração
Poderes da Administração
Poderes Administrativos
Numa conceituação breve, podemos dizer que os poderes administrativos representam instrumentos aptos a permitir à Administração o cumprimento de suas finalidades públicas . Tratam-se, portanto, de verdadeiros poderes instrumentais , diferentemente dos poderes políticos – Legislativo, Executivo e Judiciário, essencialmente poderes estruturais do Estado.
A doutrina administrativista majoritária divide os poderes da Administração Pública em:
Poder Normativo/Regulamentar
Segundo Mazza (2013) o poder regulamentar "consiste na possibilidade de os Chefes do Poder Executivo editarem atos administrativos gerais e abstratos, gerais e concretos, expedidos para dar fiel execução à lei". 
Consiste na prerrogativa reconhecida à Administração Pública de expedir atos normativos gerais e abstratos que valem para uma série de pessoas indeterminadas, para fiel execução das leis. Atualmente, a doutrina considera o poder regulamentar espécie do poder normativo, referindo-se este a edição de diversos atos (decreto, portaria, resolução), e aquele, o poder de editar regulamento, cuja forma é o decreto, ato privativo do chefe do executivo.
O poder regulamentar não cria direitos e obrigações, é exercido pelo chefe do Poder Executivo para regulamentar lei, possibilitando sua fiel execução.
O poder regulamentar do poder executivo permite que eles editem atos normativos de caráter secundário, visto que leis de caráter primário advêm do Poder Legislativo. Nesse aspecto, como o Poder executivo não pode praticar atos normativos que gerem direitos, esses atos não serão primários, já que essa característica é a mais fundamental nas leis elaboradas pelo Poder Legislativo.
As autarquias não são delegadas, e sim outorgadas, ou seja, são criadas por lei.
Não é verdade que a lei seja manifestação de poder regulamentar, mas, sim, de atividade legiferante típica, emanada do Poder Legislativo. Na verdade, o poder regulamentar é aquele em vista do qual o Executivo expede normas gerais e abstratas, infralegais, com vistas a dar fiel execução às leis (CRFB/88, art. 84, IV).
De acordo com Matheus Carvalho (2015) '"poder normativo se traduz no poder conferido à Administração Pública de expedir normas gerais, ou seja, atos administrativos gerais e abstratos com efeitos erga omnes". 
O Prefeito que expediu decreto para o fiel cumprimento de determinado lei municipal exerceu o poder administrativo REGULAMENTO.
Poder Hierárquico
É o poder interno, ligado à estruturação e organização da Administração Pública.
Poder hierárquico que, nas palavras de Hely Lopes Meirelles, "é o de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal".
Nesse ponto, cabe destacar que do sistema hierárquico na Administração decorrem alguns efeitos específicos, como o poder de comando, o dever de obediência, fiscalização, o poder de revisão, a delegação e a avocação.
Na linha do exposto, ilustrativamente, eis as considerações tecidas por Matheus Carvalho acerca do poder hierárquico:
"Trata-se de atribuição concedida ao administrador para organizar, distribuir e principalmente escalonar as funções de seus órgãos, sendo o Poder que a Administração tem de se estruturar internamente determinando uma relação de hierarquia e subordinação entre seus órgãos e agentes.
(...)
Dentro de uma estrutura hierarquizada surgem atribuições (poderes-deveres), como o dever de fiscalizar, o dever de obediência às ordens dadas pelos superiores, o controle sobre a atividade dos órgãos inferiores para verificar a legalidade de seus atos, podendo anular os ilegais e, até mesmo, revogar os inoportunos ou inconvenientes, bem como as atribuições de delegar e avocar competência, nos moldes autorizados por lei."
No âmbito do poder hierárquico, insere-se a prerrogativa de controlar os atos de seus subordinados, do que pode resultar manutenção, revogação, anulação ou convalidação de atos administrativos.
Ressalte-se que a hierarquia só se manifesta dentro de uma mesma pessoa jurídica, definindo a competência entre os órgãos e agentes públicos integrantes dessa entidade.
No exercício da atividade jurisdicional, não há que se falar em hierarquia, mas sim em competências distintas legalmente estabelecidas para cada órgão judicial. Com isso, os membros da segunda instância não são hierarquicamente superiores aos magistrados que compõem a primeira instância. Tão somente, desempenham competências próprias, estabelecidas no ordenamento jurídico.
O poder hierárquico "é conferido ao administrador, a fim de distribuir e escalonar as funções dos seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo uma relação de hierarquia, de subordinação" (MAZZA, 2018). 
Ao se fazer referência a poder de comando, isto é, a prerrogativa de dar ordens, escritas e verbais, bem como de fiscalizar e revisar atos administrativos, e, ainda, de delegação e avocação de competências, o poder administrativo aí abordado é o hierárquico.
Neste sentido, confira-se a seguinte lição trazida por Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo:
"A doutrina em geral aponta como decorrência do poder hierárquico as prerrogativas, exercidas pelo superior sobre seus subordinados, de dar ordens, fiscalizar, controlar, aplicar sanções, delegar competências e avocar competências."
O Governador, ao nomear o seu chefe do Secretário da Segurança Pública ao seu nome, demonstra um exemplo do exercício do poder administrativo HIERÁRQUICO.  
Poder Disciplinar
Segundo os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, “poder disciplinar é a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração" e nas palavras de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “poder disciplinar é o que cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à
disciplina...”
Trata-se do poder disciplinar consiste na prerrogativa de aplicar sanções a servidores públicos ou particulares que mantenham vínculo jurídico específico com a Administração, como concessionários de serviços públicos.
O Poder Disciplinar é o poder de punir internamente as infrações cometidas pelos agentes administrativos, o poder disciplinar é exercido no âmbito dos órgãos e serviços da Administração. O poder disciplinar será sempre um poder interno da Administração Pública e por isso não se confunde com sanções penais.
É uma supremacia especial que o Estado exerce sobre todos aqueles que se vinculam à Administração por relações de qualquer natureza, subordinando-se às normas de funcionamento do serviço ou do estabelecimento que passam a integrar definitiva ou transitoriamente de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração.
Hely Lopes Meirelles: "Outra característica do poder disciplinar é seu discricionarismo, no sentido de que não está vinculado a prévia definição da lei sobre a infração funcional e a respectiva sanção. Não se aplica ao poder disciplinar o princípio da pena específica que domina inteiramente o Direito Criminal comum, ao afirmar a inexistência da infração penal sem previa lei que a defina e apene: 'nullum crimen, nulla poena sine lege'. Esse princípio não vigora em matéria disciplinar. O administrador, no seu prudente arbítrio, tendo em vista os deveres do infrator em relação ao serviço e verificando a falta, aplicará a sanção que julgar cabível, oportuna e conveniente, dentre as que estiverem enumeradas em lei ou regulamento para a generalidade das infrações administrativas."
O poder disciplinar somente se aplica aos servidores públicos e aos particulares que possuam vínculo jurídico específico com a Administração. Não é possível afirmar, corretamente, portanto, que se aplica aos particularesem geral, tal como sugere a afirmativa em exame, na medida em que não delimitou o alcance do poder disciplinar apenas aos particulares que estabeleçam vínculos especiais com o Poder Público.
Advertência verbal caracteriza sanção de autoridade pública ao servidor ou ao particular. No caso, de diretor de escola pública a um aluno. O poder que fundamenta esta aplicação é o disciplinar, que permite a apuração de infrações administrativas e a imposição das respectivas sanções correspondentes.
O Secretário Municipal que, após a sentença de purificação adequada e regular, decidir por administrativa disciplinar contra subordinado transgressor demonstra o exemplo do exercício do poder administrativo DISCIPLINAR.
Poder de Polícia
O ciclo de polícia é composto por quatro fases: ordem de polícia, consentimento, fiscalização e sanção.
O poder de polícia possui quatro ciclos: o da legislação, que estabelece a limitação dos direitos individuais; o do consentimento, que permite ao particular o exercício de certas atividades; o da fiscalização, que controla o cumprimento das normas que estabeleceram os limites; o da sanção, que consiste na aplicação de penalidades a todos que descumprirem as normas. Não há, na Constituição Federal, vedação para a delegação do poder de polícia a pessoas de direito privado. Entendimento jurisprudencial é no sentido de que os ciclos do consentimento e da fiscalização podem ser delegados.
A matéria pertinente à delegação do exercício do poder de polícia a particulares revela-se bastante controvertida, sendo ainda dominante, na doutrina, a corrente que não admite tal delegação a quaisquer pessoas da iniciativa privada. Assim decidiu o STF, por ocasião do exame da ADI 1.717/DF, rel. Min. Sydney Sanches, em 07.11.2002. Todavia, o STJ, mais recentemente, expediu precedente (REsp. 817.534, 2ª Turma, rel. Min. Mauro Campbell, em 04.08.2009) no sentido de admitir a delegação de atos de fiscalização e de consentimento de polícia a uma sociedade de economia mista – entidade integrante, pois, da Administração Indireta. No referido julgado, assim consta expressamente da ementa do acórdão: “Somente os atos relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois aqueles referentes à legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público.”
Sanção de polícia, apenas este tem caráter repressivo. Todos os demais são nitidamente preventivos. Ademais, a polícia judiciária, esta sim, é apontada como tendo atuação repressiva, em caráter fundamental. Isto porque entra em ação após o cometimento de ilícitos penais, como forma de propiciar a colheita de provas e identificação de responsáveis, em ordem a instruir futura ação penal.
De acordo com recente entendimento do STJ, devem ser consideradas as quatro atividades relativas ao poder de polícia: legislação, consentimento, fiscalização e sanção. Assim, legislação e sanção constituem atividades típicas da Administração Pública e, portanto, indelegáveis. Consentimento e fiscalização, por outro lado, não realizam poder coercitivo e, por isso, podem ser delegados (STJ, REsp 817.542/MG).
O poder de polícia é voltado para atividades de particulares, as quais se revelem potencialmente lesivas à coletividade, devendo, por isso mesmo, sofrer restrições e condicionamentos, em prol do interesse público.
Em linhas gerais, podemos definir poder de polícia como a prerrogativa reconhecida à Administração Pública para restringir e condicionar, com fundamento na lei, o exercício de direitos, com o objetivo de atender o interesse público.
 
Considerando o enunciado, a multa de trânsito é uma expressão do poder de polícia administrativa, vejamos.
 
A polícia administrativa caracteriza-se por ser disciplinada pelo Direito Administrativo, o que a difere da polícia judiciária, cujas normas são previstas e estudadas, essencialmente, no campo do Direito Processual Penal. Ademais, é verdadeiro dizer que a polícia administrativa recai sobre bens, direitos e atividades, ao passo que a polícia judiciária tem por objeto as pessoas, diretamente, as quais são investigadas pelo cometimento de infrações penais, em ordem a colher elementos probatórios para subsidiar a propositura de futura ação penal.
 
Por fim, é importante mencionar que o STF entendeu que as guardas municipais, desde que autorizadas por lei municipal, têm competência para fiscalizar o trânsito, lavrar auto de infração de trânsito e impor multas. Para o Supremo, é constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício do poder de polícia de trânsito, inclusive para a imposição de sanções administrativas previstas em lei. A fiscalização do trânsito, com aplicação das sanções administrativas (multas), constitui mero exercício de poder de polícia, não havendo, portanto, proibição de que seja exercida por órgãos que não fazem parte das carreiras policiais, como é o caso das guardas municipais, cuja atribuição descrita na CF, art. 144, § 8º, não é exaustiva. STF. Plenário. RE 658570/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 06/08/2015 (Info 793).
O atributo da autoexecutoriedade está, frequentemente presente nos atos de polícia. Em razão de tal atributo, a Administração pode executar suas decisões sem interferência do Poder Judiciário. Ressalte-se que a autoexecutoriedade apenas existe quando há lei permitindo ou em situações urgentes.
A Administração Pública, no exercício do Poder de Polícia, pode aplicar multas, entretanto, estas não são autoexecutáveis.
A autoexecuriedade, em regra, está presente nos atos do poder de polícia, porém nem todo ato de polícia possui o atributo da
autoexecutoriedade, como ocorre na cobrança de valores (por ex.: multas), em que a Administração Pública deve ajuizar a ação competente para efetuar a cobrança coercitiva do devedor.
Rafael Carvalho Rezende de Oliveira1, ao tratar do poder de polícia, destaca que "deve ser admitido, também, o denominado 'poder de polícia interfederativo', ou seja, aquele que é exercido entre os Entes federados. Em que pese a ausência de hierarquia entre as pessoas federativas, certo é que deve haver respeito em relação ao exercício das competências previstas na Constituição para cada uma delas. Não se trata, portanto, de hierarquia, mas, sim, de submissão à repartição de competências constitucionais. Por essa razão, as pessoas federadas podem instituir e cobrar taxas uma das outras, em virtude do exercício do poder de polícia, salvo as isenções legais."
A Administração Pública, no exercício do Poder de Polícia, pode aplicar multas, entretanto, estas não são autoexecutáveis.
A concessão de licença é uma das atividades em que se manifesta o poder vinculado do poder de polícia.
São atributos do poder de polícia: discricionariedade (Regra geral), a autoexecutoriedade (executar diretamente sua decisão por seus próprios meios, sem intervenção do Judiciário) e a coercibilidade (é a imposição do ato de polícia ao particular, independentemente de sua concordância).
Atributos do Poder de polícia:
- Discricionaridade (se estiver previsto em lei, torna-se vinculado);
- Coercibilidade (=Imperatividade: se impor a terceiros independentes de sua concordância);
- Autoexecutoriedade (Independe de autorização do poder judiciário);
Características:
- Atividade restritiva;
- Limita liberdade e propriedade;
- Natureza discricionária (regra geral);
- Atua em ilícitos administrativos;
- Pode ser preventiva ou repressiva;
- Regida pelo Direito Administrativo.
Abuso de poder de polícia:
- Abuso de poder;
1.excesso de poder: Incide na Competência, viola a Supremacia do Interesse Público;
2.Desvio de poder ou finalidade: Incide na Finalidade, Viola os princípios da Impessoalidade e da Moralidade.
Regra geral, a Administração não necessita recorrer ao Judiciário para adotar medidas coercitivas, pautadas no poder de polícia.
A administração está autorizada a adotar medidas coercitivas que imponham aos particulares o cumprimento de obrigações de não fazer (abstenções de fatos). Exemplo: o fechamento de uma ruapara a realização de poda de árvores impõe a correspondente obrigação dos particulares de não trafegarem com seus automóveis pelo local. Para tanto, a Administração se vale de medidas coercitivas, como a colocação de cones, barricadas, agentes de trânsito, etc.
O exercício do poder de polícia pressupõe que seu manejo se dê de forma proporcional, não excessiva, sob pena de a conduta administrativa descambar para a arbitrariedade e, como tal, sujeitar-se ao devido controle jurisdicional, sob o ângulo da legalidade.
Não há qualquer objeção a que pessoas jurídicas de direito público exerçam plenamente o poder de polícia, inclusive mediante providências coercitivas. Ex: agentes da ANVISA (autarquia federal) que, ao fiscalizarem um dado estabelecimento, encontram produtos impróprios ao consumo, hipótese que rende ensejo à apreensão física dos respectivos bens.
O STJ possui importante precedente (REsp. 817.534/MG, rel. Ministro Mauro Campbell, julgado em 04.08.2009) na linha de admitir a delegação do exercício do poder de polícia a pessoas jurídicas de direito privado, desde que integrantes da Administração Pública, e contanto que se trate da prática de atos de consentimento de polícia ou de fiscalização de polícia, os quais não demandariam genuíno exercício do poder de império do Estado. Frise-se: as ordens de polícia e as sanções de polícia não são passíveis de delegação, a não ser é claro se o forem a pessoas jurídicas de direito público.
O poder de polícia também se manifesta através de atos dotados de generalidade e abstração. São as chamadas ordens de polícia, nas quais podem ser enquadradas as próprias leis, que disponham sobre restrições, limitações, condicionamentos de direitos cujo exercício seja potencialmente lesivo ao interesse público, bem assim por meio de regulamentos que visem a minudenciar aquelas mesmas leis, em ordem a sua escorreita operacionalização prática.
Havendo, por exemplo, no bojo de uma fiscalização de trânsito – típico caso de exercício preventivo do poder de polícia – ordem para que um dado veículo pare, e este resolva descumprir o comando do agente de trânsito, ou se, num outro exemplo, após ser parado, o motorista inicie ofensas verbais ao agente público encarregado da operação, poderão configurar-se aí, em tese, condutas típicas, do ponto de vista penal, as quais ensejarão as respectivas penalidades, conforme previsão própria de tal esfera do Direito. É claro que as sanções penais não poderão ser aplicadas com base no exercício do poder de polícia. Não é isto o que está dito na questão. 
Com a ampliação do campo de incidência do Poder de Polícia, chega-se hoje a utilizar esse poder até para a preservação da segurança nacional, que é, em última análise, a situação da tranquilidade e garantia que o Es- tado oferece ao indivíduo e à coletividade, para a consecução dos objetivos do cidadão e da Nação em geral.
O conceito proposto corresponde ao que Hely Lopes Meirelles denomina como polícia administrativa geral. A polícia administrativa especial, na verdade, seria aquela que cuida “de setores específicos da atividade humana que afetem bens de interesse coletivo, tais como a construção, a indústria de alimentos, o comércio de medicamentos, o uso das águas, a exploração das florestas e das minas, para os quais há restrições próprias e regime jurídico peculiar.” (idem, p. 127).
“Dentre os poderes administrativos figura, com especial destaque, o poder de polícia administrativa, que a Administração Pública exerce sobre todas as atividades e bens que afetam ou possam afetar a coletividade. Para esse policiamento há competências exclusivas e concorrentes das três esferas estatais, dada a descentralização político-administrativa decorrente do nosso sistema constitucional.”
Daí se vê que há dois equívocos na assertiva exposta na questão, quais sejam: i) as competências podem ser exclusivas e concorrentes, ao invés de “não concorrentes”; e ii) o que explica a distribuição de tais competências pelos diferentes entes federativos, na verdade, é a descentralização político-administrativa, adotada por nosso sistema constitucional.
Em rigor, o poder de polícia administrativo também pode ser repressivo, no tocante aos atos de sanção de polícia, como se dá na aplicação de multas, na cassação de licenças, na interdição de estabelecimentos, dentre outros. Por outro lado, a polícia judiciária também apresenta aspecto lateral preventivo, uma vez que, ao se punir os infratores da ordem jurídica penal, há um efeito pedagógico de inibir que novos crimes sejam cometidos.
O poder de polícia pode restringir o direito de propriedade, com o fim de compatibiliza-lo ao interesse público, visando o bem estar social. O que não pode é suprimi-lo.
A polícia administrativa pode atuar de forma preventiva (ex: estabelece um limite de velocidade numa determinada rodovia), fiscalizatória (ex: radar) e repressiva (ex: multa de trânsito).
O poder de polícia pode ser exercido tanto por meio de atos normativos quanto por meio de atos concretos.
Contudo, há doutrinadores que adicionam mais duas outras classificações, quais sejam:
Poder Vinculado
Nas palavras de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, “O denominado poder vinculado é aquele de que dispõe a administração para a prática de atos administrativos em que é mínima ou inexistente a sua liberdade de atuação, ou seja, é o poder de que ela se utiliza quando pratica atos vinculados". Assim, o poder vinculado possibilita apenas a administração executar o ato vinculado nas estritas hipóteses legais, observando o conteúdo rigorosamente estabelecido na lei.
Conforme leciona Maria Sylvia Zanella Di Pietro: são atos que têm todos seus elementos previstos em lei, de modo que não há margem de liberdade do gestor público na prática do ato. Segundo Hely Lopes Meirelles, “atos vinculados ou regrados são aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos e condições de sua realização".
José dos Santos Carvalho Filho define uma licença como " ato vinculado por meio do qual a Administração confere ao consentimento informado para o desempenho de determinada atividade. Não são todas as atividades que reivindicam a licença do Poder Público. Há, no entanto, algumas atividades que o único indivíduo pode exercer a forma legítima se obteve ou é necessário ato administrativo de licença. da atividade reivindicada".
Poder Discricionário
É aquele que, contrariamente ao vinculado, confere ao agente administrativo uma razoável liberdade de atuação, possibilitando-o valorar a oportunidade e conveniência da prática do ato, quanto ao seu motivo, e, sendo o caso, escolher, dentro dos limites legais, o seu conteúdo (objeto) – o denominado mérito administrativo.
Conforme leciona Maria Sylvia Zanella Di Pietro: Localização da discricionariedade: a) quanto ao momento da prática do ato; b) quanto à finalidade entendida no sentido amplo; não existe na finalidade considerada em sentido estrito; c) quanto à forma (quando a lei não prevê forma ou prevê mais de uma forma possível, a critério da Administração); c) quanto ao motivo (a lei não define o motivo ou o define utilizando conceitos jurídicos indeterminados, especialmente conceitos de valor); d) quanto ao conteúdo ou objeto (a lei prevê vários objetos possíveis para alcançar o mesmo resultado).
Existe, sim, muitas vezes, espaço para exercício do poder discricionário, pelo agente público competente, por ocasião da imposição de uma sanção disciplinar a um dado servidor público. Isto pode ocorrer seja em se tratando da escolha, em si, da penalidade mais adequada, dentre aquelas em tese previstas na lei como aplicáveis ao caso, seja, ainda, na própria gradação da reprimenda que se revelar mais adequada.
Inexiste discricionariedade quanto a punir ou não punir o servidor faltoso. Quanto a isso o que existe é atividade vinculada. Apurada a infração, é preciso punir. Pode haver discricionariedade em um segundo momento, quando da imposição da pena, conforme comentários constantes do item anterior.
De fato, a escolha do local em que seria construídoo centro de exposição de artes constitui exercício do poder discricionário da Administração, eis que baseado em critérios de conveniência e oportunidade, com vistas à melhor satisfação do interesse público. No ponto, a autoridade competente elegeu o centro da cidade como a localidade mais adequada para instalar tal equipamento público, nada havendo de ilegal neste proceder.
A realização de obra pública - recapeamento asfáltico em vias públicas -, em determinados locais, considerados como mais necessários em comparação a outros, constitui decisão claramente discricionária da Administração, submetida a critérios de conveniência e oportunidade administrativas.
Trata-se, portanto, de ato discricionário, passível de exame jurisdicional apenas em relação a aspectos de legalidade, não sendo dado ao Judiciário se imiscuir no mérito administrativo - critérios de conveniência e oportunidade - para substituir a opção legítima adotada pelo Executivo por aquela que, em sua (do Judiciário) opinião seria a providência mais adequada, sob o ângulo do interesse público. Se assim o fizer, o Judiciário incorrerá em violação ao princípio da separação dos poderes (CRFB/88, art. 2º).
Sobre o tema, a clássica doutrina de Hely Lopes Meirelles:
"Poder discricionário é o que o Direito concede à Administração, de modo explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo."
Hely Lopes Meirelles, em sua obra “Direito Administrativo Brasileiro”, Ed. Malheiros, 18ª edição, pag. 123: “(...) o alvará de licença não pode ser invalidado discricionariamente, só admitindo revogação por interesse público superveniente e justificado, mediante indenização; ou cassação por descumprimento das normas legais na sua execução; ou anulação por ilegalidade na expedição – em todas essas hipóteses através de processo administrativo com defesa do interessado.”
  Também neste sentido, é o entendimento deste Tribunal conforme se verifica dos julgados que ora transcrevo: Direito Processual Civil. Aplicação do artigo 557 do Digesto Processual e do artigo 31, inciso VII, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça. Revogação de alvará de licença. Descabimento. Processo Administrativo. Ampla defesa. Contraditório. Aplicação do art. 5º, LV da Constituição da República. Licença é ato administrativo definitivo e vinculado, razão pela qual sua cassação, revogação ou anulação só pode ser feita com observância do due process of law , observância aplicável não só ao processo judicial mas também ao administrativo (TJRJ, 13ª Câmara Cível, AC nº 1996.009.00081, Des. Julio Cesar Paraguassu) Desprovimento do recurso e em reexame necessário, confirmando-se a sentença. (2001.001.04094 - DES. NAGIB SLAIBI - Julgamento: 29/05/2002 - DECIMA TERCEIRA  CAMARA CIVEL).
"A interdição de estabelecimento comercial, com a consequente cassação do alvará de licença para funcionamento, sem regular processo administrativo, constitui ato ilegal e abusivo" (Apelação Cível em Mandado de Segurança n. 2005.022639-3, rel. Des. Luiz Cézar Medeiros, j. 27-9-2005).
"Da discricionariedade resulta ao administrador liberdade para, na forma da lei, decidir quanto à conveniência e oportunidade da atuação administrativa. O agente público, assim, é quem deve decidir, em razão da situação fática ou jurídica, como e em que momento deve atuar, fazendo-o para melhor alcançar o fim exigido em lei. A discricionariedade tanto pode ser expressamente concedida em lei como pode decorrer do emprego de conceitos jurídicos indeterminados utilizados pelo legislador. Como a discricionariedade não é sinônimo de arbitrariedade, a apreciação da conveniência e oportunidade não se realizam segundo interesse privado ou do próprio agente, mas segundo interesse público".
(Márcio Fernando Elias Rosa. Direito Administrativo. Sinopses Jurídicas, Ed. Saraiva).
Processo Administrativo Disciplinar
Em nome do princípio da legalidade, a conduta e a pena prevista estarão previstas em lei anteriormente a prática do ilícito, não há infração administrativa sem lei anterior que o defina, cabe aqui uma ressalva.
Os atos administrativos disciplinares são vinculados (uma vez configurado, a autoridade competente é OBRIGADA a instaurar o PAD), e devem ser precedidas de processo administrativo e de motivação do ato punitivo.
Punição Disciplinar
Na realidade, toda condenação criminal por delito funcional acarreta, sim, uma correspondente reprimenda na esfera administrativa, a despeito dos fundamentos diversos destas duas esferas. No particular, confira-se o ensinamento trazido por Hely:
"A punição disciplinar e a criminal têm fundamentos diversos, e diversa é a natureza das penas. A diferença não é de grau; é de substância. Dessa substancial diversidade resulta a possibilidade da aplicação conjunta das duas penalidades sem que ocorra bis in idem. Por outras palavras, a mesma infração pode dar ensejo a punição administrativa (disciplinar) e a punição penal (criminal), porque aquela é um minus em relação a esta. Daí resulta que toda condenação criminal por delito funcional acarreta a punição disciplinar, mas nem toda falta administrativa exige sanção penal."
Acerca do poder-dever de aplicar a sanção cabível, a doutrina ensina que pode haver discricionariedade quanto à escolha ou gradação da penalidade a ser imposta, mas não existe conveniência e oportunidade no que tange à imposição, em si, da reprimenda, uma vez constatada a falta funcional pelo servidor. 
No ponto, eis a lição de Hely Lopes Meirelles:
"A aplicação da pena disciplinar tem para o superior hierárquico o caráter de um poder-dever, uma vez que a condescendência na punição é considerada crime contra a Administração Pública. Todo chefe tem o poder e o dever de punir o subordinado quando este der ensejo, ou, se lhe faltar competência para a aplicação da pena devida, fica na obrigação de levar o fato ao conhecimento da autoridade competente."
A imposição de sanção disciplinar pressupõe, sempre, a devida fundamentação, em ordem a que se possa conhecer as razões que levaram a autoridade competente a adotar a respectiva reprimenda, o que atende à necessidade de se controlar os atos administrativos em seus aspectos de mérito e de legalidade.
Abuso de poder
Abuso de poder é a atuação do agente público fora dos limites que a lei permite, divide-se nas seguintes modalidades:
   1) Excesso de poder: É quando o agente extrapola os limites na prática de determinado ato
Incide na Competência, viola o princípio da Supremacia do Interesse Público
   2) Desvio de poder ou finalidade: É quando o agente tem competência para a prática do ato, mas ao executá-lo não atende à
finalidade prevista na lei.
Incide na Finalidade, Viola os princípios da Impessoalidade e da Moralidade.
A presente questão narra hipótese em que um dado agente público atuou movido por sentimentos pessoais, visando, portanto, a satisfazer anseios estritamente particulares. É irrelevante, em casos tais, que o setor para o qual o servidor foi removido estivesse realmente precisando de incremento de recursos humanos.
Trata-se de ato administrativo que apresenta o vício denominado desvio de poder (ou de finalidade), que recai justamente sobre o elemento finalidade, sendo, inclusive, insuscetível de convalidação, porquanto insanável. Em síntese, verifica-se este vício sempre que o agente, mesmo atuando nos limites de sua competência, pratica ato visando a um fim diverso daquele previsto em lei.
Com efeito, o desvio de poder constitui espécie do gênero abuso de poder. Enquanto no desvio o vício está no elemento finalidade, no excesso de poder, que vem a ser a outra espécie do gênero abuso de poder, a mácula reside no elemento competência. Neste caso, o agente atua fora dos limites de sua competência.
Em resumo:
Abuso de poder (gênero) admite duas espécies:
- desvio de poder (vício no elemento finalidade); e
- excesso de poder (vício no elemento competência).
O caso versado no enunciado da questão representa típica hipótese em que o agentepúblico, embora mantenha-se nos limites de sua competência, pratica ato visando a uma finalidade diversa daquela inerente ao ato realizado.
Com efeito, a nomeação de um servidor para uma função de confiança deve ter por finalidade última o atendimento do interesse público e, de maneira mais direta, a melhoria no desempenho das funções respectivas. Afinal, idealmente, nomeia-se alguém mais qualificado para as tarefas correspondentes, o que atende ao princípio da eficiência.
Em sendo descoberto, posteriormente, que a finalidade, a rigor, era bem diversa, vale dizer, constituía, isto sim, uma manobra para modificar o responsável pelo andamento de um dado processo administrativo, o ato de nomeação se revela maculado pelo vício denominado desvio de finalidade (ou de poder), que vem a ser uma espécie do gênero abuso de poder.
Jurisprudência 
Súmula 19 STJ: a fixação de horário bancário, para atendimento ao público, é da competência da União.
Súmula 127 do STJ: "É ilegal condicionar a renovação de licença ao pagamento de multa, da qual o infrator não foi notificado."
Jurisprudência do STF - Mandado de Segurança nº 23.262/DF:
"Constitucional e Administrativo. Poder disciplinar. Prescrição. Anotação de fatos desabonadores nos assentamentos funcionais. Declaração incidental de inconstitucionalidade do art. 170 da Lei 8.112/90. Violação do princípio da presunção de inocência. Segurança concedida. 1. A instauração do processo disciplinar interrompe o curso do prazo prescricional da infração, que volta a correr depois de ultrapassados 140 (cento e quarenta) dias sem que haja decisão definitiva. 2. O princípio da presunção de inocência consiste em pressuposto negativo, o qual refuta a incidência dos efeitos próprios do ato sancionador, administrativo ou judicial, antes do perfazimento ou da conclusão do processo respectivo, com vistas à apuração profunda dos fatos levantados e à realização de juízo certo sobre a ocorrência a autoria do ilícito imputado ao acusado. 3. É inconstitucional por afronta ao art. 5º, LVII, da CF/88, o art. 170 da Lei 8.112/90, o qual é compreendido como proteção da prática administrativa fundada, em especial, na Formulação 36 do antigo DASP, que tinha como finalidade legitimar a utilização dos apontamentos para desabonar a conduta do servidor à título de maus antecedentes, sem a formação definitiva da culpa. 4. Reconhecida a prescrição da pretensão punitiva, há impedimento absoluto de ato decisório condenatório ou de formação de culpa definitiva por atos imputados ao investigado no período abrangido pelo PAD". 
Poder de Polícia: decorre da supremacia geral da administração pública. Salienta-se que se trata de poder de polícia de caráter administrativo, tendo em vista que o poder de polícia judiciária não interessa ao direito administrativo.
 
Poder geral de cautela: 
Informativo n. 737 - PODER GERAL DE CAUTELA DA ADMINISTRAÇÃO E SUSPENSÃO DE PAGAMENTO DE VANTAGEM - 2. Os denominados "quintos" incorporados aos vencimentos do servidor podem ser suspensos, no curso de processo administrativo, com fundamento no poder cautelar da Administração (Lei nº 9.784/1999: Art. 45:Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado). Essa a conclusão da 2ª Turma ao finalizar julgamento de recurso ordinário em mandado de segurança no qual se impugnava decisão do Conselho da Justiça Federal - CJF que, em processo administrativo, determinara o cancelamento de incorporação de quintos percebidos pela ora recorrente, bem assim ordenara, no exercício geral de cautela, a suspensão do pagamento da vantagem até a conclusão do feito administrativo. RMS 31973/DF, rel. Min. Cármen Lúcia, 25.2.2014. (RMS-31973).
O Poder de tutela indica o controle exercitado pelo ente da Administração direta sobre os sujeitos da Administração indireta que estão a ele vinculados. Pode-se dizer que o referido poder não significa a competência para revisar diretamente as ações e omissões praticadas no âmbito da autarquia. Não envolve também o poder de editar diretamente atos substitutivos daqueles de competência da autarquia. Destaca-se que cabe à pessoa política o poder jurídico de verificar a regularidade da atividade desenvolvida no âmbito autárquico (JUSTEN FILHO, 2016).
STF Súmula nº 645: Competência para Fixação do Horário de Funcionamento de Estabelecimento Comerciais.
 Súmula 646 STF: Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial.
Lei 6.015/73 – Lei de Registros Públicos
“Art. 214 - As nulidades de pleno direito do registro, uma vez provadas, invalidam-no, independentemente de ação direta. (Renumerado do art. 215 com nova redação pela Lei nº 6.216, de 1975).
§ 1o A nulidade será decretada depois de ouvidos os atingidos. (Incluído pela Lei nº 10.931, de 2004)
§ 2o Da decisão tomada no caso do § 1o caberá apelação ou agravo conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 10.931, de 2004)
§ 3o Se o juiz entender que a superveniência de novos registros poderá causar danos de difícil reparação poderá determinar de ofício, a qualquer momento, ainda que sem oitiva das partes, o bloqueio da matrícula do imóvel. (Incluído pela Lei nº 10.931, de 2004)
§ 4o Bloqueada a matrícula, o oficial não poderá mais nela praticar qualquer ato, salvo com autorização judicial, permitindo-se, todavia, aos interessados a prenotação de seus títulos, que ficarão com o prazo prorrogado até a solução do bloqueio. (Incluído pela Lei nº 10.931, de 2004)
§ 5o A nulidade não será decretada se atingir terceiro de boa-fé que já tiver preenchido as condições de usucapião do imóvel. (Incluído pela Lei nº 10.931, de 2004)”.
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