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Aicha Bachir Bacha, Oscar Daniel Llanos Jacinto. El gran templo del centro ceremonial de Cahuachi (Nazca, Peru).

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Texto 3: Aicha Bachir Bacha, Oscar Daniel Llanos Jacinto. El gran templo del centro ceremonial de 
Cahuachi (Nazca, Peru). 
A "Cultura Nazca" desenvolveu-se na costa sul do Peru, entre 100 AC e 700 DC. A 
pesquisa arqueológica mostra que os Nazca estavam organizados em uma sociedade 
hierárquica, comandada por uma elite de guerreiros religiosos. O centro religioso e 
administrativo dessa cultura se concentrava na cidade de Cahuachi na margem sul do rio 
Nazca. Os Nazca dominavam as técnicas de olaria (principalmente cerâmica policroma), 
conhecimento astronômicos, tecelagem, metalurgia; além de construir complexos sistemas 
de irrigação subterrânea e enormes templos. 
Os vestígios indicam aos arqueólogos a existência de uma sociedade altamente 
hierarquizada e principalmente de um controle social e político que permite um manejo de um 
grande contingente de mão de obra para a realização de bem feitorias públicas, como é o 
caso dos aquedutos e dos grandes complexos urbanos e religiosos. 
Área teve uma ocupação contínua entre o período de 400 antes de Cristo a 450 depois 
de Cristo. O sítio cobre uma superfície de aproximadamente 24 km². As escavações na área 
permitiram a localização de uma série de plataformas, construções (templos e palácios) e 
montículos, além de grande quantidade de artefatos cerâmicos, têxtil, cabeças troféu, etc. O 
“grande templo”, construído em adobe possui 150 X 100 m na base e 20 m de altura. Essa 
monumentalidade dessas construções são indicativos da capacidade produtiva e do controle 
de mão de obra que esses estados tinham, sendo um indicativo de uma hierarquização bem 
estabelecida. 
Esse grande templo Nazca possui 5 fases de construção, cada uma em períodos 
diferentes e com suas próprias características que as distinguem. Sendo destruída várias 
vezes em decorrência das inundações, terremotos ou até mesmo pelos caprichos dos 
sacerdotes que comandavam, quando isso acontecia ela era reconstruída sob suas próprias 
ruinas. Além de aprofundar o caráter cerimonial do edifício, as escavações arqueológicas no 
Grande Templo revelaram que algumas partes do próprio edifício eram residenciais. 
Escavações realizadas a partir de 1994 encontram essas cabeças troféus num 
contexto da 3 e a 4 fase de construção de Cahuachi, onde os autores vão colocar que 
encontro desses “artefatos” ela serve para desmistificação de determinadas ideias iniciais 
que se tinha de Nazca principalmente associadas a linhas de Nazca de uma sociedade 
pacífica e religiosa. 
 
 
 
 
A partir das técnicas construtivas e da tipologia, não só da cerâmica, mas do material 
utilizado para construção desse templo maior os arqueólogos conseguiram chegar a 
cronologias das fases de construção de Cahuachi. Esses dados demonstram que esse 
primeiro momento é caracterizado pela construção de grandes paredes quincha. Através da 
análise dos tipos de adobes, como morfologia, os tipos de pasta utilizada para sua criação e 
cronologia os arqueólogos são capazes de distinguir essas fases. 
As “Linhas de Nazca” são geoglifos que ocupam uma área de aproximadamente 50 
km por 15 km inseridas nos estados peruanos de Palpa, Ingeni, Nazca e Socos. Eles foram 
associados aos povos Paracas e Nazca, e remontariam ao período entre 400 a.C e 600 d.C. 
Suas formas representam figuras antropomorfas, zoomorfas e formas geométricas. 
Ao longo dos anos diversos autores criaram teorias sobre os modos de produção e 
significados deste geoglifos. Alguns acreditavam que essas linhas funcionavam como registro 
do movimento de astros e constelações sendo um grande “mapa astronômico” e/ ou um 
calendário consentido místico religioso. Outros acreditavam que estavam relacionados a 
aspectos religioso e funerário. E teorias ligadas aos fenômenos climáticos e metodologia 
lógicos meteorológico especialmente associadas à água e fertilidade do solo. 
Os estudos desse templo Nazca e dos geoglifos são de extrema importância para 
entender sua estrutura social, política e religiosa, que são observadas através dos 
fragmentos e composições nas paredes e corredores encontrados nessa região.

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