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LUMBRERAS, Luis G. Formacíon de las sociedades urbanas.

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Texto 1 - LUMBRERAS, Luis G. Formacíon de las sociedades urbanas. In: _____ (ed) História de América 
Andina. 
 
Luis Guillermo Lumbreras é um antropólogo, arqueólogo e educador peruano. 
Reconhecido por impregnar uma nova perspectiva à arqueologia com contribuições valiosas, 
não apenas no aspecto descritivo e analítico, mas também no plano teórico da definição da 
arqueologia peruana. E em seu texto intitulado “Formacíon de las sociedades urbanas” ele 
fala sobre o surgimento dos centros urbanos andinos. 
O início da ocupação dos Andes remonta a no mínimo 30 mil anos como sugerem as 
datações do sítio Monte Verde II (33.000 b.p) no Chile. Sendo considerado uma das primeiras 
ocupações territoriais da Mesoamérica. 
Um elemento que o Lumbreras destaca durante o texto é que se deve ter consciência 
de que na verdade esse estudo sobre a história andina e a tentativa de se discutir o 
desenvolvimento sociocultural e econômico está partindo de uma generalização, e 
construindo um objeto de estudo a partir de recorte compartilhados por pesquisadores. 
Apesar do que o autor coloca a respeito sobre se pensar nas cordilheiras dos Andes como 
um marco geográfico que delimita o que ele chama de povos andinos, é necessário 
reconhecer que há uma diversidade temporal, espacial e ético-social ou cultural muito grande 
nessa mesma área. 
Diferentes autores chamam atenção que é impossível compreender a cadeia de 
desenvolvimento das relações humanas sem mencionar essas especificidades ambientais, 
existem regiões onde as ofertas de recursos são dispares seja áreas agricultáveis seja oferta 
de recursos hídricos, incidência ou não de chuvas, todos esses elementos acabam levando 
esses grupos humanos a desenvolver aparatos técnicos para lidarem com essas situações. 
Esses desenvolvimentos tecnológicos permitem índices de produção maior, 
crescimento populacional, assim havendo uma complexificação das relações sociais. Essa 
diversidade ambiental está presente na materialidade encontrada nesses sítios arqueológicos 
Andinos. Havendo assim um processo de crescimento populacional em sua capacidade de 
subjugar o meio ambiente, revelando territórios de integração econômica que se formaram 
pela necessidade de manter contatos estáveis entre vales ou bacias vizinhas. 
A importância de se entender esse contexto climático é que o domínio e a 
compreensão dessas adversidades, como é o caso do El Ninõ, e corrente de Humboldt que 
são fenômenos climáticos recorrentes e que afetam tanto os pescadores como os 
 
 
 
 
agricultores, levam a produção não apenas de uma tecnologia material, mas um domínio de 
um conhecimento sobre o próprio ambiente que auxilia na formação de grupos socais 
distintos. Como é a caso da criação de calendários, técnicas de agricultura, técnicas de 
previsão do tempo que anda conjugado com o desenvolvimento religioso e político. 
Outro aspecto que é tratado tanto no texto e no documentário “ Chavín de Huantar: O 
teatro do além” são os aspectos religiosos dentro da comunidade Chavín. Este é um dos 
lugares que serve de testemunho do que aconteceu no Peru há três mil anos. Não há dúvida 
de que Chavín foi um lugar especial em seu tempo; mas sabemos que ele não foi o único. A 
história não parou, continuou nos vales e bacias, e o sucesso dos templos e sacerdotes foi 
generalizado. Tello lançou uma hipótese que podiam ter existido territórios mutismos maiores. 
Agora sabe-se que não foi assim, contudo, a hipótese de que era o ponto de partida 
civilizatório faz sentido. 
Um dos argumentos justamente é ter definido claramente que Chavín, como ocorria 
em Roma ou em Jerusalém, convergiam pessoas de todos os territórios dessa época. Junto 
com a bonança dos centros cerimonias a população aumentou, e com o centro cerimoniais 
do período formativo, as sociedades, até então igualitárias do arcaico, em que havia uma 
escassa divisão social, se hierarquizaram de forma mais pronunciada. Surge uma classe 
dominante de sacerdotes e especialistas e começa a desigualdade, essa nova classe social 
que o autor chama de dirigentes teocráticos.

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