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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS GFI128 - Laboratório de Física B PARADOXO E CINEMÁTICA DO CONE DUPLO Diogo Rossetti Guilherme Oliveira Pedro Marçal Turma: 30H Lavras - MG Data de entrega: 24/02/2022 Objetivo Neste relatório vamos experimentar e analisar o tempo de deslocamento de um cone duplo a respeito de seus ângulos e explicar o aparente paradoxo em um plano inclinado dividido em dois segmentos. Resumo Obtemos informações para concluir que como a cinemática do cone duplo de papel em relação a pequenas inclinações do plano em que seu movimento ocorreu e discutimos sobre o erro da velocidade angular, esse movimento também nos deu uma noção ao fenômeno do cone duplo subir o plano inclinado o que ocorreu como uma maneira do corpo achar um novo ponto de equilíbrio, ou seja, mesmo que o objeto em si aparente subir o plano, a distância do centro de massa dele ao ponto de contato diminuiu. Introdução teórica Para começar a falar do nosso sistema precisamos de coordenadas, utilizaremos as coordenadas cartesianas com três dimensões x, y e z, também vamos manter uma informação sobre a inclinação do plano θ e do quão estão afastados os dois segmentos dele β. Figura 1: O esquema do cone duplo, R é o raio do centro de massa, � é a largura de um cone, α é o ângulo interno do cone, A e B são os pontos de contato do cone duplo no plano inclinado e as funções y’ e z’ monitoram o ponto de contato em relação ao centro de massa e ao solo respectivamente (x é a variável que “sai do papel” e não aparece nessa visualização YZ). Vamos analisar o plano YZ, é possível ver que entre z e y existe uma linha inclinada a um ângulo fixo α, matematicamente isso significa que uma pequena variação em z causa uma pequena variação em y multiplicado pela tangente do ângulo da linha. (1) Podemos fazer a mesma análise com os outros dois planos XZ e XY, onde se encontram essa dependência a um ângulo fixo. Abaixo está o plano XZ com o ângulo do plano inclinado θ. Figura 2: O plano XZ do nosso sistema, ele mostra a vista frontal do plano inclinado. (2) E também abaixo, o plano XY com um ângulo até a coordenada x igual a φ. Note que fizemos antes a distinção entre as coordenadas e as funções colocando uma linha acima da variável, no caso isso funciona para a coordenada z que fala a respeito da altura do cone duplo enquanto z’ fala da altura do plano inclinado. Essa distinção não necessariamente ocorre para a variável y já que em ambos casos ela indica o mesmo resultado, então podemos daqui adiante usar y = y’. Figura 3: O plano XY nos mostra uma vista de cima sobre o plano inclinado. (3) Toda essa análise foi feita com um propósito, combinando a equação 3 com a equação 1, obtemos a seguinte expressão para o diferencial dz. (4) Compare a diferença de dz e dz’, ela quantifica o quanto o cone duplo se deslocou infinitesimalmente, como o aparente paradoxo é feito com o cone duplo subindo o plano inclinado temos a condição onde a diferença de dz e dz’ deve ser maior que zero. (5) Agora o paradoxo em si pode ser explicado bem facilmente usando um argumento de energia, como foi explicado no papel “The double cone: a mechanical paradox or a geometrical constraint ?”, o centro de massa do corpo pode explicar esse movimento natural do cone ao subir o plano inclinado. O caso é, ele não sobe o plano inclinado, só aparenta subir quando observamos o objeto como um todo, mas o que está realmente acontecendo é que o centro de massa do cone duplo fica mais perto do solo quando ele passa pelos 2 segmentos que divergem. Então pela lei de conservação de energia, sabendo que no final tem só energia cinética de rotação. O cone duplo com respeito ao centro de massa tem um momento de inércia igual a 3/5 da massa vezes raio ao quadrado, isso porque o momento de inércia de um cone em referência a sua ponta é 3/10 então o cone duplo por simetria é duas vezes esse valor. Com isso isolando para a velocidade angular temos: Para sabermos como o ângulo do plano inclinado altera o tempo de deslocamento fazemos a seguinte análise da função z’. Figura 5: Um esquema sobre o movimento do duplo cone ao longo do plano inclinado, a função z’ registra a altura do plano inclinado após o deslocamento x, note que ao se deslocar o raio no ponto de contato vai diminuindo pela divergência do segmentos que separam o plano inclinado. Digamos que o cone duplo se movimente com uma velocidade de translação igual a da figura acima, já que na direção da coordenada x não tem nenhuma aceleração, a velocidade nessa direção é o seno da velocidade ao “subir” o plano e ela é constante, sabendo também que a função z’ depende do deslocamento x podemos juntar os dois fatos combinado com a trigonometria da figura 5 com o raio r e o restante (R - r). mas, então: Quando o plano ficar em equilíbrio temos duas condições, o tempo será igual ao tempo deslocado, r deve ser igual a 0 e a velocidade assumindo uma relação sem deslizamento será igual a velocidade angular vezes o raio do cone duplo. Materiais utilizados e procedimento experimental Foi usado para esse experimento o esquema do cone duplo e do plano inclinado do “paperPino” (está na bibliografia), ou seja, ambos o cone e o plano foram recortados de um papel A4 e montados para o procedimento. Como é previsto, o cone duplo será colocado no ponto mais baixo do plano inclinado e ele naturalmente vai subir para diminuir sua energia potencial gravitacional do centro de massa. Foram gravadas todas as tentativas para obter a duração do deslocamento, também todas as medidas diretas sobre o cone e o plano inclinado, os diferentes ângulos foram obtidos através da adição de papéis ao plano já construído. (a) (b) Figura 4: (a) o cone duplo na parte inferior do plano inclinado sendo colocado no movimento. (b) o cone duplo em movimento aparentemente subindo o plano inclinado (as fotos foram tiradas da gravação usada na coleção dos dados). Todas as medidas diretas foram retiradas das gravações e colocadas na seção posterior em Resultados. Resultados Aqui comentaremos os resultados obtidos no experimento, primeiramente a tabela abaixo fala sobre as medidas diretas do cone duplo e também ao ângulo φ que separa o plano inclinado. Ângulo φ Ângulo α Diâmetro do Cone Largura do Cone 30° 32° 6,8 cm 5,5 cm Para o experimento em si separamos na tabela abaixo o respectivo ângulo e o tempo que durou para subir o plano inclinado. Ângulo θ (°) Tempo t (s) 2 3,13 3 2,78 5 2,30 Abaixo está o gráfico com a regressão não linear dos dados obtidos usando o programa SciDavis. Sabendo que o deslocamento Δz foi aproximadamente 3mm temos que a velocidade angular para o cone duplo assumindo que todos os 3 experimentos tiveram o mesmo cone do mesmo papel impresso. E o seu erro utilizando as derivadas parciais com respeito a cada medida direta. Comparando essa velocidade angular com a do gráfico obtido pelo SciDavis, percebe-se uma variação muito grande igual ao seguinte valor. f(x) = , ω = 3,166 rad/s 1 3.166𝑥 Análises e Conclusões Neste trabalho conseguimos verificar uma das leis mais importantes da física sobre um corpo querer minimizar sua energia potencial ao observarmos como o cone duplo aparentemente subiu o plano inclinado justamente para diminuir sua energia potencial gravitacional. Também conseguimos obter valores experimentais utilizando o que foi descrito na teoria, que nos permitem concluir que quanto maior o ângulo mais rápido o centro de massa tende a diminuir sua energia potencial gravitacional, porém vale notar que o experimento foi feito com um esquema impresso com tudo já pré determinado, ou seja, não foi muito flexível quanto a mudança do ângulo, talvez a função tenha um formato diferente quando grandes mudanças no ângulo são feitas mas esse pensamento não pôde ser averiguado neste relatório. Outra erro que deve ter notado na análise da velocidade angular foi a discrepância entre o gráfico obtido no SciDavis e a teoria, talvez a teoria tenha assumidos fatos que não foram considerados no experimentoou o experimento tenha um erro instrumental significativo, pois olhando o erro da velocidade angular ele está entre 1 e 2 para ambos o raio e ao deslocamento da coordenada z. Acabou que o paradoxo em si pode ser explicado com o formalismo das leis da física, mesmo que visualmente o cone duplo tenha de fato se elevado a uma altura maior comparado ao chão, ele diminui sua energia potencial gravitacional já que na subida os dois segmentos dividindo o plano se divergem, isso acabou deixando no final o cone duplo com o ponto de contato bem no centro de massa. Bibliografia Física para Cientistas e Engenheiros Vol.1- Mecânica, Oscilações e Ondas, Termodinâmica: Volume 1 (TIPLER Paul, MOSCA Gene). Fundamentos da Física Experimental (VERA Jose, ROSSO Karen). https://www.paperpino.net/the-incredible-anti-gravity-double-cone-lincredibile- doppio-cono-anti-gravitazionale/ (Cone duplo impresso) https://eric.ed.gov/?id=EJ956435 (Papel que retiramos o argumento da energia potencial gravitacional diminuir) https://www.paperpino.net/the-incredible-anti-gravity-double-cone-lincredibile-doppio-cono-anti-gravitazionale/ https://www.paperpino.net/the-incredible-anti-gravity-double-cone-lincredibile-doppio-cono-anti-gravitazionale/ https://eric.ed.gov/?id=EJ956435
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