Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Febre amarela Doença infecciosa, causada por vírus (flavivírus), não transmissível entre pessoas. A única forma de contrair a doença é por meio de picada de mosquito que tenha picado anteriormente um outro organismo contaminado com o vírus (primata ou humano). Não se sabe ao certo a origem da doença, mas tomou-se conhecimento sobre a mesma após o “descobrimento” da América. Existem diversos registros relativos a vários períodos epidêmicos de doenças que poderiam ser febre amarela, mas não havia ainda muita precisão quanto aos sintomas e a causa da doença. No entanto, em 1635, Raymond Bréton, um jesuíta em missão na ilha de Guadalupe conseguiu relacionar o desmatamento com o aumento de casos da doença. A hipótese mais aceita é que a doença tenha se originado na África, e foi espalhada pelo mundo por conta do tráfico negreiro, assim como o Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão do vírus. No Brasil. A primeira epidemia de febre amarela ocorreu no Recife em 1685. Depois chegou a Salvador e anos depois chegou ao Rio de Janeiro, após um navio recém chegado da África atracar no porto. Apenas em 1957 a doença foi controlada no Brasil, por meio de melhorias nas condições sanitárias e controle do vetor. Entre 2017 e 2018 houveram surtos de febre amarela, que causaram muitas mortes de macacos, não só pela infecção, mas pela ignorância das pessoas que matavam os macacos acreditando que a doença era transmitida diretamente por eles. Quanto aos sintomas, inicialmente ocorre febre alta, dor de cabeça, dor lombar e no restante do corpo, náusea e vômito. A icterícia é característica marcante da doença, por isso o nome febre amarela. Icterícia é o que causa a cor amarelada da pele e do branco dos olhos, por conta de concentração elevada de bilirrubina no sangue. Essa, por sua vez é a substância amarela contida na bile e que é eliminada na urina, após ser metabolizada. Em casos graves a febre amarela afeta os rins e o fígado, dessa forma a bilirrubina não é absorvida do plasma sanguíneo e não é metabolizada. Por esse motivo a pele da pessoa doente fica com aspecto amarelado. A infecção com o vírus causador da febre amarela pode ocorrer de duas formas. A silvestre, em que uma pessoa contrai o vírus diretamente na mata, após ser picado pelo mosquito Haemagogus, que previamente picou um macaco já contaminado. Ao retornar para a cidade, o humano leva o vírus consigo e assim ocorre a propagação da forma urbana da doença. Como não há Haemagogus na cidade, a transmissão do vírus passa a ocorrer pelo Aedes aegypti, um mosquito melhor adaptado ao ambiente urbano. É importante ressaltar que o mosquito não é afetado pelo vírus, apenas o carrega em seu corpo e transmite para seres susceptíveis. Para os macacos, a febre amarela é fatal. Para que o vírus seja passado entre organismos, deve estar no período de viremia no ciclo, ou seja, o vírus deve estar no sangue do hospedeiro. Após contaminar o vetor, o vírus passa por um período de incubação em que se espalha pelo corpo do mosquito, inclusive nas glândulas salivares. Quem transmite o vírus para humanos e macacos é a fêmea do mosquito. Como essa carrega os ovos da espécie, ela se alimenta de sangue para que os ovos possam se desenvolver. No momento de alimentação, o vírus é transmitido para outro hospedeiro. Referências https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0110historia_febre.pd https://www.paho.org/pt/node/40#:~:text=A%20febre%20amarela%20%C3%A9%20uma,de% 203%20ou%204%20dias.
Compartilhar