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Av2 Administrativo para concluir

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1.Acerca dos atos administrativos, analise as assertivas abaixo:
I – É discricionário o ato de conceder licença maternidade a uma servidora puérpera. 
II – O ato individual pode ser vinculado ou discricionário e só pode ser revogado se não tiver gerado direito adquirido para seu destinatário. 
III – Os atos gerais são sempre vinculados. 
IV – A convalidação de um ato anulável é uma decisão discricionária da administração pública. Assim, caso a administração entenda ser mais conveniente anular o ato, poderá fazê-lo.
Dos itens acima:
(10 Pontos)
Apenas as assertivas I, II e III estão corretas;
Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas;
Apenas as assertivas I e III estão corretas;
Apenas as assertivas III e IV estão corretas;
Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
2.Marque a alternativa CORRETA.
Conforme a Lei Federal n.º 8.666/93, a licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos:
(10 Pontos)
Da legalidade, da fraternidade, da publicidade e da operabilidade.
Da imoralidade, da igualdade, eticidade, da socialidade e da operabilidade.
Da intervenção mínima, da eficiência, da oportunidade e da competência.
Da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
Da legalidade, da moralidade, da eficiência, da publicidade e da impessoalidade.
3.Assinale a opção correta:
(10 Pontos)
Os bens públicos de uso comum do povo são penhoráveis;
Os bens públicos de uso especial podem ser alienados enquanto mantiverem essa característica;
Os bens públicos dominicais estão sob o domínio público, sendo impenhoráveis, porém podem ser usucapidos;
Os bens públicos são imprescritíveis.
4.Um terreno de propriedade do Município, com área de 10000 m² , foi ocupado por 50 famílias no mês de dezembro do ano de 2010. As 50 famílias construíram casas de alvenaria, precárias, onde residiam em caráter permanente, com característica de moradias. A ocupação foi ininterrupta, sem oposição e se consolidou. No ano de 2020, o Município fez um cadastro dos ocupantes e verificou que nenhum deles era proprietário ou concessionários de outro imóvel urbano ou rural. O Prefeito consultou a Procuradoria Jurídica para saber qual seria a melhor opção para resolver o problema da ocupação irregular ou regularizá-la. Como Procurador Jurídico Municipal, a resposta é:
(10 Pontos)
promover a reintegração de posse, tendo em vista que nenhum direito foi adquirido pelos ocupantes, devido ao princípio da imprescritibilidade dos bens públicos.
reconhecer a ocorrência da usucapião especial urbana, tendo em vista que a área total, dividida pelo número de ocupantes, resulta em menos de 250 m².
reconhecer a concessão de uso especial para fins de moradia coletiva, devendo ser atribuída igual fração ideal de terreno a cada possuidor
reconhecer a usucapião coletiva, devendo ser atribuída a cada possuidor fração ideal do terreno de acordo com a área efetivamente ocupada.
reconhecer a ocorrência da usucapião extraordinária, tendo em vista que a área do terreno é maior que 250 m², bem como inexiste justo título ou boa-fé dos ocupantes.
5.Com relação à invalidação e revogação dos atos administrativos, é INCORRETO afirmar que:
(10 Pontos)
a revogação de um ato administrativo quanto ao mérito e oportunidade é atribuição exclusiva do judiciário
a declaração de invalidade de um ato administrativo, como regra geral, gera efeitos ex tunc e a revogação, ex nunc
como regra geral, a anulação dos atos administrativos tem efeitos às suas origens, não gerando direitos para as partes
a anulação de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal pode ser feita tanto pela Administração, quanto pelo poder judiciário
6.No âmbito da aplicação do instituto da responsabilidade civil extracontratual do Estado, assinale a alternativa correta:
(10 Pontos)
As concessionárias de serviço público, segundo orientação firmada pelo STF, respondem pelos danos causados a terceiros não usuários do serviço pela teoria subjetiva ou comum do Código Civil.
As empresas públicas e sociedades de economia mista que exploram atividade econômica respondem pelos danos que causarem a terceiros pela teoria subjetiva.
Nas condutas omissivas genéricas, a Administração Pública responderá no plano da teoria objetiva do risco administrativo.
No contexto da ordem jurídica brasileira, não se aplica a teoria objetiva do risco integral, mas apenas a do risco administrativo, segundo o preceituado no art. 37, §6°, da Constituição Federal.
Exploradoras de atividade econômica - Subjetiva
Prestadoras de serviços públicos - Objetiva
Omissão genérica - Subjetiva ( STJ )
Omissão específica - Objetiva
Nas condutas omissivas específicas, a Administração Pública responderá no plano da teoria subjetiva ou comum do Código Civil.
7.No que se refere às entidades da Administração indireta, assinale a alternativa correta:
(10 Pontos)
Segundo a Constituição Federal, as autarquias e as empresas públicas poderão constituir consórcios públicos, autorizando a gestão associada de serviço públicos.
A imunidade tributária recíproca, prevista no art. 150, inciso VI, alínea “a”, da Constituição Federal, não se aplica às empresas públicas que prestam serviços públicos, segundo orientação firmada pelo STF.
O regime funcional das empresas públicas que prestam serviços públicos é o estatutário (institucional), cujo ingresso se dá por meio de concurso público.
As sociedades de economia mista que exploram atividade econômica podem ter seus bens levados à penhora, visando garantir a execução de um crédito.
As fundações governamentais são pessoas jurídicas de direito privado criadas por lei específica, segundo o que dispõe o art. 37, inciso XIX, da Constituição Federal.
8.Denise procura a Defensoria Pública alegando que ocupa, desde julho de 2011, um pequeno terreno abandonado situado na zona urbana de Itaguaí. Ali ergueu uma casa de 200m2 , que lhe serve de moradia. Seu sustento é proveniente da venda de sanduíches, produzidos num imóvel que aluga no centro daquela cidade. Contou que recebeu notificação do Estado do Rio de Janeiro para que desocupasse o local em trinta dias, pois o imóvel era de sua propriedade, como constava da certidão de ônus reais obtida. Desesperada, sem ter outro lugar para morar, ela solicita assistência jurídica. Sobre a situação em questão e o regime jurídico dos bens públicos, é correto afirmar que:
(10 Pontos)
considerando que o direito à moradia goza de assento constitucional, e que Denise desconhecia a origem pública do bem, o qual não está afetado à consecução de nenhuma finalidade pública, é cabível o ajuizamento de ação de usucapião;
considerando a boa-fé de Denise, muito embora não seja cabível usucapir o imóvel, pois de titularidade do Estado do Rio de Janeiro, é possível que ela permaneça na coisa até que o Estado-membro indenize a acessão que ela construiu no terreno;
o(a) Defensor(a) Público(a) deverá oficiar às Secretarias de Assistência Social e Habitação do Município para inscrição de Denise em programas de moradia e, até que seja contemplada com uma casa, deve passar a receber o aluguel social, pois a pretensão jurídica de Denise em permanecer no local é inviável, afinal a jurisprudência sumulada do STJ é no sentido de que a ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de natureza precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões e benfeitorias;
deve ser ajuizada ação possessória em favor de Denise, pois ela preenche os requisitos para o reconhecimento da concessão especial de uso para fins de moradia, previsto na MP nº 2.220/2001, sendo certo que a notificação empreendida configura ameaça ao citado direito;
tendo em conta que a notificação não indicou os motivos pelos quais o ente público precisava reavero bem, o direito à moradia constitucionalmente consagrado, e a atribuição dos Estados em promover a melhoria das condições habitacionais, deve o(a) Defensor(a) Público(a) oficiar ao Estado do Rio de Janeiro para que este celebre com Denise contrato de concessão de direito real de uso.
9.O governo federal, por intermédio do Ministério das Cidades, e do Piauí, mais 36 prefeituras do sul daquele Estado pretendem levar água potável aos moradores daqueles municípios, que se encontram em uma das regiões de pior IDH (Índice de Desenvolvimento Habitacional) do País. Responda justificadamente: É adequada a celebração de consórcio público nessa hipótese? Quais os requisitos formais para a constituição de um consórcio público? Consórcio Público tem natureza contratual? Consórcio Público tem personalidade jurídica? 
Resposta: Conforme a hipótese mencionada será sim cabível a celebração de um consorcio público, pois pode ser disciplinado por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), autorizando a gestão associada de serviços públicos, conforme art. 214 da Constituição Federal. 
Os requisitos formais para a constituição de um consorcio público, estão elencados na lei 11.107 em seu art. 1º, em que a União e os Estados celebraram para interesses comuns um processo formal para a constituição de um consorcio público, exigindo um contrato administrativo, a lei específica e um processo de negociações para definirem objetivos de seus interesses comuns entre os consorciados 
Sim o consorcio público tem natureza contratual, conforme a lei 11.107 art. 3º, pois no contrato administrativo sua celebração dependera de uma prévia subscrição de protocolo de intenções.
Os consórcios públicos têm personalidade jurídica tanto de direito público como privado, no caso das de direito público constitui associações públicas como espécie de autarquia, mediante a vigência de leis de ratificações do protocolo de intenções, e no caso de direito privado por meio dos requisitos da legislação civil, conforme o art. 6º da lei 11.107.

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