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Avaliação On-Line (Av2) - literaturas africanas em lingua portuguesa

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Módulo A - 68601 . 7 - Literaturas Africanas em Língua Portuguesa - D1.20221.A
AV2-5/5
Questão 1 - LITERATURAS AFRICANAS EM LÍNGUA PORTUGUESA
Código da questão: 80926
TEXTO
Achamos ter de todo já passado 
Do semicapro
Peixe a grande meta, 
Estando entre ele e o círculo gelado
Austral, parte do mundo mais secreta.
Eis, de meus companheiros rodeado, 
Vejo um estranho vir, de pele preta, 
Que tomaram por força, enquanto apanha 
De mel os doces favos na montanha.
Torvado vem na vista, como aquele 
Que não se vira nunca em tal extremo; 
Nem ele entende a nós, nem nós a ele, 
Selvagem mais que o bruto Polifemo.
Começo-lhe a mostrar da rica pele
De Colcos o gentil metal supremo, 
A prata fina, a quente especiaria: 
A nada disto o bruto se movia. […]
No poema de Camões, os africanos são representados:
A)como indivíduos refinados culturalmente.
B)como irmãos, pessoas iguais aos portugueses.
C)como guerreiros bravos, destemidos.
D)como negros, e descritos como selvagens e brutos. 
E)como uma etnia fundadora do povo português.
Questão 2 - LITERATURAS AFRICANAS EM LÍNGUA PORTUGUESA
Código da questão: 81008
A partir da leitura do poema “Negroesia”, do poeta paulistano Cuti, analise as vozes e temáticas intertextuais presentes em seu discurso e marque a alternativa falsa sobre o texto.
 
sob a vasta bigodeira de machado
os lábios da raça escondidos acho
a lâmina do riso e o discreto escracho
em cruz fico muito à vontade
para reunir setas de revolta
angústia e cravos
ensaio o arrombamento de portas
com o pé-de-cabra
que me empresta
com o deboche de sua risada
o gama.
com o lima afio as facas
entro na trama
solano eu abraço
no boi-bumbado socialistado
num salto a-rap-iado
chego junto com os mano
nossa vida
muito tato e tutano.
In: https://www.cuti.com.br/
A)O poema intertextualmente anuncia algumas vozes histórico-literárias, a saber: Machado de Assis, Cruz e Sousa, Luiz Gama, Lima Barreto, Solano Trindade.
B)O poema intertextualmente alude a algumas vozes histórico-literárias, e ainda que as elogie, há uma crítica velada, negativa, conforme os versos: “em cruz fico muito à vontade / para reunir setas de revolta / angústia e cravos”.
C)O poema intertextualmente anuncia algumas vozes histórico-literárias, enaltecendo, problematizando-as, conforme o verso “sob a vasta bigodeira de machado / os lábios da raça escondidos acho”.
D)No discurso atemporal, o poema anuncia a contemporaneidade nos ritmos e danças representativas do negro e suas raízes, conforme os versos: “num salto a-rap-iado / chego junto com os mano / nossa vida / muito tato e tutano”.
E)Nestes versos: “ensaio o arrombamento de portas / com o pé-de-cabra / que me empresta / com o deboche de sua risada / o gama” há explícita intertextualidade com um grande nome da história brasileira.
Questão 3 - LITERATURAS AFRICANAS EM LÍNGUA PORTUGUESA
Código da questão: 80951
sobre Venenos de deus, remédios do diabo, do autor moçambicanos Mia Couto, pode-se afirmar que:
A)No vilarejo americano, Sidónio não encontra Deolinda – sempre ausente da narrativa –, mas José Sozinho e Dona Munda, seus pais.
B)Trabalhando como médico voluntário, Sidónio tenta curar os males de Bartolomeu, que, por sua vez, vivia trancado em um quarto escuro com suas ferramentas – ambiente que remete ao porão do navio transatlântico onde trabalhava no período colonial.
C)A narrativa está localizada no vilarejo fictício denominado Vila Esperança.
D)Natural do local, Maria desperta a curiosidade do médico português Sidónio na antiga metrópole, que parte então para Vila Cacimba em busca da bela jovem que conhecera em Açores.
E)A vila moçambicana, remota e sempre encoberta pela cacimba, é ambiente real.
Questão 4 - LITERATURAS AFRICANAS EM LÍNGUA PORTUGUESA
Código da questão: 80944
Podemos afirmar sobre as Literaturas Africanas em Língua Portuguesa que:
A)Os textos literários descrevem o processo pacífico das independências dos países africanos.
B)A literatura nacional precede o processo de independência.
C)Essas literaturas buscam a expressão de uma estética nacional, representativa de suas culturas. Nesse sentido, a problematização da identidade nacional é uma tônica constante nesses textos, que assumem um valor de documento, tendo em vista que colaboram para a construção da imagem de uma sociedade.
D)A independência não teve nenhuma influência na construção da Literatura nos países africanos que falam Língua Portuguesa.
E)O sujeito enunciador é o colonizador, ou seja, aquele que dominou o território.
Questão 5 - LITERATURAS AFRICANAS EM LÍNGUA PORTUGUESA
Código da questão: 80990
Leia o poema “Metamorfose”, de Luís Carlos Patraquim e marque a alternativa incorreta sobre a temática em foco:
quando o medo puxava lustro à cidade
eu era pequeno
vê lá que nem casaco tinha
nem sentimento do mundo grave
ou lido Carlos Drummond de Andrade
os jacarandás explodiam na alegria secreta
de serem vagens e flores vermelhas
e nem lustro de cera havia
para que o soubesse
na madeira da infância
sobre a casa
a Mãe não era ainda mulher
e depois ficou Mãe
e a mulher é que é a vagem e a terra
então percebi a cor
e a metáfora
mas agora morto Adamastor
tu viste-lhe o escorbuto e cantaste a madrugada
das mambas cuspideiras nos trilhos do mato
falemos dos casacos e do medo
tamborilando o som e a fala sobre as planícies verdes
e as espigas de bronze
as rótulas já não tremulam não
e a sete de Março chama-se Junho desde um dia de há
muito
com meia dúzia de satanhocos moçambicanos
todos poetas gizando a natureza e o chão no parnaso das balas
falemos da madrugada e ao entardecer
porque a monção chegou
e o último insone povoa a noite de pensamentos grávidos
num silêncio de rãs a tisana do desejo
enquanto os tocadores de viola
com que latas de rícino e amendoim
percutem outros tendões de memória
e concreta
a música é o brinquedo
a roda
e o sonho
das crianças que olham os casacos
e riem
na despudorada inocência deste clarão matinal
que tu
clandestinamente plantaste
Aos Gritos 
In: https://www.escritas.org/pt/t/13415/metamorfose acesso em 3 de fev de 2020
A)Nota-se no poema uma dialética intertextual do poeta e suas leituras referenciais para o fazer poético. 
B)Ao tratar da metáfora, o poeta faz um exercício estilístico, fundamental para a sua arte, a metaliteratura, em versos como “todos poetas gizando a natureza e o chão no parnaso das balas”.
C)“mas agora morto Adamastor / tu viste-lhe o escorbuto e cantaste a madrugada / das mambas cuspideiras nos trilhos do mato”, nos versos uma ironia e desconstrução do poema de Camões.
D)Nota-se no longo poema uma memória salutar, via eu lírico, saudoso de um tempo de infância e felicidade, atestada nos versos: “a música é o brinquedo / a roda / e o sonho / das crianças que olham os casacos / e riem / na despudorada inocência deste clarão matinal / que tu / clandestinamente plantaste / Aos Gritos”. 
E)Autorreferência ou metaliteratura é a reflexão sobre as existência do texto literário contidas no próprio texto literário. Assim, a literatura torna-se o tema de sua própria representação, conforme notamos nos versos “e a mulher é que é a vagem e a terra / então percebi a cor/ e a metáfora”.
Questão 6 - LITERATURAS AFRICANAS EM LÍNGUA PORTUGUESA
Código da questão: 81015
“Uma das mais destacadas vozes africanas no enfoque de gênero. Em Balada de amor ao vento (1990) e Ventos do apocalipse (1993), a primeira mulher a publicar um romance em Moçambique revelou a desigualdade de gênero nas instituições do país, sejam elas tradicionais ou modernas.”
A citação acima refere-se à:
A)Paulina Chiziane
B)Ana Paula Tavares
C)Dina Salústio
D)Vera Duarte
E)Orlanda Amarílis
Questão 7 - LITERATURAS AFRICANAS EM LÍNGUA PORTUGUESA
Código da questão: 91514
A literatura do período Pós-independência, ou Pós-colonial em Moçambique, desvia-se do viés coletivo. Os autores assumem um tom individual e intimista para relatar a sua experiência Pós-colonial. Entre os escritores destacam-se Ungulani Ba Ka Khosa,Mia Couto, Luís Carlos Patraquim, Paulina Chiziane, Suleiman Cassamo e Lília Momplé. Isto posto, analise cada assertiva: se V (verdadeiro) ou F (falso) e marque a única alternativa correta sobre o escritor Mia Couto e sua Obra. 
 
(...) Nas narrativas de Mia Couto chama a atenção o motivo comum que atravessa sua escrita: a profunda crise econômica e cultural que acompanha o quotidiano da sociedade moçambicana, durante e depois da guerra civil, ou seja, após a Independência nacional.
(...) Sua Obra problematiza a instabilidade na qual está mergulhado o povo moçambicano, a corrupção em todos os níveis do poder, as injustiças como consequência de um racismo étnico, a subserviência perante o estrangeiro, a perplexidade face às rápidas mudanças sociais, o desrespeito pelos valores tradicionais, a despersonalização, a miséria.
(...) Tema recorrente nas narrativas de Mia Couto é a decadência social, evidenciada pela intervenção de algumas personagens, quando tecem críticas explícitas à conjuntura hostil na qual imperam a ausência de valores éticos e morais, a perda da memória e da dignidade humana e os desajustes econômicos e culturais vividos no país.
(...) A linguagem de Mia Couto é fortemente influenciada pela tradição oral africana. O autor viola padrões da língua portuguesa, numa manifesta postura de invenção de um novo registro discursivo. As transgressões de regras linguísticas estabelecidas manifestam a criatividade e a inventividade pessoal do autor, tanto no plano lexical quanto no plano da sintaxe narrativa.
(...) A simbologia, relacionada com o fantástico de certos eventos, entrelaça registros de diversas culturas africanas. No plano ideológico, tem-se a valorização da cultura tradicional moçambicana – africana –, postura existente em toda a sua obra ficcional.
A)V, V, V, V, F
B)V, V, F, F, V
C)V, V, V, V, V
D)F, F, V, V, F
E)F, V. V, F, V
Questão 8 - LITERATURAS AFRICANAS EM LÍNGUA PORTUGUESA
Código da questão: 80983
Leia o trecho da obra de Mia Couto, “Terra sonâmbula” e marque a alternativa com pensamentos que não dialoguem, ainda que sejam da mesma obra, tematicamente com esta passagem do autor moçambicano.
Naquele lugar, a guerra tinha morto a estrada. Pelos caminhos só as hienas se arrastavam, focinhando entre cinzas e poeiras. A paisagem se mestiçara de tristezas nunca vistas, em cores que se pegavam à boca. Em cores sujas, tão sujas que tinham perdido toda a leveza, esquecidas da ousadia de levantar asas pelo azul. Aqui o céu se tornara impossível. E os viventes se acostumaram ao chão. Em resignada aprendizagem da morte. (In: Forli e Rückert (2017, p. 11) 
A)“Se um dia me arriscar a um outro lugar, hei-de levar comigo a estrada que não me deixa sair de mim.”
B)“Você sabe: em terra de cego quem tem um olho fica sem ele.”
C)“A morte, afinal, é uma corda que nos amarra as veias. O nó está lá desde que nascemos. O tempo vai esticando as pontas da corda, nos estancando pouco a pouco.”
D)“Afinal, em meio da vida sempre se faz as seguintes contas: temos mais ontens ou mais amanhãs?”
E)“Porque o amor é esquivadiço. A gente lhe monta a casa, ele nasce no quintal.”
Questão 9 - LITERATURAS AFRICANAS EM LÍNGUA PORTUGUESA
Código da questão: 80976
Sobre o papel da mulher na literatura africana de língua portuguesa, Tania Macedo (2010, p. 6-7 apud BOTOSO) tece as seguintes ponderações: 
[...] as vozes femininas ainda são poucas nas literaturas africanas de língua portuguesa. [...] as mulheres possuem ainda um papel subalterno, socialmente falando, nas sociedades africanas, e, consequentemente, é restrito o seu acesso à educação. E aqui desenha-se uma contradição, na medida em que a voz feminina é ouvida no círculo mais íntimo das relações familiares, onde o contar histórias e o consolidar laços acabam sendo sua tarefa. Ocorre, no entanto, que as suas adivinhas e contos não são por ela escritos e, sob este aspecto, entre a voz e a letras [...] perde-se a possibilidade [de] um conhecimento mais amplo do seu contar. [...] verifica-se que há pouca visibilidade da produção escrita feminina, ou seja, ainda que tímida, existe essa produção, porém tem recebido pouca atenção da crítica especializada, o que leva muitas vezes ao seu silenciamento. A LITERATURA AFRICANA DE AUTORIA FEMININA: VOZES MOÇAMBICANAS. In: file:///C:/Users/cce/Downloads/1425-5449-1-PB.pdf Acesso em 18 de ago de 2020. 
A partir dos dizeres de Macedo e dos textos estudados, marque a alternativa falsa sobre a temática:
A)As sociedades tradicionais norteavam-se pelas tradições milenares, que difundiam aspectos culturais e religiosos, para legitimar a violência às mulheres.
B)Mas, escritoras como Paulina Chiziane ressignificaram a mulher negra e africana na literatura, contribuindo com a luta social por condições igualitárias.
C)As elites instaladas com as Independências herdavam a tradição ocidental eurocêntrica de violência à mulher.
D)Ao se apropriar da literatura, contudo, as mulheres africanas denunciam que mesmo com o fim político do colonialismo, ele continua socialmente em seus países – e uma de suas marcas está na concepção de seus corpos como propriedade masculina de direito. Daí, elas escreverem a mulher negra e africana da mesma maneira e atitude. 
E)Na tradição do processo colonial, a mulher local sempre foi reduzida a um objeto de propriedade do homem conquistador e violento.
Questão 10 - LITERATURAS AFRICANAS EM LÍNGUA PORTUGUESA
Código da questão: 80958
Relacione as colunas sobre autores cabo-verdianos.
( 1 ) Orlanda Amarílis
( 2 ) Arménio Vieira
( 3 ) Corsino Fortes
( 4 ) Dina Salústio
( 5 ) Germano Almeida
( ) Autor dos romances O meu poeta (1989) e O testamento do Sr. Na-pumoceno da Silva Araújo (1991). Responsável por inaugurar a característica do humor na narrativa literária de Cabo Verde.
( ) Destacou-se tanto pelos seus Poemas (1981) como pelo seu romance O eleito do sol (1990). Nos seus poemas, buscou dialogar com a tradição não só local, mas universal.
( ) Importante figura na política e na literatura do arquipélago, publicou em 1994 a aclamada coletânea de contos Mornas eram as noites, voltada ao público infantil.
( ) Tornou-se a escritora de maior destaque após a independência. Suas antologias de contos Ilhéu dos pássaros (1983) e A casa dos mastros (1989) seguiram a tradição realista de denúncia social da literatura do país, no entanto, inovaram ao focalizar a condição da mulher e ao levar elementos do fantástico para a prosa local
( ) O conjunto de seus livros de poemas forma a trilogia A cabeça calva de Deus, que difere bastante do estilo mais realista da literatura cabo-verdiana pela grande capacidade simbólica e pelo estilo hermético.
A sequência correta é:
A)2-5-1-3-4
B)3-2-1-4-5
C)2-3-5-1-4
D)5-2-4-1-3
E)5-3-4-1-2

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