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Escolas do Pensamento Jurídico

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
ESCOLAS DO PENSAMENTO JURÍDICO
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Olá!
Neste momento, estudaremos as escolas do pensamento jurídico, entre elas o Jusnaturalismo ou Escola do
Direito Natural, o Positivismo Jurídico, o Realismo Jurídico, o historicismo do Direito e o Culturalismo Jurídico.
1 Jusnaturalismo ou Escola do Direito Natural
O jusnaturalismo é um sistema de normas de conduta intersubjetivas diverso do sistema constituído pelas
normas fixadas pelo Estado. Isto é, é uma doutrina segundo a qual existe um “Direito Natural” (ius naturale).
O jusnaturalismo é anterior ao Direito positivado pelo Estado e, muitas vezes, este é influenciado por aquele.
Além disso, o jusnaturalismo possui validade em si mesmo, somente em suas normas, sem buscar outras para se
sustentar, tendo em si uma natureza transcendente e imutável.
Na história mundial, o jusnaturalismo teve e tem muita importância. Por exemplo, foi muito importante tanto
jurídica quanto politicamente, em questão de evolução, na Europa. Foi ele quem contribuiu para a construção de
ordem jurídica independente da moral e da religião. Foi ele quem demonstrou e enfatizou os Direitos naturais do
ser humano, tanto individualmente quanto em sociedade, além de ter contribuído para a Revolução Francesa, em
1789, lançando diversas bases ideológicas do liberalismo, motivando e inspirando a codificação do Direito na Era
Napoleônica de 1804.
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As primeiras manifestações de jusnaturalismo são encontradas na Antiga Grécia. Lá haverá o primeiro contexto
histórico de desenvolvimento da doutrina do Direito Natural. O Direito Natural da Antiguidade está presente em
Platão e em Aristóteles.
No século XVII, o Direito Natural aparece como uma reação racionalista perante a situação teocêntrica, situação
essa em que o Direito fora posto na Idade Média. Isso quer dizer que o Direito Natural expôs que é pela razão
humana, e não pela religião, que se extraem os direitos naturais. Ou seja, a religião/Deus deixam de ser os
produtores de normas jurídicas, passando esse papel para a própria natureza.
Essa passagem nada mais é que a do pensamento teocêntrico para o pensamento antropocêntrico, momento em
que o jusnaturalismo foi dividido em três etapas diferentes.
A primeira etapa é: O DIREITO NATURAL GARANTIDO PELOS GOVERNANTES.
Segundo Grócio, por exemplo, mesmo podendo haver guerra como estado permanente da sociedade, as relações
dos povos poderão ser pacíficas, desde que os governantes sigam as normas da lei natural para convivência
internacional.
Já para Hobbes, o homem é marcado por pecado e é um ser egoísta. Dessa forma, a guerra sempre prevalecerá
contra todos, devendo, para pacificar a vida social e ter a presença do Estado de sociedade, realizar contrato ou
renúncia.
Com essa ideia de Hobbes, tem-se que a partir da instituição da ordem político-jurídica, os indivíduos renunciam
parte de sua liberdade para a preservação do todo, sendo o Estado, o Leviatã, o qual possui a função de manter a
paz e cumprir os ditames do Direito Natural, como, por exemplo, o absolutismo.
Assim, a etapa do Direito Natural é aquela pela qual a ordem jurídica é fundada de acordo com asprimeira
necessidades básicas de cada indivíduo e toda uma sociedade, compreendendo direitos essenciais, direitos
públicos ou deveres éticos.
Saiba mais
Após identificarmos a importância do jusnaturalismo, você deve tomar cuidado com um
aspecto importante: o Direito Natural não quer dizer Jusnaturalismo e vice-versa. Este se
refere às escolas de Direito Natural que se desenvolveram e tiveram concepções distintas do
Direito Natural a depender do momento histórico em que se fundaram.
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A etapa é: SALVAGUARDA DA VIOLAÇÃO DOS DIREITOS NATURAIS. É nessa segunda etapa que surge asegunda 
separação dos poderes realizada por John Locke e Montesquieu com a finalidade de criar salvaguardas à violação
do direito natural pelos governantes.
É nessa segunda fase também que Locke dita que o estado de natureza é de liberdade e igualdade, vigendo a lei
natural. Além disso, afirma que o contrato social somente se faz necessário quando os homens, esquecendo a lei
natural, aumentarem a sua ganância. Faz uma pontuação de que o pacto social não são os governantes, mas toda
a sociedade. Locke sustenta, portanto, que o melhor regime a ser aplicado é o baseado em boas leis que limitam o
arbítrio e garantem os Direitos Naturais.
Montesquieu também segue a mesma linha de Locke e é precursor da sociologia jurídica. Assim, afirma que a
separação dos poderes e a convivência harmônica entre eles são necessárias para efetivar os ideais coletivos, o
que foi devidamente abordado na sua obra “Espírito das Leis”. É nessa obra que foram encontradas as fontes
para o nosso Estado atual, como a separação do Poder Legislativo, Executivo e Judiciário.
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A etapa é: LEI NATURAL E SOBERANIA POPULAR. Nessa última etapa, Rousseau e Immanuel Kantterceira 
tratam o jusnaturalismo como a aplicação da lei natural como soberania popular e autonomia ética.
Analisando o contrato social de Hobbes, Rousseau entendeu que este só se efetivava de maneira eficaz quando a
sociedade passa a seguir os ditames da vontade geral em vez da vontade de todos. Isso porque a vontade de
todos representava a soma dos interesses individuais e egoístas. Enquanto a vontade geral é o ideal coletivo
eticamente, que, para ser concretizado, deveria haver a renúncia de cada um em favor de objetivos comuns, ou
seja, os interesses da sociedade são maiores que os interesses de cada indivíduo por si só.
Por fim, para Rousseau, o homem em estado de natureza é bom, mas a sociedade o corrompe, por isso o governo
deveria garantir os Direitos Naturais.
Nessa terceira fase, portanto, tem-se que a origem e alienação da sociedade é a propriedade, devendo as leis
naturais proteger a todos das injustiças sociais.
Não foi fácil essa parte? Basta fazer uma correlação de uma fase para outra para não a esquecer. Vamos estudar,
agora, o positivismo jurídico. Preparado? Então, vamos lá.
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2 Positivismo Jurídico
Atualmente, a corrente juspositivista é a mais difundida no meio jurídico, motivo pelo qual é tratada como
expressão das normas provenientes da autoridade estatal.
Antes de conceituarmos a corrente juspositivista, é importante você saber que não existe somente uma única
definição para ela. No entanto, para facilitar o seu entendimento, vamos escolher somente uma das definições
mais populares e conhecidas, a qual foi escrita por Norberto Bobbio.
Esse autor afirma que “a corrente doutrinária do juspositivismo entende o termo “direito positivo” de maneira
bem específica, como direito posto pelo poder soberano do Estado, mediante normas gerais e abstratas, isto é,
como “lei”. Logo, o positivismo jurídico nasce do impulso histórico para a legislação, realiza-se quando a lei se
torna a fonte exclusiva – ou, de qualquer modo, absolutamente prevalente – do direito, e seu resultado último é
apresentado pela codificação” (O positivismo jurídico, lições de filosofia do direito, p. 119).
Com a definição acima apresentada, podemos afirmar que a corrente juspositivista rompeu com a corrente
jusnaturalista, já que aquela privilegia a produção das normas estatais, limitando a Ciência do Direito somente ao
posto por elas.
Nos dias de hoje, o positivismo jurídico pode ser classificado em três grandes grupos, ou seja, três vertentes
históricas de acordo com Mascaro (p. 313). Vamos entender cada uma delas de forma separada a seguir:
JUSPOSITIVISMO ECLÉTICO
Esta corrente nasce no início do século XIX e defende que o direito deve ser entendido apenas no campo das
normas postas pelo Estado, mas constrói a fundamentação e a legitimidade dessas normas em elementos
estranhos ao Estado, como a moral, a cultura ou os valores sociais.
No século XX, embora esse movimento teórico diminua sua influência, ainda continua sendo base de explicação
de muitos pensadores do direito. No Brasil, Miguel Reale é quemmais se destacou numa perspectiva de
juspositivismo eclético, com sua proposta de uma Teoria Tridimensional do Direito.
JUSPOSITIVISMO ESTRITO
No século XX, surge e é desenvolvida uma corrente juspositivista com uma identificação estrita ao fenômeno do
Direito à forma estatal. Essa corrente tem como expoentes pensadores da Teoria Geral do Direito, destacando-se
Hans Kelsen, Hebert Hart, Norberto Bobbio, entre outros. Esses autores reduzem a ideia de direito à norma e
passam a tratá-la de modo autônomo, fragmentado, aprofundando um conhecimento específico recortado da
realidade social. É a identificação estrita do fenômeno do direito à forma estatal, destacando o método analítico
como sua base.
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O juspositivismo estrito ainda ganhou novos ares, nas décadas finais do século XX, quando analisado em
somatória aos instrumentos da filosofia da linguagem. A compreensão do Direito Positivo passa a se fazer
também com uma perspectiva linguística, considerando os operadores do direito como agentes que se
comunicam.
Theodor Viehweg é um dos pioneiros nesse sentido. No Brasil, destaca-se Tercio Sampaio Ferraz Júnior na
perspectiva da análise comunicacional da Teoria Geral do Direito.
JUSPOSITIVISMO ÉTICO
A corrente do juspositivismo ético, observando o direito das sociedades capitalistas ocidentais liberais e de bem-
estar social, identifica no próprio Direito Positivo alguns conteúdos que possam ser considerados éticos, tais
como a fala livre, a expressão da vontade, a democracia, a cidadania, etc.
Embora trate de questões éticas no Direito, essa corrente de pensadores, que se afastou do juspositivismo
estrito, ainda é juspositivista, uma vez que enxerga exatamente nas mesmas estruturas jurídicas
contemporâneas os valores a serem construídos e preservados socialmente.
No campo da Teoria do Direito, o pensamento juspositivista ético é visto também em filósofos como John Rawls e
em teóricos como Ronald Dworkin e Robert Alexy.
Para terminarmos este tópico do juspositivismo, dada a importância de Miguel Reale e Hans Kelsen para o
desenvolvimento dessa corrente, vamos tratar das suas ideias centrais de forma separada. Assim, fica mais fácil o
estudo da questão.
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A FILOSOFIA POSITIVISTA DE MIGUEL REALE
Este pensador é um dos mais importantes da Filosofia do Direito positivista. Em sua filosofia, tem nas normas
postas pelo Estado um dos eixos de sua análise do Direito, mas transcende claramente tais limites. Ele defende a
ideia de que o Direito possui uma natureza tridimensional, pois se trata de um fenômeno baseado em três
aspectos: norma, fato e valor, em uma dinâmica de mútua implicação.
É muito importante que você entenda que a tridimensionalidade específica de Miguel Reale desemboca numa
particular visão a respeito da origem das normas jurídicas, denominada nomogênese jurídica. Vamos entender
melhor isso? É um aspecto muito importante.
A nomogênese é o processo de formação da norma que surge a partir da junção de um complexo axiológico, ou
seja, de valores com um complexo fático. A norma jurídica é, então, a opção por uma das possíveis orientações
jurídicas resultantes dessa interação entre valores e fatos. O Direito se apresenta assim, para Reale, como um
fenômeno necessariamente cultural. A integração de fato, valor e norma é a expressão maior desse culturalismo.
A FILOSOFIA POSITIVISTA DE HANS KELSEN
O pensamento de Hans Kelsen acrescentado com a operacionalização das normas estatais fez da prática jurídica
uma técnica que se reputou universal. Tal pensamento representa o auge da construção do modelo positivista.
A Teoria Pura do Direito, a obra maior de Kelsen, é aquela que expõe os pressupostos mais importantes de sua
visão jusfilosófica. A primeira grande postulação kelseniana reside na distinção entre o fenômeno jurídico e a
Ciência do Direito. Vamos agora explorar melhor essa questão.
A separação entre o fenômeno jurídico e a Ciência do Direito é fundamental para o entendimento da teoria
kelseniana. Na prática, o Direito se mistura a todos os demais fenômenos sociais: a forma como um juiz julga, as
artimanhas do advogado numa ação para produzir a prova, etc. Já a Ciência do Direito paira noutro patamar. Ela
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trata de explicar por que o juiz pode julgar, por que há tais regras do processo, por que tal pessoa é considerada,
formalmente, uma testemunha em um processo. A Ciência do Direito abstrai dos fatos concretos e trabalha em
um outro nível, muito próximo das normas estatais.
Dirá Kelsen que a Teoria Pura é uma Teoria de Direito Positivo. É uma Teoria Geral do Direito, não interpretação
de particulares normas jurídicas, nacionais ou internacionais.
Para Kelsen, o Direito só pode ser entendido cientificamente a partir de uma especificidade que é normativa, do
campo do dever-ser. Assim sendo, a proposta kelseniana reside numa Ciência normativa, isto é, do dever-ser.
No que tange à dinâmica jurídica, Kelsen compreende a pluralidade das normas jurídicas numa estrutura
ordenada. Daí porque defende que elas devem ser estruturadas a partir de uma hierarquia. Dessa forma, seu
pensamento se encaminha para a criação de uma ferramenta teórica original, a norma fundamental. Ela que dá
validade a todas as demais normas. A norma fundamental é a diretriz do pensamento que diz ao jurista que tal
ordenamento é o válido.
O NEOPOSITIVISMO
O termo conhecido como neopositivismo surgiu pela tradução literal da palavra “New Legal Positivism” realizada
por Anthony J. Sebok.
O neopositivismo propunha ressaltar a forma moderna de positivismo que pretende responder às provocações
de Dworkin, baseadas no argumento empírico de que existem na prática jurídica dos Estados Constitucionais
atuantes princípios jurídicos consubstanciando padrões morais, sem resvalar num ceticismo moral ou em teses
originalistas de interpretação.
Para Hart, é fundamental o conceito de regra e, para ele, deve corresponder aos hábitos de conduta de uma
sociedade combinado com postura crítica em relação a esse mesmo hábito. Tal descrição foi denominada de
“ponto de vista interno”.
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Para entender melhor esse conceito, temos um exemplo: um indivíduo pode observar que, quando um idoso
entra em um transporte público, é comum que os jovens cedam seus lugares para ele. Com isso, pode-se deduzir
que, toda vez que um idoso entrar em um transporte público, o jovem cederá seu lugar para ele.
No entanto, essa observação não justifica a ideia de obrigação, que só pode ser explicada pelo ponto de vista
interno descrito por Hart. Ele acredita que esse ponto de vista interno é um padrão de conduta que gera uma
obrigação, mas não gera um conhecimento seguro da existência e do conteúdo de regras sociais.
Tal noção atende indistintamente a todos os sistemas de regras sociais, como os jogos, a moral e o Direito. Hart
distingue vários sistemas de regulação moral, e o que caracteriza os complexos sistemas jurídicos é a existência e
o relacionamento de regras de dois tipos diferentes.
Ao lado dessas regras primárias descritas, o sistema jurídico precisa incorporar, também, as regras secundárias
que definem o funcionamento das regras primárias. As secundárias possuem um papel extremamente
fundamental, pois foi a partir do reconhecimento delas que as demais regras possuíram validade e segurança.
No , a regra de reconhecimento, na visão de Hart, significa que aquilo que a rainha no Parlamentocommon law
Britânico aprova é o Direito. Já em um ordenamento jurídico como o nosso, no qual o ápice da hierarquia
normativa é ocupado pela Constituição, a regra de reconhecimento, o Direito, é aquilo que o constituinte
originariamente promulgou, recordando que as demais regras jurídicas retiram sua validade do texto
constitucional.
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3 Normativismo Jurídico
Na Filosofia do Direito contemporânea, a teoria normativista do austríaco Hans Kelsen tem sido um divisor de
águas: de um lado, os kelsenianos e, de outro, os antikelsenianos. A Teoria Pura reduz a expressãodo Direito a
um só elemento: norma jurídica, separando o mundo do ser, pertinente às ciências naturais, da ordem do dever-
ser, Kelsen situou o Direito nesta última.
Para Kelsen, os fatos e os valores seriam objetos da Sociologia Jurídica e da Filosofia do Direito, respectivamente.
Seu intento maior foi criar uma teoria que impusesse o Direito como ciência e não mais fosse abordado como
seção da Sociologia ou simples capítulo da Psicologia.
Kelsen adotou uma ideologia essencialmente positivista no setor jurídico, rejeitando os juízos de valor, o Direito
Natural e a metafísica. A teoria que criou se refere exclusivamente ao Direito Positivo, conhecida como teoria
nomológica, já que compreende o Direito como estrutura normativa, comportando, em sua estrutura, conteúdo
fático e axiológico.
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A estrutura normativa, objeto da Ciência do Direito, apresenta-se hierarquizada. As normas jurídicas formam
uma pirâmide apoiada em seu vértice. Primeiro vem a constituição, depois a lei e, em seguida, as sentenças e os
atos de execução. Isso significa, por exemplo, que uma sentença, que é uma norma jurídica individualizada,
fundamenta-se na lei e esta, por seu lado, apoia-se na Constituição. Acima desta, acha-se a Norma Hipotética
Fundamental, que pode ser uma outra Constituição anterior ou uma revolução triunfante.
Nos tempos atuais, podemos representar a pirâmide de Kelsen da seguinte forma:
CIÊNCIA DO DIREITO (JURISPRUDÊNCIA)
Jurisprudência antigamente em Roma significava Ciência do Direito ou teoria da ordem jurídica. Atualmente, o
termo é usado para indicar os precedentes judiciais ou a reunião de decisões judiciais que interpretam o Direito.
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GRUNDNORM E O DIREITO POSITIVO
Dentro do sistema do Direito Positivo, a norma que se encontra no topo da pirâmide de Kelsen é a Constituição, e
o que dá validade para a Constituição, como falamos, é a chamada Norma Hipotética Fundamental, não podendo
haver outra norma positiva dando validade para a Constituição Federal.
Essa é a última norma a validar todo o sistema e garantir a sua unidade, ela sistematiza as normas em ordem
hierárquica – cadeia de normas para que uma sirva de fundamento para outra.
Portanto, dizem que o sistema jurídico começa e termina com normas jurídicas que regulam e realizam a sua
própria produção.
4 Realismo Jurídico
A escola jusfilosófica, conhecida como Realismo Jurídico, adota como premissa básica uma postura
epistemológica segundo a qual o Direito se esgota por meio da experiência social. Para os realistas, o Direito é
sempre aquilo que se apresenta no contexto da comunidade humana: o Direito é o que é. Se o Direito é fato,
segue-se que as correntes teóricas do realismo renunciam a qualquer explicação transcendente ou metafísica
dele, que não existiria como realidade em si, objeto ideal. Não cabe, portanto, a dualidade entre Direito efetivo e
Direito ideal, este como arquétipo e aquele como realidade, à semelhança do confronto histórico entre
naturalistas e positivistas. O Direito é um só: apenas o declarado como tal pelo Tribunal, nada mais.
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Seus adeptos defendem que não é possível estudar o Direito como mero ordenamento jurídico composto de
normas coordenadas e em relação de hierarquia umas com as outras. Para aqueles que defendem a posição
realista do Direito, não é possível admitir uma especulação puramente dogmática acerca das normas jurídicas.
Elas, na verdade, não subsistem e sequer são possíveis sem a realidade de que efetivamente resultam.
Os realistas eram e ainda são empiristas: enxergam o Direito como uma técnica operacional, recusando qualquer
construção do tipo normativo. Os esquemas abstratos foram abandonados em nome da precedência do ato de
escolha do juiz no momento da decisão. Não a norma genérica e impessoal, mas sim o fato da opção do julgador.
Tomando como base a ideia geral em torno da corrente realista, é fácil perceber que essa corrente jusfilosófica
opera uma verdadeira revolução em torno da concepção do Direito. Além disso, é curioso observar que, embora
não seja uma corrente de pensamento que se possa dizer atual, é muito comum, nos dias de hoje, encontrar
pessoas que – talvez sem o saber – proclamam como verdades algumas das teses do Realismo Jurídico.
Didaticamente, o Realismo pode ser dividido em duas grandes escolas ou correntes de pensamento: escandinavo
e realismo norte-americano, elas não possuem parentesco uma com a outra, apesar de existirem pontos de
contato. Para facilitar o estudo, vamos analisá-las isoladamente nos itens a seguir.
4.1 Realismo norte-americano
Os principais autores do Realismo Jurídico norte-americano que merecem atenção são John Chipmann Gray, Karl
N. Llewellyn e Jerome Frank.
Os realistas da corrente norte-americana marcaram seus trabalhos na tentativa de diferenciar as normas
referidas pelo juiz na sentença da decisão efetiva que o juiz toma no ato sentencial. As primeiras não passariam,
em incontáveis casos, de mero disfarce do juiz para encobrir a sua real decisão, emprestando-lhe foros de
correspondência com a doutrina e a lei. A norma seria citada apenas para legitimar a decisão que, no fundo, era
do próprio juiz. Uma era a norma citada, outra, a que era de fato aplicada. O Direito é aquilo que o juiz faz e não
aquilo que ele diz que faz, razão pela qual é mister – se se pretende realmente saber o que o Direito é – estudar a
conduta dos juízes, o seu comportamento.
Para eles, uma abordagem que se pretenda realista e não meramente dogmática do Direito deve adotar duas
posturas básicas, sendo a primeira para alcançar a norma que realmente foi aplicada na sentença e não aquela a
que a decisão se refere. E a segunda é descobrir os verdadeiros pontos e fatos que atuaram na alma para proferir
a sentença (razão e sensibilidade).
Para Llewellyn, o Direito é criação da sociedade e não do legislador nem do magistrado. A lei e o precedente,
portanto, são apenas guias da atividade judicial.
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Jerome Frank acredita que o Direito Positivo é incerto se o fator decisivo na elaboração da sentença for a
personalidade do juiz. Tal entendimento é uma resposta à doutrina da segurança e certeza do Direito. Assim,
para o Realismo Jurídico norte-americano, o Direito é produto de forças sociais e instrumento de seu controle,
sendo a sentença produto do influxo social e não da lógica.
Conclui-se, então, que o realismo norte-americano é, na verdade, mais rico em Psicologia e em Sociologia do que
em Filosofia, já que analisa as interpretações e manifestações do juiz e defende a indagação das motivações
psicológicas das decisões judiciais.
4.2 Realismo escandinavo
No realismo escandinavo, tem-se que Alf Ross é o seu principal representante e, sob a influência de Kelsen, deu
cunho normativista ao realismo escandinavo, já que colocou a norma no centro de seu sistema.
O realismo escandinavo também explora os fundamentos sociológicos do Direito, isso porque acredita que o
Direito válido não seria outra coisa senão aquilo que os Tribunais decidiram. No entanto, acredita também ser
imperiosa a investigação de como os processos judicial e administrativo funcionam, não aceitando a explicação
somente de que a existência de regras escritas vincula os juízes. Além de explorar a sociologia, o realismo
escandinavo explora a filosofia, mais do que o pensamento norte-americano.
Alf Ross identifica duas espécies de realismo escandinavo, o psicológico e o condutista. Aquele encontraria a
realidade do Direito diretamente nos fatos psicológicos, ou seja, uma norma jurídica seria vigente se fosse aceita
pela consciência jurídica popular. Já o realismo condutista demonstra que o Direito será encontrado pelas
decisões dos Tribunais.
Outro autor também destacado no realismo escandinavo, Kalr Olivecrona, acreditava que o Direito não seria
mais do que uma forma de psicologia. Para ele, o condicionamento psicológico seria suficiente para moldar o
padrão de conduta que se quer ver acatado, o que configuraria umordenamento jurídico bem estabelecido,
deixando a força para o segundo plano, já que o primeiro estaria preenchido com a psicologia.
Dessa forma, o modelo de conduta desejado seria traçado, e a aplicação da lei seria a utilização desses modelos
de conduta imaginários em um caso concreto correspondente a elas. Entendeu?
5 Historicismo do Direito
A escola histórica foi desenvolvida por Savigny, um dos principais defensores do Historicismo, no século XIX na
Alemanha.
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Isso porque Savigny acredita que o Direito não poderia ficar parado, engessado, mas deveria ser um organismo
vivo, que se modifica de acordo, e ao mesmo tempo, com as modificações históricas, sociais e de época. Ainda
mais na época em que a Alemanha se encontrava, de desunião. Savigny acreditava que um novo sistema jurídico
de codificação poderia ser adotado, somente quando a Alemanha tivesse maturidade o suficiente para seguir tal
codificação.
Além disso, o Historicismo tem suas raízes em Hegel, refletindo o espírito evolucionista e que o Direito nasceria
do “espírito do povo”, nos usos, nos costumes e nas crenças dos grupos sociais.
Assim, essa escola de Savigny foi de extrema importância para a Alemanha, já que demonstrou o vínculo
necessário entre o Direito e as fontes sociais, econômicas, históricas, políticas, isto é, o Direito é produto da
cultura. E isso foi um dos pontos mais importantes da visão de Savigny, o qual proporcionou grande avanço nas
escolas de interpretação.
De outro lado, em discordância de Savigny, Thibaut acredita que era necessária a formação de normas jurídicas
claras e precisas que regulassem tudo da sociedade, ou seja, uma norma geral, já que a Alemanha estava
passando por um momento de desunião da sua população e somente com uma codificação propriamente dita é
que uniria todo o país e nasceria a segurança jurídica. Esse pensamento é o da chamada “escola filosófica do
direito”, em que não seriam esquecidos os princípios do Direito Natural.
Após, com a promulgação do Código Civil da Alemanha (BGB - Livro de Leis do Cidadão), demonstrou-se que
Thibaut acabou tendo a sua tese vencedora.
A ESCOLA HISTÓRICO-EVOLUTIVA: SURGIMENTO E INFLUÊNCIAS
A escola histórico-evolutiva surgiu, entre os séculos XIX e XX na França, influenciada pela escola histórica e
manteve muitas características já existentes desta, como se fundamentar nos usos e costumes para criação de
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leis e a tradição popular. No entanto, a escola histórico-evolutiva não apresentava soluções para os casos
apresentados.
A escola histórico-evolutiva (método da jurisprudência progressiva) pregava, também, que o legislador apenas
declara o Direito e não o formula, pois este é de formação social. Ou seja, o Direito não permanece fixado na letra
da lei, ele se transforma e transforma as situações de fato que disciplina, além de que os textos devem se adaptar
aos fatos e não o contrário.
O método de interpretação dessa escola é o de buscar o sentido da norma, devendo prevalecer o significado mais
próprio ao atendimento das necessidades atuais sobre o significado do sentido da norma, caso sejam divergentes.
Há críticas sobre essa escola, uma delas é a de que a escola histórico-evolutiva ainda se baseia somente no texto
da lei, não admitindo decisão contra legem.
Por fim, entende-se que escola histórico-evolutiva se fundamenta na observância da lei, desde que seja adaptada
às necessidades práticas atuais, e o seu método de interpretação, o conhecido método histórico-evolutivo,
entende que a norma é dotada de existência própria e deve se adaptar aos fatos da vida.
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6 Anarquismo e o Direito
O anarquismo é um importante movimento político e social que proporcionou uma discussão fundamental para
a luta por direitos. Os anarquistas entendem que o Direito é um elemento importante na construção de seus
novos ideais. As significações anarquistas foram ponto-chave para a luta por direitos e para o estabelecimento de
uma “agenda de direitos” que não se limitavam a conquistas econômicas nem à mera luta por votos, mas que
propunha uma discussão para implementação de direitos de operários, mulheres e crianças.
O anarquismo correspondeu à fase em que o Estado não tinha interesse em atender às reivindicações do
movimento operário (fase pré-industrial), já que os operários não punham em risco o poder daqueles que o
detinham. É somente na crise dos anos 1920 e Revolução de 30 que o Estado começa efetivamente a se
preocupar com essa questão.
O movimento anarquista não foi uno, mas apresentou diversos tipos, como individualista, religioso/místico
/pacifista, mutualista, coletivista, comunismo libertário, cada um traz uma visão distinta do Direito. Além da
distinção, também trazem pontos em comum, como, por exemplo, eles não pregam a anomia, isto é, eles não
pregam que deve existir estado social de ausência de regras e normas.
Na verdade, eles acreditam que as regras sociais existem, mas não são necessariamente regras jurídicas, no
sentido de positivadas, mas regras que são formadas pelas regras sociais/morais. Ou seja, o jurídico não é algo
dito pelo Estado, mas sim pela sociedade. Assim, o anarquismo nega o Direito Capitalista e o Direito Positivado,
adotando o Direito Libertário.
Das diversas teorias libertárias do Direito existentes, poucas chegaram ao Brasil. Isso porque há uma limitação
do tipo de anarquismo que predominou no Brasil, já que essas teorias possuem pouca penetração no nosso país.
6.1 O Direito para Proudhon – anarquismo mutalista
Proudhon acredita que o Direito Natural é considerado como Direito Antissocial, pois não vai ao encontro
daquilo que é justo e que a justiça somente pode ser realizada em uma sociedade de iguais, isto é, a que decorre
da associação dos homens e da reflexão.
Portanto, para Proudhon, o Direito não pode dizer aquilo que é justo, mas aquilo que foi imposto por força, por
isso Proudhon afasta o direito legislado e estatal. Nesse texto de Proudhon, não se pode falar na defesa de um
Direito Consuetudinário, mas na defesa da moral, uma vez que até o Direito não estatal poderia ser expressão da
força.
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6.2 O Direito para Bakunin – anarquismo coletivista
Por sua vez, Bakunin dividia o Direito em dois, um das leis do Estado e outro do Direito Natural que, por ele, não
era considerado algo ruim, tendo em vista que as leis naturais são imutáveis, como a lei da gravidade, que
sempre existiu.
Ele acreditava que as leis naturais deveriam ser descobertas pelo ser humano e não fabricadas por ele.
Diferentemente do que entendia Hobbes e Rousseau, Bakunin acreditava que as leis naturais não se confundem
com as leis civis do Estado.
6.3 O Direito para Kropotkin – anarquismo comunista
Kropotkin era contrário à utilização de leis. Ele entendia que elas são produtos de tempos atuais, já que antes
havia regulação de condutas humanas baseada em costumes, hábitos e usos.
Além de criticar as leis e não concordar com a utilização delas, também critica as instituições, afirmando que se
utilizam da lei como exploração para servir tão somente ao capital.
6.4 O Direito para Malatesta – anarquismo comunista
Malatesta também se opõe ao Direito – escrito e estatal –, além de que não se pode combater o Direito que
explora os mais fracos com o mesmo Direito, já que a lei é realizada tão somente para garantir que os
exploradores continuem explorando.
Um ponto interessante do pensamento de Malatesta é que ele acredita que a sociedade deve ser totalmente
organizada livremente, com autonomia, para a constituição de uma sociedade com direitos iguais. É a
desorganização que possibilita a exploração dos operários e faz com que essa exploração se perpetue cada vez
mais. Ou seja, a anarquia significa sociedade organizada sem autoridade, e não o caos e a anomia.
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7 Culturalismo Jurídico
O Culturalismo Jurídico é originariamente alemão e muito difundido na América Latina. Possui como ponto de
partida a distinção de origem kantiana entre natureza, valore cultura. É também marcado pelo historicismo e, de
certa forma, pelo relativismo.
Observa-se que o Direito, para o Culturalismo Jurídico, pertence ao reino da Cultura, e não ao reino da Natureza,
pois acredita que a cultura, como objetivação de valores ou sentidos, exige método de conhecimento diverso do
empregado nas ciências físico-naturais. Isso porque o Culturalismo Jurídico busca significados dos fenômenos
sociais, pois somente assim adquirem sentido às obras culturais.
Segundo Maria Helena Diniz, o Culturalismo Jurídico depende das ciências culturais, em compreendê-los por
seus sentidos ou valores. A ciência jurídica é uma ciência cultural que faz do estudo do Direito a compreensão,
dando ênfase aos valores jurídicos. Ademais, o Culturalismo Jurídico distingue no Direito dois planos – o do
sentido e o do suporte do sentido.
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Outros juristas, como Miguel Reale e Carlos Cossio, apresentam o Culturalismo Jurídico como traço
característico, aquele com a sua Teoria Tridimensional do Direito e este com a Teoria Egológica do Direito.
A Teoria Egológica do Direito, de Carlos Cossio, exerceu tanta influência entre os juristas que resultou na
formação da Escola Egológica.
Para a Teoria Tridimensional do Direito, de Miguel Reale, extremamente famosa nacional e internacionalmente,
entende-se que a norma jurídica é resultante da ordenação do fato em função de valores. Demonstrou, assim,
que o fenômeno jurídico decorre de um fato social, recebe inevitavelmente uma carga de valoração humana,
antes de tornar-se norma, inaugurando uma nova ontologia jurídica, com a dimensão ontológica – fato, a
dimensão axiológica – valor e a dimensão gnosiológica – norma.
É imperioso saber, também, que o marco teórico inicial do Culturalismo Jurídico no Brasil foi no fim do século
XIX, desenvolvido na Escola do Recife, por Tobias Barreto. Tobias representou o Culturalismo como superação
do Jusnaturalismo e do Positivismo Jurídico.
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8 Tridimensionalismo jurídico e egologismo
Carlos Cóssio, argentino, rejeitou os movimentos peronistas e militares da sua época, motivo pelo qual seus
trabalhos, obras e pensamentos foram proibidos, o que demonstra que não eram de interesse do regime militar
nem estavam interligados com a ideologia liberal sem comprometimento com a fraternidade social.
Para superar o estudo de normas abstratas e passar a estudar a conduta dos sujeitos como objeto do Direito, ou
seja, retirar a positividade do centro do Direito, Cóssio criou a Teoria Egológica do Direito, com referência da
Lógica Transcendental do Criticismo Kantiano, a fenomenologia de Husserl (Direito como aquilo que se
manifesta na vida dos viventes) e o existencialismo de Heidegger (condutas dos indivíduos).
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Assim, a Teoria Egológica traz o Direito para o campo do pensamento social e amplia o seu objeto para cultural
existencial, que se observa pelas inter-relações dos seres humanos. Ou seja, o conhecimento não fica restrito ao
pensar jurídico para operacionalizar o Direito, mas sim amplia para o conhecimento prático e se interessa pelos
objetos culturais que têm como consideração valores de conduta.
Carlos Cóssio compreende o reino dos objetos culturais classificados da seguinte forma:
O objeto central na Teoria de Carlos Cóssio é o egológico, como o próprio nome da Teoria já propõe, pois são
esses atos de agir que tratam o Direito visto como vida humana e não objetivada.
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	Olá!
	1 Jusnaturalismo ou Escola do Direito Natural
	2 Positivismo Jurídico
	3 Normativismo Jurídico
	4 Realismo Jurídico
	4.1 Realismo norte-americano
	4.2 Realismo escandinavo
	5 Historicismo do Direito
	6 Anarquismo e o Direito
	6.1 O Direito para Proudhon – anarquismo mutalista
	6.2 O Direito para Bakunin – anarquismo coletivista
	6.3 O Direito para Kropotkin – anarquismo comunista
	6.4 O Direito para Malatesta – anarquismo comunista
	7 Culturalismo Jurídico
	8 Tridimensionalismo jurídico e egologismo

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