Buscar

Resumo Sono

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

RESUMO DE NEUROANATOMIA E 
NEUROFISIOLOGIA – Sono 
 
 
 
MARIANA AFONSO COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: MACHADO, Ângelo B. M. Neuroanatomia funcional. 3 ed. São Paulo: Atheneu 
Editora, 2007; Netter, Frank H. Netter – Atlas de Anatomia Humana. 6ª edição. Editora Elsevier, 
2015. 
MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 3º PERÍODO 
1 
 
CAPÍTULO ÚNICO 
SONO 
1.0 INTRODUÇÃO 
 O sono não é um fenômeno passivo, é a ativação de diversas áreas e núcleos espicificos para 
promover as fases do sono. O sono é um fenômeno sistêmico, que afetas vários sistemas do corpo, como 
por exemplo: sistema cardiovascular, diminuindo a PA e FC; sistema endócrino, aumentando GH, TSH e 
prolactina; sistema respiratório, causando bradipneia ou apneia; sistema sexual, provocando ereção. Além 
disso, ele atua diminuindo o metabolismo sistêmico, causando uma queda na temperatura corporal. 
 Em média, o indivíduo necessita de 8h de sono, onde ele consegue passar por todas as etapas do 
sono. Entretanto existem variações: a) dormidor curto, que necessita de menos horas; b) dormidor longo, 
que necessita cerca de 12h de sono; e c) dormidor muito longo, que o sono nunca é suficiente. 
Existem dois tipos de sono que se alternam, o sono não REM, dividido em 4 estágios, e o sono REM. 
Geralmente durante o sono, esse ciclo se repete quatro vezes – vigília --> estágio 1 --> estágio 2 --> 
estágio 3 --> estágio 4 --> sono REM. 
Durante esse ciclo a medula vai se desligando, e, a paralisia do sono é quando o individuo acorda, 
mas a medula ainda não se ligou. 
 
2.0 FISIOLOGIA 
2.1 Ciclo Sono-Vigília 
 Alguns neurotransmissores como a dopamina, serotonina e histamina, atuam na manutenção da 
vigília, e, consequentemente, na inibição do sono. Esses neuronios são produzidos pelo lócus cerúleos, 
núcleos da rafe e em partes do hipotálamo, ou seja, pelo Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA). 
 Durante a vigília, a adenosina, um produto do metabolismo energético neuronal, se acumula na 
fenda sináptica, sendo um sinal da privação de sono. Esse sinal é responsável por ativar o núcleo pré-
óptico ventro-lateral. 
Para induzir o sono, os neurônios monoaminérgicos do SARA são inibidos pelo GABA, liberado pelo 
núcleo pré-óptico vento-lateral do hipotálamo anterior, sendo ele o responsável pelo início e a manutenção 
do sono REM. 
Os neurônios supraquiasmáticos, do hipotálamo anterior, recebem informações diretas da retina 
sobre o ritmo claro/escuro, o que os torna responsáveis por manter o ritmo circadiano do ciclo sono-
vigília. Além disso, também possuem receptores de melatonina, o que ajuda nessa noção de luz/escuro. 
Assim, quando ativados, eles acabam com a inibição do neuronios monoaminérgicos e promovem o 
despertar. 
2.2 Sono não REM 
 No sono não REM, o cérebro apresenta baixa atividade neuronal, com o 
predomínio da atividade parassimpática, apresentando pouca atividade muscular. 
Ele é dividido em 4 estágios, sendo os dois primeiros um sono superficial e os dois 
últimos, profundos. 
∙ Estágio 1 – transição entre a vigília e o sono, ondas de baixa voltagem no EEG; 
∙ Estágio 2 – ondas de baixa voltagem e de alta amplitude; 
∙ Estágio 3 e 4 – presença de ondas delta, com baixa frequência e alta 
amplitude. 
2.3 Sono REM – Rapid Eye Moviment 
 O sono REM acontece quando o núcleo pré-óptico ventro-lateral deixa de inibir a via colinérgica 
(células REM on), mantendo a via aminérgica (células REM off) do córtex inibida. 
 Apresenta um consumo de oxigênio e um padrão no EEG semelhantes ao da vigília, porém não há 
tônus muscular. 
 Por estar ligado á acetilcolina, o sono tem relação com a memória, já que esse neurotransmissor 
também se relaciona com a consolidação das memorias. 
OBS.: Os sonhos acontecem durante o sono REM, e podem ser uma consequência da evolução, simulação 
de ameaças como prática, consolidação de memórias, redução de medos, etc. 
 
MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 3º PERÍODO 
2 
 
3.0 DISTÚRBIOS DO SONO 
3.1 Insônia 
É um quadro caracterizado pela falta de sono, e possui diferentes tipos: insônia inicial (dificuldade 
de iniciar o sono), insônia terminal (acorda muito cedo) e insônia fragmentada (dorme e acorda muitas 
vezes ao longo da noite). Tem como consequência a hipersonia que gera cansaço, raiva, dificuldade de 
aprendizado, falta de atenção, etc. Como tratamento deve-se utilizar técnicas de relaxamento e a higiene 
do sono. 
3.2 Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono – SAOS 
A Síndrome Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma doença caracterizada pela obstrução 
recorrente da via aérea durante o sono, o que leva à queda da saturação de oxigênio sanguíneo e 
despertares frequentes, não chegando nas fases 3 e 4. É caracterizado por um sono excessivo durante o 
dia, irritabilidade e memória falha. O tratamento é dado pelo uso de cpape (máscara de pressão positiva). 
3.3 Síndrome das Pernas Inquietas – SIP 
Durante a noite, ao deitar-se, o indivíduo sente a necessidade de mexer as pernas, o que causa 
frequentemente a um quadro de insônia inicial. 
3.4 Síndrome do Atraso de Fases 
A pessoa em vez de chegar ao horário de dormir com sono ela, na verdade, se torna mais ativa. Esse 
paciente passa o dia com cansaço e tem sua cognição alterada, podendo ter ganho de peso e, até mesmo, 
diabetes. Deve ser aconselhado à antecipação progressiva, ou seja, deve dormir 30 min antes a cada 3 
dias e acordar sempre no mesmo horário até mesmo em fins de semana. Ex.: se está acostumando a dormir 
4, durma as 3:30 e acorde as 8. Atenção: é fundamental que o paciente se exponha a luz do dia ao acordar 
e se possível, se exercite. Não se deve dormir ao longo do dia. 
3.5 Narcolepsia 
É a necessidade de sono a mais, caracterizada pela introjecção de sono REM na vigília. Ao longo do 
dia, o paciente passa por crises de sono absurdas que o obrigam a dormir por um período curto que seja, 
sendo estes restauradores. Outra característica dessa síndrome é a perda do tônus muscular (catoplexia) 
ainda que consciente. O tratamento é farmacológico. 
3.6 Privação do Sono 
A presença da iluminação artificial mais frequente nas cidades, promoveu, pós êxodo rural, uma 
mudança nos padrões de sono, uma vez que a luz é responsável pela produção de melatonina e cortisol 
importantes para o controle do ciclo de sono e vigília. 
Além disso, atualmente, por possuirmos uma vida com mais a fazeres, geralmente, se compensa no 
sono, passando cada vez mais a diminuir seu tempo. 
3.7 Paralisia do Sono 
É a incapacidade de se mover ou falar ao despertar, isso ocorre porque o indivíduo acorda com a 
hipotonia ainda presente.

Continue navegando