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Anestesia LocalAnestesia Local Introdução Diminuem requerimento anestésico: O anestésico local atinge de forma periférica, não atinge o SNC, tendo uma diminuição da sensibilidade, motricidade e função autonômica de uma parte do corpo - é uma anestesia temporária e reversível e tem um bom retorno Preciso ser feito nas concentrações adequadas, pois podem intoxicar os nervos em grande quantidade - impede a geração e propagação dos impulsos elétricos Pode ser chamada de Anestesia local ou regional • diminuição da CAM = maior estabilidade • menor uso de Opióides, pois eles tem efeitos analgésicos • Estabilidade cardiorrespiratória Objetivos boa reversibilidade ausência de lesão celular ou de fibras nervosas perda da sensibilidade dolorosa – bloqueio da condução nervosa (SNC) bloqueio tanto da parte motora quanto da sensibilidade ausência de inconsciência Ação seletiva e específica: • Córtex motor – impede a geração de impulsos • Pele – impede a geração e a transmissão de impulsos sensoriais • Tronco nervoso – fibras sensitivas e motoras história • Folhas do arbusto andino Erythroxylon coca • Cocaína – isolada 1860 por Nieman, na Alemanha • Anestésico local – Moreno e Maiz, em 1868 1884 – Koller – anestesia tópica do olho – cirurgia de glaucoma 1884 – Freud – efeitos no SNC – tóxica e viciante 1890 – Benzocaína 1905 – Procaína 1932 – Tetracaína 1955 – Cloroprocaína 1943 – Lidocaína – Lofgren – classe das amidas 1956 – Mepivacaína 1957 – Bupivacaína 1959 – Prilocaína 1971 – Etidocaína 1989 – Ropivacaína 1999 – Levobupivacaína HISTÓRIA - HOJE SNC – encéfalo e medula espinal SNP – todos os outros tecidos nervosos: Vão agir principalmente no SNP • SNP somático – pele, músculos e articulações • SNP autônomo – sensitivo e motor de vísceras Corpos celulares dos neurônios sensoriais presentes nos gânglio da raiz dorsal e fibras nervosas aferentes levam a informação ao SNC anatomia Maior volume anestésico local para melhor realização - existem equipamentos para auxiliar na aplicação: Neuroestimulador de nervos Ultrassonografia – padrão-ouro Mecanismo de ação Presença de dendritos, núcleo, axônio (mielina) e terminais do axônio – próximo neurônio ou célula alvo @medvet_y Transmissão de íons: ocorre a troca de íons, por meio da abertura dos canais de Na+ e K+ (bomba de sódio e potássio) -> troca de íons (a forma não ionizada é mais permeável na membrana, entrando na forma não ionizada, e então após entra na membrana na forma ionizada bloqueia os canais de sódio e potássio, ocorrendo a despolarização) = potencial de ação Bloqueia canais de Na+ do neurônio – potencial de ação • Forma ionizada liga-se aos canais de Na+, inativando-os e impedindo a propagação da despolarização celular Forma não ionizada – maior facilidade para entrar na membrana • Menor afinidade – canais de K+ e Ca2+, proteína G Quanto maior a frequência que estiverem abertos ou inativados maior será a ligação dos ALs Bloqueio diferencial: • Mielina • Calibre da fibra • Frequência de estimulação • Extensão do nervo exposta ao AL • Concentração local do AL • Comprimento do nervo – distância entre nós de Ranvier • Aα e Aβ – propagação dos estímulos de tato, pressão e propiocepção • Aδ e C – propagação do estímulo doloroso velocidade do bloqueio 1° interrompe a dor depois o tempo, etc... Com o passar do tempo começa a voltar: tônus muscular esquelético, propriocepção, etc.... @medvet_y Volume administrado – difusão do anestésico na área a ser bloqueada: Concentração: Lipossolubilidade – potência anestésica Vasoconstrição – Epinefrina Ionização (pKa) – latência do bloqueio de condução Duração – grau de ligação a proteínas plasmáticas Peso molecular Absorção • Neuroestimulador e US • Dose máxima – intoxicação (antigamente usava-se a dose máxima, pois não tinha esses equipamentos para auxiliar) • [ ] maior = menor latência e maior duração • [ ] maior = maior toxicidade local • AL são lipossolúveis – facilidade em penetrar membrana nervosa • Locais lipídicos – anestésico têm maior dificuldade de agir sistemicamente • Aumento da duração e piora na difusão do anestésico na região Vasoconstrição = menor irrigação = menor disponibilidade sistêmica = aumento da duração • Epinefrina – evitar em extremidades – necrose • pKa da substância e do pH do meio • Quanto ↑ o pKa, ↓ quantidade da forma não ionizada estará presente • A porcentagem de moléculas presentes na forma não ionizada diminui com o aumento do pka a um dado pH tecidual • pKa é o pH onde o fármaco é 50% ionizado e 50% não ionizado - afeta diretamente o tempo de latência de bloqueio da condução PH do meio que foi colocado • Grau de afinidade proteica dos vários anestésicos locais • Combinação do receptor proteico localizado no canal de sódio da membrana nervosa. Quanto maior a ligação às proteínas, mais longa a atividade anestésica • alterações no peso podem influenciar na lipossolubilidade e pKa • Proximidade com o alvo • Lipossolubilidade Adjuvantes: • Bicarbonato de sódio – 0,3ml (8,4%) / 10ml AL (pH = 7,0) • Hiluronidase – aumento da permeabilidade • Epinefrina – vasoconstrição – disponibilidade sistêmica PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS Período de ação • Lipossolubilidade • Volume do anestésico • Concentração do anestésico no alvo • Vasoconstrição METABOLIZAÇÃO Distribuição Biotransformação Excreção • Absorção Ligação às proteínas plasmáticas – albumina: • Proteinêmicos – ↑Fração livre = toxicidade (bupivacaína) • Fração livre – fração tecidual do AL, que é a que vai exercer os efeitos tóxicos --> distribuição para os tecidos Ésteres - Hidrólise plasmática Amidas – enzimas microssomais hepáticas Urina e ↓bile ESTRUTURA QUÍMICA @medvet_y Lidocaína • Bloqueio motor e sensorial • pKa 7,8 • Início de ação e duração moderada do efeito • Toxicidade moderada • Apresentação tópica e injetável – Local e IV – laringe • Alta lipossolubilidade – qualquer tipo de fibra nervosa • Duração depende da concentração (menor concentração = menor duração) – 15 a 120 min – se fizer vasoconstritores (↑50% duração) • Bloqueios periféricos e centrais • IV (sem vasoconstritor) – Antiarrítmicos (classe 1B), analgesia (↓CAM), efeito procinético (motilidade), anti- inflamatório • Melhora da motilidade intestinal e prevenir íleo pós- operatório em equinos Mepivacaína - Fora do mercado Semelhante a Lidocaína Duração do efeito maior – até 2 h – menor vasodilatação Metabolismo mais lento no feto e no recém-nascido Não é um anestésico tópico efetivo Bloqueios de nervos periféricos diagnósticos em equinos: menor neurotoxicidade – em comparação aos outros ALs Bupivacaína É a mais tóxica de todos os ALs Bloqueio sensorial e motor • Efeito duradouro – 4x mais potente que a Lidocaína • Cardiotoxicidade (IV) e toxicidade central – doses altas • pKa 8,1 – liga-se à proteínas plasmáticas • Bloqueio total das fibras Aδ e C: analgesia com propriocepção • Latência – 20 a 30min • Duração – 3 a 10h – (6h motor e 10h sensorial) • Epinefrina – ↑50% duração • Concentração 0,125% - bloqueio sensorial • Vasoconstritores – aumenta ação e diminui biodisponibilidade sistêmica - toxicidade Biotransformação Éster: • Metabolismo plasmático • Baixa duração • PABA (ácido para-aminobenzóico) – Alergênico • Menor toxicidade Amidas: • Metabolismo hepático • Maior duração • Metabólitos não alergênicos • Maior toxicidade Evitar ou diminuir a dose em animais com problemas hepáticos Anestésicos locais Aminoésteres Aminoamidas • Benzocaína • Procaína • Cloroprocaína • Tetracaína • Proparacaína • Lidocaína • Articaína • Prilocaína • Mepivacaína • Etidocaína • Bupivacaína • Levobupivacaína • Ropivacaína Aminoamidas @medvet_y Levobupivacaína • Enantiômero S da bupivacaína • Menor cardiotoxicidade que a Bupivacaína • Suas propriedades físico-químicas são iguais as da Bupivacaína • Doses = Bupivacaína Ropivacaína • Estruturalmente relacionado com a mepivacaína e a bupivacaína • Enantiômero-S puro • Menos potente e uso clínico semelhante a Bupivacaína • Menor cardiotoxicidade • Latência– semelhante a Bupivacaína • Longa duração – 180 a 480 min • Bloqueio sensorial – mais curto (até 6 h) • Bloqueio motor – ligeiramente menor em relação a Bupivacaína • Vasoconstrição em concentrações abaixo de 0,5% e vasodilatação em concentrações acima de 1% - Vem em uma embalagem estéril pois só pode ser utilizado uma vez! TOXICIDADE • Punção ou secção neural ↑Concentrações de AL ↑Doses – absorção vascular • Aplicação Intravascular ↓ do influxo de Na+ pelos canais • Bloqueio dos canais de Ca e outros canais • Inibição de canais, enzimas e receptores SNC antes dos cardiovasculares • Sedação • Depressão • Ataxia • Ansiedade • Convulsões • Inconsciência • Choque bulbar • Coma • Distúrbios auditivos • Dificuldade de acomodação visual • Parestesia • Tremores musculares • Letargia • Sonolência Paradoxo – doses baixas anticonvulsivante; doses altas convulsivante Depressão do miocárdio • Diminuição de excitabilidade elétrica • Diminuição da condução e contratilidade • Bradicardia e arritmias • Parada cardíaca Alergias – sinais cutâneos e respiratórios – anafilaxia Levógiros – menor cardiotoxicidade e intensidade do bloqueio motor @medvet_y
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