PROJETO DE PESQUISA (4

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BACABAL – CESB
DEPARTAMENTO DE LETRAS
LICENCIATURA EM LETRAS, COM HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
GUILHERME LIMA SOUSA MARCELINO
GUSTAVO NASCIMENTO DA SILVA
A IMPLEMENTAÇÃO DO GÊNERO TEXTUAL HISTÓRIAS EM QUADRINHOS PARA INCENTIVAR A LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL
BACABAL-MA
2020
GUILHERME LIMA SOUSA MARCELINO
GUSTAVO NASCIMENTO DA SILVA
A IMPLEMENTAÇÃO DO GÊNERO TEXTUAL HISTÓRIAS EM QUADRINHOS PARA INCENTIVAR A LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Projeto de Trabalho desenvolvido para disciplina de Produções Acadêmicas Científicas da Universidade Estadual do Maranhão – Campus Bacabal, elaborado para obtenção de nota.
Orientador (a): prof.ª Angelina Araújo Carvalho
BACABAL-MA
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
1.1	PROBLEMA	5
1.2	HIPÓTESE	5
1.3	OBJETIVOS	6
1.4	JUSTIFICATIVA	6
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	6
2.1 AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS DENTRO DAS ESCOLAS.	6
3. METODOLOGIA	12
3.1 Método	12
3.2 Passos da pesquisa	12
4 RECURSOS	13
5. CRONOGRAMA	14
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	15
1 INTRODUÇÃO
A ação de ler se caracteriza pelo ato de aprender o conteúdo de um texto escrito. Tal ação, demonstra ser um fato essencial na vida do ser humano, pois a todo momento estamos lendo e aprendendo através da leitura. A partir disso, podemos perceber que a leitura se faz presente na vida da maior parte da população, e pode ser tratada como um instrumento cultural, de lazer e até mesmo de formadora de caráter. Entretanto, entendemos que o hábito da leitura é algo bastante desvalorizados pelos estudantes, e o habito de ler, não faz parte do cotidiano de grande parte dos alunos, ainda mais de classes mais baixas que não possuem acesso a uma boa leitura.
O ato de contar histórias através de imagens é algo que data da pré-história da humanidade onde se contava, por meio das pinturas rupestres, os rituais de caça. As histórias em quadrinhos como conhecemos tem seu início com a publicação da HQ “ The Yellow Kid” pela revista Truth em 1894, do autor americano Richard Outcault. É sabido por todos que o público que mais consome os quadrinhos são as crianças, que tão avidamente devoram páginas e mais páginas da história de seu super herói preferido. Sendo assim, então por que os quadrinhos ainda são tão negligenciados como ferramenta de aprendizado? Salvo as tirinhas da Mafalda, Calvin, e outras que estão nos livros didáticos, mas ali se encontram pequenos trechos, como forma de exemplificar um contexto da aula. Segundo Mendes (1990/1 p. 25),
“A história em quadrinhos (...) é um meio de comunicação de massas, cujas histórias são narradas através de imagens desenhadas e texto Inter-relacionados. Sua unidade básica é o quadrinho (ou vinheta), que quando apresentam-se enlaçadas encadeadamente formam a estrutura seqüencial do relato. Pode ser publicada em almanaques, periódicos e revistas. Além de informar e entreter, tem junto a outros meios de comunicação de massa um papel na formação da criança. A história em quadrinhos é transmissora de ideologia e, portanto, afeta a educação de seu público leitor”( apud Alves, José,2001, p.03)
Por meio das histórias em quadrinhos a criança pode aprender sobre questões sociais que são amplamente discutidas em vários de seus diálogos, introduzindo heróis que quebram tabus, a personagens que se questionam sobre preconceitos que diversas pessoas têm que enfrentar todos os dias. Através disso, o aluno acaba se identificando com personagens que retratam o seu cotidiano, influenciados por leituras simples e prazerosas. Para alunos do ensino fundamental, que estão passando pelo processo de se conhecer, de descobrimento e achados do mundo, os quadrinhos vem a entreter, mostrar problemas de forma bem humorada, e até mesmo tratar de assuntos sérios de forma simples. 
Com a introdução das histórias em quadrinhos no ensino fundamental, o objetivo principal é que o aluno se encante pela leitura, tome gosto pela mesma. Atualmente com diversas tecnologias, jogos, filmes e outras demais mídias, o aluno acaba por optar por tais meios que relativamente ensinam menos que um bom livro. O incentivo à leitura deve ser aplicado desde cedo, e sendo aplicado com leituras atrativas e simples, que sempre devem ser atualizadas para leituras mais complicadas e didáticas, há de se ter um maior número de leitores na sociedade. 
.1 PROBLEMA
De que maneira a leitura de revistas em quadrinhos pode auxiliar no incentivo da leitura do aluno do ensino fundamental?
.2 HIPÓTESE
A partir desse questionamento, este projeto tem como foco demonstrar que as histórias em quadrinhos, se bem aplicadas dentro da sala de aula pelo professor, podem incentivar o aluno a tomar gosto pela leitura. Observando se o aluno realmente pode vim a melhorar a sua busca pela leitura, não só dentro da escola, mas também em casa, aplicando leituras que encaixem com o seu perfil e gosto. Com o passar do tempo, através da busca do aluno por mais leituras em quadrinhos, o professor deve apresentar leituras mais críticas, literaturas simples, mas que remetem ao contexto histórico da língua portuguesa e das demais matérias.
A partir desse incentivo, esperasse que com a leitura das histórias em quadrinhos, o aluno se interesse pela mesma, questione e conclua a sua leitura almejando novas histórias. O professor como principal incentivador deve sempre trazer novas leituras, e se atentar para os questionamentos que o aluno venha a fazer, além de buscar meios para que o aluno não abandone a leitura. 
.3 OBJETIVOS
.3.1 Geral
· Mostrar como os quadrinhos podem ser uma ferramenta de ajuda no processo de incentivo à leitura dos alunos no ensino fundamental;
1.3.2 Específicos
· Traçar o caminho percorrido pelos quadrinhos ao longo dos anos;
· Relacionar os quadrinhos com a escola;
· Identificar como os quadrinhos auxiliam na leitura de alunos do ensino fundamental;
.1 JUSTIFICATIVA
Esse projeto se faz importante para mostrar que podemos introduzir e incentivar o hábito da leitura nas séries iniciais de ensino usando as histórias em quadrinhos como ferramenta para tal. Quando se fala em leitura sempre temos em mente os livros, isso por serem mais comuns e mais bem vistos ao se falar de ensino, mas dificilmente um aluno do fundamental irá se interessar por um livro grosso e cheio de palavras complicadas, e se chegar a ler um será por encargo de um trabalho ou avaliação. Com isso pretendemos mostrar que os quadrinhos são uma alternativa lúdica para instigar a pratica da leitura e através dela buscar mais e mais alternativas. O presente projeto fará uso como base teórica o livro “Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula” dos autores Angela Rama, Waldomiro Vergueiro, Túlio Vilela, Paulo Ramos, Alexandre Barbosa.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS DENTRO DAS ESCOLAS.
A história das histórias em quadrinhos será o início de como os quadrinhos podem ser inseridos dentro das escolas. Comumente chamadas de HQS, normalmente estão ligadas à narração, apresentando texto e imagem que estabelecem uma ideia de complementaridade, existe o texto que é essencialmente auxiliado pelas imagens. Gênero muito popular entre o público mais jovem, as Histórias em Quadrinhos infelizmente ficaram, por muito tempo, relegadas ao injusto rótulo de “subgênero”, tendo seu espaço amplamente reduzido nas escolas, sendo até mesmo intitulado de “Perca de tempo” para algumas pessoas. Contudo, as HQs têm ganhado cada vez mais força, demonstrando que grandes histórias podem ser contadas sob o viés da Arte Sequencial.
A primeira história em quadrinhos que apareceu com relevância ao mundo foi criada pelo artista americano Richard Outcault, em 1895. A linguagem das HQs, tal se conhece hoje, com personagens fixos, ações fragmentadas e diálogos dispostos em balõezinhos de texto, foi inaugurada nos jornais sensacionalistas de Nova York com uma tirinha de Outcault, chamada The Yellow Kid, e fez tanto sucesso que acabou sendo disputada por jornaisde renome. Claro que esse modelo utilizado por Outcault não surgiu do acaso, pois as histórias em quadrinhos mais antigas surgiram nos primórdios, basta lembrar que os homens das cavernas se comunicavam através das pinturas rupestres, contando através de desenhos a saga diária de nossos ancestrais na luta pela sobrevivência. Em tal época, quando os primitivos traçaram suas primeiras formas de comunicação registrada nas paredes das cavernas, é possível identificar determinadas técnicas de representação que ainda hoje são utilizadas, sobretudo nas histórias em quadrinhos, como ressalta Jean-Bruno Renard (1981, p.18):
Primeiramente o uso do traço negro, ou gravado, que indica o contorno da personagem ou do animal; linha que não existe na natureza, e que constitui apenas uma convenção de representação [...] a enorme importância numérica das figuras desenhadas de perfil [...] parece corresponder a vontade de representar seres em movimento e não de personagens ‘em pose’[...]; a arte pré-histórica [...] é simbólico-figurativa [...] ao desejar imitar o real, o artista minimiza ou exagera certos aspectos gráficos a fim de dar aos seus desenhos mais sentido, mais significado
Conforme o tempo foi passando e as questões tecnológicas do mundo foram cada vez mais se expandindo, as HQS foram se difundindo cada vez mais mundo afora. Após a primeira grande guerra, e as crises que ocorreram devido a mesma, os quadrinhos de super-heróis tomaram para si questões sociais decorrentes daquela época. O primeiro grande exemplo disso, é o super-homem (Superman) que teve sua primeira aparição nos quadrinhos em 1938 em “Actions Comics #1”, sua premissa era a de um homem basicamente invencível, que podia enfrentar qualquer inimigo sem medo algum. Através dos momentos conturbados de crises e mais crises que diversos países passavam, como a famosa crise de 1929, ter um herói que podia ganhar de todos os seus inimigos, trazia uma perspectiva de que o homem conseguiria vencer as crises que o assolavam. Geraldinho Vieira (1991), vem dizer que:
A ficção coloriu uma profissão onde o dia-a-dia é uma maravilhosa aventura no combate aos males sociais e na procura da verdade, onde as portas parecem abertas a toda sorte de liberdade, da manipulação da realidade ao acesso e divulgação da informação (VIEIRA, 1991, p. 12).
Vieira retrata neste pequeno fragmento, a forma que a popularidade do Superman influenciou em algumas formas de trabalho, sendo uma delas, o jornalismo, ao qual quando o herói não estava salvando vidas ou lutando contra vilões, se dizia ser um jornalismo do “Planeta diário”, jornal fictício de suas HQS. 
Com a premissa de que os quadrinhos se utilizavam de contextos sociais para serem realizadas a suas aventuras, em 1941 é publicada a primeira história do Capitão América. As HQS do capitão, foram algumas das primeiras a se engajarem na luta contra o nazismo, que ocorria naquele momento, por conta da segunda grande guerra mundial. As suas capas eram impactantes para aquela época, onde diversas vezes o herói aparecia dando socos na cara do maior ditador em vigência no mundo, Adolf Hitler. As histórias do Capitão américa serviam para incentivar os soldados americanos a irem com todo a sua força para a guerra, além do capitão ser extremamente patriota e de nunca desistir, o que influenciava os soldados a quererem ser como o herói das revistinhas, patriotas e que estivessem dispostos a morrerem pelo país.
Após as guerras e crises, as histórias em quadrinhos agora seguiam a temática de luta contra diversos preconceitos. Histórias como X-mem, homem aranha, super socke e outras, traziam personagens negros, gays e que possuíam diferenças em relação a padrões que a sociedade formava. 
Com isso, os quadrinhos foram se tornando cada vez mais populares ao redor do mundo. Atualmente no século XXI, as suas histórias influenciam filmes, documentários, e podem até mesmo auxiliar na forma em que um aluno pode ser introduzido na leitura.
Eu costumava ficar envergonhado porque eu era apenas um escritor de quadrinhos enquanto outras pessoas estavam construindo pontes e indo para carreiras médicas. E então eu comecei a perceber: o entretenimento é uma das coisas mais importantes na vida das pessoas. Sem isso elas podem ir ao fundo do poço. Eu sinto que se você consegue entreter as pessoas, você está fazendo uma boa coisa (Stan Lee, 1922-2018)
 
As histórias em quadrinhos não são apenas uma forma de passar o tempo, elas podem influenciar e moldar a forma que o seu leitor veja o mundo, aliando imagens a textos, e entretenimento a cultura, desse modo, Stan Lee almejava sempre alegrar e através de suas histórias mostrar como certos conceitos poderiam ser vistos de outras maneiras através das HQS.
Os quadrinhos por muito tempo foram vistos apenas como instrumento de distração e por alguns de insurreição e deturpação da ordem, como foi apresentado pelo psiquiatra Fredic wertham(1954):
Baseado nos atendimentos que fazia de jovens problemáticos, o dr. wertham passou a publicar artigos em jornais e revistas especializados, ministrar palestras em escolas, participar de programas de tevê, nos quais sempre salientava os aspectos negativos dos quadrinhos e sua leitura. Generalizando suas conclusões a partir de um segmento da indústria de revistas de histórias em quadrinhos- principalmente histórias de suspense e terror. (apud VERGUEIRO, 2004, p.11) 
Posterior a isso Fredic publica o livro Seducion of the inocent, nesse livro ele acusa os quadrinhos de causar mudanças no comportamento de crianças e adolescentes, dentre os exemplos citados por Waldomiro Vergueiro (2004, p. 12) estão:
A leitura das histórias do Batman poderia levar os leitores ao homossexualismo, na medida em que esse herói e seu companheiro Robin representavam o sonho de dois homossexuais vivendo juntos. Ou que o contato prolongado com as histórias do Superman poderia levar uma criança a se atirar pela janela de seu apartamento, buscando imitar o herói. 
Foi apenas com o desenvolvimento das ciências da comunicação nas últimas décadas do século XX que as HQs passaram a ser vistas com olhos menos preconceituosos. E dessa forma ficou mais fácil para as histórias em quadrinhos, assim como outros gêneros literários, participarem das práticas pedagógicas. Vergueiro (2004) em “como usar histórias em quadrinhos na sala de aula” diz que as primeiras revistas de quadrinhos de caráter educacional publicadas nos estados unidos(...) traziam antologias de histórias em quadrinhos sobre personagens famosos da história, figuras literárias e eventos históricos. ainda assim com passos lentos as HQs inicialmente eram utilizadas como forma de ilustrar certos trechos de um texto, e apareciam de maneira esporádica porque ainda se tinha certa relutância por medo de que houvesse resistência do uso do material pelas escolas.
No Brasil o uso das histórias em quadrinhos, como ferramenta pedagógica, já é reconhecido pela LDB (1996), esse fato ocorre após a popularização na década de 80 e a mudança de pensamento a respeito das HQs. Já em 1997 com a elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), torna-se obrigatório o uso dos quadrinhos como instrumento pedagógico. Com a citação aos quadrinhos no PCN tornou-se evidente a evolução do sistema educacional e a importância desse gênero no processo de ensino e aprendizagem. 
Nos PCN’s, por exemplo, as histórias em quadrinhos encontram-se inseridas nos gêneros discursivos “adequados para o trabalho com a linguagem escrita” (1998, p.128) e são vistas como fontes históricas e de/para pesquisas sociológicas, caracterizadas como dispositivos visuais gráficos que veiculam e discutem aspectos da realidade social, apresentando-a de forma crítica e com muito humor.(DUTRA, 2014, p. 11)
 Dito isso, os quadrinhos se fazem uma boa estratégia pedagógica por serem algo que desperta o interesse das crianças, é algo que elas já têm contato e se identificam. Segundo Barbosa (2004, p. 21), “há várias décadas, as histórias em quadrinhos fazem parte do cotidiano de crianças e jovens,sua leitura sendo muito popular entre eles. [...] As histórias em quadrinhos aumentam a motivação dos estudantes para o conteúdo das aulas, aguçando sua curiosidade e desafiando seu senso crítico”.
As HQs podem ser uma ótima forma de estimular o hábito de leitura visto que a “simplicidade” de sua estrutura abre portas para leituras cada vez mais complexas.
(...) a ampliação da familiaridade com a leitura de histórias em quadrinhos, proporciona por sua aplicação em sala de aula, possibilita que muitos estudantes se abram para os benefícios da leitura, encontrando menor dificuldade para concentrar-se nas leituras com finalidade de estudo.(BARBOSA, 2004, P.23)
Os quadrinhos como recurso didático auxiliam na leitura porque a linguagem que eles contêm está mais próxima da usada pelas crianças, dessa forma, a compreensão do texto e da mensagem contida no gibi fica mais fácil. E também textos com imagens chamam mais a atenção dos jovens do que apenas as letras, que muitas das vezes, se tornam monótonas nas leituras. Além disso, introduzindo leituras simples como os quadrinhos, no processo inicial de ler do aluno, o chamará mais atenção do que leituras complicadas e cansativas. Segundo Barbosa (2004, p. 22), 
Palavras e imagens, juntos, ensinam de forma mais eficiente – a interligação do texto com a imagem, existente nas histórias em quadrinhos, amplia a compreensão de conceitos de uma forma que qualquer um dos códigos, isoladamente, teria dificuldades para agir.
A utilização de palavras aliadas com imagens pode influenciar a percepção do aluno. Barbosa fala que os dois códigos, palavras e imagens, juntos podem aprimorar o aprendizado do aluno muito mais do que separados. Isso se dá porque a dois modelos de percepção diferentes, que fazem com que o aluno utilize mais áreas do seu cérebro. O professor pode ainda, realizar atividades que foquem na interpretação dos dois meios de formas diferentes. O aluno pode ler um texto e através da sua interpretação de tal texto criar imagens com histórias, assim como, ele pode através da interpretação de uma imagem, criar um texto. O professor aliando os quadrinhos a interpretação, pode melhorar a percepção do aluno e até mesmo a forma que ele lê, no entanto, precisa-se utilizar mais as HQS, deixando certos preconceitos de lado.Segundo Mendes (1990/1),
As histórias em quadrinhos, enquanto recurso didático, apresentam a vantagem de serem de fácil acesso e não exigirem mediadores técnicos para a sua leitura. Para a autora, se por um lado o livro infantil e a escola caminharam sempre juntos e complementando-se mutuamente, o mesmo não ocorreu com as histórias em quadrinhos. Pelo contrário, as histórias em quadrinhos normalmente só eram lidas às escondidas do professor, entre uma aula e outra. Apesar de suas extraordinárias possibilidades como meio educativo, têm sido marginalizadas, exaltando-se somente a sua faculdade de entretenimento (p. 53).
Através da aprovação do uso das histórias em quadrinhos como sistema didático, o professor agora pode inserir dentro da sua aula as HQs. Mas como essas histórias poderiam ser inseridas em um meio educacional que já está formado? Ha diversas formas para se inserir algo novo e diferente no âmbito educacional. Como já dito, as HQS se popularizaram por serem histórias simples que enfatizam heróis e suas vidas. O educador pode muito bem usar uma história para ensinar a respeitar a diversidade de gêneros, hoje temos um herói muito popular, o flash, de gênero neutro. Se o professor quer mostrar o poder da mulher ele pode usar as histórias da mulher maravilha. Então os conteúdos dos quadrinhos que podem ser usados em sala são diversos. Com isso, o professor pode usar essa facilidade de leitura como forma de prender a atenção do aluno e articular sua aula para que o aluno se sinta bem e possa ajudar o professor formulando ideias, e proporcionando uma boa discussão dentro da sala de aula. Além disso, o educador pode aplicar atividades que usem das histórias, como redações, atividades objetivas, uso de verbos, predicados dentro das HQS.
As histórias em quadrinhos não seriam utilizadas dentro da escola com o intuito de substituir a literatura ou qualquer outro texto com caráter mais objetivo e explicativo. Com o preconceito que vários gestores e professores têm sobre o assunto, que por muito tempo foi marginalizado e até mesmo proibido, os quadrinhos serviriam de ferramenta para que o aluno desenvolva o hábito de ler e por consequência, procurar leituras mais críticas que caberia aos professores aplicá-las dentro da sala de aula. Sendo assim, o intuito de aplicar histórias em quadrinhos dentro das escolas, seria de auxiliar na leitura do aluno, principalmente nas séries iniciais, focando no ensino fundamental.
3. METODOLOGIA
3.1 Método 
O projeto apresentado tem como base a pesquisa qualitativa e bibliográfica que tem como objeto enfatizar métodos para que os quadrinhos auxiliam no incentivo à leitura dentro do ensino fundamental das escolas. Para conseguir chegar aos objetivos apresentados neste trabalho, as pesquisas seguirão, a priori, dois passos.
3.2 Passos da pesquisa
Este estudo seguirá os seguintes passos:
1-passo: pesquisa bibliográfica - no primeiro momento será buscado informações sobre o tema abordado em livros e artigos.
2-passo: pesquisa de campo - no segundo momento, será realizada uma visita à escola para juntamente com alunos e professores refletirmos como os quadrinhos podem auxiliar no processo de leitura dos alunos. Os dados serão coletados através de aplicação de leituras dos quadrinhos, onde cada aluno terá uma leitura específica que vai derivar de seu gosto pessoal. Após o término da leitura, o professor deverá realizar perguntas, com foco em saber se os alunos realmente leram a ponto de buscarem mais sobre a temática abordada em seu quadrinho.
4 RECURSOS
· Materiais
· Livros para pesquisas bibliográficas – (quant.: 02 ou mais)
· Artigos retirados da internet – (quant.: 04 ou mais)
· Notebook / Internet – (quant.: 02)
· Impressão – (quant.: 15 ou mais)
· Celular – (quant.: 02)
· Caderno – (quant.: 02)
· Caneta – (quant.: 02 ou mais)
· Agenda – (quant.: 02)
· Humanos
· Professor (a) / Orientador (a) – (quant.: 01)
· Digitador – (quant.: 02)
· Revisor – (quant.: 03)
· Pesquisador – (quant.: 02)
· Colaborador – (quant.: 03)
5. CRONOGRAMA
	
Atividades desenvolvidas no ano letivo de 2020
	
Set
	
Out
	
Nov
	
Escolha do tema
	
	
X
	
	
Levantamento bibliográfico
	
	
X
	
X
	
Elaboração do projeto
	
	
X
	
X
	
Digitação do projeto
	
	
X
	
X
	
Revisão do texto do projeto
	
	
X
	
X
	
Apresentação do projeto
	
	
	
X
	
Entrega do projeto
	
	
	
X
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Cristina, maria. A arte dos “Quadrinhos “e o literário. São Paulo. 2008. Disponível em:<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/abril2013/portugues_artigos/aarte.pdfhttps>. Acessado em: 09 de nov. de 2020
Luana Castro. História da História em Quadrinhos. Disponível em: http://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/historia-historia-quadrinhos.htm. Acessado em: 09 de nov. de 2020
Gianne regina, Antonio Carlos. Super-herói da Notícia: o papel do jornalista como sujeito social. Belém. 2014. Disponível em:<https://www.portalintercom.org.br/anais/norte2014/resumos/R39-0114-1.pdf>. Acessado em 13 de nov. de 2020 
Luisa Granato. Excelsior! As frases mais inspiradoras de Stan Lee para sua carreira. Publicado em: 16 de nov. de 2018. Disponível em:<https://exame.com/carreira/excelsior-as-frases-mais-inspiradoras-de-stan-lee-para-sua-carreira/>. Acessado em 10 de nov. de 2020
ALVES, José Moysés. Histórias em quadrinhos e educação infantil. Psicol. cienc. prof.,  Brasília ,  v. 21, n. 3, p. 2-9,  set.  2001 .   Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932001000300002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  14  nov.  2020
Barbosa, Alexandre. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula/ Alexandre Barbosa, Paulo Ramos, Tulio Viela, Angela Rama, Waldomiro Vergueiro,(orgs). 3ed- São Paulo: contexto, 2006.
Mendes, M.R.S. (1990/1) El Papel Educativo de los Comics Infantiles: (Análisis de los Estereotipos Sexuales). Tese de Doutorado, Facultad de Ciencias de la Información da Universidad Autónoma de Barcelona, Barcelona. 
Dutra, Elissandra. O uso das histórias em quadrinhos na aula de língua portuguesa. 2014. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_uenp_port_artigo_elissandra_eliza_calixto_dutra.pdf>. Acesso: 14 de novembro 2020