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ARQUITETURA PÓS-MODERNA
A arquitetura pós-moderna inicia na década de 1960 e se estende até os anos 
1980, como uma resposta de jovens arquitetos às posturas funcionalistas, 
universais e formais da arquitetura moderna (1920-1940) e do Estilo 
Internacional (1950-1960).
É caracterizada, de um lado, pela busca de uma nova arquitetura, menos 
dogmática e universal e, por outro lado, pelo uso constante de referências 
formais do passado histórico, sem se preocupar em legitimar essas escolhas por 
razões lógicas. Essa postura crítica dos arquitetos pós-modernos era 
acompanhada, em certos momentos, de uma atitude irônica e caricatural, 
usando elementos antigos de maneira ousada e livre.
Para compreender melhor a postura crítica e a busca de uma nova forma de 
fazer arquitetura por parte dos pós-modernos veja a seguinte comparação entre 
as propostas modernas, do início do século 20 e as características dos projetos 
pós-modernos. 
Movimento Moderno se consolida nas décadas de 1930 e 1940 
como um movimento de alcance internacional, orientando o 
afazer dos arquitetos das décadas de 1950 e 1960 e ainda hoje 
inspira a produção da arquitetura.
O Movimento Moderno deixou firmemente estabelecidos uma 
série de conceitos, atitudes e formas que consideram em 
primeira instância o protagonismo do ser humano, como 
indivíduo que pode aplicar o método e a razão para projetar e 
construir arquitetura.
O Movimento Moderno coloca a sua confiança nos novos 
meios tecnológicos (da sua época), os quais poderiam 
transformar positivamente o cenário mundial
O Movimento Moderno defende uma estética da máquina e 
entende que a arquitetura e o urbanismo possuem um valor 
social.
Já a proposta arquitetônica pós-moderna teve várias vertentes, mas é possível 
fazer um resumo de algumas características comuns a todas elas: 
I – Crítica a homogeneidade e a padronização da arquitetura moderna, evitando 
ignorar os avanços produzidos por essa mesma arquitetura;
II – Valorização da arquitetura histórica, usando referências formais e conceituais 
de estilos do passado: nos Estados Unidos muitos arquitetos se vinculavam a essa 
linha de raciocínio acrescentando a visão de que a arquitetura pode ser usada 
como meio de comunicação.
III – Reinterpretação da arquitetura vernacular (arquitetura produzida localmente, 
cuja origem é popular e desenvolvida espontaneamente) local e tradicional.
IV – Essa arquitetura surge em locais que tentam resistir à forte influência da ideia 
de “universalização da forma de viver”.
A arquitetura pós- moderna critica situações provocadas pela arquitetura moderna, 
todavia, não ignora as questões positivas que esta arquitetura trouxe, e, alguns 
arquitetos pós-modernos recuperam algumas características da arquitetura 
moderna (uso das novas tecnológias)
Também é possível dividir a arquitetura pós-moderna em duas vertentes 
principais (existiram outras vertentes mas estas são as principais). 
Uma de caráter historicista formal, muito presente nos EUA, e da qual 
participam Robert Venturi e Charles Moore, entre muitos outros. Nessa vertente 
o uso de imagens populares, presentes na história da arquitetura ou nas 
edificações mais comuns da região, era uma maneira de tentar tornar os 
edifícios mais próximos das pessoas: era uma tentativa de usar o edifício como 
meio de comunicação.
A outra, de caráter historicista mais tipológico e contextual, reconheciam o valor 
das preexistências ambientais, da tradição e dos monumentos, buscando uma 
coerência com os contextos projetuais e urbanos. O conceito de tipologia 
arquitetônica deve ser compreendido em função da morfologia urbana. Essa 
vertente é mais comum na Europa, com arquitetos como James Stirling, Aldo 
Rossi, Ricardo Bofill e Paolo Portoghesi.
A influência do pós-moderno chega ao Brasil, mas de maneira mais superficial. O 
pós-modernismo aparece com mais intensidade nas obras de Sylvio Podestá, 
Éolo Maia e Jô Vasconcellos nas décadas de 1970 e 1980.
Como muitos movimentos de projeto no início do século XX, o Pós-
modernismo começou com um tratado*, publicado em 1966 sob o título 
de Complexidade e Contradição em Arquitetura. Seu autor, Robert Venturi, 
defendia uma arquitetura multivalente e subjetiva.
“Os arquitetos não podem mais se dar ao luxo de serem intimidados por 
linguagem puritanamente moralista da arquitetura moderna ortodoxa. 
Gosto de elementos híbridos em vez de “puros”, um meio-termo de 
“limpos”, distorcidos de “objetivos”, ambíguos de “articulados”, perversos e 
ao mesmo tempo impessoais, tediosos e ao mesmo tempo “interessantes”, 
convencionais de “projetados”, amoldáveis de excludentes, redundantes de 
simples, residuais e ao mesmo tempo inovadores, inconsistentes e 
equivocados de diretos e claros. Sou a favor da vitalidade desorganizada 
sobre a unidade óbvia. Incluo a falasa conclusão e proclamo a dualidade.”
* Tratado: substantivo masculino
obra que expõe de forma didática um ou vários assuntos a respeito de 
uma ciência, arte etc.
O livro Complexidade e Contradição na Arquitetura exalta as 
ambiguidades, inconsistências e idiossincrasias de arquitetos como 
Palladio, Michelangelo, John Soane, Alvar Aalto e Le Corbusier, assim 
como glorificava a arquitetura maneirista e barroca.
Venturi também associava a atmosfera, os efeitos luminosos e a 
teatralidade dos cassinos da cidade de Las Vegas com a arte barroca. 
Ao celebrar os aspectos “feios e ordinários” das edificações do século XX, 
que podem ser vistos ao longo de avenidas, ressaltando as placas de neon 
e outdoors, Venturi criticava o caráter ordenadamente puro e imaculado 
do Modernismo e valorizava obras populistas e plurais, frequentemente 
anônimas e eminentemente práticas.
Venturi transformou espirituosamente a máxima de Mies Van der Rohe, 
que passou de “Menos é mais” (Less is more) para “Menos é um tédio” 
(Less is a bore).
Arquitetura Pós-moderna – Robert Venturi ( 1925-...)
Venturi é um arquiteto norte-americano, principal fundador do escritório 
Venturi, Scott Brown Associates e um dos mais influentes teóricos da 
arquitetura pós-moderna. 
Tão importante quanto seus projetos são os livros que publicou e que 
foram divulgados mundialmente: Complexidade e Contradição na 
Arquitetura e Aprendendo com Las Vegas. 
Mais do que criticar a arquitetura moderna (1920-1940) e o Estilo 
Internacional (1950-1960), Venturi propõe uma nova abordagem formal e 
espacial, evitando o racionalismo e buscando soluções na arquitetura 
popular e na historiografia. Seus projetos são pautados pelo uso de formas 
arquitetônicas do passado de maneira livre, evitando soluções universais.
Robert Venturi, Guild House - 1960
Robert Venturi, Guild House - 1960
Robert Venturi, Guild House - 1960
Robert Venturi, Vanna Venturi House – 1962
A contradição ressaltada no projeto: 
Escala doméstica e ao mesmo tempo escala monumental (observar o 
frontão que é típico dos templos gregos e não das moradias)
Ordem e simetria clássicas no geral mas assimetria nos detalhes 
(observar as janelas)
Robert Venturi, Ala Sainsbury – National Gallery de Londres, 1986
Robert Venturi, Ala Sainsbury – National Gallery de Londres, 1986
Robert Venturi, Ala Sainsbury – National Gallery de Londres, 1986
Robert Venturi, Ala Sainsbury 
– National Gallery de Londres, 
1986
Arquitetura Pós-moderna – Charles Moore
Dos arquitetos pós-modernos, Charles Moore é considerado um dos mais irônicos e 
sarcásticos. Ele acreditava que os edifícios podiam e deviam falar, estabelecendo 
ligações com o passado e contando histórias.
No projeto da Piazza d’Italia (praça), , o arquiteto transportou cenários das cidades 
italianas e da história da arquitetura para Nova Orleans, nos EUA. O que se vê da 
praça não é funcional ou estruturalmente verdadeiro. Tudo é revestido e a própria 
praça não tem a função de local de reunião social. Ela é, de fato, um cenário com um 
discurso irônico e contraditório sobre a arquitetura.
Além de atuar como autor de projetos, foiprofessor e escreveu vários livros. Sua 
forma de projetar é tão exagerada que é considerada kitsch por seus críticos.
kitsch
adjetivo de dois gêneros e dois números
1.
que se caracteriza pelo exagero sentimentalista, melodramático ou sensacionalista, freq. com a predileção do 
gosto mediano ou majoritário, e pela pretensão de, fazendo uso de estereótipos e chavões inautênticos, 
encarnar valores da tradição cultural (diz-se de objeto ou manifestação de teor artístico ou estético).
Charles Moore, Piazza d’Italia – 1975
Arquitetura Pós-moderna – Michael Graves
Foi um dos arquitetos pós-modernistas mais admirado pelos semióticos.
Graves descrevia sua obra como “figurativa, tendo elementos originados de 
“fontes clássicas e antropomórficas”. Seus primeiros projetos, principalmente 
ampliações de rediências, foram neocorbusianos, mas logo passou a explorar 
novos terrenos.
O projeto para a Ponte e o Centro Cultural Fargo-Moorehead, nunca foi 
executado, mas os desenhos coloridos à lápis, exibem um lirismo que se 
tornou constante em sua obra.
Seus projetos são ricos em menções à linguagem clássica.
Semióticos: Aqueles que utilizam ou estudam a semiótica
Semiótica:
substantivo feminino
1. semio para Charles S. Peirce 1839-1914, teoria geral das representações, que leva em conta os 
signos sob todas as formas e manifestações que assumem (linguísticas ou não), enfatizando esp. a 
propriedade de convertibilidade recíproca entre os sistemas significantes que integram.
Michael Graves, Ponte e o Centro Cultural Fargo-Moorehead, 1977
Michael Graves, Ponte e o Centro Cultural Fargo-Moorehead, 1977
Michael Graves,
Prefeitura de Portland, 1980
Michael Graves, Prefeitura de Portland, 1980
Arquitetura Pós-moderna – Philip Johnson
Foi considerado o arquiteto que mais recebeu atenção em função de seu 
historicismo, trabalhou por mais tempo e teve uma carreira mais diversificada ou 
controversa.
Em 1984 colocou-se no centro do palco pós-modernista com seu projeto para a 
sede da American Telephone and Telegraph, em Nova Iorque. Na base, há um 
gigantesco motivo serliano, que já foi comparado por alguns à fachada da Capela 
Pazzi, de Brunelescchi. No coroamento, um frontão partido é comparado a um 
relógio de carrilhão ou uma cômoda do século XVIII.
Em vez de sua habilidade como projetista, muitas vezes parece que sua fama 
deve-se à sua esperteza ao chamar a atenção da crítica.
Philip Johnson, Sede da American 
Telephone and Telegraph, 1984
Acima, fachada da Capela Pazzi, de 
Brunelescchi e ao lado, fachada da Sede 
da American Telephone and Telegraph, 
de Philip Johnson.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MONTANER, J. M. Depois do movimento moderno. Barcelona: Gustavo Gili, 2013. (SEGUNDA 
PARTE – XI. A arquitetura como sistemacomunicativo, páginas 152 a 166 e XIII. Revival 
historicista e vernáculo, páginas 180 a 190)

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