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1 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE......................................................... 4 2.1 Maturação e regeneração celular ......................................................... 6 2.2 Histologia da epiderme e derme ........................................................... 8 2.3 Fototipo e biótipo cutâneo .................................................................. 10 2.4 Mecanismo de defesa cutânea ........................................................... 12 2.5 Receptores da pele ............................................................................ 16 2.6 Melanócitos, melanossomas e melanina ............................................ 17 2.7 Ciclo de renovação cutânea ............................................................... 19 3 VIAS DE PERMEAÇÃO DE ATIVOS ........................................................ 20 4 ANAMNESE DA PELE .............................................................................. 21 5 PEELINGS ................................................................................................ 23 6 PEELINGS QUÍMICOS ............................................................................. 23 6.1 Definição e histórico de utilização ...................................................... 24 6.2 Tipos de peelings químicos ................................................................ 25 6.3 Indicações e contraindicações ........................................................... 26 6.4 Mecanismo de ação dos peelings químicos ....................................... 28 6.5 Classificação da profundidade dos peelings químicos ....................... 28 6.6 Percentual dos ácidos ........................................................................ 29 6.7 Modo de aplicação dos peelings químicos ......................................... 34 6.8 Intercorrências com a aplicação de ácidos ......................................... 36 6.9 Orientações e cuidados pré e pós-peelings ....................................... 36 7 FORMULAÇÕES SUGERIDAS DE PEELING QUÍMICO ......................... 38 7.1 Cuidados no Pós peeling tardio (HOME CARE) ................................. 39 7.2 Pré- Peeling (Home care) ................................................................... 39 2 7.3 Pós peeling (Home care) .................................................................... 40 8 PEELINGS ENZIMÁTICOS ....................................................................... 41 8.1 Enzimas de ação esfoliativa: Renew e Pumpkin Enzyme .................. 43 8.2 Indicações .......................................................................................... 44 8.3 Cuidados e dicas sobre o peeling enzimático .................................... 44 8.4 Modo de aplicação dos peelings enzimáticos .................................... 45 9 PEELINGS MECÂNICOS ......................................................................... 46 9.1 Peelings de Diamante e Cristal .......................................................... 46 9.2 Modo de aplicação dos peelings ........................................................ 48 9.3 Indicações e contraindicações .......................................................... 48 9.4 Orientações pré e pós peelings mecânicos ........................................ 49 9.5 Peeling de Diamante X Peeling de Cristal .......................................... 50 9.6 Protocolo de tratamento proposto ...................................................... 50 10 PEELINGS COMBINADOS ................................................................... 51 11 INTRODUÇÃO A COSMETOLOGIA ..................................................... 51 11.1 Breve histórico da cosmetologia ..................................................... 52 11.2 Fatores biológicos e fisiológicos que afetam a permeação da pele 53 11.3 Substâncias bioativas, Nanotecnologia e Biotecnologia ................. 53 12 CONCLUSÃO ........................................................................................ 54 13 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 55 14 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................. 61 3 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 4 2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Fonte: auladeanatomia.com De todos os órgãos do corpo humano, a pele é o maior. Representando 15% de nosso peso corporal, é composta por três camadas: Epiderme: é a camada externa e tem como principal função a proteção do organismo, impedindo a entrada de microrganismos. A camada mais profunda da epiderme é o estrato basal, que produz constantemente novas células pela divisão celular. Essas são também responsáveis pela constante regeneração de nossa pele, por meio de novas células sendo empurradas gradualmente para cima, em direção à superfície, levando em torno de sete dias para alcançar esse ponto e, desse modo, se tornando parte da proteção externa do corpo. Derme: é a camada intermediária, constituída por um tecido fibroso (colágeno). Dentro dela existem os vasos sanguíneos, os nervos, glândulas e folículos pilosos). A superfície da derme, que se mistura com a epiderme, é ondulada e irregular, com células chamadas papilas. A base da derme é menos claramente definida à medida que se mistura com o tecido subcutâneo, o qual contém tecido conectivo e tecido adiposo e auxilia a ancorar a pele ao músculo e ao osso. Hipoderme: camada mais profunda, tem como principal função o armazenamento de nutrientes de reserva. Funciona também como um isolante térmico e proteção mecânica a pressões e traumas externos. Fisiologia da pele: Toda a superfície cutânea está provida de terminações nervosas capazes de captar estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos. Essas 5 terminações nervosas, ou receptores cutâneos, são especializados na recepção de estímulos específicos. Não obstante, alguns podem captar estímulos de natureza distinta. Porém, na epiderme não existem vasos sanguíneos. Os nutrientes e oxigênio chegam à epiderme por difusão a partir de vasos sanguíneos da derme. Nas regiões da pele providas de pelo, existem terminações nervosas específicas nos folículos capilares e outras chamadas terminais ou receptores de Ruffini. As primeiras, formadas por axônios que envolvem o folículo piloso, captam as forças mecânicas aplicadas contra o pelo. Os terminais de Ruffini, com sua forma ramificada, são receptores térmicos de calor. Na pele desprovida de pelo e também na que está coberta por ele, encontram- se ainda três tipos de receptores comuns: Corpúsculos de Paccini: captam especialmente estímulos vibráteis e táteis. São formados por uma fibra nervosacuja porção terminal, amielínica, é envolta por várias camadas que correspondem a diversas células de sustentação. A camada terminal é capaz de captar a aplicação de pressão, que é transmitida para as outras camadas e enviada aos centros nervosos correspondentes. Discos de Merkel: de sensibilidade tátil e de pressão. Uma fibra aferente costuma estar ramificada com vários discos terminais destas ramificações nervosas. Estes discos estão englobados em uma célula especializada, cuja superfície distal se fixa às células epidérmicas por um prolongamento de seu protoplasma. Assim, os movimentos de pressão e tração sobre epiderme desencadeiam o estímulo. Terminações nervosas livres: sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e especialmente aos dolorosos. São formadas por um axônio ramificado envolto por células de Schwann sendo, por sua vez, ambos envolvidos por uma membrana basal. Outros receptores específicos encontrados na pele: Corpúsculos de Meissner: táteis. Estão nas saliências da pele sem pelos (como nas partes mais altas das impressões digitais). São formados por um axônio mielínico, cujas ramificações terminais se entrelaçam com células acessórias. Bulbos terminais de Krause: receptores térmicos de frio. São formados por uma fibra nervosa cuja terminação possui forma de clava. Situam-se nas regiões limítrofes da pele com as membranas mucosas (por exemplo: ao redor dos lábios e dos genitais). 6 Nas camadas inferiores da epiderme estão os melanócitos, células que produzem melanina, pigmento que determina a coloração da pele. As glândulas anexas (sudoríparas e sebáceas) encontram-se mergulhadas na derme, embora tenham origem epidérmica. O suor (composto de água, sais e um pouco de ureia) é drenado pelo duto das glândulas sudoríparas, enquanto a secreção sebácea (secreção gordurosa que lubrifica a epiderme e os pelos) sai pelos poros de onde emergem os pelos. A transpiração ou sudorese tem por função refrescar o corpo quando há elevação da temperatura ambiental ou quando a temperatura interna do corpo sobe, em razão, por exemplo, do aumento da atividade física. A derme, contém fibras proteicas, vasos sanguíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras e de uma substância gelatinosa, a substância amorfa, na qual os elementos dérmicos estão mergulhados. A epiderme penetra na derme e origina os folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. Na derme encontramos ainda: músculo eretor de pelo, fibras elásticas (elasticidade), fibras colágenas (resistência), vasos sanguíneos e nervos. Sob a pele, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o tecido subcutâneo, rico em fibras e em células que armazenam gordura (células adiposas ou adipócitos). A camada subcutânea, denominada hipoderme, atua como reserva energética, proteção contra choques mecânicos e isolante térmico. 2.1 Maturação e regeneração celular O ciclo celular é um processo por meio do qual uma célula somática duplica seu material genético e o reparte igualmente às suas células-filhas. É didaticamente dividido em duas fases principais: a interfase e a mitose. Na interfase ocorre a duplicação do DNA e a preparação para a fase seguinte: a mitose, na qual ocorre a divisão celular propriamente dita, finalidade maior do ciclo celular. Todo organismo vivo possui capacidade de alterar suas propriedades estruturais e funcionais de acordo com as condições ambientais impostas em um determinado sistema. Esta habilidade em determinar mudanças 7 estruturais e funcionais é observada no músculo esquelético, onde ocorre alteração da expressão da quantidade e tipo de proteínas, a fim de que o tecido se adapte a estímulos que desequilibrem sua homeostasia. (BALDWIN; HADDAD, 2002, apud FERRARI, 2017). A mitose, apesar de ocupar uma pequena parte do ciclo, é crucial para o crescimento e diferenciação do organismo, levando o zigoto às, aproximadamente, 100 trilhões de células do indivíduo adulto, participando inclusive dos processos de renovação celular. A interfase é a fase que se interpõe a duas mitoses, preparando a célula para a divisão em duas células-filhas. Leva em torno de 16 a 24 horas para se processar, a depender do tipo celular. É dividida em quatro fases: G0: fase de repouso sem eventos preparatórios para divisão celular. G1: fase inicial, logo após o estímulo à multiplicação, a célula responde a estímulos positivos ou negativos, sendo levada ao crescimento, diferenciação, multiplicação ou apoptose, bem como à produção de enzimas e outras moléculas necessárias para a próxima fase do ciclo. Algumas células levam dias ou anos para sair de G1, enquanto outras passam pela fase em poucas horas. S: fase em que ocorre a síntese de DNA (cópia idêntica), a fim de que cada cromossomo seja formado por duas cromátides irmãs geneticamente iguais. Leva entre 6 a 8 horas para se processar. G2: há basicamente a síntese de RNA, de proteínas e outras estruturas necessárias para o início da divisão celular. Nesta fase, inicia-se a condensação da cromatina, o que facilitará as fases de metáfase e anáfase da mitose. A célula é encaminhada à mitose. A mitose é a fase em que ocorre a divisão celular propriamente dita. Leva de 1 a 2 horas e é dividida nas seguintes fases: Prófase: condensação cromossômica; Prometáfase: desestruturação do envoltório nuclear; Metáfase: placa equatorial; Anáfase: separação das cromátides irmãs; Telófase: cromossomos em polos opostos. 8 2.2 Histologia da epiderme e derme Epiderme Queratinócitos: são as células diferenciadas e as mais abundantes da epiderme. Melanócitos: são células produtoras de melanina localizadas na camada basal da epiderme. Células de Langherans: do sistema imunológico. Células de Merkel: do sistema mecanorreceptores, sensíveis a estímulos como pressão e tato. Camadas da epiderme: Camada basal: Formada por células prismáticas ou cuboides, basófilas, encontradas sobre a membrana basal que separa a epiderme da derme (porção epitelial intermediária). Esta camada, por ser rica em células-tronco, também recebe o nome de germinativa. Apresenta intensa atividade de mitose, sendo responsável, juntamente com a camada seguinte (camada espinhosa), pela contínua renovação da epiderme. Estima-se que a epiderme dos humanos se renove a cada 15 a 30 dias, dependendo do local e idade da pessoa. As células desta camada possuem filamentos intermediários de queratina, que se tornam mais numerosos ao passo que a célula avança em direção à superfície. Camada espinhosa: composta por células cuboides, ou levemente achatadas, com núcleo localizado centralmente, citoplasma com expansões citoplasmáticas se aproximam e se mantêm unidas com as células ao redor através dos desmossomos, dando às células um aspecto espinhoso. Existe também tonofilamentos que se inserem nos espessamentos citoplasmáticos dos desmossomos. Tanto o filamento de queratina quanto os desmossomos desempenham importante papel na manutenção da coesão entre as células da epiderme e na resistência ao atrito. Nesta camada também estão presentes células tronco dos queratinócitos, sendo que as mitoses ocorrem na camada basal e, em menor quantidade, na camada espinhosa. Camada granulosa: Possui apenas 3- 5 fileiras de células poligonais achatadas, núcleo central e citoplasma carregado de grânulos basófilos, conhecidos como grânulos queratino-hialina. Estes contêm uma proteína rica em histidina fosforilada e também proteínas contendo cistina. Através da microscopia eletrônica, podem ser visualizados os grânulos lamelares, que se fundem com a camada granulosa, onde há a deposição de um material lipídico, contribuindo para a formação 9 de uma barreira contra a penetração de substâncias e torna apele impermeável à água, impedindo a desidratação do organismo. Camada lúcida: esta camada é mais evidente na pele espessa e é formada por uma fina camada de células achatadas, eosinofílicas e translúcidas, cujos núcleos e organelas foram digeridos por enzimas dos lisossomos e desapareceram. Estão presentes no citoplasma filamentos de queratina, compactados e envolvidos por material elétron-denso. Camada córnea: Possui espessura muito variável e é constituída por células, achatadas, mortas e anucleadas. O citoplasma apresenta-se cheio de queratina. Esta possui, no mínimo, seis polipeptídeos distintos; a composição dos tonofilamentos são modificados à medida que os queratinócitos se diferenciam. As células da camada basal apresentam queratina de baixo peso molecular, enquanto os queratinócitos mais diferenciados sintetizam queratinas de peso molecular maior. Na camada córnea os tonofilamentos se aglutinam juntamente com a matriz formada pelos grânulos de querato-hialina. Nesta fase, os queratinócitos estão transformados em placas sem vida descamando continuamente. Derme: Derme papilar ou papila dérmica: tecido conjuntivo frouxo Derme reticular: tecido conjuntivo denso não modelado Hipoderme: A camada mais profunda, formada de tecido conjuntivo frouxo com células adiposas. Mecanorreceptores (receptores encapsulados): Corpúsculo de Vater-Pacini (cebolão): sensível à pressão Corpúsculo de Meissner: localizado na papila dérmica, sensível a tato Corpúsculo de Krause: sensível a frio Corpúsculo de Ruffini: sensível a calor Glândulas sudoríparas: Glândulas exócrinas tubulosas enoveladas. Situam-se na derme profunda apresentando duas porções caracteristicamente diferentes, as secretoras e as condutoras ou ductais. Os segmentos aglomerados de cortes transversais da porção secretora são formadas por uma camada de células cúbicas ou colunares claras, circundadas por células mioepiteliais fusiformes. A fraca coloração deve-se ao glicogênio acumulado. Outro critério utilizado para identifica-las é a relação da espessura da parede da glândula com o diâmetro do lúmem que se mantêm proporcionais. 10 Por outro lado, mais externamente estão as porções condutoras com lúmem menor e basófila acentuada. Embora incomum em glândulas, neste caso a porção ductal tem lúmem mais estreito do que a secretora. Em relação à liberação do produto secretado ela é classificada em apócrina. Glândula sebácea: Glândula exócrina alveolar (ou acinosa) simples. Esta glândula apresenta um aspecto de saco maciço, formado de células pouco coradas pelo acúmulo de lipídeos, e com núcleo central. Elas situam-se próximas dos folículos pilosos onde liberam suas secreções lubrificando o pelo. Quanto à liberação do produto de secreção esta glândula é classificada em holócrina. Folículo piloso: Formado por invaginação da epiderme (bainha epitelial) e envolvido por tecido conjuntivo contendo bainhas interna e externa (bainha conjuntiva). 2.3 Fototipo e biótipo cutâneo A pele é o principal órgão controlador de fluxos térmicos entre o corpo e o meio circundante. Em relação à sensação térmica, são os receptores da pele que participam do controle termorregulatório humano, influindo diretamente na sensação experimentada pelo indivíduo. (ARENS; ZHANG, 2006, apud, KRUGER, 2017). De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia os principais tipos de pele são: normal, seca, oleosa e mista. Pele normal: A pele normal apresenta textura aveludada e saudável, bem como boa elasticidade e taxas de gordura natural. Também apresenta poros pequenos, pouco visíveis, aspecto rosado e baixa propensão ao aparecimento de espinhas e manchas em geral. Pele seca: A pele seca tem poros pouco visíveis e pouca luminosidade. É caracterizado pela perda de água em excesso, assim como apresenta maior propensão a descamação, vermelhidão, aparecimento de pequenas rugas e fissuras. A condição de propensão ao ressecamento pode ser causada por fatores genéticos, hormonais ou até condições ambientais. Pele oleosa: É caracterizada pela produção de sebo maior que o normal. Apresenta poros dilatados e, devido a oleosidade excessiva, maior probabilidade de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-86212017000100083&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt#B3 11 acne, cravos e espinhas. Assim como no caso da pele seca, ela pode vir a ficar oleosa por alterações hormonais e também ambientais. Pele mista: Trata-se do tipo de pele mais comum. Ela é caracterizada por poros dilatados e aparência oleosa naquilo que denominamos de zona T (testa, nariz e queixo) e de pele seca nas extremidades (bochechas). Apresenta uma espessura mais fina, o que a torna mais suscetível a descamações e ao aparecimento de rugas finas e envelhecimento precoce. Embora não conste na classificação determinada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, também há na classificação a chamada pele sensível: Pele Sensível: Trata-se de um tipo de pele bastante frágil e irritável e que fica facilmente com tom avermelhado, e apresenta coceira, mancha, ardor e sensação de picada após situações como aplicação de novos produtos assim como outros fatores ambientais: exposição prolongada a vento, sol e frio e uso excessivo de cosméticos. Classificação Fitzpatrick Pele branca (Fototipo I); queima com facilidade/nunca bronzeia e é muito sensível. Pele branca (Fototipo II); queima com facilidade/bronzeia muito pouco e é sensível. Pele morena clara (Fototipo III); queima e bronzeia moderadamente e possui sensibilidade normal. Pele morena moderada (Fototipo IV); queima pouco/bronzeia com facilidade e possui sensibilidade normal. Pele morena escura (Fototipo V); queima raramente/bronzeia bastante e é pouco sensível. Pele negra (Fototipo VI); nunca queima (pigmentada) e é insensível. Diversos fatores contribuem para o envelhecimento cutâneo como: genética, meio ambiente, alimentação, exposição crônica e cumulativa ao sol, forças mecânicas aplicadas ao tecido conjuntivo, hormônios e alterações do colágeno. (FISHER, 2002, apud CARVALHO, 2017). Classificação de Glogau: Classificação quanto ao fotoenvelhecimento foi desenvolvida por Glogau e se constitui como um dos principais critérios para escolha da profundidade dos peelings. Quanto mais avançado o índice Glogau do indivíduo, 12 mais profundo deve ser o nível do peeling para minimizar os efeitos dos sinais do envelhecimento. De acordo com a classificação de Glogau a pele pode ser agrupada em IV graus de acordo com os sinais que apresenta: Grau I: envelhecimento suave. Discretas alterações pigmentares e poucas rugas, poucas sequelas de acne. Uma maquiagem leve faz com que os sinais desapareçam; Grau II: envelhecimento moderado. Manchas senis precoces, ceratoses palpáveis, linha nasolabial evidenciando-se, discretas lesões de acne. Necessita de maior quantidade de base para cobrir as marcas do envelhecimento; Grau III: envelhecimento avançado. Fotoenvelhecimento avançado, discromia obvia, rugas sem movimento, cicatrizes acnéicas; Grau IV: envelhecimento grave. Fotoenvelhecimento grave, pele cinzenta, lesões malignas, rugas disseminadas, cicatrizes acnéicas. A maquiagem provoca rachaduras. 2.4 Mecanismo de defesa cutânea Nosso organismo possui mecanismos de defesa para combater os diferentes agentes que podem invadir o organismo e provocar infecções, ou mesmo reações alérgicas. As defesas do organismo contra a infecção incluem barreiras naturais, como a pele, mecanismos inespecíficos, como certos tipos de glóbulos brancos e a febre, e mecanismos específicos, como os anticorpos. Assim, a função do sistema imunológico é a de reconhecer os agentes agressores e defender o organismo da sua ação. Em regra, se um microrganismo atravessa as barreiras naturais do corpo, os mecanismos de defesa específicos e inespecíficosdestroem-no antes que se multiplique. No entanto, por vezes, o sistema imunitário excede-se e ataca as células do próprio organismo e neste caso causar as chamadas doenças autoimunes, como, por exemplo, a artrite reumatoide. Outras vezes, o sistema imunitário identifica certos alimentos habitualmente inofensivos, como morangos ou marisco, como invasores, produzindo anticorpos contra esse alimento específico e provocando uma reação alérgica. https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/infeccoes-1 https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/anticorpos https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/artrite-reumatoide-o-que-e https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/sistema-imunitario 13 Quando algum estímulo ativa sinais aferentes em nervos sensoriais, reflexos antidrômicos do axônio podem ser gerados e induzir a liberação de neuropeptídios nos terminais periféricos dos neurônios. (CHIU, 2012, apud SOUZA, 2015). O sistema imunitário é constituído pela medula óssea, glândulas do timo, gânglios linfáticos e baço e ainda pela pele, pulmões e trato gastrointestinal. Em conjunto, formam um elaborado sistema de defesa que protege o corpo da invasão de substâncias estranhas, como bactérias e vírus. Para além de organizado, o sistema imunitário também tem boa memória e se um mesmo micróbio, bactéria ou outro agente agressor entrar no organismo são ativadas, de imediato, as células de memórias (um determinado tipo de linfócitos) que rapidamente se reproduzem para combater o invasor. É, também, este tipo de resposta que o organismo gera quando é afetado por um microrganismo contra o qual a pessoa se vacinou previamente. Barreiras naturais: Geralmente a pele evita a invasão de muitos microrganismos, a menos que esteja fisicamente danificada devido, por exemplo, a uma lesão, à picada de um inseto ou a uma queimadura. Outras barreiras naturais eficazes são as membranas mucosas, como os revestimentos das vias respiratórias e do intestino. Geralmente estas membranas estão cobertas de secreções que combatem os microrganismos. Por exemplo, as mucosas dos olhos estão banhadas em lágrimas, que contêm uma enzima chamada lisozima. Esta ataca as bactérias e ajuda a proteger os olhos das infecções. As vias respiratórias filtram de forma eficaz as partículas do ar que se introduzem no organismo. Os canais tortuosos do nariz, com as suas paredes cobertas de muco, tendem a eliminar grande parte da substância que entra. Se, entretanto, um microrganismo atinge as vias aéreas inferiores, o batimento coordenado de umas saliências semelhantes à pelos (cílios) cobertas de muco transportam-no para fora do pulmão. A tosse também ajuda a eliminar esses microrganismos. A flora cutânea (microbiana) é relativamente simples, e encontra-se em homeostasia nas peles íntegras; A flora cutânea é constituída de cocos aeróbios, bactérias corniformes aeróbias a anaeróbias, bactérias Gram negativas e leveduras. Esses microrganismos ajudam a prevenir infecções cutâneas. (BOLOGNIA, 2015, apud LOCKS, 2018). 14 Por outro lado, o tubo gastrointestinal dispõe de uma série de barreiras eficazes, que incluem o ácido do estômago e a atividade antibacteriana das enzimas pancreáticas, da bílis e das secreções intestinais. As contrações do intestino (peristaltismo) e o desprendimento normal das células que o revestem ajudam a eliminar os microrganismos prejudiciais. Também o aparelho geniturinário masculino se encontra protegido pelo comprimento da uretra (cerca de 20 cm). Devido a este mecanismo de proteção, as bactérias não costumam entrar na uretra masculina, a menos que sejam ali introduzidas de forma não intencional, através de instrumentos cirúrgicos. As mulheres contam com a proteção do ambiente ácido da vagina. O efeito de arrastamento que a bexiga desencadeia no seu esvaziamento é outro dos mecanismos de defesa em ambos os sexos. Nos indivíduos cujas barreiras naturais estejam debilitadas estão, certamente, mais vulneráveis a certas infecções. Por exemplo, pessoas cujo estômago não segrega ácido são particularmente vulneráveis à tuberculose e à infecção causada pela bactéria Salmonella. O equilíbrio entre os diferentes tipos de microrganismos na flora intestinal residente também é importante para manter as defesas do organismo. Por vezes, um antibiótico tomado para uma infecção localizada em qualquer outra parte do corpo pode quebrar o equilíbrio entre a flora residente, permitindo assim que aumente o número de microrganismos que causam doenças. Mecanismos de defesa inespecíficos: Qualquer lesão, incluindo uma invasão de bactérias, causa inflamação. A inflamação serve, parcialmente, para encaminhar certos mecanismos de defesa até ao ponto onde se localiza a lesão ou a infecção. Com a inflamação, aumenta o débito sanguíneo e os glóbulos brancos podem atravessar a parede dos vasos sanguíneos e dirigir-se à zona inflamada com maior facilidade. O número de glóbulos brancos (principais fatores da resposta imunitária) na corrente sanguínea também aumenta, já que a medula óssea liberta uma grande quantidade desses glóbulos que tinha armazenada e, de imediato, começa a produzir mais. Existem diversos tipos de glóbulos brancos, cada um com o seu papel específico. https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/tuberculose 15 Todavia, estes mecanismos inespecíficos de defesa podem ser ultrapassados por uma grande quantidade de microrganismos invasores, ou por outros fatores que reduzam as defesas do corpo humano. A febre, definida como uma elevação da temperatura corporal superior aos 37,7ºC (medidos com o termómetro na boca), é, também e, na realidade, uma resposta de proteção perante a infecção e a lesão. A elevada temperatura corporal estimula os mecanismos de defesa do organismo ao mesmo tempo que causa um mal-estar relativamente pequeno ao indivíduo. Normalmente, a temperatura corporal sobe e baixa todos os dias. O ponto mais baixo é atingido às 6 horas da manhã e o mais alto entre as 4 e as 6 horas da tarde. Embora seja habitual dizer-se que a temperatura normal do corpo é de 37ºC, o mínimo normal às 6 horas da manhã é de 37,1ºC e o máximo normal às 4 horas da tarde será de 37,7ºC. A febre pode seguir um curso em que a temperatura atinge um máximo diário e depois volta ao seu nível normal. Por outro lado, a febre pode ser remitente, isto é, a temperatura varia, mas nunca volta ao normal. As substâncias causadoras de febre recebem o nome de pirogênios e podem provir do interior ou do exterior do organismo. Em geral, a febre tem uma causa óbvia, contudo, a infecção não é a única causa de febre. Ela pode também ser consequência de uma inflamação, uma infecção ou uma reação alérgica. Mecanismos de defesa específicos: Este tipo de imunidade é desencadeado sempre que o sistema imunitário reconhece um antígeno. Ou seja, a imunidade específica, ao contrário da não específica, atua de forma diferente consoante o agente patogênico e tem um efeito de memória. Ou seja, o organismo memoriza o agente patogênico numa primeira infecção e em infecções posteriores a resposta imunitária é mais rápida e poderosa. Uma vez desenvolvida a infecção, entra em ação todo o poder do sistema imunitário. Este produz várias substâncias que atacam especificamente os microrganismos invasores. Por exemplo, os anticorpos aderem a eles e ajudam a imobilizá-los. Podem assim destruí-los diretamente ou então ajudar os glóbulos brancos a localizá-los e a eliminá-los. Além disso, o sistema imunitário pode enviar um tipo de células conhecidas como células T citotóxicas (outro tipo de glóbulos brancos) para atacar especificamente o organismo invasor. 16 Os fármacos anti-infecciosos, como os antibióticos, os agentes antimicóticos ou antivirais, podem auxiliar as defesas naturais do corpo humano. No entanto, se o sistema imunitário se encontrar gravemente enfraquecido,esses medicamentos não costumam ser eficazes. 2.5 Receptores da pele Receptores Sensitivos Terminações Nervosas Livres: são encontradas em todos os tecidos conjuntivos. São mielinizadas ou amielínicas, mas sempre de diâmetro pequeno e baixa velocidade de condução (Grupo III ou Grupo IV). Podem ser polimodais ou unipodais (nociceptores). São sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e especialmente aos dolorosos. São formadas por um axônio ramificado envolto por células de Schwann sendo, por sua vez, ambos envolvidos por uma membrana basal. Terminações Epidérmicas: Associadas com folículos pilosos (fibras mielinizadas): Terminações em Paliçada: as fibras se aproximam do folículo em diferentes direções, logo abaixo do ducto sebáceo, onde se divide e corre paralela com o pelo na camada folicular externa. A macróglia e a micróglia colocam-se entre os neurônios e possuem massa citoplasmática distribuída sobretudo em prolongamentos (MACHADO, 2014 apud, RIBEIRO, 2017). Meniscos Táteis (Células de Merkel): Uma fibra aferente costuma estar ramificada com vários discos terminais destas ramificações nervosas. Estes discos estão englobados em uma célula especializada, cuja superfície distal se fixa às células epidérmicas por um prolongamento de seu protoplasma e se interdigitam com os ceratinócitos adjacentes. Assim, os movimentos de pressão e tração sobre epiderme desencadeiam o estímulo. São mecanorreceptores (Tipo I) e de adaptação lenta, receptivos à pressão vertical e servidos por grandes aferentes mielinizados (A alfa). São encontrados nas partes distais das extremidades e na pele dos lábios e genitais externos. Terminações Nervosas Encapsuladas: Corpúsculos Táteis (Meissner): Encontrados nas papilas dérmicas da mão e do pé, parte anterior do antebraço, lábios, pálpebra e língua. Tem forma cilíndrica e possui uma cápsula de tecido conjuntivo e 17 um cerne central com fibras nervosas mielínicas. São mecanorreceptores de adaptação rápida, fornecendo informações a respeito das forças mecânicas rapidamente flutuantes. As alterações podem ser vistas em diferentes idades, com exposição cumulativa às radiações da luz do sol. Este sistema tem por finalidade, possibilitar a quantificação do nível de envelhecimento. (PIAZA, 2010, apud LOCKS, 2018). Grandes Corpúsculos Lamelados de Vater-Paccini: Encontrados nas faces ventrais da mão e do pé, órgãos genitais, braço, pescoço, papila mamária, periósteo e próximos às articulações. São ovoides, esféricos e espiralados e cada um possui uma cápsula (30 lamelas), uma zona de crescimento intermediária e um cerne central (60 lamelas) que contém um terminal axônio. Cada corpúsculo é suprido por uma ou, raramente, duas fibras mielinizadas (A alfa). Arranjos Cutâneos Especiais: Arranjos que informam o estado mecânico e térmico da superfície do corpo, inclusive estímulos nocivos. São subdivididos em: mecanoceptores, termoceptores e nociceptores. A atividade de fibras nervosas sensitivas isoladas é ativada somente por certos tipos de estímulos aplicados à área da pele que ela inerva, o que mostra o seu alto grau de especificidade, tornando difícil uma correlação estreita entre morfologia e função. Receptores de superfície Sensação percebida Receptores de Ruffini Calor Discos de Merkel Tato e pressão Receptores de Vater-Pacini Pressão Receptores de Meissner Tato Terminações nervosas livres Principalmente dor 2.6 Melanócitos, melanossomas e melanina Melanócitos são células fenotipicamente importantes, responsáveis pela pigmentação da pele e dos pelos, contribuindo para a tonalidade cutânea, conferindo proteção direta aos danos causados pela radiação ultravioleta (RUV). 18 São células dendríticas, embriologicamente derivadas dos melanoblastos, os quais se originam da crista neural, migrando para a pele logo, após fechamento do tubo neural. Essa migração pode ocorrer para vários destinos, sendo que os sinalizadores para os quais direcionam tal processo, ainda precisam ser melhor caracterizados. Quando se tornam células completamente desenvolvidas, distribuem-se em diversos locais: olhos (epitélio pigmentar retiniano, íris e coroide), ouvidos (estrias vasculares), sistema nervoso central (leptomeninges), matriz dos pelos, mucosas e pele. A incidência de melanoma tem aumentado significativamente em populações caucasianas nos últimos quarenta anos, tornando-se um dos tipos de câncer mais frequentes em populações de pele clara. O melanoma é considerado o quinto câncer mais comum em homens e o sexto câncer mais comum em mulheres nos Estados Unidos, tornando- se um problema de saúde pública. (RASTRELLI, 2013, apud MÂNICA, 2017). Na pele, estão localizados, na camada basal da epiderme e, ocasionalmente, na derme. Projetam seus dendritos, através da camada malpighiana, onde transferem seus melanossomas aos ceratinócitos. Essa associação melanócito-ceratinócito é denominada: unidade epidérmico-melânica, e é constituída, nos humanos, por um melanócito e cerca de trinta e seis ceratinócitos Nos melanócitos, a melanina produzida fica armazenada em estruturas intracitoplasmáticas específicas, denominadas melanossomas. Melanossomas: São organelas elípticas, altamente especializadas, nas quais ocorre síntese e deposição de melanina, armazenamento de tirosinase sintetizada pelos ribossomos, e representam a sede dos fenômenos bioquímicos em que originam a melanina. A síntese de melanina ocorre exclusivamente, nos melanossomas, sendo dependente de vários genes. Melanossomas desenvolvem-se em uma série de estágios morfologicamente definidos, desde estruturas despigmentadas (estágio I) até organelas listradas repletas de melanina (estágio IV). A diferença fenotípica fundamental entre as raças mais pigmentadas e menos pigmentadas não reside na produção de melanina ou no número de melanócitos, mas, principalmente, na qualidade de seus melanossomas. Os melanossomas nos indivíduos negros são maiores e mais maduros do que nos brancos e são armazenados mais como unidades do que como grupamentos. Nos ceratinócitos, a degradação dos melanossomas maiores é retardada, o que também 19 contribui para os níveis mais altos de pigmentação cutânea, nesses casos. Nos melanossomas da pele normal, a melanina é extremamente densa, sendo um polímero nitrogenado, insolúvel e de alto peso molecular, formando um pigmento que, além de dar cor à pele, desempenha função protetora, filtrando e absorvendo as RUV. Embora há muito tempo conhecido por sua função na síntese de melanina atualmente sabe-se que o hormônio alfamelanócito estimulante (α-MSH) apresenta também ampla atividade antiinflamatória, sendo a maioria dos efeitos observados in vitro encontrada juntamente com a expressão de seu receptor de melanocortina do tipo 1 (MC-R1) (LUGER, 2007, apud SOUZA, 2015). Melanina: A melanina é o principal pigmento biológico envolvido na pigmentação cutânea, sendo determinante das diferenças na coloração da pele. O elemento inicial do processo biossintético da melanina é a tirosina, um aminoácido essencial. A tirosina sofre atuação química da tirosinase, complexo enzimático cúprico-proteico, sintetizado nos ribossomos e transferido, através do retículo endoplasmático para o Aparelho de Golgi, sendo aglomerado em unidades envoltas por membrana, ou seja, os melanossomas. Melanogênese: A melanogênese é um processo complexo com diferentes estágios. Quando atônito, pode determinar diferentes tipos de defeitos de pigmentação, classificados como hipopigmentação ou hiperpigmentação e que podem ocorrer com ou sem um número alterado de melanócitos. Existem várias dermatoses associadas a defeitos de pigmentação que podem ser congênitas ou adquiridas,permanente ou temporário, sistêmico ou com restrição de pele.Dado que estas dermatoses têm um impacto importante na qualidade de vida dos pacientese seu tratamento pode ser insatisfatório, as indústrias farmacêutica e cosmética continuamente buscando novas soluções. Raios UVB E UVA penetram na epiderme e derme, a exposição solar crônica sobre os acarreta sobrecarga RL, esgotando os mecanismos celulares de defesa, ocorrendo o processo de senescência. (CAMPOS, 2003, apud CARVALHO, 2017). 2.7 Ciclo de renovação cutânea As células da pele se renovam e levam 28 dias para chegar à superfície. Porém em indivíduos idosos, esse processo pode levar cerca de 40 dias. Isso quer dizer que a epiderme, a camada mais superficial da pele, acaba se tornando um acumulado de 20 células envelhecidas e mortas, o que deixa uma aparência nada bonita. Outros fatores, como a exposição excessiva ao sol, a poluição, a falta de sono e a desnutrição, podem piorar esse quadro. Benefícios da renovação celular: Redução da espessura da camada córnea, melhorando a textura e a maciez, clareamento, garantindo luminosidade e uniformização do tom da pele, aumento da hidratação, melhoria da firmeza e da elasticidade, através do estímulo de colágeno. Os fatores de crescimento derivados de plaquetas atuam como agentes reguladores e estimuladores dos processos celulares de mitogênese, quimiotaxia, diferenciação e metabolismo. As proteínas plaquetárias apresentam efeitos sobre vários tipos de células induzindo processos de migração, multiplicação, diferenciação, sobrevivência e produção de material extracelular. (GANCEVICIENE, 2012, apud PAVANI, 2016). 3 VIAS DE PERMEAÇÃO DE ATIVOS O uso de produtos cosméticos é datado desde a pré-história até a rotina atual. A penetração destes é através da pele, que possui diversas camadas, sendo necessário o desenvolvimento de formulações com propriedades de alcançar o local de ação através do uso de sistemas de liberação de ativos. Os mecanismos de permeação na pele são: Via transfolicular: penetrando no folículo piloso (ou pelo) e após se distribuindo nas camadas da epiderme. O pelo funciona como reservatório dos ativos. Permeação transcelular: quando atravessa diretamente através do estrato córneo e a matriz intracelular lipídica, ou seja, por dentro das células. Permeação intercelular: quando os ativos passam entre as células da epiderme. Os termos penetração ou absorção cutânea são usados para produtos que possuem ação tópica, ou seja, formulações cosméticas e dermatológicas, enquanto os termos permeação cutânea ou absorção transcutânea tem sido mais empregados para produtos de ação sistêmica, ou seja, transdérmicos (SILVA et al, 2010, apud STOCCO, 2014). A penetração de ativos é um fator muito importante em cosméticos e, por isso, deve ser controlado. Uma penetração insuficiente não gera efeitos, tornando a formulação ineficaz. Já uma penetração excessiva pode gerar a absorção sistêmica do ativo e assim causar efeitos sistêmicos. 21 A penetração de ativos na pele depende de uma série de fatores como raça (caucasianos possuem a pele mais permeável), idade e local do corpo (palma das mãos é a área menos permeável), estado da pele (íntegra ou danificada), hidratação da pele (pele mais hidratada é mais permeável) e características próprias do ativo e do veículo. 4 ANAMNESE DA PELE Antes de efetuar qualquer procedimento, seja facial ou corporal, é muito importante o preenchimento da ficha de anamnese geral, assim como garantir a veracidade das informações contidas nela, para oferecer um tratamento seguro e o melhor resultado aos clientes. O cliente deve ser informado que não deve omitir nenhum tipo de problema, uma vez os procedimentos, sejam manuais ou com uso de eletroterapia possuem inúmeras contraindicações. A pele é o maior órgão do corpo, conferindo 16% do peso corporal e desempenha múltiplas funções. Ela recobre a superfície do corpo e é constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e uma porção conjuntiva de origem mesodérmica, a derme. (JUNQUEIRA, 2017, apud LOCKS, 2018). Saber avaliar corretamente os tipos de pele e suas subclassificações é ter a certeza dos resultados positivos com o tratamento mais adequado ao tipo de pele do seu cliente. Por isso, antes de realizar qualquer procedimento é necessário observar as características da pele, definindo o biotipo e estado cutâneo fazendo um exame visual com e sem a lupa, utilizando também a palpação. FICHA: AVALIAÇÃO FACIAL Nome: Endereço completo: Telefone de contato: Data do início do tratamento: Tipo de tratamento proposto: Biotipo cutâneo () Eudérmica () Lipídica () Alípica () Mista Estado Cutâneo () Normal () Desidratado ()Sensibilizado () Acneico () Seborreico Textura () Lisa () Áspera https://www.mundoestetica.com.br/portfolio-view/ficha-de-anamnese/ 22 Espessura () Fina () Muito fina () Espessa Óstios () Dilatados na Zona T () Dilatados em toda fase () Contraídos Acne () Grau I () Grau II () Grau III () Grau IV () Grau V Cor da pele () Branca () Negra () Amarela ()Parda Involução cutânea () Linhas () Sulcos () Rugas () Elastose ()Ptose Local:_____________________________________________________ Fototipo Cutâneo Fitizpatrick () Tipo () I Tipo () II Tipo ()III Tipo ()IV Tipo V Fotoenvelhecimento Escala de Glogau I () II () III () IV () V () Obs: ______________________________________________________ Manchas Pigmentares (Melanina) () Acromia () Efélides () Hipocromia () Melanose () Hipercromia () Melanos Solar () Outros: _______________________________________ Alterações Vasculares () Equimoses () Petéquias () Telangectasias () Eritema () Rosácea Outros:_________________________________________________________ Lesões de pele () Comedões () Pápula () Pústula () Milium () Cisto ()Nódulo () Nervo Melanocítico () Dermatite () Ulceração () Hiperqueratose () Psoríase () Outros:_______________________________________________ Cicatriz () Hipertrófica () Atrófica () Queloideana () Retrátil () Hipercrômica () Hipocrômica Pelos () Alopécia ()Foliculite Apresenta algum tipo de alergia? ()Sim () Não Qual?_________________________________________________________ 23 Entre outras perguntas que podem ser acrescentadas. 5 PEELINGS O peeling é um dos procedimentos estéticos mais realizados nos consultórios dermatológicos no Brasil, porque trata diversos problemas de pele. O peeling é um procedimento indicado para amenizar marcas e manchas na pele. Seu processo envolve a remoção de células mortas e prioriza suavizar as alterações decorrentes do envelhecimento da pele, contribuindo em seu aspecto saudável e a melhora da sua aparência. É um procedimento abrasivo que remove uma fina camada da pele. Esta camada se regenera e recebe um novo aspecto, devido às novas células que foram estimuladas a se reproduzir. Existem diversos tipos de peeling, como os químicos (que usam substâncias químicas como Ácido Salicílico, Ácido Glicólico e Ácido tricloroacético), o peeling físico (utiliza superfícies abrasivas), o peeling mecânico, entre outros. Quando realizamos um procedimento de peeling, este atinge as estruturas da derme e epiderme, estimulando a regeneração daquela superfície. 6 PEELINGS QUÍMICOS Fonte: portaleducacao.com.br 24 O peeling químico consiste na aplicação tópica de determinadas substâncias químicas capazes de provocar reações que vão desde de uma leve descamação até necrose da derme, com remoção da pele em diferentes graus. Isso significa que haverá descamação e troca da pele, atuando no tratamento de manchas, acne e envelhecimento cutâneo. Quando bem indicado o peeling pode promover resultadosexcepcionais, principalmente no fotoenvelhecimento. O peeling é realizado, preferencialmente, no inverno, para que o excesso de sol não atrapalhe a recuperação da pele. Os peelings químicos também podem ser realizados no corpo, como: pescoço, colo, braço e mãos, respeitando as restrições e características de cada local. A pele do corpo tem maior dificuldade na cicatrização e podem ocorrer mais complicações. Os peelings são classificados, conforme a sua capacidade de penetração, sendo superficial, médio e profundo. Esse critério, porém, não é absoluto, pois o mesmo agente e concentração poderão ser superficiais para uma pele grossa, sem preparo, e médio para uma pele mais fina, muito preparada. Quanto mais agressivo o peeling, maiores os cuidados e o tempo de recuperação. Como todo procedimento estético, os peelings não são milagrosos. Eles são excelentes ferramentas que em mãos experientes servem para melhorar, suavizar e atenuar vários problemas da pele, mas não são mágicos e requerem cuidados especiais. Podem ter complicações. Não são procedimentos isentos de riscos. 6.1 Definição e histórico de utilização O termo peeling provém do verbo em inglês to peel do inglês, que significa pelar, descamar, desprender. Essa denominação nos leva a conceituação dos peelings: “Abrasão da pele promovida por ácidos, lixamento ou laser visando à renovação da pele baseando-se na descamação cutânea superficial, média ou profunda. ” História do peeling: Existem relatos da antiguidade de que mulheres do antigo Egito se banhavam em leite fermentado para amaciar e revigorar a pele. Apesar de não possuírem o conhecimento científico sobre o que estavam fazendo, estavam 25 realizando um peeling superficial com um alfahidroxiácido denominado ácido lático, que é derivado do leite. Há indícios de que mulheres turcas utilizavam o fogo para chamuscar a pele, promovendo assim uma esfoliação leve, melhorando seu aspecto. Na Índia, as mulheres passavam na pele uma mistura de urina com pedra-pomes para estimular a descamação dos tecidos. Todos esses relatos refletem a busca pela pele perfeita, clara, sem manchas, sem rugas, sem sinais de envelhecimento. Em 1882, em Hamburgo, Paul G. Unna descreveu as ações do ácido salicílico, da resorcina, do ácido tricloroacético (ATA) e do fenol sobre a pele. Seu trabalho inicial foi seguido por muitos outros. (BRODY, 2000, apud YOKOMIZO, 2013). De forma sistemática, a primeira documentação dos peelings na literatura data de 1941, quando os pesquisadores Eller e Wolf empregaram a escarificação e o peeling cutâneo para o tratamento de cicatrizes. O interesse dos americanos neste campo aumentou com ingresso de dermatologistas europeus a partir de 1950. Ayres (1960) e Baker Gordon (1961) introduziram o que chamamos da era moderna dos peelings químicos. Brody e Hailey (1986) combinaram dois agentes superficiais para produzirem um peeling de profundidade média. 6.2 Tipos de peelings químicos O peeling químico também chamado de resurfacing químico, quimioesfoliação ou quimiocirurgia, consiste na aplicação de um ou mais agentes cáusticos resultando na destruição controlada de partes da epiderme e/ou derme, seguida da regeneração dos tecidos epidérmicos e dérmicos. Essas técnicas de aplicação produzem uma lesão programada e controlada com coagulação vascular instantânea, resultando no rejuvenescimento da pele com redução ou desaparecimento das ceratoses e alterações actínicas, discromias, rugas e algumas cicatrizes superficiais. Peeling de fenol: A formulação para peeling mais conhecida que utiliza o fenol é a de Baker-Gordon (1962), em que o fenol é diluído à concentração que varia de 45 a 55%. Em geral, é seguro e eficaz com resultados duradouros. Quando aplicado à pele, o fenol induz a uma queimadura química, que ao longo do tempo resulta no 26 rejuvenescimento da pele. A aplicação por período de tempo maior ocasiona sua penetração na derme superior, resultando na formação de uma nova camada de colágeno estratificado. A regeneração epidérmica inicia-se 48 horas após a aplicação da formulação e se completa no intervalo de sete a 10 dias. A maior desvantagem deste tratamento é que seu período de recuperação é longo. O peeling de fenol funciona bem na pele grossa e oleosa. Há maior tendência de aparecerem áreas de hiperpigmentação (manchas escuras) com este peeling. O Peeling de ácido tricloroacético apresenta menos efeitos adversos que o peeling de fenol e pode ser usado para tratamento de vários tipos cutâneos. Tem ação clareadora e risco de má cicatrização menor. Em comparação ao peeling de fenol apresenta menor ação sobre a pele queimada pelo sol e sobre as rugas faciais grossas, especialmente ao redor da boca. É indicado o pré-tratamento com Retin-A e hidroquinona a 4%, durante 4 a 6 semanas, para potencializar os seus efeitos. O Peeling de ácido glicólico geralmente utilizado em peelings superficiais, os ácidos a-hidroxílico são: o ácido glicólico proveniente da cana de açúcar; o ácido láctico do leite azedado; o ácido cítrico das frutas cítricas; o ácido tartárico das uvas; e o ácido málico das maçãs. Encontrados em muitos cosméticos em baixas concentrações, podem ser usados no pré-tratamento para peelings químicos e terapia a laser. Têm a ação de rejuvenescer o estrato córneo de forma semelhante à tretinoína. A eficácia clínica de um fármaco aplicado por via tópica depende, não só das suas propriedades farmacológicas, mas também da sua disponibilidade no local de ação. O produto cosmético ou dermatológico deve ter alta eficácia na pele e baixa toxicidade sistêmica, por isso, os componentes da formulação devem ficar retidos na pele, não alcançando a corrente sanguínea (LEONARDI, 2004, apud STOCCO, 2014). 6.3 Indicações e contraindicações Indicação: O peeling facial é um procedimento muito lembrado quando se trata da questão rejuvenescimento e melasma. Ele é uma alternativa não cirúrgica para deixar ou manter a pele mais lisa, macia, sem rugas ou manchas, mais jovem e saudável. 27 Os radicais livres estão envolvidos com processos de envelhecimento, desenvolvimento de câncer, mutações e morte celular, através de alterações químicas, nas bases nitrogenadas, na ribose do DNA e na quebra de suas ligações. (HALLIWELL, 2007, apud MÂNICA, 2017). Estimular a produção de colágeno e elastina na pele; promover a renovação celular, fazendo a remoção das células mortas, permitindo a regeneração da derme, prevenindo assim a aparência envelhecida; promover um processo de esfoliação que produz a descamação da pele (retirando as células envelhecidas, e que já não estão mais cumprindo sua função), e logo após, fornecer a regeneração do tecido, melhorando seu aspecto e textura. Os peelings são contraindicados em casos de gravidez, lactação, lesões herpéticas ativas, infecção bacteriana ou fúngica, dermatite facial, uso de medicamentos fotossensibilizantes, alergias aos componentes do peeling e expectativas irrealistas. (MENDONÇA, 2012, apud YOKPMIZO, 2013) Contraindicação: A realização do peeling químico está sujeita a complicações, que tendem a aumentar conforme aumenta sua penetração e profundidade. As principais complicações são: eritema, hiperpigmentação ou hipopigmentação, cicatriz, infecção, prurido e dor. O eritema sempre ocorre no pós- operatório dos peelings devido a fatores como vasodilatação e afinamento da pele, sendo, nesses casos, transitórios. A hiperpigmentação é decorrente do processo inflamatório causado pela agressão química e ocorre mais frequentemente em pacientes com pele morena. Essa complicação deve ser tratada com clareadores (em geral hidroquinona) e filtro solar. Os agentes tóxicos da nicotina causam inflamação no tecido que reveste os brônquios, levando a danos permanentes, ao reduzir a capacidade pulmonar de fazer as trocas gasosas de modo eficiente,levando a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que inclui a bronquite crônica, enfisema pulmonar e doenças obstrutivas das vias aéreas. (CANADÁ, 2007, apud CARVALHO, 2017). A cicatriz hipertrófica é mais frequente nos peelings profundos, podendo também ocorrer em locais finos como pálpebra e área de transição da mandíbula. Deve ser tratada com infiltração de corticoides e uso de placas de silicone. A hipopigmentação também é associada a peelings profundos, causada pela destruição de melanócitos, sendo o tratamento muito difícil nessas situações. A infecção está associada com a umidade das crostas e pode ser evitada com o uso de pomadas com antibióticos. A infecção por herpes simples ocorre em 28 pacientes predispostos, devido ao afinamento, inflamação e fragilidade da pele. Todos os pacientes submetidos a peelings médio e profundos devem ser previamente tratados com um antiviral para evitar essa complicação. 6.4 Mecanismo de ação dos peelings químicos Os peelings químicos causam alterações na pele por meio de mecanismos de estimulação do crescimento epidérmico mediante a remoção do estrato córneo, destruição de camadas específicas da pele lesada, substituindo-as por um novo tecido e a indução de uma reação inflamatória mais profunda que a necrose produzida pelo agente esfoliante. Com o passar do tempo a pele entra em acomodação e não responde mais ao tratamento com o ácido e dessa maneira a renovação celular diminui, mas ocorre o aumento do efeito cosmético dos ácidos sobre a pele, melhorando a hidratação e a plasticidade. 6.5 Classificação da profundidade dos peelings químicos A profundidade da permeação histológica dos peelings químicos depende de alguns fatores como pH e concentração do produto a ser aplicado. O peeling pode ser classificado como: muito superficial, superficial, médio e profundo. Muito superficiais (estrato córneo), esses peelings afinam ou removem o estrato córneo e não criam lesão abaixo do estrato granuloso. Os peelings são classificados em quatro grupos de acordo com o nível de profundidade da necrose tecidual provocada pelo agente esfoliante. Muito superficial: irão afinar ou remover o estrato córneo. Superficial: produzem necrose de parte ou de toda epiderme em qualquer parte do estrato granuloso até a camada de células basais. Médio: produzem necrose da epiderme e de parte ou toda derme papilar. Profundo: produz necrose da epiderme e da derme papilar que se estende até a derme reticular. Vários são os ácidos que podem ser aplicados nos procedimentos de peelings químicos, entretanto os mais utilizados são: glicólico, mandélico, retinóico, salicílico, fítico, Kójico, TCA e fenol (GUERRA, 2013, apud PEREIRA, 2013). Superficial: Este peeling se limita a uma remoção do estrato córneo da pele (camada mais superficial). Geralmente epidérmico, e não apresenta riscos de complicações ao paciente. Pode ser utilizado em todos os tipos de pele, com a devida 29 escolha do princípio ativo, por ser menos agressivo, não exige repouso para recuperação, podendo o cliente voltar às atividades no mesmo dia. Ocorre fina descamação, deixando a pele pouco avermelhada e com leve ardor. Os alfahidroácidos fazem parte dos peelings superficiais, entre eles, destaca- se, o ácido málico e cítrico, o ácido lático (derivado do leite), o ácido glicólico, o ácido tártico (derivado das uvas) e os betahidroácidos, como o ácido salicílico. Médio: O peeling médio consiste na destruição das camadas específicas da pele, dependendo do agente utilizado e sua concentração. Levam a uma descamação intensa, são mais agressivos que os peelings superficiais, e retiram manchas e rugas de média profundidade. Esse método remove parcial ou totalmente a primeira camada da pele, até atingir a derme. Profundo: O peeling profundo induz uma reação inflamatória no tecido mais profundo causando uma necrose pelo agente esfoliante. Atinge a derme reticular agindo nas lesões mais profundas da pele. Esses peelings melhoram, drasticamente a profundidade das cicatrizes de acne e flacidez cutânea. 6.6 Percentual dos ácidos Ácido Tricloroacético (TCA): Peeling superficial, utilizado 10 a 30%; médio 30 a 40%; profundo 50%. Indicado na ocorrência das seguintes situações: melasmas, efélides, cicatrizes de acne, queratose actínicas, rugas finas, hiperpigmentação pós- inflamatória, fotoenvelhecimento. Remove a camada superficial da pele ou até a própria derme, (dependendo da concentração), fazendo emergir um novo tecido. Estimula a produção de fibras colágenas substancias que garantem a elasticidade e a firmeza da pele. Não precisa ser neutralizado, mas devem ser feitas compressas calmantes durante o procedimento, a fim de aliviar o ardor que causa. Após o peeling, forma-se uma crosta aderente que se solta em média após uma semana. Ácido carbólico ou Fenol: É derivado do coaltar. Trata-se de uma esfoliação química profunda da pele, que utiliza o ácido carbólico (substância química conhecida como fenol), o qual provoca destruição de partes da epiderme e derme, seguida de posterior regeneração dos tecidos são inegavelmente os mais eficazes. É um peeling de exclusividade médica. Possui um grande poder de esfoliação, pois penetra 30 profundamente até a derme reticular, sendo assim indicado para rugas profundas, peri-orais e para tratar as queratoses mais severas. Ácido Kójico: É uma substância produzida por um cogumelo japonês chamado koji, utilizado também na fermentação do arroz para produção de saque. O ácido Kójico não causa irritação nem fotossensibilização no usuário, possibilitando seu uso até mesmo durante o dia. São utilizados em concentrações compreendidas entre 0,005 e 4% em cremes e loções não iônicas, géis, géis-creme e loções aquosas clareadoras. Como o ácido Kójico é menos irritante, mais suave e não causa fotossensibilização no usuário possibilita seu uso até mesmo durante o dia, além disso, o ácido Kójico não oxida, podendo ser associados com outros agentes despigmentantes como o ácido glicólico. Ácido fítico: O ácido fítico (hexafosfato de inositol) é um ácido orgânico componente natural da maioria das sementes de leguminosas e cereais. Apresenta- se como um líquido viscoso a 50% levemente. Tem ação inibidora sobre a tirosinase, apresentando ação despigmentante, antiinflamatória, antioxidante hidratante e agente quelante. O tratamento médio de manchas hipercrômicas é de 3 semanas a 2 meses. Recomenda-se usar de 0,5 a 2,0 %. O pH de estabilidade é de 4,0 a 4,5. É compatível com ácido glicólico, ácido Kójico, ácido retinóico. Ácido Salicílico: Ácido salicílico é um beta-hidroxiácido ou ácido 2- hidroxibenzóico, extraído do Salix Alba (salgueiro branco), usado em concentração de no máximo 20%. Provoca um ardor intenso nos primeiros 2-3 minutos da aplicação, que corresponde à precipitação dos sais; após a precipitação a dor diminui e não há mais penetração. O produto não é neutralizado, devendo ser lavado. Pode ser realizado semanalmente, e é especialmente indicado para peles oleosas e acnéicas. Não deve ser realizado em pacientes alérgicos ao ácido acetilsalicílico. Ácido salicílico em peelings, para os casos de queratose actínicas e seborreicas, lentiginoes no dorso da mão e do antebraço; na face utilizado em solução alcoólica a 35% por cerca de 5 minutos, seguida de neutralização com água, neste caso indicado para clareamento da pele, atenuação das rugas e tratamento de comedões. A descamação se inicia em torno do 4-5º dia prolongando-se por cerca de 10 dias, com eritema mínimo podendo ser repetidos entre 2 a 4 semanas. Alguns cuidados devem ser observados após o peeling durante as primeiras semanas: 31 Colocar compressas de água frias, Hidratações semanais que ajudará a retirar as crostas residuais, diminuir o edema e facilitar a revitalização. “O peeling químico consiste na aplicaçãode substâncias químicas ou vegetais que geralmente são ácidos (AHA), cujas concentrações podem variar, promovendo intensa renovação celular” (GOMES, 2013, apud OLIVEIRA, 2015). Ácido Retinóico: Ácido retinóico, tretinoína ou vitamina A ácida é um agente anti acnéico e anti-psoríasico eficaz, que atua sobre receptores nucleares nas células- alvo, estimulando assim a mitose e a renovação das células. O uso do ácido retinóico a 0,05% para a redução de rugas e linhas de expressão, para a prevenção do envelhecimento cutâneo e para o tratamento da pele danificada pelo sol. Porém pode ser usado na dosagem de 3 a 5% A ação da substância estimula uma maior produção de colágeno que interrompe o processo inflamatório e preenche a depressão caso ela já esteja se formando, os resultados após a quarta sessão, que devem ser de seis a dez, feitas quinzenalmente. Para o tratamento da acne, não se deve associar o ácido retinóico e o peroxido de benzoíla na mesma formulação, uma vez que o primeiro é oxidado pelo segundo. Ácido mandélico: Considerado o AHA de maior peso molecular, com absorção lenta da pele, favorecendo um efeito uniforme, indicado principalmente a peles sensíveis, é obtido do extrato de amêndoas amargas, bastante utilizado para combater, hiperpigmentações, além de ser utilizado como peeling, o ácido mandélico é bastante utilizado em cremes rejuvenescedores com combinações de vitaminas A,C e E, para tratamento de rugas finas, linhas de expressão, melhora da textura da pele e para clarear manchas. Este ácido é uma opção entre os alfahidroxiácido. Pode ser usado em formulações a 5% uso diário e 20% para peelings no consultório. Ácido Glicólico: Ácido glicólico (ácido hidroxietanóico, ácido hidroxiacético) é o AHA mais curto, com apenas dois átomos de carbono. Extraído da cana-de-açúcar, é extremamente hidrofílico, tem pH de 0,5, pH de uma solução de ácido glicólico determina seu poder de acidificação sobre a pele: uma solução de ácido glicólico a 3%em pH 3 é capaz de acidificar as primeiras cinco camadas de corneócitos, em quanto a 10%e pH 3, causa acidificação mais profunda e mais rápida da epiderme. O ácido glicólico além de estimular a produção de colágeno, reduz a produção de melanina, sendo úteis no combate as hiperpigmentações. O peeling de ácido 32 glicólico mostra-se benéfico para peles com propensão à acne, pois ajuda a manter os poros livres do excesso de queratinócitos e também para diminuir sinais e manchas da idade, bem como a queratose actínica, em longo prazo demonstra melhora gradual na qualidade e no tônus da pele, se tornando mais macia e uniforme; por se tratar de um peeling não toxico ao melanócito, pode ser utilizado em peles escuras e em todas as estações, lembrando-se de utilizar sempre o filtro solar. O ácido glicólico é utilizado no rejuvenescimento da pele, diminui a espessura e na compactação do extrato córneo, estimula a síntese de colágeno e é hidratante. Este ácido é usado no tratamento da acne, queratose actínica, hipercromia e atenuação de rugas finas e linhas de expressão. Pode ser usado de 2 a 70%, dependendo do caso. É aplicado como peeling numa concentração de 70%, concentrações mais baixas, usado no tratamento da acne, queratose actínica, hipercromia e atenuação de rugas finas, como 2%, são utilizadas em cremes faciais. Ácido azeláico: (ácido 1,7-dicarboxílico nítrico nonadícico), também denominado ácido monanodióico, é um inibidor competitivo das enzimas de óxido- redução e também um antioxidante. É eficaz no tratamento de hiperpigmentação pós- inflamatória e melasma, devido à sua ação antitirosinase, à inibição da energia produzida durante os processos de síntese da célula e à ação anti-radicais. A eficácia terapêutica do Ácido azeláico no tratamento da acne baseia-se em sua ação antimicrobiana e na influência direta sobre a hiperqueratose folicular. Recomendação de uso de 10 a 20% em cremes e loções. O ácido azeláico possui propriedades antimicrobianas, comedolíticas e anti- inflamatórias, sendo usado como segunda linha. Pode causar hipopigmentação. Recomenda-se a aplicação inicial noturna (creme a 20%), podendo-se aumentar até 2 a 3 vezes por dia. (DUNLAP, 1998, apud SILVA, 2014). Utilizado como: Antibacteriano, Anti-inflamatório, Antiacneico, Despigmentante, Inibe a síntese de melanina e reduz a oleosidade da pele. Ácido láctico: O mecanismo de ação consiste na estimulação de fibroblastos, em resposta a uma inflamação tecidual subclínica. Essa fibroplasia produz o resultado cosmético desejado. É um alfahidroxiácido, usado a 85%, pH 3,5 em solução hidroalcoólica, com atividades similares ao ácido glicólico. Pode ser usado como agente de peeling no tratamento de melasma. Promove a melhora no contorno facial, 33 incluindo linhas mandibulares, sulcos nasogenianos, região temporal, região malar e a correção de linhas de marionetes, restaurando a forma harmônica da face. Contraindicado áreas previamente tratadas com preenchedores permanentes como silicone ou polimetilmetacrilato, e pacientes em uso de aspirina, vitamina E, cápsulas de óleo de peixe, e anticoagulantes, que deve ser interrompido dez dias antes do procedimento. Também não está aprovado seu uso em crianças, gestantes, lactantes. Outras contraindicações são: uso de imunossupressores, tabagismo pesado e pacientes ansiosos por resultados imediatos. Pacientes em uso crônico de imunossupressores e anti-inflamatórios como os corticoides devem ser abordados com muito cuidado, pois a supressão da resposta inflamatória durante o tratamento com prednisona pode levar a uma resposta subterapêutica. Peróxido de benzoíla: Tem atividade antibacteriana e ceratolítica e é a primeira linha de tratamento para acne leve a moderada. O peróxido de benzoíla deve ser aplicado, uma vez ao dia, em toda a pele da face e não só nas lesões visíveis. As concentrações disponíveis variam desde 1% até 10% e podem ser usadas na gestação1,11. A supressão do P. acnes é similar com as concentrações de 2,5%, 5,0% ou 10,0%, o que determina a opção pelas baixas concentrações que são menos irritantes. Ácido Hialurônico: O ácido hialurônico é um polissacarídeo glicosaminoglicano presente na matriz extracelular da pele, tecido conectivo e no humor vítreo. Tem como funções hidratação, lubrificação e estabilização desses meios. O AH é um polímero natural encontrado na matriz extracelular de vários tecidos como cartilagem humana, fluido sinovial articular, derme, cérebro, fluido vítreo e tecidos conectivos. (GUTOWSKI, 2016, apud MAIA, 2018). As técnicas utilizadas nos preenchimentos são definidas de acordo com as indicações clinicas e podem ser realizadas, por vezes utilizando-se de vias de acesso diferentes (intradérmica ou subcutânea). Por se tratar de uma molécula altamente higroscópica, o ácido hialurônico tem a capacidade de absorver uma grande quantidade de água, permitindo a hidratação do local onde é aplicado. Essa ação confere mais elasticidade, tonicidade, suavidade e uma superfície mais uniforme da pele. Quando aplicado sob a pele o ácido hialurônico forma um filme fino, invisível capaz de controlar a hidratação da pele sem 34 afetar a respiração cutânea. É indicado no uso cosmético, no tratamento facial e corporal em géis, géis-creme, emulsões hidratantes e cremes. A dose recomendada é de 1 a 10%. Entre suas ações podemos citar: Promove a hidratação da pele, regeneração celular, proteção contra infecções e lubrificação da pele. Solução de Jessner: solução alcoólica que mistura um alfahidroxiácido (ácido lático) resorcinol (derivado do fenol) e ácido salicílico. Apresenta coloração clara, com cheiro característico. Sua aplicação provoca discreto avermelhamento e ardor, e com várias passadas o eritema torna-se intenso, podendo chegar a um "frost" verdadeiro. Proporciona leve descamação nos dias subsequentes aopeeling. Também devem ser evitados pelos alérgicos ao ácido acetilsalicílico. 6.7 Modo de aplicação dos peelings químicos O primeiro passo para aplicação do peeling é a escolha do ácido de acordo com a avaliação da pele do paciente. Para evitar efeitos contrários do peeling, é necessário que seja escolhido a menor concentração possível para a primeira aplicação do mesmo. Se quiser, aumente a potência do peeling com o tempo, conforme sua pele se acostuma ao processo. Na primeira vez, escolha uma fórmula que contenha no máximo os seguintes percentuais do ingrediente ativo. Observação: O paciente deve interromper qualquer tratamento com produtos que contenham tretinoína, normalmente utilizados no tratamento da acne, pelo menos uma semana antes do peeling químico, pois eles podem irritar a pele e impactar o resultado do peeling. No caso de um peeling com ácido glicólico ou lático, interrompa o uso quatro dias antes e após o peeling. No caso de um peeling com ácido tricloroacético, interrompa o uso por cinco dias antes do peeling e dez dias depois. Esfolie a pele: Faça uma esfoliação suave antes do tratamento. Enxágue o rosto e aplique uma solução de pH para preparar a pele para o peeling. Faça um teste antes de aplicar o peeling por todo o rosto. Passe uma pequena quantidade do produto no antebraço ou na região atrás da orelha. Deixe agir por um minuto e enxágue. Após 24 horas, verifique o local e veja se há alguma irritação. 35 Se a pele estiver normal, faça o peeling químico normalmente. Se ela estiver irritada, vermelha ou sensível demais, reduza a concentração do ingrediente ativo e faça outro teste. Caso ainda haja reação, não faça o peeling químico. Aplique o peeling com um cotonete ou uma bola de sabão (se usar os dedos, a pele deles pode começar a descascar). O melasma é alteração pigmentar adquirida que se caracteriza por máculas hipercrômicas principalmente na face, atingindo frequentemente as mulheres1 e sendo desconhecida sua verdadeira incidência. (GRIMES, 1995, apud MAGALHÃES, 2010). Lave o rosto antes do procedimento. Use água e um produto de limpeza facial que não contenha sabão. Finalize a limpeza passando um adstringente neutro, como Hamamélis. Deixe o rosto secar antes de iniciar o tratamento. Proteja as áreas sensíveis com vaselina: Tome cuidado para não aplicar o peeling nas áreas sensíveis da pele, como ao redor dos olhos, nas narinas e nos cantos da boca. Proteja tais regiões com um pouco de vaselina para evitar a ação do ácido. Aplique uma camada uniforme do peeling químico sobre a pele usando um cotonete ou uma bola de algodão: Comece pelas áreas menos sensíveis, como a testa, o queixo e as bochechas. Depois, siga para as regiões mais próximas dos olhos e do nariz. A aplicação deve ser homogênea para que os resultados sejam consistentes. Deixe o produto agir pelo tempo recomendado: O período recomendado normalmente é de dois minutos, dependendo da concentração e dos ingredientes ativos. Lave o rosto caso a pele comece a ficar rosada. Fique atento aos sinais de irritação. Por mais que uma leve ardência seja normal, remova o peeling caso a pele fique irritada demais. Use o teste que fez no dia anterior para determinar por quanto tempo deixar o produto agir no rosto. Se a pele começou a arder após dois minutos de teste, aplique o peeling por um minuto no rosto. Remova o peeling do rosto e aplique uma solução neutralizadora. Por segurança, prepare uma mistura de água e bicarbonato de sódio antes de aplicar o peeling. Caso o peeling comece a irritar a pele, aplique a mistura no rosto após lavá-lo. 36 6.8 Intercorrências com a aplicação de ácidos As complicações variam de acordo com o tipo e profundidade do procedimento, a habilidade do profissional que o utilizou e as características do próprio paciente. As complicações mais comuns são: alterações pigmentares: hiperpigmentação pós-inflamatória e hipopigmentação. Esta última pode ser muito persistente e muitas vezes difícil de tratar. Podem ser utilizados corticosteroides tópicos, tretinoína, hidroquinona ou alfahidroxiácido; infecções: bacterianas (Staphylococcus, Streptococcus, Pseudomonas), virais (herpes simples) e fúngicas (cândida). Devem ser tratadas de forma agressiva e adequada; as cicatrizes são mais frequentes após peelings médios ou profundos. O preparo adequado, a escolha correta do agente e cuidados pós-operatórios podem ajudar na prevenção dessa complicação. 6.9 Orientações e cuidados pré e pós-peelings Os cuidados Pré peeling, são os cuidados com a pele no período que antecede o procedimento (14 a 21 dias antes), com o objetivo de preparar a pele para o procedimento de peeling. Ele reduz a espessura da camada córnea, facilitando a penetração uniforme dos agentes esfoliantes. Diminui o risco de hiperpigmentação pós inflamatória. A hipercromia pós-inflamatória (HPI) é sequela importante de dermatoses inflamatórias.1 Pode suceder inúmeras dermatoses, e seu tratamento é desafiador. (DAVIS, 2010, apud REINEHR, 2015). Para garantir a segurança do tratamento e ter melhor aproveitamento dos efeitos do peeling, é necessário tomar alguns cuidados com a pele anteriormente. Um dos primeiros passos é a higienização da pele. Ela deve estar limpa e desengordurada para que as substâncias usadas no peeling sejam absorvidas. Além disso, recomenda-se a suspensão do uso de ácidos uma semana antes do peeling, a fim de evitar o surgimento de irritações e manchas. Outro cuidado importante é o uso frequente de protetor solar, já que estar com a pele bronzeada quando o procedimento for realizado pode ocasionar manchas. Converse com o seu dermatologista para saber quais melhores cuidados pré-peeling para as necessidades da sua pele. https://www.lojaadcos.com.br/belezacomsaude/higienizacao/ https://www.lojaadcos.com.br/belezacomsaude/manchas-na-pele-tipos-e-cuidados-especificos/ https://www.lojaadcos.com.br/tratamento-facial/fotoprotecao-solar 37 Cuidados no Pós peeling: Aplique um creme hidratante logo após o peeling. Passe o creme, espalhando-o por toda a pele. Reaplique de 10 a 20 vezes ao dia para não deixar a pele ressecar. Caso a pele comece a descascar, não mexa. Deixe a pele se recuperar naturalmente e aplique um pouco de vaselina nas áreas mais ressecadas. Alivie a vermelhidão. É normal que a pele fique vermelha e irritada após um peeling, seja por algumas horas ou por um dia inteiro. Pressione uma toalha úmida e fria sobre o rosto, aplique gel de Aloe vera. Proteja o rosto do sol. A pele da face ficará bastante sensível após o peeling, portanto, evite a luz solar direta. Lave o rosto pelo menos duas vezes ao dia com um produto de limpeza facial por meio minuto. Enxágue a pele com água morna e seque com uma toalha limpa, dando batidinhas. Não esfregue. Oriente seu paciente em caso de formação de bolhas, aumento da sensibilidade, para que retorne ao consultório e tome as devidas providências. Consulte um médico caso a pele forme casquinha ou solte pus. Serão necessárias algumas aplicações para que os resultados sejam perceptíveis. Os peelings de ácido tricloroacético são abrasivos e deixam a pele sensível por mais tempo. Siga as instruções de uso, hidrate bem a pele e permaneça longe da luz do sol caso a pele fique irritada. Não deixe o peeling químico no rosto por tempo demais, ou você pode causar danos na pele. Preste atenção no tempo de aplicação para poder aproveitar os benefícios do tratamento sem nenhum efeito colateral. Se desejar, repita o processo do peeling (30% de ácido glicólico ou ácido lático) no máximo a cada duas semanas. O peeling de ácido tricloroacético pode ser repetido no máximo uma vez por mês. Os peelings químicos podem contribuir no tratamento do melasma. (STEINER, 2009, apud MAGALHÃES, 2010). Pós o peeling químico a pele fica muito sensível e, por isso,
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