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PEELINGS-QUIMICOS-E-MECANICOS-E-INTRODUCAO-A-COSMETOLOGIA-NOVA

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1 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE......................................................... 4 
2.1 Maturação e regeneração celular ......................................................... 6 
2.2 Histologia da epiderme e derme ........................................................... 8 
2.3 Fototipo e biótipo cutâneo .................................................................. 10 
2.4 Mecanismo de defesa cutânea ........................................................... 12 
2.5 Receptores da pele ............................................................................ 16 
2.6 Melanócitos, melanossomas e melanina ............................................ 17 
2.7 Ciclo de renovação cutânea ............................................................... 19 
3 VIAS DE PERMEAÇÃO DE ATIVOS ........................................................ 20 
4 ANAMNESE DA PELE .............................................................................. 21 
5 PEELINGS ................................................................................................ 23 
6 PEELINGS QUÍMICOS ............................................................................. 23 
6.1 Definição e histórico de utilização ...................................................... 24 
6.2 Tipos de peelings químicos ................................................................ 25 
6.3 Indicações e contraindicações ........................................................... 26 
6.4 Mecanismo de ação dos peelings químicos ....................................... 28 
6.5 Classificação da profundidade dos peelings químicos ....................... 28 
6.6 Percentual dos ácidos ........................................................................ 29 
6.7 Modo de aplicação dos peelings químicos ......................................... 34 
6.8 Intercorrências com a aplicação de ácidos ......................................... 36 
6.9 Orientações e cuidados pré e pós-peelings ....................................... 36 
7 FORMULAÇÕES SUGERIDAS DE PEELING QUÍMICO ......................... 38 
7.1 Cuidados no Pós peeling tardio (HOME CARE) ................................. 39 
7.2 Pré- Peeling (Home care) ................................................................... 39 
 
2 
 
7.3 Pós peeling (Home care) .................................................................... 40 
8 PEELINGS ENZIMÁTICOS ....................................................................... 41 
8.1 Enzimas de ação esfoliativa: Renew e Pumpkin Enzyme .................. 43 
8.2 Indicações .......................................................................................... 44 
8.3 Cuidados e dicas sobre o peeling enzimático .................................... 44 
8.4 Modo de aplicação dos peelings enzimáticos .................................... 45 
9 PEELINGS MECÂNICOS ......................................................................... 46 
9.1 Peelings de Diamante e Cristal .......................................................... 46 
9.2 Modo de aplicação dos peelings ........................................................ 48 
9.3 Indicações e contraindicações .......................................................... 48 
9.4 Orientações pré e pós peelings mecânicos ........................................ 49 
9.5 Peeling de Diamante X Peeling de Cristal .......................................... 50 
9.6 Protocolo de tratamento proposto ...................................................... 50 
10 PEELINGS COMBINADOS ................................................................... 51 
11 INTRODUÇÃO A COSMETOLOGIA ..................................................... 51 
11.1 Breve histórico da cosmetologia ..................................................... 52 
11.2 Fatores biológicos e fisiológicos que afetam a permeação da pele 53 
11.3 Substâncias bioativas, Nanotecnologia e Biotecnologia ................. 53 
12 CONCLUSÃO ........................................................................................ 54 
13 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 55 
14 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................. 61 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão 
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as 
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão 
respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE 
 
Fonte: auladeanatomia.com 
De todos os órgãos do corpo humano, a pele é o maior. Representando 15% 
de nosso peso corporal, é composta por três camadas: 
Epiderme: é a camada externa e tem como principal função a proteção do 
organismo, impedindo a entrada de microrganismos. A camada mais profunda da 
epiderme é o estrato basal, que produz constantemente novas células pela divisão 
celular. Essas são também responsáveis pela constante regeneração de nossa pele, 
por meio de novas células sendo empurradas gradualmente para cima, em direção à 
superfície, levando em torno de sete dias para alcançar esse ponto e, desse modo, se 
tornando parte da proteção externa do corpo. 
Derme: é a camada intermediária, constituída por um tecido fibroso (colágeno). 
Dentro dela existem os vasos sanguíneos, os nervos, glândulas e folículos pilosos). A 
superfície da derme, que se mistura com a epiderme, é ondulada e irregular, com 
células chamadas papilas. A base da derme é menos claramente definida à medida 
que se mistura com o tecido subcutâneo, o qual contém tecido conectivo e tecido 
adiposo e auxilia a ancorar a pele ao músculo e ao osso. 
Hipoderme: camada mais profunda, tem como principal função o 
armazenamento de nutrientes de reserva. Funciona também como um isolante 
térmico e proteção mecânica a pressões e traumas externos. 
Fisiologia da pele: Toda a superfície cutânea está provida de terminações 
nervosas capazes de captar estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos. Essas 
 
5 
 
terminações nervosas, ou receptores cutâneos, são especializados na recepção de 
estímulos específicos. 
Não obstante, alguns podem captar estímulos de natureza distinta. Porém, na 
epiderme não existem vasos sanguíneos. Os nutrientes e oxigênio chegam à 
epiderme por difusão a partir de vasos sanguíneos da derme. 
Nas regiões da pele providas de pelo, existem terminações nervosas 
específicas nos folículos capilares e outras chamadas terminais ou receptores de 
Ruffini. As primeiras, formadas por axônios que envolvem o folículo piloso, captam as 
forças mecânicas aplicadas contra o pelo. Os terminais de Ruffini, com sua forma 
ramificada, são receptores térmicos de calor. 
Na pele desprovida de pelo e também na que está coberta por ele, encontram-
se ainda três tipos de receptores comuns: Corpúsculos de Paccini: captam 
especialmente estímulos vibráteis e táteis. São formados por uma fibra nervosacuja 
porção terminal, amielínica, é envolta por várias camadas que correspondem a 
diversas células de sustentação. A camada terminal é capaz de captar a aplicação de 
pressão, que é transmitida para as outras camadas e enviada aos centros nervosos 
correspondentes. Discos de Merkel: de sensibilidade tátil e de pressão. Uma fibra 
aferente costuma estar ramificada com vários discos terminais destas ramificações 
nervosas. Estes discos estão englobados em uma célula especializada, cuja 
superfície distal se fixa às células epidérmicas por um prolongamento de seu 
protoplasma. Assim, os movimentos de pressão e tração sobre epiderme 
desencadeiam o estímulo. 
Terminações nervosas livres: sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e 
especialmente aos dolorosos. São formadas por um axônio ramificado envolto por 
células de Schwann sendo, por sua vez, ambos envolvidos por uma membrana basal. 
Outros receptores específicos encontrados na pele: Corpúsculos de 
Meissner: táteis. Estão nas saliências da pele sem pelos (como nas partes mais altas 
das impressões digitais). São formados por um axônio mielínico, cujas ramificações 
terminais se entrelaçam com células acessórias. 
Bulbos terminais de Krause: receptores térmicos de frio. São formados por uma 
fibra nervosa cuja terminação possui forma de clava. Situam-se nas regiões limítrofes 
da pele com as membranas mucosas (por exemplo: ao redor dos lábios e dos 
genitais). 
 
6 
 
Nas camadas inferiores da epiderme estão os melanócitos, células que produzem 
melanina, pigmento que determina a coloração da pele. 
As glândulas anexas (sudoríparas e sebáceas) encontram-se mergulhadas na 
derme, embora tenham origem epidérmica. O suor (composto de água, sais e um 
pouco de ureia) é drenado pelo duto das glândulas sudoríparas, enquanto a secreção 
sebácea (secreção gordurosa que lubrifica a epiderme e os pelos) sai pelos poros de 
onde emergem os pelos. 
A transpiração ou sudorese tem por função refrescar o corpo quando há 
elevação da temperatura ambiental ou quando a temperatura interna do corpo sobe, 
em razão, por exemplo, do aumento da atividade física. 
A derme, contém fibras proteicas, vasos sanguíneos, terminações nervosas, 
órgãos sensoriais e glândulas. As principais células da derme são os fibroblastos, 
responsáveis pela produção de fibras e de uma substância gelatinosa, a substância 
amorfa, na qual os elementos dérmicos estão mergulhados. 
A epiderme penetra na derme e origina os folículos pilosos, glândulas sebáceas 
e glândulas sudoríparas. Na derme encontramos ainda: músculo eretor de pelo, fibras 
elásticas (elasticidade), fibras colágenas (resistência), vasos sanguíneos e nervos. 
Sob a pele, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o tecido subcutâneo, 
rico em fibras e em células que armazenam gordura (células adiposas ou adipócitos). 
A camada subcutânea, denominada hipoderme, atua como reserva energética, 
proteção contra choques mecânicos e isolante térmico. 
2.1 Maturação e regeneração celular 
O ciclo celular é um processo por meio do qual uma célula somática duplica 
seu material genético e o reparte igualmente às suas células-filhas. É didaticamente 
dividido em duas fases principais: a interfase e a mitose. Na interfase ocorre a 
duplicação do DNA e a preparação para a fase seguinte: a mitose, na qual ocorre a 
divisão celular propriamente dita, finalidade maior do ciclo celular. 
 
 
Todo organismo vivo possui capacidade de alterar suas propriedades 
estruturais e funcionais de acordo com as condições ambientais impostas em 
um determinado sistema. Esta habilidade em determinar mudanças 
 
7 
 
estruturais e funcionais é observada no músculo esquelético, onde ocorre 
alteração da expressão da quantidade e tipo de proteínas, a fim de que o 
tecido se adapte a estímulos que desequilibrem sua homeostasia. 
(BALDWIN; HADDAD, 2002, apud FERRARI, 2017). 
A mitose, apesar de ocupar uma pequena parte do ciclo, é crucial para o 
crescimento e diferenciação do organismo, levando o zigoto às, aproximadamente, 
100 trilhões de células do indivíduo adulto, participando inclusive dos processos de 
renovação celular. 
A interfase é a fase que se interpõe a duas mitoses, preparando a célula para 
a divisão em duas células-filhas. Leva em torno de 16 a 24 horas para se processar, 
a depender do tipo celular. É dividida em quatro fases: 
G0: fase de repouso sem eventos preparatórios para divisão celular. 
G1: fase inicial, logo após o estímulo à multiplicação, a célula responde a 
estímulos positivos ou negativos, sendo levada ao crescimento, diferenciação, 
multiplicação ou apoptose, bem como à produção de enzimas e outras moléculas 
necessárias para a próxima fase do ciclo. Algumas células levam dias ou anos para 
sair de G1, enquanto outras passam pela fase em poucas horas. 
S: fase em que ocorre a síntese de DNA (cópia idêntica), a fim de que cada 
cromossomo seja formado por duas cromátides irmãs geneticamente iguais. Leva 
entre 6 a 8 horas para se processar. 
 G2: há basicamente a síntese de RNA, de proteínas e outras estruturas 
necessárias para o início da divisão celular. Nesta fase, inicia-se a condensação da 
cromatina, o que facilitará as fases de metáfase e anáfase da mitose. A célula é 
encaminhada à mitose. 
A mitose é a fase em que ocorre a divisão celular propriamente dita. Leva de 1 
a 2 horas e é dividida nas seguintes fases: 
Prófase: condensação cromossômica; 
Prometáfase: desestruturação do envoltório nuclear; 
Metáfase: placa equatorial; 
Anáfase: separação das cromátides irmãs; 
Telófase: cromossomos em polos opostos. 
 
8 
 
2.2 Histologia da epiderme e derme 
Epiderme 
Queratinócitos: são as células diferenciadas e as mais abundantes da 
epiderme. 
Melanócitos: são células produtoras de melanina localizadas na camada basal 
da epiderme. 
Células de Langherans: do sistema imunológico. 
Células de Merkel: do sistema mecanorreceptores, sensíveis a estímulos como 
pressão e tato. 
Camadas da epiderme: Camada basal: Formada por células prismáticas ou 
cuboides, basófilas, encontradas sobre a membrana basal que separa a epiderme da 
derme (porção epitelial intermediária). Esta camada, por ser rica em células-tronco, 
também recebe o nome de germinativa. Apresenta intensa atividade de mitose, sendo 
responsável, juntamente com a camada seguinte (camada espinhosa), pela contínua 
renovação da epiderme. Estima-se que a epiderme dos humanos se renove a cada 
15 a 30 dias, dependendo do local e idade da pessoa. As células desta camada 
possuem filamentos intermediários de queratina, que se tornam mais numerosos ao 
passo que a célula avança em direção à superfície. 
Camada espinhosa: composta por células cuboides, ou levemente achatadas, 
com núcleo localizado centralmente, citoplasma com expansões citoplasmáticas se 
aproximam e se mantêm unidas com as células ao redor através dos desmossomos, 
dando às células um aspecto espinhoso. Existe também tonofilamentos que se 
inserem nos espessamentos citoplasmáticos dos desmossomos. Tanto o filamento de 
queratina quanto os desmossomos desempenham importante papel na manutenção 
da coesão entre as células da epiderme e na resistência ao atrito. Nesta camada 
também estão presentes células tronco dos queratinócitos, sendo que as mitoses 
ocorrem na camada basal e, em menor quantidade, na camada espinhosa. 
Camada granulosa: Possui apenas 3- 5 fileiras de células poligonais 
achatadas, núcleo central e citoplasma carregado de grânulos basófilos, conhecidos 
como grânulos queratino-hialina. Estes contêm uma proteína rica em histidina 
fosforilada e também proteínas contendo cistina. Através da microscopia eletrônica, 
podem ser visualizados os grânulos lamelares, que se fundem com a camada 
granulosa, onde há a deposição de um material lipídico, contribuindo para a formação 
 
9 
 
de uma barreira contra a penetração de substâncias e torna apele impermeável à 
água, impedindo a desidratação do organismo. 
Camada lúcida: esta camada é mais evidente na pele espessa e é formada 
por uma fina camada de células achatadas, eosinofílicas e translúcidas, cujos núcleos 
e organelas foram digeridos por enzimas dos lisossomos e desapareceram. Estão 
presentes no citoplasma filamentos de queratina, compactados e envolvidos por 
material elétron-denso. 
Camada córnea: Possui espessura muito variável e é constituída por células, 
achatadas, mortas e anucleadas. O citoplasma apresenta-se cheio de queratina. Esta 
possui, no mínimo, seis polipeptídeos distintos; a composição dos tonofilamentos são 
modificados à medida que os queratinócitos se diferenciam. As células da camada 
basal apresentam queratina de baixo peso molecular, enquanto os queratinócitos mais 
diferenciados sintetizam queratinas de peso molecular maior. Na camada córnea os 
tonofilamentos se aglutinam juntamente com a matriz formada pelos grânulos de 
querato-hialina. Nesta fase, os queratinócitos estão transformados em placas sem 
vida descamando continuamente. 
Derme: Derme papilar ou papila dérmica: tecido conjuntivo frouxo 
Derme reticular: tecido conjuntivo denso não modelado 
Hipoderme: A camada mais profunda, formada de tecido conjuntivo frouxo com 
células adiposas. 
Mecanorreceptores (receptores encapsulados): 
Corpúsculo de Vater-Pacini (cebolão): sensível à pressão 
Corpúsculo de Meissner: localizado na papila dérmica, sensível a tato 
Corpúsculo de Krause: sensível a frio 
Corpúsculo de Ruffini: sensível a calor 
Glândulas sudoríparas: Glândulas exócrinas tubulosas enoveladas. 
Situam-se na derme profunda apresentando duas porções caracteristicamente 
diferentes, as secretoras e as condutoras ou ductais. Os segmentos aglomerados de 
cortes transversais da porção secretora são formadas por uma camada de células 
cúbicas ou colunares claras, circundadas por células mioepiteliais fusiformes. A fraca 
coloração deve-se ao glicogênio acumulado. Outro critério utilizado para identifica-las 
é a relação da espessura da parede da glândula com o diâmetro do lúmem que se 
mantêm proporcionais. 
 
10 
 
Por outro lado, mais externamente estão as porções condutoras com lúmem 
menor e basófila acentuada. Embora incomum em glândulas, neste caso a porção 
ductal tem lúmem mais estreito do que a secretora. Em relação à liberação do produto 
secretado ela é classificada em apócrina. 
Glândula sebácea: Glândula exócrina alveolar (ou acinosa) simples. 
Esta glândula apresenta um aspecto de saco maciço, formado de células pouco 
coradas pelo acúmulo de lipídeos, e com núcleo central. Elas situam-se próximas dos 
folículos pilosos onde liberam suas secreções lubrificando o pelo. 
Quanto à liberação do produto de secreção esta glândula é classificada em 
holócrina. 
Folículo piloso: Formado por invaginação da epiderme (bainha epitelial) e 
envolvido por tecido conjuntivo contendo bainhas interna e externa (bainha 
conjuntiva). 
2.3 Fototipo e biótipo cutâneo 
A pele é o principal órgão controlador de fluxos térmicos entre o corpo e o 
meio circundante. Em relação à sensação térmica, são os receptores da pele 
que participam do controle termorregulatório humano, influindo diretamente 
na sensação experimentada pelo indivíduo. (ARENS; ZHANG, 2006, apud, 
KRUGER, 2017). 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia os principais tipos de 
pele são: normal, seca, oleosa e mista. 
Pele normal: A pele normal apresenta textura aveludada e saudável, bem 
como boa elasticidade e taxas de gordura natural. Também apresenta poros 
pequenos, pouco visíveis, aspecto rosado e baixa propensão ao aparecimento de 
espinhas e manchas em geral. 
Pele seca: A pele seca tem poros pouco visíveis e pouca luminosidade. É 
caracterizado pela perda de água em excesso, assim como apresenta maior 
propensão a descamação, vermelhidão, aparecimento de pequenas rugas e fissuras. 
A condição de propensão ao ressecamento pode ser causada por fatores genéticos, 
hormonais ou até condições ambientais. 
Pele oleosa: É caracterizada pela produção de sebo maior que o normal. 
Apresenta poros dilatados e, devido a oleosidade excessiva, maior probabilidade de 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-86212017000100083&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt#B3
 
11 
 
acne, cravos e espinhas. Assim como no caso da pele seca, ela pode vir a ficar oleosa 
por alterações hormonais e também ambientais. 
Pele mista: Trata-se do tipo de pele mais comum. Ela é caracterizada por 
poros dilatados e aparência oleosa naquilo que denominamos de zona T (testa, nariz 
e queixo) e de pele seca nas extremidades (bochechas). Apresenta uma espessura 
mais fina, o que a torna mais suscetível a descamações e ao aparecimento de rugas 
finas e envelhecimento precoce. 
Embora não conste na classificação determinada pela Sociedade Brasileira de 
Dermatologia, também há na classificação a chamada pele sensível: 
Pele Sensível: Trata-se de um tipo de pele bastante frágil e irritável e que fica 
facilmente com tom avermelhado, e apresenta coceira, mancha, ardor e sensação de 
picada após situações como aplicação de novos produtos assim como outros fatores 
ambientais: exposição prolongada a vento, sol e frio e uso excessivo de cosméticos. 
Classificação Fitzpatrick 
Pele branca (Fototipo I); queima com facilidade/nunca bronzeia e é muito 
sensível. 
Pele branca (Fototipo II); queima com facilidade/bronzeia muito pouco e é 
sensível. 
Pele morena clara (Fototipo III); queima e bronzeia moderadamente e possui 
sensibilidade normal. 
Pele morena moderada (Fototipo IV); queima pouco/bronzeia com facilidade e 
possui sensibilidade normal. 
Pele morena escura (Fototipo V); queima raramente/bronzeia bastante e é 
pouco sensível. 
Pele negra (Fototipo VI); nunca queima (pigmentada) e é insensível. 
Diversos fatores contribuem para o envelhecimento cutâneo como: genética, 
meio ambiente, alimentação, exposição crônica e cumulativa ao sol, forças 
mecânicas aplicadas ao tecido conjuntivo, hormônios e alterações do 
colágeno. (FISHER, 2002, apud CARVALHO, 2017). 
Classificação de Glogau: Classificação quanto ao fotoenvelhecimento foi 
desenvolvida por Glogau e se constitui como um dos principais critérios para escolha 
da profundidade dos peelings. Quanto mais avançado o índice Glogau do indivíduo, 
 
12 
 
mais profundo deve ser o nível do peeling para minimizar os efeitos dos sinais do 
envelhecimento. De acordo com a classificação de Glogau a pele pode ser agrupada 
em IV graus de acordo com os sinais que apresenta: 
Grau I: envelhecimento suave. Discretas alterações pigmentares e poucas 
rugas, poucas sequelas de acne. Uma maquiagem leve faz com que os sinais 
desapareçam; 
Grau II: envelhecimento moderado. Manchas senis precoces, ceratoses 
palpáveis, linha nasolabial evidenciando-se, discretas lesões de acne. Necessita de 
maior quantidade de base para cobrir as marcas do envelhecimento; 
Grau III: envelhecimento avançado. Fotoenvelhecimento avançado, discromia 
obvia, rugas sem movimento, cicatrizes acnéicas; 
Grau IV: envelhecimento grave. Fotoenvelhecimento grave, pele cinzenta, 
lesões malignas, rugas disseminadas, cicatrizes acnéicas. A maquiagem provoca 
rachaduras. 
2.4 Mecanismo de defesa cutânea 
Nosso organismo possui mecanismos de defesa para combater os diferentes 
agentes que podem invadir o organismo e provocar infecções, ou mesmo reações 
alérgicas. As defesas do organismo contra a infecção incluem barreiras naturais, como 
a pele, mecanismos inespecíficos, como certos tipos de glóbulos brancos e a febre, e 
mecanismos específicos, como os anticorpos. 
Assim, a função do sistema imunológico é a de reconhecer os agentes 
agressores e defender o organismo da sua ação. Em regra, se um microrganismo 
atravessa as barreiras naturais do corpo, os mecanismos de defesa específicos e 
inespecíficosdestroem-no antes que se multiplique. No entanto, por vezes, o sistema 
imunitário excede-se e ataca as células do próprio organismo e neste caso causar as 
chamadas doenças autoimunes, como, por exemplo, a artrite reumatoide. Outras 
vezes, o sistema imunitário identifica certos alimentos habitualmente inofensivos, 
como morangos ou marisco, como invasores, produzindo anticorpos contra esse 
alimento específico e provocando uma reação alérgica. 
 
https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/infeccoes-1
https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/anticorpos
https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/artrite-reumatoide-o-que-e
https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/sistema-imunitario
 
13 
 
Quando algum estímulo ativa sinais aferentes em nervos sensoriais, reflexos 
antidrômicos do axônio podem ser gerados e induzir a liberação de 
neuropeptídios nos terminais periféricos dos neurônios. (CHIU, 2012, apud 
SOUZA, 2015). 
O sistema imunitário é constituído pela medula óssea, glândulas do timo, 
gânglios linfáticos e baço e ainda pela pele, pulmões e trato gastrointestinal. Em 
conjunto, formam um elaborado sistema de defesa que protege o corpo da invasão de 
substâncias estranhas, como bactérias e vírus. 
Para além de organizado, o sistema imunitário também tem boa memória e se 
um mesmo micróbio, bactéria ou outro agente agressor entrar no organismo são 
ativadas, de imediato, as células de memórias (um determinado tipo de linfócitos) que 
rapidamente se reproduzem para combater o invasor. É, também, este tipo de 
resposta que o organismo gera quando é afetado por um microrganismo contra o qual 
a pessoa se vacinou previamente. 
Barreiras naturais: Geralmente a pele evita a invasão de muitos 
microrganismos, a menos que esteja fisicamente danificada devido, por exemplo, a 
uma lesão, à picada de um inseto ou a uma queimadura. 
Outras barreiras naturais eficazes são as membranas mucosas, como os 
revestimentos das vias respiratórias e do intestino. Geralmente estas membranas 
estão cobertas de secreções que combatem os microrganismos. Por exemplo, as 
mucosas dos olhos estão banhadas em lágrimas, que contêm uma enzima chamada 
lisozima. Esta ataca as bactérias e ajuda a proteger os olhos das infecções. 
As vias respiratórias filtram de forma eficaz as partículas do ar que se 
introduzem no organismo. Os canais tortuosos do nariz, com as suas paredes 
cobertas de muco, tendem a eliminar grande parte da substância que entra. Se, 
entretanto, um microrganismo atinge as vias aéreas inferiores, o batimento 
coordenado de umas saliências semelhantes à pelos (cílios) cobertas de muco 
transportam-no para fora do pulmão. A tosse também ajuda a eliminar esses 
microrganismos. 
A flora cutânea (microbiana) é relativamente simples, e encontra-se em 
homeostasia nas peles íntegras; A flora cutânea é constituída de cocos 
aeróbios, bactérias corniformes aeróbias a anaeróbias, bactérias Gram 
negativas e leveduras. Esses microrganismos ajudam a prevenir infecções 
cutâneas. (BOLOGNIA, 2015, apud LOCKS, 2018). 
 
14 
 
Por outro lado, o tubo gastrointestinal dispõe de uma série de barreiras 
eficazes, que incluem o ácido do estômago e a atividade antibacteriana das enzimas 
pancreáticas, da bílis e das secreções intestinais. As contrações do intestino 
(peristaltismo) e o desprendimento normal das células que o revestem ajudam a 
eliminar os microrganismos prejudiciais. 
Também o aparelho geniturinário masculino se encontra protegido pelo 
comprimento da uretra (cerca de 20 cm). Devido a este mecanismo de proteção, as 
bactérias não costumam entrar na uretra masculina, a menos que sejam ali 
introduzidas de forma não intencional, através de instrumentos cirúrgicos. As 
mulheres contam com a proteção do ambiente ácido da vagina. O efeito de 
arrastamento que a bexiga desencadeia no seu esvaziamento é outro dos 
mecanismos de defesa em ambos os sexos. 
Nos indivíduos cujas barreiras naturais estejam debilitadas estão, certamente, 
mais vulneráveis a certas infecções. Por exemplo, pessoas cujo estômago não 
segrega ácido são particularmente vulneráveis à tuberculose e à infecção causada 
pela bactéria Salmonella. 
O equilíbrio entre os diferentes tipos de microrganismos na flora intestinal 
residente também é importante para manter as defesas do organismo. Por vezes, um 
antibiótico tomado para uma infecção localizada em qualquer outra parte do corpo 
pode quebrar o equilíbrio entre a flora residente, permitindo assim que aumente o 
número de microrganismos que causam doenças. 
Mecanismos de defesa inespecíficos: Qualquer lesão, incluindo uma invasão 
de bactérias, causa inflamação. A inflamação serve, parcialmente, para encaminhar 
certos mecanismos de defesa até ao ponto onde se localiza a lesão ou a infecção. 
Com a inflamação, aumenta o débito sanguíneo e os glóbulos brancos podem 
atravessar a parede dos vasos sanguíneos e dirigir-se à zona inflamada com maior 
facilidade. O número de glóbulos brancos (principais fatores da resposta imunitária) 
na corrente sanguínea também aumenta, já que a medula óssea liberta uma grande 
quantidade desses glóbulos que tinha armazenada e, de imediato, começa a produzir 
mais. Existem diversos tipos de glóbulos brancos, cada um com o seu papel 
específico. 
https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/tuberculose
 
15 
 
Todavia, estes mecanismos inespecíficos de defesa podem ser ultrapassados 
por uma grande quantidade de microrganismos invasores, ou por outros fatores que 
reduzam as defesas do corpo humano. 
A febre, definida como uma elevação da temperatura corporal superior aos 
37,7ºC (medidos com o termómetro na boca), é, também e, na realidade, uma 
resposta de proteção perante a infecção e a lesão. A elevada temperatura corporal 
estimula os mecanismos de defesa do organismo ao mesmo tempo que causa um 
mal-estar relativamente pequeno ao indivíduo. 
Normalmente, a temperatura corporal sobe e baixa todos os dias. O ponto mais 
baixo é atingido às 6 horas da manhã e o mais alto entre as 4 e as 6 horas da tarde. 
Embora seja habitual dizer-se que a temperatura normal do corpo é de 37ºC, o mínimo 
normal às 6 horas da manhã é de 37,1ºC e o máximo normal às 4 horas da tarde será 
de 37,7ºC. 
A febre pode seguir um curso em que a temperatura atinge um máximo diário 
e depois volta ao seu nível normal. Por outro lado, a febre pode ser remitente, isto é, 
a temperatura varia, mas nunca volta ao normal. As substâncias causadoras de febre 
recebem o nome de pirogênios e podem provir do interior ou do exterior do organismo. 
Em geral, a febre tem uma causa óbvia, contudo, a infecção não é a única 
causa de febre. Ela pode também ser consequência de uma inflamação, uma infecção 
ou uma reação alérgica. 
Mecanismos de defesa específicos: Este tipo de imunidade é desencadeado 
sempre que o sistema imunitário reconhece um antígeno. Ou seja, a imunidade 
específica, ao contrário da não específica, atua de forma diferente consoante o agente 
patogênico e tem um efeito de memória. Ou seja, o organismo memoriza o agente 
patogênico numa primeira infecção e em infecções posteriores a resposta imunitária 
é mais rápida e poderosa. 
Uma vez desenvolvida a infecção, entra em ação todo o poder do sistema 
imunitário. Este produz várias substâncias que atacam especificamente os 
microrganismos invasores. Por exemplo, os anticorpos aderem a eles e ajudam a 
imobilizá-los. Podem assim destruí-los diretamente ou então ajudar os glóbulos 
brancos a localizá-los e a eliminá-los. Além disso, o sistema imunitário pode enviar 
um tipo de células conhecidas como células T citotóxicas (outro tipo de glóbulos 
brancos) para atacar especificamente o organismo invasor. 
 
16 
 
Os fármacos anti-infecciosos, como os antibióticos, os agentes antimicóticos 
ou antivirais, podem auxiliar as defesas naturais do corpo humano. No entanto, se o 
sistema imunitário se encontrar gravemente enfraquecido,esses medicamentos não 
costumam ser eficazes. 
2.5 Receptores da pele 
Receptores Sensitivos 
Terminações Nervosas Livres: são encontradas em todos os tecidos 
conjuntivos. São mielinizadas ou amielínicas, mas sempre de diâmetro pequeno e 
baixa velocidade de condução (Grupo III ou Grupo IV). Podem ser polimodais ou 
unipodais (nociceptores). São sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e 
especialmente aos dolorosos. São formadas por um axônio ramificado envolto por 
células de Schwann sendo, por sua vez, ambos envolvidos por uma membrana basal. 
Terminações Epidérmicas: Associadas com folículos pilosos (fibras 
mielinizadas): Terminações em Paliçada: as fibras se aproximam do folículo em 
diferentes direções, logo abaixo do ducto sebáceo, onde se divide e corre paralela 
com o pelo na camada folicular externa. 
A macróglia e a micróglia colocam-se entre os neurônios e possuem massa 
citoplasmática distribuída sobretudo em prolongamentos (MACHADO, 2014 
apud, RIBEIRO, 2017). 
Meniscos Táteis (Células de Merkel): Uma fibra aferente costuma estar 
ramificada com vários discos terminais destas ramificações nervosas. Estes discos 
estão englobados em uma célula especializada, cuja superfície distal se fixa às células 
epidérmicas por um prolongamento de seu protoplasma e se interdigitam com os 
ceratinócitos adjacentes. 
Assim, os movimentos de pressão e tração sobre epiderme desencadeiam o 
estímulo. São mecanorreceptores (Tipo I) e de adaptação lenta, receptivos à pressão 
vertical e servidos por grandes aferentes mielinizados (A alfa). São encontrados nas 
partes distais das extremidades e na pele dos lábios e genitais externos. 
 Terminações Nervosas Encapsuladas: Corpúsculos Táteis (Meissner): 
Encontrados nas papilas dérmicas da mão e do pé, parte anterior do antebraço, lábios, 
pálpebra e língua. Tem forma cilíndrica e possui uma cápsula de tecido conjuntivo e 
 
17 
 
um cerne central com fibras nervosas mielínicas. São mecanorreceptores de 
adaptação rápida, fornecendo informações a respeito das forças mecânicas 
rapidamente flutuantes. 
As alterações podem ser vistas em diferentes idades, com exposição 
cumulativa às radiações da luz do sol. Este sistema tem por finalidade, 
possibilitar a quantificação do nível de envelhecimento. (PIAZA, 2010, apud 
LOCKS, 2018). 
Grandes Corpúsculos Lamelados de Vater-Paccini: Encontrados nas faces 
ventrais da mão e do pé, órgãos genitais, braço, pescoço, papila mamária, periósteo 
e próximos às articulações. São ovoides, esféricos e espiralados e cada um possui 
uma cápsula (30 lamelas), uma zona de crescimento intermediária e um cerne central 
(60 lamelas) que contém um terminal axônio. Cada corpúsculo é suprido por uma ou, 
raramente, duas fibras mielinizadas (A alfa). 
Arranjos Cutâneos Especiais: Arranjos que informam o estado mecânico e 
térmico da superfície do corpo, inclusive estímulos nocivos. 
São subdivididos em: mecanoceptores, termoceptores e nociceptores. A 
atividade de fibras nervosas sensitivas isoladas é ativada somente por certos tipos de 
estímulos aplicados à área da pele que ela inerva, o que mostra o seu alto grau de 
especificidade, tornando difícil uma correlação estreita entre morfologia e função. 
 
Receptores de superfície Sensação percebida 
Receptores de Ruffini Calor 
Discos de Merkel Tato e pressão 
Receptores de Vater-Pacini Pressão 
Receptores de Meissner Tato 
Terminações nervosas livres Principalmente dor 
 
2.6 Melanócitos, melanossomas e melanina 
Melanócitos são células fenotipicamente importantes, responsáveis pela 
pigmentação da pele e dos pelos, contribuindo para a tonalidade cutânea, conferindo 
proteção direta aos danos causados pela radiação ultravioleta (RUV). 
 
18 
 
São células dendríticas, embriologicamente derivadas dos melanoblastos, os 
quais se originam da crista neural, migrando para a pele logo, após fechamento do 
tubo neural. Essa migração pode ocorrer para vários destinos, sendo que os 
sinalizadores para os quais direcionam tal processo, ainda precisam ser melhor 
caracterizados. 
Quando se tornam células completamente desenvolvidas, distribuem-se em 
diversos locais: olhos (epitélio pigmentar retiniano, íris e coroide), ouvidos (estrias 
vasculares), sistema nervoso central (leptomeninges), matriz dos pelos, mucosas e 
pele. 
A incidência de melanoma tem aumentado significativamente em populações 
caucasianas nos últimos quarenta anos, tornando-se um dos tipos de câncer 
mais frequentes em populações de pele clara. O melanoma é considerado o 
quinto câncer mais comum em homens e o sexto câncer mais comum em 
mulheres nos Estados Unidos, tornando- se um problema de saúde pública. 
(RASTRELLI, 2013, apud MÂNICA, 2017). 
Na pele, estão localizados, na camada basal da epiderme e, ocasionalmente, 
na derme. Projetam seus dendritos, através da camada malpighiana, onde transferem 
seus melanossomas aos ceratinócitos. Essa associação melanócito-ceratinócito é 
denominada: unidade epidérmico-melânica, e é constituída, nos humanos, por um 
melanócito e cerca de trinta e seis ceratinócitos 
Nos melanócitos, a melanina produzida fica armazenada em estruturas 
intracitoplasmáticas específicas, denominadas melanossomas. 
Melanossomas: São organelas elípticas, altamente especializadas, nas quais 
ocorre síntese e deposição de melanina, armazenamento de tirosinase sintetizada 
pelos ribossomos, e representam a sede dos fenômenos bioquímicos em que originam 
a melanina. A síntese de melanina ocorre exclusivamente, nos melanossomas, sendo 
dependente de vários genes. Melanossomas desenvolvem-se em uma série de 
estágios morfologicamente definidos, desde estruturas despigmentadas (estágio I) até 
organelas listradas repletas de melanina (estágio IV). A diferença fenotípica 
fundamental entre as raças mais pigmentadas e menos pigmentadas não reside na 
produção de melanina ou no número de melanócitos, mas, principalmente, na 
qualidade de seus melanossomas. 
Os melanossomas nos indivíduos negros são maiores e mais maduros do que 
nos brancos e são armazenados mais como unidades do que como grupamentos. Nos 
ceratinócitos, a degradação dos melanossomas maiores é retardada, o que também 
 
19 
 
contribui para os níveis mais altos de pigmentação cutânea, nesses casos. Nos 
melanossomas da pele normal, a melanina é extremamente densa, sendo um 
polímero nitrogenado, insolúvel e de alto peso molecular, formando um pigmento que, 
além de dar cor à pele, desempenha função protetora, filtrando e absorvendo as RUV. 
Embora há muito tempo conhecido por sua função na síntese de melanina 
atualmente sabe-se que o hormônio alfamelanócito estimulante (α-MSH) 
apresenta também ampla atividade antiinflamatória, sendo a maioria dos 
efeitos observados in vitro encontrada juntamente com a expressão de seu 
receptor de melanocortina do tipo 1 (MC-R1) (LUGER, 2007, apud SOUZA, 
2015). 
Melanina: A melanina é o principal pigmento biológico envolvido na 
pigmentação cutânea, sendo determinante das diferenças na coloração da pele. O 
elemento inicial do processo biossintético da melanina é a tirosina, um aminoácido 
essencial. A tirosina sofre atuação química da tirosinase, complexo enzimático 
cúprico-proteico, sintetizado nos ribossomos e transferido, através do retículo 
endoplasmático para o Aparelho de Golgi, sendo aglomerado em unidades envoltas 
por membrana, ou seja, os melanossomas. 
Melanogênese: A melanogênese é um processo complexo com diferentes 
estágios. Quando atônito, pode determinar diferentes tipos de defeitos de 
pigmentação, classificados como hipopigmentação ou hiperpigmentação e que podem 
ocorrer com ou sem um número alterado de melanócitos. 
Existem várias dermatoses associadas a defeitos de pigmentação que podem 
ser congênitas ou adquiridas,permanente ou temporário, sistêmico ou com restrição 
de pele.Dado que estas dermatoses têm um impacto importante na qualidade de vida 
dos pacientese seu tratamento pode ser insatisfatório, as indústrias farmacêutica e 
cosmética continuamente buscando novas soluções. 
Raios UVB E UVA penetram na epiderme e derme, a exposição solar crônica 
sobre os acarreta sobrecarga RL, esgotando os mecanismos celulares de 
defesa, ocorrendo o processo de senescência. (CAMPOS, 2003, apud 
CARVALHO, 2017). 
2.7 Ciclo de renovação cutânea 
As células da pele se renovam e levam 28 dias para chegar à superfície. Porém 
em indivíduos idosos, esse processo pode levar cerca de 40 dias. Isso quer dizer que 
a epiderme, a camada mais superficial da pele, acaba se tornando um acumulado de 
 
20 
 
células envelhecidas e mortas, o que deixa uma aparência nada bonita. Outros 
fatores, como a exposição excessiva ao sol, a poluição, a falta de sono e a 
desnutrição, podem piorar esse quadro. 
Benefícios da renovação celular: Redução da espessura da camada córnea, 
melhorando a textura e a maciez, clareamento, garantindo luminosidade e 
uniformização do tom da pele, aumento da hidratação, melhoria da firmeza e da 
elasticidade, através do estímulo de colágeno. 
Os fatores de crescimento derivados de plaquetas atuam como agentes 
reguladores e estimuladores dos processos celulares de mitogênese, 
quimiotaxia, diferenciação e metabolismo. As proteínas plaquetárias 
apresentam efeitos sobre vários tipos de células induzindo processos de 
migração, multiplicação, diferenciação, sobrevivência e produção de material 
extracelular. (GANCEVICIENE, 2012, apud PAVANI, 2016). 
3 VIAS DE PERMEAÇÃO DE ATIVOS 
O uso de produtos cosméticos é datado desde a pré-história até a rotina atual. 
A penetração destes é através da pele, que possui diversas camadas, sendo 
necessário o desenvolvimento de formulações com propriedades de alcançar o local 
de ação através do uso de sistemas de liberação de ativos. 
Os mecanismos de permeação na pele são: 
Via transfolicular: penetrando no folículo piloso (ou pelo) e após se distribuindo 
nas camadas da epiderme. O pelo funciona como reservatório dos ativos. 
Permeação transcelular: quando atravessa diretamente através do estrato 
córneo e a matriz intracelular lipídica, ou seja, por dentro das células. 
Permeação intercelular: quando os ativos passam entre as células da 
epiderme. 
Os termos penetração ou absorção cutânea são usados para produtos que 
possuem ação tópica, ou seja, formulações cosméticas e dermatológicas, 
enquanto os termos permeação cutânea ou absorção transcutânea tem sido 
mais empregados para produtos de ação sistêmica, ou seja, transdérmicos 
(SILVA et al, 2010, apud STOCCO, 2014). 
A penetração de ativos é um fator muito importante em cosméticos e, por isso, 
deve ser controlado. Uma penetração insuficiente não gera efeitos, tornando a 
formulação ineficaz. Já uma penetração excessiva pode gerar a absorção sistêmica 
do ativo e assim causar efeitos sistêmicos. 
 
21 
 
A penetração de ativos na pele depende de uma série de fatores como raça 
(caucasianos possuem a pele mais permeável), idade e local do corpo (palma das 
mãos é a área menos permeável), estado da pele (íntegra ou danificada), hidratação 
da pele (pele mais hidratada é mais permeável) e características próprias do ativo e 
do veículo. 
4 ANAMNESE DA PELE 
Antes de efetuar qualquer procedimento, seja facial ou corporal, é muito 
importante o preenchimento da ficha de anamnese geral, assim como garantir a 
veracidade das informações contidas nela, para oferecer um tratamento seguro e o 
melhor resultado aos clientes. O cliente deve ser informado que não deve omitir 
nenhum tipo de problema, uma vez os procedimentos, sejam manuais ou com uso de 
eletroterapia possuem inúmeras contraindicações. 
A pele é o maior órgão do corpo, conferindo 16% do peso corporal e 
desempenha múltiplas funções. Ela recobre a superfície do corpo e é 
constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e 
uma porção conjuntiva de origem mesodérmica, a derme. (JUNQUEIRA, 
2017, apud LOCKS, 2018). 
Saber avaliar corretamente os tipos de pele e suas subclassificações é ter a 
certeza dos resultados positivos com o tratamento mais adequado ao tipo de pele do 
seu cliente. Por isso, antes de realizar qualquer procedimento é necessário observar 
as características da pele, definindo o biotipo e estado cutâneo fazendo um exame 
visual com e sem a lupa, utilizando também a palpação. 
FICHA: AVALIAÇÃO FACIAL 
Nome: 
Endereço completo: Telefone de contato: 
Data do início do tratamento: Tipo de tratamento proposto: 
Biotipo cutâneo 
() Eudérmica () Lipídica () Alípica () Mista 
Estado Cutâneo 
() Normal () Desidratado ()Sensibilizado () Acneico () Seborreico 
Textura 
() Lisa () Áspera 
https://www.mundoestetica.com.br/portfolio-view/ficha-de-anamnese/
 
22 
 
Espessura 
() Fina () Muito fina () Espessa 
Óstios 
() Dilatados na Zona T () Dilatados em toda fase () Contraídos 
Acne 
() Grau I () Grau II () Grau III () Grau IV () Grau V 
Cor da pele 
() Branca () Negra () Amarela ()Parda 
Involução cutânea 
() Linhas () Sulcos () Rugas () Elastose ()Ptose 
Local:_____________________________________________________ 
Fototipo Cutâneo Fitizpatrick 
() Tipo () I Tipo () II Tipo ()III Tipo ()IV Tipo V 
Fotoenvelhecimento Escala de Glogau 
I () II () III () IV () V () 
Obs: ______________________________________________________ 
Manchas Pigmentares (Melanina) 
() Acromia () Efélides () Hipocromia () Melanose () Hipercromia 
() Melanos Solar () Outros: _______________________________________ 
Alterações Vasculares 
() Equimoses () Petéquias () Telangectasias () Eritema () Rosácea 
Outros:_________________________________________________________ 
Lesões de pele 
() Comedões () Pápula () Pústula () Milium () Cisto ()Nódulo () 
Nervo Melanocítico () Dermatite () Ulceração () Hiperqueratose () Psoríase 
() Outros:_______________________________________________ 
Cicatriz 
() Hipertrófica () Atrófica () Queloideana () Retrátil () Hipercrômica 
() Hipocrômica 
Pelos 
() Alopécia ()Foliculite 
Apresenta algum tipo de alergia? ()Sim () Não 
Qual?_________________________________________________________ 
 
23 
 
Entre outras perguntas que podem ser acrescentadas. 
5 PEELINGS 
O peeling é um dos procedimentos estéticos mais realizados nos consultórios 
dermatológicos no Brasil, porque trata diversos problemas de pele. 
O peeling é um procedimento indicado para amenizar marcas e manchas na 
pele. Seu processo envolve a remoção de células mortas e prioriza suavizar as 
alterações decorrentes do envelhecimento da pele, contribuindo em seu aspecto 
saudável e a melhora da sua aparência. É um procedimento abrasivo que remove 
uma fina camada da pele. Esta camada se regenera e recebe um novo 
aspecto, devido às novas células que foram estimuladas a se reproduzir. 
Existem diversos tipos de peeling, como os químicos (que usam substâncias 
químicas como Ácido Salicílico, Ácido Glicólico e Ácido tricloroacético), o peeling físico 
(utiliza superfícies abrasivas), o peeling mecânico, entre outros. 
Quando realizamos um procedimento de peeling, este atinge as estruturas da 
derme e epiderme, estimulando a regeneração daquela superfície. 
6 PEELINGS QUÍMICOS 
 
Fonte: portaleducacao.com.br 
 
24 
 
O peeling químico consiste na aplicação tópica de determinadas substâncias 
químicas capazes de provocar reações que vão desde de uma leve descamação até 
necrose da derme, com remoção da pele em diferentes graus. Isso significa que 
haverá descamação e troca da pele, atuando no tratamento de manchas, acne e 
envelhecimento cutâneo. 
Quando bem indicado o peeling pode promover resultadosexcepcionais, 
principalmente no fotoenvelhecimento. O peeling é realizado, preferencialmente, no 
inverno, para que o excesso de sol não atrapalhe a recuperação da pele. 
Os peelings químicos também podem ser realizados no corpo, como: pescoço, 
colo, braço e mãos, respeitando as restrições e características de cada local. A pele 
do corpo tem maior dificuldade na cicatrização e podem ocorrer mais complicações. 
Os peelings são classificados, conforme a sua capacidade de penetração, 
sendo superficial, médio e profundo. Esse critério, porém, não é absoluto, pois o 
mesmo agente e concentração poderão ser superficiais para uma pele grossa, sem 
preparo, e médio para uma pele mais fina, muito preparada. 
Quanto mais agressivo o peeling, maiores os cuidados e o tempo de 
recuperação. 
Como todo procedimento estético, os peelings não são milagrosos. Eles são 
excelentes ferramentas que em mãos experientes servem para melhorar, suavizar e 
atenuar vários problemas da pele, mas não são mágicos e requerem cuidados 
especiais. Podem ter complicações. Não são procedimentos isentos de riscos. 
6.1 Definição e histórico de utilização 
O termo peeling provém do verbo em inglês to peel do inglês, que significa 
pelar, descamar, desprender. Essa denominação nos leva a conceituação dos 
peelings: “Abrasão da pele promovida por ácidos, lixamento ou laser visando à 
renovação da pele baseando-se na descamação cutânea superficial, média ou 
profunda. ” 
História do peeling: Existem relatos da antiguidade de que mulheres do antigo 
Egito se banhavam em leite fermentado para amaciar e revigorar a pele. Apesar de 
não possuírem o conhecimento científico sobre o que estavam fazendo, estavam 
 
25 
 
realizando um peeling superficial com um alfahidroxiácido denominado ácido lático, 
que é derivado do leite. 
Há indícios de que mulheres turcas utilizavam o fogo para chamuscar a pele, 
promovendo assim uma esfoliação leve, melhorando seu aspecto. Na Índia, as 
mulheres passavam na pele uma mistura de urina com pedra-pomes para estimular a 
descamação dos tecidos. 
Todos esses relatos refletem a busca pela pele perfeita, clara, sem manchas, 
sem rugas, sem sinais de envelhecimento. 
Em 1882, em Hamburgo, Paul G. Unna descreveu as ações do ácido 
salicílico, da resorcina, do ácido tricloroacético (ATA) e do fenol sobre a pele. 
Seu trabalho inicial foi seguido por muitos outros. (BRODY, 2000, apud 
YOKOMIZO, 2013). 
De forma sistemática, a primeira documentação dos peelings na literatura data 
de 1941, quando os pesquisadores Eller e Wolf empregaram a escarificação e o 
peeling cutâneo para o tratamento de cicatrizes. O interesse dos americanos neste 
campo aumentou com ingresso de dermatologistas europeus a partir de 1950. 
Ayres (1960) e Baker Gordon (1961) introduziram o que chamamos da era moderna 
dos peelings químicos. Brody e Hailey (1986) combinaram dois agentes superficiais 
para produzirem um peeling de profundidade média. 
6.2 Tipos de peelings químicos 
O peeling químico também chamado de resurfacing químico, quimioesfoliação 
ou quimiocirurgia, consiste na aplicação de um ou mais agentes cáusticos resultando 
na destruição controlada de partes da epiderme e/ou derme, seguida da regeneração 
dos tecidos epidérmicos e dérmicos. Essas técnicas de aplicação produzem uma 
lesão programada e controlada com coagulação vascular instantânea, resultando no 
rejuvenescimento da pele com redução ou desaparecimento das ceratoses e 
alterações actínicas, discromias, rugas e algumas cicatrizes superficiais. 
Peeling de fenol: A formulação para peeling mais conhecida que utiliza o fenol 
é a de Baker-Gordon (1962), em que o fenol é diluído à concentração que varia de 45 
a 55%. 
Em geral, é seguro e eficaz com resultados duradouros. Quando aplicado à 
pele, o fenol induz a uma queimadura química, que ao longo do tempo resulta no 
 
26 
 
rejuvenescimento da pele. A aplicação por período de tempo maior ocasiona sua 
penetração na derme superior, resultando na formação de uma nova camada de 
colágeno estratificado. A regeneração epidérmica inicia-se 48 horas após a aplicação 
da formulação e se completa no intervalo de sete a 10 dias. 
A maior desvantagem deste tratamento é que seu período de recuperação é 
longo. 
O peeling de fenol funciona bem na pele grossa e oleosa. Há maior tendência 
de aparecerem áreas de hiperpigmentação (manchas escuras) com este peeling. 
O Peeling de ácido tricloroacético apresenta menos efeitos adversos que o 
peeling de fenol e pode ser usado para tratamento de vários tipos cutâneos. Tem ação 
clareadora e risco de má cicatrização menor. Em comparação ao peeling de fenol 
apresenta menor ação sobre a pele queimada pelo sol e sobre as rugas faciais 
grossas, especialmente ao redor da boca. É indicado o pré-tratamento com Retin-A e 
hidroquinona a 4%, durante 4 a 6 semanas, para potencializar os seus efeitos. 
O Peeling de ácido glicólico geralmente utilizado em peelings superficiais, os 
ácidos a-hidroxílico são: o ácido glicólico proveniente da cana de açúcar; o ácido 
láctico do leite azedado; o ácido cítrico das frutas cítricas; o ácido tartárico das uvas; 
e o ácido málico das maçãs. Encontrados em muitos cosméticos em baixas 
concentrações, podem ser usados no pré-tratamento para peelings químicos e terapia 
a laser. Têm a ação de rejuvenescer o estrato córneo de forma semelhante à 
tretinoína. 
A eficácia clínica de um fármaco aplicado por via tópica depende, não só das 
suas propriedades farmacológicas, mas também da sua disponibilidade no 
local de ação. O produto cosmético ou dermatológico deve ter alta eficácia na 
pele e baixa toxicidade sistêmica, por isso, os componentes da formulação 
devem ficar retidos na pele, não alcançando a corrente sanguínea 
(LEONARDI, 2004, apud STOCCO, 2014). 
6.3 Indicações e contraindicações 
Indicação: O peeling facial é um procedimento muito lembrado quando se trata 
da questão rejuvenescimento e melasma. Ele é uma alternativa não cirúrgica para 
deixar ou manter a pele mais lisa, macia, sem rugas ou manchas, mais jovem e 
saudável. 
 
27 
 
Os radicais livres estão envolvidos com processos de envelhecimento, 
desenvolvimento de câncer, mutações e morte celular, através de alterações 
químicas, nas bases nitrogenadas, na ribose do DNA e na quebra de suas 
ligações. (HALLIWELL, 2007, apud MÂNICA, 2017). 
Estimular a produção de colágeno e elastina na pele; promover a renovação 
celular, fazendo a remoção das células mortas, permitindo a regeneração da derme, 
prevenindo assim a aparência envelhecida; promover um processo de esfoliação que 
produz a descamação da pele (retirando as células envelhecidas, e que já não estão 
mais cumprindo sua função), e logo após, fornecer a regeneração do tecido, 
melhorando seu aspecto e textura. 
Os peelings são contraindicados em casos de gravidez, lactação, lesões 
herpéticas ativas, infecção bacteriana ou fúngica, dermatite facial, uso de 
medicamentos fotossensibilizantes, alergias aos componentes do peeling e 
expectativas irrealistas. (MENDONÇA, 2012, apud YOKPMIZO, 2013) 
Contraindicação: A realização do peeling químico está sujeita a 
complicações, que tendem a aumentar conforme aumenta sua penetração e 
profundidade. As principais complicações são: eritema, hiperpigmentação ou 
hipopigmentação, cicatriz, infecção, prurido e dor. O eritema sempre ocorre no pós-
operatório dos peelings devido a fatores como vasodilatação e afinamento da pele, 
sendo, nesses casos, transitórios. 
A hiperpigmentação é decorrente do processo inflamatório causado pela 
agressão química e ocorre mais frequentemente em pacientes com pele morena. Essa 
complicação deve ser tratada com clareadores (em geral hidroquinona) e filtro solar. 
Os agentes tóxicos da nicotina causam inflamação no tecido que reveste os 
brônquios, levando a danos permanentes, ao reduzir a capacidade pulmonar 
de fazer as trocas gasosas de modo eficiente,levando a doença pulmonar 
obstrutiva crônica (DPOC), que inclui a bronquite crônica, enfisema pulmonar 
e doenças obstrutivas das vias aéreas. (CANADÁ, 2007, apud CARVALHO, 
2017). 
A cicatriz hipertrófica é mais frequente nos peelings profundos, podendo 
também ocorrer em locais finos como pálpebra e área de transição da mandíbula. 
Deve ser tratada com infiltração de corticoides e uso de placas de silicone. 
A hipopigmentação também é associada a peelings profundos, causada pela 
destruição de melanócitos, sendo o tratamento muito difícil nessas situações. 
A infecção está associada com a umidade das crostas e pode ser evitada com 
o uso de pomadas com antibióticos. A infecção por herpes simples ocorre em 
 
28 
 
pacientes predispostos, devido ao afinamento, inflamação e fragilidade da pele. Todos 
os pacientes submetidos a peelings médio e profundos devem ser previamente 
tratados com um antiviral para evitar essa complicação. 
6.4 Mecanismo de ação dos peelings químicos 
Os peelings químicos causam alterações na pele por meio de mecanismos de 
estimulação do crescimento epidérmico mediante a remoção do estrato córneo, 
destruição de camadas específicas da pele lesada, substituindo-as por um novo tecido 
e a indução de uma reação inflamatória mais profunda que a necrose produzida pelo 
agente esfoliante. 
Com o passar do tempo a pele entra em acomodação e não responde mais ao 
tratamento com o ácido e dessa maneira a renovação celular diminui, mas ocorre o 
aumento do efeito cosmético dos ácidos sobre a pele, melhorando a hidratação e a 
plasticidade. 
6.5 Classificação da profundidade dos peelings químicos 
A profundidade da permeação histológica dos peelings químicos depende de 
alguns fatores como pH e concentração do produto a ser aplicado. O peeling pode ser 
classificado como: muito superficial, superficial, médio e profundo. 
Muito superficiais (estrato córneo), esses peelings afinam ou removem o estrato 
córneo e não criam lesão abaixo do estrato granuloso. 
Os peelings são classificados em quatro grupos de acordo com o nível de 
profundidade da necrose tecidual provocada pelo agente esfoliante. Muito 
superficial: irão afinar ou remover o estrato córneo. Superficial: produzem 
necrose de parte ou de toda epiderme em qualquer parte do estrato granuloso 
até a camada de células basais. Médio: produzem necrose da epiderme e de 
parte ou toda derme papilar. Profundo: produz necrose da epiderme e da 
derme papilar que se estende até a derme reticular. Vários são os ácidos que 
podem ser aplicados nos procedimentos de peelings químicos, entretanto os 
mais utilizados são: glicólico, mandélico, retinóico, salicílico, fítico, Kójico, 
TCA e fenol (GUERRA, 2013, apud PEREIRA, 2013). 
Superficial: Este peeling se limita a uma remoção do estrato córneo da pele 
(camada mais superficial). Geralmente epidérmico, e não apresenta riscos de 
complicações ao paciente. Pode ser utilizado em todos os tipos de pele, com a devida 
 
29 
 
escolha do princípio ativo, por ser menos agressivo, não exige repouso para 
recuperação, podendo o cliente voltar às atividades no mesmo dia. Ocorre fina 
descamação, deixando a pele pouco avermelhada e com leve ardor. 
Os alfahidroácidos fazem parte dos peelings superficiais, entre eles, destaca- 
se, o ácido málico e cítrico, o ácido lático (derivado do leite), o ácido glicólico, o ácido 
tártico (derivado das uvas) e os betahidroácidos, como o ácido salicílico. 
Médio: O peeling médio consiste na destruição das camadas específicas da 
pele, dependendo do agente utilizado e sua concentração. Levam a uma descamação 
intensa, são mais agressivos que os peelings superficiais, e retiram manchas e rugas 
de média profundidade. Esse método remove parcial ou totalmente a primeira camada 
da pele, até atingir a derme. 
Profundo: O peeling profundo induz uma reação inflamatória no tecido mais 
profundo causando uma necrose pelo agente esfoliante. Atinge a derme reticular 
agindo nas lesões mais profundas da pele. Esses peelings melhoram, drasticamente 
a profundidade das cicatrizes de acne e flacidez cutânea. 
6.6 Percentual dos ácidos 
Ácido Tricloroacético (TCA): Peeling superficial, utilizado 10 a 30%; médio 
30 a 40%; profundo 50%. Indicado na ocorrência das seguintes situações: melasmas, 
efélides, cicatrizes de acne, queratose actínicas, rugas finas, hiperpigmentação pós-
inflamatória, fotoenvelhecimento. Remove a camada superficial da pele ou até a 
própria derme, (dependendo da concentração), fazendo emergir um novo tecido. 
Estimula a produção de fibras colágenas substancias que garantem a elasticidade e 
a firmeza da pele. 
Não precisa ser neutralizado, mas devem ser feitas compressas calmantes 
durante o procedimento, a fim de aliviar o ardor que causa. Após o peeling, forma-se 
uma crosta aderente que se solta em média após uma semana. 
Ácido carbólico ou Fenol: É derivado do coaltar. Trata-se de uma esfoliação 
química profunda da pele, que utiliza o ácido carbólico (substância química conhecida 
como fenol), o qual provoca destruição de partes da epiderme e derme, seguida de 
posterior regeneração dos tecidos são inegavelmente os mais eficazes. É um peeling 
de exclusividade médica. Possui um grande poder de esfoliação, pois penetra 
 
30 
 
profundamente até a derme reticular, sendo assim indicado para rugas profundas, 
peri-orais e para tratar as queratoses mais severas. 
Ácido Kójico: É uma substância produzida por um cogumelo japonês chamado 
koji, utilizado também na fermentação do arroz para produção de saque. O ácido 
Kójico não causa irritação nem fotossensibilização no usuário, possibilitando seu uso 
até mesmo durante o dia. 
São utilizados em concentrações compreendidas entre 0,005 e 4% em cremes 
e loções não iônicas, géis, géis-creme e loções aquosas clareadoras. Como o ácido 
Kójico é menos irritante, mais suave e não causa fotossensibilização no usuário 
possibilita seu uso até mesmo durante o dia, além disso, o ácido Kójico não oxida, 
podendo ser associados com outros agentes despigmentantes como o ácido glicólico. 
Ácido fítico: O ácido fítico (hexafosfato de inositol) é um ácido orgânico 
componente natural da maioria das sementes de leguminosas e cereais. Apresenta-
se como um líquido viscoso a 50% levemente. Tem ação inibidora sobre a tirosinase, 
apresentando ação despigmentante, antiinflamatória, antioxidante hidratante e agente 
quelante. O tratamento médio de manchas hipercrômicas é de 3 semanas a 2 meses. 
Recomenda-se usar de 0,5 a 2,0 %. O pH de estabilidade é de 4,0 a 4,5. É compatível 
com ácido glicólico, ácido Kójico, ácido retinóico. 
Ácido Salicílico: Ácido salicílico é um beta-hidroxiácido ou ácido 2-
hidroxibenzóico, extraído do Salix Alba (salgueiro branco), usado em concentração de 
no máximo 20%. Provoca um ardor intenso nos primeiros 2-3 minutos da aplicação, 
que corresponde à precipitação dos sais; após a precipitação a dor diminui e não há 
mais penetração. O produto não é neutralizado, devendo ser lavado. Pode ser 
realizado semanalmente, e é especialmente indicado para peles oleosas e acnéicas. 
Não deve ser realizado em pacientes alérgicos ao ácido acetilsalicílico. 
Ácido salicílico em peelings, para os casos de queratose actínicas e 
seborreicas, lentiginoes no dorso da mão e do antebraço; na face utilizado em solução 
alcoólica a 35% por cerca de 5 minutos, seguida de neutralização com água, neste 
caso indicado para clareamento da pele, atenuação das rugas e tratamento de 
comedões. A descamação se inicia em torno do 4-5º dia prolongando-se por cerca de 
10 dias, com eritema mínimo podendo ser repetidos entre 2 a 4 semanas. Alguns 
cuidados devem ser observados após o peeling durante as primeiras semanas: 
 
31 
 
Colocar compressas de água frias, Hidratações semanais que ajudará a retirar as 
crostas residuais, diminuir o edema e facilitar a revitalização. 
“O peeling químico consiste na aplicaçãode substâncias químicas ou 
vegetais que geralmente são ácidos (AHA), cujas concentrações podem 
variar, promovendo intensa renovação celular” (GOMES, 2013, apud 
OLIVEIRA, 2015). 
Ácido Retinóico: Ácido retinóico, tretinoína ou vitamina A ácida é um agente 
anti acnéico e anti-psoríasico eficaz, que atua sobre receptores nucleares nas células-
alvo, estimulando assim a mitose e a renovação das células. 
O uso do ácido retinóico a 0,05% para a redução de rugas e linhas de 
expressão, para a prevenção do envelhecimento cutâneo e para o tratamento da pele 
danificada pelo sol. Porém pode ser usado na dosagem de 3 a 5% 
A ação da substância estimula uma maior produção de colágeno que 
interrompe o processo inflamatório e preenche a depressão caso ela já esteja se 
formando, os resultados após a quarta sessão, que devem ser de seis a dez, feitas 
quinzenalmente. Para o tratamento da acne, não se deve associar o ácido retinóico e 
o peroxido de benzoíla na mesma formulação, uma vez que o primeiro é oxidado pelo 
segundo. 
Ácido mandélico: Considerado o AHA de maior peso molecular, com absorção 
lenta da pele, favorecendo um efeito uniforme, indicado principalmente a peles 
sensíveis, é obtido do extrato de amêndoas amargas, bastante utilizado para 
combater, hiperpigmentações, além de ser utilizado como peeling, o ácido mandélico 
é bastante utilizado em cremes rejuvenescedores com combinações de vitaminas A,C 
e E, para tratamento de rugas finas, linhas de expressão, melhora da textura da pele 
e para clarear manchas. Este ácido é uma opção entre os alfahidroxiácido. Pode ser 
usado em formulações a 5% uso diário e 20% para peelings no consultório. 
Ácido Glicólico: Ácido glicólico (ácido hidroxietanóico, ácido hidroxiacético) é 
o AHA mais curto, com apenas dois átomos de carbono. Extraído da cana-de-açúcar, 
é extremamente hidrofílico, tem pH de 0,5, pH de uma solução de ácido glicólico 
determina seu poder de acidificação sobre a pele: uma solução de ácido glicólico a 
3%em pH 3 é capaz de acidificar as primeiras cinco camadas de corneócitos, em 
quanto a 10%e pH 3, causa acidificação mais profunda e mais rápida da epiderme. 
O ácido glicólico além de estimular a produção de colágeno, reduz a produção 
de melanina, sendo úteis no combate as hiperpigmentações. O peeling de ácido 
 
32 
 
glicólico mostra-se benéfico para peles com propensão à acne, pois ajuda a manter 
os poros livres do excesso de queratinócitos e também para diminuir sinais e manchas 
da idade, bem como a queratose actínica, em longo prazo demonstra melhora gradual 
na qualidade e no tônus da pele, se tornando mais macia e uniforme; por se tratar de 
um peeling não toxico ao melanócito, pode ser utilizado em peles escuras e em todas 
as estações, lembrando-se de utilizar sempre o filtro solar. 
O ácido glicólico é utilizado no rejuvenescimento da pele, diminui a espessura 
e na compactação do extrato córneo, estimula a síntese de colágeno e é hidratante. 
Este ácido é usado no tratamento da acne, queratose actínica, hipercromia e 
atenuação de rugas finas e linhas de expressão. Pode ser usado de 2 a 70%, 
dependendo do caso. É aplicado como peeling numa concentração de 70%, 
concentrações mais baixas, usado no tratamento da acne, queratose actínica, 
hipercromia e atenuação de rugas finas, como 2%, são utilizadas em cremes faciais. 
Ácido azeláico: (ácido 1,7-dicarboxílico nítrico nonadícico), também 
denominado ácido monanodióico, é um inibidor competitivo das enzimas de óxido-
redução e também um antioxidante. É eficaz no tratamento de hiperpigmentação pós-
inflamatória e melasma, devido à sua ação antitirosinase, à inibição da energia 
produzida durante os processos de síntese da célula e à ação anti-radicais. A eficácia 
terapêutica do Ácido azeláico no tratamento da acne baseia-se em sua ação 
antimicrobiana e na influência direta sobre a hiperqueratose folicular. Recomendação 
de uso de 10 a 20% em cremes e loções. 
O ácido azeláico possui propriedades antimicrobianas, comedolíticas e anti-
inflamatórias, sendo usado como segunda linha. Pode causar 
hipopigmentação. Recomenda-se a aplicação inicial noturna (creme a 20%), 
podendo-se aumentar até 2 a 3 vezes por dia. (DUNLAP, 1998, apud SILVA, 
2014). 
Utilizado como: Antibacteriano, Anti-inflamatório, Antiacneico, Despigmentante, 
Inibe a síntese de melanina e reduz a oleosidade da pele. 
Ácido láctico: O mecanismo de ação consiste na estimulação de fibroblastos, 
em resposta a uma inflamação tecidual subclínica. Essa fibroplasia produz o resultado 
cosmético desejado. É um alfahidroxiácido, usado a 85%, pH 3,5 em solução 
hidroalcoólica, com atividades similares ao ácido glicólico. Pode ser usado como 
agente de peeling no tratamento de melasma. Promove a melhora no contorno facial, 
 
33 
 
incluindo linhas mandibulares, sulcos nasogenianos, região temporal, região malar e 
a correção de linhas de marionetes, restaurando a forma harmônica da face. 
Contraindicado áreas previamente tratadas com preenchedores permanentes 
como silicone ou polimetilmetacrilato, e pacientes em uso de aspirina, vitamina E, 
cápsulas de óleo de peixe, e anticoagulantes, que deve ser interrompido dez dias 
antes do procedimento. Também não está aprovado seu uso em crianças, gestantes, 
lactantes. Outras contraindicações são: uso de imunossupressores, tabagismo 
pesado e pacientes ansiosos por resultados imediatos. Pacientes em uso crônico de 
imunossupressores e anti-inflamatórios como os corticoides devem ser abordados 
com muito cuidado, pois a supressão da resposta inflamatória durante o tratamento 
com prednisona pode levar a uma resposta subterapêutica. 
Peróxido de benzoíla: Tem atividade antibacteriana e ceratolítica e é a 
primeira linha de tratamento para acne leve a moderada. 
O peróxido de benzoíla deve ser aplicado, uma vez ao dia, em toda a pele da 
face e não só nas lesões visíveis. As concentrações disponíveis variam desde 1% até 
10% e podem ser usadas na gestação1,11. A supressão do P. acnes é similar com as 
concentrações de 2,5%, 5,0% ou 10,0%, o que determina a opção pelas baixas 
concentrações que são menos irritantes. 
Ácido Hialurônico: O ácido hialurônico é um polissacarídeo 
glicosaminoglicano presente na matriz extracelular da pele, tecido conectivo e no 
humor vítreo. Tem como funções hidratação, lubrificação e estabilização desses 
meios. 
O AH é um polímero natural encontrado na matriz extracelular de vários 
tecidos como cartilagem humana, fluido sinovial articular, derme, cérebro, 
fluido vítreo e tecidos conectivos. (GUTOWSKI, 2016, apud MAIA, 2018). 
As técnicas utilizadas nos preenchimentos são definidas de acordo com as 
indicações clinicas e podem ser realizadas, por vezes utilizando-se de vias de acesso 
diferentes (intradérmica ou subcutânea). 
Por se tratar de uma molécula altamente higroscópica, o ácido hialurônico tem 
a capacidade de absorver uma grande quantidade de água, permitindo a hidratação 
do local onde é aplicado. Essa ação confere mais elasticidade, tonicidade, suavidade 
e uma superfície mais uniforme da pele. Quando aplicado sob a pele o ácido 
hialurônico forma um filme fino, invisível capaz de controlar a hidratação da pele sem 
 
34 
 
afetar a respiração cutânea. É indicado no uso cosmético, no tratamento facial e 
corporal em géis, géis-creme, emulsões hidratantes e cremes. A dose recomendada 
é de 1 a 10%. 
Entre suas ações podemos citar: Promove a hidratação da pele, regeneração 
celular, proteção contra infecções e lubrificação da pele. 
Solução de Jessner: solução alcoólica que mistura um alfahidroxiácido (ácido 
lático) resorcinol (derivado do fenol) e ácido salicílico. Apresenta coloração clara, com 
cheiro característico. Sua aplicação provoca discreto avermelhamento e ardor, e com 
várias passadas o eritema torna-se intenso, podendo chegar a um "frost" verdadeiro. 
Proporciona leve descamação nos dias subsequentes aopeeling. Também devem ser 
evitados pelos alérgicos ao ácido acetilsalicílico. 
6.7 Modo de aplicação dos peelings químicos 
O primeiro passo para aplicação do peeling é a escolha do ácido de acordo 
com a avaliação da pele do paciente. 
Para evitar efeitos contrários do peeling, é necessário que seja escolhido a 
menor concentração possível para a primeira aplicação do mesmo. Se quiser, 
aumente a potência do peeling com o tempo, conforme sua pele se acostuma ao 
processo. Na primeira vez, escolha uma fórmula que contenha no máximo os 
seguintes percentuais do ingrediente ativo. 
Observação: O paciente deve interromper qualquer tratamento com produtos 
que contenham tretinoína, normalmente utilizados no tratamento da acne, pelo menos 
uma semana antes do peeling químico, pois eles podem irritar a pele e impactar o 
resultado do peeling. 
No caso de um peeling com ácido glicólico ou lático, interrompa o uso quatro 
dias antes e após o peeling. No caso de um peeling com ácido tricloroacético, 
interrompa o uso por cinco dias antes do peeling e dez dias depois. 
Esfolie a pele: Faça uma esfoliação suave antes do tratamento. Enxágue o 
rosto e aplique uma solução de pH para preparar a pele para o peeling. 
Faça um teste antes de aplicar o peeling por todo o rosto. Passe uma pequena 
quantidade do produto no antebraço ou na região atrás da orelha. Deixe agir por um 
minuto e enxágue. Após 24 horas, verifique o local e veja se há alguma irritação. 
 
35 
 
Se a pele estiver normal, faça o peeling químico normalmente. Se ela estiver 
irritada, vermelha ou sensível demais, reduza a concentração do ingrediente ativo e 
faça outro teste. Caso ainda haja reação, não faça o peeling químico. 
Aplique o peeling com um cotonete ou uma bola de sabão (se usar os dedos, 
a pele deles pode começar a descascar). 
O melasma é alteração pigmentar adquirida que se caracteriza por máculas 
hipercrômicas principalmente na face, atingindo frequentemente as 
mulheres1 e sendo desconhecida sua verdadeira incidência. (GRIMES, 1995, 
apud MAGALHÃES, 2010). 
Lave o rosto antes do procedimento. Use água e um produto de limpeza facial 
que não contenha sabão. Finalize a limpeza passando um adstringente neutro, como 
Hamamélis. Deixe o rosto secar antes de iniciar o tratamento. 
Proteja as áreas sensíveis com vaselina: Tome cuidado para não aplicar o 
peeling nas áreas sensíveis da pele, como ao redor dos olhos, nas narinas e nos 
cantos da boca. Proteja tais regiões com um pouco de vaselina para evitar a ação do 
ácido. 
Aplique uma camada uniforme do peeling químico sobre a pele usando um 
cotonete ou uma bola de algodão: Comece pelas áreas menos sensíveis, como a 
testa, o queixo e as bochechas. Depois, siga para as regiões mais próximas dos olhos 
e do nariz. 
A aplicação deve ser homogênea para que os resultados sejam consistentes. 
Deixe o produto agir pelo tempo recomendado: O período recomendado 
normalmente é de dois minutos, dependendo da concentração e dos ingredientes 
ativos. Lave o rosto caso a pele comece a ficar rosada. 
Fique atento aos sinais de irritação. Por mais que uma leve ardência seja 
normal, remova o peeling caso a pele fique irritada demais. 
Use o teste que fez no dia anterior para determinar por quanto tempo deixar o 
produto agir no rosto. Se a pele começou a arder após dois minutos de teste, aplique 
o peeling por um minuto no rosto. 
Remova o peeling do rosto e aplique uma solução neutralizadora. 
Por segurança, prepare uma mistura de água e bicarbonato de sódio antes de 
aplicar o peeling. Caso o peeling comece a irritar a pele, aplique a mistura no rosto 
após lavá-lo. 
 
36 
 
6.8 Intercorrências com a aplicação de ácidos 
As complicações variam de acordo com o tipo e profundidade do procedimento, 
a habilidade do profissional que o utilizou e as características do próprio paciente. 
 As complicações mais comuns são: alterações pigmentares: hiperpigmentação 
pós-inflamatória e hipopigmentação. Esta última pode ser muito persistente e muitas 
vezes difícil de tratar. Podem ser utilizados corticosteroides tópicos, tretinoína, 
hidroquinona ou alfahidroxiácido; infecções: bacterianas (Staphylococcus, 
Streptococcus, Pseudomonas), virais (herpes simples) e fúngicas (cândida). Devem 
ser tratadas de forma agressiva e adequada; as cicatrizes são mais frequentes após 
peelings médios ou profundos. O preparo adequado, a escolha correta do agente e 
cuidados pós-operatórios podem ajudar na prevenção dessa complicação. 
6.9 Orientações e cuidados pré e pós-peelings 
Os cuidados Pré peeling, são os cuidados com a pele no período que antecede 
o procedimento (14 a 21 dias antes), com o objetivo de preparar a pele para o 
procedimento de peeling. Ele reduz a espessura da camada córnea, facilitando a 
penetração uniforme dos agentes esfoliantes. Diminui o risco de hiperpigmentação 
pós inflamatória. 
A hipercromia pós-inflamatória (HPI) é sequela importante de dermatoses 
inflamatórias.1 Pode suceder inúmeras dermatoses, e seu tratamento é 
desafiador. (DAVIS, 2010, apud REINEHR, 2015). 
Para garantir a segurança do tratamento e ter melhor aproveitamento dos 
efeitos do peeling, é necessário tomar alguns cuidados com a pele anteriormente. Um 
dos primeiros passos é a higienização da pele. Ela deve estar limpa e desengordurada 
para que as substâncias usadas no peeling sejam absorvidas. Além disso, 
recomenda-se a suspensão do uso de ácidos uma semana antes do peeling, a fim de 
evitar o surgimento de irritações e manchas. 
Outro cuidado importante é o uso frequente de protetor solar, já que estar com 
a pele bronzeada quando o procedimento for realizado pode ocasionar manchas. 
Converse com o seu dermatologista para saber quais melhores cuidados pré-peeling 
para as necessidades da sua pele. 
https://www.lojaadcos.com.br/belezacomsaude/higienizacao/
https://www.lojaadcos.com.br/belezacomsaude/manchas-na-pele-tipos-e-cuidados-especificos/
https://www.lojaadcos.com.br/tratamento-facial/fotoprotecao-solar
 
37 
 
Cuidados no Pós peeling: Aplique um creme hidratante logo após o 
peeling. Passe o creme, espalhando-o por toda a pele. Reaplique de 10 a 20 vezes 
ao dia para não deixar a pele ressecar. 
Caso a pele comece a descascar, não mexa. Deixe a pele se recuperar 
naturalmente e aplique um pouco de vaselina nas áreas mais ressecadas. 
Alivie a vermelhidão. É normal que a pele fique vermelha e irritada após um 
peeling, seja por algumas horas ou por um dia inteiro. Pressione uma toalha úmida e 
fria sobre o rosto, aplique gel de Aloe vera. 
Proteja o rosto do sol. A pele da face ficará bastante sensível após o peeling, 
portanto, evite a luz solar direta. 
Lave o rosto pelo menos duas vezes ao dia com um produto de limpeza facial 
por meio minuto. Enxágue a pele com água morna e seque com uma toalha limpa, 
dando batidinhas. Não esfregue. 
Oriente seu paciente em caso de formação de bolhas, aumento da 
sensibilidade, para que retorne ao consultório e tome as devidas providências. 
Consulte um médico caso a pele forme casquinha ou solte pus. 
Serão necessárias algumas aplicações para que os resultados sejam 
perceptíveis. 
Os peelings de ácido tricloroacético são abrasivos e deixam a pele sensível por 
mais tempo. Siga as instruções de uso, hidrate bem a pele e permaneça longe da luz 
do sol caso a pele fique irritada. 
Não deixe o peeling químico no rosto por tempo demais, ou você pode causar 
danos na pele. Preste atenção no tempo de aplicação para poder aproveitar os 
benefícios do tratamento sem nenhum efeito colateral. 
Se desejar, repita o processo do peeling (30% de ácido glicólico ou ácido lático) 
no máximo a cada duas semanas. O peeling de ácido tricloroacético pode ser repetido 
no máximo uma vez por mês. 
Os peelings químicos podem contribuir no tratamento do melasma. 
(STEINER, 2009, apud MAGALHÃES, 2010). 
Pós o peeling químico a pele fica muito sensível e, por isso,

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