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livro-DERMATOLOGIA-E-DISFUNCOES-DA-PELE-pdf

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Prévia do material em texto

G R A D U A Ç Ã O
ME. SILVANA GOZZI PEREIRA LIMA
ESP. VALÉRIA FÁTIMA DO COUTO
Dermatologia e 
Disfunções da Pele
Híbrido
GRADUAÇÃO
Dermatologia e 
Disfunções 
da Pele 
Me. Silvana Gozzi Pereira Lima
Esp. Valéria Fátima do Couto
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; LIMA, Silvana; COUTO, Valéria. 
 
 Dermatologia e Disfunções da Pele. Silvana Gozzi Pereira 
Lima; Valéria Fátima do Couto. 
 Maringá-PR.: Unicesumar, 2020. 
 168 p.
“Graduação - Híbridos”.
 
 1. Dermatologia. 2. Disfunções . 3. Pele 4. EaD. I. Título.
ISBN 
CDD - 22 ed. 612.79
CIP - NBR 12899 - AACR/2
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação
CEP 87050-900 - Maringá - Paraná
unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
Impresso por:
Coordenador de Conteúdo Lilian Rosana dos 
Santos Moraes.
Designer Educacional Janaína de Souza Pontes 
e Tácia Rocha.
Revisão Textual Cintia Prezoto Ferreira e Erica 
Fernanda Ortega.
Editoração Lavignia da Silva Santos.
Ilustração Welington Vainer Satin de Oliveira.
Realidade Aumentada Matheus Alexander de 
Oliveira Guandalini.
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor e 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos 
Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William 
Victor Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de
Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente
da Mantenedora Cláudio Ferdinandi. 
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James 
Prestes e Tiago Stachon; Diretoria de Graduação
e Pós-graduação Kátia Coelho; Diretoria de 
Permanência Leonardo Spaine; Diretoria de 
Design Educacional Débora Leite; Head de 
Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza 
Filho; Head de Metodologias Ativas Thuinie Daros; 
Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie 
Fukushima; Gerência de Projetos Especiais Daniel 
F. Hey; Gerência de Produção de Conteúdos 
Diogo Ribeiro Garcia; Gerência de Curadoria 
Carolina Abdalla Normann de Freitas; Supervisão 
do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de 
Almeida Toledo; Supervisão de Projetos Especiais 
Yasminn Talyta Tavares Zagonel; Projeto 
Gráfico José Jhonny Coelho e Thayla Guimarães 
Cripaldi; Fotos Shutterstock 
PALAVRA DO REITOR
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalha-
mos com princípios éticos e profissionalismo, não 
somente para oferecer uma educação de qualida-
de, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-
-nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emo-
cional e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois 
cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos 
mais de 100 mil estudantes espalhados em todo 
o Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá, 
Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 
300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de 
graduação e pós-graduação. Produzimos e revi-
samos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil 
exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo 
MEC como uma instituição de excelência, com 
IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 
10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos 
educadores soluções inteligentes para as ne-
cessidades de todos. Para continuar relevante, a 
instituição de educação precisa ter pelo menos 
três virtudes: inovação, coragem e compromisso 
com a qualidade. Por isso, desenvolvemos, para 
os cursos de Bem-estar, metodologias ativas, as 
quais visam reunir o melhor do ensino presencial 
e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
BOAS-VINDAS
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Co-
munidade do Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a 
Unicesumar tem sido conhecida pelos nossos alu-
nos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é 
importante destacar aqui que não estamos falando 
mais daquele conhecimento estático, repetitivo, 
local e elitizado, mas de um conhecimento dinâ-
mico, renovável em minutos, atemporal, global, 
democratizado, transformado pelas tecnologias 
digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comu-
nicação têm nos aproximado cada vez mais de 
pessoas, lugares, informações, da educação por 
meio da conectividade via internet, do acesso 
wireless em diferentes lugares e da mobilidade 
dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets ace-
leraram a informação e a produção do conheci-
mento, que não reconhece mais fuso horário e 
atravessa oceanos em segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer 
transformou-se hoje em um dos principais fatores de 
agregação de valor, de superação das desigualdades, 
propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber 
cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e 
usar a tecnologia que temos e que está disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg 
modificou toda uma cultura e forma de conhecer, 
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, 
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa 
cultura e transformando a todos nós. Então, prio-
rizar o conhecimento hoje, por meio da Educação 
a Distância (EAD), significa possibilitar o contato 
com ambientes cativantes, ricos em informações 
e interatividade. É um processo desafiador, que 
ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores 
oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida 
sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que 
a EAD da Unicesumar se propõe a fazer.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você 
está iniciando um processo de transformação, 
pois quando investimos em nossa formação, seja 
ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, 
consequentemente, transformamos também a so-
ciedade na qual estamos inseridos. De que forma 
o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabe-
lecendo mudanças capazes de alcançar um nível 
de desenvolvimento compatível com os desafios 
que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o 
Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompa-
nhará durante todo este processo, pois conforme 
Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na 
transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem 
dialógica e encontram-se integrados à proposta 
pedagógica, contribuindo no processo educa-
cional, complementando sua formação profis-
sional, desenvolvendo competências e habilida-
des, e aplicando conceitos teóricos em situação 
de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como 
principal objetivo “provocar uma aproximação 
entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita 
o desenvolvimento da autonomia em busca dos 
conhecimentos necessários para a sua formação 
pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de 
crescimento e construção do conhecimento deve 
ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos 
pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar 
lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o Stu-
deo, que é o seu Ambiente Virtual de Aprendiza-
gem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas 
ao vivo e participe das discussões. Além disso, 
lembre-se que existe uma equipe de professores e 
tutores que se encontra disponível para sanar suas 
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de apren-
dizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquili-
dade e segurança sua trajetória acadêmica.
APRESENTAÇÃO
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo 
de transformação com a apresentação deste livro, uma das ferramentas 
fundamentais para cursar a disciplina de Dermatologia e Disfunções da 
Pele. Esperamos que você construa seu processo de aprendizagem neste 
campo tão instigante.
Talvez para você, este será o primeiro contato com a Estética e Cosmética, 
Terapias Integrativas e Complementares e Podologia, áreasde formação 
que estão na contramão da crise do país. Dados recentes de pesquisa do 
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) demonstram que as 
vendas de cosméticos crescem, aproximadamente, 13% ao ano. Esses(as) 
profissionais, quando terminam a graduação, estão capacitados para traba-
lhar em clínicas, spas, hospitais, atendimentos domiciliares, clubes, hotéis, 
academias, enfim, profissionais da área do bem-estar e saúde.
Nesta disciplina, focalizamos nossos estudos em, especialmente, pautar a 
Dermatologia e Disfunções da Pele como ciência, a fim de discutir e analisar 
os conceitos, história, funções, classificações, estruturas, segurança, doenças 
e disfunções, tanto do ponto de vista teórico quanto do prático.
Deste modo, na primeira unidade, trataremos dos conceitos, estruturas e 
classificação da dermatologia e disfunções estéticas e fototipos de pele. A 
finalidade é apresentar você à dermatologia enquanto uma ciência que se 
preocupa com o diagnóstico e tratamento da pele e anexos cutâneos. Em ou-
tras palavras, tem como objeto de estudo o maior órgão do corpo humano.
Na segunda, destacaremos as preparações cosméticas e as alterações da 
sudoração. Com a evolução do homem modificando seus hábitos, estilo de 
vida, alimentação, surgiu a necessidade de uma variedade de apresentações 
dos produtos cosméticos. Discutiremos a estrutura e os componentes de 
um produto e as matérias-primas que os constituem. Mergulharemos no 
universo das formulações, pois não podemos esquecer o quão importante 
é conhecer os princípios ativos e relacioná-los com as características da 
pele e dos anexos de cada cliente/paciente.
As patologias cutâneas serão abordadas na terceira unidade. A ideia central 
é levá-lo(a) a conhecer as doenças que acometem a pele. Cada sistema que 
forma o indivíduo é composto por inúmeras estruturas que interagem 
entre si, trabalhando para promover o equilíbrio (homeostase) e manter o 
funcionamento normal de cada órgão que forma o corpo humano. Conhe-
ceremos os agentes agressores que ameaçam esse equilíbrio resultando em 
alergias, infecções, inflamações, doenças autoimunes, dentre várias outras 
alterações, podendo gerar as patologias. 
Na quarta unidade, apresentaremos as disfunções da pele, alterações orgâ-
nicas de diversas e diferentes causas que podem estar presentes no corpo 
humano. Aprenderemos a diagnosticar, prevenir e tratar, além de orientar 
pacientes/clientes sobre os cuidados gerais, solucionar os problemas esté-
ticos e de saúde e trabalhar na manutenção da beleza da pele.
Na quinta e última unidade do livro, será abordado o processo de cicatriza-
ção e suas consequências – tipos de cicatrizes. Conheceremos a importância 
do sistema imunológico e seus constituintes no processo de reparação 
tecidual e como indivíduos com problemas de cicatrização, como os por-
tadores da patologia diabetes, reagem ao estímulo agressor; discorreremos, 
ainda, sobre os tipos e graus de queimadura. É de suma importância para 
os/as profissionais da área da saúde o conhecimento deste processo, a fim 
de promover sempre a saúde e o bem-estar. 
Finalizamos no desejo de que este livro seja uma fonte de aprendizado e 
transformações na sua trajetória acadêmica e profissional.
Bons estudos!
CURRÍCULO DOS PROFESSORES
Me. Silvana Gozzi Pereira Lima
Mestre em Promoção da Saúde (2014). Pós-graduada em Estética Facial e Corporal (2013). 
Possui graduação em Estética e Cosmética pelo Centro de Ensino Superior de Maringá (2012) 
e graduação em Direito pela Universidade de ALFENAS (2000). Tem experiência nas áreas 
de estética corporal, facial, técnicas minimamente invasivas, capilar, massagens, embeleza-
mento pessoal, saúde coletiva, primeiros socorros, psicologia organizacional, epidemiologia 
e bioestatística, dermatologia e fisiologia humana. Professora dos Cursos de Tecnologia em 
Estética e Cosmética e Fisioterapia. Professora dos cursos de pós-graduação em: Estética 
Facial e Corporal, Pós-operatório facial e corporal, Acupuntura e Biomedicina Esteta.
Currículo Lattes disponível em: http://lattes.cnpq.br/6573527462739239
Esp. Valéria Fatima do Couto
Especialista em Estética Facial e Corporal. Possui graduação em Estética e Cosmética pelo 
Centro de Ensino Superior de Maringá (2016). Atualmente cursa pós-graduação em Acupun-
tura e Técnicas complementares. Possui habilidades nas áreas de estética facial e corporal, na 
elaboração de protocolos e de manuseio de cosméticos, além de facilidade em trabalhos em 
equipe, conhecimento geral em computação e área administrativa. Formada com honras e 
com participações no programa melhores alunos Unicesumar. Tem habilidade para executar 
treinamentos e ministrar cursos. 
Currículo Lattes disponível em: http://lattes.cnpq.br/8572032722955779
Introdução ao 
Estudo da 
Dermatologia 
e Disfunções da Pele
13
Preparação 
Cosmética
47
Patologias 
Cutâneas
73
Disfunções 
da Pele
107
Processo de 
Cicatrização
143
18 Renovação Celular
Utilize o aplicativo 
Unicesumar Experience 
para visualizar a 
Realidade Aumentada.
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Me. Silvana Gozzi Pereira Lima
Esp. Valéria Fátima do Couto
• Compreender o conceito e as características da pele.
• Destacar a importância das camadas da pele para a com-
preensão das disfunções da pele.
• Apresentar as características gerais das camadas da pele, 
de forma que possibilite compreender e avaliar todo o 
processo do estudo da dermatologia e suas disfunções.
• Discriminar todas as formas e tipos da permeabilidade 
cutânea.
• Diferenciar todos os tipos de pele e fototipos para em-
pregar de forma correta os cosmecêuticos e cosméticos.
Introdução ao Estudo da 
Dermatologia
Estrutura da Pele e seus 
Anexos Permeabilidade Cutânea
Tipos e Fototipos de PeleTela Subcutânea
Introdução ao Estudo 
da Dermatologia 
e Disfunções da Pele
Introdução 
ao Estudo 
da Dermatologia
Caro(a) aluno(a), a dermatologia é uma ciência 
que se preocupa com o diagnóstico e tratamento 
da pele e anexos cutâneos e possui como um de 
seus objetivos principais estudar o maior órgão do 
corpo humano: a pele. Nesta unidade, abordare-
mos as camadas da pele, sua estrutura e organi-
zação celular, assim como seus anexos cutâneos, 
tipos e fototipos cutâneos e a tela subcutênea.
A pele é considerada o maior órgão do corpo 
humano, correspondendo a mais de 15% do peso 
corporal, possui várias funções, como a termorre-
gulação, proteção contra agressões físicas, quími-
cas e biológicas, função sensorial, absorve alguns 
gases, raios ultravioletas (possui proteção contra 
eles também) e até mesmo substâncias químicas, 
como toxinas lipossolúveis, realiza a regeneração 
tecidual, além de fazer parte da estética do indi-
víduo, pois esta é a parte do corpo que se mostra 
ao mundo.
A pele tem grande importância estética na so-
ciedade, pois pode influenciar na imagem pessoal 
do indivíduo, possui valorização psíquica e com-
portamental (ROTTA, 2008).
15UNIDADE 1
É uma barreira protetora, pois ela delimita o 
meio interno do meio externo, protegendo con-
tra invasores (micro-organismos) e traumas. Um 
exemplo disso é o manto hidrolipídico formado 
por sebo, água, suor e lipídeos. Este componente 
está presente na superfície da epiderme e, além de 
proteger a pele contra agressores externos, protege 
o tecido contra a desidratação. Esse manto possui 
um pH médio de 5,5 (GERSON et al., 2012).
Sua espessura tem em torno de 1,5 mm, sendo 
mais espessa nas plantas dos pés e nas palmas das 
mãos, onde sua espessura é de, aproximadamente, 
6 mm, pois essas partes do corpo possuem maior 
exposição ao uso e ao desgaste e é conhecida 
como pele glabra, por não possuir pelos. As ou-
tras regiões do corpo apresentam pele mais fina, 
conhecida como pele pilificada, apresentando sul-
cos e pregas características (KAMIZATO; BRITO, 
2014). A camada lúcida encontra-se anexada entre 
a camada córnea e a granulosa no tecido cutâneo 
da palma das mãos e da planta dos pés, ou seja,nessas regiões, a pele fica mais espessa, pois ela 
possui uma camada de pele a mais que nas outras 
partes do corpo.
A pele de um adulto mede, aproximadamente, 
de 1,5 m (quadrados) a 2 m (quadrados) e com-
preende cerca de 3,5 kg do peso corporal (BOR-
GES, 2010).
A pele é dividida em duas camadas: a epider-
me e a derme. Essas camadas ainda sofrem uma 
outra divisão, em que a epiderme se subdivide em 
quatro a cinco camadas, dependendo da região, e 
a derme duas camadas. Cada camada possui ca-
racterísticas próprias diferenciando-se em vários 
aspectos. A epiderme é a parte mais externa da 
pele, enquanto a derme é a camada mais interna. 
A tela subcutânea ou hipoderme possui a função 
de unir a pele ao resto do corpo e nela encontra-
-se a célula adipócito, responsável por armazenar 
energia na forma de triglicerídeo, lembrando que 
este tecido já foi considerado parte da pele, porém 
esta classificação não se utiliza mais. Temos ainda 
os anexos cutâneos presentes na pele, que são os 
folículos pilossebáceos, glândulas sudoríparas e 
as unhas (GERSON et al., 2012).
O tecido epitelial encontra-se, além da pele, nas 
membranas mucosas e revestimento do coração; 
órgãos digestórios e respiratórios; e, até mesmo, 
nas glândulas. 
A absorção de substâncias na pele ocorre por 
meio das células, folículos e poros e de maneira 
limitada, pois alguns ingredientes com o tamanho 
molecular maior podem penetrar na pele, ou seja, 
o tamanho da molécula do ingrediente, entre ou-
tras características, determinará a capacidade de 
penetração da substância. A pele absorve seletiva-
mente, por meio dos folículos pilosos e glândulas 
sebáceas, os produtos e cremes tópicos.
No processo da reprodução e divisão celular, 
as células possuem a capacidade de se dividir, 
gerando novas células para o crescimento e a 
substituição de outras células que estejam dani-
ficadas. As células chamadas filhas se originam, 
em sua grande maioria, das células que se repro-
duzem, dividindo-se em duas células idênticas. 
Esse processo é conhecido como mitose. Se as 
condições forem favoráveis, como alimentos ade-
quados, oxigênio, água, temperatura adequada e a 
capacidade de eliminar detritos esteja correta, as 
células conseguem crescer e se dividirem. Caso as 
condições do meio se tornem desfavoráveis, como 
toxinas (venenos), patologias ou até mesmo danos 
ambientais, as células sofrem danos ou podem ser 
destruídas (GERSON et al., 2012).
As células táteis podem ser encontradas na 
camada epiderme em pequena quantidade e são 
responsáveis por ajudar na percepção tátil. Na 
membrana basal, encontram-se dispersos os den-
drócitos granulares não pigmentados, que partici-
pam da resposta imunológica, ou seja, são células 
macrofágicas protetoras que englobam resíduos 
estranhos e bactérias (KAMIZATO; BRITO, 2014).
16 Introdução ao Estudo da Dermatologia e Disfunções da Pele
A pele torna-se sensível ao toque, pressão, coceira, diferentes 
temperaturas e ao calor por conta das inúmeras terminações 
nervosas sensoriais. O tecido age como um receptor, informando 
o sistema nervoso central (SNC) sobre o que está acontecendo na 
região externa. Posteriormente, por meio das instruções do SNC, 
as estruturas da pele respondem às informações coletadas. 
Fonte: adaptado de Ifould, Conroy e Whittaker (2015).
A derme é formada por tecido conjuntivo; este possui os fibroblastos 
que são as células responsáveis por produzir as fibras de colágeno e 
elastina (proteínas de sustentação da pele) (LACRIMANTI, 2008).
Vários fatores endógenos (por exemplo, alterações genéticas) 
e exógenos (traumas mecânicos repetitivos) podem estar contri-
buindo para que ocorra alterações no tecido cutâneo, podendo 
causar mudanças estéticas, assim como estar colaborando para o 
aparecimento de algumas disfunções ou patologias cutâneas.
Lembrando que nas lesões dermatológicas é importante a análise 
da lesão quanto à forma, localização, tamanho, textura, coloração, 
tempo de duração da lesão e identificar se existe algum sintoma 
associado à lesão além do exame físico.
Alguns métodos complementares de diagnósticos podem ser 
utilizados para identificar o tipo de lesão, por exemplo, o uso das 
próprias mãos: a sensibilidade tátil dos dedos das mãos comple-
menta a avaliação visual, lembrando que o toque deve ser realizado 
em uma pele íntegra. Existem também alguns equipamentos que 
podem ser utilizados para auxiliar no diagnóstico das lesões, por 
exemplo a lâmpada de Wood.
Para identificar as alterações cutâneas e atuar de forma adequada, 
operando os recursos necessários, como os equipamentos eletro-
termoterápicos, os dermocosméticos, as técnicas integrativas com-
plementares (aromaterapia, acupuntura, ozonioterapia, medicina 
ortomolecular), dentre vários outros instrumentos, primeiramente 
é fundamental compreender os mecanismos de funcionamento das 
células que compõe a pele.
17UNIDADE 1
A pele é composta pelas camadas epiderme (mais 
externa) e a camada derme (mais interna), sendo 
que essas camadas ainda têm outras divisões. A 
epiderme é formada por quatro camadas (basal, 
espinhosa, granulosa e córnea), exceto na planta 
dos pés e palma das mãos, onde possui anexa a 
camada lúcida e a camada derme por duas cama-
das (derme papilar e derme reticular). Os anexos 
cutâneos são estruturas que se encontram anexas 
ao tecido (pele), originando-se por meio da in-
vaginação da epiderme na derme, são eles: pelos, 
unhas, glândulas sudorípara e sebácea. A seguir, 
estudaremos as características de cada camada da 
pele assim como de seus anexos cutâneos.
Epiderme
A epiderme é a camada mais externa, constituída, 
principalmente, por queratinócitos que produzem 
a proteína queratina com ação protetora, também 
constituída pelas células melanócitos, células de 
Langerhans e células de Merckel. 
O tecido epitelial não é vascularizado, sua es-
Estrutura da Pele 
e Seus Anexos
18 Introdução ao Estudo da Dermatologia e Disfunções da Pele
pessura irá variar de acordo com a região. Suas 
várias camadas são nomeadas de acordo com a 
composição do tecido, incluindo aspecto das cé-
lulas e textura.
Devido à camada epiderme possuir um reves-
timento de células sobrepostas e a camada mais 
externa da epiderme (córnea) possuir células su-
perficiais achatadas ricas em ceratina, ela é clas-
sificada como epitélio estratificado pavimentoso 
ceratinizado (BORGES, 2010).
É uma camada que se encontra em constan-
te renovação, sendo capaz de gerar os chamados 
anexos derivados da epiderme (unidades piloce-
báceas, unhas e glândulas sudoríparas). A espes-
sura desta camada pode variar entre 0,4 a 1,5 mm, 
CAMADAS DA EPIDERME
Camada
córnia
Camada
lúcida
Camada
granulosa
Camada
espinhosa
Camada
basal
Figura 1 - Camadas da Epiderme
As células que compõem a epiderme são queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e células 
de Merkel. Existem ainda células como os linfócitos, que são habitantes transitórios da epiderme.
enquanto a espessura da pele completa possui 
cerca de 1,5 a 4,0 (FITZPATRICK, 2011). 
A epiderme completa a sua renovação em 
torno de 28 dias, e várias reações e transforma-
ções ocorrem no organismo (LACRIMANTI 
2008). Esta constante "troca" de pele, durante 
a renovação da epiderme, é realizada pela for-
mação de novas células do extrato mais pro-
fundo para o mais externo, ou seja, do basal 
em direção a parte córnea, que é a parte do 
tecido que vamos perdendo para o meio através 
da descamação. Conhecida por ser a camada 
da pele mais externa com a maior barreira de 
permeabilidade, diferencia-se da derme por 
ser avascular.
Renovação Celular
19UNIDADE 1
Camada basal
A camada basal é a camada mais 
profunda da epiderme. Ela é co-
nhecida por seu grande poder 
germinativo, sendo responsável 
por realizar a renovação celu-
lar. A camada basal possui uma 
importante participação na for-
mação da junção dermoepidér-
mica. As células basais encon-
tram-se em constante divisão e, 
à medida que se multiplicam, as 
novascélulas vão empurrando 
as mais antigas em direção à su-
perfície da epiderme. Conforme 
as células vão se encaminhando 
em direção à camada mais ex-
terna (camada córnea), passam 
a pertencer a outras camadas e, 
consequentemente, vão se dife-
renciando, conforme a camada 
em que ela se encontra.
Um pequeno percentual 
das células basais é composto 
por células-tronco caracteri-
zadas por baixa velocidade da 
mitose durante toda a vida do 
indivíduo, produzindo clones 
de queratinócitos chamados 
de células amplificadoras tran-
sitórias (TAC) que se dividem 
rapidamente, porém são pro-
gramadas para um número li-
mitado de mitoses. Origina-se 
duas células por meio da mitose 
das TAC, as quais células pos-
suem características distintas: 
uma célula que permanece na 
camada basal e outra denominada de pós-mitótica ou diferenciada. 
Esta última célula perde a capacidade de mitose, onde inicia um 
processo de diferenciação ceratinocítica, migrando para a superfície 
da pele (AZULAY, 2017).
Células queratinócitos
A célula queratinócito faz a síntese da proteína queratina, a qual 
realiza a proteção da pele. Os queratinócitos e os melanócitos são 
as principais células da camada basal, germinativa da epiderme em 
que as células se renovam, criando uma grande proteção para a pele.
A queratina é encontrada em todas as camadas da epiderme; 
este componente fornece elasticidade e confere proteção à pele. A 
queratina rígida é a proteína encontrada nos pelos e unhas. As cé-
lulas conhecidas como queratinócitos constituem 95% da epiderme 
(GERSON et al., 2012).
Na pele normal, esta camada é formada por uma única fileira 
de queratinócitos justapostos, sendo que a grande maioria dessas 
células possuem a capacidade de se multiplicar – as células germi-
nativas –, pois apresentam morfologia colunar, citoplasma basófilo 
e núcleo grande e oval (AZULAY, 2013).
Célula melanócito
Os melanócitos são células dendríticas derivadas da crista neural 
que ocupam a epiderme a partir do segundo mês do desenvolvimen-
to fetal, não possuem desmossomas (KEDE; SABATOVICH, 2004).
O número desta célula (melanócito) na epiderme é o mesmo, 
independentemente da raça ou cor, embora o que irá determinar 
as diferenças raciais na cor da pele será o número e tamanho dos 
melanossomas (organelas citoplamáticas), que são estruturas sin-
tetizadas pelos melanócitos (ARNOLD; ODOM; JAMES, 1994).
A melanina (proteína) é responsável por proporcionar o pig-
mento da pele, quem a produz é a célula melanócito. A cor da pele 
é originada pela combinação de melanina, caroteno e hemoglobina 
(LACRIMANTI, 2008). Observe onde está inserida a célula mela-
nócito na imagem a seguir.
20 Introdução ao Estudo da Dermatologia e Disfunções da Pele
EPIDERME
Estrato
córneo
Camada
granulosa
Camada
espinhosa
Camada
basal
Queratinócito
morto
Célula de 
Langerhans
Queratinócito
Célula de 
Merkel
MelaninaMelanócito
Figura 2 - Epiderme
A síntese da melanina é realizada mediante a ação da enzima 
tirosinase que transforma a tirosina em 3,4-diidroxifenilalanina 
(DOPA) e está em DOPA-quinona, que após várias alterações 
se transforma em melanina; isto ocorre dentro da estrutura 
melanossoma (KEDE; SABATOVICH, 2004).
A cor da pele é originada pela combinação dos componentes 
melanina, caroteno e hemoglobina (LACRIMANTI, 2008). A 
melanina é a responsável pelas várias tonalidades da pele. Quan-
to maior for o fototipo cutâneo, maior quantidade do pigmento 
melanina terá esta pele.
Células de Langerhans
Outras células déndricas apresentam-se na epiderme, as células 
de Langerhans. São células desprovidas de tirosina. Na micros-
copia eletrônica, são caracterizadas por corpúsculos peculia-
res– estruturas que possuem a forma de uma raquete de tênis 
(grânulos de Birbeck). Essas células estão localizadas na epider-
me, porém podem ser encontradas na derme, nos linfáticos da 
derme, nos linfonodos e no timo. Possui função imunológica, 
atuando no processamento primário de antígenos exógenos que 
atingem o tecido. São consideradas, ainda, células monocitárias 
macrofágicas (RIVITTI, 2014).
Células de Merkel
As células de Merkel aparentam 
receptores táteis, pois estão fre-
quentemente em contato com as 
estruturas axônios da derme pelas 
junções sinápticas. Estas células 
estão presentes na camada basal 
e por meio dos desmossomos se 
unem aos queratinócitos. Encon-
tram-se com mais frequência nos 
lábios e nas mãos (PETRI, 2009).
Estrato espinhoso
A camada espinhosa situa-se 
entre a camada basal e a camada 
granulosa, composta por células 
ceratinócitos com aspecto de es-
pinhos, por isso recebe este nome. 
Este extrato possui várias cama-
das com espessuras distintas.
Camada granulosa
A camada granulosa apresenta 
células com grandes quantidades 
de grânulos, por este motivo são 
denominadas de células granu-
losas. Estes grânulos apresentam 
tamanhos e formas irregulares e 
compõe-se de querato-hialinos 
(RIVITTI, 2018).
Os grânulos de querato-hia-
linos (queratina e profilagrina) 
são formados quando as células 
migram para a camada granu-
losa (SOUTOR; HORDINSKI, 
2015).
21UNIDADE 1
Os grânulos Lamelares possuem, em seu interior, glicoproteínas, ácidos graxos, fosfolipídios, gli-
cosilceramidas e colesterol; são vistos nas células localizadas na parte superior da camada espinhosa, 
porém na camada granulosa em si apresentam-se em grande número. No espaço intercelular, acaba 
sendo liberado o conteúdo desses grânulos, sob a ação de suas hidrolases; é remodelado, transformando 
seus lipídios em 45% de ceramida, 25% de colesterol, 15% de ácido graxo, esfingosina livre, sulfato de 
colesterol, ésteres do colesterol e triglicerídios.
Todos esses elementos juntos depositam-se em torno de cada corneócito em forma de bainha dupla, 
originando a grande barreira lipídica, impedindo a passagem de substâncias polares na epiderme, como 
exemplo a água, sendo este mecanismo o principal responsável por sua relativa impermeabilidade, e, 
quando alcançam superfície, formam juntamente com o sebo o manto lipídico da pele (AZULAY, 2017)
Na camada granulosa, os queratinócitos são achatados, possuem núcleo central e contêm grânulos 
basófilos de querato-hialina, formados principalmente por filamentos de queratina, loricrina e profi-
lagrina (PETRI, 2017).
Profilagrina origina a filagrina, por citoqueratinas e loricrina. A profilagrina é clivada de forma 
cálcio-dependente em monômeros de filagrina onde se ligam com a queratina, originando os micro-
filamentos. A filagrina pode ser decomposta, ainda, em outras moléculas, como o ácido urocânico e 
ácido pirrolidonacarboxílico, que atuam na proteção dos raios UV e na hidratação da camada córnea 
(RIVITTI, 2018).
A loricrina é rica em cisteína e esta proteína, quando liberada pelos grânulos de querato-hielinos, 
conecta-se com estruturas desmossômicas formando o envelope de célula cornificado (PETRI, 2017).
Em condições adequadas, a camada granulosa encontra-se na mesma espessura que a camada córnea.
Camada lúcida
Assim como vimos anteriormente, a camada lúcida está presente em algumas regiões; sua localização 
está entre a camada córnea e granulosa, presente na palma das mãos e na sola dos pés, sendo que nessas 
áreas encontra-se mais espessa que nas demais regiões, pois apresenta uma camada a mais compondo 
a epiderme. O extrato lúcido é composto por duas ou três camadas de células anucleadas, planas, de 
aspecto homogêneo.
Estrato córneo
Para finalizar as camadas da epiderme, falaremos sobre a camada córnea, que é a camada mais externa 
da epiderme, constituída principalmente por células mortas, anucleadas e ricas em queratina, onde 
encontram-se em constante descamação. Estas células possuem a aparência de escamas.
O estrato córneo é composto por células acidófilas de orientação horizontal, sendo consideradas as 
células mais largas do organismo, onde os citoplasmas são repletos de queratina. Esta camada possui 
22 Introdução ao Estudo da Dermatologia e Disfunções da Pele
uma duplacamada lipídica, formada principalmente por colesterol, 
ceramida e ácido graxo, realizando, além da proteção mecânica, 
uma barreira contra a passagem de água e de substâncias solúveis 
(PETRI, 2017).
Quando as células queratinócitos se apresentam no estrato cór-
neo, endurecem e se tornam os corneócitos. Essas células mais o óleo 
presente na pele se combinaram originando uma barreira protetora 
no estrato córneo. As conexões intercelulares denominadas desmos-
somas proporcionam força para as células (GERSON et al., 2012).
Todas as camadas da epiderme possuem variações, mas o estra-
to córneo pode variar de fino a espesso (palmas e plantas), onde 
encontra-se inserida a camada lúcida, delgada lâmina homogênea 
de células eosinofilicas e translúcidas (PETRI, 2017).
Derme
A derme é formada por tecido conjuntivo, vascularizada flexível, 
rígida e elástica. Dependendo da região do corpo, terá variações em 
sua espessura. É composta, principalmente, pelas macromolécula 
colágeno, elastina, proteoglicanas, glicosaminoglicanas e, diferen-
temente da camada epiderme, possui vascularização. A substância 
intersticial, fibras, vasos, nervos, folículos polissebáceos e das glân-
dulas sudoríparas constituem a derme. A camada derme sofre ainda 
uma divisão, sendo a camada reticular mais externa e a camada 
papilar mais interna. Observe como está disposta a camada derme 
na imagem a seguir.
Epiderme
Cutícula
Ceramidas
Colágeno
Elastina
Ácido
hialurônico
Estrato córneo
Camada granular
Estrato Espinhoso
Camada basal
Derme
Figura 3 - Derme
As células que residem na derme 
são os fibroblastos, células den-
dríticas dérmicas, macrófagos, 
e mastócitos. Todos os 
componentes da matriz 
extracelular são produzidos 
pelos fibroblastos que incluem 
os seguintes constituintes: co-
lágenos, elastina e substância 
fundamental.
É constituída por tecido con-
juntivo, composta por substân-
cia fundamental amorfa (região 
com característica gelatinosa), 
rica em carboidratos, enzimas, 
vitaminas e fibroblasto (célula 
que produz colágeno e elastina, 
conferindo sustentabilidade ao 
tecido). Alojam-se nos órgãos e 
anexos da derme. Divide-se em 
derme papilar (em contato com 
a epiderme) e derme reticular 
(em contato com a hipoderme, 
aspecto mais denso) (LACRI-
MANTI, 2008).
Possui duas camadas: a) a pa-
pilar, que se localiza logo abaixo 
da epiderme, possui projeções 
(papilas) que apontam para a 
camada superior; b) as papilas 
dérmicas apresentam vasos san-
guíneos, nutrientes e oxigênio 
para a camada germinativa (lo-
calizada na epiderme), enquan-
to outras contêm terminações 
nervosas (IFOULD; CONROY; 
WHITTAKER, 2015). A cama-
da que corresponde ao restante 
da derme é a reticular, a menor 
23UNIDADE 1
quantidade de fibroblasto e substância fundamental. Possui como característica ser mais espessa, es-
tendendo-se até a hipoderme (RIVITTI, 2018).
Os vasos sanguíneos e linfáticos estão presentes na camada epiderme e são responsáveis por nutrir 
e oxigenar a epiderme–, camada mais externa da pele, a qual é avascular.
Fibroblasto
As células fibroblastos produzem as proteínas colágeno e elastina, glicosaminoglicanas, proteoglicanos e 
glicoproteínas multiadesivas que farão parte da matriz extracelular, além de produzirem também os fatores 
de crescimento, estruturas responsáveis pela proliferação e a diferenciação das células. Os fibroblastos são 
capazes de modular a capacidade metabólica, consequentemente isso refletirá em sua morfologia. Estas 
células são as que mais encontramos no tecido conjuntivo. As células que se encontram em repouso rece-
bem o nome de fibrócito; já os fibroblastos são as células que encontram-se em atividade de síntese intensa 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO; ABRAHAMSOHN, 2017). Para melhor compreensão do conteúdo, a célula 
fibroblasto está representada na imagem a seguir.
FIBROBLASTO
Ácido
hialurônico
Enzimas
Matriz
extracelular Fibrilas de
colágeno
Elastina
Fatores de
crescimento
Ribosomas
Citoplasma
Mitocôndria
Retículo
endoplasmático
rugoso
Núcleo
Aparelho
de Golgi
Microtúbulo
Fibrilas de
colágeno
Figura 4 - Célula Fibroblasto
24 Introdução ao Estudo da Dermatologia e Disfunções da Pele
Junção dermoepidérmica
A junção entre a derme e a epiderme chama-se junção dermoepidér-
mica. As cristas epidérmicas formam-se onde a epiderme se projeta em 
direção da derme, aumentando, assim, a superfície de contato entre as 
duas células, ajudando e facilitando a nutrição das células da camada 
epiderme, já que ela é avascular, deste modo ela necessita da oxigenação 
e nutrição da derme, pelos vasos sanguíneos presentes nesta camada 
(OLIVEIRA et al., 2014).
Anexos Cutâneos
Os anexos cutâneos compreendem as glândulas sudoríparas e se-
báceas, ao folículo piloso e as unhas. Abordaremos a seguir indivi-
dualmente as características de cada anexo cutâneo.
Glândulas 
sudoríparas
As glândulas sudoríparas localizam-se na derme e são responsáveis pela 
produção do suor e, consequentemente, pela regulação da temperatura 
da pele. O suor é constituído por água, sais e ureia.
As Glândulas são divididas em:
• Glândulas sudoríparas apócrinas: sua secreção é com odor. 
Localiza-se nas axilas, na região inguinal e no púbis.
• Glândulas sudoríparas écrinas: presentes em outras regiões 
corpóreas.
Glândula sebácea
Possui a função de produzir sebo, lubrificando, assim, a camada 
superficial da pele. O sebo é formado por substância graxa e 
lipídeos, sendo secretado no folículo piloso, onde é conduzido 
por este até a camada córnea (superfície da pele). A glândula 
sebácea está fixada no folículo piloso (OLIVEIRA et al., 2014).
Assim como dito anteriormen-
te, a célula fibroblasto é capaz 
de produzir as proteínas de 
colágeno e elastina, sendo que 
o colágeno possui a função de 
dar rigidez ao tecido, e a elastina 
proporciona elasticidade para a 
pele, permitindo que ela estique 
e volte ao seu tamanho original. 
As fibras de elastina são mais 
finas e menos abundantes que 
as fibras de colágeno, que cor-
respondem a cerca de 95% do 
tecido conectivo da derme (RI-
VITTI, 2018).
Substância 
fundamental
Na derme, localiza-se a substân-
cia fundamental (uma matriz 
de líquidos). Entre as fibras da 
camada reticular, encontra-se 
o ácido hialurônico, um glico-
saminoglicano, a água e outros 
componentes nas substâncias 
intercelulares, a fim de manter 
o equilíbrio, ajudando na movi-
mentação (migração), metabo-
lismo e crescimento das células 
(GERSON et al., 2012). 
A substância fundamental 
presente no tecido conjuntivo 
preenche os espaços entre as cé-
lulas e fibras, funcionando como 
lubrificante e como barreira con-
tra micro-organismos invasores 
que tentar penetrar na pele.
25UNIDADE 1
Folículo piloso
É uma invaginação da epiderme mais especificamente da camada basal, presente na derme. Nesta 
estrutura, são formados os pelos.
Fases de crescimento do pelo:
• Anágena: fase de crescimento dura cerca de 2 a 6 anos.
• Catágena: dura algumas semanas, conhecida por ser uma fase migratória.
• Telógena: fase de queda, perdura por alguns meses.
Figura 6 - Lâmina ungueal
Figura 5 - Fases do pelo
Unhas
Ônix é o nome técnico das unhas. Essas estruturas são anexos que protegem as extremidades dos dedos 
das mãos e dos pés, sendo compostas por células de queratina corneificadas em lâminas endurecidas 
(de consistência rígida).
Uma única unha possui quatro partes: a posterior ou raiz (sobre a borda da 
pele), lâmina (aderente ao leito ungueal na região inferior), a borda livre e as 
bordas laterais. Essas lâminas queratinizadas recobrem a última 
falange dos dedos (RIVITTI, 2014).
As unhas possuem os seguin-
tes componentes: matrix, lúnula, 
eponíquio, lâmina ungueal, leito 
ungueal e hiponíquio. Semanal-
mente, essas estruturas crescem 
cerca de 0,5 a 1,2 mm (AZU-
LAY, 2017).
A tela subcutânea é um tecido que possui funções, 
tais como proteção contra impactos, isolante térmi-
co, reservatório energético e, ainda, a possui função 
de preenchimento e de modelagemcorporal, pois, 
quanto maior for este tecido, quer dizer que mais 
depósitos de gordura se formaram para o armaze-
namento, conferindo ao indivíduo um aspecto mais 
espesso desta camada, podendo ser visualizado.
Tela subcutânea ou hipoderme é composto 
por tecido conjuntivo frouxo e é formado a partir 
da mesoderme. Composto pelas células adipóci-
tos, fibras colágenas e reticulares, tecido nervoso, 
nódulos linfáticos, células do estroma vascular e 
células imunes (leucócitos, macrófagos), fibro-
blastos e ainda pré-adipócitos (OLIVEIRA et al., 
2014). Observe a localização da hipoderme na 
imagem a seguir.
Tela 
Subcutânea
27UNIDADE 1
Tecido Adiposo
Existem dois tipos de tecido adiposo: tecido adiposo marrom (adipócito multilocular) e tecido adiposo 
branco (adipócito unilocular), classificados desta forma dependendo do tipo de célula que o compõe: 
• Tecido adiposo marrom: as fibras nervosas e vasos sanguíneos permeiam os adipócitos 
multiloculares. É mais lobular que o tecido adiposo branco. No organismo humano, este tipo 
de tecido encontra-se apenas em embriões e neonatos. Depois do nascimento, as gotículas de 
gordura se juntam para formar gotículas uniloculares. Em alguns indivíduos idosos ou pessoas 
com doenças degenerativas, os adipócitos multiloculares podem aparecer novamente.
• Tecido adiposo branco: formado por adipócitos uniloculares. Localiza-se no tecido conjun-
tivo subcutâneo, seu acúmulo em determinadas regiões dependerá de vários fatores, como o 
sexo, idade, alimentação, fatores hormonais, hábitos de vida, dentre várias outras condições. Os 
adipócitos uniloculares são colocados em lóbulos que são separados (imperfeitamente) por 
septos de tecido conjuntivo que carregam fibras nervosas e vasos sanguíneos para os tecidos.
Figura 7 - Tela subcutânea
28 Introdução ao Estudo da Dermatologia e Disfunções da Pele
Célula Adipócito
Os adipócitos (células de gordura) atuam na síntese e armazena-
mento de triglicerídeos. Há dois tipos de adipócitos:
• Adipócito unilocular: são células que são compostas por 
apenas uma gotícula de lipídeos, são arredondadas e grandes. 
Constituem a principal célula de gordura do tecido adiposo 
branco. 
• Adipócito multilocular: a gordura é armazenada em vá-
rias gotículas de lipídios esparramados pelo citoplasma, co-
nhecidas por serem os principais componentes da gordura 
marrom (tecido adiposo marrom).
Observe a representação da célula adipócito na imagem a seguir. 
Célula Adipócito
Citoplasma
Mitocôndria
Núcleo
Membrana
Reservatório
de gordura
Aparelho
de Golgi
Figura 8 - Célula adipócito
Metabolismo Celular
O Metabolismo celular é um processo químico que ocorre no or-
ganismo e se divide em duas fases denominadas anabolismo e ca-
tabolismo, as quais ocorrem de maneira simultânea e constante no 
corpo humano. É por meio deste processo químico que as células 
se alimentam e são capazes de realizar suas atividades. 
O anabolismo é o conjunto 
de reações que promovem a sín-
tese ou reconstrução de molé-
culas complexas a partir de mo-
léculas simples, por exemplo, 
quando realizamos atividade fí-
sica, os nossos músculos (tecido 
muscular) são danificados pela 
prática do exercício; durante o 
descanso, o organismo repara as 
fibras musculares por meio das 
proteínas consumidas na dieta 
alimentar.
Durante este processo de 
construção, o corpo armazena 
algumas substâncias como água, 
alimento e oxigênio para quan-
do as células precisarem destes 
componentes para seu reparo 
ou crescimento. Um exemplo de 
anabolismo é a síntese de pro-
teínas a partir dos aminoácidos.
Por outro lado, o catabo-
lismo é o conjunto de reações 
que promovem a degradação 
das moléculas; caracteriza-se 
por ser a fase em que as mo-
léculas maiores são divididas 
dando origem a moléculas 
menores. A energia que é li-
berada através deste processo 
acaba sendo armazenada por 
moléculas especiais, a fim de 
ser usada para contrações 
musculares, produção de calor 
ou, ainda, secreções do corpo.
29UNIDADE 1
A permeabilidade cutânea é a capacidade da pele de 
absorver seletivamente (escolher o que é necessário 
penetrar no tecido) certas substâncias em função de 
sua natureza química ou de determinados fatores.
 A permeação de substâncias cosméticas na 
pele nem sempre é possível, pois existem bar-
reiras naturais que dificultam essa penetração, o 
estrato córneo é composto por lipídios que estão 
organizados de forma a construir uma barreira 
impermeável, resultando na formação de bica-
madas lipídicas resistentes a certas substâncias e 
o desafio dos cosméticos é romper essa barreira 
por meio da atuação de princípios ativos inova-
dores, com ação mais acentuada (HARRIS, 2003; 
LEONARDI, 2008).
O estrato córneo determina a barreira de per-
meabilidade da pele. Colesterol, ácidos graxos li-
vres e glicosilceramidas são os lipídios essenciais 
que fornecem uma barreira de permeabilidade. 
A produção de lipídios sofre alterações geradas 
por fatores genéticos e ambientais, esses fatores 
modificam o mecanismo de reparo da barreira 
cutânea (REBELLO; BEZERRA, 2001). A epider-
me é impermeável a vários tipos de substâncias. 
Permeabilidade 
Cutânea
30 Introdução ao Estudo da Dermatologia e Disfunções da Pele
As três camadas da pele atuam como barreira única para a permeabilidade através da pele.
As vias de penetração são de três formas: 
1. Via transepidérmica: penetração lenta, mas considerável pela extensão da pele. Penetração 
intercelular (entre as células) e penetração intracelular (através das células). 
2. Via transfolicular ou transanexial: a penetração ocorre através do aparelho pilossebáceo (óstios). 
3. Glândulas sudoríparas (poros). 
Receptores de acetilcolina
Receptor nicotínico
Receptor muscarínico
 
Figura 9 - Vias de penetração
Graus de Penetração Cutânea 
A seguir, destacaremos os graus de absorção de substâncias pela pele:
• Contato 
Substâncias aplicadas na pele ficam sobre a camada córnea sem atravessá-la. A aplicação de 
lipídios ou água com agentes tensoativos em contato prolongado com a superfície cutânea 
permite que o produto penetre até um terço da espessura da camada córnea. 
• Penetração
Substâncias aplicadas na pele ultrapassam as camadas de células mortas para chegar até as 
células vivas.
A penetração acontece de duas formas:
a) Superficial ou epidérmica: o cosmético chega até a camada espinhosa ou basal. 
b) Profunda ou dérmica: atravessa a membrana basal e chega às estruturas vasculares da derme.
• Absorção
As substâncias penetram na circulação sanguínea e linfática e se difundem por todo o orga-
nismo podendo haver reações gerais extracutâneas. 
31UNIDADE 1
Permeabilidade Cutânea em Função da 
Natureza Química das Substâncias 
A natureza química das substâncias da formulação também reflete na permeabilidade cutânea:
• Permeável: gases e substâncias voláteis, etanol, água, pequenas moléculas e substâncias lipos-
solúveis. 
• Relativamente permeável: glicose, aminoácidos, íons e vitaminas. 
• Praticamente impermeável: sais, proteínas e carboidratos. 
 - A penetração de sais é desprezível, a menos que sejam ionizados.
 - Proteínas e carboidratos: devido ao tamanho das suas moléculas e pouca lipossolubilidade. 
Contudo, pode ser modificado se o peso molecular for reduzido e a molécula ionizada. 
Fatores que Afetam a Permeabilidade da Pele 
Outros fatores que interfeerem na absorção de substâncias pela pele são:
1. Fatores Biológicos / Fisiológicos:
• Densidade da epiderme (espessura da pele).
• Local de aplicação: mucosas, áreas com mais folículos e as áreas mais vascularizadas.
• Fluxo sanguíneo: circulação aumentada, maior permeação cutânea.
• Hidratação aumentada da camada córnea: queratina é higroscópica, que permite hidratação, 
tornando-se mais permeável para substâncias polares.
• Fototipos de pele: pele oleosa forma um manto hidrolipídico de difícil permeação; já na 
pele seca, os óstios estão fechados, falta água na epiderme, sendo assim de difícil permeação.
• Idade:envelhecimento cutâneo deixa a pele mais frágil e sensível devido à perda das bar-
reiras cutâneas.
2. Fatores Cosmetológicos / Físico-Químicos 
a) Quanto à substância ativa: 
• Massa molecular (quanto menor o peso molecular, maior permeabilidade).
• Concentração em relação aos tipos de transporte na membrana plasmática. Transporte 
ativo com gasto de energia (bombas de sódio e potássio), transporte passivo sem gasto 
de energia (difusão simples, osmose e difusão facilitada).
• Solubilidade: capacidade de uma substância dissolver.
• Coeficiente de partição óleo em água: quanto maior, maior a afinidade por óleo.
• Substância solúvel em óleo e água ao mesmo tempo (anfipática, emulsionável): penetra 
mais fácil.
• Estado de ionização da substância ativa: produtos menos voláteis tendem a ter uma 
permeação melhor.
• Tempo de exposição ao ativo: quanto maior tempo de exposição, maior a penetração.
32 Introdução ao Estudo da Dermatologia e Disfunções da Pele
b) Quanto ao veículo: 
• pH (potencial hidrogeniônico) do veículo: substância ácida ou básica que altera o 
pH do produto para se obter o valor adequado. Substância acidificante diminui o pH, 
substância alcalinizante aumenta o pH.
• Poder solubilizante do veículo: solubilizante líquido, semissólido e sólido.
• Viscosidade: maior a penetração devido formação de película aderente e uniforme.
• Poder lipossolvente ou tensoativo: diminui oleosidade.
• Emulsões O/A. 
• Veículos vetoriais: são vesículas esféricas que proporcionam a encapsulação de substân-
cias, são capazes de interagir com as células presentes na pele, liberando as substâncias 
que carregam.
Desta forma, caro(a) aluno(a), podemos concluir que a pele tem permeabilidade seletiva, a qual é 
determinada por condições físico-químicas naturais, viscosidade, as extensas ligações de colágeno, os 
apêndices da pele, a idade, fototipo, disfunções da pele, enfim todos os componentes relatados neste 
tópico. Portanto, a ação das formulações cosméticas e dermatológicas dependerá da anatomia da área 
tratada, da hidratação da pele, da presença de lipídios, da hidratação, da saúde ou patologia da pele, 
do metabolismo e do paciente. 
É preciso que você se recorde da aula de fisiologia, quando aprendeu sobre a membrana plasmática. 
Ah!!!! Esqueceu???? Vamos então recordar.
Membrana plasmática é um envoltório fino que reveste a célula procarionte e eucarionte. Sua es-
trutura é semipermeável, responsável pelo transporte e seleção de substâncias que entram na célula. É 
formada por uma bicamada fosfolipídica, que é uma camada que se encontram com as suas extremi-
dades hidrofílicas viradas para os meios intra e extracelulares, criando uma barreira que não permite 
a passagem de íons e substâncias polares.
A membrana plasmática é responsável pelo transporte de substâncias e esses processos podem 
ocorrer de duas formas: transporte passivo e ativo.
O transporte passivo é o transporte sem gasto de energia. As substâncias movem-se do meio 
mais concentrado para o menos concentrado. Ocorre de duas formas:
• Difusão Simples - é a passagem de partículas do meio em que estão em maior quantidade para 
um meio onde as partículas estão em menor quantidade.
• Difusão Facilitada - na facilitada o transporte também é feito através da membrana, porém na 
facilidade acontece com o auxílio das proteínas da bicamada lipídica.
Por sua vez, a Osmose é a passagem de água, sendo o transporte realizado de um meio menos concen-
trado (hipotônico) para outro mais concentrado (hipertônico).
33UNIDADE 1
O transporte ativo é o transporte com gasto de energia (ATP). As substâncias se movem do 
meio de menor concentração para o meio de maior concentração. Ocorre de duas formas:
• Transporte em Bloco: Endocitose e Exocitose – esse transporte acontece quando a célula transfere 
grande quantidade de substâncias para dentro ou para fora do seu meio intracelular.
• Bomba de Sódio e Potássio: esse transporte é a passagem de íons sódio que estão em alta con-
centração e potássio que estão em baixa concentração fora da célula, devido às diferenças de 
suas concentrações. Para que que haja concentrações ideais, as bombas de sódio bombeiam 
sódio para fora da célula e potássio para dentro da célula.
Agora sim, compreendeu como acontece a penetração de substâncias na pele? Espero que agora já 
esteja apto para darmos continuidade em nossos estudos.
Você já ficou pensando como que um produto vai chegar exatamente dentro daquele tecido para 
que se tenha um resultado? Então, agora, você é capaz de saber: através da membrana plasmática. 
Quero ainda que você tenha o conhecimento de que existem meios de promover esse transporte. 
Como? Através de mecanismos que façam a desorganização dos lipídios da camada córnea, aumen-
tando o espaço entre elas; aumentando a solubilidade do ativo na camada córnea; extrair os lipídios 
da camada córnea; e aumentar a hidratação da camada córnea.
Empregamos métodos para promover a permeação cutânea. Estas técnicas consistem em métodos 
diretos, objetivando com isso a introdução de substâncias cosméticas, cosmecêuticas e medicamen-
tosa através da pele (BORGES, 2010):
• A esfoliação da pele para retirada de células mortas.
• O uso de equipamentos estéticos, como ultrassom (fonoforese), corrente galvânica (iontofo-
rese), que provocam uma desordem na bicamada córnea.
• Massagem que faz o aquecimento da pele, aumentando a temperatura em até 3 graus cen-
tígrados.
A pele é o maior órgão do corpo humano, sendo 
um órgão vital. Suas funções são: regulação térmi-
ca, defesa orgânica e funções sensoriais. Os tipos 
de pele são classificados em:
1. Pele Seca
Pouca produção sebácea, a pele é pouco 
lubrificada e hidratada, textura fina, áspe-
ra (opaca) e sem brilho, com facilidade de 
aparecer rugas, e tende a ficar descamando 
e repuxando.
2. Pele Oleosa
Apresenta poros dilatados e visíveis (testa, 
nariz e queixo), poucas linhas de expres-
são (envelhecimento mais lentamente), 
espessura aumentada, produção excessiva 
de óleo (mais probabilidade de seborreia), 
bem resistente às agressões.
Tipos e Fototipos 
de Pele
35UNIDADE 1
3. Pele Mista
Apresenta oleosidade na região central do rosto (zona T) e nas demais regiões é normal ou seca.
4. Pele Sensível
Pele fina, frágil e delicada, pouca oleosidade, aparência áspera e com tendência a formação de 
rugas, irritabilidade, prurido, sensível às mudanças climáticas.
5. Pele Normal (eudérmica)
Secreção sebácea normal, grau adequado de hidratação, aspecto aveludado e agradável ao tato, 
brilho e elasticidade normais, os poros são diminutos, visualizam-se os orifícios, porém não se 
apresentam dilatados, pele perfeita.
Figura 10 - Classificação da pele segundo Fritzpatrick
Essa classificação foi desenvolvida na década de 70, baseia-se na cor da pele e na reação à exposição solar.
Fototipo 1- sempre queima, nunca bronzeia.
Fototipo 2- frequentemente queima, bronzeia menos que a média.
Fototipo 3- algumas vezes queima suavemente, bronzeia na média.
Fototipo 4- raramente queima, bronzeia mais que a média.
Fototipo 5- raramente queima, bronzeia profundamente.
Fototipo 6- nunca queima, pigmentação profunda.
Em 2006, Leslie Baumann catalogou a pele em 16 tipos diferentes, para isso levou em conta quatro 
fatores: hidratação da pele, sensibilidade da pele, pigmentação da pele e tendência a rugas. Definiu os 
tipos pela soma desses quatro fatores, levando em consideração o modo que estes fatores combinam 
entre si (BAUMANN, 2007).
36 Introdução ao Estudo da Dermatologia e Disfunções da Pele
1. Oleosa, sensível, pigmentada e enrugada
Esse tipo de pele sofre muito prejuízo pela 
exposição frequente ao sol. Entre estes 
prejuízos estão o envelhecimento preco-
ce (rugas), manchas escuras na face e colo, 
vasinhos visíveis na face, acne, vermelhi-
dão, coceira e queimação que são frequen-
tes na pele. O tratamento dessa pele será 
tanto com prevenção como tratamentos 
para rugas, manchas escuras, comedões, 
pápulas e pústulas. Para isso,é necessário 
o uso de protetores solares e tratamento 
de rugas e manchas escuras.
2. Oleosa, sensível, pigmentada e firme
É o tipo de pele de difícil tratamento, pois 
formam um ciclo vicioso de erupções, 
manchas marrons e cicatrizes. Este tipo 
de pele tende a apresentar acne, alergias 
de pele, manchas escuras na face e pele 
brilhante. É importantíssimo, aqui, a pre-
vençãoe tratamento de espinhas, manchas 
escuras e controle da vermelhidão da pele.
3. Oleosa, sensível, não pigmentada e 
enrugada
É o tipo de pele que, quando exposta ao 
sol sem a devida prevenção, fica cama-
rão. São pessoas de pele clara com pouca 
pigmentação para se proteger da radiação 
solar. Essa pele sofre de rubor e rosácea. As 
rugas são resultado dos prejuízos causados 
pelo sol. As pessoas com este tipo de pele 
apresentam com frequência manchas ver-
melhas, espinhas, poros abertos, vasinhos 
visíveis na face, dificuldade para se bron-
zear, queimaduras frequentes e rugas pre-
coces. É essencial os cuidados diários com 
a pele e evitar a exposição solar. Prevenir 
e tratar: vermelhidão da face, espinhas, 
rugas, câncer de pele e fragilidade da pele.
4. Oleosa, sensível, não pigmentada e 
firme
Este tipo de pele apresenta rubor (ver-
melhidão) na face. É o tipo de pele rubo-
rizada. Esta pele é fina e pode sofrer de 
rosácea, podendo apresentar: espinhas, 
oleosidade, vermelhidão, manchas ver-
melhas, descamação no rosto, irritação 
a produtos para os cuidados com a pele 
e queimaduras solares frequentes. Se ex-
posta com frequência ao sol, pode desen-
volver rosácea e câncer de pele. Por isso 
protetor solar é essencial. Prevenir e tratar: 
rosácea, oleosidade e inflamação da pele.
5. Oleosa, resistente, pigmentada e enru-
gada
Este tipo de pele é conhecido como teflon 
(resistente). É oleosa, seus poros são abertos 
e apresentam manchas escuras. Com o pro-
cesso de envelhecimento, as manchas vão 
aparecendo. Pode aparecer eventualmente 
acne, possui risco aumentado de câncer de 
pele se sua pele for clara e dificuldade para 
encontrar um protetor solar que não deixe 
sua pele mais oleosa. Como é uma pele re-
sistente, suporta produtos mais fortes para 
o rosto. Para a prevenção, deve-se evitar sol, 
não fumar e manter dieta saudável. 
6. Oleosa, resistente, pigmentada e firme
Este tipo de pele é brilhante. É um dos ti-
pos de pele mais fáceis de cuidar. Comum 
em pessoas com pele mais escura. O as-
pecto é rosto brilhante, manchas escuras, 
rugas mínimas, crises ocasionais de acne 
e pele que bronzeia com facilidade. Pre-
venção: uso de protetor solar, não fumar. 
O consumo de alimentos antioxidantes 
auxilia a manter pele radiante. Prevenir e 
tratar: manchas escuras e oleosidade.
37UNIDADE 1
7. Oleosa, resistente, não pigmentada e 
enrugada
 Este tipo de pele é o melhor para se con-
viver. A maior parte dos brasileiros pos-
suem este tipo de pele. No mercado, há 
uma grande quantidade de produtos para 
esta pele, e todos funcionam muito bem. 
O aspecto é com eventual brilho facial, 
acne discreta, dificuldade para se bron-
zear, pouca necessidade de hidratante e 
sinais precoces de rugas. Prevenir e tratar: 
rugas, oleosidade e câncer de pele.
8. Oleosa, resistente, não pigmentada e 
firme
É a pele dos sonhos ou a pele da deusa. Pele 
radiante, harmônica e que não envelhece. 
Muito simples de cuidar e sempre apresenta 
uma boa aparência. Apresenta aspecto de 
pele lisa, oleosa, pouca necessidade de hidra-
tante, poucas rugas, poros grandes, crises ra-
ras de acne e comedões. Previna o câncer de 
pele e evite exposição solar. Tratar e prevenir: 
oleosidade, poros abertos, cravos e eventuais 
crises de acne.
9. Seca, sensível, pigmentada e enrugada
Este tipo de pele é reativa, ou seja, reage com 
os princípios ativos aplicados sobre a pele. 
Quando exposta a tratamentos, é imprevisí-
vel saber qual vai ser a reação da pele. Um dia 
a pele está bem e no outro, sem explicação, 
está péssima. Apresenta aspecto de resseca-
mento, descamação, queimação, rugas, ver-
melhidão, falta de brilho na pele, pele áspera 
e irritada. Proteger a pele de ambientes secos, 
hidratar e evitar ingredientes que causem 
irritação. Prevenir e tratar: ressecamento, 
rugas, queimação e vermelhidão.
10. Seca, sensível, pigmentada e firme 
 Este tipo de pele é árduo. Pele propensa 
a eczema, ressecamento, acne ocasiona-
da pelo uso de produtos, descamação, 
vermelhidão, coceira e rosácea. Apre-
senta aspecto com placas de pele espessa 
e áspera, sensibilidade a fragrâncias, se-
cura por detergentes, placas escuras em 
áreas de exposição solar. Para esta pele, 
é essencial a hidratação. A hidratação 
frequente é mandatória. Prevenir e tra-
tar: secura da pele, vermelhidão, coceira 
e manchas escuras.
11. Seca, sensível, não pigmentada e en-
rugada
É o tipo de pele reativo. Não é um tipo 
fácil de pele e as condições da pele são 
imprevisíveis. Um dia ela está bem e 
no outro, sem explicação, está péssima. 
Você pode ter: ressecamento, descama-
ção, queimação, rugas, vermelhidão, fal-
ta de brilho na pele, pele áspera e irrita-
da. Proteger a pele de ambientes secos, 
hidratar e evitar ingredientes que cau-
sem irritação. Prevenir e tratar: resseca-
mento, rugas, queimação e vermelhidão.
12. Seca, sensível, não pigmentada e firme
Este é o tipo de pele ressecada. É uma pele 
descamativa, áspera, vermelha e sem bri-
lho. Apresenta frequentemente alergias a 
produtos cosméticos, sensibilidade a sa-
bonetes e alergias a metais. Os hidratan-
tes para esse tipo de pele devem conter os 
três lipídios essenciais à reestruturação da 
barreira da pele (colesterol, ácidos graxos e 
ceramidas). Prevenir e tratar: ressecamen-
to e vermelhidão da pele.
38 Introdução ao Estudo da Dermatologia e Disfunções da Pele
13. Seca, resistente, pigmentada e enrugada
Este é o tipo de pele descuidada. A principal queixa deste tipo de pele são as rugas. Apresenta 
aspecto de pele seca e descamativa, coceira, pele fina, manchas escuras no rosto, rugas precoces, 
rugas em mãos e alto risco para desenvolver melanoma. Quando este tipo de pele é submeti-
do a tratamentos estéticos, apresenta uma grande melhora. Prevenir e tratar: rugas, manchas 
escuras e ressecamento.
14. Seca, resistente, pigmentada e firme
Este é o tipo de pele das americanas. Esta pele tem raríssimos problemas com oleosidade e 
erupções. Com o processo de envelhecimento, a pele vai se tornando vagarosamente mais seca. 
Apresenta aspecto com sardas ou manchas do sol, placas escuras na face (como melasma), 
coceiras e descamação na pele. Hidratação e protetor solar são importantes. Prevenir e tratar: 
ressecamento, manchas escuras, câncer de pele.
15. Seca, resistente, não pigmentada e enrugada 
Esta é a pele da maioria dos americanos. Quando jovens, a pele apresenta poucas irritações, 
acnes e erupções, mas quando chega na meia idade, a pele fica delicada, frágil e com sardas ou 
algumas descolorações. Apresenta aspecto de pele com rugas precoces, problemas de bron-
zeamento e aumento de ressecamento com a idade. Prevenir e tratar: ressecamento, rugas e 
envelhecimento precoce.
16. Seca, resistente, não pigmentada e firme
Este é o tipo de pele simples. É a pele que todos queriam ter, ou seja, a pele dos sonhos. Na 
fase da adolescência, é o melhor tipo de pele entre as amigas (quase nada de acne, nenhuma 
oleosidade e sem sardas). Com o processo do envelhecimento, a pele continua com a aparên-
cia muito boa, mas um pouco ressecada. Apresenta poucos problemas de pele dignos de nota, 
facilidade de usar qualquer produto, pele uniforme, poucas erupções, se tiver. Prevenir e tratar: 
ressecamento, câncer de pele.
Neste tópico, foi possível identificar os diferentes tipos e aspectos de pele, essas informações são es-
senciais, pois, a partir delas, é possível identificar os produtos ideais e mais indicados, que se adaptam 
às necessidades de cada pele e não causam nenhuma reação contrária. 
39
Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução.
1. Quais são as células quecompõem a camada epiderme?
a) Fibroblastos, melanócitos, células de langerhans e de Merckel.
b) Melanócitos, queratinócitos, adipócitos, langerhans e de Merckel.
c) Queratinócitos, melanócitos, adipócitos, langerhans e de Merckel. 
d) Queratinócitos, melanócitos, células de langerhans e de Merckel. 
e) Queratinócitos, melanócitos, fibroblastos, neutrófilos e células de langerhans.
2. Com base nos seus estudos sobre a camada epiderme, analise as afirmativas a 
seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s):
 )( A epiderme é o maior órgão do corpo humano, formada principalmente por 
tecido conjuntivo, sendo o melanócito a célula mais abundante deste tecido.
 )( A epiderme é a camada mais interna da nossa pele, sendo considerada como 
a camada com mais fibras elásticas em abundância. 
 )( O estrato córneo é a camada mais externa da epiderme, conhecido por ser 
repleto de células germinativas.
 )( A camada lúcida está presente na planta dos pés, na palma das mãos, nas 
axilas e no pescoço. 
 )( A Epiderme divide-se em cinco ou quatro camadas dependendo da região: 
basal, espinhosa, granulosa, lúcida (presente na palma das mãos e na planta 
dos pés) e córnea. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) V-V-V-F-V.
b) F-F-F-F-F.
c) F-V-F-F-V.
d) F-F-F-F-V.
e) F-F-F-V-F.
40
3. Descreva sobre a célula mais abundante da derme e diferencie derme papilar 
de derme reticular.
4. Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) sobre as sentenças a seguir:
 )( Veículos vetoriais possuem um alto grau de permeação, pois são ativos com 
alto peso molecular. 
 )( A penetração através do estrato córneo pode ser realizada por via intercelular 
e intracelular.
 )( O estrato córneo é o único limitante para a permeação de princípios ativos 
aplicados sobre a pele.
 )( Difusão facilitada ocorre quando os íons de sódio e potássio se interagem para 
fora e dentro da célula.
Assinale a alternativa correta:
a) V-V-V-V.
b) V-F-F-F.
c) F-F-F-F.
d) F-V-V-V.
e) F-V-F-F.
5. Construa um texto explicativo descrevendo a diferença da classificação de tipos 
de pele segundo Fritzpatrick e Leslie Baumann.
41
Cosmetologia: descomplicando os princípios ativos
Autor: Rosaline Kelly Gomes e Marlene Gabriel Damazio
Editora: LMP
Sinopse: esta obra apresenta um trajeto científico de pesquisa que vem desde 
a citologia, passando pelas áreas mais específicas da dermatologia, bioquímica, 
legislação e fechando sua proposta com uma relação completa de princípios 
ativos disponíveis nos mercados nacional e mundial. O cuidado na escolha de 
cada um dos assuntos abordados é percebido na apresentação elegante de 
cada tema e imagem. Enfim, este livro oferece uma viagem pelo campo da Cos-
metologia, apresentando o melhor e mais atualizado trabalho para ser incluído 
não somente na formação, como no dia a dia de todo profissional de estética. 
Por todos estes motivos, esta obra tem sido considerada uma das bibliografias 
que mais tem contribuído para a formação dos estudantes e profissionais de 
estética, sendo adotada em mais de 100 cursos de nível superior e curso de 
nível técnico.
LIVRO
42
ARNOLD, H. L. J.; ODOM, R. B.; JAMES, W. D. Doenças da pele de Andrews: Dermatologia Clínica. 8. ed. 
São Paulo: Manole, 1994.
AZULAY, R. D. Dermatologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
AZULAY, R. D. Dermatologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
BAUMANN, L. Pele Saudável. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2007.
BORGES, F. S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2010.
FITZPATRICK, T. B. Tratado de dermatologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2011.
GERSON, J.; D’ANGELO, J. M.; LOTZ, S.; DEITZ, S.; FRANGIE, C. M.; HALAL, J. Fundamentos de estética 
2: ciências gerais. 10. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
HARRIS, M. I. N. G. Pele: estrutura, propriedades e envelhecimento. 2. ed. São Paulo: Editora Senac, 2003.
IFOULD, J.; WHITTAKER, M.; FORSYTHE-CONROY, D. Técnicas em estética. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017.
KAMIZATO, K. K.; BRITO, S. G. Técnicas estéticas faciais. São Paulo: Érica, 2014.
KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. 1. ed. São Paulo: Atheneu, 2004. 
LACRIMANTI, L. M. (coord.). Curso didático de Estética. 1. ed. São Caetano do Sul: Yendis, 2008.
LEONARDI, G. R. Cosmetologia Aplicada. 2. ed. São Paulo: Santa Isabel, 2008.
OLIVEIRA, A. L. de; PEREZ, E.; SOUZA, J. B. de; VASCONCELOS, M. G. de. Curso Didático de Estética. 2. 
ed. São Caetano do Sul: Yends, 2014.
PETRI, V. Dermatologia prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
PETRI, V. Guia de bolso de dermatologia. 1. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017.
REBELLO, T.; BEZERRA, S. V. Guia de Produtos Cosméticos. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2001.
RIVITTI, E. A. Dermatologia de Sampaio e Rivitti. 4. ed. São Paulo: Artes médicas, 2018.
RIVITTI, E. A. Manual de dermatologia clínica de Sampaio e Rivitti. São Paulo: Artes Médicas, 2014.
ROTTA, O. Dermatologia: Clínica, cirúrgica e cosmiátrica. 1. ed. São Paulo: Manole, 2008.
SOUTOR, C.; HORDINSKY, M. Dermatologia Clínica. Porto Alegre: AMGH, 2015. 
43
1. D.
2. D.
3. As células que residem na derme e que são mais abundantes neste tecido são os fibroblastos, células den-
dríticas dérmicas, macrófagos e mastócitos. Todos os componentes da matriz extracelular são produzidos 
pelos fibroblastos, que incluem os seguintes constituintes: colágenos, elastina e substância fundamental. 
A derme é dividida em duas camadas: a papilar é a que se localiza logo abaixo da epiderme, possui proje-
ções (papilas) que apontam para a camada superior. As papilas dérmicas apresentam vasos sanguíneos, 
apresentando nutrientes e oxigênio para a camada germinativa (localizada na epiderme), enquanto outras 
contêm terminações nervosas. A camada que corresponde ao restante da derme é a reticular, a menor 
quantidade de fibroblasto e substância fundamental. Possui como característica ser mais espessa, esten-
de-se até a hipoderme (RIVITTI, 2018).
4. E.
5. Fitzpatrick desenvolveu, na década de 70, uma escala de classificação para a pele. Sua escala levou em 
consideração a cor e a reação da pele na exposição ao sol (FITZPATRICK, 2011). Leslie Baumann, por sua 
vez, desenvolveu um estudo com 1400 pacientes durante oito anos e, então, classificou a pele em 16 tipos, 
levando em consideração quatro características da pele, que são: hidratação, sensibilidade, pigmentação 
e tendências às rugas (BAUMANN, 2007).
44
45
46
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Conhecer os princípios e fundamentos da dermatologia 
e cosmetologia.
• Compreender o processo de preparação cosmética e co-
nhecer as matérias-primas de uma formulação.
• Compreender a hidratação fisiológica da pele.
• Saber as medidas necessárias para uma formulação ser 
produzida com qualidade.
• Saber as diferenças entre os tipos de suor e as principais 
alterações.
História e Conceito de 
Dermatologia e Cosmetologia
Componentes de uma 
Formulação Cosmética
Segurança dos Produtos 
para o Consumidor
Alterações da SudoraçãoHidratação Cutânea
Me. Silvana Gozzi Pereira Lima
Esp. Valéria Fátima do Couto
Preparação Cosmética
História e Conceito 
de Dermatologia 
e Cosmetologia
Olá, aluno(a)! Olhe à sua volta e observe a va-
riedade de formas de apresentação dos produtos 
cosméticos. A evolução do homem, modificando 
seus hábitos, estilo de vida e alimentação, resulta-
ram nessa variedade.
A presente unidade tem como objetivos princi-
pais compreender a formulação, estrutura e com-
ponentes de um produto, bem como conhecer 
as matérias-primas que os constituem produtos. 
Nesta unidade, você será convidado(a) a mergu-
lhar no universo das formulações, pois não pode-
mos esquecer que todas as vezes que agregamos 
aos nossos atendimentos um elemento como umóleo essencial, por exemplo, este pode causar vá-
rios benefícios, mas também podemos encontrar 
pacientes que podem apresentar reações alérgicas, 
sendo importante conhecer os princípios ativos 
e relacioná-los com as características da pele e 
dos anexos de cada cliente/paciente (ex.: unha e 
pelos). Ótimo estudo!
No século XVIII, empregou-se o termo derma-
tologia para designar a área médica voltada para 
aqueles que investigavam a anatomia e patologia 
da pele (HABIF, 2013). Os estudiosos dessa época 
49UNIDADE 2
demonstraram interesse nas questões fisiológicas 
e anatômicas da pele, fazendo que esse órgão não 
fosse apenas um envoltório para o corpo.
Para alguns dermatologistas clássicos, o avanço 
da histopatologia e da bacteriologia foi funda-
mental para o desenvolvimento da dermatologia 
no final do século XIX (BENCHIMOL; SÁ, 2004).
O primeiro congresso de dermatologia ocor-
reu na França, em 1889, onde também foi fundada 
a Société Française de Dermatologie et Syphili-
graphie.
No Brasil, em 1883, as faculdades do Rio de 
Janeiro e de Salvador implantaram a disciplina 
Clínica de Moléstias Cutâneas e Sifilíticas.
Com o avanço tecnológico, a dermatologia 
acompanhou o avanço das demais áreas da ciên-
cia. Atualmente, representa um campo importante 
sobre diversos aspectos, sendo um setor de conhe-
cimento interligado com diversos outros, como 
micologia, química, bacteriologia, cosmetologia, 
bioquímica, anatomia, fisiologia, podologia, entre 
outras (HABIF, 2013).
O estudo da dermatologia é essencial para os 
profissionais da área da podologia, pois com esse 
estudo, o profissional é capaz de conhecer, reco-
nhecer a pele e as mucosas, identificar o processo 
saúde-doença do tecido cutâneo e das mucosas, 
assim como identificar os produtos adequados 
para a pele e garantir a segurança e eficácia dos 
pacientes e dos profissionais. 
Os pés são as extremidades dos membros in-
feriores que ficam completamente assentadas no 
chão, por isso sofrem impactos físicos constantes 
e, além desses impactos, interagem com sapatos, 
meias e produtos de aplicação direta. Para um 
bom cuidado com os pés, encontra-se no merca-
do uma variedade em produtos e remédios. En-
tre eles: triclosan, cloreto de benzalcônio, ácido 
bórico, enxofre, caulim, cânfora, mentol, ácido 
salicílico, confrei, óleo essencial de tea tree, ureia, 
antibióticos, antifúngicos etc.
Dermatologia é o estudo dos diferentes distúr-
bios relacionados com a pele. Entre eles: tra-
tamentos de disfunções da pele, dermatologia 
microbiológica, cosmiatria e os tratamentos de 
disfunções cutâneas dos pés.
Cosmetologia é a ciência que estuda as formu-
lações cosméticas e os produtos para higiene 
adequado a cada tipo cutâneo, com a função 
de preservar a beleza e a saúde da pele e dos 
cabelos.
Cosmecêuticos são produtos cosméticos que 
possuem em sua formulação princípios ativos 
com propriedades terapêuticas, porém em con-
centrações menores que os medicamentos. São 
os dermocosméticos.
Neurocosméticos são produtos que, por meio 
dos princípios ativos específicos, têm a proprie-
dade de estimular as terminações nervosas da 
pele e enviar para o hipotálamo sensações de 
bem-estar e prazer, desencadeando a liberação 
de substâncias que melhoram o aspecto geral da 
pele e estimulam a síndrome proteica.
50 Preparação Cosmética
Antes de iniciarmos esta unidade, gostaria de fazer 
uma pergunta: você sabe como é elaborada uma 
formulação cosmética?
Pergunte para algumas pessoas próximas a você: 
como é elaborada uma formulação cosmética? 
Agora compare as respostas. Você, com certe-
za, vai perceber que cada pessoa tem uma ideia 
diferente.
Vejamos, agora, quais os componentes de 
uma formulação, quais as suas funções e por 
quais processos esse produto passa até chegar 
pronto para utilização.
Componentes de 
uma Formulação 
Cosmética
51UNIDADE 2
Principais Componentes da 
Formulação de um Produto
Quando observamos os produtos usados na área 
da saúde, encontramos variadas formulações e 
matérias-primas. Os princípios ativos são eleitos 
em consonância com a finalidade deles.
Os critérios mais utilizados para a seleção da ma-
téria-prima são: disponibilidade, logística de entrega 
e de distribuição, vida útil, estocagem, versatilidade 
de embalagem, condições de processamento indus-
trial, toxicidade, risco ambiental e possibilidade de 
substituição por outra matéria-prima.
Nos dias atuais, é importantíssimo o conheci-
mento da origem da matéria-prima, ou seja, se ela 
provém de fontes naturais, se é vegana, se é sintética 
renovável ou se é produzida sob princípios sociais 
e ambientais de sustentabilidade. Essa escolha in-
fluencia diretamente no custo do produto, ou seja, no 
preço final de venda ao consumidor (TASSINARY; 
SINIGAGLIA; SINIGAGLIA, 2018).
A utilização industrial de produtos químicos 
no Brasil precisam ter registro da ANVISA (Agên-
cia Nacional de Vigilância Sanitária). Nos Estados 
Unidos, o FDA (Food and Drug Administration) 
é o órgão governamental controlador. Este ór-
gão cria as normas baseadas em estudos de cada 
substância, levando em consideração a toxicidade 
para o homem, animais e meio ambiente, a curto 
e longo prazo, determinando quais são as subs-
tâncias inofensivas e definindo limites para sua 
utilização na produção de alimentos, de produ-
tos farmacêuticos, dermatológicos e cosméticos 
(HERNANDEZ; MERCIER-FRESNEL, 1999).
As formulações são compostas por excipien-
tes e substâncias ativas (princípios ativos). Exci-
pientes são substâncias que, adicionadas a uma 
formulação, conferem-lhe características como: 
consistência, cor, forma física, textura, estabilida-
de, aparência e paladar, ou seja, dando as carac-
terísticas finais de um produto.
 Estas são essenciais na produção dos cosméti-
cos, não só porque proporcionam diferentes veí-
culos de aplicação (sólido, semissólido e líquido), 
com distintos tamanhos, volumes e características, 
mas também porque determinam o custo final 
do produto.
O princípio ativo se refere às substâncias que, in-
corporadas em qualquer formulação, seja medica-
mentosa ou cosmética, atribuem a característica final 
a que se destina, ou seja, leva o princípio ativo ao alvo 
a ser atingido, sendo composto, muitas vezes, como 
já foi citado anteriormente, por mais de um princípio 
ativo, cada um com sua finalidade específica.
Portanto, suas quantidades necessitam ser 
controladas em virtude dos limites aceitáveis de 
aplicação, da sua toxicidade, das consequências de 
doses excessivas, de possíveis efeitos colaterais e 
da possibilidade de sensibilização e reações alér-
gicas (GOMES; DAMAZIO, 2013).
Excipientes 
Os excipientes são substâncias que determinam 
as propriedades físico-químicas do produto, ou 
seja, você retira o princípio ativo da formulação 
e tudo o que sobra são os excipientes.
52 Preparação Cosmética
Tipos de excipientes
Os tipos de excipientes são:
• Aglutinantes: são tipos de excipientes 
que usam açúcares, amidos e celuloses 
e favorecem para que uma drágea esteja 
compactado e com forma.
• Adoçantes: esses são os que proporcio-
nam um sabor agradável.
• Diluentes: são as substâncias que comple-
tam o conteúdo de uma cápsula ou drágea, 
utiliza-se como preenchimento fosfato de 
cálcio dibásico ou celulose vegetal.
• Recobridores: são as capas que envolve-
mos comprimidos, dando-lhes proteção 
contra efeitos da umidade e do ar, além de 
facilitar a ingestão.
• Desintegradores: são as partes da for-
mulação que se expandem e dissolvem ao 
entrar em contato com a água.
• Lubrificantes: usados na formulação para 
que os ingredientes não fiquem agrupados 
em grãos ou colados nas máquinas durante 
a fabricação. Substâncias mais usadas são a 
sílica ou talco e óleos esteroides.
• Corantes, flavorizantes e aromatizantes 
são os excipientes para corrigir odor, cor e 
sabor desagradáveis, facilitando a adminis-
tração pelo paciente. O mentol, óleo de anis, 
baunilha e cacau são os mais utilizados.
• Agentes de revestimento:

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