Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Questão 1 Vamos mostrar que: A U B = B ⇔ A ⸦ B ⇔ A ∩ B = A Sejam (1) A U B = B; (2) A ⸦ B e (3) A ∩ B = A. Logo Para mostrarmos as equivalências do enunciado, basta mostrarmos que: (1) ⇒ (2) ⇒ (3) ⇒ (1). Comecemos por provar que (1) ⇒ (2), isto é: A U B = B ⇒ A ⸦ B Seja x ∈ A, logo: x ∈ A ⇒ x ∈ A U B Por hipótese A U B = B. Daí segue que: x ∈ A ⇒ x ∈ A U B ⇒ x ∈ B. Portanto: x ∈ A ⇒ x ∈ B Logo: A ⸦ B. Assim concluímos que: A U B = B ⇒ A ⸦ B Vamos provar agora que (2) ⇒ (3), isto é: A ⸦ B ⇒ A ∩ B = A Note que para mostrar que A ∩ B = A, precisamos mostrar que: A ∩ B ⸦ A e A ⸦ A ∩ B Assim, seja x ∈ A ∩ B, logo: x ∈ A ∩ B ⇒ x ∈ A e x ∈ B ⇒ x ∈ A Portanto: A ∩ B ⸦ A (*) Por outro lado, seja x ∈ A. Por hipótese A ⸦ B, ou seja, todo elemento pertencente a A também pertence a B, isto é: x ∈ A ⇒ x ∈ B Ora, x ∈ A e x ∈ B ⇒ x ∈ A ∩ B Assim dado x ∈ A, temos que x ∈ A ∩ B. Portanto: A ⸦ A ∩ B (**) De (*) e (**) segue que: A ∩ B = A Portanto concluímos que: A ⸦ B ⇒ A ∩ B = A Por fim vamos provar que (3) ⇒ (1), isto é: A ∩ B = A ⇒ A U B = B Mais uma vez para mostrarmos que A U B = B, precisamos mostrar que: A U B ⸦ B e B ⸦ A U B Ora, seja x ∈ B, logo: x ∈ B ⇒ x ∈ A U B. Isto acarreta que: B ⸦ A U B (1) Por outro lado, seja x ∈ A U B, logo: x ∈ A U B ⇒ x ∈ A ou x ∈ B Se x ∉ A, logo x ∈ B. Assim para todo x ∈ A U B, implica que x ∈ B. Portanto: A U B ⸦ B Se x ∈ A, segue por hipótese (A ∩ B = A) que: x ∈ A ⇒ x ∈ A ∩ B Daí temos: x ∈ A ⇒ x ∈ A ∩ B ⇒ x ∈ A e x ∈ B ⇒ x ∈ B Novamente, para todo x ∈ A U B, temos que x ∈ B. Portanto: A U B ⸦ B (2) De (1) e (2) segue que: A U B = B Assim, concluímos que: A ∩ B = A ⇒ A U B = B Daí segue a demonstração pedida no enunciado: A U B = B ⇔ A ⸦ B ⇔ A ∩ B = A Questão 2 Seja U um conjunto universo de maneira que A ⸦ U e B ⸦ U, vamos demonstrar as relações De Morgan. (Letra A) Vamos mostrar que: (A ∪ B)c = Ac ∩ Bc Seja x ∈ (A ∪ B)c, logo: x ∈ (A ∪ B)c ⇔ x ∈ U e x ∉ (A ∪ B) ⇔ x ∈ U e ~ (x ∈ (A∪ B)) ⇔ x ∈ U e ~ (x ∈ A ou x ∈ B) ⇔ x ∈ U e (x ∉ A e x ∉ B) ⇔ (x ∈ U e x ∉ A) e (x ∈ U e x ∉ B) ⇔ x ∈ Ac e x ∈ Bc ⇔ x ∈ (Ac ∩ Bc) Portanto, concluímos que: (A ∪ B)c = Ac ∩ Bc (Letra B) Vamos mostrar que: (A ∩ B)c = Ac ∪ Bc Seja x ∈ (A ∩ B)c, logo: x ∈ (A ∩ B)c ⇔ x ∈ U e x ∉ (A ∩ B) ⇔ x ∈ U e ~ (x ∈ (A ∩ B)) ⇔ x ∈ U e ~ (x ∈ A e x ∈ B) ⇔ x ∈ U e (x ∉ A ou x ∉ B) ⇔ (x ∈ U e x ∉ A) ou (x ∈ 𝐔 e x ∉ B) ⇔ x ∈ Acou x ∈ Bc ⇔ x ∈Ac ∪ Bc Portanto, concluímos que: (A ∩ B)c = Ac ∪ Bc OUTRA MANEIRA DE RESOLVER O ITEM (b) Vamos mostrar que: (A ∩ B)c = Ac ∪ Bc Seja x ∈ (A ∩ B)c, logo: x ∈ (A ∩ B)c ⇒ x ∈ U e x ∉ A ∩ B ⇒ { x ∈ 𝐔 e (x ∈ A e x ∉ B) ou x ∈ 𝐔 e (x ∉ A e x ∈ B) ou x ∈ 𝐔 e (x ∉ A e x ∉ B) Se x ∈ 𝐔 e (x ∈ A e x ∉ B), segue que: (x ∈ 𝐔 e x ∈ A) e (x ∈ 𝐔 e x ∉ B) ⇒ x ∈ A e x ∈ Bc. Ora, de x ∈ Bc, tem-se que: x ∈ Ac ∪ Bc De maneira análoga, se x ∈ 𝐔 e (x ∉ A e x ∈ B), logo: (x ∈ 𝐔 e x ∉ A) e (x ∈ 𝐔 e x ∈ B) ⇒ x ∈ Ac e x ∈ B De x ∈ Ac, segue que: x ∈ Ac ∪ Bc Se x ∈ 𝐔 e (x ∉ A e x ∉ B), logo: x ∈ 𝐔 e (x ∉ A e x ∉ B) ⇒ (x ∈ 𝐔 e x ∉ A) e (x ∈ 𝐔 e x ∉ B) ⇒ x ∈ Ac e x ∈ Bc De x ∈ Ac, segue que: x ∈ Ac ∪ Bc. Portanto: (A ∩ B)c ⸦ Ac ∪ Bc (i) Por outro lado, seja x ∈ Ac ∪ Bc, logo: ⇒ x ∈ Ac ∪ Bc ⇒ x ∈ Acou x ∈ Bc ⇒ (x ∈ 𝐔 e x ∉ A) ou (x ∈ 𝐔 e x ∉ B) ⇒ x ∈ 𝐔 e (x ∉ A ou x ∉ B) ⇒ x ∈ 𝐔 e x ∉ A ∩ B ⇒ x ∈ (A ∩ B)C Assim: Ac ∪ Bc ⸦ (A ∩ B)c (ii) Portanto concluímos de (i) e (ii) que: (A ∩ B)c = Ac ∪ Bc Questão 3 Precisamos determinar o erro nas equivalências acima ao afirmar que: x = 1 ⇔ x = ±1. Notemos que: (x − 1)2 = x2 − 2x + 1 = 0 Possui uma única raiz real x = 1. Logo: x = 1 ⇔ x2 − 2x + 1 = 0 é uma equivalência verdadeira. Note também que: x2 − 2 ∙ 1 + 1 = x2 − 1 = 0 Possui as raízes reais x = ±1. Logo: x2 − 2 ∙ 1 + 1 = 0 ⇔ x2 − 1 = 0 ⇔ x = ±1 são equivalências verdadeiras. Por outro lado a equivalência: x2 − 2x + 1 = 0 ⇔ x2 − 2 ∙ 1 + 1 = 0 é falsa. De fato, Se considerarmos a teoria dos conjuntos. Note que: As raízes de x2 − 2 ∙ 1 + 1 = 0 são x = ±1, daí suas raízes pertencem ao conjunto {1, -1} A raiz de x2 − 2x + 1 = 0 é x = 1, daí sua raiz pertence ao conjunto {1}. Perceba que{1} ⸦ {1, −1} logo: x2 − 2x + 1 = 0 ⇒ x2 − 2 ∙ 1 + 1 = 0 Por outro lado {1, −1} ⊄ {1} logo: x2 − 2 ∙ 1 + 1 = 0 ⇏ x2 − 2x + 1 = 0 Portanto: x2 − 2x + 1 = 0 ⇎ x2 − 2 ∙ 1 + 1 = 0 E assim, concluímos que: x = 1 ⇎ x = ±1. UMA ABORDAGEM SOBRE A QUESTÃO 3: Seja p(x) um polinômio: P(x) = anx n + an−1x n−1 +⋯+ a2x 2 + a1x + a0. Tomando α raiz de P(x), isto é, P(α) = 0 e definindo um polinômio q(x) obtido da substituição em P(x) do termo aix i por aiα i. Segue que as raízes de q(x), exceto α, não são raízes de P(x). O exercício da questão 3 é um exemplo desse tipo de situação. De fato; Tomando α = 1 raiz de x2 − 2x + 1 = 0 e substituindo o termo −2x por −2α em x2 − 2x + 1 = 0, obtemos: x2 − 2 ∙ 1 + 1 = 0 ⇔ x2 − 1 = 0 ⇔ x = ±1 Logo a raiz x = −1 não é raiz de x2 − 2x + 1 = 0. GENERALIZANDO PARA UM POLINÔMIO DO 2° GRAU. Seja P(x) = ax2 + bx + c e P(α) = 0. Vamos substituir o termo bx por bα, gerando o polinômio q(x) abaixo: q(x) = ax2 + bα + c. (I) Ora, note que: P(α) = 0 ⇒ aα2 + bα + c = 0 c = −aα2 − bα (II) Substituindo (II) em (I), obtemos: q(x) = ax2 + bα + c = ax2 + bα − aα2 − bα ⇒ q(x) = ax2 − aα2 = a(x2 − α2) ⇒ q(α) = 0 e q(−α) = 0 Daí segue que −α não é raiz de P(x). De fato, sabemos que P(x) = ax2 + bx + c e P(α) = 0. Suponhamos que – α seja uma raiz de P(x), isto é, P(−α) = 0. Daí segue que: 0 = P(α) − P(−α) = aα2 + αb + c − a(−α)2 − (−α)b − c ⇒ aα2 + αb + c − aα2 + αb − c = 0 ⇒ 2αb = 0 ⇒ αb = 0 (I) Substituindo (I) em P(α) = 0, obtemos: aα2 + bα + c = 0 ⇒ α2 = −c a ⇒ α = ±√ −c a , o que é um absurdo. Portanto −α não é raiz de P(x). Questão 4 (PARTE 1): Dada a equação √x + 2 = x. Vamos escrever as implicações lógicas correspondentes a sua resolução. Sejam: P: √x + 2 = x, Q: √x = x − 2, R: x = (x − 2)2, S: x = x2 − 4x + 4, T: x2 − 5x + 4 = 0 e U: x ∈ {1, 4} Note que: P ⇒ Q ⇒ R ⇒ S ⇒ T ⇒ U Porém, U ⇒ T ⇒ S ⇒ R ⇏ Q ⇒ P Todas são reversíveis, exceto de R para Q, isto é: R ⇏ Q A implicação é irreversível devido ao seguinte fato: x = (x − 2)2 ⇒ √x = |x − 2| ≠ x − 2 Observe que: √x + 2 = x ⇒ √x = x − 2 ≥ 0 ⇒ x ≥ 2. Note que a raiz: x = 1 < 2 Daí o aparecimento da raiz estranha x = 1, observe: √x + 2 = x ⇒ √1 + 2 ≠ 1 ⇒ 1 + 2 ≠ 1 ⇒ 3 ≠ 1 Logo x = 1 não é raiz da equação √x + 2 = x. Portanto apenas x = 4 > 2 é solução da equação √x + 2 = x Questão 4 (PARTE 2): Dada a equação √x + 3 = x. Vamos escrever as implicações lógicas correspondentes a sua resolução. Sejam: P: √x + 3 = x, Q: √x = x − 3, R: x = (x − 3)2, S: x = x2 − 6x + 9, T: x2 − 7x + 9 = 0 e U: x ∈ { 7−√13 2 , 7+√13 2 } Note que: P ⇒ Q ⇒ R ⇒ S ⇒ T ⇒ U Porém, U ⇒ T ⇒ S ⇒ R ⇏ Q ⇒ P Todas são reversíveis, exceto de R para Q, isto é: R ⇏ Q A implicação é irreversível devido ao seguinte fato: x = (x − 3)2 ⇒ √x = |x − 3| ≠ x − 3 Note também que: √x + 3 = x ⇒ √x = x − 3 ≥ 0 ⇒ x ≥ 3. Porém, observe: √13 ≅ 3,605… ⇒ x = 7−√13 2 ≅ 7−3,605 2 ≅ 7−3,605 2 ≅ 3,395 2 ≅ 1,6975 < 3 Daí o aparecimento da raiz estranha x = 7−√13 2 Logo x = 7−√13 2 < 3 não é raiz da equação √x + 3 = x. Portanto concluímos que penas x = 7+√13 2 > 3 é solução da equação √x + 3 = x. UMA ABORDAGEM SOBRE A QUESTÃO 4: Vamos resolver a equação √x +m =x, Ɐ m > 0 no conjunto dos números reais. A condição de existência da equação é dada por: √x + m = x ⇒ √x = x – m ≥ 0 ⇒ x – m ≥ 0 ⇒ x ≥ m > 0. Agora vamos resolver a equação: √x +m = x ⇒ √x = x −m ⇒ (√x)2 = (x − m)2 Como x > 0. Logo: (√x)2 = (x + m)2 ⇒ x = x2 − 2mx + m2 ⇒ x2 − 2mx − x + m2 = 0 ⇒ x2 − (2m + 1)x + m2 = 0 Resolvendo a equação do 2° Grau, obtemos: ∆ = [−(2m + 1)]2 − 4 ∙ 1 ∙m2 ⇒ ∆ = 4m2 + 4m + 1 − 4m2 ⇒ ∆ = 4m + 1 Daí segue que: x = 2m + 1 ± √4m+ 1 2 = m+ 1 ± √4m+ 1 2 Sejam x1 e x2 as raízes da equação de modo que: x1 = m+ 1− √4m+1 2 e x2 = m+ 1+ √4m+1 2 Como m > 0, segue nitidamente que: m > 0 ⇒ 4m > 0 ⇒ 4m+ 1 > 1 ⇒ √4m+ 1 > √1 = 1 (*) ⇒ 1 + √4m + 1 > 2 > 0 ⇒ 1+√4m+1 2 > 0 2 ⇒ 1+ √4m+1 2 > 0 ⇒ x2 = m+ 1+ √4m+1 2 > m ⇒ x2 > m Portanto x2 satisfaz a condição de existência, logo x2 é solução da equação √x + m = x. Agora de (*), temos: √4m+ 1 > 1 ⇒ −√4m + 1 < −1 ⇒ 1 − √4m+ 1 < −1 + 1 = 0 ⇒ 1 − √4m+ 1 2 < 0 2 = 0 ⇒ x1 = m+ 1−√4m+1 2 < m ⇒ x1 < m Portanto x1 não satisfaz a condição de existência da equação, logo x2 não é solução de √x + m = x. Assim chegamos a conclusão que √x +m = x, possui uma única solução Ɐ m > 0. Questão 5 (PARTE 1): Vamos mostrar utilizando o princípio de indução finita que: p(n): ( n+1 n ) n ≤ n Ɐ n ≥ 3. i) Primeiro façamos com n = 3, logo: ( 4 3 ) 3 = 64 27 ≤ 3 Portanto para n = 3 a desigualdade é verdadeira. ii) Agora supondo que p(n) é válida para todo n ≥ 3, vamos mostrar que p(n+1) também é válida, isto é: ( n+2 n+1 ) n+1 ≤ n + 1 Ora, partindo da hipótese de indução, segue que: ( n+1 n ) n ≤ n ⇒ ( n+1 n ) n ∙ ( n+1 n ) ≤ n ∙ ( n+1 n ) ; onde ( n+1 n ) > 0, pois n ≥ 3. ⇒ ( n+1 n ) n+1 ≤ n + 1 (*) Por outro lado notemos que: ( n+1 n ) – ( n+2 n+1 ) = (n+1)2− n ∙ (n+2) n ∙ (n+1) = n2+ 2n + 1 − n2− 2n n2 + n = 1 n2 + n > 0 ; pois n ≥ 3. Daí segue que: ( n+1 n ) – ( n+2 n+1 ) > 0 ⇒ ( n+2 n+1 ) < ( n+1 n ) E por consequência obtemos que: ( n+2 n+1 ) n+1 < ( n+1 n ) n+1 (**) pois n ≥ 3. Logo, de (*) e (**), segue o resultado para p(n+1). ( n+2 n+1 ) n+1 < ( n+1 n ) n+1 ≤ n + 1 ⇒ ( n+2 n+1 ) n+1 ≤ n + 1 Portanto pelo princípio de indução finita, concluímos que: p(n): ( n+1 n ) n ≤ n Ɐ n ≥ 3. Questão 5 (PARTE 2): A sequência dos números 1, √2, √3 3 , √4 4 , √5 5 ... é dada por an = √n n . Assim vamos mostrar que an é decrescente a partir do terceiro termo. Do item anterior, temos que: ( n+1 n ) n ≤ n Ɐ n ≥ 3. Assim segue para todo n ≥ 3 que: ( n+1 n ) n ≤ n ⇒ (n+1) nn n ≤ n ⇒ (n + 1)n ≤ n ∙ nn = nn+1 ⇒ √(n + 1)nn+1 ≤ √nn+1 n+1 ⇒ (n + 1) n n+1 ≤ n ⇒ ((n + 1) n n+1) 1 n ≤ n 1 n ⇒ (n + 1)( n n+1 )∙ 1 n = (n + 1) 1 n+1 ≤ n 1 n ⇒ √n + 1 n+1 ≤ √nn Ɐ n ≥ 3. OBS.: As propriedades utilizadas acima são todas válidas, uma vez que n ≥ 3. Portanto concluímos que an é decrescente a partir do terceiro termo, pois: √n + 1 n+1 ≤ √nn ⇒ an+1 ≤ an Ɐ n ≥ 3. Logo: √n n ≤ ... ≤ √5 5 ≤ √4 4 ≤ √3 3 Questão 6: Vamos mostrar utilizando o princípio de indução finita que: p(n): 1 + 22 + 32 +⋯+ n2 = n(n+1)(2n+1) 6 Ɐ n ∈ IN. i) Primeiro façamos n = 1, logo: 1 = 12 = 1 ∙ (1 + 1) ∙ (2 ∙ 1 + 1) 6 = 1 ∙ 2 ∙ 3 6 = 6 6 Portanto p(n) é verdadeira para n = 1. ii) Agora supondo que p(n) é válida para todo n ∈ IN, vamos mostrar que p(n+1) também é válida, isto é: 1 + 22 + 32 +⋯+ n2+(n + 1)2 = (n + 1)(n + 2)[2(n + 1) + 1] 6 Ora, utilizando a hipótese de indução na expressão 1 + 22 + 32 +⋯+ n2+(n + 1)2, obtemos: 1 + 22 + 32 +⋯+ n2+(n + 1)2 = n(n + 1)(2n + 1) 6 +(n + 1)2 = n(n + 1)(2n + 1) 6 +(n + 1)2 = n(n + 1)(2n + 1) + 6 ∙ (n + 1)2 6 = (n + 1) ∙ [n ∙ (2n + 1) + 6 ∙ (n + 1)] 6 = (n + 1)(2n2 + n + 6n + 6) 6 = (n + 1)[2n ∙ (n + 2) + 3 ∙ (n + 2)] 6 = (n + 1)(n + 2)(2n + 3) 6 = (n + 1)(n + 2)[2(n + 1) + 1] 6 Assim segue que p(n + 1) é válida. Portanto pelo princípio de indução finita, concluímos que: p(n): 1 + 22 + 32 +⋯+ n2 = n(n+1)(2n+1) 6 é válida Ɐ n ∈ IN. Questão 7 (PARTE 1): Dado X um conjunto finito e Y ⸦ X. Vamos mostrar que Y também é finito e mostrar que n(Y) ≤ n(X), onde n(X) e n(Y) são os números cardinais de X e de Y respectivamente. Consideremos In = {1,2,3… , n} o conjunto dos números naturais de 1 até n. Um conjunto X é finito e possui n elementos quando podemos estabelecer uma correspondência biunívoca f: In → X. Daí por definição n é o número cardinal de In e de X, isto é: n(X) = n(In) = n Assim basta provar que: n(Y) ≤ n(X) = n(In) = n ⇒ n(Y) ≤ n Faremos a demonstração do enunciado utilizando o princípio de indução finita, sem perda de generalidade consideremos: X = In i) Para n = 0, temos que: X = I0 = ∅ ⇒ n(X) = 0 Assim os possíveis subconjuntos Y serão: Y = ∅ ⇒ n(Y) = 0 = n(X) Portanto Y é finito e n(Y) ≤ n(X) para n = 0. Para n = 1, temos que: X = I1 = {1} ⇒ n(X) = 1 Assim os possíveis subconjuntos Y de X, serão: Y = ∅ ⇒ n(Y) = 0 < 1 = n(X) Y = {1} ⇒ n(Y) = 1 = n(X) Portanto Y é finito e n(Y) ≤ n(X) para n = 1. ii) Agora vamos supor por indução que X é finito e possui n elementos, com Y ⸦ X Então: Y é finito e n(Y) ≤ n é verdade Ɐ n ≥ 1, E vamos mostrar que: Y é finito e n(Y) ≤ n + 1 Vamos mostrar primeiro que: n(Y) ≤ n + 1 Seja X um conjunto com n + 1 elementos, isto é X = In+1 e Y ⸦ In+1. Logo: Se Y ⸦ In = X. Temos por hipótese de indução que: n(Y) ≤ n < n + 1 = In+1 Portanto: n(Y) ≤ In+1 = n + 1 Se Y ⊄ In = X. Segue que: n + 1 ∈ Y, onde Y − {n + 1} ⸦ In. Daí temos por hipótese de indução que: Y − {n + 1} é finito e n(Y − {n + 1}) ≤ n Logo ∃ δ: Ip → Y − {n + 1} bijetiva, com p ≤ n. assim: p + 1 ≤ n + 1 Agora vamos definir a função θ: Ip+1 → Y, tal que; θ: Ip+1 → Y a → { δ(x), se a ∈ Ip n + 1, se a = p + 1 Notemos que θ é bijetiva, logo há uma correspondência biunívoca entre Ip+1 e Y. Portanto: n(Y) = p + 1 ≤ n + 1 Agora mostremos que Y é infinito. Seja X um conjunto com n + 1 elementos e Y ⸦ X. Se X = Y, segue que X e Y possuem mesma quantidade de elementos, ou seja, mesma cardinalidade. Assim Y possui n + 1 elementos. Portanto Y é finito. (Mostraremos com mais detalhes na parte 2 da demonstração) (Utilizamos o lema1 para demonstração a seguir) Lema1: Se B é finito e possui n elementos e b ∈ B, então B – {b} é finito com n – 1 elementos. Se X ≠ Y, então existe a ∈ X tal que a ∉ Y. Daí temos que: Y ⸦ X − {a} Note que pelo lema1 segue que X − {a} possui n elementos, visto que X possui n + 1 elementos. E pelo mesmo lema X − {a} também é finito. Portanto pela hipótese de indução, segue que Y é finito. (Hipótese de indução: Se um conjunto A= X − {a} é finito e possui n elementos, então todo subconjunto de A é finito.) Assim concluímos pelo princípio de indução finita que n(Y) ≤ n(X) e Y é finito. Questão 7 (PARTE 2): Queremos mostrar que: Se X = Y, então n(X) = n(Y) Utilizaremos o teorema2 para mostrar o que se pede. Teorema1: Seja A ⸦ In, Se existe f: In → A bijetiva então A = In Por hipótese temos que Y ⸦ X = In Por outro lado existe uma correspondência biunívoca f: In → X = Y, isto é, f: In → Y é bijetiva. Logo pelo teorema1, temos que: Y = In Logo: n(Y) = n = n(X) Portanto concluímos que se X = Y então n(X) = n(Y). Questão 8 Sejam X e Y conjuntos finitos, Vamos mostrar que X ∪ Y é finito e que: n(X∪ Y) = n(X) + n(Y) − n(X ∩ Y). Observando o diagrama para o caso em que X∩ Y ≠ ∅. Temos: X = (X − Y) ∪ (X ∩ Y) ⟹ n(X) = n(X − Y) + n(X ∩ Y) (I) Y = (Y − X) ∪ (X ∩ Y) ⟹ n(Y) = n(Y − X) + n(X ∩ Y) (II) Por outro lado: X ∪ Y = (X − Y) ∪ (Y − X) ∪ (X ∩ Y) ⟹ n(X ∪ Y) = n(X − Y) + n(Y − X) + n(X ∩ Y) (*) Substituindo (I) e (II) em (*), obtemos: n(X ∪ Y) = n(X) − n(X ∩ Y) + n(Y) − n(X ∩ Y) + n = n(X) + n(Y) − n(X ∩ Y) Portanto: n(X ∪ Y) = n(X) + n(y) − n(X ∩ Y) Se X∩ Y = ∅. Temos que n(X ∩ Y) = 0, logo: n(X ∪ Y) = n(X) + n(y) − n(X ∩ Y) = n(X) + n(Y) − 0 n(X ∪ Y) = n(X) + n(Y) Questão 9 Seja a0, a1a2…an… a representação decimal de um número real α, tal que a0 ∈ ℕ e 0 ≤ an ≤ 9, ∀ n ∈ ℕ ∪ {0}. Logo: α = a0 + a1 10 + a2 10² +⋯+ an 10n +⋯ E seja: αn = a0 + a1 10 + a2 102 +⋯+ an 10n Vamos mostrar que o erro cometido quando α é substituído por αn não é superior a 10 −n, isto é: α − αn ≤ 10 −n, ∀ n ∈ ℕ ∪ {0} . Ora; α − αn = a0 + a1 10 + a2 102 +⋯+ an 10n + an+1 10n+1 +⋯− (a0 + a1 10 + a2 102 +⋯+ an 10n ) ⇒ α − αn = an+1 10n+1 + an+2 10n+2 +⋯ Notemos que: 0 ≤ an+1 ≤ 9, 0 ≤ an+2 ≤ 9, ..., 0 ≤ an+k ≤ 9 ∀ k ≥ 1. Logo: α − αn = an+1 10n+1 + an+2 10n+2 +⋯ ≤ 9 10n+1 + 9 10n+2 +⋯ = 1 10n ( 9 10 + 9 102 +⋯) Note que ( 9 10 + 9 102 +⋯) é a soma dos termos de uma progressão geométrica (PG) infinita. Logo pela fórmula da soma dos termos de uma PG infinita, obtemos: ( 9 10 + 9 102 +⋯) = 9 10 1 − 1 10 = 9 10 9 10 = 1 Daí, segue que: α − αn ≤ 1 10n ( 9 10 + 9 102 +⋯) = 1 10n ∙ 1 = 1 10n Portanto: α − αn ≤ 10 −n Questão 10 Seja 𝒙𝒏 = 𝒏 𝒏+𝟏 , com n ∈ IN, uma sequência. Vamos mostrar que (𝒙𝒏) é crescente limitada com 𝒙𝒏 ≤ 𝟏, Ɐ n ∈ IN. Vamos mostrar primeiro que (𝑥𝑛) é crescente Temos que uma sequência (𝑥𝑛) é crescente quando: 𝑥𝑛 < 𝑥𝑛+1, Ɐ 𝑛 ≥ 1. Daí precisamos verificar se 𝑥𝑛 < 𝑥𝑛+1, isto é: 𝑛 𝑛 + 1 < 𝑛 + 1 𝑛 + 2 Ora, observe que: 𝑛 + 1 𝑛 + 2 − 𝑛 𝑛 + 1 = (𝑛 + 1)2 − 𝑛(𝑛 + 2) (𝑛 + 2)(𝑛 + 1) = 𝑛2 + 2𝑛 + 1 − 𝑛2 − 2𝑛 (𝑛 + 2)(𝑛 + 1) ⇒ 𝑛 + 1 𝑛 + 2 − 𝑛 𝑛 + 1 = 1 (𝑛 + 2)(𝑛 + 1) Como 𝑛 ≥ 1, segue que: 𝑛 + 1 𝑛 + 2 − 𝑛 𝑛 + 1 = 1 (𝑛 + 2)(𝑛 + 1) > 0 ⇒ 𝑛 + 1 𝑛 + 2 − 𝑛 𝑛 + 1 > 0 ⇒ 𝑛 + 1 𝑛 + 2 > 𝑛 𝑛 + 1 Logo 𝑥𝑛 < 𝑥𝑛+1, Ɐ 𝑛 ≥ 1 e assim concluímos que (𝑥𝑛) é crescente. Agora vamos mostrar primeiro que (𝒙𝒏) é limitada com 𝒙𝒏 ≤ 𝟏, Ɐ n ∈ IN. Por definição a sequência (𝑥𝑛) é limitada quando possui um limite superior e um limite inferior, isto é, existem números reais M e m tal que: m ≤ 𝑥𝑛 ≤ M Ora note que: (𝑥𝑛) = ( 1 2 , 2 3 , 3 4 , … , 𝑛 𝑛 + 1 ) Daí como (𝑥𝑛) é crescente, segue que 𝑥1 = 𝑚 é o menor elemento da sequência, portanto: m = 1 2 (Limite inferior) Resta agora verificar se (𝑥𝑛) é limitada superiormente. Assim, como (𝑥𝑛) é crescente e seus termos crescem infinitamente para 𝑛 𝑛+1 , vamos calcular: lim 𝑛→∞ 𝑛 𝑛 + 1 Se o limite existir, dizemos que (𝒙𝒏) é limitada superiormente e seu limite superior é: 𝐥𝐢𝐦 𝒏→∞ 𝒏 𝒏 + 𝟏 = 𝐌 Assim segue que: M = lim 𝑛→∞ 𝑛 𝑛 + 1 = lim 𝑛→∞ 𝑛 𝑛⁄ 𝑛 𝑛 + 1 𝑛 = lim 𝑛→∞ 1 1 + 1 𝑛 = 1 1 + 0 = 1 Observe que na última passagem quando n tende para infinito, 1 𝑛 tende para zero. Assim concluímos que (𝑥𝑛) é limitada pois existem números reais M e m tal que: m ≤ 𝑥𝑛 ≤ M ⇒ 1 2 ≤ 𝑥𝑛 ≤ 1 Questão 11 Teorema da caracterização da função afim: Seja f: IR → IR uma função monótona injetiva. Se o acréscimo f(x + h) – f(x) = φ(h) depender apenas de h, mas não de x, então f é uma função afim. Vamos provar o teorema. Suponha f crescente e sejam h, k, ∈ IR. Logo: Se h < k, então: h + x < k + x Como f é crescente e injetiva (*), segue que: f(h + x) < f(k + x) ⇒ f(x + h) – f(x + k) < 0 Por outro lado: φ(h) – φ(k) = f(x + h) – f(x) – [f(x + k) – f(x)] = f(x + h) – f(x) – f(x + k) + f(x) = f(x + h) – f(x + k) < 0 ⇒ φ(h) – φ(k) < 0 ⇒ φ(h) < φ(k) Assim, φ: IR → IR também é crescente pois: h < k ⇒ φ(h) < φ(k) Além disso, observe que: φ(0) = f(x + 0) – f(x) = f(x) – f(x) = 0 ⇒ φ(0) = 0 φ(h + k) = f(x + h + k) – f(x) = f((x + h) + k) – f(x + k) + f(x + k) – f(x) ⇒ φ(h + k) = φ(h) + φ(k) Logo φ satisfaz a condição (3) do teorema fundamental da proporcionalidade. E assim φ satisfaz também as condições (1) e (2), pois são equivalentes a condição (3). Assim, utilizando o teorema fundamental da proporcionalidade, fazendo a = φ(1), temos que: a = φ(1) ⇒ φ(h) = φ(h ∙ 1) = h ∙ φ(1) = a ∙ h. Assim, φ(h) = ah Ɐ h ∈ IR. Daí segue que: φ(h) = ah, Ɐ h ∈ IR ⇒ f(x + h) – f(x) = ah (fazendo x = 0) ⇒ f(h) – f(0) = ah ⇒ f(h) = ah + f(0) (chamando f(0) = b) ⇒ f(h) = ah + b Ɐ h ∈ IR Portanto, concluímos que: f(x) = ax + b Ɐ x ∈ IR Para f decrescente a demonstração é análoga. (PARTE 2) Uma justificativa para a injetividade da função ser utilizada em (*). Como f é monótona. Segue que f é crescente ou decrescente. Em ambos os casos dados h, k ∈ IR, elementos do domínio da função com h ≠ k, temos: { f crescente: h > k ⇒ f(h) > f(k) ou f decrescente: h > k ⇒ f(h) < f(k) ⇒ f(h) ≠ f(k). A RECIPROCA DO TEOREMA DA QUESTÃO 11 É VERDADEIRA. De fato. Seja f(x) = ax + b. Logo: f(x + h) – f(x) = a ∙ (x + h) + b – [ax + b] = ax + ah + b – ax – b = ah = φ(h). Portanto concluímos que o acréscimo f(x + h) – f(x) = φ(h) depende apenas de h. Questão 12 Seja f: IR → IR uma função monótona que transforma P.A em P.A. Vamos mostrar que f é uma função afim. Demonstração: Seja 𝜑: ℝ → ℝ a função definida por: 𝜑(𝑥) = 𝑓(𝑥) − 𝑓(0). (I) Logo: 𝜑(0) = 0, pois 𝜑(0) = 𝑓(0) − 𝑓(0) = 0. Observe agora que 𝜑(𝑥) também transforma uma progressão aritmética (PA) (𝑥1, 𝑥2, … , 𝑥𝑖, …) em outra PA (𝜑(𝑥1), 𝜑(𝑥2), . . . 𝜑(𝑥𝑖), … ). Por hipótese, (𝑓(𝑥1), 𝑓(𝑥2), . . . , 𝑓(𝑥𝑖), … ) é uma PA, então: 𝑓(𝑥𝑖) = 𝑓(𝑥1) + (𝑖 − 1)𝑟, em que 𝑟 ∈ ℝ é a razão da PA. De (I), tomando 𝑥 = 𝑥𝑖, tem-se que: 𝜑(𝑥𝑖) = 𝑓(𝑥𝑖) − 𝑓(0) ⇒ 𝜑(𝑥𝑖) = 𝑓(𝑥1) + (𝑖 − 1)𝑟 − 𝑓(0) ⇒ 𝜑(𝑥𝑖) = (𝑓(𝑥1) − 𝑓(0)) + (𝑖 − 1)𝑟 ⇒ 𝜑(𝑥𝑖) = 𝜑(𝑥1) + (𝑖 − 1)𝑟. Assim podemos afirmar que 𝜑(𝑥) transforma uma PA em PA de mesma razão 𝑟. Agora, para qualquer 𝑥 ∈ ℝ, (−𝑥, 0, 𝑥) são termos de uma PA. Como 𝑓 e 𝜑 transformam PA em PA, então (𝑓(−𝑥), 𝑓(0), 𝑓(𝑥)) e (𝜑(−𝑥), 𝜑(0), 𝜑(𝑥)) são PA’s. Logo: 𝑓(0) − 𝑓(−𝑥) = 𝑓(𝑥) − 𝑓(0) ⇒ 2𝑓(0) = 𝑓(𝑥) + 𝑓(−𝑥) ⇒ 𝑓(0) = 𝑓(𝑥) + 𝑓(−𝑥) 2 Substituindo 𝑓(0) em (I), obtemos: 𝜑(𝑥) = 𝑓(𝑥) − 𝑓(0) ⇒ 𝜑(𝑥) = 𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥) + 𝑓(−𝑥) 2 ⇒ 2𝜑(𝑥) = 2𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥) − 𝑓(−𝑥) ⇒ 2𝜑(𝑥) = 𝑓(𝑥) − 𝑓(−𝑥) ⇒ φ(x) = 𝑓(𝑥) − 𝑓(−𝑥) 2 (*) Por outro lado, de (I), obtemos: 𝜑(−𝑥) = 𝑓(−𝑥) − 𝑓(0) (II) Substituindo agora 𝑓(0) em (II), obtemos: 𝜑(−𝑥) = 𝑓(−𝑥) − 𝑓(0) ⇒ 𝜑(−𝑥) = 𝑓(−𝑥) − 𝑓(𝑥) + 𝑓(−𝑥) 2 ⇒ 2𝜑(−𝑥) = 2𝑓(−𝑥) − 𝑓(𝑥) − 𝑓(−𝑥) ⇒ 2𝜑(−𝑥) = 𝑓(−𝑥) − 𝑓(𝑥) ⇒ φ(−x) = 𝑓(−𝑥) − 𝑓(𝑥) 2 − φ(−x) = −𝑓(−𝑥) + 𝑓(𝑥) 2 (**) De (*) e (**) Concluímos que: 𝜑(−𝑥) = −𝜑(𝑥), para todo 𝑥 ∈ ℝ. Agora vamos Fixar 𝑥 ∈ ℝ e consideremos a sequência (0, 𝑥, 2𝑥, . . . , 𝑛𝑥, . . . ), para todo 𝑛 ∈ ℕ, que é uma PA de razão igual a 𝑥. Suas imagens por 𝜑: 0, 𝜑(𝑥), 𝜑(2𝑥), … , 𝜑(𝑛𝑥) formam uma PA de razão 𝜑(𝑥). Segue que 𝜑(𝑛𝑥) = 𝑛𝜑(𝑥), para todo 𝑛 ∈ ℕ. Se 𝑛 < 0 segue que – 𝑛 ∈ ℕ e logo vale: 𝜑(𝑛𝑥) = −𝜑(−𝑛𝑥) = − (−𝑛𝜑(𝑥)) = 𝑛𝜑(𝑥).Portanto a igualdade 𝜑(𝑛𝑥) = 𝑛𝜑(𝑥) é válida para todo 𝑛 ∈ ℤ e 𝑥 ∈ ℝ. Então, Pelo Teorema Fundamental da Proporcionalidade segue que 𝜑 é linear, ou seja, 𝜑(𝑥) = 𝑎𝑥. Assim, tomando 𝑓(0) = 𝑏, obtemos: 𝜑(𝑥) = 𝑓(𝑥) − 𝑓(0) ⇒ 𝑓(𝑥) = 𝜑(𝑥) + 𝑓(0) ⇒ 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏, para todo 𝑥 ∈ ℝ. A RECIPROCA DA QUESTÃO 12 É VERDADEIRA. Sejam x1, x2, … , xi, … os termos de uma P.A de razão r. Note que: r = xi+1 − xi E seja f: IR → IR, tal que f(x) = ax + b, com a, b ∈ IR uma função afim. Então vamos mostrar que: yi = 𝑓(xi) Ɐ i = 1, 2, 3, ... formam uma P.A. De fato, basta verificar se a P.A formada pelos elementos y1, y2, … , yi possui uma razão. Logo vamos calcular yi+1 − yi, observe: yi+1 − yi = f(xi+1) − f(xi) = axi+1 + b − (axi + b) = axi+1 − axi = a(xi+1 − xi) = ar Assim a razão q da P.A formada pelos elementos y1, y2, … , yi, … é: q = ar Portanto concluímos que yi = 𝑓(xi) Ɐ i = 1, 2, 3, ... formam uma P.A.
Compartilhar