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Tópicos Especiais em Administração Aula 4: A produção mais limpa e a ecoe�ciência Apresentação Nesta aula, estudaremos dois conceitos que constituem os mecanismos que fortalecem os sistemas de gestão ambiental, produção mais limpa (PML) e ecoe�ciência. Além da de�nição de PML, estudaremos as medidas aplicáveis a vários setores produtivos como papel e celulose e cervejas e refrigerantes. Por �m, apresentaremos casos de sucesso em que uma oportunidade foi identi�cada e medidas de PML foram adotadas. Objetivos De�nir o conceito de produção mais limpa; Descrever o conceito de ecoe�ciência e as possibilidades de aplicação na empresa em que você trabalha ou projetos conhecidos; Identi�car exemplos na sua região. Dimensões competitivas municipais A disponibilidade de recursos e valores culturais, principalmente aqueles relacionados ao estilo de vida, podem in�uenciar nossas decisões. Essas características devem ser observadas durante o planejamento de ações voltadas à formação de pro�ssionais da área de Administração. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Comentário Começaremos esta aula com uma re�exão. Pare um pouquinho e escreva em, no máximo, vinte palavras qual é a vocação do seu município. Não se preocupe em acertar ou errar, apenas coloque no papel a ideia que você faz da principal atividade econômica de sua cidade. Quando terminar, analise sua resposta e circule a palavra-chave que melhor expressa o que foi escrito, ou seja, a palavra mais relevante de sua ideia. Para aprofundar seu estudo, veri�que as três dimensões em que as cidades competem umas com as outras de acordo com o Grupo de estudos Urbanos (GEU, 2016). Investimentos É a capacidade da cidade de atrair investimento, manter um ambiente propício e favorável aos negócios em geral e sustentar vantagens competitivas em um ou mais complexos produtivos, atividades ou setores econômicos em que a cidade eventualmente se especializou. Habitação É a capacidade da cidade de manter altos indicadores de qualidade de vida. Serviços essenciais de saúde e educação, transporte público, trânsito e demais condições de mobilidade urbana, segurança pública, oferta de lazer e cultura, habitação, parques e maneiras de enfrentar a pobreza urbana. Turismo É a capacidade da cidade de aproveitar e desenvolver atrativos turísticos de acordo com suas características e formular e implantar um plano de desenvolvimento turístico de forma articulada entre o setor público e as empresas. Provavelmente você já ouviu a expressão Brasil, país continental, ao se referir às características do nosso país. Isso porque o Brasil é o maior país da América do Sul e o quinto do mundo em extensão territorial. É dividido em cinco regiões, marcadas por grandes diferenças culturais, e 27 unidades federativas, seus Estados. Possui a maior economia da América Latina, segunda da América — atrás apenas dos Estados Unidos — e sétima do mundo. O Brasil ampliou sua presença nos mercados �nanceiros internacionais e faz parte de um grupo de cinco economias emergentes formada por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, conhecido como BRICS. O setor agrícola, acompanhado do minerador, manufatureiro e de serviços é o mais forte no país. Equipamentos elétricos, aeronaves, suco de laranja, automóveis e álcool são alguns dos principais produtos exportados pelo Brasil. Produção mais limpa e ecoe�ciência A produção mais limpa e a ecoe�ciência são dois conceitos muito discutidos pelas empresas por serem mecanismos que fortalecem os sistemas de gestão ambiental. Tanto a ecoe�ciência como a produção mais limpa têm como objetivo conseguir que os recursos naturais transformem-se em produtos e não gerem resíduos. Resíduos da indústria madeireira. Fonte: Autor Observe na imagem: Resíduo do lado direito, e madeira aproveitada do lado esquerdo, durante o processamento de madeira nativa no município de Sinop (MT). Embora a PML já seja um conceito conhecido de muitas indústrias, principalmente no que se refere às melhorias de e�ciência dos processos, ainda persistem dúvidas na hora de adotá-la no cotidiano das empresas. De que forma ela pode ser efetivamente aplicada nos processos e na produção? Como integrá-la ao dia a dia dos colaboradores? Que vantagens e benefícios traz para a empresa? Como uma empresa de pequeno porte pode trabalhar à luz de um conceito que, à primeira vista, pode parecer so�sticado ou caro? O objetivo básico da PML é eliminar a poluição durante o processo de produção, não no �nal. Justamente porque os resíduos que a empresa gera custaram dinheiro, pois foram comprados a preço de matéria-prima e consumiram insumos como água e energia. Após o processamento, continuam a consumir dinheiro, sob a forma de gastos de tratamento e armazenamento, sob a forma de multas pela falta desses cuidados, ou pelos danos à imagem e à reputação da empresa. Conceito de Produção mais limpa Em 1989, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), apresentou o conceito de produção mais limpa (PML) para de�nir a aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva e integral que envolve processos, produtos e serviços, de maneira que se previnam ou reduzam os riscos de curto ou longo prazo para o ser humano e o meio ambiente. A PML adota os seguintes procedimentos: PROCESSOS DE PRODUÇÃO Conservando as matérias-primas e a energia, eliminando aquelas que são tóxicas e reduzindo a quantidade e a toxicidade de todas as emissões e resíduos. PRODUTOS Reduzindo os impactos negativos ao longo do ciclo de vida do produto, desde a extração das matérias-primas até sua disposição �nal, por meio de um design adequado aos produtos. SERVIÇOS Incorporando as preocupações ambientais no projeto e fornecimento dos serviços. A produção mais limpa é diferente dos processos industriais que possuem controle apenas na etapa �nal, conhecidos como �m de tubo (end-of-pipe). Tratamento �m de tubo inclui a utilização de uma variedade de tecnologias e produtos para tratamento dos resíduos, em geral, todo tipo de contaminação gerada. Essas tecnologias não reduzem a contaminação, mas diminuem sua toxicidade transferindo-a de um meio a outro. A instalação de �ltros para retenção de poluentes em processos industriais é um exemplo dessa tecnologia end-of-pipe, pois, embora continuem a ser gerados poluentes, eles serão tratados no �nal do processo. A PML é uma estratégia que busca prevenir a geração da contaminação na fonte, em vez de controlá-la no �m do processo. As estratégias de produção mais limpa são o resultado da mudança de enfoque na abordagem da questão ambiental no âmbito das empresas, antes focado no controle da contaminação, passando-se a privilegiar a prevenção. De acordo com o PNUMA, o programa para a Produção Mais Limpa busca: Aumentar o consenso mundial para uma visão de produção mais limpa; Apoiar a rede de organizações dedicadas à promoção de estratégias de produção mais limpa e à ecoe�ciência; Ampliar as possibilidades de melhoria ambiental das empresas mediante a capacitação e a educação; Apoiar projetos que sirvam de modelo de referência; Fornecer assistência técnica. O conceito de PML compreende uma série de estratégias que podem ser aplicadas a processos, produtos e até mesmo serviço. Destacam- se a redução ou eliminação do uso de matérias-primas tóxicas, o aumento da e�ciência no uso de matérias-primas, água ou energia, a redução na geração de resíduos e e�uentes, e o reuso de recursos, entre outros. De�nição de ecoe�ciência Em 1992, o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), classi�cou empresas ecoe�cientes como: “Aquelas empresas que alcancem de forma contínua maiores níveis de e�ciência, evitando a contaminação mediante a substituição de materiais, tecnologias e produtos mais limpos e a busca do uso mais e�ciente e a recuperação dos recursos através de uma boa gestão”. Em 1993, no primeiro workshopampliado sobre ecoe�ciência, os participantes elaboraram a seguinte de�nição WBCSD (1996): “A ecoe�ciência atinge-se através da oferta de bens e serviços a preços competitivos, que, por um lado, satisfaçam as necessidades humanas e contribuam para a qualidade de vida e, por outro, reduzam progressivamente o impacto ecológico e a intensidade de utilização de recursos ao longo do ciclo de vida, até atingirem um nível, que, pelo menos, respeite a capacidade de sustentação estimada para o planeta Terra”. Esse conceito tem três objetivos centrais: 1 Redução do consumo de recursos: Inclui minimizar a utilização de energia, materiais, água e solo, favorecendo areciclabilidade e a durabilidade do produto e fechando o ciclo dos materiais. 2 Redução do impacto na natureza: Inclui a minimização das emissões gasosas, descargas líquidas, eliminação de desperdícios e a dispersão de substâncias tóxicas, assim como impulsiona a utilização sustentável de recursos renováveis. 3 Melhoria do valor do produto ou serviços: O que signi�ca fornecer mais benefícios aos clientes, pelas funcionalidade, �exibilidade e modularidade do produto, oferecendo serviços adicionais e concentrando-se em vender as necessidades funcionais de que, de fato, os clientes necessitam, o que levanta a possibilidade de o cliente receber a mesma necessidade funcional com menos materiais e menor utilização de recursos. O WBCSD (1996) identi�cou sete fatores para se alcançar com êxito a ecoe�ciência: 1 Reduzir a intensidade de uso de materiais. 2 Diminuir a demanda intensa de energia. 3 Reduzir a dispersão de substâncias tóxicas. 4 Incentivar a reciclagem dos materiais. 5 Maximizar o uso sustentável dos recursos renováveis. 6 Prolongar a vida útil dos produtos. 7 Incrementar a intensidade de serviços. A ecoe�ciência e a produção mais limpa O traço especí�co da ecoe�ciência em relação à produção mais limpa é seguir além do aproveitamento sustentável dos recursos e da redução da contaminação, destacando a criação de valor agregado tanto para os negócios como para a sociedade em geral, mantendo os padrões de competitividade (DIAS, 2011). Ao aumentar o valor dos bens e serviços que criam, as empresas maximizam a produtividade dos recursos, ganham benefícios profundos, com o qual grati�cam seus acionistas, e não somente minimizam a quantidade de resíduos ou contaminantes. A ecoe�ciência busca produzir mais com menos, reduzindo o consumo de materiais e energia, a geração de resíduos e a liberação de poluição no ambiente, assim como os custos de operação e as possíveis responsabilidades por danos a terceiros. As vantagens são muitas para os envolvidos, mas é a empresa que obtém os maiores benefícios para o seu próprio negócio. De acordo com Souza (2008), a PML pode signi�car: Redução de custos de produção; Aumento de e�ciência e competitividade; Diminuição dos riscos de acidentes ambientais; Melhoria das condições de saúde e de segurança do trabalhador; Melhoria da imagem da empresa junto a consumidores, fornecedores, poder público, mercado e comunidades. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Produção mais limpa para setores produtivos A adoção da PML como uma ferramenta do sistema de gestão da empresa pode trazer resultados ambientais satisfatórios, de forma contínua e perene, ao invés da implementação de ações pontuais e unitárias. Em futuro próximo, indicadores como a produtividade e a redução do consumo de matérias-primas permitirão estabelecer a eliminação de substâncias tóxicas, a redução da carga de resíduos gerados e a diminuição do passivo ambiental, sendo que os resultados positivos desses indicadores implicam diretamente na redução de riscos para a saúde ambiental e humana, bem como contribuem para os benefícios econômicos do empreendedor e imagem empresarial, tendo em vista os novos enfoques certi�catórios que regem a gestão empresarial. Papel e celulose O setor de celulose e papel é um dos segmentos industriais mais competitivos do país, com um padrão de qualidade equivalente aos melhores do mundo. Em seu processo produtivo, o setor utiliza basicamente madeira plantada (eucalipto e pinus), originária de re�orestamentos. Ao longo de milênios, o papel tem sido um bem de vital importância para a economia e a cultura de toda a humanidade. Hoje em dia, vive-se em um mundo em que há demanda crescente por papel. Quarenta por cento do lixo doméstico de países desenvolvidos é composto de papel. Para Souza (2008), a situação é tanto mais séria quando se avalia o recente surto de crescimento econômico de países emergentes como a China. Produção de papel Para o setor de celulose e papel, o tratamento da questão ambiental é hoje uma questão de sobrevivência. Ano após ano, essa premissa vem sendo tratada como uma variável gerencial relevante ao negócio. Deve-se sempre buscar a implantação dos melhores processos disponíveis, além de utilizar tecnologias de minimização especí�cas. É necessário atentar para o fato de que boa parte das alternativas, tendo em vista a escala do processo, refere-se a medidas de alto investimento inicial. No entanto, ao longo do tempo, a tendência é que seu retorno �nanceiro, em muitas ocasiões, contrabalance esses custos. A principal resposta às questões ambientais de um setor tão competitivo como esse consiste no fechamento cada vez mais perfeito dos ciclos produtivos de cada unidade ou operação, além da substituição de insumos perigosos (SOUZA, 2008). Em um cenário ideal: 1 A �bra e os produtos químicos passíveis de reutilização seriam recuperados. 2 O lodo do tratamento seria compostado, queimado para produção de energia ou destinado a reciclagem. 3 A água seria tratada e reutilizada inde�nidamente e assim por diante. Áreas �orestais Medidas úteis ao processo devem ser aplicadas desde a fase inicial de extração da madeira, nas áreas de produção �orestal. Visto que a maioria das empresas de celulose mantém propriedades privadas, �ca viável a estratégia de efetuar, logo após o corte, a etapa de descascamento das toras e separação de todas as partes inservíveis ao processo, antes do seu transporte para a unidade industrial. Plantação de eucalipto Operação de bene�ciamento de madeira Produção de cavaco Fonte: Autor O controle do tempo de estocagem da madeira e de cavacos é fundamental. Essa etapa tem como objetivo principal a degradação enzimática dos extrativos. O período ideal de permanência em estoque é de 40 dias, durante o qual a madeira atinge o ponto ótimo de maturação por causa da exposição ao ambiente. Períodos superiores são prejudiciais à qualidade da madeira, reduzindo o rendimento do processo. Consumo de água e geração de e�uentes industriais A água é o insumo que mais tem merecido atenção no que diz respeito a medidas de conservação. De uma forma geral, o fechamento total do ciclo de água de uma unidade dependerá das restrições impostas pela qualidade �nal pretendida para o produto. Atualmente, várias fábricas de papelão já conseguiram ou estão próximas de atingir índices de fechamento de circuito em 100%. As medidas de conservação mais utilizadas são: Uso de medidas preventivas destinadas à redução da frequência e dos efeitos de episódios de derramamentos acidentais; Minimização do consumo pela otimização dos volumes adequados a cada etapa produtiva dos diferentes tipos de celulose/papel, aumentando a proporção de água de reuso e melhorando o gerenciamento da água de processo; Melhor controle dos fatores (contaminações) que possam tornar desvantajoso o fechamento do ciclo de água, desde o bene�ciamento da madeira até o emprego de insumos químicos e energéticos no processo; Implantação de um sistema adequado de armazenamento e reuso de licores, do �ltrado e de outros líquidos de contaminação reduzida. Cervejas e refrigerantes De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no ano de 2017, houve um crescimento do mercado cervejeiro,atingindo a marca de 679 estabelecimentos legalmente instalados. O Brasil é o terceiro maior fabricante mundial, com 13,3 bilhões de litros produzidos, atrás, somente, da China (46 bilhões) e dos Estados Unidos (22,1 bilhões). Como um todo, a indústria gerou R$ 77 bilhões em faturamento no último exercício fechado, equivalente a 2% do PIB e 14% da indústria de transformação nacionais. Além disso, contribuiu com R$ 25 bilhões em impostos (SINDCERV, 2019). De acordo com Santos (2005), a cerveja é obtida pela fermentação da cevada , que é a principal etapa do processo cervejeiro, e sua efetividade depende de várias operações anteriores, incluindo o preparo das matérias- primas. Após a fermentação são realizadas etapas de tratamento da cerveja, para conferir as características organolépticas (sabor, odor, textura) desejadas no produto �nal. 1 Produção de cerveja A �gura a seguir apresenta as etapas gerais da produção de cerveja. Fonte: Santos (2005). Em relação ao consumo de recursos naturais, o setor cervejeiro caracteriza-se como consumidor de grande quantidade de água, que, em geral, deve ser de excelente qualidade. Além disso, pela natureza de suas operações, centradas na fermentação e repletas de etapas de limpeza, é grande a vazão de e�uentes gerados, e com valores moderados ou elevados de carga orgânica e sólidos em suspensão. Os principais pontos de atenção em relação aos impactos ambientais do setor cervejeiro são oriundos dessas características, como a geração de resíduos sólidos de etapas de �ltração antes e depois da fermentação, odores da ETE, geração de e�uentes dos sistemas de refrigeração etc. Entre as principais medidas para PML, Santos (2005) destaca o uso e�ciente de água, a lavagem de garrafas e o envase. Uso e�ciente de água As medidas de racionalização de uso de água sempre in�uenciam a geração de e�uentes, na medida em que menores consumos representam menores vazões de e�uentes. De modo geral, a primeira medida importante em qualquer programa de prevenção à poluição é o monitoramento. No caso do consumo de água e geração de e�uentes, isso signi�ca instalar medidores de vazão e totalizadores de �uxo nos equipamentos de maior consumo, permitindo levantar informações e assim implementar medidas de uso racional. Saiba mais https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon462/aula4.html Você conhece o Aquífero Guarani? Trata-se de um corpo hídrico subterrâneo e transfronteiriço que abrange parte dos territórios da Argentina, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai. Possui um volume acumulado de 37.000 km3 e área estimada de 1.087.000 Km2. Na parte brasileira, estende-se a oito estados: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. O SAG tem características físicas, geológicas, químicas e hidráulicas especí�cas e complexas. Aquífero Guarani Lavagem de garrafas O consumo de água nas lavadoras de garrafas depende basicamente da tecnologia empregada no projeto construção do equipamento. As lavadoras de garrafas mais modernas consomem menor quantidade de água, cerca de 0,5hL água/hL de volume nas garrafas, isto é, para cada garrafa de 600ml de capacidade são consumidos 300ml de água na lavagem. Em máquinas mais antigas, esse valor está em torno de 3 a 4hL água/hL volume nas garrafas, ou seja, para cada garrafa de 600ml consome-se de 1,8 a 2,4 litros de água. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Saiba mais A Ambev, dona de marcas como Skol, Stella Artois, Budweiser e Guaraná Antarctica, reduziu em 43% o consumo de água na produção de suas bebidas nos últimos 14 anos. A empresa já havia batido em 2015 a meta global estabelecida para 2017 de usar ao máximo 3,2 litros de água para cada litro de bebida envasado. Conheça as iniciativas da empresa. Envase javascript:void(0); Para facilitar o enchimento das garrafas, as máquinas enchedoras são dotadas de uma bomba que retira o ar antes da entrada da bebida. Nessas bombas, o vácuo é obtido por colunas barométricas, equipamento que utiliza jatos de água para produzir pressão negativa em uma tubulação. Nesse tipo de sistema, em geral, perde-se água, uma vez que parte da água sai junto com o ar que é expelido das garrafas. Para evitar essa perda, estimada em cerca de 50% da vazão de água, deve-se instalar um tanque de recirculação, que retorna a água extraída do equipamento para o topo do mesmo. Casos de sucesso A CETESB dissemina e incentiva a adoção de medidas de PML no estado de São Paulo. Os casos são classi�cados por setor, matéria-prima, reuso e projetos. Cada documento apresenta a oportunidade identi�cada, as medidas adotadas, investimentos, resultados obtidos e medidas futuras. Veja alguns exemplos: Redução do consumo de água na indústria de bebidas Redução na geração de resíduos em cemitérios Eliminação de emissões odoríferas do cozimento do redescarne Ao pesquisar os estudos de caso, tente identi�car as atividades que são desenvolvidas no seu município. Na medida do possível, con�rme se as empresas adotam soluções sustentáveis para o tratamento dos resíduos ou ainda utilizam abordagens de �m de tubo. Saiba mais Acesse a página da CETESB para consultar os casos de sucesso em PML de várias empresas, e veri�car seus benefícios ambientais e econômicos. Atividade 1. De acordo com o GEU (2016), as cidades competem umas com as outras em três dimensões: a) Produção, orçamento e eventos b) Infraestrutura, escolas e creches c) Investimentos, habitação e turismo d) Festas, produtos e marcas e) Rodovias, comércio e hospitais javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); 2. Em que consiste o tratamento de �m de tubo? a) Medidas para evitar a geração de resíduos. b) Tratar os resíduos no final do processo. c) Não tratar os resíduos. d) Tratar os resíduos no início do processo. e) Tratar os resíduos no meio do processo. 3. Assinale a alternativa que não corresponde a um objetivo da ecoe�ciência. a) Produzir mais com menos. b) Reduzir o consumo de materiais e energia. c) Reduzir a geração de resíduos. d) Reduzir a liberação de poluição. e) Aumentar apenas os ganhos financeiros. Notas Fermentação da cevada 1 Conversão dos açúcares presentes nos grãos de cevada em álcool.Referências DIAS, R. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011. GEU. Vocação das cidades. 2016. Disponível em: //www.geu.com.br/noticias/vocacao-das-cidades/. Acesso em: 25 mar. 2019. OECD. Technologies for cleaner production and products: towards technological transformation for sustainable development, 1995. SANTOS, M. S. Cervejas e refrigerantes. São Paulo: CETESB, 2005. SINDCERV. O setor em números. Disponível em: https://sindicerv.com.br/o-setor-em-numeros/. Acesso em: 25 mar 2019. SOUZA, A. H. C. B. Guia ambiental da indústria de papel e celulose. São Paulo: CETESB, 2008. WBCSD. Eco-e�ciency and cleaner production: charting the course to sustainability. Paris: WBCSD, 1998. WBCSD. Eco-e�cient leadership for improved economic and environmental performance. WBCSD, Jan. 1996. Disponível em: www.wbcsd.org. Acesso em: 25 mar 2019. Próxima aula Possibilidades de retorno dos bens ao ciclo produtivo e de negócios; javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); Diferentes categorias de canais de distribuição reversos; Principais características do produto logístico de pós-consumo. Explore mais Leia os textos: Avaliação da aplicação das técnicas da Produção Mais Limpa em um laticínio no Sul da Bahia; Produção mais limpa: contributos teórico-práticos para a sustentabilidade da cerâmica vermelha; Proposta de produção mais limpa voltada às práticas de ecodesign e logística reversa. javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0);
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