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Biossegurança-combinado

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Prévia do material em texto

1 
 
NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança | Conceitos de Biossegurança | Aula 01 
Onde Chegar 
• Conceituar biossegurança; 
• Relacionar o avanço da ciência com as práticas de biossegurança; 
• Enumerar os marcos históricos na legislação relacionadas à biossegurança; 
• Discutir a adoção de práticas de biossegurança na qualidade de vida. 
 
O que Aprender 
• Biossegurança; 
• Práticas de biossegurança; 
• Marcos históricos em biossegurança; 
 
AULA 
01 
Conceitos de biossegurança 
Biossegurança 
 
 
2 
 
NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança | Conceitos de Biossegurança | Aula 01 
Desenvolvimento 
O termo biossegurança é formado pela raiz bios (grego) que significa vida e o 
termo segurança. Assim, a biossegurança tem o foco na segurança da vida das pessoas, 
dos outros animais e do meio ambiente. Embora essa ciência tenha surgido com as 
práticas de engenharia genética, sabe-se que a necessidade de práticas de 
biossegurança antecede a esse campo e é inerente a todas as atividades laborais. 
Assim, todos os trabalhadores precisam ter em mente os conceitos de biossegurança 
para protegerem-se a sim mesmos, aos outros, aos animais e meio ambiente durante 
sua atividade laboral. 
Assim, a biossegurança é regida por legislação específica e permeia diferentes áreas, 
tais como a engenharia de segurança, a medicina do trabalho, a saúde do trabalhador, a 
higiene industrial, a engenharia clínica e a infecção hospitalar, entre outros. Ela é regida 
por legislação cujo cumprimento é dever do empregador e do empregado, cabendo ao 
primeiro as condições para que a legislação seja cumprida. Indústrias, hospitais, 
laboratórios de saúde pública, laboratórios de análises clínicas, hemocentros, 
universidades, etc., para promover a prevenção dos riscos gerados. 
A necessidade da biossegurança para preservar a saúde das pessoas, dos outros 
animais e do meio ambiente está diretamente relacionada ao progresso e 
industrialização. A produção em larga escala e o acesso cada vez maior da população às 
benesses da tecnologia geram o aumento considerável na geração de resíduos 
químicos, físicos e biológicos os quais demandam técnicas adequadas para descarte. Se 
negligenciados, podem provocar acidentes graves, às vezes de repercussão irreversível. 
Na área de saúde, os resíduos são inúmeros e precisam de tratamento muito específico, 
às vezes caros, para descarte adequado. Assim, enquanto em condições naturais as 
amostras biológicas tais como fezes e urina são lançadas na privada e retornam ao meio 
ambiente por meio do esgoto, após tratamento sanitário adequado, essas amostras 
quando levadas ao ambiente de saúde precisam ser tratadas antes do descarte. Isso 
porque, além da elevada quantidade, elas são potencialmente contaminadas com 
agentes potencialmente patogênicos. 
A utilização das normas de biossegurança na área de saúde previne, além dos acidentes 
de trabalho e as más condutas, a contaminação humana e do meio ambiente, 
sobretudo dos próprios profissionais envolvidos nas atividades de risco. Um dos 
exemplos mais recorrentes de contaminação humana associado à más condutas 
humanas é a brucelose, uma zoonose cosmopolita. A doença acomete rebanhos e 
acarreta prejuízos econômicos consideráveis, além de problemas sanitários. Por isso, 
vários laboratórios se dedicam ao estudo de vacinas, métodos de diagnóstico e 
 
3 
 
NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança | Conceitos de Biossegurança | Aula 01 
tratamento da doença. Esses locais concentram altas concentrações da bactéria e, por 
isso, precisam ter normas muito seguras a fim de evitar acidentes. 
Na verdade, os casos frequentes de acidentes envolvendo laboratórios que 
trabalhavam com brucelose motivaram bastante a formação das regras de 
biossegurança. Meyer e Eddie publicaram uma pesquisa em 1941 na qual relataram 74 
casos de brucelose devido à formação de aerossóis, entre a equipe de funcionários do 
laboratório. Dez anos depois, Sulkin e Pike publicaram uma pesquisa mostrando que a 
brucelose é a mais frequente infecção contraída em laboratório, seguida pela 
tuberculose, tularemia e tifo. Essas pesquisas, que antecedem o advento da 
biossegurança, mostram a fragilidade dos trabalhadores de saúde frente aos riscos com 
os quais eles trabalham. No Brasil, a brucelose é tratada como doença de caráter 
predominantemente ocupacional. Ela aparece na lista de doenças relacionadas ao 
trabalho [Portaria n 1.339/1999 do Ministério da Saúde (Brucelose A23)], e é 
responsável por diminuição do rendimento ou até mesmo incapacitando o trabalhador 
para os exercício de sua atividade. 
Assim, fez-se necessário pensar em biossegurança, sendo as primeiras diretrizes 
atribuídas ao NIH (National Institute of Health), que em 1976 divulgou as normas de 
segurança laboratorial a serem cumpridas em caráter obrigatório em projetos que 
recebessem verbas federais. Essa iniciativa repercutiu rapidamente em outros países, 
como Reino Unido, França e Alemanha, que também seguiram o exemplo e definiram 
normas de biossegurança laboratorial. 
A biossegurança no Brasil está vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia por meio 
da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança CNTBio, instância colegiada 
multidisciplinar, criada através da lei nº 11.105, de 24 de março de 2005, com o 
objetivo de dar apoio técnico consultivo, assessorar e atualizar o Governo Federal na 
implementação da Política Nacional de Biossegurança quanto a formulação e 
regulamentação dos organismos geneticamente modificados – OGM. Ainda, cabe à 
CNTBio estabelecer as normas técnicas de segurança e pareceres técnicos relacionados 
à proteção da saúde humana, demais seres vivos e do meio ambiente, para atividades 
que envolvam a construção, experimentação, cultivo, manipulação, transporte, 
comercialização, consumo, armazenamento, liberação e descarte de OGM e derivados. 
Para facilitar o reconhecimento dos riscos inerentes à saúde, o Ministério da Economia, 
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, por meio da Norma Regulamentadora 9 
(NR-9), NR-12 e da Portaria no 25/1994, classificou os riscos ocupacionais em cinco 
tipos: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentais. Posteriormente, 
padronizou-se o uso de cores para identificação de cada tipo de risco ocupacional. 
 
 
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NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança | Conceitos de Biossegurança | Aula 01 
Vá mais Longe 
Capítulo Norteador: Capítulo 1- Conceitos fundamentais. MOCHON, Francisco. 
Princípios de economia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. Biblioteca Virtual. 
<http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=20071> 
<http://ctnbio.mctic.gov.br/a-ctnbio> 
<http://www.fiocruz.br/biosseguranca/ctbio/docs/Lei-11105.pdf> 
 
Agora é sua Vez! 
Interação 
Desde a produção de insulina até o mapeamento do genoma humano, a aplicação de 
técnicas de recombinação genética tem possibilitado a resolução de problemas de 
saúde tais como diferentes tipos de câncer, diabetes, doenças cardíacas. Ainda, essa 
tecnologia favoreceu bastante a produção agrícola, fazendo chegar mais alimento na 
mesa das pessoas. Contudo, nem tudo é benefício e os avanços geraram também 
problemas a serem resolvidos. 
Leia e analise o manual de biossegurança, disponível no sítio 
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manual_biosseguran
ca.pdf. 
Discuta com seus colegas, no fórum da disciplina, como o avanço da ciência e da 
tecnologia está relacionado à biossegurança. Aponte, nas suas argumentações, o efeito 
colateral da produção de medicamentos, vacinas e outros insumos da saúde sobre o 
meio ambiente. Procure analisar como os resíduos decorrentes das atividades na área 
de saúde podem comprometer a saúde das pessoas, dos animais e do meioambiente e 
proponha estratégia de gerenciamento para mitigar seus efeitos. 
 
Questão para Simulado 
1 – A biossegurança se destina à proteção dos homens, dos outros animais e do meio 
ambiente durante as atividades laborais de modo a preservar a saúde e mitigar os 
impactos decorrentes das ações humanas. Entre as ações de biossegurança, destaca-se: 
http://ctnbio.mctic.gov.br/a-ctnbio
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/ctbio/docs/Lei-11105.pdf
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manual_biosseguranca.pdf
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manual_biosseguranca.pdf
 
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NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança | Conceitos de Biossegurança | Aula 01 
a) o reconhecimento dos riscos inerentes ao trabalho. 
b) o tratamento medicamentoso dos funcionários acometidos. 
c) o combate aos organismos geneticamente modificados. 
d) a pesquisa para descoberta de medicamentos. 
e) a proibição de extração de medicamentos oriundos de animais exóticos 
Resposta: Letra A 
 
Comentário: A biossegurança utiliza informações oriundas de áreas diversas da ciência 
para emprega-las em ações cujo objetivo seja a diminuição dos acidentes. Nesse 
sentido, é imprescindível o reconhecimento dos riscos e perigos inerentes aos diversos 
tipos de atividades laborais para elaboração de normas e procedimentos que 
proporcionem mais proteção do homem e outros animais e do meio ambiente. 
 
 
Organize-se: você deverá estudar pelo menos 4 horas semanais para apreender esse 
conteúdo. 
 
REFERÊNCIAS 
CARDOSO, T. A. O. Biossegurança e qualidade dos serviços de saúde, 1ª ed. Curitiba: Ed. 
Intersaberes, 2016. 
ROSSETTE, C. A. Biossegurança, 1ª ed. Bibliografia Universitária Pearson, 2016. 
Aula de biossegurança disponível no sítio 
<http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=20071> 
 
01
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https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/this-pharmacy-museum-1730-trademarks-very-271907450
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https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/bacteriology-microscopy-laboratory-1039076233
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/bacteriology-microscopy-laboratory-1039076233
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/bacteriology-microscopy-laboratory-1039076233
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/escherichia-coli-colonies-gram-negative-bacilli-536716924
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http://www2.mma.gov.br/port/conama/legipesq.cfm?tipo=1&numero=6938&ano=1981&texto=
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legipesq.cfm?tipo=2&numero=99274&ano=1990&texto=
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legipesq.cfm?tipo=2&numero=99274&ano=1990&texto=
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NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança | Perigo, risco e acidentes de trabalho| Aula 02 
Onde Chegar 
• Conceituar risco, perigo e acidente; 
• Discutir a importância da comunicação de acidente de trabalho (CAT) para as atividades 
laborais e prevenção de acidentes; 
• Explicar a classificação dos tipos de riscos; 
• Relacionar os tipos de riscos com as medidas de segurança de acidente. 
 
O que Aprender 
• Risco, perigo e acidente. 
• Comunicação de acidente de trabalho (CAT.) 
• Classificação dos tipos de riscos. 
• Prevenção de acidentes. 
 
AULA 
02 
Perigo, risco e acidentes de trabalho 
Biossegurança 
 
 
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NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança | Perigo, risco e acidentes de trabalho| Aula 02 
Desenvolvimento 
Este Guia de Aprendizagem pretende auxiliá-lo a identificar os pontos mais importantes 
a serem apreendidos e que estejam intimamente relacionados ao seu trabalho 
profissional. Os conhecimentos abordados nesse momento contribuirão para que você 
possa discernir o que é risco, perigo e acidente de trabalho. Esses três conceitos são a 
base para a prevenção de acidentes de trabalho e preservação da saúde laboral. 
Quando ocorre um acidente relacionado à atividade laboral, é dever do empregador 
preencher um formulário, por via eletrônica, chamado comunicação de acidente de 
trabalho – CAT em no máximo um dia após o acidente, devendo ser no mesmo dia em 
caso de óbito do trabalhador. Além de auxiliar o trabalhador a garantir seus direitos 
trabalhistas, a emissão do CAT permite compilar dados relacionados aos acidentes 
durante atividades laborais e assim, permite avaliar aquelas que mais comumente estão 
associadas aos acidentes. 
Os profissionais da área de saúde se expõe demasiadamente aos vários tipos de riscos 
capazes de comprometer a saúde. Isto ocorre porque durante as atividades laborais, 
eles se expõem aos diversos tipos de perigo, tais como objetos perfurocortantes, 
material biológico potencialmente contaminados, substâncias químicas, excesso de 
trabalho e até mesmo em substâncias radioativas. Esses perigos aumentam os riscos, os 
quais podem ser medidos e expressos em probabilidade e assim, subsidiarem a 
elaboração de procedimentos para minimizar os riscos de comprometer a saúde. Assim, 
objetos pérfuro cortantes representam o perigo para o risco de lesão e contaminação 
e/ou infecção. Os microrganismos representam o perigo para o risco biológico de 
contaminação para quem com eles trabalham. Igualmente, trabalhar com substâncias 
químicas, representam um perigo para o risco de intoxicação do trabalhador. O excesso 
de trabalho é um perigo para riscos ergonômicos, incluindo lesão repetitiva por esforço, 
estresse e ansiedade. Finalmente, as substâncias radioativas representam um perigo 
iminente para o risco físico de desenvolver neoplasias. Esses são alguns exemplos da 
relação entre perigo e risco no ambiente de saúde. 
Percebe-se, portanto, que os perigos expõem categorias diferentes de risco: biológico, 
físico, químico, ergonômico e acidental. 
O conhecimento do perigo é fundamental para as práticas de gestão. Ao conhecer os 
perigos existentes na prática laboral, é possível considera-los e assim, elaborar 
estratégias para minimizá-los. Nas áreas de saúde, os diferentes tipos de perigo são 
 
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NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança | Perigo, risco e acidentes de trabalho| Aula 02 
identificados de forma clara e objetiva por meio de pictogramas (sinal ou símbolo) cujas 
cores obedecem ao sistema internacional padronizado no mundo inteiro, permitindo a 
comunicação sem o uso das palavras e facilitando a compreensão e memorização. 
Assim, qualquer pessoa que entrar no ambiente pode facilmente reconhecer os tipos 
de perigos existentes naquele local. 
 
 
FONTE: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/girl-red-nails-injured-by-
syringe-1690717375 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/little-girl-band-aid-on-shoulder-
1793763586 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/medical-sharps-safety-device-prevent-
needle-1846788163 
 
Ao final desta unidade, você compreenderá como definir um perigo, risco e acidente. 
Será capaz de reconhecer a classificação dos tipos de riscos e relacioná-los às medidas 
de segurança durante sua atividade profissional. 
 
Perigo
Condição que apresenta potencial para causar prejuízo.
O perigo pode levar ao risco.
Risco
É a probabilidade (mensurável) de um evento acontecer, 
em resultado do perigo;
Perigo (não pode controlar) X exposição (pode controlar 
por meio de boas práticas.
Acidente
Evento inesperado e indesejado, causado pelo risco; 
Poden causar danos ou não.
Dano é o prejuízo causado: infecção, trauma, dença, 
morte, etc.
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/girl-red-nails-injured-by-syringe-1690717375
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/girl-red-nails-injured-by-syringe-1690717375
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/medical-sharps-safety-device-prevent-needle-1846788163
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/medical-sharps-safety-device-prevent-needle-1846788163
 
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NEAD – Núcleode Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança | Perigo, risco e acidentes de trabalho| Aula 02 
Vá mais Longe 
Capítulo Norteador: Unidade 1- Avaliação dos riscos em serviços de saúde. CARDOSO, 
T. A. O. Biossegurança e qualidade dos serviços de saúde, 1ª ed. Curitiba: Ed. 
Intersaberes, 2016. 
<http://biosseguranca.ensp.fiocruz.br/seguranca-quimica/pictograma>. 
Agora é sua Vez! 
Interação 
Assista a videoaula “Biossegurança: Placas de Sinalização” disponível no sítio 
https://www.youtube.com/watch?v=QWKY3k-p3EE e, a seguir, discuta com seus colegas 
no fórum da disciplina, a importância da sinalização em biossegurança para evitar 
acidentes. Em suas argumentações, procure utilizar a nomenclatura adequada, usando 
os termos perigo e risco. 
 
Questão para Simulado 
Durante a atividade laboral, a biomédica J. A. S, 39 anos, exerce diariamente as 
seguintes atividades: coleta de amostras de sangue e urina, realização de exames 
sorológicos, exame parasitológico de fezes (no microscópio) e esterilização de amostras 
na autoclave. A biomédica 
a) tem direito ao adicional de insalubridade. 
b) tem direito ao adicional de periculosidade. 
c) tem direito ao adicional de insalubridade e de periculosidade. 
d) se expõe aos riscos de acidentes e biológicos, mas não ergonômicos. 
e) está dispensada de participar dos treinamentos em biossegurança. 
Resposta: Letra A 
A coleta de sangue e realização de exames sorológicos e de fezes expõe a biomédica a 
riscos biológicos, uma vez que microrganismos podem estar presentes nas amostras. Há 
risco de acidente com material perfuro-cortante durante a coleta de sangue. Assim, ela 
tem direito ao adicional de insalubridade, pois está exposta a maiores riscos, mas não 
https://www.youtube.com/watch?v=QWKY3k-p3EE
 
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NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança | Perigo, risco e acidentes de trabalho| Aula 02 
de periculosidade, uma vez que tais atividades não colocam sua vida em risco. Todas as 
atividades laborais expõem o trabalhador aos riscos ergonômicos. Todos os 
trabalhadores precisam participar dos programas de treinamento. 
 
Organize-se: você deverá estudar pelo menos 4 horas semanais para apreender esse 
conteúdo. 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978 NR - 5. Comissão Interna de Prevenção 
de Acidentes. In: SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. 29. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 
489 p. (Manuais de legislação, 16). 
CARDOSO, T. A. O. Biossegurança e qualidade dos serviços de saúde, 1ª ed. Curitiba: Ed. 
Intersaberes, 2016. 
ROSSETTE, C. A. Biossegurança, 1ª ed. Bibliografia Universitária Pearson, 2016. 
TYLER MILLER Jr, G. Ciência Ambiental, 11ª ed. Cencage Learning, 2007. 
http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=20071 
 
02
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https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/medical-sharps-safety-device-prevent-needle-1846788163
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1 
 
NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança | Riscos biológicos| Aula 03 
Onde Chegar 
• Definir riscos biológicos e a legislação que trata desse tema; 
• Explicar os critérios para classificação de risco biológico; 
• Citar dois agentes biológicos classificados nos diferentes níveis de biossegurança; 
• Relacionar as condições dos serviços de saúde necessárias para trabalhar com 
agentes biológicos de diferentes níveis de biossegurança. 
O que Aprender 
• Classificação dos microrganismos quanto ao risco biológico. 
• Critérios para classificação em de risco biológico. 
• Condições necessárias nos laboratórios que trabalham com microrganismos. 
 
AULA 
03 
Riscos biológicos 
Biossegurança 
 
 
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NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança | Riscos biológicos| Aula 03 
Desenvolvimento 
Este Guia de Aprendizagem tem o objetivo de ajuda-lo a direcionar os seus estudos ao 
longo do desenvolvimento da disciplina e focar nos temas mais relevantes para sua 
formação. Assim, dedicamos esta aula para os riscos biológicos, os quais constituem as 
causas mais frequentes de causas de acidentes durante a atividade laboral dos 
profissionais de saúde. 
Assim, fique atento para os fatores que influenciam os riscos dos diferentes agentes 
biológicos, para que esteja apto a adotar os procedimentos necessários às prevenções 
de acidentes. Por exemplo, quanto maior a virulência, isto é quanto maior a taxa de 
letalidade provocada por ele, maior será a classificação do risco biológico. Outro 
aspecto importante a ser considerado, diz respeito ao contato prévio do agente 
biológico com humanos. Assim, quando um microrganismo aparece de um lugar 
geográfico distante ou ainda, quando ele era encontrado no meio ambiente, mas não 
em animais incluindo humanos, o risco biológico é maior, já que não houve interação 
anterior com a imunidade do hospedeiro e não é possível prever como ela será. 
Falaremos também de alguns recursos e procedimentos específicos para os 
laboratórios que trabalham com as diferentes classes de microrganismos. Ao final desta 
unidade, você compreenderá como proceder quando estiver trabalhando com 
microrganismos. 
Nem sempre é fácil saber a classificação de um microrganismo e, em algumas 
circunstâncias, ele pode mudar de classificação de acordo com a cepa, mutação ou outro 
fator. Veja o exemplo do Coronavírus humano, classificado no Brasil pelo Ministério da 
Saúde em 2017 na classe de risco 2, enquanto MERS-CoV e SARS-CoV que causam 
Síndromes Respiratórias Agudas Graves foram classificados como classe de risco 3 no 
nível de segurança. Já o SARS-CoV-2, agente etiológico responsável pela pandemia que 
se iniciou em 2019 e responsável por milhares de mortes no mundo todo, é um patógeno 
novo e ainda não foi classificado. Contudo, essa classificação é importante para 
determinar as boas práticas de laboratório assim como planejar as políticas públicas para 
conter a pandemia. 
 Por se tratar de um patógeno humano para o qual ainda não existe medidas profiláticas 
e terapêuticas eficientes, ser transmitido por via aerossol e apresentar elevada taxa de 
letalidade sobretudo em indivíduos que apresentam comorbidades, o SARS-CoV-2 tem 
 
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NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança | Riscos biológicos| Aula 03 
sido tratado provisoriamente como Classe de Risco 3 pelas principais autoridades 
sanitárias internacionais e pelo Ministério da Saúde. 
Além dos fatores apresentados, o SARS-CoV-2 permanece viável por longos períodos em 
objetos ou superfícies inanimadas, o que faz com que as instalações dos laboratórios que 
trabalham com este vírus, querem na pesquisa, no diagnóstico ou produção de vacinas 
precisa apresentar ao nível de biossegurança 3. 
 
Tabela 1 – Consensos quanto aos procedimentos laboratoriais em que envolvam SARS-
CoV-2 
 
Fonte: BINSFELD, P. C & , COLONELLO, N. A., 2020. 
 
 
Vá mais Longe 
Capítulo Norteador: Para conhecer mais sobre este tema, leia o capítulo 1 “Avaliação 
dos riscos em serviços de saúde” do livro texto: CARDOSO, T. A. O. Biossegurança e 
qualidade dos serviços de saúde, 1ª ed. Curitiba: Ed. Intersaberes, 2016. Biblioteca 
Virtual. 
 
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NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança | Riscos biológicos| Aula 03 
Enriqueça seus conhecimentos com a leitura do módulo 1 – Normas gerais para boas 
práticas em microbiologia clínica, que aborda os aspectos inerentes aos laboratórios de 
classe I, II, III e IV, disponível no sítio: 
<https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/mo
dulo1/biosseguranca.htm>. Acesso em: 15 jan. 2020. 
 
Agora é sua Vez! 
Interação 
Os profissionais da saúde estão constantemente submetidos aos microrganismos 
durantesuas atividades laborais. A forma de transmissão varia extremamente entre as 
diferentes espécies, assim como as normas de biossegurança para manipulação de cada 
um deles. Diante desse contexto, assista a videoaula sobre riscos biológicos disponível 
no sítio <http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=20071> e, a seguir, discuta 
com seus colegas no fórum da disciplina os critérios utilizados para categorizar os 
microrganismos quanto aos níveis de biossegurança. Procure abordar, em suas 
argumentações, os fatores envolvidos nesses critérios, tais como virulência, dose 
infectante e concentração. 
 
Questão para Simulado 
1 –No que diz respeito aos riscos biológicos, os microrganismos de classe II são aqueles 
que exibem baixa capacidade de dispersão e para os quais há tratamento e/ou medida 
profilática, como é o caso do vírus da rubéola. Nesse sentido, o laboratório que trabalha 
com este vírus deve obrigatoriamente ser equipado com: 
a) Autoclave para esterilizar as amostras antes do descarte e assim evitar a 
contaminação do meio ambiente. 
b) Portas de acesso dupla com fechamento automático, para evitar que as 
mãos contaminem as maçanetas. 
c) Fluxo de ar negativo, para evitar a contaminação do meio ambiente por 
meio dos aerossóis. 
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo1/biosseguranca.htm
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo1/biosseguranca.htm
http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=20071
 
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ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança | Riscos biológicos| Aula 03 
d) Chuveiro especial para desinfecção química das pessoas, após 
manipulação de amostras contaminadas. 
e) Bancadas dispostas com intervalo suficiente para circulação, evitando-se 
assim atrapalhar os experimentos nela realizados com esses microganismos. 
Resposta: Letra A 
 
Comentário: Os microrganismos de classe II não oferecem risco potencial de serem 
transmitidos por aerossol, exceto quando centrifugados sem os devidos cuidados. A 
manipulação desses microrganismos deve ser realizada em cabines de segurança, e não 
sobre a bancada do laboratório. O material deverá ser esterilizado na autoclave do 
laboratório antes do descarte, a fim de proteger o meio ambiente contra 
contaminação. As portas de acesso dupla com fechamento automático, assim como o 
fluxo de ar negativo são necessárias para os laboratórios com nível de biossegurança 3 
e 4. O chuveiro especial para desinfecção química das pessoas é necessário nos 
laboratórios de nível de biossegurança 4. 
 
Organize-se: para apreender o conteúdo aqui proposto, é necessário que você invista 
pelo menos 4 horas semanais do seu tempo. 
 
REFERÊNCIAS 
BINSFELD, P. C & , COLONELLO, N. A. Coronavírus - SARS-CoV-2: Classe de risco e 
consensos de biossegurança para laboratório com amostras infectantes. SciELO - 
Scientific Electronic Library Online, 2020. Disponível em: 
<https://preprints.scielo.org/index.php/scielo/preprint/view/399>.Acesso em 
16/01/2021. 
CARDOSO, T. A. O. Biossegurança e qualidade dos serviços de saúde, 1ª ed. Curitiba: Ed. 
Intersaberes, 2016. 
CARDOSO, T.A.O.; SCHATZMAYR, H.G. Panorama do Processo Construtivo de normas 
relativas a risco na elaboração da Ciência. In: COSTA, M.A.F.; COSTA, M.F.B. 
(Orgs.) Biossegurança de OGM: Saúde Humana e Ambiental. Rio de Janeiro: Papel & 
Virtual, 2003. p.27-47. 
ROSSETTE, C. A. Biossegurança, 1ª ed. Bibliografia Universitária Pearson, 2016. 
 
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ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança | Riscos biológicos| Aula 03 
MELLO, Jacira Salgueiro; SILVA, Marizete Pereira da; CARDOSO, Telma Abdalla de 
Oliveira. Integrando a Terminologia para entender a biossegurança. Physis, Rio de 
Janeiro , v. 22, n. 1, p. 239-252, 2012 . 
ODA, L. et al. Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. Brasília. Ministério da 
Saúde, 1998. 
http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=20071. 
http://www.fundeci.com.br/ 
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/nb4.html 
03
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https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/centrifugation-procedure-separate-homogenate-into-different-1689311233
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/close-chemist-using-centrifuge-lab-742731163
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http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=20071
http://www.fundeci.com.br/
 
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ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança |Boas práticas em serviços de saúde | Aula 04 
Onde Chegar 
• Definir boas práticas em serviços de saúde e enumerar seus objetivos; 
• Explicar as boas práticas em serviços de saúde; 
• Relacionar a lavagem das mãos com a prevenção de contaminação dos experimentos 
e do paciente durante as práticas de assistência à saúde. 
• Descrever a técnica de higienização simples das mãos. 
 
O que Aprender 
• Boas práticas em serviços de saúde. 
• Microbiota das mãos. 
• Higienização das mãos. 
 
AULA 
04 
Boas práticas em serviços de saúde 
Biossegurança 
 
 
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ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança |Boas práticas em serviços de saúde | Aula 04 
Desenvolvimento 
 
Este Guia de Aprendizagem tem o objetivo de direcionar os seus estudos ao longo do 
desenvolvimento da disciplina e o seu olhar para os conteúdos disponibilizados. Assim, 
nesta aula, falaremos sobre as boas práticas em serviços de saúde, explicando sobretudo 
a conduta do profissional durante as atividades laborais, com o objetivo de evitar 
acidentes de laboratório e contaminação. Ao final desta unidade, você compreenderá 
como proceder dentro dos ambientes de saúde, particularmente como higienizar as 
mãos para remoção das microbiotas residente e transitória. 
Durante a atividade laboral, o profissional de saúde está exposto a numerosos riscos 
biológicos, químicos, físicos, ergonômicos e acidentais. Para evita-los, é imprescindível 
que cada profissional esteja consciente de todos eles, conheça e adote os procedimentos 
a fim de evita-los. 
Embora a responsabilidade pelas implantação e supervisão das boas práticas seja o 
gestor, é necessário que cada indivíduo que frequente o serviço de saúde adote a postura 
recomendada a fim de minimizar a exposição aos riscos. 
Esta aula enfatiza as ações individuais a serem adotadas para proteger o trabalhador da 
área de saúde, com ênfase na higienização das mãos. Esse procedimento muito simples 
minimiza consideravelmente os riscos à saúde do trabalhador e protege pacientes, 
exames e experimentos realizados. Ainda, diminui a chance de contaminação do entorno 
e do meio ambiente. 
 
Higienização das mãos 
A higienização correta das mãos remove a sujidade da pele, como o suor, a oleosidade e 
as células mortas, além dos microrganismos que são encontrados normalmente 
colonizando as camadas superficiais da pele. Essa sujidade favorece a permanência e 
proliferação de microrganismos. 
Para higienizar corretamente as mãos, o procedimento deve durar de 40 a 60 segundos. 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
 
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ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança |Boas práticas em serviços de saúde | Aula 04 
 
 FONTE: ANVISA 
 
Vá mais Longe 
Capítulo Norteador: Para conhecer mais sobre este tema, leia o item “Boas práticas em 
laboratórios de pesquisa”, disponível a partir da página 31 da Unidade 1 - Conceitos de 
biossegurança, avaliação e classificação de riscos e laboratórios na área de saúde. 
CARDOSO, T. A. O. Biossegurança e qualidade dos serviços de saúde, 1ª ed. Curitiba: Ed. 
Intersaberes, 2016. Biblioteca Virtual. 
 
 
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ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança |Boas práticas em serviços de saúde | Aula 04 
Enriqueça seus conhecimentos com a leiturado capítulo 7 do texto “Segurança do 
paciente - higienização das mãos”. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA 
SANITÁRIA – ANVISA. Segurança do paciente. Brasília, 2009. Disponível no sítio: 
<http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/index.htm>. Acesso em: 15 jan. 
2020. 
 
Agora é sua Vez! 
Interação 
Durante as atividades laborais, os profissionais da saúde lidam com diversas substâncias 
as quais podem servir como fonte de nutrientes para microrganismos. Caso os 
microrganismos entrem em contato com amostras biológicas, eles rapidamente se 
multiplicarão e poderão comprometer os resultados aos quais pretendem-se chegar. 
Diante desse contexto, discuta com seus colegas no fórum da disciplina como a 
higienização simples das mãos minimiza os riscos de contaminação. Procure abordar os 
conceitos de microbiota residente e transitória em suas argumentações. 
Treinem, em casa, a técnica correta de higienização das mãos. 
 
Questão para Simulado 
1 – Entre os procedimentos de boas práticas em saúde, ganha destaque a higienização 
das mãos, uma medida individual, simples, pouco dispendiosa e muito eficiente para 
prevenir a propagação de microrganismos. A higienização das mãos: 
a) Assegura eliminação da microbiota transitória. 
b) Elimina completamente os microrganismos. 
c) elimina a sujidade, mas mantém a microbiota residente. 
d) dispensa o uso de luvas para realização de experimentos e análises. 
e) é dispensado quando for usar luvas de procedimento. 
Resposta: Letra A 
 
 
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Biossegurança |Boas práticas em serviços de saúde | Aula 04 
Comentário: A higienização simples das mãos com água e sabão, elimina os 
microrganismos que constituem a microbiota transitória e diminui consideravelmente 
aqueles da microbiota residente, os quais, contudo, se mantém presentes. Essa prática 
deve ser adotada antes e após a realização de experimentos, análises e contato com 
pacientes e/ou amostras biológicas, os quais devem ser realizados com luvas de 
procedimento. 
 
Organize-se: para apreender o conteúdo aqui proposto, é necessário que você invista 
pelo menos 4 horas semanais do seu tempo. 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Segurança do 
paciente. Brasília, 2009. Disponível em: 
<http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/index.htm>. Acesso em: 15 jan. 
2020. 
CARDOSO, T. A. O. Biossegurança e qualidade dos serviços de saúde, 1ª ed. Curitiba: Ed. 
Intersaberes, 2016. 
ROSSETTE, C. A. Biossegurança, 1ª ed. Bibliografia Universitária Pearson, 2016. 
04
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https://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/introducao.htm
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ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança |Equipamentos de proteção individual e coletiva| Aula 05 
Onde Chegar 
• Discutir a Norma Regulamentadora NR 6 do Ministério do Trabalho e Emprego – 
MTE e sua importância para a saúde laboral; 
• Enumerar os principais equipamentos de proteção individual e explicar os 
procedimentos de paramentação e desparamentação; 
• Enumerar os principais equipamentos de proteção coletiva e explicar 
suscintamente o funcionamento de cada um relacionando-os à proteção do trabalhador 
e do meio ambiente. 
 
O que Aprender 
• Norma Regulamentadora NR 6 do Ministério do Trabalho e Emprego. 
• Equipamentos de proteção individual - EPIs. 
• Equipamentos de proteção coletiva - EPC. 
AULA 
05 
Equipamentos de proteção individual 
e coletiva 
 
Biossegurança 
 
 
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ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança |Equipamentos de proteção individual e coletiva| Aula 05 
Desenvolvimento 
 
Este Guia de Aprendizagem tem o objetivo de direcionar os seus estudos ao longo do 
desenvolvimento da disciplina e o seu olhar para os conteúdos disponibilizados. Nesta 
aula, falaremos sobre a importância dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e 
coletiva (EPC) para o exercício das atividades laborais dos profissionais de saúde. Ao 
final desta unidade, esperamos que vocês saibam integrar os conhecimentos sobre os 
equipamentos com a proteção que eles proporcionam para seu trabalho na área de 
saúde. 
Além disso, é importante estarem atentos aos EPIs e EPC necessários para o local no 
qual você trabalha, uma vez que a indicação de cada um deles é específica para os 
riscos aos quais está exposto o trabalhador conforme determinado pela Norma 
Regulamentadora n 6 (NR 6) do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). Um 
aspecto muito importante é a labilidade de tais regulamentos e, por isso, você deverá 
sempre consultar o MTE a fim de manter-se informado e atualizado no exercício das 
suas atividades. O não cumprimento da NR 6 é passível de multas para o trabalhador e 
ações trabalhistas. 
A exposição aos diferentes tipos de riscos é inerente a qualquer atividade profissional. 
Para evitar os acidentes e danos, é imprescindível que cada profissional aja de forma 
consciente exercendo as boas práticas e utilizando corretamente os equipamentos de 
proteção, os quais são disponibilizados pelo trabalhador, sem custos. 
Esta aula é destinada ao estudo dos principais equipamentos de proteção utilizados 
pelos profissionais de saúde, sobretudo em laboratórios. Mais uma vez, ressaltamos a 
necessidade de higienizar constantemente as mãos, antes e após todos os 
procedimentos realizados, mesmo aqueles usando luvas. 
A recomendação de quais EPIs são necessários é de responsabilidade do Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, após 
ouvira a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, os trabalhadores e 
demais usuários. Caso a empresa não tenha esses serviços, compete ao empregador 
essa tarefa. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010). 
 
Os equipamentos de proteção individual (EPIs) são definidos como todo produto ou 
dispositivo de uso individual do trabalhador destinado a protege-lo de riscos suscetíveis 
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (NR 6 - MTE). 
 
 
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Biossegurança |Equipamentos de proteção individual e coletiva| Aula 05 
Vejam, a seguir, as responsabilidades do empregador e do empregado com relação aos 
EPIs, transcritas da NR6: 
 
Responsabilidades do empregador quanto aos EPIs (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, 
de 07 de dezembro de 2010), 
a) adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; 
b) exigir seu uso; 
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em 
matéria de segurança e saúde no trabalho; 
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; 
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; 
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, 
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. 
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou 
sistema eletrônico. (Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009) 
Assim, é de reponsabilidade do empregador o fornecimento dos EPIs sem custos para 
os funcionários. Para os trabalhadores portadores de necessidades especiais que 
necessitarem de EPIs com adaptações, elas poderão ser feitas pelo fabricante e, assim 
como os demais EPIs, ter a qualidade certificada por um órgão competente do país, 
determinado pelo Ministério do Trabalho e Emprego e identificado com a sigla CA 
(certificado de aprovação). 
Responsabilidades do trabalhador quanto aos EPIs. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, 
de 07 de dezembro de 2010) 
a) usar os EPIs apenas para a finalidade a que se destina; 
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; 
c) comunicar ao empregadorqualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, 
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 
 
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Biossegurança |Equipamentos de proteção individual e coletiva| Aula 05 
Agora que já tivemos uma noção geral sobre a legislação, vejamos uma parte da lista de 
equipamentos de proteção individual definida pela NR 6 que contém os itens mais 
utilizados na área de saúde para proteger o trabalhador e minimizar os riscos durante a 
atividade laboral. Procuramos colocar aqui os EPIs mais utilizados na área de saúde, 
porém, a lista é muito ampla de acordo com as várias áreas de trabalho. Mais uma vez 
chamamos a atenção para a necessidade de atualização constante das normas 
regulatórias junto ao MTE. 
Jaleco ou avental 
Os jalecos podem ser reutilizados ou descartáveis. No primeiro caso, deve ser 
confeccionado em algodão ou fibra sintética não inflamável e os segundos, de material 
resistente e impermeável. O uso do jaleco ou avental nas áreas de trabalho é 
obrigatório, devendo estar abotoado e ter as mangas compridas para proteger a pele e 
a roupa do trabalhador da exposição a sangue e fluidos corpóreos, salpicos e 
derramamentos de material infectado. Ao sair da área de trabalho, mesmo que para ir 
ao banheiro ou áreas administrativas, o jaleco deverá ser retirado, e guardado em local 
destinado a essa finalidade, e jamais estar em contato com objetos pessoais. Antes de 
lavar, o jaleco deverá ser descontaminado. 
Luvas 
São equipamentos de proteção individual indicadas para as atividades 
laboratoriais com riscos químicos, físicos (cortes, calor, radiações) e biológicos. As 
luvas precisam ser resistentes, anatômicas, flexíveis e pouco permeáveis. É preciso 
que ofereçam conforto e destreza durante a execução do trabalho. Existem vários 
modelos de luvas: de cano longo e curto, com ou sem palma antiderrapante, com 
interior liso ou flocado com algodão. Também existem luvas confeccionados de 
diversos materiais. 
O uso correto das luvas requer treinamento especial, e a escolha do tipo de luva 
deve considerar os tipos de risco envolvido. Na área de saúde, as luvas mais 
utilizadas são as de procedimentos e as cirúrgicas, que são estéreis. Elas protegem 
o trabalhador contra dermatites, queimaduras químicas e térmicas, 
contaminações por exposição repetida a compostos químicos e infecções por 
agentes biológicos. 
É muito importante que o trabalhador não manuseie maçanetas, telefones, 
puxadores e outros objetos enquanto estiver usando luvas. Após a utilização, elas 
deverão ser descartadas de forma segura. 
 
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ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança |Equipamentos de proteção individual e coletiva| Aula 05 
Todo procedimento de desparamentação deve ser realizado com as mãos 
enluvadas. Assim, propõe-se a utilização de dois pares de luvas, uma sobre a 
outra. Ao término do procedimento, ele poderá retirar a luva de cima que contém 
grande carga infectante e realizar a desparamentação com maior segurança. Após 
retirar todos os EPIs, retira-se as luvas que estão em contato com a pele e 
descarta-las, seguido da higienização das mãos com água e sabão e álcool 70. 
 
Touca 
Os cabelos podem armazenar gotículas, respingos e aerossóis, sendo contaminados por 
microrganismso e substâncias tóxicas e também disseminando-os para outros lugares. 
O uso da touca protege os cabelos contra a contaminação e contaminação cruzada. 
Existem toucas confeccionadas de diferentes materiais, mas todas devem permitir a 
oxigenação do couro cabeludo. 
 
Propés/botas 
Em algumas atividades, sobretudo aquelas que ocorrem em laboratório NB 4 e em 
hospitais, há necessidade de usar propés ou botas, reutilizáveis ou descartáveis. Nesse 
caso, eles deverão cobrir a região dos pés até abaixo dos joelhos. 
Esses EPIs são importantes veículos de patógenos, podendo leva-los de um ambiente 
para o outro. Deve-se dar atenção especial aos locais por onde o trabalhador transita 
com esses equipamentos, os quais deverão ser retirados cuidadosamente em área 
destinada à essa finalidade e descartados ou colocados em recipiente para desinfecção. 
É necessário retirá-los usando luvas limpas e não deixar que encostem em nenhum 
objeto. 
 
Proteção da cabeça, olhos, boca e narinas 
Considerando que os olhos, narinas e boca são portas de entrada importantes para 
microrganismos e substâncias químicas, é importante proteger essas regiões com 
equipamentos que impeçam o acesso dos agentes químicos e biológicos, além de 
acidentes físicos que possam gerar partículas sólidas. Os trabalhadores que se expõem 
à radiação e luz ultravioleta devem utilizar EPIs específicos. 
 
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Biossegurança |Equipamentos de proteção individual e coletiva| Aula 05 
 
EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E 
FACE: 
contra respingos de agentes 
corrosivos, irritações e outras lesões 
oculares decorrentes da ação de 
produtos químicos, radiações e 
partículas sólidas.
Óculos para proteção dos olhos 
contra:
- impactos de partículas volantes;
- luminosidade intensa;
-radiação ultravioleta;
-radiação infravermelha;
Óculos de tela 
-para proteção limitada dos olhos 
contra impactos de partículas -
volantes. (Inserida pela Portaria MTE 
n.º 1.134, de 23 de julho de 2014)
Protetor facial para proteção de toda 
a face 
-contra impactos de partículas 
volantes (sólidas, quentes ou frias), 
substâncias nocivas (poeiras, líquidos, 
vapores químicos e materiais 
biológicos) e radiações ultra-violeta e 
infra-vermelha, além de 
luminosidade intensa.
-Disponíveis em plásticos 
propionatos, acetatos e 
policarbonatos simples ou revestidos 
com metais para absorção de 
radiações infravermelhas.
MÁSCARAS OU RESPIRADORES PARA 
PROTEÇÃO DAS VIAS AÉREAS (NARIZ E 
BOCA):
-As máscaras dispõem de 
filmecânicos (retém partículas 
suspensas no ar) e químicos 
(proteção contra gases e vapores 
orgânicos), ou combinados.
Confeccionados em tecido ou fibra 
sintética descartável, indicadas para 
situações de risco de formação de 
aerossóis e salpicos de material 
potencialmente contaminado. Podem 
ser de vários tipos:
-peça semifacial filtrante PFF1: retém 
poeiras e névoas; 
-peça semifacial filtrante PFF2: retém 
poeiras, névoas e fumos; 
-peça semifacial filtrante PFF3: retém 
poeiras, névoas, fumos e 
radionuclídeos. NOTA: Cuidados na 
utilização e preservação possibilitam 
a reutilização da máscara N95/PFF2, 
tais como:
Obs.: Não utilizar cosméticos (batons, 
maquiagens), para não manchar e 
obstruir os filtros das máscaras e 
assim, diminuir a eficiência de 
proteção;
Não dobrar, amassar ou guardar em 
bolsos de jalecos. Guardá-las em local 
seco, entre folhas de papel 
absorvente.
 
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Biossegurança |Equipamentos de proteção individual e coletiva| Aula 05 
FORMAS INADEQUADAS DE COLOCAR A MÁSCARA 
 
FONTE: https://www.episaude.org/?p=264 
 
Vá mais Longe 
Capítulo Norteador: Para conhecer mais sobre os equipamentos de uso individual e 
coletivo, leia a Unidade 2 - Medidas de controle e os níveis de biossegurança em 
laboratórios, disponível a partir da página 39 do livro: ROSSETTE, C. A. Bioética e 
Biossegurança, 1ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2018. Biblioteca Virtual. 
 
Enriqueça seus conhecimentos com a leitura na íntegra da Norma Regulamentadora 
número 6 - NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL do Ministério do Trabalho 
e Emprego, disponível no sítio: < https://www.gov.br/trabalho/pt-
br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-06.pdf>. 
 
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ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Biossegurança |Equipamentos de proteção individual e coletiva| Aula 05 
Agora é sua Vez! 
InteraçãoEntre as causas de acidentes mais frequentes no âmbito da saúde, destaca-se o erro 
humano, ocorrido pelo trabalhador negligenciar as boas práticas e o uso correto dos 
EPIs, além do cansaço e fadiga. Dentre as ações que possibilitam a contaminação do 
trabalhador, a desparamentação, que consiste na retirada dos EPIs após terminar o 
procedimento, destaca-se como momento crucial para a autocontaminação. Diante 
desse contexto, assista aos vídeos “Como retirar os óculos de proteção”, disponível no 
sítio https://www.episaude.org/?p=355 e “Como retirar as luvas”, disponível no sítio 
https://www.episaude.org/?p=176 e “Como vestir e retirar dois pares de luvas” 
disponível no sítio <https://www.episaude.org/?p=176>. A seguir, discuta com seus 
colegas no fórum da disciplina as técnicas adequadas para retirar os EPIs como 
importantes aliados para evitar os riscos de contaminação. Procure abordar o porquê 
do momento da desparamentação ser crítico para a auto contaminação e justifique a 
necessidade do profissional de saúde realiza-la de acordo com as técnicas propostas. 
Se possível, treinem, em casa, as técnicas corretas de paramentação e 
desparamentação. 
 
Questão para Simulado 
1 – O uso obrigatório de equipamento de proteção individual pelo trabalhador para 
protege-lo e proteger o meio ambiente contra acidentes e contaminação, é regulado 
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que de acordo com a Norma de 
Regulamentação número 6 – NR 6, estabelece que: 
 
a) O empregador deve fornecer os equipamentos de proteção individual 
aos funcionários e garantir a substituição, quando necessário. 
b) O empregador deve entregar os equipamentos de proteção individual a 
cada funcionário no ato da contratação, sendo responsabilidade do funcionário a 
substituição dos mesmos, quando necessário. 
c) Cabe aos funcionários a aquisição dos equipamentos de proteção 
individual necessários ao exercício da atividade laboral 
https://www.episaude.org/?p=355
https://www.episaude.org/?p=176
 
9 
 
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Biossegurança |Equipamentos de proteção individual e coletiva| Aula 05 
d) Empregador e empregados devem dividir os custos de manutenção, 
higienização e substituição dos equipamentos de proteção individual. 
e) Ao receber os equipamentos de proteção individual, os funcionários 
assinam um termo de responsabilidade eximindo o empregador de responsabilidades 
quanto a utilização. 
Resposta: Letra A 
 
Comentário: O empregador deve fornecer os EPIs aos funcionários, além de orientar, 
treinar, fiscalizar o uso e substituir o item quando necessário, cabendo aos funcionários 
o uso correto e cuidados de manutenção 
 
Organize-se: para apreender o conteúdo aqui proposto, é necessário que você invista 
pelo menos 4 horas semanais do seu tempo. 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Segurança do 
paciente. Brasília, 2009. Disponível em: 
<http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/index.htm>. Acesso em: 15 jan. 
2020. 
CARDOSO, T. A. O. Biossegurança e qualidade dos serviços de saúde, 1ª ed. Curitiba: Ed. 
Intersaberes, 2016. 
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/StartBIS.htm 
https://www.episaude.org/ 
Ministério do Trabalho e Emprego Norma regulamentadora 6 – NR6 – Equipamento de 
proteção individual – EPI; 2009; 
ROSSETTE, C. A. Biossegurança, 1ª ed. Bibliografia Universitária Pearson, 2016. 
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/StartBIS.htm
https://www.episaude.org/
05
 
https://www.episaude.org/?p=95#recomenda
https://www.episaude.org/?p=264
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/close-laboratory-coat-hanging-on-hook-747644692
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Agitação vigorosa 
Formação de 
aerossóis e borrifos 
infectantes
Manipulação
Perigo de incêndio Perigo de eletrocussão
Perigo substâncias 
corrosivas
Perigos váriosPerigo de intoxicação
Perigo – altas temperaturas
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/StartBIS.htm
https://www.episaude.org/
 
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Biossegurança | Controle do crescimento microbiano| Aula 06 
Onde Chegar 
• Conceituar os termos descontaminação, limpeza, desinfecção, esterilização e 
antissepsia, bem como os princípios básicos de cada procedimento; 
• Classificar os principais instrumentos e itens utilizados em ambientes de cuidados à 
saúde quanto ao grau de risco de infecção envolvido; 
• Enumerar os principais artigos críticos, semi-críticos e não críticos e relacionar com 
as técnicas de controle microbiano; 
 
O que Aprender 
• Descontaminação, limpeza, desinfecção, esterilização e antissepsia. 
• Classificação dos instrumentos e itens de acordo com o grau de risco de infecção 
envolvido. 
• Principais artigos críticos, semi-críticos e não críticos. 
AULA 
06 
Controle do crescimento microbiano 
Biossegurança 
 
 
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Biossegurança | Controle do crescimento microbiano| Aula 06 
Desenvolvimento 
 
Este Guia de Aprendizagem tem o intuito de ajuda-lo a direcionar os seus estudos 
durante a disciplina e busca disponibilizar os conteúdos que farão parte do dia a dia do 
trabalhador da área de saúde. Nesta aula, falaremos sobre a importância da realização 
de procedimentos de controle do crescimento microbiano (reprodução) no ambiente 
de trabalho encontrado em diversos ambientes que cuidam da saúde. Ao final desta 
unidade, esperamos que vocês saibam conceituar os termos limpeza, descontaminação, 
desinfecção, antissepsia e esterilização, bem como os princípios básicos de cada 
procedimento e indicação de uso. 
Além disso, discutiremos as técnicas de controle microbiano (diminuição ou eliminação 
dos microrganismos) a serem adotadas para diferentes artigos usados nos cuidados dos 
pacientes à saúde, de acordo com a classificação dos mesmos em críticos, semi-críticos 
e não críticos. É imprescindível que vocês compreendam a necessidade de obedecer 
rigidamente às indicações de controle indicadas para cada item afim de minimizar os 
riscos de infecções relacionadas à saúde (IRAS). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As bactérias se reproduzem de forma assexuada por divisão binária e o termo 
“Crescimento bacteriano” é utilizado no lugar de “reprodução bacteriana”. O 
crescimento bacteriano ocorre de forma exponencial, isto é, muito rapidamente. 
Assim, quando uma única bactéria é inoculada (colocada) em um meio de cultura 
adequado com condições de temperatura e pH (ou quando ela contamina um 
material biológico como sangue e urina) em apenas 24 horas podemos observar 
colônias a olho nu. 
Quando falta nutrientes ou a temperatura ou pH estão inadequados para a bactéria 
na forma vegetativa, algumas espécies têm a capacidade de formam endósporos, 
também chamados esporos bacterianos. Essas estruturas são muito resistentes e 
poderão permanecer por anos em fase de latência até o ambiente se tornar favorável 
à desesporulação. A única forma de destruir os endósporos é a esterilização! 
 
 
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Biossegurança | Controle do crescimento microbiano| Aula 06 
Descontaminação 
Quando as superfícies, artigos e objetos estiverem contaminados com matéria orgânica 
(sangue, pus, secreções corpóreas), é necessário realizar a descontaminação antes que 
os mesmos sejam manuseados durante a limpeza. A descontaminação tem por 
finalidade reduzir o número de microrganismos na forma vegetativa (não esporulada), e 
assim diminuir o risco ocupacional do funcionário durante a limpeza. 
 
 
 
Limpeza 
Nos limitaremos aqui a tratar da limpeza dos artigos utilizados na área de saúde, 
abstendo-nos de abordar a limpeza do ambiente físico (paredes, piso, portas etc.). 
O termo limpeza se refere à remoção da sujidade e dos detritospresentes nos materiais 
a fim de reduzir a população microbiana. A limpeza dos artigos e objetos pode ser: 
• Manual ou mecânica, que compreende as etapas de escovação com água e 
sabão, fricção e esfregação. 
• Com água e detergente, os quais contêm agentes germicidas como fenol, 
cresol, timol, iodeto de mercúrio, hexaclorofeno, etc.), ou com 
• Produtos enzimáticos. 
A limpeza deve ser realizada antes da desinfecção e/ou esterilização dos artigos usados 
na área de saúde. Com isso, há redução significativa da matéria orgânica, favorecendo o 
processo de esterilização. Atualmente existem no mercado equipamentos para 
realização da limpeza, o que minimiza os riscos de acidentes com o trabalhador. A 
limpeza rigorosa dos produtos antes da desinfecção e/ou esterilização é condição 
absolutamente necessária para o sucesso desses procedimentos. 
O termo limpeza também é empregado para a redução da microbiota da pele e outras 
partes do corpo com uso de água e detergentes, processos físicos ou térmicos. 
 
 
“É possível limpar sem esterilizar, mas não é possível garantir a esterilização sem limpar”. 
 
Toda substância contaminada com material biológico deverá ser descontaminada antes da 
limpeza. 
 
 
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Desinfecção 
É o processo de destruição das formas vegetativa dos agentes infecciosos, 
potencialmente patogênicos, presentes em áreas e artigos inertes semicríticos e não-
críticos, tais como mesa e termômetro. A desinfecção é realizada pela aplicação de 
meios físicos e químicos: 
• Desinfetantes físicos: calor seco (estufa) e úmida (vapor). 
• Desinfetantes químicos: são germicidas os quais podem estar nos estados líquidos 
ou gasosos. Hipoclorito de sódio, formaldeído, compostos fenólicos e iodo. 
A desinfecção pode ser de: 
Nível alto: equivale à esterilização, com a eliminação todas as formas microbianas, 
inclusive os endósporos. Ex: glutaraldeído. 
Nível médio: eliminação de todas as formas microbianas, sem ação esporocida. Ex: 
álcool 70%. 
Nível baixo: eliminação parcial de microrganismos. Ex: derivados de amoníaco. 
 
 
 
Esterilização 
A esterilização é o procedimento de remoção total de todas as formas de 
microrganismos, tanto na fase vegetativa quanto de esporos. Ela é realizada em artigos 
críticos. 
Existem diversas formas de realizar a esterilização, a qual pode ocorrer por 
procedimentos físicos como o calor seco e químicos: 
• Processos físicos: 
o Autoclavação: calor úmido sob pressão. 
o Flambagem: esterilização de metais colocados diretamente em contato 
com a chama. 
o Radiação: ionizante (raio-X e raio gama) e não-ionizante (luz ultravioleta 
altera o DNA). 
A desinfecção elimina apenas as formas vegetativas dos microrganismos presentes em 
superfícies inanimadas. 
 
 
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o Estufa: o calor seco em altas temperaturas é usado para esterilizar objetos, 
contudo, de acordo com o artigo 92 da RDC Nº 15, de 15 de março de 
2012, não é permitido o uso de estufas para esterilização de produtos de 
saúde. 
• Processos químicos: 
o Óxido de etileno: gás inodoro, sem cor, inflamável e explosivo, que 
interfere na síntese proteica do micro-organismo. 
o Formaldeído, beta-propilactona, ozônio, peróxido de hidrogênio e outros. 
Em hospitais, a esterilização por processos químicos é bastante utilizada, por meio de 
gases ou líquidos os quais são prejudiciais à saúde e requer controle de riscos químicos 
tanto para os pacientes quanto para os funcionários. As formas de controle dos riscos 
para os trabalhadores que utilizam material esterilizável são tratadas pela Portaria 
Interministerial número 1510 de 28.12.90. A Portaria Interministerial nº 1510 de 28 de 
dezembro de 1990, do Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho e Previdência 
Social, trata dos riscos do óxido de propileno, mas não dos demais gases. 
 
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/seguranca_hosp.pdf 
 
AUTOCLAVE: ESTERILIZAÇÃO PELO CALOR E PRESSÃO 
 
FONTE: http://www.microbiologia.vet.br/ImagensBasica.htm 
 
A esterilização elimina todas as formas vegetativas e esporuladas de todos os 
microrganismos presentes. 
 
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/seguranca_hosp.pdf
 
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Antissepsia 
Consiste na eliminação de microrganismos sobre tecido vivo, como pele, mucosas, 
dente e pelos, pelo uso se substâncias antissépticas, os quais não promovem ação 
esporocida. O termo antissepsia médica é usado para os procedimentos que reduzem a 
população microbiana, como as boas práticas, uso de EPIs, processos de desinfecção, 
esterilização, etc. Já o termo antissepsia cirúrgica se refere à técnica estéril, cujo 
objetivo é excluir todos os microrganismos, e acontece por exemplo durante a 
esterilização e em ambientes cirúrgicos. 
Os principais antissépticos são: 
• Álcool 70%: não substitui a lavagem das mãos, uma vez que não é capaz de 
remover a sujidade. Não pode ser usado em tecido exposto e mucosas e não tem 
ação residual. Tem baixo custo. 
• Clorexidina: solução alcóolica, aquosa e degermante que requer fricção e contato 
durante pelo menos 2 a 3 minutos para remover a sujidade. Requer pia e fluxo de 
água contínuo. Tem ação residual, porém é caro. 
• Iodóforos: solução aquosa e degermante que requer tempo de ação. Provoca 
reações de hipersensibilidades em muitas pessoas (alergias e dermatites de 
contato). Tem ação residual e custo médio. 
• Triclosan: presente em pastas de dente, desodorantes e Sabão (Soapex), requer 
fluxo de água contínuo enquanto remove a sujidade. Tem ação residual, porém 
não tem ação fungicida. 
 
Vá mais Longe 
Capítulo Norteador: para conhecer mais sobre as medidas de controle de infecções no 
ambiente de saúde, leia o item 3 da Unidade 2 - Controle de infecções, resistência 
bacteriana, infecção hospitalar, isolamento e programas em saúde ocupacional, 
disponível a partir da página 73 do livro: ROSSETTE, C. A. Bioética e Biossegurança, 1ª 
ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2018. Biblioteca Virtual. 
 
 
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Biossegurança | Controle do crescimento microbiano| Aula 06 
Enriqueça seus conhecimentos com a leitura Curso Básico de Controle de Infecção 
Hospitalar - Caderno C Métodos de Proteção Anti-Infecciosa, disponível no sítio: 
<http://www.cvs.saude.sp.gov.br/pdf/CIHCadernoC.pdf>. 
Agora é sua Vez! 
Interação 
A esterilização dos materiais usados em saúde precisa passar por processos de controle 
e validação, a fim de monitorar sua eficácia. Afinal, erros no procedimento ou no 
equipamento podem comprometer a esterilidade do material e, dessa forma, 
comprometer o trabalho e/ou acarretar infecções. Diante desse contexto, assista aos 
vídeos “Monitorização da Esterilização em autoclaves - Parte I - Monitorização Física e 
Química (7 min)”, disponível no sítio 
<https://www.youtube.com/watch?v=b3vma50_h7U> e “Como realizar o Teste 
Biológico com o Indicador Clean-Test em sua autoclave (3 min)”, disponível no sítio 
<https://www.youtube.com/watch?v=vbMlvBm9T2c>. A seguir, discuta com seus 
colegas no fórum da disciplina a importância da realização do controle de esterilização 
para evitar os riscos de contaminação e infecções associadas à saúde (IRAS). Tentem 
elaborar hipóteses para as possíveis falhas na esterilização por meio da autoclave. 
 
Questão para Simulado 
1 – A esterilização é o processo de destruição, inativação definitiva e/ou remoção de 
todas as formas vivas de um objeto ou material, incluindo endósporos bacterianos. Ela 
deve ser aplicada em: 
a) em todosos artigos que penetrarem tecidos estéreis. 
b) todos os objetos contaminados com sangue. 
c) em amostras biológicas como sangue destinado à transfusão. 
d) nas comadres e papagaios, após o uso. 
e) nos objetos que entrarem em contato com mucosas íntegras, como o 
espéculo vaginal. 
Resposta: Letra A 
https://www.youtube.com/watch?v=b3vma50_h7U
https://www.youtube.com/watch?v=vbMlvBm9T2c
 
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Biossegurança | Controle do crescimento microbiano| Aula 06 
 
Comentário: a esterilização é obrigatória para todos os objetos que entrarem em 
contato com tecidos estéreis e corrente sanguínea, como cateteres intravenosos, 
classificados como artigos críticos. Já os espéculos vaginais, que entram em contato 
com mucosas íntegras (artigos semi-críticos), podem ser submetidos à desinfecção, 
enquanto objetos que entram em contato apenas com a pele íntegra são artigos não 
críticos e podem ser submetidos à desinfecção. 
 
Organize-se: para apreender o conteúdo aqui proposto, é necessário que você invista 
pelo menos 4 horas semanais do seu tempo. 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Curso Básico de 
Controle de Infecção Hospitalar - Caderno C Métodos de Proteção Anti-Infecciosa, 
disponível em: <http://www.cvs.saude.sp.gov.br/pdf/CIHCadernoC.pdf>. Acesso em: 25 
jan. 2020. 
CARDOSO, T. A. O. Biossegurança e qualidade dos serviços de saúde, 1ª ed. Curitiba: Ed. 
Intersaberes, 2016. 
TRABULSI, L. R.; ALTERTHUM, F. Microbiologia, 6a. ed Ed. Atheneu. 2015. 
ROSSETTE, C. A. Biossegurança, 1ª ed. Bibliografia Universitária Pearson, 2016. 
06
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https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/mixed-bacteria-colonies-various-petri-dish-690132223
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https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/woman-using-hand-sanitiser-on-hands-1661127247
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Biossegurança |Infecções relacionadas à saúde (IRAS) e resistência microbiana| Aula 07 
Onde Chegar 
• Conceituar Infecções relacionadas à saúde (IRAS) e infecções comunitárias; 
• Relacionar as IRAS com os mecanismos de resistência microbiana aos antibióticos; 
• Discutir a relação entre IRAS, boas práticas em saúde e responsabilidades do 
hospital na sua prevenção; 
• Explicar os mecanismos de resistência microbiana aos antibióticos; 
• Discutir os fatores que influenciam a seleção de microrganismos resistentes. 
 
O que Aprender 
• Infecções relacionadas à saúde (IRAS) e infecções comunitárias; 
• Mecanismos de resistência microbiana aos antibióticos; 
• Prevenção de IRAS; 
AULA 
07 
Infecções relacionadas à saúde (IRAS) 
e resistência microbiana 
 
Biossegurança 
 
 
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Biossegurança |Infecções relacionadas à saúde (IRAS) e resistência microbiana| Aula 07 
Mecanismos de resistência microbiana aos antibióticos. 
Desenvolvimento 
 
Este Guia de Aprendizagem tem o objetivo de direcionar os seus estudos ao longo do 
desenvolvimento da disciplina e o seu olhar para os conteúdos disponibilizados. Nesta 
aula, falaremos sobre dois temas muito importantes e que têm preocupado a 
Organização Mundial de Saúde: as infecções relacionadas a assistência à saúde e a 
resistência microbiana aos antibióticos. Esses dois temas estão intimamente 
relacionados um ao outro, assim como com as boas práticas em saúde, uso de EPIs e 
controle do crescimento microbiano. Ao final desta unidade, esperamos que vocês 
saibam conceituar IRAS, infecção comunitária, resistência microbiana aos antibióticos e 
suas prevenções. Esperamos que você reflita sobre a importância da higienização das 
mãos e outras práticas que previnem as infecções e seleção de microrganismos 
resistentes aos antibióticos. 
 
Infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) 
As infecções relacionadas à assistência à saúde (abreviadas pela sigla IRAS), são aquelas 
manifestadas durante a internação ou após a alta hospitalar ou, ainda, quando 
puderem ser relacionadas aos procedimentos da assistência à saúde. Assim, as IRAS 
podem decorrer de procedimentos tais como hemodiálise e aquelas realizadas em 
hospital-dia, ambulatórios de quimioterapia ou infusão de medicamentos e instituições 
de longa permanência. Antigamente, as IRAS eram chamadas de infecções hospitalares. 
Dessa forma, se o paciente não apresentar nenhum dado laboratorial de infecção 
tampouco manifestação clínica até o momento em que passar pelo Serviço de 
atendimento à saúde e manifestar sinais de infecção a partir de setenta e duas horas do 
atendimento, ela é tratada como IRAS. Por outro lado, as infecções que as pessoas 
adquirem fora do serviço de assistência à saúde, ou seja, em casa, no trabalho, na 
escola, etc., são chamadas de infecções comunitárias. A grande diferença entre a IRA e 
a infecção comunitária é a sensibilidade aos antibióticos, uma vez que microrganismos 
adquiridos em ambientes de saúde, onde há uso intenso de antibióticos, em geral são 
resistentes aos antibióticos. 
 
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Biossegurança |Infecções relacionadas à saúde (IRAS) e resistência microbiana| Aula 07 
Relação assistência à saúde e IRA 
Os procedimentos de assistência à saúde podem provocar danos na imunidade inata 
das pessoas, a qual é responsável por formar barreira natural contra a invasão de 
microrganismos. Entre as barreiras da imunidade inata, destacam-se a pele e as 
mucosas, cujas integridades impedem o acesso dos microrganismos para dentro do 
corpo. 
Quando o paciente é submetido, por exemplo, à passagem de cateter vesical para 
controlar a diurese, a sonda vesical pode levar microrganismos presentes no introito da 
uretra para dentro da bexiga. Nesse ambiente, os microrganismos encontram condições 
ideais para o crescimento, colonização e desenvolvimento da infecção urinária. A 
Escherichia coli, bactéria que faz parte da microbiota do sistema digestório humano 
onde contribui para a saúde, é um dos agentes etiológicos mais frequentes de infecções 
nas vias urinárias. 
Outro exemplo de quebra na barreira natural, e agora mais grave visto que alcança a 
corrente sanguínea, decorre da passagem de acesso venoso central. Se houver falhas 
durante o procedimento, os microrganismos presentes no cateter são levados até o 
sangue, infectando-o, seguindo-se a evolução para bacteremia. Do mesmo modo, 
pacientes submetidos à intubação oro traqueal podem desenvolver pneumonia 
associada à ventilação mecânica e pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos 
podem apresentar infecção de sítio cirúrgico. 
 Causas associadas às quebras de barreiras e prevenção de IRAS 
As principais causas de IRAS são a falta de adesão à higienização correta das mãos, ao 
pacote de medidas de prevenção de IRAS e a inserção e manutenção de dispositivos 
invasivos. 
Entre os perigos associados às IRAS, destacam-se o aumento: 
• do tempo de permanência hospitalar; 
• da morbimortalidade; 
• dos custos financeiros decorrentes do tratamento e indenizações ações contra o 
hospital. 
 
Resistência microbiana 
 
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Biossegurança |Infecções relacionadas à saúde (IRAS) e resistência microbiana| Aula 07 
A resistência microbiana é a perda da sensibilidade de um microrganismo a um 
antibiótico ao qual ela era sensível. Geralmente, a resistência microbiana aparece após 
o uso do antibiótico para tratar a infecção. Isso ocorre porque dentro da população de 
microrganismos, existem alguns indivíduos que possuem genes de resistência aos 
antibióticos. Quando o paciente é tratado, todas as bactérias sensíveis morrem, 
enquanto aquelas que tinham os genesde resistência microbiana sobrevivem. 
Assim, o uso de antibiótico provoca um processo seletivo, ou seja, o próprio antibiótico 
seleciona as bactérias que possuem o gene de resistência. 
Considerando que as bactérias são seres vivos que crescem de forma exponencial, a 
rapidez do processo de duplicação celular favorece o desenvolvimento de mutações. 
Algumas dessas mutações resultam em resistência aos antibióticos. 
A resistência pode se desenvolver em uma única etapa ou pode resultar do acúmulo de 
mutações múltiplas. 
 
Antibióticos 
Os antibióticos são substâncias produzidas pelos próprios microrganismos para 
afastarem outros microrganismos de perto deles. 
O primeiro cientista a descobrir isso foi Alexander Fleming, que então isolou a penicilina 
a partir de culturas do fungo Penicillium. 
MICRORGANISMOS PRODUTORES DE ANTIBIÓTICOS 
 
FONTE: https://farmacia.hc.ufg.br/up/734/o/Guia_de_Antimicrobianos_do_HC-
UFG.pdf?1409055717 
 
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Biossegurança |Infecções relacionadas à saúde (IRAS) e resistência microbiana| Aula 07 
Posteriormente, os químicos desenvolveram, em laboratório, outras substâncias 
antimicrobianas as quais são chamadas quimioterápicos. 
Os antimicrobianos provocam a morte das bactérias porque se ligam a receptores 
presentes em estruturas que desempenham funções importantes para sua 
sobrevivência. Uma vez ocorrida a ligação, a função não será exercida e a bactéria ou 
morrerá (antibióticos bactericidas) ou terá seu metabolismo e capacidade de 
crescimento interrompida (antibióticos bacteriostáticos) e a infecção regride. 
Os antimicrobianos atuam em quatro diferentes alvos das bactérias: parede celular, 
membrana plasmática, ribossomos e ácidos nucleicos. 
 
Mecanismos de resistência aos antibióticos 
Alguns indivíduos da população de bactérias são naturalmente resistentes aos 
antibióticos. 
Contudo, a resistência pode ser resultado de mutações, ou seja, da modificação do 
material genético das bactérias. Assim, enquanto o genoma original da bactéria 
selvagem não continha genes de resistência, a mutação produz ou carrega um gene 
novo, o qual codifica uma proteína que confere resistência à bactéria mutante. 
As alterações genéticas que levam ao desenvolvimento de bactérias resistentes podem 
ser por: 
• mutações cromossômicas ocorridas durante o crescimento bacteriano (provoca 
resistência a um antimicrobiano) ou 
• aquisição de genes de resistência em plasmídios de resistência (Fator R), e 
transposons e elementos de inserção. Nesse caso, geralmente a bactéria mutante 
se torna resistente a 2 ou mais antimicrobianos, uma vez que um único plasmídio 
contém vários genes de resistência. Com isso, a bactéria será multirresistente. O 
ambiente mais favorável a encontrar essas bactérias são os hospitais, onde há 
intenso uso de antimicrobianos. 
 
RESISTÊNCIA MICROBIANA AOS ANTIBIÓTICOS 
 
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Biossegurança |Infecções relacionadas à saúde (IRAS) e resistência microbiana| Aula 07 
 
FONTE: 
http://www.fiocruz.br/ioc/media/resistencia_bacteriana_antibioticos_ioc_fiocruz.pdf 
 
Vá mais Longe 
Capítulo Norteador: Para conhecer mais sobre as infecções relacionadas à saúde – IRAS 
e resistência microbiana, leia o item 3 – Resistência bacteriana e infecções hospitalares 
da Unidade 3 disponível a partir da página 92 do livro: ROSSETTE, C. A. Bioética e 
Biossegurança, 1ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2018. Biblioteca Virtual. 
 
Enriqueça seus conhecimentos assistindo aos vídeos sobre infecções relacionadas a 
assistência à saúde, disponível nos sítios: 
https://www.youtube.com/watch?v=8KlXDMo3WXM> e 
https://www.youtube.com/watch?v=jALejg8GGws. 
Acessando o sítio 
<http://www.fiocruz.br/ioc/media/resistencia_bacteriana_antibioticos_ioc_fiocruz.pdf
> você aprenderá situações práticas do dia a dia que contribuem para o 
desenvolvimento da resistência microbiana. 
Agora é sua Vez! 
Interação 
As infecções relacionadas à saúde – IRAS são importantes causas de mortes no mundo 
todo. Elas aumentam o tempo de internação dos pacientes e contribuem para o 
desenvolvimento de resistência bacteriana. Assista o Webinar Proqualis - Higienização 
https://www.youtube.com/watch?v=8KlXDMo3WXM
https://www.youtube.com/watch?v=jALejg8GGws
http://www.fiocruz.br/ioc/media/resistencia_bacteriana_antibioticos_ioc_fiocruz.pdf
http://www.fiocruz.br/ioc/media/resistencia_bacteriana_antibioticos_ioc_fiocruz.pdf
 
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Biossegurança |Infecções relacionadas à saúde (IRAS) e resistência microbiana| Aula 07 
das mãos e prevenção de IRAS, disponível no sítio 
<https://portal.fiocruz.br/video/webinar-proqualis-higienizacao-das-maos-e-
prevencao-de-iras>. A seguir, discutam entre os pares no fórum da disciplina as 
principais causas associadas às IRAS no mundo todo, bem como os meios práticos 
profiláticos associados à atividade laboral. Procurem associar as estratégias de 
prevenção com as aulas anteriores. Elaborem hipóteses para justificar por que muitos 
profissionais de saúde não aderem à prática correta de higienização das mãos e 
proponham uma estratégia para sensibilizá-los para essa necessidade para salvar vidas. 
 
Questão para Simulado 
1 – De acordo com a avaliação da Organização Mundial de Saúde (OMS), o principal 
fator responsável pelo desenvolvimento de infecções provocadas por microrganismos 
resistentes aos antibióticos é justamente o uso indevido e excessivo de 
antimicrobianos. Esse fato se justifica porque: 
 
a) As bactérias sensíveis ao antibiótico morrem, selecionando as bactérias 
resistentes. 
b) Os antibióticos induzem mutações que resultam em resistência. 
c) As pessoas não previnem as infecções porque contam com os 
antibióticos. 
d) A associação de antibióticos diferentes induz resistência. 
e) As pessoas desenvolvem resistência ao antibiótico. 
Resposta: Letra A 
 
Comentário: Os antibióticos não provocam mutações tampouco induzem resistência 
nas bactérias nem nas pessoas. O que ocorre é que dentro da mesma espécie de 
bactéria existem linhagens ou cepas que naturalmente são resistentes ao antibiótico. 
Quando uma pessoa toma esse antibiótico, as linhagens bacterianas sensíveis morrem. 
No entanto, as bactérias que têm o gene que confere resistência ao antibiótico em 
questão sobrevivem, crescem e a doença não se cura. Essa bactéria resistente pode 
contaminar o ambiente e outras pessoas. 
 
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Organize-se: para apreender o conteúdo aqui proposto, é necessário que você invista 
pelo menos 4 horas semanais do seu tempo. 
 
REFERÊNCIAS 
AIRES, C. A. M. Resistência bacteriana aos antibióticos: o que você deve saber e como 
prevenir. 2ª ed. 2018. Disponível em: < 
http://www.fiocruz.br/ioc/media/resistencia_bacteriana_antibioticos_ioc_fiocruz.pdf> 
Acesso em: 26 jan. 2020. 
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