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Higiene Laboral / Higiene Laboral - Fundamentos da Bios… 1 2 3 Introdução: Nesta aula você irá entender à respeito dos Princípios de Biossegurança, Conceito e Importância, como um fato antigo na história com descrição da doença e trabalho. Aprenderá pelo viés as questões da legislação da Biossegurança de modo geral e na Agropecuária, bem como medidas de intervenção. Com esses fundamentos você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados: 1. Compreender os princípios que norteiam a Biossegurança 2. Entender a relação da Biossegurança com o grande marco das descobertas dos agentes antimicrobianos a to- das áreas do conhecimento em saúde Resumo: Conceitos de Biossegurança Antes de descrever o conceito e a importância da Biossegurança na sistematização da etiologia ocupacional, cabe ressaltar fatos marcantes nos idos de 1700 com a preocupação com os questionamentos frente a anamnese médica. Acontecimentos importantes como a Revolução Industrial já estudada em outros momentos, se faz presente ao fato de ter relação saúde-trabalho e ambiente. O primeiro serviço de medicina do Trabalho é referenciado no segmento da indústria têxtil na Inglaterra (expressivo na época). Os registros revelam que ao longo da história as revindicações por partes dos operários na tentativa de se reduzir as possibi- lidades de associações causa-efeito e a morbidade dos trabalhadores. Muita coisa mudou após essa concepção histórica, abrindo margem à uma abordagem de mais atenção aos ambientes de trabalho, no contexto das relações saúde – trabalho. E outros campos também ganham ênfase como da Engenharia. Um grande marco ao se falar na biossegurança está vinculada ao surgimento dos seres microbianos, sendo assim todas as áreas do conhecimento em saúde sofreram modificações aos mecanismos entre causa-efeito. Um exemplo focado ao ambi- ente laboral está relacionado ao trabalho. A busca dos riscos e situações de perigo. Temos a empresa hospital um cenário de agentes: biológicos, físicos, químicos entre outros. Os conceitos de Biossegurança se expandem em diversos parâmetros, e vamos destacá-los, embora tal denominação ainda seja muito isolada, em questões práticas. Na ótica etimológica, a palavra biossegurança (biosafety) traz sua expressão do prefixo grego bio que significa vida, e segurança (safety) do inglês, que exprime “qualidade de ser seguro e livre de danos. (COSTA, M.A.F, 2005); De acordo com a Organizações das Nações Unidas (OMS), para a agricultura e alimentação, a Biossegurança é uma atuação estratégica na qual se analisam e gerenciam riscos que possam comprometer significativamente a vida hu- mana, vegetal e animal. (OMS, 2013) Autores como Teixeira e Valle (2010), fazem suas contribuições definindo a Biossegurança como um conjunto de ati- tudes inclinadas à prever, reduzir ou erradicar riscos inter - relacionados às atividades de pesquisa, produções, en- sino, desenvolvimentos tecnológicos e dispensação de serviços com enfoque na saúde do homem, dos animais, do meio ambiente e da qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Não podemos nos distanciar do aspecto educacional de tanta valia junto ao tema, a partir de princípios científicos que zelam pela segurança da vida humana, animal, vegetal e ambiental. Próxima https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/higiene-laboral-69fa65/higiene-laboral-fundamentos-da-biosseguranca-a9ca91 No Brasil, refere-se à Biossegurança como uma agregação de ações que se destinam a: Prevenir; Controlar; Diminuir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humande adoção de no- vas tecnologias e fatores de risco a quem estão expostas. A perspectiva da interdisciplinaridade é fundamental entre os diversos tipos de conhecimentos, no campo da Engenharia, da Ética, da Saúde, da Química e outros. A efetivação da biossegurança precisa estar alinhada ao comportamento das pessoas envolvidas. Estudar, questionar, pensar e manter-se em constante atualização são atividades importantes ao mundo do trabalho. Legislação de Biossegurança As primeiras referências de diretrizes para Biossegurança foram do National Institute of Health (NIH) em 1976 com normas de segurança laboratorial. Outros países como Alemanha, França e Inglaterra definiram normas de biossegurança laboratori- ais, desencadeando o trabalho de harmonização nas empresas. Na década de 90 um marco descatou-se na Regulamentação da Biossegurança, ocorrendo nos Estados Unidos e Reino Unido (1992). O documento de “Escopo” apre- sentado pelos Estados Unidos estabelecia limites para atuação das agências americanas, que examinariam apenas os pro- dutos bacteriológicos que apresentassem risco irrazoável. Essa análise se detinha à normas restristas, inibindo a pesquisa e o desenvolvimento de produtos novos. Já no Reino Unido, o documento estava pautado na regulamentação da biotecnologia, era excessivamente preventiva, obso- leta e não científica. É de suma importância a existência de normas de segurança biológicas confiáveis, com condições de proteção à proprie- dade intelectual, pautada em fundamentos científicos. A biossegurança no Brasil, prevista na Lei 11.105 de 25 de março 2005, que dispõe sobre a política nacional de biosegurança. Já na segunda vertente relaciona questões comuns às instituições de saúde à cerca dos riscos apresentados no ambiente hospitalar (Biológico, Químico, Físico, Ergonômico e Psicossociais), relacionando-se aos riscos ocupacionais. Os riscos ocupacionais são classificados em cinco itens, segundo à Universidade de São Paulo, 2012: a) Risco Biológico: vírus, bactérias, protozoários, fungos, bacilos, insetos, cobras, aranhas, outros. São descritos pela cor Marrom. b) Risco Químico: suas manisfestações são poeira, fumos, vapores, névoas, produtos químicos em geral. São caracte- rizados na cor Vermelha. c) Risco Físico: manifesam-se em forma de ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, úmidade, dentre outros. São representados pela cor Verde. d) Risco Ergônomicos: manisfestam-se por trabalhos físicos pesados, postura incorreta, Trabalho em turnos, Monotonia. São caracterizados pela cor Amarela. e)Riscos de Acidente: referem-se à iluminação inadequada, animais peçonhentos, probabilidade de incêndios e explo- são, arranjo físico inadequado, entre outros. São caracterizados pela cor Azul. O Ministério da ciência e tecnologia 8.974/95 de 05 de janeiro de 1995, apêdice 2 da instrução normativa 7 de 1997, classi- fica a Biossegurança em 4 níveis em relação à probabilidade de riscos: Nível de Biossegurança 1 (NB-1): Possui baixo risco individual e coletivo, neste nível são manipulados micror- ganismos que fazem parte da Classe de Risco 1. Não é necessária nenhuma característica de desenho estrutu- ral, além de adequado planejamento espacial e funcional, e boas práticas no laboratório. Próxima Nível de Biossegurança 1 (NB-2): apresenta risco individual moderado e risco coletivo limitado, neste nível são manipulados microrganismos que fazem parte da Classe de Risco 2. Diz respeito aos laboratórios clínicos, de pesquisa ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico. É necessário o uso de barreiras físicas primá- rias (cabine de segurança biológica e equipamentos de proteção individual) e secundárias (desenho e organiza- ção do laboratório). Nível de Biossegurança 1 (NB-3): representa risco individual moderado e risco coletivo limitado, neste nível são manipulados microrganismos que fazem parte da Classe de Risco 3 ou grandes volumes e altas concentra- ções de microrganismos da Classe de Risco 2. Aqui além das medidas apresentadas no nível 2, é necessário o desenho e construção laboratorial especiais. O controle deve ser rígido em relação a operação, inspeção e ma- nutenção das instalações e equipamentos. E deve ser oferecido ao pessoal técnico treinamento específico a respeito de procedimentos de segurança e manipulaçãodestes microrganismos. Nível de Biossegurança 1 (NB-4): agrupa os agentes que causam doenças graves para o homem, reprensen- tando um risco severo para os profissionais de laboratório e coletividade; Laboratório de de contenção máxima, onde são manipulados microrganismos de Classe de Risco 4. Representa o nível mais alto de contenção e deve estar localizada em uma unidade independente de outras áreas. Neste nível é necessário todos os requisi- tos físicos e operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras de contenção (instalações, desenho equi- pamentos de proteção) e procedimentos especiais de segurança. Os riscos ocupacionais já de conhecimento nos cenários de trabalho devem seguir rigorosamente as normas de biossegu- rança, pois envolvem atividades que estão relacionadas ao maior bem humano: a vida. Por fim, a biossegurança precisa ser vista sobre uma conscientização educacional e preventiva. A biossegurança no Brasil se iniciou a partir do processo de institucionalização na década de 80. E no ano de 1985 a Fiocruz promoveu o primeiro curso de biossegurança voltado para área da saúde, que perdura até os dias de hoje. No quesito legislativo, surge a portaria 485, que aprova a Norma Reguladora 32, à respeito da saúde e segurança no local de trabalho e em estabelecimentos de saúde. Biossegurança na Agropecuária A vivência ocupacional na agropecuária tem atraído a atenção dos profissionais de saúde e segurança do trabalho, especial- mente por se tratar de uma área de grande relevância na economia nacional, abrangendo um grande grupo de trabalhadores. As empresas geralmente possuem uma forma de organização constituída por linhas de procedimentos que utilizam máqui- nas, equipamentos e dispositivos de corte que apresentam um notável risco de acidentes de trabalho, particularmente nos procedimentos onde é necessária a atividade manual. Em virtude dos riscos de acidentes se faz necessário o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), para proteger o trabalhador contra os riscos relacionados as atividades laborais realizadas. Um dos riscos de maior relevância é o biológico, devido a exposição por contato direto com a carne, sangue, vísceras, fezes, urina, secreções vaginais ou uterinas, restos placentários, líquidos e fetos de animais, que podem estar infectados com doenças de caráter zoonótico, como a tuberculose e a brucelose. É importante realizar a avaliação do risco onde ocorre a manipulação de materiais e agentes biológicos, levando em conside- ração os fatores que contribuem de modo direto para a o aumento ou diminuição do risco. A avaliação de risco é realizada para que se possa determinar barreiras de contenção adequadas. O conceito de Biossegurança transpassa o cenário laboratorial, onde se eram adotadas medidas preventivas para a fim de manter a segurança do trabalhador e a qualidade do trabalho, almejando a necessidade mais complexa de resguardar as es- pécies do planeta. Prevenção A prevenção está direcionada às ações para garantir um cuidado mais seguro em todas as instâncias da assistência. As condições de trabalho não podem estar inadequadas e inseguras, com irregularidades e deficiências organizacionais, carên- cia de fator humano e projetos estruturais limitados no olhar ergonômico. Próxima É percebido nos estudos de Cardoso (2012), ao nos revelar em seu estudo que a biossegurança está relacionada direta- mente a questões ambientais sob um comportamento analítico-operacional, especialmente para as questões como desastres. Maziero (2012), aponta que a aplicabilidade das precauções universais de isolamento de contato da equipe de enfermagem constatou que o envolvimento efetivo dos profissionais é de fundamental importância para a prevenção e controle das infec- ções hospitalares. Uma medida de grande valia nas ações de prevenção é a implantação de programa de prevenção permanente que contem- ple práticas seguras e proporcione uma assistência de qualidade. O exercício do bom senso aliado à conscientização, edu- cação e treinamento favorecem uma cultura de biossegurança efetiva e incorporada aos preceitos de saúde, segurança e qualidade. Um profissional com formação nos princípios de biossegurança torna-se um agente transformador, multiplicador qualificado com experiência e habilidades condizentes com as demandas do mercado. Isso será de grande valia para prevenção de aci- dentes e consequentemente para a melhoria das condições ambientais no trabalho. Objetivando à segurança e exposição mínima aos riscos no ambiente de trabalho foram instituídas normativas relacionadas à equipamento de proteção individual e coletiva. O equipamento de proteção individual é todo aquele utilizado para proteção contra ameças-riscos à segurança e a saúde do trabalhador em seu ambiente de trabalho. Existem situações que pode ser utilizado mais de um equipamento com a mesma finalidade. Na 6ª Norma Regulamentadora do Trabalho encontramos as obrigações de competência do empregador e do empregado. Faz-se necessário a adesão dos profissionais ao uso de equipamentos (EPI ou EPC). Essa adesão se mantém efetiva quando atribuímos a finalidade/uso desses equipamentos à sua disponibilidade em que exercerão suas atividades. O profissional de saúde encontra-se constantemente exposto aos agentes biológicos, colocando em risco a sua integridade física, tendo visto os aparecimentos de novos riscos que afetam a saúde de âmbito mundial. Na prevenção e controle podemos mencionar objetivos à cerca de: Desenvolver a capacidade de identificar as situações de risco; Aplicar os conhecimentos de Biossegurança; Foco na ausência ou minimização de riscos; Aplicar conhecimentos de técnicas e dos equipamentos; Adotar medidas preventivas contra exposição do trabalhador, do laboratório e do meio ambiente à agentes poten- cialmente contaminados. Por fim, com a educação em biossegurança poderemos atingir os seguintes objetivos: Evitar acidentes; Evitar contrair doenças ocupacionais; Evitar contaminação entre trabalhadores; Evitar contaminação de pacientes; Evitar contaminação da área de trabalho. Próxima Nada mais efetivo como melhor prevenção: Informações e treinamento. Atividade Extra: Para saber mais sobre o conceito de Biosegurança assista ao vídeo sobre o assunto no Canal Sáude da Fiocruz, atra- vés do link: https://www.canalsaude.fiocruz.br/canal/videoAberto/biosseguranca E também indico o Manual de Biossegurança e Gerenciamento de Resíduos, elaborado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). O manual pode ser acessado através do link abaixo: http://portal.anvisa.gov.br/documents/4048533/4992156/Biosseguran%C3%A7a+e+Gerenciamento+de+residuos.pdf/b 8bb3a6c-89ed-4b32-8b8b-235f2b7651bf Referência Bibliográfica: CARDOSO, T.A.O; COSTA, F.G; NAVARO, M.B.M.A. Biossegurança e desastres: conceitos, prevenção, saúde pública e manejo de cadáveres. Physis. 2012; 22 (4): 1523-1542. Centers for Disease Control and Prevention - CDC. Biosafety in microbiological and biomedical laboratories. 4a. ed. U.S. Department of Health and Human Services, Atlanta, 1999. 250p. COSTA, MAF. Construção do conhecimento em saúde: a situação do ensino de biossegurança em cursos de nível médio na Fundação Oswaldo Cruz [tese]. Rio de Janeiro: Instituto Oswaldo Cruz, 2005. Marra, G.C., Cardoso, TAO, Souza, L.H.. Biossegurança no Trabalho em Frigoríficos: da margem do lucro à margem da segurança. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2012/Jul). [Citado em 22/09/2020]. Está disponível em: http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/biosseguranca-no-trabalho-em-frigorificos-da-margem-do-lucro-a-mar- gem-da-seguranca/10603?id=10603 MAZIERO, V.G.; VANNUCHI, M.T.O, VINTURI, D.W; HADDAD, M.C.L; TADA, C.N. Universal isolations precautions for patients at an academic hospital. Acta Paul Enferm. 2012; 25(2): 115-20. Organização Mundial de Saúde, International Food Safety Authorities Network. Biosecurity:An integrated approach to manage risk to human, animal and plant life and health. INFOSAN Information – Biosecurity, 2010. [acesso em 10 mar 2013]. Disponível em: http: //www.who.int/foodsafety/fs_management/No_01_Biosecurity_Mar10_en.pdf. TEIXEIRA P, Valle S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2010. p. 442. Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Medicina de Ribeirão Preto. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes [Internet]. [acesso em 8 mai 2012]. Disponível em: http://cipa.fmrp.usp.br/Html/MapaRisco.htm. Estranhou essa explicação? Próxima https://www.canalsaude.fiocruz.br/canal/videoAberto/biosseguranca http://portal.anvisa.gov.br/documents/4048533/4992156/Biosseguran%C3%A7a+e+Gerenciamento+de+residuos.pdf/b8bb3a6c-89ed-4b32-8b8b-235f2b7651bf http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/biosseguranca-no-trabalho-em-frigorificos-da-margem-do-lucro-a-margem-da-seguranca/10603?id=10603 http://cipa.fmrp.usp.br/Html/MapaRisco.htm Higiene Laboral / Higiene Laboral - Agentes Biológicos e … 1 2 3 Introdução: Nesta aula você irá entender a respeito dos Agentes Biológicos com ênfase no Ambiente Ocupacional conceitos, critérios, classificação e atividades. Aprenderá as questões referentes ao Risco Bacteriológico e fundamentos importantes sobre a classificação de microorganismos. Com esses princípios norteadores você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados: 1. Compreender os princípios que norteiam o Risco bacteriológico 2. Entender a relação da Biossegurança com o grande marco das descobertas dos agentes antomicrobianos a todas áreas do conhecimento em saúde Resumo: Conceitos de Agentes Biológicos Para poder entender o conteito de Agentes Biológicos é necessário revisar algumas definições como: Material Biológico, Agente de Risco e Riscos Biológicos. Santos e Ribeiro (2017), apresentam algumas definições. Os Agentes de Risco são os elementos de natureza física, química, biológica ou radioativa capazes de prejudicar a saúde do homem, animais, meio ambiente e também a qualidade do trabalho. Material biológico é todo aquele que possui informação genética e habilidade de auto-reprodução ou de ser reproduzido em um sistema biológico. Como os organismos cultiváveis e agentes infecciosos (Vírus, bactérias, fungos filamentosos, levedu- ras e protozoários); células humanas, animais e vegetais, partes replicáveis destes organismos e células, príons e organis- mos ainda não cultivados. E os Riscos Biológicos dizem respeito a probabilidade de que ocorra danos ou agravos à saúde do homem, animal ou meio ambiente, a partir da exposição a agentes ou materiais que apresentam perigos do ponto de vista da perspectiva biológica (ex: bactérias, fungos, vírus, parasitas e agentes infecciosos manuseados em laboratórios). Os Riscos Biológicos são dividi- dos em quatro classes, em ordem crescente do menor para o maior potencial de risco. Critérios de Agentes Biológicos Ao se realizar a avaliação de risco de agentes biológicos é necessário examinar os critérios que possibilitam o reconheci- mento, identificação e probabilidade do dano advindo destes, determinando a sua classificação em classes de risco con- forme a magnitude do dano causado. Próxima https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/higiene-laboral-69fa65/higiene-laboral-agentes-biologicos-e-o-ambiente-ocupacional-314b0a O mais importante ao ser realizada a avaliação de risco dos agentes biológico é a estimativa do risco, na mensuração da es- trutura para a contenção e na tomada de decisão para o gerenciamento dos riscos. Para este fim, alguns critérios são obser- vados. De acordo com o Ministério da Saúde (2017), os critérios são: Natureza do Agente Biológico: São os organismos ou meléculas que possuem potencial ação biológica infecciosa para o homem, animais, plantas e meio ambiente Virulência: Diz respeito a capacidade patogênica de um agente biológico, mensurada pela sua capacidade de aderir, invadir, multiplicar e se propagar em alguns sítos de infecção e tecidos do hospedeiro, levando em consideração os índices de morbi-mortali- dade que ele gera. Pode-se avaliar a virulência através de coeficientes de mortalidade e de gravidade. O coeficiente de mor- talidade aponta o percentual de casos da doença que são mortais, e o coeficiente de gravidade, o percentual dos casos con- siderados graves. Modo de transmissão: É o caminho realizado pelo agente biológico desde o local de exposição até o hospedeiro. A compreensão do modo de transmissão do agente biológico é indispensável para a execução de ações que almejem a contenção da disseminação do patógeno. Estabilidade: Se trata da capacidade de conservação do potencial infeccioso de um agente biológico no meio ambiente, mesmo quando estão expostos a circunstâncias adversas (exposição à luz solar, à radiação ultravioleta, à temperatura, à umidade relativa e aos agentes químicos). Concentração e volume: Diz respeito à quantidade de agentes biológicos por unidade de volume. Conforme a concentração aumenta maior será o risco. O volume do agente biológico também deverá ser considerado, uma vez que na maior parte das ocorrências os fatores de risco crescem proporcionalmente ao aumento do volume. Origem do agente biológico potencialmente patogênico: É importante levar em consideração a origem do hospedeiro do agente biológico (humano ou animal), além da localização geográfica (áreas endêmicas) e o vetor. Disponibilidade de medidas profiláticas eficazes: Compreendem a profilaxia por vacinação, agentes microbianos, antissoros e imunoglobulinas. Além da adesão de medidas sanitárias, monitoramento dos vetores e medidas de quarentena em movimentos transfronteiriços. A realização destas medi- das diminui o risco. Disponibilidade de tratamento eficaz: Um tratamento eficiente em proporcionar o controle do agravamento e a cura da doença gerada pela exposição ao agente biológico. Fazendo uso de antissoros, vacinas pós-exposição e medicamentos terapêuticos específicos. É necessário ponde- rar a possibilidade de ocorrência de resistência a antimicrobianos no meio dos agentes biológicos envolvidos. Dose infectante Próxima Diz respeito ao número mínimo de agentes biológicos que são necessários para gerar a doença. Tem variabilidade conforme a virulência do agente biológico e a vulnerabilidade do indivíduo à infecção. Manipulação do agente biológico: Manipular o agente biológico poderá aumentar o risco, como em procedimentos para multiplicação, sonicação, liofilização e centrifugação. E também é necessário evidencia que nos procedimentos de manipulação abrangendo a inoculação experi- mental em animais, terá uma variabilidade dos riscos conforme as espécies e protocolos aplicados. É importante salientar também o risco de infecções latentes mais comumentes evidenciadas em animais capturados na natureza. Eliminação do agente biológico: É importante conhecer as vias de eliminação do agente para a adesão de medidas de contingenciamento. A eliminação por excreções ou secreções de agentes biológicos pelos organismos infectados, principalmente, os que são transmitidos por via respiratória, poderão requerer medidas extras de contenção. Pessoas que convivem com animais experimentalmente infec- tados com agentes biológicos patogênicos tem um maior risco de exposição por causa da chance de ocorrer mordidas, arra- nhões e inalação de aerossóis. Além das questões sanitárias, é necessário atentar também para os impactos socioeconômicos da disseminação de agentes patogênicos em novas áreas e regiões ontem préviamente não havia estes agentes biológicos. Por isso, as classificações dos agentes biológicos com potencial patogênico em vários países, apesar de entarem em concordânica na maior parte, di- vergem em função de fatores regionais específicos. É necessário destacar a relevância de uma composição multiprofissional e da abordagem interdisciplinarnas análises de risco. Transpassando o enfoque técnico e os agentes biológicos de risco, e abrangendo os seres humanos e animais, de na- turezas e relações complexas e variadas. Classificação Agentes Biológicos Os agentes biológicos capazes de prejudicar a saúde do homem, animais e plantas estão divididos em 4 classes, segundo o Ministério da Saúde (2017): Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): São os agentes biológicos que não geram doenças no homem ou nos animais adultos saudáveis. Exemplos: Lactobacillus spp. e Bacillus subtilis. Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade): São os agentes biológicos capazes de gerar infecções no homem ou animais, com limitado potencial de propagação na co- munidade e disseminação no meio ambiente, para estes há medidas profiláticas e terapêuticas eficientes. Exemplos: Schistosoma mansoni e vírus da rubéola. Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): São os agentes biológicos com capacidade de transmissão, principalmente através da via respiratória, capazes de gerar do- enças em humanos ou animais potencialmente letais, para estes frequentemente há medidas profiláticas e terapêuticas. Caracterizam risco caso haja a propagação na comunidade e no meio ambiente, sendo capaz de se propagar de pessoa a pessoa. Exemplos: Bacillus anthracis e Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Próxima Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): São os agentes biológicos com enorme poder de transmissibilidade, principalmente através da via respiratória, ou de trans- missão desconhecida. Ainda não existem medida profiláticas ou terapêuticas eficientes para combater as infecções causa- das por estes agentes. Eles geram doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente. Aqui estão inclusos especialmente vírus. Exemplos: vírus Ebola e vírus da varíola. Atividades As atividades envolvendo agentes biológicos estão presentes em vários segmentos da economia, dentre eles, ressaltamos: 1. Serviços de saúde Serviços hospitalares multisetoriais; Laboratórios Clínicos; Laboratórios de Pesquisas; Unidades de saúde de um modo geral; Laboratórios de Diagnósticos e Pesquisa. 2. Frigoríficos e locais de abate: Brucelose, leptospirose, tuberculose e outras. 3. Coleta, transporte e tratamento de lixo: Tuberculose, Peste bulbônica, febre tifóide. 4. Esgoto 5. Indústria do segmento farmacêutico (vacinas) e alimentícia 6. Exumação de corpos, funeráris, coveiros, salas para realizar necrópsia, etc. 7. Trabalhos no Campo: controle de vetores, vigilância epidemiológica e sanitária Cabe ressaltar que os riscos biológicos não são mensuráveis, podemos determinar apenas a presença ou não dos agentes patogênicos na atividade analisada. Próxima O Ministério da saúde disponibilizou um protocolo para manejo do corpo no contexto de COVID 19. Conforme o protocolo, os corpos de pessoas que morreram por coronavírus poderão ser enterrados ou cremados, porém os velórios e funerais pessoas com confirmação ou suspeita de COVID 19, não são indicados. E o risco de transmissão nessas situações também está relacionada ao contato entre a família e os amigos. É preconizado que a cerimônia de sepultamento seja realizada em lugares bem ventilados e, se possível, abertos. E deverão participar no máximo 10 pessoas, atentando a distância mínima de dois metros entre elas, e também as outras medias de isolamento social. O caixão deverá ficar fechado em todo o decorrer do velório a fim de impedir o contato com o corpo. É preconizado também que pessoas do grupo de risco (maiores de 60 anos, gestantes, lactantes, portadores de doenças crônicas e imunodeprimi- dos) e pessoas com sintomas respiratórios (febre e tosse) não participem dessas cerimônias. A transmissão do novo coronavírus, além de outras doenças infecciosa, podem acontecer também ao manusear os corpos. Sendo assim os profissionais que realizam os cuidados com o corpo estão expostos ao risco de infecção. Devido a isso, é muito importante que utilizem proteções a fim de evitar contato com sangue, fluidos corporais, objetos ou superfícies conta- minadas. E nestes casos não é indicada a autópsia. Atividade Extra: Para aprimorar seu conhecimento eu recomendo a leitura do artigo “Classificação de Risco dos Agentes Biológicos” do MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em PDF na Biblioteca Virtual de Saúde, podendo ser acessado através do link abaixo: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/classificacao_risco_agentes_biologicos_3ed.pdf Indico também que assista o vídeo “Produção de agentes biológicos | Entrevista Ciência e Empreendedorismo” do Canal Futura. Disponível no link abaixo: https://www.youtube.com/watch?v=w9gDsetErqQ Referência Bibliográfica: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde. Classifcação de risco dos agentes biológicos. – 3. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017. MACHI JUNIOR, Amaury et al. Desfechos de acidentes de trabalho com exposição a agente biológico. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. São Paulo, v. 24, n. 3, p. 249-254, 2014. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12822014000300003&lng=pt&nrm=iso>. acesso em 24 set. 2020. SANTOS, R. V.; RIBEIRO F. K. C. Manual de Biossegurança. Espírito Santo, 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Manejo de Corpos no Contexto do Novo Coronavírus. Brasília, 2020. Estranhou essa explicação? Próxima https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/classificacao_risco_agentes_biologicos_3ed.pdf https://www.youtube.com/watch?v=w9gDsetErqQ Próxima Higiene Laboral / Higiene Laboral - Ambiente Hospitalar I 1 2 3 Introdução: Nesta aula você irá entender a respeito dos aspectos importantes sobre a Biossegurança no contexto do hospital. Aprenderá as questões referentes as Normatizações existentes, a utilização do uso correto de EPI/ EPC, e a relação dos Direitos Humanos como forma de Biossegurança. Com esses princípios norteadores você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados: 1. Compreender os riscos e suas consequências, e manejos em relação à saúde; 2. Entender as medidas de segurança, na proteção à saúde Resumo: Normatizações Todos os profissionais da área da saúde estão suscetíveis a acidentes e doenças ocupacionais ao realizarem as suas ativi- dades, ainda que possuam conhecimento e treinamento necessários, visto que podemos ser expostos a agentes nocivos, frequentemente desconhecidos ou desconsiderados. Para que se tenha segurança ao realizar as atividades laborais, diminuindo a exposição foram definidas algumas normatiza- ções, sendo algumas relacionadas aos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletivo (EPC), definindo diretrizes para implementação de medidas de proteção que visem a segurança e saúde do trabalhador e paciente. NR – 32 Tem por objetivo definir normas/medidas para preservar a segurança dos trabalhadores nos serviços de saúde, compreen- dendo todos os profissionais que trabalham nesses locais, independente da área de atuação. (Riscos Biológicos Guia Técnico, 2010) Os profissionais de saúde estão sujeitos a exposição a agente biológicos de duas maneiras diferentes: uma de maneira in- tencionada, onde é necessária a manipulação do agente biológico intencionalmente (Ex: atividades de pesquisa, laboratórios microbiológicos, biotecnologia) e outra de maneira não intencional, onde a exposição é decorrente das atividades em saúde (Ex: atendimentos em saúde, consultórios, limpeza de materiais, atendimento a população em tratamento). A NR 32 também define a implantação de um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que tem por finalidade a diminuição da exposição dos trabalhadoresamparados por essa NR, aos riscos biológicos. Para isto, além de outras medi- das, viabiliza o direito para o trabalhador de EPIs, devendo este estar sempre disponível na quantidade necessária no local de trabalho. Também define que deve haver ambientes onde se possa realizar a descontaminação nos casos de exposição, assim como o treinamento para utilizar o os equipamentos e para ter o conhecimento das formas de proteção. NR – 6 Próxima https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/higiene-laboral-69fa65/higiene-laboral-ambiente-hospitalar-i A NR – 6 trata sobre o Equipamento de Proteção Individual, definindo os EPIs como todo dispositivo ou produto de uso indi- vidual com a finalidade de proteger a saúde e a segurança do trabalhador de ameaças e riscos no seu local de trabalho. O trabalhador poderá fazer uso de mais de um EPI ao mesmo tempo e com a mesma destinação. (Brasil, 1978) Através desta norma são definidas as obrigações do empregador e do empregado, a respeito do uso, manuseio e conserva- ção dos EPIs. De acordo com a Portaria GM nº 3.214, de 08 de junho de 1978, sobre NR 6: Equipamentos de Proteção Individual – EPI: 6.6.1) Cabe ao empregado quanto ao EPI: a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir o uso; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d) orientar e treinar o trabalhador e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, g) comunicar ao TEM qualquer irregularidade observada. 6.7.1) Cabe ao empregado quanto ao EPI: a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. A NR – 6 dispõe ainda sobre condições necessárias para a comercialização, importação e fiscalização dos EPIs, com o ob- jetivo de assegurar totalmente a segurança durante o uso e venda. Tipos de EPI: Luvas Capote/Avental Toucas ou Gorros Óculos/Protetores Faciais Próxima Equipamentos de Proteção Respiratória (EPR) Máscaras Cirúrgicas PFF2 (Peça Semipermeável Filtrante) Tipos de EPC: Autoclave Estufas (Forno de Pasteur) Lavadora Termodesinfectadora Caixa para Descarte de Artigos Perfurocortantes Sinalização Capela ou Cabine de Fluxo Laminar de Ar Cabine de Segurança Biológica (CSB) Chuveiro de Emergência Lava-Olhos Biossegurança X Direitos Humanos Os estudos ou manipulação relacionados a Biossegurança se baseiam em critérios e leis específicas, que são essencial- mente duas, a Lei da Biossegurança 11.105, que dispõe a respeito da manipulação com os agentes químicos, biológicos, er- gonômicos e psicossociais, em relação à saúde ocupacional, e também a Lei de Crimes Ambientais 9.605/1998. É impor- tante mencionar as Normas Regulamentadoras 3.214/1978, a Lei Orgânica da Saúde 8.080/1990, que fundamentam e orien- tam a Biossegurança no Brasil, assim como a Lei de Crimes Ambientais 9.605/1998. (PEREIRA, COSTA e COSTA, 2009) A Biossegurança compreende a segurança a respeito de tudo envolve a manipulação da vida. Por isso, todas as práticas e ações técnicas dos trabalhadores, suas repercussões ambientais, reflexos, controles dos riscos e prevenção relacionados com essas práticas. De acordo com aparecimento de novas patologias e epidemias, ocorre o impulsionamento para encon- trar ou estudar novas maneiras de prevenção (Ex: AIDS, hepatites, tuberculoses, entre outras). A Biossegurança tende a ser o resultado das ações do trabalhador, sendo este o sujeito das ações que realiza, tendo em vista que enquanto exerce suas atividades de trabalho, elas impactam em sua rotina e em suas práticas sociais e culturais. Próxima A educação continuada e coletiva, bem como as questões do biodireito, é compreendida com singularidade, representando uma ferramenta de grande importância para os profissionais. O trabalhador tem o direito a informação a respeito dos riscos que ficará exposto ao realizar suas atividades, para que desta forma ele trabalhe com cuidado, executando ações de preven- ção, como a utilização do EPI, e tenha consciência para prevenir agravos à sua saúde e de outros. É de grande importância que a Biossegurança esteja associada aos direitos humanos, visto que ainda não há uma política de biossegurança consolidada, sendo de essencial importância para o desenvolvimento sustentável da biotecnologia mo- derna. (Barreto, 2001) Por isto, é fundamental que seja discutido urgentemente, gerando com isto trajetórias melhores a serem percorridas pelas ciências biológicas, impedindo que aflijam a dignidade humana ou transformem o mundo de maneira irresponsável, assim como e impedir que o Direito atrase o desenvolvimento das ciências, de forma injustificável, sendo responsabilizado pela morte ou sobrevida de muitas pessoas. (SILVA, 2007). A Biossegurança e seus fundamentos básicos implicam na concepção de uma esfera interposta, com base nos direitos hu- manos. (BARRETO, 1999) Desta forma, gerando um novo conceito de direitos humanos, relacionado aos direitos do ser humano na área da biologia e genética. (BARRETTO, 1999) Por fim, pode-se constatar que não basta apenas que as instituições de saúde alcancem o desenvolvimento e progresso téc- nico científico, mas que elas têm também o compromisso prevenir contaminações aos seus profissionais e usuários, e nesse contexto é imprescindível se respaldar no Biodireito. Riscos É imprescindível a preocupação legal e a delimitação dos riscos presentes no ambiente hospitalar, sendo necessário realizar um levantamento deles de maneira racional e objetiva. Para isso, é necessário evidenciar a definição de risco, para discorrer sobre os riscos no ambiente hospitalar. Segundo Cicco e Fantazzini, risco é uma ou mais situações de uma variável que possui capacidade para gerar danos. Como lesões a pessoas, danos em equipamento e instalações, danos ao meio ambiente, perda de material em processo, ou dimi- nuição do potencial de produção. Riscos Físicos no Ambiente Hospitalar Os riscos físicos podem ser definidos como aqueles causados por um tipo de energia. Eles podem ser destacados de acordo com os equipamentos manuseados pelo operador ou do ambiente. Os agentes físicos mais evidenciados no ambiente hospi- talar são: Calor; Ruído; Vibrações; Radiações Ionizantes; Radiações Não Ionizantes; e, Próxima Pressões Anormais. Riscos Químicos no Ambiente Hospitalar São usados diversos produtos químicos no ambiente hospitalar, possuindo funções variáveis (Exemplos: limpeza, desinfec- ção e esterilização), além destes outros riscos químicos também estão presentes. Os riscos químicos mais evidenciados no ambiente hospitalar são: Quaternários de Amônio; Glutaraldeído; Óxido de Etileno Medicamentos como drogas quimioterápicas Álcool Etílico; Aerossóis; Entre Outros. Riscos Biológicos no Ambiente Hospitalar O risco biológico é extremamente presente no ambiente hospitalar. Entre os agentes biológicos de maior risco encontram-se as bactérias, que podem transitar no ambiente de diversas maneiras, como: Aerossóis; Poeiras; Alimentos; Instrumentos de laboratório e cirúrgicos; Água; Cultura; Próxima Amostras Biológicas Urina; Sangue; Escarro; e, Secreções. Medidas de Segurança Ações que tem por objetivo a diminuição ou erradicação da exposição dos profissionais, usuários e do meio ambiente, aos agentes de risco. Nos laboratórios, as medidas de segurança utilizadas para atingir a melhor efetividade, são combinações de técnicas e práticas laboratoriais, equipamentos de segurança (barreiras de contenção primárias) e instalações físicas ade- quadas (barreiras de contenção secundárias). (ANVISA, 2013)Barreiras de Contenção Primária: A contenção primária tem o objetivo de impedir a exposição dos trabalhadores a agentes infecciosos, ela ocorre através da implementação de boas práticas e técnicas microbiológicas, e também pela utilização de equipamentos de segurança ade- quados. (ANVISA, 2013) Os profissionais que lidam com agentes infecciosos ou com materiais possivelmente contaminados precisam estar cientes dos riscos à que estão submetidos e devem receber treinamento para que realizem as técnicas e práticas seguras ao manu- sear estes materiais. É de competência dos responsáveis técnicos do laboratório a viabilização de programas de treinamento para os funcionários. (ANVISA, 2013) São exemplos de Barreiras de Contenção Primária: Equipamentos de proteção individual/EPI Equipamentos de proteção coletiva/EPC Cabine de Segurança Biológica – CSB Barreiras de Contenção Secundária: A contenção secundária tem por objetivo a preservação do meio ambiente externo ao laboratório, contra a exposição aos agentes infecciosos, é realizada através da associação de um bom projeto das instalações, e sua construção, e também de práticas operacionais. A equipe do laboratório tem a responsabilidade de manter as instalações e seu funcionamento de acordo com o nível de Biossegurança recomendado para os agentes manuseados neste ambiente. (ANVISA, 2013) Próxima As barreiras secundárias são indicadas de acordo com o risco de contaminação dos agentes biológicos específicos. Por exemplo, quando houver o risco de contaminação através da exposição a aerossóis infecciosos, níveis mais altos de conten- ção primária e secundária serão necessários para impedir que os agentes infecciosos sejam espalhados para o meio ambi- ente. (ANVISA, 2013) Os Níveis de Biossegurança são classificados em NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4 e estão associados aos requisitos crescentes de segurança para o manuseio dos agentes biológicos. (ANVISA, 2013) Atividade Extra: Leia o material: SAÚDE E DIREITOS HUMANOS Ano 7 número 7, 2010 Publicação periódica anual, editada pelo Núcleo de Estudos em Direitos Humanos e Saúde Helena Besserman (NEDH) –– Fundação Oswaldo Cruz – Ministério da Saúde, destinada aos profissionais e estudantes de graduação/pós-graduação que atuam e/ou têm interesse na temática de Direitos Humanos e Saúde no Brasil, em Portugal, na América Latina e na África de língua portuguesa. Assista o vídeo https://www.youtube.com/watch?v=i0SZifKCpqQ – Biossegurança e gerenciamento dos resíduos sóli- dos de saúde. Referência Bibliográfica: ANDRADE, A.C.; SANNA, M.C. Ensino de biossegurança na graduação em enfermagem: uma revisão da literatura [Internet]. 2007 [acesso em 25 set 2020]; 60(5): 569-72. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034- 71672007000500016&script=sci_arttext. ANVISA. Agência Nacional De Vigilância Sanitária. Biossegurança em serviços de saúde. GRECS/GGTES/ANVISA (Org.). 2013. BARRETTO, V.P. As relações da bioética com o biodireito. In: Barboza HH, Barretto VP (org.).Temas de Biodireito e Bioética. Rio de Janeiro: Renovar; 2001. p. 41-75. BARRETTO, V.P. Bioética, biodireito e direitos humanos. In: Torres RL (org.). Teoria dos direitos fundamentais. Rio de Janeiro: Renovar; 1999. p. 383-423. BONIS, M.; COSTA, M.A.F. Ética da alteridade nas relações entre biossegurança em saúde e bi ética [Internet]. 2009. [acesso em 26 set 2020]; 14(3):92-102. Disponível em: http://www.sumarios.org/sites/default/files/pdfs/53024_6205.PDF. BRASIL. Portaria GM nº 3.214, de 08 de junho de 1978. NR 6: Equipamentos de Proteção Individual – EPI [Internet]. Brasília [acesso em 25 set 2020]. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812DC56F8F012DCDAD35721F50/NR- 06%20(atualizada)%202010.pdf. CICCO, F.M.G.A.F.; FANTAZZINI, M.L. Tópicos especiais de Gerência de riscos – Fascículo I – Instituto Tecnológico de Segurança e Engenharia Ambiental (ITSEMAP). Comissão Técnica de Biossegurança. Fundação Oswaldo Cruz. Procedimentos para manipulação de microrganismos pató- genos e/ou recombinantes na Fiocruz. Rio de Janeiro: CTBio; 2005. (Manual Técnico). COSTA, M.A.F; COSTA, M.F.B. Biossegurança de OMG (uma visão integrada) [Internet]. Rio de Janeiro: Publit; 2009 [acesso em 25 set 2020]. Disponível em: http://www.fiocruz.br/ioc/media/101027_Biosseguranca%20de%20OGM_V1.pdf. Próxima https://www.youtube.com/watch?v=i0SZifKCpqQ http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-71672007000500016&script=sci_arttext http://www.sumarios.org/sites/default/files/pdfs/53024_6205.PDF http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812DC56F8F012DCDAD35721F50/NR-06%20(atualizada)%202010.pdf http://www.fiocruz.br/ioc/media/101027_Biosseguranca%20de%20OGM_V1.pdf HIRATA, M.H.; MANCINI, F. J. Manual de Biossegurança. São Paulo: Manole; 2002. MASTROENI, M.F. A difícil de praticar a biossegurança [Internet]. 2008 [acesso em 26 set 2020]; 60(2). Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-6725200800200002&script=sci_arttext. PEREIRA, M.C.E; COSTA, M.A.F.; COSTA, M.F.B.; JUNBERG, C. Reflexões sobre os conceitos estruturantes em biossegu- rança: contribuições para o ensino de ciências [Internet]. 2009 [acesso em 25 set 2020]; 14(1):296-303. 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Próxima http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-6725200800200002&script=sci_arttext http://www.proac.uff.br/biosseguranca/sites/default/files/Reflexoes_sobre_conceitos_estruturantes_em_bisseguranca.pdf http://www.mte.gov.com.br/seg_sau/guia_tecnico_cs3.pdf Higiene Laboral / Higiene Laboral - Engenharia Versus Co… 1 2 3 Introdução: Nesta aula você irá entender a respeito da classificação das áreas hospitalares e o controle de infecção. Com esses princípios norteadores você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados: 1. Compreender os princípios que norteiam as infecções de um modo geral, e ênfase na hospitalar; 2. Entender a classificação dos artigos médicos- hospitalares e seu uso na assistência à saúde. Resumo: É extremamente necessário a atuação da equipe multiprofissional no controle hospitalar. Existem entre as equipes se- tores de interseção que realizam o controle de infecção (Ex: corpo clínico, engenharia, higiene, serviço de nutrição, enferma- gem, lavanderia hospitalar, farmácia, almoxarifado, etc.) Os profissionais precisam ser informados sobre as circunstâncias que podem ser otimizadas em seus trabalhos para o controle de infecção hospitalar. Tal como, nas atividades de engenharia e manutenção existe a obrigatoriedade a respeito da regulação de instrumentos como: Autoclaves; Estufas; Câmaras frias; Balcões térmicos; Geladeiras; Entre outros; Os dados referentes às atividades de identificação, avaliação e controle de riscos, irão possibilitar um parecer das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH’s) frente às instituições, e acerca de todos os setores envolto ao âmbito hospitalar. Definições Uma boa performance da equipe multiprofissional irá depender de uma terminologia capaz de padronizar e melhorar a comunicação entre os profissionais. Infecção: Proliferação de agentes infecciosos no organismo, inter-relacionando-se imunologicamente e se multiplicando. Infecção hospitalar (institucional ou nosocomial): Todas as infecções que foram obtidas após a internação hospitalar e que se expressa no decorrerda sua internação no hospital e também após a sua alta, quando for possível ser associada com a hospitalização. Classificação de Áreas Hospitalares Os distintos âmbitos que constituem espaço físico de um hospital são categorizados em 3 classes: Críticas, semicríti- cas e não-críticas. Próxima https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/higiene-laboral-69fa65/higiene-laboral-engenharia-versus-controle-da-infeccao-hospitalar-c56c84 Áreas Críticas: São os ambientes nos quais está presente o maior risco de transmissão de infecção, onde são realizados procedimen- tos de risco ou onde são alojados pacientes com sistema imunológico debilitado. Exemplos de Áreas Críticas: Ambientes onde são realizados procedimento cirúrgicos e de parto; Ambientes de internação em regime de terapia intensiva; Ambientes onde ocorrem atividades de diálise; Ambientes de internação de recém-nascidos; Ambientes onde são realizados procedimentos de análises clínicas; Ambientes onde são realizadas atividades hemoterápicas; Ambientes onde ocorre o preparo e cocção de alimentos e mamadeiras; Ambientes onde se realiza a lavagem de roupas. Áreas Semicríticas: São áreas que expressam menor risco de infecção, por exemplo: Áreas ocupadas por pacientes de doenças não infecciosas Áreas ocupadas por pacientes de doenças infecciosas não transmissíveis Central de esterilização Lavanderias de hospitais gerais Áreas Não-críticas: São todas áreas hospitalares que subjetivamente não mostram risco por agentes infecciosos. São espaços ausentes de pacientes ou cujo acesso lhes é restrito, tal como: Serviço de administração hospitalar; Manutenção; Vestiários e Sanitários Públicos; Depósitos em geral e Almoxarifados; É necessário realizar a limpeza e desinfecção (terminal e concorrente) das áreas críticas e semicríticas. E nas áreas requerem apenas a limpeza. Classificação dos Artigos Existe uma grande diversidade de artigos e áreas hospitalares com funções distintas, que estão relacionados a capaci- dade característica de transmissão de infecção. É possível concluir que o risco de transmissão de infecção está relacionado Próxima essencialmente ao uso, grau de contato ou de exposição do paciente a estes artigos e áreas, e também ao seu potencial de contaminação. Para simplificar a instrumentalização de antimicrobrianos, categorizam-se esses artigos e áreas em três classes: Crítico; Semicrítico; Não-crítica. Artigos: São os materiais usados no ambiente hospitalar, dentro e fora da área de acesso aos pacientes. Artigos críticos: São os artigos que adentram nos tecidos subepiteliais sistema vascular e com outros órgãos que não possuem flora microbiana própria, assim como os que estão ligados a eles de forma direta. Abrangem nesta circunstância, por exemplo: Perfuro cortante (instrumento de corte ou ponta); Instrumentos cirúrgicos (pinças, afastadores, cateteres venosos, drenos, etc.); Soluções injetáveis; Vestimentas utilizadas nos procedimentos cirúrgicos; Em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; Em Unidade de Queimados. Os artigos críticos precisam estar isentos de microorganismos, ou seja, estéreis (bactérias, fungos, vírus e esporos) para o uso. Artigos semicríticos: São os artigos que entram em contato somente com a mucosa íntegra. São exemplos e artigos críticos: Equipamentos de Anestesia Gasosa; Assistência Ventilatória; Alguns Endoscópios; Medicamentos Orais e Inaláveis; Pratos; Talheres; Alimentos. Os artigos semicríticos também precisam estar estéreis para utilização. Porém, não é sempre viável sujeitar estes arti- gos a processos com capacidade de eliminar esporos sem gerar danos. Todavia, é necessário que eles estejam livres de bactérias, fungos e vírus. Próxima Entretanto, os cateteres vesicais, traqueais e nasogástricos, mesmo entrando em contato somente com a mucosa ínte- gra, precisam estar totalmente livres de microrganismos (estéreis) para serem utilizados. Artigos não-críticos: Qualquer artigo que tem contato com a pele íntegra e também os que não são utilizados nos pacientes. Exemplo: Mesas de aparelhos de raios-x; Equipamento de hidroterapia; Incubadoras sem umidificação; Microscópios cirúrgicos; Telefone; Mobiliário em geral. Os artigos não-críticos precisam estar livres de agentes infecciosos. Porém, é permitido uma pequena quantidade de microrganismos que são encontrados na micro-flora humana. Atividade Extra: Leitura Recomendada: Portaria 2616, 12 de Maio de 1998. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html Assista o vídeo - CIH Comissão de Infecção Hospitalar https://www.youtube.com/watch?v=IYyj9X5ER4U Referência Bibliográfica: BRASIL. Ministério de Saúde. Departamento Segurança no Ambiente Hospitalar. Departamento de Normas Técnicas. Brasília, 1995. HINRICHSEN, S. L. Biossegurança e Controle de Infecções: Risco Sanitário Hospitalar. Rio de Janeiro, 2004. Estranhou essa explicação? Próxima https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html https://www.youtube.com/watch?v=IYyj9X5ER4U Higiene Laboral / Higiene Laboral - Resíduos 1 2 3 Introdução: Nesta aula você irá entender a respeito dos Conceitos dos resíduos dos serviços de saúde Aprenderá as questões referentes as classificações dos resíduos de acordo com os riscos existentes Com esses princípios norteadores você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados: 1. Compreender as medidas de segurança nas operações das etapas de separação e armazenamento; 2. Entender como fazer um transporte seguro. Resumo: São considerados resíduos as sobras de algum processo. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) são os restos materi- ais restantes de procedimentos realizados por instituição geradora (aquelas que trabalham com produção/manipulação de sangue, tecidos e células), que de acordo especificações, precisam de processos particularizados em sua manipulação, de- mandando ou não tratamento anterior para descarte final. (Fundação Estadual do Meio Ambiente, 2008) É possível que os RSS apresentem contaminantes prejudiciais ao ser humano e ao meio ambiente e por isso requerem atenção especial. O poder público encarrega os serviços de saúde do compromisso em realizar um plano de gerenciamento de resíduos respaldado nos princípios da Biossegurança e de medidas técnicas, administrativas e normativas. (BRASIL, 2004) O gerenciamento tem por objetivo diminuir a geração de resíduos e proporcionar o descarte adequado e seguro, de forma a preservar o ser humano e meio ambiente. A Agência Nacional de Saúde (ANVISA) é autarquia, ligada ao Ministério da Saúde, com o objetivo institucional de pro- piciar proteção da saúde da população, através do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e servi- ços que são submetidos à vigilância sanitária. (BRASIL, 1999) A ANVISA, através da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 306, de 7 de dezembro de 2004, dispõe a respeito do regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de servições de saúde. (BRASIL, 2004) Por intermédio da Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, foi estabelecida a Política Nacional de Resíduos Sólidos estimulando a responsabilidade partilhada quaisquer envolvido na geração de resíduos e posterior descarte, fazendo uso de medias sustentáveis. (BRASIL, 1999) É trabalhado nesta política a não produção, diminuição, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e des- carte dos rejeitos, visando a preservação da saúde pública e da qualidade ambiental. (BRASIL, 1999) Classificação dos RSS A RDC nº 358, de abril de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que tratam sobre o tratamento e disposição final dos resíduos, classifica os resíduos em cinco grupos. A – RESÍDUOS POTENCIALMENTE INFECTANTES Resíduos de materiais biológicos ou outros materiais quetiveram contato com estes. Exemplos: Sondas; Curativos; Próxima https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/higiene-laboral-69fa65/higiene-laboral-residuos Luvas de Procedimentos; Bolsa de Colostomia; Entre outros. O descarte deverá ser realizado em lixeiras revestidas com saco branco. B – RESÍDUOS QUÍMICOS Resíduos com substâncias químicas capazes de gerar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, conforme seu po- tencial de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Exemplos: Resíduos de hormônios; Antimicrobianos; Citostáticos; Antineoplásicos; Imunossupressores; Digitálicos; Imunomoduladores; Antirretrovirais; Saneantes; Desinfetantes; Metais pesados; Reagentes para laboratório e os recipientes contaminados por eles; Efluentes de reveladores e fixadores utilizados para o processamento de imagens; Efluentes dos equipamentos automatizados em análises clínicas. O descarte deverá ser realizado em galões coletores específicos. C – RESÍDUOS RADIOATIVOS Resíduos de materiais derivados de atividades humanas com radionuclídeos em quantidades acima do limite elimina- ção estipulado nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), e é inapropriado que sejam reutilizados. Exemplo: Próxima Materiais derivados de atividades de medicina nuclear e radioterapia. O descarte deverá ser realizado em caixas blindadas. D – RESÍDUOS COMUNS OU EQUIPARADOS AOS RESÍDUOS DOMICILIARES Resíduos que não representam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, sendo compara- dos aos resíduos domiciliares. Exemplos: Papel de uso sanitário e fralda; Absorventes higiênicos; Peças descartáveis de vestuário; Resto de alimentos do paciente; Material usado em antissepsia e hemostasia de venóclise; Equipo de soro e outros similares que não apresentam risco de contaminação; Resíduos oriundos de áreas administrativas; Resíduos de varrição; Flores; Podas e Jardins; Resíduos de gesso derivados de assistência à saúde. O descarte deverá ser realizado em lixeiras revestidas com sacos pretos. E – RESÍDUOS PERFUROCORTANTES. Qualquer um dos resíduos citados anteriormente, porém em materiais perfurocortantes ou escarificantes. Exemplos: Lâminas de barbear; Agulhas; Escalpes; Ampolas de Vidro; Brocas; Limas endodônticas; Pontas diamantadas; Próxima Lâminas de bisturi; Lancetas; Tubos capilares; Micropipetas; Lâminas e lamínulas; Espátulas; Utensílios de vidro quebrados no laboratório. O descarte deverá ser realizado em coletor específico. Separação e Armazenamento Separação: Os RSS precisam ser separados e encaminhados para um fim, por quem os produziu, conforme o risco que são capa- zes de causar. A separação dos RSS é realizada de acordo com a Classificação dos RSS (Grupos A, B, C, D e E). E tam- bém deve ser considerada a consistência do resíduo ao realizar a separação. Resíduos sólidos precisam ser deverão ser dispostos em sacos plásticos, e estes precisam estar em recipientes de material lavável, com resistência à punctura, ruptura e vazamento, com tampa que não necessite de contato manual para abertura, com cantos arredondados e com resistência a quedas. Em salas de cirurgia e parto os recipientes não necessitam de tampas para fechamento. (BRASIL, 2004) Os resíduos líquidos precisam ser dispostos em recipientes que possuam material adequado ao líquido acondicionado e que tenham resistência, rigidez e vedação, com tampas rosqueadas e vedantes. (BRASIL, 2004) Armazenamento: Os resíduos deverão ser armazenados por um tempo determinado no serviço de saúde, para posteriormente serem re- tirado para o local de descarte final. É necessário que os serviços de saúde possuam um local de armazenamento temporá- rio dos resíduos, providos de um local de entrada e saída de veículos com acesso externo para os veículos de coleta. (BRASIL, 2004) De forma a favorecer a manutenção da limpeza da unidade, especialmente os locais que geram um grande volume de resíduos (Exemplos: Unidades de centros cirúrgicos e de prontos atendimentos), é necessário que os serviços possuam um local de armazenamento interno, que seja perto do local de produção dos resíduos, denominada Sala de Resíduos. (BRASIL, 2004) Os resíduos irão permanecer de forma temporária na Sala de Resíduos até sua posterior retirada para o Abrigo de Resíduos. (BRASIL, 2004) O abrigo de Resíduos deve ser projetado de forma a facilitar à coleta externa e deve possuir um espaço adequado ao volume de resíduos produzidos, com uma área de armazenamento compatível com a frequência da coleta do sistema de lim- peza urbana do local ou terceirizada. (BRASIL, 2004) Transporte dos RSS O transporte dos RSS, desde a área de produção do resíduo até o Abrigo de Resíduos, é conceituado como transporte interno. E do Abrigo de Resíduos até o local de descarte final é conceituado como transporte externo. É necessário que o reservatório para a realização do transporte seja/tenha: De material rígido; Próxima Lavável; Impermeável; Com cantos e bordas redondas; Possua tampa articulada ao equipamento; Com rodas revestidas de material capaz de diminuir o ruído; Possuam identificação externa com o símbolo de acordo com o risco dos resíduos transportado. Os reservatórios que tenham capacidade para mais de 400 litros precisam ter uma válvula de dreno no fundo. (BRASIL, 2004) O transporte interno dos RSS precisa ser executado nos horários em que houver menos deslocamento de outros mate- riais e de pessoas. (BRASIL, 2004) Segundo as normas da ABNT: NBR nº 12.810 e NBR n 14.652, coleta e o transporte externo do RSS, desde o Abrigo de Resíduos até o local de tratamento ou descarte final, precisam ser realizados de acordo com técnicas que proporcionem a conservação das condições de armazenamento e a saúde e bem estar dos trabalhadores, da população e do meio ambi- ente, e também seguir as orientações dos órgãos de limpeza urbana. Atividade Extra: Consulte o portal: Anvisa estabelece Regras para Descarte de Lixo Hospitalar https://portal.cfm.org.br/index.php? option=com_content&view=article&id=3305:&catid=3#:~:text=Anvisa%20estabelece%20Regras%20para%20Descarte%20d e%20Lixo%20Hospitalar&text=Hospitais%2C%20cl%C3%ADnicas%2C%20consult%C3%B3rios%2C%20laborat%C3%B3ri os,aterramento%2C%20radia%C3%A7%C3%A3o%20e%20incinera%C3%A7%C3%A3o). Consulte o BLOG https://www.vgresiduos.com.br/blog/como-deve-ser-feito-o-descarte-de-residuo-radioativo-hospitalar/ Referência Bibliográfica: Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12.810: Coleta de resíduos de serviços de saúde. Rio de Janeiro, 1993. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14652: Coletor – transportador rodoviário de serviços de saúde – requisitos de construção e inspeção – resíduos do grupo A. Rio de Janeiro, 2001. BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília, 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2010/lei/l12305.htm#:~:text=L12305&text=LEI%20N%C2%BA%2012.305%2C%20DE%202%20DE%20AGOSTO%20 DE%202010.&text=Institui%20a%20Pol%C3%ADtica%20Nacional%20de,1998%3B%20e%20d%C3%A1%20outras%20pro vid%C3%AAncias.&text=Art. Acesso em 28 set. 2020. BRASIL. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe so- bre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília, 2004. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/res0306_07_12_2004.html Acesso em 28 set. 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999. Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e dáoutras providências. Brasília, 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9782.htm Acesso em 28 set. 2020. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente. RDC nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. Brasília, 2005. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=462 Acesso em 28 set. 2020. Próxima https://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3305:&catid=3#:~:text=Anvisa%20estabelece%20Regras%20para%20Descarte%20de%20Lixo%20Hospitalar&text=Hospitais%2C%20cl%C3%ADnicas%2C%20consult%C3%B3rios%2C%20laborat%C3%B3rios,aterramento%2C%20radia%C3%A7%C3%A3o%20e%20incinera%C3%A7%C3%A3o http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm#:~:text=L12305&text=LEI%20N%C2%BA%2012.305%2C%20DE%202%20DE%20AGOSTO%20DE%202010.&text=Institui%20a%20Pol%C3%ADtica%20Nacional%20de,1998%3B%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias.&text=Art. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/res0306_07_12_2004.html http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9782.htm http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=462 Fundação Estadual do Meio Ambiente. Manual de Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Belo Horizonte: FEAM, 2008. Estranhou essa explicação? Próxima Higiene Laboral / Tratamento de Resíduos da Saúde 1 2 3 Neste aula você irá entender a respeito Tratamento do tratamento duma proposta ampliada das situações de riscos e alter- nativas para uma política preventiva e segura. Aprenderá as questões que envolvem a praticidade nos serviços que essas atividades acontecem Com esses princípios norteadores você será capaz de atingir os seguintes objetivos traçados: �� Compreender a importância no contexto da saúde- doença a �� Entender a relação da Biossegurança e suas relações ambientais ao se falar no tratamento dos resíduos �� Construir uma cultura de resposabilidade social Tratamento dos Resíduos Biológicos O tratamento de resíduos é composto pela aplicação de método, técnica ou processo que altere as propriedades dos riscos referentes aos resíduos, com o objetivo de diminuir ou eliminar o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais e de no- cividade ao meio ambiente. (BRASIL, 2004) É essencial que a segregação dos resíduos seja realizada de forma correta para que sejam destinados apropriadamente, pois o tratamento será realizado de acordo com o risco de cada resíduo. Tratamento dos RSS Biológicos – Grupo A: Os resíduos biológicos, nos quais se tem a suspeita ou certeza da presença de microrganismos de importância epidemioló- gica e risco de propagação, precisam ser dispostos em embalagem apropriada e direcionados para desativação em pro- cesso físico de esterilização (exemplo: autoclave a vapor) no devido serviço produtor do resíduo, antes da realização da dis- posição final. (BRASIL, 2004) Depois do tratamento, caso não haja descaracterização física das estruturas, precisam ser dispostos em saco plástico branco leitoso até dois terços de sua capacidade e se houver descaracterização física das estruturas, poderão ser embala- dos como resíduos do grupo D (Resíduos comuns ou equiparados aos resíduos domiciliares). (BRASIL, 2005) Exemplos destes materiais: Carcaças de animais de laboratório; Peças anatômicas derivadas de animais submetidos a procedimentos de experimentação com inoculação de microrganismos; Próxima https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/higiene-laboral-69fa65/tratamento-de-residuos-da-saude Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação, má preservação ou prazo de validade expirado; Resíduos derivados de procedimentos de vacinação com microrganismos vivos ou atenuados; Cultura e microrganismos em estoque; Resíduos de laboratório de manipulação genética; Nos casos em que os resíduos são tratados em outro local, como as sobras de campanhas de vacinação que são devolvidos para as Secretarias Estaduais para tratamento, é necessário se atentar as medidas de segurança para o correto transporte entre o local de produção do resíduo e o local de tratamento. (BRASIL, 2005) Os resíduos pertencentes ao Grupo A, quando produzidos em ambiente domiciliar, precisam ser dispostos em embalagem adequada e recolhidos pelo próprio profissional prestador do atendimento ou por uma pessoa treinada para a realização da coleta e posteriormente direcionados ao estabelecimento de saúde de referência. (BRASIL, 2004) Os resíduos derivados de assistência à saúde de pessoas ou animais com suspeita ou confirmação de contaminação bioló- gica por vírus e de importância epidemiológica precisam ser acondicionados em saco plástico vermelho, serem submetidos a autoclave e posteriormente enterrados. (BRASIL, 2005) Tratamento dos Resíduos Químicos Os resíduos de produtos químicos poderão ser reprocessados, recuperados, reciclados, coprocessados, destruídos por calor ou enterrados. (BRASIL, 2005) De acordo com a NBR 14725, de 26 de agosto de 2009, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os produtos químicos precisam estar identificados com a Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), com a descrição das especificidades dos riscos. A ABNT, através da NBR 10004/2005, possui uma classificação exclusiva para os resíduos sólidos: Resíduos de Classe I – Os perigosos Estão incluídos na Classe I os resíduos com potencial de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. Resíduos de Classe II – Os não perigosos Exemplos de Resíduos Classe I: (BRASIL, 2004) Resíduos químicos de produtos hormonais; Antimicrobianos; Citostáticos; Próxima Antineoplásicos; Imunossupressores; Digitálicos; Imunomoduladores; Antiretrovirais; Reveladores usados em radiologia; Pilhas; Baterias e acumuladores de carga contendo chumbo; Cádmio e mercúrio e seus compostos; Cosméticos e insumos farmacêuticos que tenham indicação de resíduo de risco. Os resíduos de medicamentosos pertencentes a Classe I, produzidos por serviços de assistência em domicílio, precisam ser embalados, identificados, coletados e direcionados para o descarte em serviços de saúde de referência. (BRASIL, 2004). Todo resíduo que dispor de potencial para causar riscos à população e ao meio ambiente precisará passar por tratamento a fim de inativá-los ou ser encaminhado para aterros sanitários específicos para o grupo de resíduos Classe I. (BRASIL, 2005) Contudo, é proibido o descarte em aterro sanitário os resíduos que precisam ser tratados anteriormente. (BRASIL, 2004) Os resíduos de substâncias químicas precisam, de forma obrigatória, ser segregados e dispostos separadamente, como lí- quidos inflamáveis, ácidos, bases, oxidantes, compostos orgânicos não halogenados, compostos orgânicos halogenados, óleos, materiais reativos com o ar, materiais reativos com a água, entre outros. (BRASIL, 2004) As embalagens para a disposição final precisam ser compatíveis quimicamente com os resíduos para que não ocorra reação entre eles, de forma a enfraquecer ou deteriorar as embalagens. (BRASIL, 2004). Tratamento dos Resíduos Radioativos Os rejeitos radioativos precisam ser separados conforme a natureza física do material e do radionuclídeo contido e também do tempo preciso para alcançar o limite de eliminação e serão definidos como resíduos apenas após passar o tempo de de- caimento que é preciso para atingir o limite de eliminação. (BRASIL, 2005) Os rejeitos radioativos sólidos precisam ser dispostos em embalagem de material rígido revestidos na parte interna com saco plástico resistente. (BRASIL, 2004) E os líquidos precisam ser dispostos em frascos de até dois litros ou em bombonas de material que seja compatível com o líquido acondicionado. (BRASIL, 2004) Estes precisam ser de plástico, resistentes, rígidos e vedados, com tampa de rosca e vedante, dispostosem bandejas feitas de material que não quebre e que tenha profundidade adequada para acomodar todo o volume do rejeito, respeitando a mar-Próxima gem de segurança. (BRASIL, 2004) Os materiais perfurocortantes que estiverem contaminados com radionuclídeos precisam ser descartados de forma sepa- rada, onde foram produzidos, logo após a utilização, em embalagens vedantes, rígidas, com tampa e que estejam identifica- das corretamente, e é totalmente proibido que esses recipientes sejam esvaziados para o reaproveitamento. (BRASIL, 2005) As agulhas descartáveis precisam ser desprezadas junto com as seringas e jamais podem ser reencapadas ou retiradas ma- nualmente. (BRASIL, 2004) Os rejeitos precisam estar devidamente dispostos em recipientes identificados com o símbolo referente ao resíduo do grupo C, o nome do rejeito radioativo, a identificação do risco principal apresentado pelo rejeito, e também informações a respeito do tempo de decaimento, data de produção e nome do estabelecimento produtor. Tratamento dos Resíduos Perfurocortantes e Sem Risco Tratamento dos RSS Perfurocortantes – Grupo E É necessário realizar o descarte imediato dos materiais perfurocortantes com resíduos biológicos, químicos ou radioativos, no local onde foram produzidos, após a utilização, em recipientes rígidos, resistentes à puntura, ruptura e vazamento e preci- sam conter tampa e identificação. (BRASIL, 2004) É terminantemente proibido que seja realizado o esvaziamento desses recipientes para o reaproveitamento dos materiais perfurocortantes. (BRASIL, 2005) As agulhas descartáveis precisam ser desprezadas junto com as seringas e jamais podem ser reencapadas ou retiradas ma- nualmente. (BRASIL, 2004) É preciso prosseguir com o descarte desses recipientes assim que o preenchimento alcançar dois terços de sua capacidade ou o nível preenchimento atingir cinco centímetros de distância da boca. (BRASIL, 2004) Esses recipientes precisarão estar devidamente identificados com o símbolo internacional de risco biológico, químico peri- goso ou radioativo, e também com inscrição Perfurocortante. (BRASIL, 2004) Tratamento dos RSS sem Riscos – Grupo D Os resíduos pertencentes ao grupo D precisam ser dispostos conforme as recomendações dos serviços de limpeza urbana locais, usando sacos impermeáveis, acomodados em embalagens e possuir identificação conforme a sua separação. (BRASIL, 2004) Os resíduos que serão encaminhados para reciclagem ou reutilização, precisam estar identificados em seus devidos recipi- entes e também nos abrigos onde os recipientes serão guardados, de acordo com o código de cores e suas devidas nomea- ções. (BRASIL, 2004) Caso não possuam um processo de separação para reciclagem, não é necessário a realização de padronização de cor para os recipientes. (BRASIL, 2004) Alguns resíduos orgânicos poderão ser utilizados para o processo de compostagem. (BRASIL, 2004) Exemplos: Próxima Flores; Podas de árvore e jardinagem; Sobras de alimentos; Pré-preparo de alimentos; Sobras de alimentos de refeitórios que não tiveram contato com secreções, excreções ou outro fluido corporal. Atividade Extra Faça uma leitura da Norma CNEN NN 8.01 Resolução CNEN 167/14 Abril / 2014 , ampliando seus conhecimentos em: http://appasp.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm801.pdf Referência Bibliográfica Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004: Resíduos sólidos: classificação. Rio de Janeiro, 2004). Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14.725-1: Produtos químicos: informações sobre segurança, saúde e meio ambiente: Parte 4: Ficha de informação de segurança de produção de produtos químicos (FISPQ). Rio de Janeiro, 2009. BRASIL. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe so- bre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília, 2004. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/res0306_07_12_2004.html Acesso em 28 set. 2020. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente. RDC nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. Brasília, 2005. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=462 Acesso em 28 set. 2020. Próxima https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/res0306_07_12_2004.html http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=462 Estranhou essa explicação? Próxima Higiene Laboral / Segurança e Qualidade 1 2 3 Introdução O Risco Sanitário é a probabilidade que os produtos e serviços possuem de gerar danos à saúde da população. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é uma instituição ligada ao Ministério da Saúde, estável administrativa- mente e com independência financeira, seu objetivo é proteger e promover a saúde, a fim de garantir a segurança sanitária e qualidade dos produtos e serviços, através da clareza, do conhecimento como base para a execução e colaboração. A ANVISA atua nas seguintes áreas: Alimentos; Toxicologia; Produtos fumíngeos; Medicamentos genéricos; Cosméticos; Saneantes; Sangue; Tecidos e outros órgãos; Serviços e produtos para saúde; Laboratório de saúde pública; Inspeção e controle de medicamentos e produtos; Portos, Aeroportos e Fronteiras; Regulação econômica; Monitoramento de mercado; Vigilância sanitária de produtos de saúde após a comercialização (realizando a revalidação, alteração ou suspensão). A qualidade dos serviços de saúde abrange: A infra-estrutura do estabelecimento (conformidade e manutenção); A gestão dos insumos (procedimentos e sistemas informatizados); A gestão de tecnologia (manutenção preventiva e corretiva); A capacitação de equipes para a utilização de tecnologias. As fontes de informação da Anvisa efetuadas através do recebimento de notificações voluntárias e também de busca ativa de ocorrências adversas. Existem quatro áreas que são priorizadas quando se trata de gerenciamento de risco sanitário hospitalar: Tecnovigilância; Farmacovigilância; Hemovigilância; e Controle de infecção hospitalar/saneantes. Próxima https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/higiene-laboral-69fa65/seguranca-e-qualidade Sistema de Vigilância A vigilância é realizada através de: Coleta; Análise; Interpretação constante e sistemática de informações de saúde que são fundamentais para a realização do planejamento; Implementação e execução de práticas de saúde integradas à divulgação dessas informações para as pessoas que precisam ter conhecimento delas em tempo hábil. Consiste em um estudo de casos associado a um estudo de incidência. O objetivo do sistema de vigilância consiste em avaliar uma certa situação, além de estabelecer as prioridades, fiscalizar e avaliar as ações e programas realizados, a fim de detectar problemas e produzir pesquisas. A vigilância realizada de forma adequada e efetiva poderá diminuir a possibilidade de que sejam tomadas decisões erradas. O sistema de vigilância é formado por: Sistema de notificação; Investigação de eventos e reações adversas realizada de forma espontânea ou através dos hospitais sentinelas e de um banco de dados das reações adversas. E através disso são realizados relatórios periodicamente. A vigilância deverá ser realizada através de um planejamento, para que dessa forma possa cumprir todas as demandas dos usuários, as necessidades da saúde e conseguir informações para atividades e/ou tomada de decisões. Existem algumas limitações nos sistemas de vigilância que podem dificultar o processo, como a subnotificação, notificações incompletas (por medo de que se tenha alguma punição, desconhecimento em relação à importância ou da definição de caso, falta de recursos, etc) e informações sem representação. É muito importante que se tenha a participação no planejamento da vigilância dos usuários e outros profissionais de
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