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História da escrita, desenvolvimento da linguagem escrita, rota fonológica e léxical

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Roteiro de estudo
linguagem
História da escrita na humanidade
Todas as formas de inscrição gráfica se
originaram da necessidade humana de se
comunicar e registrar suas impressões acerca
de sua história, cultura, acontecimentos, entre
outras finalidades sociais.
A evolução da escrita é dividido em fase
Fase pictórica: trata-se de desenhos ou
pictogramas, associados à imagem daquilo que
se quer representar. Consistem em
representações bem simplificadas dos objetos
da realidade.
Fase ideográfica: representada pelos
ideogramas, que são símbolos gráficos que
representam diretamente uma ideia. As escritas
ideográficas mais importantes são a egípcia
(também chamada de hieroglífica), a
mesopotâmica (suméria), as escritas da região
do mar Egeu (a cretense, por exemplo) e a
chinesa (de onde provém a escrita japonesa).
Fase alfabética: tem-se nessa fase o uso de
letras, as quais, embora tenham se originado
nos ideogramas, perderam o valor ideográfico e
assumiram uma nova função de escrita. 
A escrita cuneiforme nasceu na Suméria,
região da Mesopotâmia, foi decifrada no século
XIX, sendo considerado o sistema de escrita
mais antigo até hoje conhecido. Contadores
registravam o patrimônio com uma espécie de
estilete pontiagudo, usando sinais e números
sobre placas de argila mais ou menos do
tamanho de um cartão de crédito. 
Com a escrita cuneiforme, a literatura teve
início, os textos literários mais antigos do
mundo apareceram em tabuletas sumerianas,
em forma de poemas e narrativas, no
entanto, a grande maioria das inscrições
cuneiformes reveladas na Mesopotâmia são
de registros contábeis e administrativos. 
Placa com escrita cuneiforme suméria, datada de c.
2100 a.C., usada para o registro contábil dos templos.
Fonte : LYONS, 2011, p.16
A escrita egípcia
Os hieróglifos eram sinais sagrados gravados
que os egípcios consideravam ser a fala dos
deuses, originalmente consistiu de cerca de
2.500 sinais, sendo cerca de quinhentos deles
usados com mais frequência. Era a escrita
dos textos e inscrições eram feitas em metal,
pedra, madeira e outros suportes duros,
embora os hieróglifos também eram escritos
em tinta sobre o papiro, couro e óstraco
(fragmento de cerâmica).
meninafono
Papiro egípcio, livro dos Mortos, de c. 1375
a.C., colocado na câmara de sepultamento
Fonte: LYONS, 2011, p.21
Os hieróglifos são dispostos tanto de alto a
baixo como horizontalmente, bem como da
direita para esquerda e as figuras
normalmente são viradas para o começo da
linha. O visual exterior da escrita hieroglífica é
muito próximo do desenho, conferindo um
caráter decorativo para esta escrita. Apesar
desta aparência, o mecanismo interno do
sistema era complicado, pois os sinais na
escrita exprimiam ora uma palavra, ora um
som.
A escrita hierática era a escrita do dia-a-dia,
mais rápida e de desenho mais livre e veio a
ser a escrita dos sacerdotes. Desta forma de
escrita surgiram os escribas, uma classe
extremamente influente e respeitada,
diferentemente dos escribas da
Mesopotâmia, que eram tratados como
meros escreventes. No Egito, os escribas mais
admirados eram os escribas sacerdotes,
podendo alcançar fortuna, riqueza e posição
social. 
Transformação dos hieróglifos
O material mais comum para escrita era o
papiro, muito mais vantajoso que as tabuletas
de argila pesadas da Mesopotâmia. O papiro
era leve, flexível e fácil de guardar. 
A escrita alfabética
Durante muitos séculos, os povos antigos não
conheceram uma forma precisa para registrar
por escrito as palavras faladas, criando
diversos sistemas de escritas baseados
principalmente em ideografias, sendo suas
ideias representadas por imagens. Podemos
observar na escrita cuneiforme e na escrita
hieroglífica o início do uso de sinais com valor
fonético
A decomposição da frase em seus elementos,
a palavra, foi de fundamental importância
para o surgimento da escrita como ela é
entendida atualmente. Da notação das
palavras, o homem enfim passou à notação
dos sons, chegando as escritas fonéticas.
aquisição e desenvolvimento da linguagem escrita;
O letramento é um conjunto de práticas
sociais que usam a escrita como um sistema
simbólico e como tecnologia em contexto
específico para objetivos específicos. Mesmo
quem não domina a leitura da escrita ou não
façam o uso regular acaba utilizando o
letramento de alguma forma, por isso o
indivíduo pode ser letrado e não
necessariamente alfabetizado por que ele
pode saber identificar o número do ônibus
que tem que pegar, ou saber identificar um
determinado jornal, um produto que vai
comprar no supermercado, mas não saber
estabelecer essa relação entre letra e som.
Já na alfabetização, como Magda Soares fala
envolve a aquisição de uma tecnologia e essa
tecnologia é a relação entre letras e sons ou
grafemas e fonemas... Quando a gente diz
que um indivíduo é alfabetizado nos vamos
dizer que ele é capaz de estabelecer suas
relações entre letra e som. A alfabetização
envolve habilidades de decodificar fonemas e
grafemas, pegar no lápis adequadamente, ler
ou escrever seguindo a orientação
convencional.
Etapas do desenvolvimento da escrita
segundo Emília Ferreiro. O processo de
aquisição da linguagem escrita é dividido em
5 etapas, são elas: Nível pré-silabico, silábico,
silábico-alfabetico, alfabético e ortográfico. 
O primeiro nível pré-silábico: Nessa fase,
embora a criança ainda não estabeleça a
relação da escrita com a pronuncia dos sons
da fala, ela já consegue compreender a
função social da escrita. A criança nessa fase
exerce a escrita por meio de rabiscos,
desenhos e letras de maneira aleatória e
assume a ideia de que são necessárias
poucas letras para escrever o nome de um
objeto pequeno e muitas letras para escrever
o nome de um objeto grande. 
Quando ela começa a entender que a escrita
é uma representação da fala e não uma
representação direta do objeto ela passa para
o próximo nível.
Nível silábico: Nessa fase do nível silabico, a
criança começa a atribuir um valor sonoro às
letras, para representar as palavras e escreve
uma letra para casa sílaba pronunciada,
quando a criança começa a perceber que a
letra é a menor unidade da palavra, entender
que palavras diferentes se escrevem de
maneira diferentes e que uma mesma letra
pode se repetir em uma mesma palavra, ela
passa para o próximo nível.
Silábico-alfabético: Nesse nível é uma
transição do silábico para o alfabético como o
próprio nome diz a criança começa a escrever
alfabeticamente algumas sílabas. Mas de vez
em quando mantém a hipótese do nível
silábico de utilizar uma letra para representar
uma sílaba. É aquela fade em que a gente
olha para a escrita da criança criança fala que
ela está "comendo algumas letras". E Nessa
fase ela ainda tem dificuldade para separar as
sílabas dentro de uma frase. Quando começa
a perceber que uma sílaba pode ter duas ou
mais letras w consegue separar as palavras
numa frase, ela passa para a próxima fase.
Nível alfabético: já existe um bom domínio
quanto à relação dos sons, sílabas, palavras,
letras e as regularidades de língua.
Geralmente a criança já escreve do jeito que
fala e apresenta alguns erros ortográficos.
Quando a preocupação com a ortografia
aparece ela passa para o próximo nível.
 
Nível ortográfico: É a fase de aprimorar a
escrita, voltar maior atenção para as
particularidades e irregularidades da língua
ediminuir gradativamente os erros
ortográficos. 
fazer uma discriminação visual de cada
detalhe da palavra;
relacionar os símbolos impressos aos
sons e aos movimentos fonoarti-
culatórios;
observar o traçado gráfico de cada letra
da palavra;
ter em sua vivência o significado da
palavra copiada;
reproduzir graficamente a palavra no
papel.
A escrita é uma das formas superiores de
linguagem; requer que a pessoa seja capaz de
conservar a idéia que tem em mente,
ordenando-a numa determinada seqüência e
relação. Escrever significa relacionar o signo
verbal, que já é um significado, a um signo
gráfico. É planejare esquematizar a colocação
correta de palavras ou idéias no papel. O ato
de escrever envolve, portanto, um duplo
aspecto: o mecanismo e a expressão do
conteúdo ideativo. Na escrita se estabelece
uma relação entre a audição (palavra falada),
o significado (vivência da criança) e a palavra
escrita. Quando a criança já tem o significado
do objeto interiorizado, seu processo de
escrita fica mais fácil. Ao copiar uma palavra a
criança deverá:
O processo é o mesmo com as palavras
ditadas (JOSÉ; COELHO, p. 93):
→ discriminação auditiva → significado pela
vivência do aluno → associação dos sons aos
símbolos → escrita no papel.
Desenvolvimento da linguagem oral: para
escrever, a criança precisa falar
corretamente os sons das palavras.
Desenvolvimento das habilidades de
orientação espacial e temporal: ao escre-
ver, a criança dever respeitar a seqüência
dos sons e sua estrutura no espaço.
Desenvolvimento da coordenação
visomotora: a criança deve ter
movimentos coordenados dos olhos,
braços, mão e também uma preensão
per- feita do lápis.
Memória visual e auditiva: problemas de
discriminação auditiva podem ter reflexos
tanto na escrita quanto na leitura e na
fala; as crianças que têm dificuldade na
aprendizagem visual enfrentam um
problema ain- da maior para adquirir a
palavra escrita.
Motivação para aprender: a criança
precisa ter um bom relacionamento com
os pais, professores e colegas, para que
se sinta estimulada a escrever.
Como existe sempre relação entre a palavra
impressa e o som, a criança precisa primeiro
aprender a ler para depois escrever. A escrita
como representação da linguagem oral passa
por diferentes estágios
de desenvolvimento, que acabam sendo
caracterizados pela atividade gráfica. Sendo
assim, a evolução gráfica da criança é
resultado de uma tendência natural,
expressiva, representativa, que revela o seu
mundo particular. Alguns aspectos devem ser
considerados no desenvolvimento gráfico
(JOSÉ; COELHO, p. 94):
 rotas fonológica e lexical
A rota fonológica é a responsável pela
leitura de uma palavra mesmo que ela seja
desconhecida para o leitor. Ou seja, é a rota
responsável pela decodificação
grafema/fonema. Isso significa que mesmo
que o leitor não saiba o significado da palavra,
ele irá conseguir ler devido aos seus
conhecimentos fonológicos. Então quando eu
estou lendo eu vou evocar através de cada
grafema o som correspondente, unir esse
sons e assim formar uma palavra. Ex quando
a criança lê "Ba-ta-ta".
As palavras conhecidas e desconhecidas pelo
leitor podem ser lidas pela rota fonológica.
Por outro lado, ler palavras irregulares pode
ser difícil, pois a correspondência letra-som
não obedece a uma regra. Por exemplo, táxi,
pode ser lida por um leitor iniciante como
“tachi”.
No processo de alfabetização as crianças
usam a rota fonológica e devido ao esforço de
decodificação realizam uma leitura mais lenta
sem, muitas vezes, entender o significado do
que estão lendo.
a leitura lexical que é a leitura pela imagem,
não é uma leitura litografia, iconográfica ou
logoráfica. Na leitura lexical vou ter uma
imagem da palavra registrada na gaveta de
memória de palavras do meu cérebro então,
essa palavra desenhada lá e quando
comparar com outras representações elas
vão ser próximas e vou conseguir ler as
palavras sem precisar evocar som por som da
via fonológica.
a identificação das palavras escritas se dá
pelo reconhecimento de sua ortografia e do
seu significado semântico. Um bom exemplo
é quando ficamos em dúvida se uma
determinada palavra se escreve com ‘j’ ou
com ‘g’, mas ao escrever você se lembra
automaticamente. Isso acontece pois temos
um ‘dicionário léxico’ armazenado que nos
permite lembrar a forma ortográfica da
palavra.
Dessa forma, é muito importante incentivar
contato com a leitura (livros, revistas, jogos)
nas crianças em processo de alfabetização,
pois elas estão estruturando esse ‘dicionário
lexical’. As crianças reconhecem as palavras
pela leitura, em geral, de forma precoce.
Incentivar hábitos de leitura diários ajuda as
crianças a ter mais capacidade de buscar
informações na memória e a ter mais
memória operacional de forma que consigam
prestar atenção em vários aspectos da leitura.
São eles: interpretação, comparação e
identificação das ideias centrais. 
Para que as crianças alcancem uma maior
fluência e velocidade de processamento na
leitura, elas precisam ter uma bagagem
lexical. Os treinos e o incentivo aos hábitos de
leitura ajudam, mas algumas crianças podem
apresentar déficits em alguma das rotas,
fonológica ou lexical. Caso uma criança tenha
estratégias de leitura somente pela rota
fonológica, pode haver um atraso na
compreensão. Aprender a ler é um processo
complicado que requer instrução em, entre
outras coisas, consciência fonológica,
conhecimento de letras, fonética, ortografia,
desenvolvimento de estratégia, vocabulário,
consciência gramatical e estratégias de
compreensão.

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