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Enfermagem perioperatória A ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA ABORDA OS PAPÉIS DE ENFERMAGEM RELEVANTES PARA AS TRÊS FASES DA EXPERIÊNCIA CIRÚRGICA: PRÉ-OPERATÓRIA, INTRA-OPERATÓRIA e PÓS-OPERATÓRIA CONCEITOS PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO: PERÍODO QUE COMPREENDE DA VÉSPERA DA CIRURGIA ATÉ O MOMENTO EM QUE O PACIENTE É RECEBIDO NO CENTRO CIRÚRGICO. TRANSOPERATÓRIO: ACONTECE DESDE O MOMENTO EM QUE O PACIENTE É RECEBIDO NO CENTRO CIRÚRGICO ATÉ O MOMENTO EM QUE É ENCAMINHADO PARA A SRPA. RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA: VAI DESDE O MOMENTO DA ALTA DO PACIENTE DA S.O. ATÉ SUA ALTA NA RPA PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO COMPREENDE DESDE A ALTA DO PACIENTE DA SRPA ATÉ AS PRIMEIRAS 48h PÓS-OPERATÓRIAS. PÓS OPERATÓRIO TARDIO: PERÍODO QUE COMPREENDE DAS 48h PÓS-OPERATÓRIAS ATÉ A ALTA DO PACIENTE. PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO (VISITA PRÉ-OPERATÓRIA): É REALIZADA PELA AVALIAÇÃO/CONSULTA DOS DADOS OBTIDOS DURANTE A ENTREVISTA COM O PACIENTE A SER OPERADO PELA DA FICHA PRÉ-OPERATÓRIA DE ENFERMAGEM, DO PRONTUÁRIO DO PACIENTE, POR MEIO DA(O) ENFERMEIRA(O) DA UNIDADE DE INTERNAÇÃO E FAMILIARES DO PACIENTE. PERFIL DA(O) ENFERMEIRA(O) NA VISITA PRÉ-OPERATÓRIA Seja Cordial; Ouvir Atentamente o Paciente e Familiares; Seja Compreensivo; Tenha Disponibilidade; Mostre-se Preocupado; Ofereça Segurança; Tenha Conhecimento Científico; Respeite as Crenças Espirituais e Valores Culturais; Dê Informações Que Ajudem na Irradiação ou Diminuição dos Desconfortos Emocionais; Encoraje a Verbalização; SAEP: PREPARANDO O PACIENTE PARA CIRURGIA Histórico: Compreende a avaliação de uma ampla variedade de fatores físicos e emocionais (Medo; Crenças individuais e Culturais.) EXAME FÍSICO GERAL ESTADO NUTRICIONAL: A NUTRIÇÃO ÓTIMA É UM FATOR ESSENCIAL NA PROMOÇÃO DA CURA E RESISTÊNCIA A INFECÇÃO E A OUTRAS COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL: IMC, CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL: recentemente, a medida isolada da circunferência da cintura tem mostrado ser suficiente para estabelecer risco, sendo considerado os limites normais a circunferência <95 cm para homens e <80 cm para mulheres” QUAISQUER DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DEVEM SER CORRIGIDAS ANTES DA CIRURGIA VISANDO PROPORCIONAR SUFICIENTE PROTEÍNA PARA O PREPARO TISSULAR. OBESIDADE alto risco e gravidade de complicações; * tecido adiposo é suscetível a infecção; * alto risco de deiscência; * quando em decúbito dorsal pode hiperventilar USO DE DROGAS OU ÁLCOOL Alcoolismo crônico geralmente leva à desnutrição e outros problemas sistêmicos. ESTADO RESPIRATÓRIO solicita-se a todos os pacientes que parem de fumar 2 meses antes da cirurgia ou pelo menos 24 horas antes da cirurgia. por que? reatividade pulmonar aumentada; * depuração mucociliar diminuida; * alterações fisiológicas nos sistemas cardiovascular e imunológico. ESTADO CARDIOVASCULAR a meta na preparação de qualquer paciente para a cirurgia é um sistema cardiovascular bem funcionante para atender às necessidades de o², líquidos e nutrição ao longo do período perioperatório. FUNÇÕES HEPÁTICAS E RENAIS o fígado é importante na biotransformação dos compostos anestésicos. os rins estão envolvidos na excreção dos medicamentos anestésicos e seus metabólitos. FUNÇÃO ENDÓCRINA hiperglicemia/ hipoglicemia pode aumentar o risco de infecção da ferida cirúrgica. manter glicemia em menos de 200 mg/dl. FUNÇÃO IMUNOLÓGICA determinar existência de alergia ou doenças; minimizar riscos: medicamentos e procedimentos; TERAPIA MEDICAMENTOSA PRÉVIA Desmame/suspensão quando indicado. Ex: diuréticos, anticonvulsivantes, tranquilizantes, anti-hipertensivos, coagulantes, anticoagulantes, ...... ANTIBIÓTICOS- QUANDO ESSAS MEDICAÇÕES SÃO COMBINADAS COM RELAXANTES MUSCULAR TIPO CURARE, A TRANSMISSÃO NERVOSA É INTERROMPIDA E A APNÉIA PODE ACONTECER. PROFILAXIA PARA INFECÇÕES: ATB- Quando há risco para infecção pode ser prescrito antibióticos profiláticos dentro de 2 horas à 30 minutos do início da incisão. MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA - diminuir a tensão e ansiedade; facilitar a anestesia e cirurgia; EX: TRANQULIZANTES * Anticolinérgico: Diminuem a secreção salivar e os reflexos vagais sobre o coração EX.: Fentanil IDOSO cáries dentárias e próteses parciais; transpiração diminui levando a pele seca e pruriginosa; tecido adiposo diminuído. PACIENTES OBESOS deiscência e as infecções de feridas são mais comuns; quando em decúbito dorsal pode hipoventilar; EDUCAÇÃO PRÉ OPERATÓRIA exercício de respiração profunda e tosse. além de promover a respiração pode ajudar o paciente a relaxar. a tosse mobiliza as secreções de modo que elas possam ser removidas. a respiração profunda antes da tosse, estimula o reflexo da tosse. respiração diafragmática: sustentação enquanto tosse se não fizer: pneumonia hipostática e outras complicações pulmonares MOBILIDADE E MOVIMENTO CORPORAL ATIVO metas: melhorar a circulação, prevenir a estase venosa e promover uma ótima função respiratória. é necessário ser realizada antes da cirurgia; protege o paciente contra uma cirurgia não autorizada; protege o cirurgião contra queixas referentes a uma operação não autorizada. CONSENTIMENTO INFORMADO O próprio paciente assina (desde que tenha idade e esteja mentalmente capacitado); Nenhum paciente deve ser forçado ou apressado a assinar; Procedimentos invasivos, como uma incisão cirúrgica, uma biópsia, uma citoscopia ou paracentese; Procedimentos que exigem sedação e/ou anestesia; Um procedimento não cirúrgico, como uma arteriografia, que comporta risco mais que discreto para o paciente: Procedimentos que envolvem radiação. TRATAMENTO DA DOR - NO PÓS-OPERATÓRIO, OS MEDICAMENTOS SÃO ADMINISTRADOS PARA ALIVIAR A DOR E MANTER O CONFORTO SEM AUMENTAR O RISCO DE UMA TROCA GASOSA INADEQUADA Estratégias cognitivas e enfrentamento do estresse - METAS: Aliviar a tensão, superar a ansiedade e obter relaxamento; Imaginação; Distração; Auto recitação otimista: “Sei que tudo irá sair bem” PROPORCIONAR INFORMAÇÕES: INFORMAÇÕES SOBRE A INTERNAÇÃO, ANESTESIA, CIRURGIA, ROTINA DO HOSPITAL CLASSIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES FÍSICAS DO PACIENTE: DESENVOLVIDA PELA ASA (AMERICAN SOCIETY OF ANESTHESIOLOGISTS / SOCIEDADE AMERICANA DE ANESTESIOLOGISTAS): ASA 1: Paciente Saudável; ASA 2: Paciente com doença sistêmica leve ou moderada, sem limitação funcional; ASA 3: Paciente com doença sistêmica severa, com limitação funcional; ASA 4: Paciente com doença sistêmica severa, representa risco de morte constante; ASA 5: Moribundo com perspectiva de óbito em 24 hrs, com ou sem cirurgia. ASA 6: Paciente com morte cerebral, mantido em VM controlada e perfusão para doação de órgãos (transplante) DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Conhecimentos deficientes (acerca da condição, prognóstico, tratamento, auto cuidado e necessidade de alta); Medo; Ansiedade; Controle eficaz/ineficaz do regime terapêutico PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM Suspender líquidos e alimentos; Meta: Prevenir aspiração Período de Jejum: * Adultos jejuar por 8h depois de ingerir alimentos gordurosos e 4h depois de ingerir alimentos Lácteos; * Atualmente é permitido que muitos pacientes tomem líquidos leves até 2h antes do procedimento invasivo PREPARAR O INTESTINO PARA A CIRURGIA META: Propiciar a visualização satisfatória do local cirúrgico e prevenir o trauma no intestino ou contaminação acidental no peritônio pelas fezes. ENEMAS: INDICADOS PARA PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA ABDOMINAL OU PÉLVICA (NA NOITE ANTERIOR). VOLUMES MÁXIMOS PERMITIDOS BEBÊ: 150 a 250ml PRÉ-ESCOLAR: 250 a 350ml ESCOLAR: 300 a 500ml ADOLESCENTE: 500 a 750ml ADULTO: 750 a 1000ml PREPARO DA PELE Tricotomia: Raspagem dos pelos na área cirúrgica e arredores. META: DIMINUIR A PRESENÇA DAS BACTÉRIAS SEM LESAR A PELE. SE TIVER QUE SER RETIRADO, DEVE SER FEITO IMEDIATAMENTE ANTES DA OPERAÇÃO. PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO (Cuidados) Vestir camisola do hospital; RemoverPróteses e adereços pessoais; Esvaziar a bexiga – Cateterismo Vesical S/N na SO; Administrar Pré-Anestésico, em geral 15 a 20min antes da cirurgia; Encaminhar prontuário completo (Protocolar*); Transportar o paciente em maca ou cadeira de rodas para o cc; Atender às necessidades de família INTRA OPERATÓRIO (SO) * Equipe Cirúrgica: - Paciente - Cirurgião e Assistente - Anestesiologista ou Anestesista - Enfermeira - Instrumentador - Circulante QUANDO O PACIENTE CHEGA A SO: * Avaliar a condição física do paciente; * Avaliar sinais vitais; * Avaliar NÍVEL DE CONSCIÊNCIA; * Monitorar SaPO²; * Realizar gasometria arterial se necessário; * Atentar para o tipo de anestesia. *auxiliar nos procedimentos. *posicionar o paciente corretamente para anestesia e cirurgia. *Protocolo de cirurgia segura. POSIÇOES CIRURGICAS DECÚBITO PRONAR OU VENTRAL: CIRURGIA NA PARTE POSTERIOR DO CORPO TREMDELEMBURG: CIRURGIA NO ABDOME INFERIOR E ALGUMAS DE EXTREMIDADES INFERIORES. PODE INTERFERIR NA RESPIRAÇAO. TREMDELEMBURG REVERSO: CIRURGIA DA CAVIDADE ABDOMINAL SUPERIOR LATERAL OU SIMS: CIRURGIA DE RINS, PULMOES E QUADRIL FOWLER: NEUROCIRURGIA LITOTOMICA OU GINECOLÓGICA: ABORDAGEM PERINEAL JACKKNIFE, KRASKE OU CANIVETE: CIRURGIA DA REGIAO PROCTOLÓGICA E COLUNA LOMBAR DORSAL Observar: O corpo do paciente está bem alinhado; Os pés não estão cruzados; A cinta da coxa está passada corretamente; Os braços estão posicionados anatomicamente; As braçadeiras estão segurando os braços apropriadamente pelo meio do braço até o punho; Os cotovelos estão protegidos da pressão excessiva; Os coxins foram colocados adequadamente; Conferir a posição da cabeça; Se o paciente está bem fixado na mesa. CUIDADOS NO PERÍODO OPERATÓRIO: Não Deprimir ou hiperestender terminações nervosas; proteger as proeminências ósseas; Cuidar para que MMSSII nunca fiquem pendentes; Evitar o contato da pele do paciente com Superfícies metálicas; Registrar Intercorrências; Posicionar o paciente de maneira segura. CENTRO CIRÚRGICO HISTÓRICO Babilônia, Egito, Grécia e Roma - registros sobre procedimentos cirúrgicos. Obstáculos: hemorragia, infecção, instrumentos precários e falta de conhecimentos científicos. Procedimentos realizados sem somente no exterior e nas extremidades. Ex: sangria, lancetações de furuncúlos, amputações... A prática era exercida por barbeiros, pois era considerada rebaixada e profana, As cirurgias eram realizadas em qualquer lugar, sem condições assépticas, de forma brutal. Século VI ou V: surgimento das escolas médicas, destacando-se a de Hipocrátes, a qual deu cunho científico à Medicina. IDADE MEDIA: DESENVOLVIMENTO DA CIRURGIA Três princípios: controle da infecção, da dor e da hemorragia. CONTROLE DE INFECÇAO Instrumentos limpos de qualquer maneira, mal conservados e guardados precariamente. SEMMELWEIS (1818-1895): instituiu uma medida preventiva, a lavagem das mãos, embora nada soubesse sobre microorganismos patogênicos. LOUIS PASTEUR (1854): bactérias como patológicas, putrefação e fermentação. LISTER (1867): uso de substâncias assépticas na prevenção de infeccões operatórias. 1872- Aperfeiçoamento do microscópio NEUBER (1822): instituiu o uso do avental cirúrgico. VON BERGMAN - introduziu a esterilização à vapor. HALSTEAD - introduziu luvas de borracha para o ato cirúrgico. SCHIMMELBUSCH (1891) - padronizou a antissepsia das mãos. ROENGER - descobriu o RX. VON MIKULCZ RADECKI - uso de máscaras. CONTROLE DA DOR: PAULADAS E ALCOOL Pouco conhecimento sobre analgesia. ópio, haxixe e álcool. 1846: MORTON utilizou o éter como anestésico (reconhecido oficialmente). ROBERTO JORGE HADDOCK LOBO Realizou a primeira anestesia com éter no BRASIL (25/05/1847). CONTROLE DA HEMORRAGIA Uso da pressão digital, cauterização com óleo fervente, ferro em brasa ou a amarração dos vasos HALSTEAD - uso da técnica cirúrgica através da ligadura fina e delicada dos vasos. O avanço científico obrigou o surgimento do Centro Cirúrgico para realizar as atividades cirúrgicas. CIRURGIA MODERNA 16/10/ 1846 - uma cirurgia para remoção de um tumor no pescoço; Realizada pelo cirurgião John Collins Warren e o anestesiologista William Thomas Morton, na SO do Hospital de Massachutts,em Boston. Antes de fins de 1947, já se praticavam operações indolores, utilizando o éter como anestésico. Século XX foi considerado de ouro para cirurgia. CIRURGIA: É o conjunto de gestos manuais ou instrumentais, que abrange a abertura ou não do corpo com a finalidade de diagnóstico, terapêutica ou estética. É a parte da medicina que lida com doenças e condições físicas, as quais necessitam da incisão dos tecidos humanos para remoção, reparação ou substituição da parte acometida, através de técnicas operatórias e manuseio de instrumentos específicos. CLASSIFICAÇAO DAS CIRURGIAS Segundo a Urgência Cirúrgica: ELETIVA: tratamento cirúrgico o qual pode ser agendado ou programado. Ex.: Gastrectomia. URGÊNCIA: tratamento cirúrgico que deverá ser realizado dentro de 24 à 48hs, pois requer pronta atenção. Ex.: Apendicectomia. EMERGÊNCIA: requer atenção imediata pois o cliente corre risco de vida. Ex.: hematoma subdural ou FAF na região precordial. OPCIONAL: a decisão é do paciente. Ex: cirurgia plástica SEGUNDO O RISCO CARDIOLÓGICO: GRANDE PORTE: grande probabilidade de perdas de fluídos e sangue. Ex.Craniotomia. MÉDIO PORTE: média probabilidade de perdas de fluído e sangue. Ex.: Artroplastia de Quadril. PEQUENO PORTE: pequena probabilidade de perda de sangue e fluído. Ex.: Tonsilectomia. SEGUNDO O TEMPO DE CIRURGIA Porte I: tempo de duração até 2 hs. Ex.:Rinoplastia. Porte II: tempo de duração de 2 à 4hs. Ex.:Artroplastia de Quadril. Porte III: tempo de duração de 4 à 6hs. Ex.: Craniotomia. Porte IV: duração acima de 6hs. Ex.: transplante de fígado. SEGUNDO O POTENCIAL DE CONTAMINAÇAO Limpa: eletiva, primariamente fechada, sem a presença de dreno, não traumática. Ex.: Artroplastia de Quadril; Abdominoplastia. Potencialmente Contaminada: realizada em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminacão, na ausência do processo infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas discretas no trans-operatório. Ex.: Gastrectomia; Colecistectomia com colangiografia Contaminadas: realizadas em tecidos abertos e recentemente traumatizados, colonizados por flora bacteriana abundante, de descontaminação difícil ou impossível ocorrido falha técnica grosseira na ausência de supuração local; com presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de 2a. Intenção ou grande contaminação a partir do tubo digestivo. Ex.:Hemicolectomia. Infectadas: realizadas em tecido ou órgão em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. Ex.: cirurgias de reto e ânus com secreção purulenta. SEGUNDO A FINALIDADE DO TRATAMENTO CIRÚRGICO Paliativo: utilizado para compensar os distúrbios, melhorar as condições, aliviar a dor. Ex.:Gastrostomia. Radical: remoção parcial ou total do órgão. Ex.:Nefrectomia. Plástica: com a finalidade estética ou corretiva. Ex.:Mamoplastia. Diagnóstico: é a exploração de um determinado orgão para o diagnóstico a ser confirmado. Ex: Laparotomia Exploradora. Reconstrutiva: objetiva reconstruir o tecido lesado e restabelecer a sua capacidade funcional. Ex.: Reconstrutiva de valva aórtica. Transplante: objetiva substituir órgãos ou estruturas não funcionantes. Ex.: Transplantes de Córnea. NOMENCLATURA CIRÚRGICA termos utilizados para indicar o procedimento a ser realizado. Fornece uma definição do tempo cirúrgico; descreve os diversos tipos de cirurgia; facilita o preparo de instrumentos e equipamentos; padroniza a linguagem. Prefixos Angio: vasos; Arterio: artéria; Artro: articulação; Blefaro: pálpebras; Cardio: coração;Flebo: veia; Ooforo: ovários; Orqui: testículos; Gastro: estômago; Hemo: sangue; Histero: útero; Espleno: baço; Nefro: rins; Osteo: ossos; Procto: ânus ou reto; Salpingo: trompas. Sufixos Ectomia: retirada; Tomia: abertura; Stomia: abertura; Pexia: elevação e fixação; Plastia: plástica; Rafia: sutura; Scopia: visualização direta. CONCEITOS – CENTRO CIRÚRGICO Uma das unidades mais complexas do hospital; área complexa e de acesso restrito; setor onde são realizadas intervenções cirúrgicas, com infraestrutura complexa, planejada e equipamentos de tecnologia avançada com seguimentos de requisitos para a prática da cirurgia. FINALIDADES- Realizar procedimentos cirúrgicos; Servir de campo de estágio; Servir de local para desenvolver programas e projetos de pesquisa e aprimoramento de novas técnicas cirúrgicas e assepticas. ESTRUTURA- Localizado o mais próximo das unidades de internação, do PS, CME, UTI e serviços de apoio. Distante de locais de grande circulação de pessoas, ruído e poeira COMPOSIÇÃO FISICA Vestiários: c/ chuveiros, vasos sanitários e armários.; Conforto/copa: repouso e lanche; Sala dos anestesiologistas e cirurgiões: destinado ao controle administrativo do CC; Recepção: admissão e encaminhamento de pcts; recebimento e entrega de exames/solicitações e procedimentos.; Sala de material e limpeza: guarda dos materiais e utensílios de limpeza; Arsenal: armazenamento de artigos estéreis; Expurgo: limpeza dos materiais e instrumentos contaminados; Lavabo cirúrgico: lavagem e degermaçao das mãos e antebraços; possui 2 torneiras pra cada sala. Deve ser próximo as S.O, Devem possuir comandos que dispensem o uso das mãos. SALA DE OPERAÇÃO Local onde o cliente submete-se aos procedimentos anestésicos e cirúrgicos sob cuidados da equipe médica e de enfermagem 1 SO para 50 leitos não especializados e ou para 15 leitos cirúrgicos Critérios: duração do movimento cirúrgico, especialidades cirúrgicas, duração média das cirurgias diárias, número de leitos cirúrgicos, tipo de hospital, quantidade de artigos médicos e instrumental cirúrgico disponível e o tempo médio de permanência no leito cirúrgico. CARACTERÍSTICAS FISICA DA S.O ESPAÇO FÍSICO: oval ou retangular. Pequena: até 20m² (otorrinolaringologista e oftalmologia) Média: até 25m² (gástrica e geral) Grande: até 36m² (neurológica, cardiológica e ortopédica) RDC 207/2002 Portas: largas, laváveis, resistentes, vai-vem, com visor, tinta fosca, material metalizado à meia altura, preferencialmente revestidas de fórmica Parede: revestidas com material liso, sem fissuras ou emendas, anti acústico, fácil visualização de sujeira, resistentes a lavagem e ao uso de desinfetantes Piso: superfície lisa, não porosa, antiderrapante, resistentes a agentes químicos comuns, sem fendas ou fissuras, fácil visualização de sujeira, pouco sonoro, bom condutor de eletricidade estática, possuir uma malha de fios de cobre ligado a um fio terra e sem ralos Teto: mesmos critérios das paredes. Conservar um espaço útil de no mínimo 80cm de altura livre entre a laje do forro e o piso do pavimento imediatamente superior (facilidade para manutenção preventiva e corretiva), presença de sprinklers (borrifador de Água), extintores e mangueiras conectadas ao hidrante. Janelas: envidraçadas, lacradas, facilitar a entrada de luz artificial, sem parapeitos externos ou internos, laváveis e de superfícies lisas Iluminação: lâmpadas fluorescentes, inseridas no teto, protegidas e de fácil limpeza Foco cirúrgico central: não apresentar sombras, reduzir os reflexos, eliminar excesso de calor, fixo no teto, giratório e manipulável durante o ato cirúrgico através de manoplas estéreis ou controle remoto Foco auxiliar portátil – NR-17 e NBR 5413/92 Ventilação/ar condicionado: NBR 7246/82 remove gases anestésicos, controlar a temperatura (22 a 23⁰C) e umidade (em torno de 55 a 60%), promover adequada renovação de ar (sistema vertical, do teto para o piso), prover aeração com filtros para retenção de partículas (HEPA DE 90 A 99,9%) Tomadas: dispositivo de aterramento, Instaladas em 3 paredes da SO voltagem diferente com dispositivos de aterramento, com 1,5 m de distância do chão e com manutenção preventiva e corretiva; Voltagem para aparelhos de raio x portáteis e pontos para negatoscópio Redes de gases medicinais: vácuo (cinza), O² (verde), ar comprimido (amarelo) e oxido nitroso (azul marinho), Disponíveis através de tubulações, diferenciados por cores universais e também em cilindros, exceto o vácuo que deve ser disponível em aspirador portátil. Fazer manutenção preventiva e corretiva. Sistema de comunicação: Através de sinais luminosos, campainhas,circuito interno de TV; na porta da SO os sinais luminosos devem ter cores diferentes para indicar o tipo de atividade que está sendo realizada objetivo: evitar o tráfego desnecessário de pessoas, equipamentos e artigos médicos, enviar informações corretas para o devido destino e possibilitar adoção de condutas precisas e imediatas no paciente. Sistema de Combate a Incêndio: extintores, hidrantes, alarmes, iluminação de emergência, sprinklers, escadas e brigada de incêndio os quais devem ter manutenção preventiva e corretiva. Proteção contra riscos elétricos, com a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos e o seu manuseio somente por pessoas capacitadas. APOIO TÉCNICO Banco de sangue; Raios X; Laboratório e Anatomia Patológica; Serviço de engenharia clínica e manutenção (elétrica, eletrônica, hidráulica e mecânica); Farmácia; Almoxarifado; Lavanderia. ZONEAMENTO DO CENTRO CIRÚRGICO É considerado pelas Portarias n 1884/94 e 930/92 bem como pela RDC 307/2002, como área crítica (ambiente em que existe risco aumentado de transmissão de infecção, pelos procedimentos ali realizados). Classificação da área interna: restrita, semi-restrita e não restrita. AREA RESTRITA É aquela com limites definidos para a circulação de pessoal e equipamentos, com rotinas próprias para o controle e manutenção da assepsia. Ex.: sala de operação (SO), corredor intersala e lavabo. AREA SEMI-RESTRITA Permite a circulação de pessoal e equipamentos de modo a não interferir nas rotinas de controle e manutenção da assepsia da área restrita. Ex.: Recuperação Pós Anestésica, conforto, corredores, posto de enfermagem. AREA NÃO RESTRITA É a área de circulação livre no ambiente interno do CC, não precisa de uniforme privativo. Ex.: vestiários, corredor de entrada, recepção, sala de espera. FLUXOS NO CENTRO CIRÚRGICO Impedir o cruzamento de artigos médicos e instrumentos prontos para serem usados em uma SO com artigos médicos ou instrumentos potencialmente contaminados e não acondicionados corretamente. Evitar circulações desnecessárias de artigos médicos, equipamentos e principalmente pessoas. EQUIPAMENTOS USADOS NA CLASSIFICAÇAO Fixos: são aqueles adaptados à estrutura da SO. Ex.: foco central, negastocópio e torre retrátil de gases medicinais. Móveis: são aqueles que podem ser deslocados ou acrescidos à SO, de acordo com a necessidade no ato operatório. Ex.: aparelho de anestesia.; aspirador portátil elétrico, banco giratório, balde para lixo, bisturi elétrico, carro abastecedor, carro com medicamentos, coxins, escada com dois degraus, estrados, foco auxiliar, mesa auxiliar, mesa de Mayo, suporte de braço, suporte de hamper, suporte de soro. Cirurgião: manter a ordem, disciplina e harmonia; integral responsabilidade do ato operatório, conduzindo-o desde a abertura da parede (incisão) até o seu fechamento(sutura). Assistente: auxilia o cirurgião na execução das manobras cirúrgicas específicas, dentre as quais estão antissepsia, posição do paciente. Anestesiologista: avaliar o paciente no pré-operatório, prescrever a medicação pré-anestésica, planejar e executar a assistência pré-operatória, controlando as condições clínicas deste durante o ato anestésico. Após a cirurgia,é de sua responsabilidade assistir o paciente na sala de recuperação pós-anestésica. EQUIPE DE ENFERMAGEM Enfermeira Coordenadora: exerce atividades técnico- administrativas e assistenciais. Enfermeiro Assistencial- no mínimo 01 para cada 04 Sala de Operação; Técnico / Auxiliar de Enfermagem Circulante / Instrumentador Demais profissionais: Auxiliar Administrativo/Escriturário. Responsável pela limpeza IMPRESSOS DO CC Prescrição Médica; Descrição de Cirurgia; Folha de Anestesia; Folha de Gastos; Sistematização da Assistência de enfermagem / Balanço hídrico; Autorização de Internação Hospitalar (AIH) TEMPO E INSTRUMENTAL CIRÚRGICO 1.DIÉRESE - É o rompimento da continuidade dos tecidos, ou planos anatômicos, para atingir uma região ou orgão. Classifica-se em: Mecânica: punção, secção, divulsão, curetagem e dilatação. Física: térmica, crioterapia e laser. Punção: introdução de uma agulha ou trocarte nos tecidos, sem cortá-los, para drenagem de coleção líquida das cavidades ou do interior dos órgãos, colheita de fragmentos de tecidos e líquidos a fim de exame diagnóstico, injeção de contraste e medicamentos. Secção: consiste na segmentação dos tecidos com o uso de material cortante. Divulsão: consiste no afastamento dos tecidos nos planos anatômicos, com tesouras de bordas rombas, tentacânulas ou afastadores. Curetagem: é a raspagem da superfície de um órgão com auxílio de cureta. Dilatação: objetiva ampliar a luz de um órgão tubular. Térmica: feita com o uso do calor, por intermédio do bisturi elétrico. Crioterapia: resfriamento intenso e repentino da área que vai ser realizada a intervenção cirúrgica Laser: bisturi que emprega um feixe de radiação infravermelha de alta intensidade. Podem ser obtidos através de materiais em estado sólido, líquido e gasoso. O mais utilizado é o laser de dióxido de carbono. 2. HEMOSTASIA - Impedir, deter ou prevenir sangramento, simultaneamente ou individualmente por meio de pinçamento e ligadura dos vasos, eletrocoagulação ou compressão. Classifica-se em: Curativa/Preventiva: realizada durante a intervenção cirúrgica e pode ser medicamentosa (drogas vasoconstrictivas, fatores de coagulação), mecânica (compressão, sutura, garroteamento) e esponjas sintéticas (sangramentos capilares), física (bisturi) ou biológica (esponjas biológicas ou cera de osso). Urgência/Temporária: realizada em condições desfavoráveis e com material improvisado. EX.: Garroteamento. Curativa/Definitiva: Obliteração do vaso sanguíneo em caráter permanente (sutura, eletrocoagulação, laqueadura, uso de hemostáticos) 3. EXÉRESE- Ocorre a remoção cirúrgica de um tecido ou órgão mal funcionante ou doente. É a cirurgia propriamente dita. Exige habilidade e conhecimento científico por parte do cirurgião. 4. SÍNTESE - É a união dos tecidos, que será mais perfeita quanto mais anatômica for a separação, para facilitar o processo de cicatrização e restabelecer a continuidade tecidual por primeira intenção. Cruenta: é realizada por meio de instrumentais apropriados como agulhas de suturas e fios cirúrgicos permanentes ou removíveis. Incruenta: é a união ou aproximação dos tecidos, unindo bordas por meio de gesso, adesivos ou ataduras. Imediata: realizada logo após o traumatismo. Mediata: realizada após algum tempo após a lesão. Completa: quando é feita em toda a extensão da lesão. Incompleta: a união dos tecidos não é realizada em toda a extensão da lesão, mantendo-se uma pequena abertura para colocação de um dreno. ETAPAS DA CIRURGIA 1. Preparo da área operatória: consiste na limpeza da área e a antissepsia (cheron com gaze, cuba com antisséptico). 2.Delimitação da área operatória. Usa-se campos estéreis presos com pinças backaus. 3.Incisão cirúrgica (diérese) 4.Hemostasia: feita com o auxílio de pinças hemostáticas (Kelly, Halstead, Kocher....) 5.Cirurgia propriamente dita: é o tempo principal, onde ocorre isolamento do órgão, secção, revisão, etc. São usados instrumentos especiais, de acordo com o tipo de cirurgia e/ou especialidade. 6.Sutura da incisão: é o fechamento da incisão por planos, em ordem: músculos,subcutâneo e por último a pele. 7. Confecção do curativo: limpeza e cobertura da incisão, juntamente com nova revisão do local. CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTAIS DIÉRESE: grupo constituído pelos bisturis, tesouras (Mayo, Metzenbaum, Joseph, Fomon, Boyd,), serra, agulhas, trépano, rugina O cabo de bisturi No 3 é compatível com as lãminas 10, 11, 12, 15,17; destinados a atos mais críticos e delicados. O cabo de bisturi No 4 é compatível com as lâminas 20, 21, 22, 23, 24, 25 até a 36. São mais usados em incisões maiores. Hemostasia: Pinças retas e curvas (Kelly, Rochester, Halstead) preferidas por serem de manuseio mais fácil; mais longas (Mixter, ...) ou atraumáticas (Potts, Debakey, Bulldogs, Satinsky) usadas para hemostasia temporária. Preensão: É destinado a segurar e suspender vísceras e órgãos como as pinças elásticas (Potts, Smith, Adson,etc.) e pinças com anéis e cremalheiras (Babcock, Allis, Collin, Duval,etc). AFASTADORES - é destinado à exposição, permitindo melhor visualização da cavidade operatória. Dividem-se em: Auto-estáticos: usados para abertura das cavidades abdominal (Gosset, Balfour), torácica (Finochietto) e em operações mais superficiais (Weitlaner, Gelpi). Dinâmicos: separação e abertura do campo operatório em diversas áreas do corpo: abdominais ( Valvas de Doyen e Suprapúbicas), torácicas ( Harrington, Deaver, Allison,) e nas superficiais ( Farabeuf, Langenbeck); existem outros para usos diversos, em formas laminares, rígidos ou maleáveis (espátulas de Reverdin). SÍNTESE É formado basicamente pelas agulhas de sutura, porta-agulhas (Hegar, Mathieu, etc) e principalmente pelos fios cirúrgicos, grampos e fitas adesivas de pele. CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DOS FIOS Manter a força de tensão por tempo suficiente até que a cicatriz adquira sua própria resistência frente aos estímulos mecânicos habituais.; Portar-se como material inerte, provocando o mínimo de reação tecidual.; Tipo de tecido a ser suturado. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS Configuração física: monofilamentar ou multifilamentar. • Capilaridade: é a capacidade de captar e absorver líquidos ao longo do fio cirúrgico. Os multifilamentares apresentam maior aderência microbiana em relação aos monofilamentares. • Diâmetro: é determinado em milímetros e expresso em tamanhos com zeros. Quanto menor o diâmetro maior o número de zeros. A numeração varia de sete até dez zeros. Força de tensão: é a quantidade de peso necessária para ruptura do fio cirúrgico. A força de tensão varia de acordo com o tipo do material de constituição do fio cirúrgico. Força do nó: é a força necessária para fazer um certo tipo de nó deslize parcial ou completamente. Os multifilamentares permitem uma fixação mais segura de nó e os monofilamentares não possuem, necessitando de reforço. Elasticidade: é a capacidade inerente do fio de recuperar a forma e o comprimento originais depois de um estiramento. Contribui para diminuir a possibilidade de romper as bordas da incisão cirúrgica ou favorecer uma estenose em sutura vascular. Memória: é a capacidade do fio retornar à sua forma original após ser deformado, após um nó. CARACTERÍSTICAS DE MANUSEIO Está relacionado com a facilidade com que ele pode ser dobrado ou quão facilmente o fio cirúrgico se desliza e dá o nó. Um fio com alto coeficiente de fricção tende a deslizar com dificuldade através dos tecidos e não mantém o nó. Alguns fios são revestidos para reduzir o coeficiente de fricção, mas este não pode ser muito baixo para não desfazer os nós. CARACTERÍSTICAS DE REAÇÃO TECIDUAL Começa quando o fio agride o tecido durante a sua introdução e pode persistir conforme sua composição. Os leucócitos se infiltram na área de agressão, posteriormente aparecem os macrofágos e os fibroblastos e por volta do sétimo dia, um tecido fibrosocom inflamação crônica. A reação persiste até que o fio cirúrgico seja encapsulado, quando ele é constituído de material não- absorvível ou seja absorvido pelo corpo quando constituído de material absorvível. CLASSIFICAÇÃO FIOS CIRÚRGICOS ABSORVÍVEIS - São fagocitados (origem animal), hidrolisados (sintéticos), degradados e assimilados pelo tecido em que são implantados. Absorvíveis biológicos: categute simples (absorvido em oito dias) e cromado (em torno de vinte dias) sendo utilizado em estruturas do aparelho GI ou no útero. Os naturais são mantidos em solução alcoólica, protegidos da luz e das grandes variações de temperatura (envelope primário aluminizado). Absorvíveis Sintéticos: Ácido poliglicólico é um material de fácil manuseio, forte, flexível e de boa tolerância. Indicado em anastomoses GI, cirurgias ginecológicas, geral e urológicas; Polímeros sintéticos monofilamentares: maleáveis e mantêm a resistência de tensão por período prolongado que os sintéticos multifilamentares. Indicado no fechamento de tecido facial ou para idosos ou oncológicos. Embalados em envelope primário aluminizado, seco, protegidos da luz, umidade e variações de temperatura. INABSORVÍVEIS - São resistentes à digestão enzimática em tecido animal vivo. São classificados em: • Biológicos: seda (origem animal) com facilidade de manuseio, resistência à tração e segurança na fixação do nó e; algodão, fio de baixo custo, fácil esterilização e de pouca reação tecidual. Indicado para tecidos de rápida cicatrização e contra-indicado para suturas cutâneas. INABSORVÍVEIS SINTÉTICOS Poliamida: caracteriza-se pela elasticidade e resistência à água; de pouca reação, difícil manipulação duro e corrediço e pouca segurança na fixação do nó; Poliéster: revestido de teflon ou siliconizado; difícil manejo e utilizado em estruturas que requerem grande resistência à tração; Polipropileno: não biodegradável, baixa capilaridade, mínima reação tissular e com alta resistência à tração. Utilizado em cirurgias cardiovasculares; Metálicos: constituídos de aço inoxidável e tântalo. Utilizados em tenorrafias, esporadicamente em neurorrafias e fechamento de paredes abdominais.Fácil esterilização, bem tolerados, de espessura variável, mono e multifilamentar. CARACTERÍSTICAS DE ESCOLHA AGULHAS CIRÚRGICAS Não deve interferir no processo de cicatrização, ser suficientemente larga, penetrante para ultrapassar a resistência tecidual, resistente para não dobrar, ao mesmo tempo flexível, resistente à corrosão, de tamanho, forma, calibre apropriados à aplicação a que se destina. Características: Corpo: retas, curvas (3/8,1/4,1/2 e 5/8) e semicurvas específicas para cirurgia laparoscópica; Ponta: cílindricas (não-cortantes), espatuladas, rombas ou triangulares; Fundo: traumáticas (fios montados na hora) ou atraumáticas (trazem o fio montado). Retas: geralmente cilíndricas ou triangulares, utilizadas na reconstrução de vísceras ocas, tendões, nervos e suturas intradérmicas. Curvas: cilíndricas ou triangulares; raio de curvatura variável, utilizadas com porta-agulhas; As cortantes são utilizadas em sutura de pele e periósteo e as cilíndricas em estruturas e órgãos mais profundos. Espatuladas: achatadas, bordas laterais cortantes. Utilizadas principalmente em cirurgias oftalmológicas. INSTRUMENTAL ESPECIAL Sua indicação depende do tipo de cirurgia a ser realizada. Exs. Pinça Satinsky (vascular), Randal (extração de cálculos das vias biliares), Duval e Allis (histerectomia). INSTRUMENTAL AUXILIAR Auxilia em várias etapas da cirurgia. Compostas por pinças de dissecção anatômica e dente de rato, em vários tamanhos conforme o procedimento. INSTRUMENTAL DE CAMPO É constituído por pinças que se destinam à fixação dos campos estéreis para delimitação do campo operatório.Exs.: Backaus,etc. MONTAGEM DA MESA Compõe-se de doze áreas: Área 1- coloca-se o bisturi com a lâmina para baixo e o corte para a esquerda; Área 2- colocam-se tesouras curvas, delicadas (Metzembaum) e forte (Mayo), pontas viradas para a instrumentadora e curvatura para baixo, contra a mesa; Área 3- pinças hemostáticas tipo Kelly (retas e curvas) colocadas como as tesouras em um número de seis a oito; Área 4- área versátil colocam-se os instrumentos do tipo Mixter,outros conforme a cirúrgia; Área 5- Kocher reto; Área 6- pinças com e sem dente (auxiliares) Área 7- porta-agulhas com os anéis voltados para baixo (exceção); Área 8- pinças de preensão Babcock, Allis e Duval ou outros instrumentos complementares. Área 9- Backaus; Área 10- pinças, tesouras e porta-agulhas longos; Área 11- uma compressa dobrada com fios pré-cortados, agulhas e fios já agulhados; Área 12- uso versátil (cubas rim, cúpulas, manoplas, seringas, etc. REGRAS PARA A MONTAGEM DAS MESAS Mais próximo da mesa operatória: os instrumentos usados com mais frequência na cirurgia. Quem irá montar a mesa deverá estar devidamente paramentado. Sobre a mesa deverá ser colocado um campo impermeável, estéril e descartável. INSTRUMENTAL LAPAROSCÓPICO Irrigador/aspirador: utilizado para irrigação e aspiração de fluídos orgânicos ou não. Pinças, tesouras, ganchos, afastadores: instrumentos de 5 e de 10mm de diâmetro que são introduzidos na cavidade abdominal através dos trocartes. Trocartes: compostos de cânulas de 5,10,12,23 e de 33mm no interior das quais um mandril é introduzido. Utilizado para perfurar a parede abdominal ou torácica, sendo retirado o mandril e a cânula fica postada para introdução dos instrumentos.
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