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Resumão Clínica Cirúrgica - Contúdos para a N1. Aulas 1 até a aula 7

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Carla Bertelli – 5° Período 
Resumão CCI – N1 Resumão CC1 – N1 
Aula 1 Estrutura e Funcionamento do Centro 
Cirúrgico 
Ambiente Cirúrgico – É a unidade hospitalar onde se 
realizam as intervenções cirúrgicas. É constituído por 
uma área onde estão concentrados recursos 
(equipamentos e materiais) que possam ser utilizados 
com eficiência e segurança pela equipe cirúrgica. 
Demanda de um bom planejamento hospitalar, ocupa 
aproximadamente 5% da área total; comumente em 
andares elevados (protegidos de poluição aérea e 
tráfego hospitalar), com acesso fácil a outras áreas do 
hospital 
• Entende-se por serviços auxiliares o preparo pré-
operatório do paciente, administração de anestesia, 
controle e monitoramento de variáveis fisiológicas, 
recuperação pós-operatória 
Unidade Hospitalar Autônoma – Onde se inclui o centro 
de material esterilizado. É incumbida do preparo, 
esterilização e distribuição de todo material esterilizado. 
Sala Cirúrgica – É um dos componentes do ambiente 
cirúrgico onde efetivamente se consuma o ato 
operatório, é onde literalmente acontece a cirurgia. 
Critérios Associados ao Tamanho do Centro Cirúrgico: 
Número de leitos cirúrgicos do hospital depende se é 
um hospital essencialmente cirúrgico ou clínico 
• Número de Especialidades 
• Número de Cirurgias/dia 
• Número de equipe cirúrgica atuante 
• Duração média das cirurgias 
• Instrumentação disponível 
• Organização e rigor dos horários cirúrgicos 
Uma sala cirúrgica para cada 50 leitos de um Hospital 
Geral 
O tamanho da sala cirúrgica depende da especialidade a 
que a mesma se destina. Em geral, recomenda-se que 
a área deva ter perto de 35m quadrados. 
As salas de operações devem estar protegidas de tal 
forma que recebam luminosidade sem insolação direta 
ou intermação, seja pela orientação adequada ou pela 
proteção por meios artificiais. 
No planejamento físico do ambiente hospitalar, a filosofia 
predominante é SERVIR O PACIENTE. O planejamento 
de qualquer unidade nunca pode ser considerado como 
definitivo e completo 
Componentes do Ambiente Cirúrgico – Três 
áreas distintas: 
• Zona de Proteção 
• Zona Limpa 
• Zona Asséptica ou Estéril 
Zona de Proteção – Representada pelos vestiários, onde 
todos que integram as equipes cirúrgicas se trocam e 
se paramentam com os EPIs. É a área de 
relacionamento entre todo o sistema hospitalar 
• Vestiário 
• Sala de recepção do paciente (troca de maca e 
roupa) 
• Corredores (preferencialmente 2, um limpo e um 
contaminado, com mínimo de 2,5m de largura 
• Lavados 
Zona Asséptica ou Estéril – Constituída pelas salas e 
operação e salas de subesterilização Sala totalmente 
estéril, livre de bactérias 
• Mesa de operação, instrumental, anestesia, 
aparelhos 
• Sala de Esterilização 
• Equipamentos 
Zona Limpa – Composta por todos os demais 
componentes do agrupamento cirúrgico, que não os 
vestiários, salas de operações e salas de 
subesterilização, e fica interposta entre as Zonas de 
Proteção e a Zona Estéril. É a área para todos 
elementos das equipes que atuam no CC 
Existe um conceito também que fala sobre Áreas de 
Transferência de pacientes, são aquelas em que os 
pacientes são passados das macas das suas respectivas 
unidades de internação para macas que só trafegam no 
ambiente cirúrgico. 
Detalhes e Planejamento do CC – Iluminação, 
ventilação, temperatura e umidade, sistema de 
monitorização e sistemas de comunicação 
Iluminação Adequada – Boa e adequada iluminação não 
significa exclusivamente abundancia de luz. Pode ser 
artificial ou natural (não utilizada normalmente). Na 
atualidade, a luz artificial com todos os seus recursos é 
Carla Bertelli – 5° Período 
a única que estabelece os padrões necessários para a 
iluminação do CC. O objetivo da adequada iluminação é 
minimizar a tarefa visual da equipe e ao mesmo tempo 
oferecer condições para que a operação de processe 
com precisão, rapidez e segurança. Deve-se considerar 
os seguintes aspectos: 
• Iluminação adequada no campo operatório 
• Eliminação de sombras 
• Redução dos reflexos 
• Eliminação do excesso de calor 
• Suficiente iluminação na sala e proteção ocasional 
contra quedas de energia 
• Sala com arestas arredondadas diminui sombras e 
reflexos 
O campo operatório é iluminado através de um foco 
multidirecional a fim de eliminar presença de sombras. O 
foco da luz deverá, no início da operação, incidir 
perpendicularmente na ferida operatória a uma distância 
aproximada de 120cm 
Ventilação – Fornecimento adequado de ar, remoção 
de acúmulo de gases anestésicos, controle da 
temperatura ambiente e da umidade, e principalmente a 
prevenção da contaminação aérea da ferida operatória. 
O sistema de ventilação deve abranger 3 aspectos 
fundamentais: 
• Promover o ambiente de aeração com condições 
adequadas 
• Remover as partículas potencialmente contaminadas 
• Impedir a entrada de partículas contaminadas no 
ambiente cirúrgico 
É feito com pressão positiva de ar – importante para 
evitar infecção operatória. Geralmente existem 2 filtros, 
o ar entra por um lado e sai pelo outro (circulação 
constante de ar unidirecional, entrando e saindo). Passa 
por 2 filtros onde se ‘’limpa’’ o ar filtrando as 
micropartículas, levando as partículas e gases 
anestésicos embora. Tem que ter um fluxo constante 
de ar. Corrente aérea constante e sem turbulência, 
promovendo constantemente a renovação completa 
de ar nas salas cirúrgicas 
É contraindicado ar condicionado convencional 
 
Fluxo laminar vertical 
 
 
Fluxo laminar horizontal 
 
Temperatura e Umidade – Prevenir hipotermia do 
paciente e conforto da equipe. Um ambiente com baixo 
teor de umidade relativa favorece a propagação de 
faíscas elétricas e perda excessiva de água por parte 
do paciente dependendo do tamanho da incisão. No 
entanto, uma umidade relativa acima de 70% constitui 
um ambiente propício para o desenvolvimento de 
bactérias. Assim, a umidade relativa de um ambiente 
cirúrgico deve situar-se entre 45% e 55%. 
Pisos e Acabamentos – Material resistente e não poroso, 
de fácil visualização de sujeiras e livre de ralos e frestas, 
fundamentalmente bom condutor de eletricidade 
estática para evitar faíscas. Deve ser aplicado sobre 
uma grade de cobre ligada a um fio terra. 
Paredes e Forros – Superfície lisa, uniforme, cantos 
arredondados, favorecer a iluminação e não criar áreas 
Carla Bertelli – 5° Período 
de reflexos. Devem contribuir para a diminuição da 
poluição sonora, facilitar o controle da temperatura 
ambiente, aumentar a capacidade de iluminação sem 
criar áreas de reflexo. 
Cor do Ambiente Cirúrgico – Deve ser pintado de uma 
cor que combate a fadiga visual, que diminua reflexos 
luminosos e que reduza a excitação nervosa e 
consequentemente o cansaço físico. 
Janelas – Vidro duplo e dotadas de um eixo, em torno 
do qual possam bascular e permitir a limpeza de ambas 
as faces vitrificadas. Entre os vidros deve existir vácuo 
para reter raios infravermelhos e permitir melhor ação 
bactericida, além de conter telas. 
Portas – Deverão ser todas de correr. 
Fluxos – O fluxo de tráfego de pessoas, materiais e 
equipamentos no interior do ambiente cirúrgico é um 
dos sistemas de maior importância. 
 
Assepsia e Antissepsia 
Conceito de infecção – Tipo de associação entre 
homem e microrganismo, onde o homem é o 
hospedeiro 
Patogenicidade – Capacidade dos microrganismos em 
causar malefícios ao homem 
Via Direta de Contaminação – Transmissão via contato 
direto com o receptor. Ex: face, pele, vias respiratórias, 
gastrointestinal, feridas 
Via Indireta de Contaminação – Tem que ter um 
terceiro elemento – Portador – Terceiro Elemento – 
Receptor (contaminação do campo, por exemplo). Tem 
um terceiro elemento envolvido, indireta. (ar, poeira) 
Assepsia – Tentativa de manter o máximo possível 
o ambiente, a equipe e o doente livre de 
microrganismos potencialmente contaminantes,higienização preventiva. Prevenção de não contaminar 
o que não está contaminado, o que já está asséptico. 
Manobra realizada com o intuito de manter o doente e 
o ambiente cirúrgico livre de vermes 
Antissepsia – Desinfecção de um local 
potencialmente contaminado, visando a máxima 
redução possível de germes e bactérias. Destruição dos 
germes. 
Lavação das mãos é uma antissepsia – Quando já 
estou com as mãos lavadas, luva e todo paramentado 
estou asséptico 
 
Substâncias Antissépticas 
São substâncias utilizadas para fazer a antissepsia – 
usamos para lavagem de mãos, paciente, etc. 
• Sabões: compostos mais utilizados 
• Sais de sódio ou potássio 
Sabões, atuam com atividade bacteriana e 
bacteriostática, principalmente contra germes GRAM 
positivos e bacilos álcool-ácidos-resistentes, não atuam 
sobre GRAM negativos. 
• Álcool etílico 70 a 90% OU isopropílico 
• Gluconato de Clorexidina 
Nunca se utiliza substância alcoólica em mucosas 
Nunca se utiliza 2 tipos de sabões diferentes em um 
tipo de lavagem – pode inativar 
 
Limpeza e Esterilização Instrumental 
Cirúrgica 
O ciclo de esterilização deve ser iniciado com o menor 
número possível de microrganismos do material. É 
importante ter certeza que todas as partes do 
instrumento devem estar expostas ao agente 
esterilizante O empacotamento após a esterilização é 
mantido intacto até o uso da reesterilização porque 
tem uma data de validade dependendo do tipo de 
Autoclave 
Processo Manual – Os instrumentos são lavados com 
água e detergente, escovando cada um deles sobre 
água corrente com uso de substância isoenzimática 
(substância capaz de ter um poder semelhante a 
enzimas que vão degradas os produtos do nosso 
próprio corpo) 
Processo por Ultrassom – Imersão dos instrumentos 
em taque de água com alta frequência + detergentes, 
sendo imersos em um outro taque aquecido a 76° 
Esterilização por Calor Seco – Fornos, estufas, 
infravermelho 
Esterilização por Calor Úmido – Fervura e vapor sob 
pressão, autoclaves 
Carla Bertelli – 5° Período 
Aula 2 Preparo Pré-Operatório 
Paciente deve tomar banho no dia da cirurgia ou 
véspera, incluindo lavagem de cabelos, com atenção 
especial para axilas e genitálias. Não raspar os pelos em 
casa antes da cirurgia – isso é feito no centro cirúrgico. 
Tricotomia – Deve ser realizado no dia da intervenção, 
preferencialmente pelo próprio centro cirúrgico devido 
as chances de foliculite ou infecção inicial de pequenos 
cortes. Utiliza-se lâmina descartável e estéril, evitando 
cortes e arranhões. 
• Paciente entra no CC e retira toda sua roupa e 
veste-se com a roupa apropriada do CC 
• Não deve adentrar o CC com lençóis ou roupas da 
enfermaria 
• Trocar de maca 
• Local a ser operado vai ser lavado na sala de 
cirúrgica com detergente antisséptico 
• Deve ser vedada a entrada do CC de qualquer 
pessoa com lesões abertas, potencialmente 
contaminadas, incluindo médicos, enfermeiros, 
estudantes e auxiliares. 
Paciente com ferida/infecção em algum local do corpo, 
mesmo longe do campo, quando a cirurgia for eletiva, 
preza-se por não realizar a mesma. 
Preparo da Equipe Cirúrgica – Banho na noite 
anterior, retirar toda a rupa e trocar pela do CC (calças 
e blusas esterilizadas). Utilizar gorros e toucas que 
devem cobrir toda a área pilosa da cabeça. Uso de 
máscara, que abrange boca, nariz e com boa vedação. 
Em cirurgias demoradas a máscara deve ser trocada de 
hora em hora (eficácia decresce). Importante evitar 
expiração forçada (tosse, espirro, assim como fala em 
demasia). 
• Optar por máscaras descartáveis com polipropileno 
Antissepsia e Assepsia das Mãos – Eliminar a 
flora transitória (partículas de poeiras e resíduos) e a 
flora permanente (mais difícil de remover). No caso da 
Flora Permanente o intuito não é remover totalmente 
esta, tendo em vista que a própria pele se reestabelece 
novamente. 
Utilizar escova de cerdas macias ou espoja que não 
irrite a pele, mas que seja suficientemente eficiente 
para eliminar a flora transitória e parte da flora 
permanente. 
• Unhas curtas, limpas, não utilizar unhas não naturais 
• Água quente corrente e sabonete antisséptico com 
técnica adequada 
• Retirar a espuma várias vezes e substitui-la durante 
a lavagem – duração de 3 a 5 min 
• Enxugar as mãos com toalha estéril 
• Não misturar dois antissépticos diferentes (um pode 
inativar o outro). 
TOCA, MÁSCARA E ÓCULOS – Vestir antes da 
lavagem das mãos 
 
Equipe Cirúrgica 
Varia de acordo com a especialidade com que se faz a 
cirurgia. É um trabalho em equipe onde cada elemento 
tem atribuições específicas, visand maior perfeição e 
rendimento no ato operatório com menor desgates 
Equipe Básica – Anestesistas, Cirurgião, Primeiro 
Assistente, Segundo Assistente, Instrumentador 
O ideal é que o primeiro assistente seja um cirurgião 
 
Anestesista – Escolha do pré-anestésico e anestesia 
adequadas (avaliação pré-anestésica bem feita) 
Autoriza o início da cirurgia e indica a sua suspensão ou 
interrupção em vigência de risco a vida. 
Vigilância constante do paciente, aferindo e corrigindo 
variações da homeostase 
Fiscalizar e orientar a recuperação anestética, ao 
término da cirurgia, até que o paciente tenha condições 
de retornar ao quarto hospitalar 
Carla Bertelli – 5° Período 
Cirurgião – Responsável pelo procedimento cirúrgico – 
Executor responsável pela intervenção, realizando as 
manobras cirúrgicas, secção de estruturas, hemostasia, 
síntese de tecidos, técnica operatória 
Requer rapidez de raciocínio, tomada de decisões, 
destreza manual, atitude de comando da equipe, 
conhecimento técnido e equilíbrio emocional 
Capacidade de reparar danos consequentes ao ato 
operatório 
Os elementos da equipe devem ter afinidade entre si e 
demonstrar os mesmos interesses na excecução do 
ato cirúrgico. 
Primeiro Auxiliar (lado esquerdo do paciente) – Auxiliar 
na colocação do paciente em posição operatória e 
preparação do campo cirúrgico 
Coloca-se em frente ao cirurgião 
Auxilia nas manobras de afastamento de tecidos, 
amarrando fios de sutura, manobras de hemostasia 
Conhecimento dos tempos operatórios e atenção aos 
atos do cirurgião 
Executar suas tarefas, interferindo o mínimo possível 
nos atos do cirurgião. 
Segundo Auxiliar – Colabora nas manobras de 
afastamento, permitindo maior liberdade ao primeiro 
auxiliar 
Instrumentador – Elemento de maior mobilidade do 
campo cirúrgico, mantendo contato com as circulantes 
da sala, solicitando antecipadamente todo o material 
necessário 
Organizar e cuidar da mesa instrumental 
Participar ativamente do ato cirúrgico e suprir as 
funções do assistente no afastamento de estruturas, 
quando encontra-se ocupado 
Substituir e contar as compressas e gases em campo 
Materiais em disposição sistemática, antecipando ao 
pedido do cirurgião 
Retirar fios e instrumentos deixados inadvertidamente 
sobre o doente 
Encaminhar à enfermeira da sala as peças cirúrgicas 
retiradas no decorrer da intervenção 
 
6 Metas Internacionais de Segurança do Paciente 
1 – Identificação do paciente (pulseira com identificação 
e informações essenciais) 
2 – Comunicação entre os profissionais de saúde 
(registro do que é falado entre a equipe) 
3 – Segurança dos medicamentos (nome, 
concentração, diferenciação dos frascos, 
armazenamento diferenciado) 
4 – Garantir o local correto, procedimento correto e a 
cirurgia no paciente correto (paciente, procedimento, 
lateralidade, posicionamento, equipamentos especiais) 
5 – Reduzir o risco de infecção 
6 – Reduzir o risco de danos ao paciente, resultante 
de quedas (identificação dos pacientes com maior risco 
e adoção de medidas preventivas) 
 
Aula 3 Posição do Paciente 
Relacionado ao passo 4 das Metas Internacionais. 
Posicionamento Cirúrgico Adequado – Dependendo da 
especialidade, é visado com isso o adequado 
procedimento cirúrgico. 
Verificar se não há: 
• Compressão devasos, órgãos ou nervos 
• Contato direto do paciente com partes metálicas da 
mesa (cuidar para não molhar a placa cirúrgica) 
• Hiperextensão de membros (braço ao longo do 
corpo ou elevado em um pouco menos de 90°) 
• Fixação incorreta da mesa e do paciente 
A posição ideal visa: 
• Menor tempo operatório 
• Maior conforto para o paciente 
• Não causa danos, mesmo em cirurgias longas 
• Reduzir riscos de complicações pós-operatórias 
(trombose, edemas, dores relacionadas ao 
posicionamento, úlceras de decúbito) 
Posição Supina – Utilização de travesseiro e coxim 
quando necessário em áreas em contato direto (zonas 
de pressão) com a mesa e acabe lesionando. 
 
Carla Bertelli – 5° Período 
Posição Prona ou Decúbito Ventral – Utilizada em 
algumas cirurgias da coluna vertebral. 
 
Posição de Sims – Decúbito lateral, um braço para trás e 
o superior para frente, colocando uma perna fletida 
sobre a outra (entre as pernas um coxim). Utilizado em 
toratocomias, nefro, regiões toracolombar 
 
Posição de Litotomia – Quase igual a ginecológica – 
Paciente fica com as pernas para cima. Usada em 
algumas cirurgias da região anal, períneo.. 
 
Posição de Trendelemburg – Inclinada para região 
cranial, usada em cirurgias do abdome inferior 
 
Posição de Trendelemburg Reverso – Utilizada em 
cirurgias da Neurologia e também na cavidade 
abdominal quando se quer o reverso (que o conteúdo 
caia para a pelve) 
 
Posição Genopeitoral – Utilizada em cirurgias urológicas, 
próstata, reto e ânus. 
 
 
Essas posições são importantes para evitar úlceras, dor 
operatórias, tromboembolismo, no geral nenhuma outra 
lesão. 
 
Aula 4 Princípios da Anestesia 
Anestesia Geral – Visa deixar o paciente desacordado, 
inconsciente, imóvel e sem sensibilidade dolorosa 
durante o procedimento, é um ‘’coma induzido’’ 
reversível. Administração de fármacos específicos. É 
indicado principalmente quando não é possível 
anestesiar, por outros meios, apenas a área que será 
abordada. 
Tipos de Anestesias Gerais: 
• Inalatória – Gases Anestésicos 
• Endovenoso – Promove um despertar gradual e 
mais tranquilo no pós-operatório 
• Balanceada – Utiliza-se os dois 
Principais Medicações Anestésicas: 
Hipnóticos – Causam inconsciência e amnésia, redução 
da ansiedade, sonolência (ex. benzodiazepínicos, 
midazolam), propofol 
Opioides – Analgesia e bloqueio dos reflexos 
autonômicos (morfina, fentanil) 
Bloqueadores Neuromusculares – Relaxamento 
muscular e imobilidade (necessidade de ventilação 
mecânica); incluem Rocurônio, Atracúrio, Succnilcolina) 
Bloqueios Regionais Associados – Anestésicos locais 
Fármacos de Controle e Suporte – Medicações para 
estabilizar a PA, FC e tratamento de intercorrências 
Inalatórios – Halotano, Isoflurano 
 
Carla Bertelli – 5° Período 
Fases da Anestesia 
Fase Pré-Anestesia – Deixar o paciente mais tranquilo e 
relaxado para o procedimento. Medicações ansiolíticas 
de curta duração para que o paciente obtenha um grau 
de sedação antes de ir para a cirurgia 
Fase de Indução – Uso de anestésicos via endovenosa 
ou inalatória, visando perda da consciência, ‘’coma 
induzido’’ 
Fase de Manutenção – Manutenção do ‘’coma induzido’’, 
de forma controlada, conforme necessidade do 
procedimento, estabilizando possíveis variações 
hemodinâmicas do paciente 
Fase de Recuperação – Interrupção das medicações, 
conforme aproxima-se o final do procedimento, para 
que haja o despertar tranquilo do paciente 
Efeitos Colaterais 
• Náuseas e vômitos 
• Tremores 
• Dor muscular 
• Tonturas 
• Sensação de boca seca 
• Dor na garganta/rouquidão – intubação 
Principais Complicações 
Conjunto de fatores do fármaco + paciente + 
procedimento. Mais comum em pacientes com 
comorbidades associadas (doenças cardiovasculares, 
pulmonares, idade avançada) 
• Aspiração Pulmonar 
• Broncoespasmo ou Laringoespasmo 
• Edema agudo de pulmão 
• Arritmias Cardíacas 
• Alergia a medicação 
• Delirium 
• Consciência intraoperatória acidental 
• Hipertermia maligna 
 
Anestésicos Locais 
Substâncias que quando em contato com as fibras 
nervosas causam a perda da sensibilidade dessas fibras, 
interrompem o desenvolvimento e a progressão do 
impulso nervoso. Bloqueia primeiro as fibras de menor 
calibre. Porém, volta primeiro a sensibilidade das fibras 
de maior calibre 
• Aumento da temperatura e vasodilatação da pele 
• Comprometimento das fibras sensitivas causando 
analgesia 
• Paralisia motora 
• Perda da propriocepção 
Ações Sistêmicas – Quando atinge a circulação 
sistêmicas, espera-se de efeitos colaterais toxicidade 
SNC – Sedação, sonolência, crise convulsiva 
Aparelho Cardiovascular – Deprimem a contratilidade e 
excitabilidade do miocárdio, reduzindo a FC. Podem ser 
usadas como drogas arrítmicas, efeitos vasodilatadores, 
quando não associada a vasoconstritores 
Aparelho Respiratório – Efeito antitussígeno, depressor 
respiratório em altas doses, podendo gerar 
hipóxia/parada 
Útero – Estimula contrações uterinas 
Metabolismo – Aumento da metabolização hepática e 
plasmática 
Principais Anestésicos Locais 
Procaína – Absorção insignificante nas mucosas, não 
deve ser utilizada em anestesias tópicas 
• Dose de Segurança (máxima) – 7-10mg/kg 
• Soluções de 0,5% a 2% 
Tetracaína – Grande penetração em mucosas, utilizada 
em forma tópica, spray e colírio. Potência e toxicidade 
mais elevadas. 
• Dose de 1,4mg/kg 
• Soluções de 0,15% 
• Baixa margem de segurança 
Lidocaína ou Xilocaína – Um dos mais utilizados, baixa 
toxicidade, intensa atividade bloqueadora e ausência de 
irritação tecidual, seu efeito se inicia rápido e termina 
mais rápido também 
• Droga antiarrítmica em doses maiores 
• Concentração de 0,5% a 5% 
• Doses seguras de 5 a 7mg/kg no adulto 
Bupivacaína ou Marcaína – Anestesia de maior duração 
(4-6h), não ultrapassa a barreira placentária, podendo 
ser utilizada em gestantes (anestésicos locais podem 
ser depressor no feto) 
• Concentração de 0,25% a 0,75% 
• Dose Segura de 2 a 3mg/kg 
Carla Bertelli – 5° Período 
Toxicidade 
Reações Alérgicas são raras. Absorção local é 
proporcional a vascularização dos tecidos 
Uso de Vasoconstritor 
• Reduz a absorção sistêmica/diminui a toxicidade 
• Prolonga efeito anestésico local/retarda a absorção 
• Diminui o sangramento local 
• Não pode ser utilizado em cartilagens e 
extremidades (risco de necrose isquêmica) 
Dosagem deve ser reduzida em pacientes em mau 
estado geral ou insuficiência hepática 
Sintomas de Intoxicação 
• Sonolência 
• Sensação de Frio 
• Opressão Torácica 
• Distúrbios auditivos ou visuais 
• Dormência ou formigamento em lábios e língua 
• Agitação psicomotora/tremores de extremidades 
• Gosto metálico na boca 
• Convulsões geralmente iniciam nos músculos da 
face 
• Depressão Respiratória 
• PCR 
Efeitos Colaterais dos Vasoconstritores 
Adrenalina 
• Aumento da PA 
• Palidez 
• Sudorese 
• Ansiedade 
• Mal Estar Geral 
Deve ser utilizado com cautela em pacientes com HAS, 
hipertireoidismo, cardiopatas, portadores de 
feocromocitoma 
Prevenção e Tratamento da Intoxicação 
Monitorizar o paciente sempre que possível 
Selecionar o anestésico e a respectiva dose a ser 
utilizada, cuidando o volume, concentração e a 
presença de vasoconstritor 
Ajustar a dose de acordo com a idade, peso e 
condições físicas do paciente 
Sempre aspirar o êmbolo antes de injetar o anestésico, 
prevenindo a introdução direta na corrente sanguínea 
Insere Agulha – Aspira – Depois injeta removendo a 
agulha para trás 
Suspender o procedimento se o paciente apresentar 
sinais premonitórios de superdosagem ou toxidade 
Sempre ir pedindo e conversando com o paciente 
durante a anestesia 
 
Cálculo para Anestesia 
 
Lidocaína – Dose de segurança máxima: 7mg/kg (com 
vasoconstritor) e 5mg/kg (sem vasoconstritor) 
Como exemplo, será utilizada a lidocaína a 2% SEM 
adrenalina e COM adrenalinacom apresentação de 
frasco-ampola com 20 ml cada. 
*Obs.: Vale lembrar que 1 ml de Lidocaína contém 20mg 
da droga. 
Para Lidocaína a 2% SEM adrenalina: Tomando um 
adulto com 70 kg, tem-se que a dose máxima é de 70 
x 5mg = 350 mg; 
Em uma ampola de 2% de lidocaína, cada 1 ml 
corresponde a 20mg. 
Logo, 350 mg/ 20mg serão 17,5 ml de volume máximo 
a ser aspirado. 
 
Para Lidocaína a 2% COM adrenalina: Considerando um 
indivíduo adulto com 70 kg, tem-se que a dose máxima 
é de 70 x 7mg = 490 mg; 
Carla Bertelli – 5° Período 
Em uma ampola de 2% de lidocaína, cada 1 ml 
corresponde a 20mg. Logo, 490 mg/ 20mg serão 24,5 
ml de volume máximo a ser aspirado. 
 
 
Princípios de Analgesia Pós-Operatória 
Conceito de ‘’Premptive analgesia’’ – O controle da dor 
pós operatório se inicia no pré-operatório, induzindo um 
estado de analgesia antes do trauma cirúrgico 
Podem ser incluídos neste conceito: anestésicos locais, 
bloqueios regionais, opioides, AINEs, agonistas 
alfaadrenérgicos 
Estudos clínicos demonstram redução nas 
concentrações de drogas utilizadas no pós operatório 
em pacientes que receberam analgesia antes do ato 
operatório 
Tratamento da Dor no Pós Operatório 
Opioides – Analgesia significativa, porém grande 
variação individual na intensidade da ação. Morfina, 
Meperidina, Tramadol e Codeína 
Podem causar náuseas e vômitos, estase gástrica, 
constipação, retenção urinária, depressão do reflexo da 
tosse e depressão respiratória 
Sensação de euforia e sensação de bem-estar, risco de 
dependência 
Cloridrato de Nalbufina (Naubain) – Analgésico de 
média intensidade, início de ação rápido, menor risco de 
depressão respiratória, efeitos colaterais incluem 
sedação, sudorese e cefaleia, meia vida curta 
AINEs – Cetoprofeno IV ou IM, analgésico de menor 
intensidade, o mais indicado no pós operatório, alteração 
da função renal em pacientes predispostos (pode levar 
a IR), aumento das enzimas hepáticas e sensibilidade 
gástrica. 
 
 
 
 
 
Aula 5 Mesa Cirúrgica 
 
 
Diérese 
Primeiro quadrante. Manobra cirúrgica destinada a criar 
uma via de acesso através dos tecidos 
Pode ser feita através de: 
• Incisão – Instrumento de corte, secciona os tecidos 
 
• Secção – Ato de cortar com tesoura, serra, lâmina 
(divide em duas metades) 
• Divulsão – Separação dos tecidos com pinça, 
tesoura (entra e abre) 
 
Carla Bertelli – 5° Período 
• Dilatação – Aumentar o diâmetro de canais e 
ofícios 
• Serração – Realizada por meio de serra 
 
 
Técnicas de Diérese Vias de Acesso 
A via de acesso (preparação do campo operatório) é 
indispensável para o bom procedimento cirúrgico 
Requisitos: 
• Extensão suficiente para boa visibilidade do cirurgião 
– incisão correta reduz os riscos de acidentes 
operatórios, como lesões de órgãos e hemorragias 
• Nunca fazer lesões extensas sem necessidades 
• Incisão com bordas nítidas e paralelas, favorecendo 
a cicatrização estética 
• Atravessar os tecidos respeitando a anatomia 
regional, incisando um plano de cada vez 
• Não comprometer grandes vasos e nervos da 
região abordada 
• Acompanhar as linhas de força da pele, sempre 
que possível 
Instrumentos Auxiliares 
• Pinça de Dissecção 
• Pinças de tração ou preensão 
• Afastadores – dinâmicos ou estáticos 
• Agulha de Veres (laparoscopia) 
• Trocaters 
• Pinças de Campo 
*essas referências estão conforme o Goffi, porém é 
importante salientar que as pinças de tração/preensão 
e os afastadores estão indicados atualmente no 
quadrante de materiais especiais* 
 
 
 
Hemostasia e Preensão 
Ato que tem por objetivo impedir ou coibir a 
hemorragia; Evita a perda excessiva de sangue, propicia 
melhores condições técnicas e melhor rendimento do 
trabalho 
Hemostasia Temporária: 
• Pinçamento 
• Garroteamento/Faixa de Esmarch 
• Ação Farmacológica (vasoconstrição) 
• Circulação Extracorpórea 
Hemostasia Definitiva 
• Ligadura 
• Cauterização 
• Obturação 
Carla Bertelli – 5° Período 
• Ligadura – Amarração com fios cirúrgicos. Pode 
ser preventiva ou corretiva 
• Cauterização – Uso de eletrocaltério 
• Fotocoagulação 
• Laser de argônio – usado em hemorragias de 
microvasos, cirurgias oculares 
• Suturas com finalidade hemostática 
• Grampeamento 
• Obturação – Aplicação de ceras em sangramentos 
ósseos, obturando-se o espaço sangrante 
 
 
Síntese 
Aproximação das bordas dos tecidos seccionados ou 
ressecados, visando a manutenção da contiguidade, 
facilitando as fases iniciais da cicatrização, a fim de que a 
continuidade tecidual possa ser reestabelecida. 
Materiais Utilizados: 
• Pinças, Porta-Agulhas 
• Agulhas (retas ou curvas, cilíndricas ou triangular) 
• Grampos 
• Fios Cirúrgicos (absorvíveis ou inabsorvíveis, 
biológicos ou sintéticos, miofilamentar ou 
polifilamentar) 
 
Materiais Especiais 
• Aspirador 
• Grampeador Intestinal 
• Clamp Vascular 
• Afastadores 
 
Aula 6 Fios e Suturas 
Classificado de acordo com as suas propriedades 
clínicas: 
• Absorvíveis ou Inabsorvíveis 
• Naturais ou Sintéticos 
• Monofilamentares 
• Multifilamentares 
O diâmetro é especificado em números de 10.0 (mais 
fino) O mais grosso é o fio número 2. 
 
Fios Absorvíveis 
Categute – Feito com intestino de carneiro ou gado. É 
monofilamentar, pode ser simples ou cromado. 
• Cromado – Maior resistência, absorção mais lenta 
>90 dias 
• Simples – Tempo de absorção de 70 dias 
É o primeiro fio absorvível existente. 
Força Tênsil – Quanto tempo a força de tração de 
mantém. Este tipo de fio de uma força tênsil curta. 
• Simples – 4 a 10 dias 
• Cromado – 10 a 14 dias 
Polidioxanona-DS – Absorvível e monofilamentar (lisos, 
mais fáceis de deslizar), faz uma menor reação tecidual. 
Suporte prolongado a suturas que exigem maior tempo 
de cicatrização. 
Força Tênsil mantida por 40 a 60 dias 
• Muito utilizado em vias biliares 
• Mais caro 
Monocryl – Monofilamentar, baixa reação tecidual. 
Força tênsil de 20 a 28 dias. 
• Tempo de absorção – 90 a 120 dias 
• Utilizado em suturas intradérmicas 
• Cirurgias Plásticas 
• Pode ser azul ou transparente 
Ácido Poliglicólico-Dexon – Absorvível, multifilamentar, 
trançado 
• Força tênsil de 14 a 21 dias 
• Absorção de 120 dias 
• Não escorregadio 
Carla Bertelli – 5° Período 
• Não altera a absorção em contato com 
secreções digestivas 
Poliglactina-Vicryl – É multifilamentar (não escorrega 
tanto). Manuseio fácil e de grane maleabilidade 
• Absorção de 60 a 90 dias 
• Boa fixação do nó 
• Força tênsil de 20 a 30 dias 
• Utilizado em suturas viscerais e aponeuróticas 
 
Fios Inabsorvíveis 
Nylon – Fio sintético e mono ou multifilamentar. 
Superfície lisa, ótimo deslizamento nos tecidos. Tem 
memória, necessitando vários nós para fixação 
adequada 
• Força tênsil por até 6 meses 
• Suturas de pele e aponeurose 
Dois fios com mais memória – Nylon e Prolene 
Polipropinelo-Prolene – Memória extremamente 
acentuada, necessário até 7 seminós para ele fixas com 
resistência. Sintético, monofilamentar. 
• Liso, bom deslizamento nos tecidos 
• Resistência tênsil não se altera ao longo do 
tempo 
• Muito utilizado em aponeurose e suturas 
vasculares 
Seda e Algodão – Fios naturais, normalmente o nó é 
feito com a mão. Mais antigos, baratos e de baixo custo. 
• Perda lenta da resistência tênsil 
• Maior reação tecidual 
• Muito utilizado na ligadura de vasos 
• Fixa bem o nó, boa maleabilidade 
Poliéster – Sintético e multifilamentar. É de fácil 
manuseio. Menor reação tecidual 
• Resistência tênsil prolongada, comparada com a 
seca e algodão 
• Utilizado em anastomoses vasculares, cirurgias 
oftalmológicas 
• Pode ser revestido e polubutilato 
Aço – Material menos inerte que os fios de sutura 
sintéticos. São rígidos. Podem causar desconforto aos 
movimentos e traumatismo do tecido 
• Dificil manuseio e pouca flexibilidade 
• Mais utilizado em esternorrafias e cirurgiasortopédicas 
 
Agulhas 
Cilíndricas – Permitem penetrações nos tecidos sem 
lesão circunjacente, utilizadas em tecidos mais frágeis, 
como órgãos e vísceras 
Triangulares – São as Cortantes, utilizadas em tecidos 
que promovem maios resistência, como a pele. Mais 
traumáticas 
 
Suturas 
Objetivo: Aproximação dos tecidos. 
Deve haver coaptação das extremidades, com 
aproximação correta entre os planos, sem tração. 
É necessário manter a vascularizaão das bordas, 
embora com hemostasia. 
Ausência de corpos estranhos juntos a linha de sutura, 
bem como de tecidos contaminados, coleções 
Fio utilizado para síntese cutânea geralmente é 
inabsorvível ou absorvível, monofilamentar 
Retirada dos fios depende do local suturado 
• Face e região Cervical – 5 a 7 dias 
• Pele e restante do Corpo – 7 a 21 dias 
 
Tipos de Pontos 
Ponto Simples 
Donati – Longe-longe, perto-perto. Sustenta uma maior 
tração do tecido. Possibilidade de melhor hemostasia 
desse tecido. Maior força de tração. Distância de 5mm 
do bordo. 
Ponto em U – Permite compensar, durante a sutura, 
bordos de tamanhos diferentes. Entra-entra, sai-sai. 
Aproximar o subcutâneo, usando para fixar drenos, por 
exemplo. 
Sutura Intradérmica – Pontos restritos a derme, 
podem ser feitos de maneira separada ou contínua. É 
melhor esteticamente 
Carla Bertelli – 5° Período 
Chuleio Simples e Chuleio Ancorado – Anastomoses de 
vísceras, aponeurose e musculatura 
 
Nós Cirúrgicos 
Características do Nó Ideal: 
• Fácil e de Rápida execução 
• Firme, não frouxa 
• Menor volume possível – Cuidado com os fios de 
grande memória e de grande calibre 
• Ausência de tensão excessiva – Não pode-se 
tensionar a estrutura que está sendo amarrada 
• Evitar perda de tensão da laçada após o primeiro 
seminó – até dar o segundo seminó deve-se 
manter a tensão para não afrouxar 
• ‘’seminós’’ desnecessários apenas adicionam volume 
ao nó, sem acrescentar maior benefício 
Nó Simples e Nó de Pouchet 
Normalmente se da 3 seminós 
 
Parte dos Nós 
Primeiro Seminó – Lançada de Contensão (lado direito) 
Segundo Seminó – Fixação (lado esquerdo) 
Terceiro Seminó – Segurança 
 
Aula 7 Ferimento e Cicatrização 
Lesões de Partes Moles 
Consiste em uma solução de continuidade nos tecidos, 
com ou sem perda de substância. 
Ferimentos Superficiais – Atinge pele, tecido 
subcutâneo e/ou músculos e aponeurose 
Ferimentos Profundos – Atingem a musculatura 
profunda, vasos, nervos, tendões, estruturas ósseas e 
outras estruturas nobres 
Podem ser classificados como feridas incisas, 
perfurantes, puntiformes, consutsos ou abrasivos 
 
Feridas Incisas – Feita por objetos cortantes (faca, 
bisturi, lâmina). Energia absorvida pelos tecidos é 
pequena, consequentemente, a desvitalização e 
sofrimento tissular é pouco significativa (secção sem 
lesão das partes que estão sendo separadas). 
Geralmente possuem bordos regulares e lineares 
(fáceis de fechar). A cicatrização costuma ocorrer sem 
maiores complicações. Não tem um grande grau de 
contaminação, é uma incisão ‘’limpa’’ 
Feridas Perfurantes ou Perfurocortantes – Produzidas 
por instrumentos pontiagudos (punhal, faca, espada). 
Com frequência lesam estruturas profundas e possuem 
alto potencial de contaminação. 
Lesão de estruturas profundas, não é possível calcular 
o grau de contaminação (por mais que se lave o local 
não vai ficar limpo) – alto potencial de contaminação 
Feridas Punctiformes – Produzidas por instrumentos 
pontiagudos e finos (estiletes, pregos, lápis). Devem 
sempre ser consideradas como ferimentos 
contaminados. 
Feridas Contusas – Mistura todos os tipos de lesões. 
Produzida por grau variados de uma ação contundente, 
podendo gerar esmagamento, compressões, contusões, 
ferimentos corto-contusos, lacerações. Não tem bordos, 
tem tecidos desvitalizados, isquêmicos, pode estar todo 
dilacerado 
Bordos normalmente irregulares, podendo conter 
corpos estranhos e graus variados de contaminação 
 
Tratamento de Feridas Traumáticas 
Toda ferida traumática, por definição, possui algum grau 
de contaminação. 
Informar-se sobre o mecanismo do trauma e condições 
ambientais do local, bem como histórico de imunização 
para tétano, doenças associadas, alergias ou sensibilidade 
a medicações. 
O objetivo do tratamento cirúrgico é reestabelecer a 
integridade anatômica, funcional e estética dos tecidos 
lesionados 
Atentar para comorbidades sistêmicas: idade avançada, 
DM, terapias com esteroides, deficiências imunológicas, 
desnutrição, doenças malignas, que podem interferir 
nos índices de infecção e complicações dos ferimentos 
O fechamento primário é habitualmente indicado 
realizado em feridas limpas recentes 
Carla Bertelli – 5° Período 
Não deve ser realizado habitualmente a sutura nas 
seguintes condições: 
• Tempo decorrido do ferimento maior que 6h 
• Tecidos que apresentam suprimento sanguíneo 
inadequado 
• Perda de substância considerável 
• Feridas muito contaminadas 
• Feridas Produzidas por mordeduras humanas, de 
gatos, cães, com laceração 
No entanto, ferimentos desta natureza podem ser 
tratados por fechamento primário ou de forma aberta 
 
Características para uma sutura boa tecnicamente e 
com redução do potencial infeccioso 
• Hemostasia meticulosa 
• Uso criterioso do cautério 
• Remoção de tecidos isquêmicos ou desvitalizados 
• Remoção de corpos estranhos 
• Debridamento cirúrgico, quando necessário 
• Uso de fios finos, preferencialmente monofilamentar 
• Evitar traumas por pinçamento desnecessário 
• Obliteração de espaço morto 
• Área de sutura sem tensão na ferida 
• Suprimento sanguíneo afetado/sutura não 
isquemiante 
• Irrigação da ferida para remoção de detritos e 
bactérias 
 
Profilaxia com Antibióticos 
Não se utiliza sempre. 
• Feridas penetrantes em espaço articular ou 
associadas a fraturas 
• Feridas grosseiramente contaminadas ou extensas 
• Quando o debridamento não é satisfatório ou feito 
em momento tardio 
• Corpos estranhos retidos, tratamento inicial tardio 
• Membros com insuficiência vascular ou edema 
linfático 
• Ferimentos associados a fatores locais ou 
sistêmicos que comprometem a resistência do 
paciente 
• Portadores de próteses (cardíacas, ortopédicas) 
• Via de administração preferencialmente 
endovenosa e precoce, devendo atingir nível 
terapêutico no tecido, já no momento da sutura 
 
Profilaxia Antitetânica 
Indicada em ferimentos contaminados, naqueles com 
presença de corpos estranhos e tecidos necróticos, 
ferimentos puntiformes, lacerações e abrasões 
Pacientes não vacinados devem receber gamaglobulina 
humana 250mg (vantagem sobre o soro antitetânico, 
devido a ausência de reações anafiláticas) 
Paciente vacinados há mais de 5 anos, devem receber 
nova dose da vacina antitetânica 
 
Cicatrização 
Pode ser dar por primeira, segunda ou terceira 
intenção 
Feridas sem perdas teciduais e bordos aproximados, 
cicatrizam por primeira intenção, sem tecido de 
granulação visível e com resultado estético favorável 
Segunda Intenção – Ocorre em grandes perdas 
teciduais ou externos debridamentos, feridas já 
infectadas ou com bordos afastados, em que a 
cicatrização ocorre através de tecido de granulação de 
remodelação tecidual 
• Cicatrização por segunda intenção – de ‘’dentro 
para fora’’ – se não cicatrizar, considerar um 
enxerto 
Terceira Intenção ou Primeira Intenção Retardada – Se 
dá quando uma ferida contaminada é deixada aberta 
para granular de 3 a 7 dias, após, na ausência de 
processo infeccioso, faz-se a aproximação dos bordos 
da ferida, que passará a cicatrizar por primeira intensão 
 
Fases da Cicatrização 
Fase Inflamatória – Dura aproximadamente 4 
dias. Leucócitos polimorfonucleares começam a invadir 
a ferida e aderir na superfície endotelial dos vasos. Em 
poucas horas após o trauma, a ferida está repleta de 
células inflamatórias, leucócitos, eritrócitos , proteínasplasmáticas e fibrina; 
Carla Bertelli – 5° Período 
Inicia a liberação de granulações e fatores de 
crescimento; 
A liberação de fatores de crescimento estimula o afluxo 
de neutrófilos e macrófagos para o local da lesão e 
estimulam a fibroplasia, a angiogênese e a divisão de 
células epiteliais; 
A angiogênese torna-se proeminente dois dias após o 
trauma, quando brotos capilares começam a surgir de 
vasos preexistentes e crescem em direção a área 
traumatizada; 
 
Fase de Epitalização – Inicia-se nas primeiras 12 
horas após o trauma, exceto em queimaduras, quando 
é mais tardia. Proliferação de células epiteliais ao longo 
dos bordos das feridas; 
As células epiteliais também são estimuladas por fatores 
de crescimento que atuam sobre os fibroblastos e 
provocam hiperplasia epitelial. 
 
Fase Proliferativa – Inicia-se 48hs após o trauma 
e dura 14 a 21 dias; 
Caracteriza-se pela proliferação de fibroblastos, síntese 
de colágeno, granulação e finalmente, contração da 
ferida; 
A síntese e deposição de colágeno ocorrem 
paralelamente à neoformação vascular, conferindo 
resistência aos vasos neoformados; 
AO mesmo tempo que é formado, o colágeno é 
também destruído e removido por enzimas 
proteolíticas que degradam a matriz proteica. Se a 
síntese de colágeno não ocorrer de forma adequada, a 
proteólise ocorrerá, digerirá o tecido recém formado e 
poderá ocorrer deiscência da ferida. 
 
Fase de Contração – O tecido cicatricial, já 
epitelizado se encurta; 
Geralmente é um efeito desejável, já que em áreas 
em que há excesso de pele, melhora o efeito estético; 
Em locais como face ou dorso das mãos, se for 
exacerbada pode gerar retração; 
A colchicina retarda a fase de contração 
 
Fase de Maturação – Inicia-se 3 semanas após o 
trauma e dura por até dois anos; 
Produção de colágeno mais maduro e organizado do 
que aquele formado na forma proliferativa; 
Confere maior resistência à ferida; 
A ferida totalmente cicatrizada apresenta , 
aproximadamente, 80% da resistência da pele íntegra 
normal de antes do traumatismo. 
 
Fatores que Alteram a Cicatrização de 
Feridas 
• Corpos estranhos, tecidos desvitalizados, infecção; 
• Aporte de oxigênio inadequado aos tecidos; 
• Doenças cardíacas, pulmonares, insuficiências 
vasculares que impedem a oxigenação adequada; 
• Desnutrição, anemia, deficiências Vitamínicas; 
• Diabetes; 
• Uso crônico de esteróides ou drogas 
imunossupressoras, que inibem a fase inflamatória; 
• Exposição solar inadequada

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