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PERDA DE CARGA CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINASSAU GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL HIDRÁULICA APLICADA 01 Assuntos abordados hoje I. DEFINIÇÃO DE PERDA DE CARGA II. TIPOS DE PERDA DE CARGA III. EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA CÁLCULO DE PERDA DE CARGA IV. EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 02 PROF MENG.LUIZ FELIPE PEREIRA DEFINIÇÃO 03 INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO A princípio acreditava-se que a perda de energia ao escoamento era resultado do atrito da massa fluida com as paredes da tubulação. Todavia, essa conceituação é errônea, pois independente do tipo de escoamento, existe uma camada de velocidade igual a zero junto às paredes (camada limite). Isto significa que a massa fluida em escoamento não atrita com as paredes do conduto. Portanto, no regime laminar, a perda de carga deve-se unicamente à resistência oferecida pela camada mais lenta àquela mais rápida que lhe é adjacente, ou seja, a energia hidráulica é transformada em trabalho na anulação da resistência oferecida pelo fluido em escoamento em função da sua viscosidade. A resistência é função das tensões tangenciais que promovem a transferência da quantidade de movimento. No regime turbulento, além do fenômeno descrito acima, existe ainda perda de energia nos choques moleculares oriundos do movimento desordenado das partículas. 04 PROF MENG.LUIZ FELIPE PEREIRA INTRODUÇÃO A perda de carga está diretamente relacionada com a turbulência que ocorre no conduto. Com esta ponderação, é possível imaginar que, em uma tubulação retilínea, a perda de carga seja menor se comparada com uma tubulação semelhante, mas com uma série de peças especiais, tais como curvas, cotovelos, etc. As peças especiais provocam perdas localizadas pela maior turbulência na região da peça, pois alteram o paralelismo das linhas de corrente. Para efeito didático vamos separar as perdas localizadas da perda de carga ao longo de uma canalização retilínea, ou perda de carga contínua. 05 PROF MENG.LUIZ FELIPE PEREIRA TIPOS DE PERDA DE CARGA PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA OU CONTÍNUA 06 07 Desde o século XVIII, os hidráulicos vêm estudando o comportamento dos fluidos emescoamento. Darcy, hidráulico suíço, e outros concluíram, naquela época, que a perda de carga ao longo das canalizações era: • Diretamente proporcional ao comprimento do conduto; • Proporcional a uma potência da velocidade; • Inversamente proporcional a uma potência do diâmetro; • Função da natureza das paredes, no caso de regime turbulento; • Independente da pressão sob a qual o líquido escoa e, • Independente da posição da tubulação e do sentido de escoamento. 08 Fórmula Universal ou Darcy- Weisbach Dentre as expressões usadas para a determinação da perda de carga que ocorre no escoamento de fluidos ao longo de tubulações de seções circulares destaca-se a chamada fórmula Universal também conhecida como fórmula de Darcy-Weisbach que é expressa por: 09 O coeficiente atrito f, depende do material e do estado de conservação das paredes da tubulação e é determinado pelo diagrama de Moody. 10 Na hipótese de escoamento laminar o coeficiente de atrito independente da rugosidade relativa (e/D) e é unicamente função do número de Reynolds, mas para os demais escoamento é necessário utilizar a rugosidade relativa. No regime turbulento de transição, o valor de f é dependente do número de Reynolds e da rugosidade relativa. No regime turbulento pleno, o número de Reynolds não tem influência, mas apenas a rugosidade relativa. A rugosidade relativa é a relação entre a rugosidade do material e seu diâmetro. A Tabela 1 fornece a rugosidade dos materiais mais comumente utilizados. Valores da rugosidade média (e) 11 Entre as fórmulas empíricas para o cálculo de perda de carga em condutos forçados a de Hazen-Willians tem sido largamente empregada, com sucesso, a qualquer tipo de conduto e de material. Pode ser empregada também no dimensionamento de condutos livres. Fórmulas de Hazen- Willians 12 Valor do coeficiente C. 13 Perda de carga unitária é a perda de carga que ocorre em um metro linear de canalização. A perda de carga ao longo de toda a extensão da canalização é representada pela letra J (m/m) e é dada por: Manipulando a fórmula de Hazen-Willians podemos expressa-la em diversas maneiras considerando a perda de carga unitária na sua formulação. 14 Podemos enumerar as seguintes vantagens para justificar a escolha da órmula de Hazen-Willians. 1. Os resultados obtidos com essa fórmula são plenamente satisfatórios para diâmetros compreendidos de 50 a 3500 mm; 2. A fórmula leva em conta a natureza das perdas de carga e seu emprego difundido permitiu a determinação de coeficiente C para diversos materiais em diferentes idades, o que torna possível considerar o cálculo de “envelhecimento” da tubulação e, 3. Em face da precisão exigida nos cálculos comuns de encanamentos, a fórmula pode ser empregada em praticamente todos os tipos de escoamento exceto no escoamento laminar, que não deve ser aplicada. 15 Fórmulas de Flamant A fórmula de Flamant originalmente foi testada para tubos de parede lisa, posteriormente mostrou-se ajustar-se bem aos tubos de plásticos de pequenos diâmetros, como os empregados em instalações hidráulicas prediais de água fria. Exemplos 16 Fórmulas de Fair-Whipple-Hsiao As fórmulas apresentadas a seguir são recomendadas pela norma brasileira para projetos de instalações hidráulicas prediais, nos seguintes casos: • Água fria • Água quente TIPOS DE PERDA DE CARGA 17 PERDA DE CARGA ACIDENTAL OU LOCALIZADA 18 Perda de Carga Acidental ou Localizada As perdas de carga acidental, também conhecida como localizada, singulares ou secundárias ocorrem sempre que haja mudança no módulo e, ou na direção da velocidade. A mudança no diâmetro, ou na seção do escoamento, implica uma mudança na grandeza da velocidade. Estas perdas ocorrem sempre na presença das chamadas peças especiais, ou seja, curvas, válvulas, registros, bocais, ampliações, reduções etc. As perdas de carga são resultantes da turbulência introduzida no escoamento pela variação das características geométricas da canalização e que provocam perdas de energia em pontos bem definidos. Nestes pontos a linha piezométrica sofre um rebaixamento que podem ser considerados verticais. Se a velocidade for menor que 1,0 m/s, e o número de peças forem pequenos, as perdas acidentais podem ser desprezadas. Também podem ser desprezadas quando o comprimento for maior ou igual a 4000 vezes o seu diâmetro. No caso de trabalhos de pesquisa, elas devem ser sempre consideradas. Em um projeto real as perdas de carga localizada devem ser somadas à perdas de carga distribuída (contínua). Considerar ou não as perdas localizadas é uma atitude que o projetista irá tomar, em face das condições locais e da experiência do mesmo. 19 Método do Ks – Teorema de Borda Experiências mostram que as perdas de carga localizada podem ser calculadas pela expressão geral: 20 Método do Ks – Teorema de BordaO valor de K depende do regime de escoamento. Para Borda (1733-1799) o escoamento plenamente turbulento, número de Reynolds maior que 50.000, o valor de k para as peças especiais é praticamente constante. Na Tabela 2 são apresentadas as peças mais utilizadas na prática bem como os valores de k encontrados experimentalmente. Valores aproximados de k. 21 Método dos Comprimentos EquivalentesConsiste em substituir as peças, para simples efeito de cálculo, por comprimentos retos de tubulações que com a mesma vazão e diâmetros das peças provocam a mesma perda de carga. Esses comprimentos retos de tubulações são denominados comprimentos equivalentes. Vejamos o comprimento equivalente para cada peça. A perda de localizada pode ser calculada pela expressão de Borda e a perda de carga distribuída no comprimento equivalente pela equação de Darcy-Weisbach. Igualando as duas expressões, já que e cancelando a taquicarga temos: 22 Método dos Comprimentos EquivalentesDenomina-se comprimento virtual de uma canalização com pontos singulares, um comprimentomaior de canalização sem acidentes do mesmo diâmetro e transportando mesma vazão está sujeita a mesma perda de carga. Portanto, o comprimento virtual é a soma dos comprimentos equivalente s com o comprimento real. 23 Os comprimentos equivalentes são tabelados para cada peça em função do diâmetro conforme mostrado na Tabela 4 EXERCÍCIOS 24 PRONTOS? 25 (FUNDATEC/2018) As perdas de cargas localizadas em tubulações sob escoamento decorremespecificamente de mudanças pontuais das características geométricas da tubulação. Analise as assertivas abaixo sobre essas perdas: I. O alargamento brusco da seção não causa perda de carga localizada, diferentemente da redução brusca. II. Quanto maior o raio de uma curva, menor será a perda de carga localizada. III. Em altas velocidades de escoamento, as perdas de carga localizadas podem ser mais significativas do que as perdas ao longo das linhas. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 26 (FUNDATEC/2018) As perdas de cargas localizadas em tubulações sob escoamento decorremespecificamente de mudanças pontuais das características geométricas da tubulação. Analise as assertivas abaixo sobre essas perdas: I. O alargamento brusco da seção não causa perda de carga localizada, diferentemente da redução brusca. II. Quanto maior o raio de uma curva, menor será a perda de carga localizada. III. Em altas velocidades de escoamento, as perdas de carga localizadas podem ser mais significativas do que as perdas ao longo das linhas. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 27 (CETRO/2015) A perda de carga é a energia dissipada em forma de calor devido aoatrito e à viscosidade em uma canalização. Sobre estas perdas, marque V para verdadeiro ou F para falso e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. ( ) A perda de carga localizada ou distribuída é aquela que ocorre em pontos localizados na tubulação, como curvas, registros, reduções, ampliações e derivações. ( ) A perda contínua é aquela que ocorre ao longo da canalização. ( ) As perdas localizadas não podem ser desprezadas nas tubulações longas cujo comprimento exceda cerca de 4000 vezes o diâmetro da tubulação. a) F/ V/ F b) V/ F/ V c) F/ V/ V d) F/ F/ V e) V/ F/ F 28 (CETRO/2015) A perda de carga é a energia dissipada em forma de calor devido aoatrito e à viscosidade em uma canalização. Sobre estas perdas, marque V para verdadeiro ou F para falso e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. ( ) A perda de carga localizada ou distribuída é aquela que ocorre em pontos localizados na tubulação, como curvas, registros, reduções, ampliações e derivações. ( ) A perda contínua é aquela que ocorre ao longo da canalização. ( ) As perdas localizadas não podem ser desprezadas nas tubulações longas cujo comprimento exceda cerca de 4000 vezes o diâmetro da tubulação. a) F/ V/ F b) V/ F/ V c) F/ V/ V d) F/ F/ V e) V/ F/ F LETRAS & ARTES? 29
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