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Destruição de invasores intracelulares A destruição de invasores intracelulares depende de outros fatores que não apenas dos anticorpos devido a incapacidade deles em identificar moléculas estranhas dentro da célula. Antígenos endógenos: Patógenos intracelulares produzem suas proteínas usadas para seu metabolismo, parte delas é exposta pela célula parasitada ligando-os em seu MHC o que os torna “visíveis” para os linfócitos T. Após se ligar às moléculas do patógeno o linfócito T é ativado passando a ser um linfócito T helper efetor que produz citocinas ou um T citotóxico efetor que induz apoptose da célula parasitada, interrompendo o ciclo do patógeno. Cooperação celular: A resposta mediada pelo linfócito T é uma resposta imune adquirida celular e necessita de outras células para que seja efetiva, como células apresentadoras de antígenos, linfócitos Th para ativação de outras células, etc. Resposta dos linfócitos T citotóxicos: A ligação MHC I + TCRs dos linfócitos TCD8 (citotóxicos) + antígeno + correceptores libera um sinal que induz a liberação de granzimas, perforinas e granulisinas induzindo a apoptose da célula infectada = Golpe letal que é uma via intrínseca. Essa destruição celular ocorre pela liberação de grânulos de perforinas que formam canais semelhantes aos do MAC permitindo a passagem de granzimas que entram por esses canais e desencadeiam a apoptose por meio da ação de DNAses que destroem as proteínas histonas e fragmentam o DNA celular, causando a morte celular apenas da célula infectada. A granulisina degrada lipídeos impedindo que o patógeno liberado com a morte celular permaneça estável. A destruição do patógeno pode também ser feita pela Via do receptor de morte, via extrínseca que ocorre pela ligação MHC I + TCR + antígeno libera um sinal que induz a produção de de Fas-L ou CD95-L que se liga ao Fas ou CD95, presente em todas as células, induzindo a apoptose da célula infectada e outras saudáveis. Mecanismos de destruição de células infectantes: 1. A liberação de granzimas e perforinas é dependente do MHC, sendo dependente da sinapse imunológica gerada pelo ligação MHC + TCR + antígeno. 2. Macrófago libera enzimas citolíticas e NO, não sendo dependente de ligação com o MHC e não restrito a célula infectada. 3. Citotoxicidade dependente de anticorpos (ADCC) é importante contra vírus intracelulares cujas proteínas são expostas na superfície celular permitindo sua ligação com anticorpos, essa ligação atrai outras células do SI que produzem substâncias tóxicas matando as células infectadas. 4. Células NK matam também utilizando granzimas e perforinas porém sem depender da ligação com o MHC mas sim da ausência do MHC nas células, o que ocorre frequentemente em células parasitadas por vírus e células tumorais. Ativação de macrófagos: Dentre as citocinas produzidas quando há o reconhecimento de patógenos está o Interferon gama, produzida pelo linfócito Th1, que faz a ativação de macrófagos. Essa citocina é necessária para ativação do macrófago, assim sua ativação depende de cooperação celular = linfócitos T produzem citocinas para que o macrófago possa funcionar, sem o interferon gama, mesmo que ele mesmo esteja sendo infectado, não há sua ativação, como o que ocorre pela infecção por micobactérias, macrófagos que não são ativados morrem, porém com a cooperação celular há produção da citocina que o ativa destruindo as bactérias. Regulação da imunidade adquirida Tolerância dos linfócitos T: Ocorre quando o sistema imune não responde à um antígeno específico, é o que ocorre na TOLERÂNCIA CENTRAL = maturação dos linfócitos quando são selecionados positiva e negativamente durante a gestação; Pode ser causada por AUTOTOLERÂNCIA = gestação gemelar em bovinos que torna um gêmeo imunologicamente tolerante ao outro, que ocorre devido à fusão das placentas e mistura do sangue dos irmãos o que faz com que seus sistemas imunes reconheçam um ao outro como próprios. Outra forma de tolerância é a ANERGIA CLONAL = quando linfócitos autorreativos que não sofrem apoptose nas seleções e saem do timo, ao se ligarem à patógenos não produzem uma reação imune. Também pode ser induzida por CONTATO COM DOSES MUITO BAIXAS OU MUITO ALTAS de patógenos. Tolerância dos linfócitos B: Também por TOLERÂNCIA CENTRAL nas seleções positiva e negativa. Por ANERGIA, quando há ausência de coestimulação por células apresentadoras de antígenos ou pelos linfócitos T helper. Por EXAUSTÃO CLONAL quando não há formação de células de memória. Ou por BLOQUEIO DOS BCRs. Regulação: Deve garantir a saúde do animal, em equilíbrio entre a imunossupressão e a hipersensibilidade. A resposta imune que será gerada depende do tempo de exposição à substância estranha, é diretamente proporcional. Assim, o tempo em que o patógeno permanece no organismo é proporcional a estimulação antigênica causada = vacinas por exemplo, devem perdurar no organismo para que haja uma estimulação antigênica o suficiente para garantir a imunização. Depende também do local de infecção, quando em sítios imunologicamente privilegiados não há uma devida resposta. Outro fator é a concentração do antígeno, que como visto antes, pode causar tolerância. Regulada por anticorpos: É feita por feedback negativo, garantindo uma concentração aceitável de anticorpos circulantes. Assim, altas concentrações de Ac fazem o feedback diminuindo sua produção. Regulada por receptores inibidores: São receptores específicos que, quando em grandes quantidades, os Ac se ligam induzindo a diminuição de sua produção. Regulada por células: Linfócitos T reguladores, que regulam por contato célula-célula e produção de citocinas como CD4, CD5, isoleucina 10 que diminuem a capacidade de ligação dos MHC II dos macrófagos e células dendríticas, fator transformador de crescimento beta (TFC-β) que inibe a proliferação de linfócitos e induz apoptose de LB e LT. Por macrófagos reguladores. Células dendríticas tolerogênicas e células supressoras naturais.
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