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Resumo 2 - Aula 3, Imunidade Adaptativa ou Adquirida - SANARFLIX

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Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
1 
 
AULA 3 – Imunidade Adquirida ou Adaptativa / Resumo 2 
 
→ INTRODUÇÃO 
 
- A imunidade adaptativa ou adquirida é a resposta imune gerada através da ativação pelo contato com 
antígenos. Esse sistema difere da imunidade inata pelos tipos de células, especificidade, tempo de ativação 
e nos mecanismos efetores. Além disso, essa resposta é capaz de gerar memória imunológica. Entretanto, a 
imunidade inata é essencial para ativar a imunidade adquirida. 
 
→ CLASSIFICAÇÕES DA IMUNIDADE ADQUIRIDA 
 
.: PASSIVA 
- Consiste na transferência de anticorpos específicos de um indivíduo imunizado para outro não imunizado. 
Esse processo pode ser natural, como no aleitamento materno, ou artificial, como no soro antiofídico para 
veneno de cobras. 
 
.: ATIVA 
- Consiste na ativação da imunidade adquirida pela exposição ao antígeno. Pode ser natural, quando 
desenvolvido pela doença, ou então, por meio da ativação por vacinas, que é a injeção de um invasor 
atenuado, morto ou fragmentado. 
 
.: HUMORAL 
- É a resposta mediada por moléculas sanguíneas e secreções da mucosa, que são os anticorpos. Corresponde 
a principal resposta contra invasores extracelulares. Nesse processo, as células B apresentam antígenos aos 
linfócitos auxiliares CD4, sendo ativadas por esses linfócitos. 
 
.: CELULAR 
- É a resposta mediada por linfócitos T, que é ativada contra invasores intracelulares, como vírus e bactérias 
intracelulares. Nesse processo, os macrófagos apresentam antígenos aos linfócitos T auxiliares CD4, os quais 
ativam os macrófagos para fazer a destruição do microrganismo fagocitado. 
 
→ LINFÓCITOS 
 
- Os linfócitos são produzidos na medula óssea a partir de uma célula mieloide tronco, que é pluripotente. No 
feto, esse processo ocorre no fígado fetal. 
- No córtex medular, essas células – CD4, CD8, CD9, não expressam nenhum marcador celular, sendo chamadas 
de duplo negativo. 
-A especificidade dos linfócitos é determinada por fatores de transcrição, como Notch 1 GATA 3 que estimulam 
a formação de linfócitos T, e os fatores EBF, E2A e Pax-5 que estimulam a formação de linfócitos B. 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
2 
 
.: LINFÓCITOS B 
- As células B ficam na medula óssea no início de sua maturação e depois migram para o baço ou linfonodos 
para terminar esse processo. Essas células podem se diferenciar em linfócitos B foliculares B-2, que atua na 
imunidade humoral, ou linfócitos B da zona marginal B-1, que atua na imunidade inata. 
- As células B foliculares expressam IgM e igD e ocupam órgãos linfoides, sendo capazes de reconhecer e 
responder a antígenos com a produção de anticorpos específicos. As células B secretam igM espontaneamente 
e geram células produtoras de igA nas mucosas. 
- Os linfócitos B da zona marginal respondem a antígenos transportados pelo sangue e se diferenciam em 
plasmócitos secretores de igM. São responsáveis, também, por mediar respostas dependentes de células T. 
 
.: LINFÓCITOS T 
- Os linfócitos T saem da medula óssea e migram para o timo para realizar sua maturação, onde são duplo 
positivos, expressando CD4 e CD8. 
- No processo de maturação, antígenos são expostos por células dendríticas aos linfócitos. Se o antígeno 
estiver ligado ao MHC classe I, o linfócito vai se especializar em citotóxico CD8. Já se estiver ligado ao MHC 
classe II, vai se especializar em auxiliar CD4. 
 
 
 
→ RESPOSTA IMUNE CELULAR 
 
- A resposta imune celular é aquela desempenhada pelos linfócitos T. Sendo assim, essas células possuem 
dois subtipos: os linfócitos T CD4+ e linfócitos T CD8+. 
- Os efetores dos linfócitos T CD4+ são denominados de linfócitos T auxiliares ou T helper. Esses, atuam na 
ativação de macrófagos, levando a destruição do patógeno, além da ativação de células B e do processo de 
inflamação. Já os efetores dos linfócitos T CD8+ são denominados de linfócitos T citotóxicos. Essas células 
atacam e destroem células infectadas, principalmente por vírus ou bactérias intracelulares, levando a morte 
dos microrganismos. 
- O início dessa resposta depende do estímulo da resposta imune inata. Dessa forma, as células 
apresentadoras de antígeno, principalmente as células dendríticas, reconhecem o patógeno, processa e 
transporta-o para os órgãos linfoides onde irão ter o reconhecimento por linfócitos T naive. Assim, é gerado 
uma resposta adaptativa T dependente, dando início a esse sistema. 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
3 
 
- Essa resposta adaptativa só é induzida através de antígenos proteicos. Ademais, é a única capaz de gerar 
memória imunológica. Sendo assim, mesmo que sejam geradas células B de memória, essa resposta é 
dependente de célula T. 
- Como mencionado anteriormente, essa resposta é iniciada por células dendríticas, que é a única capaz de 
apresentar antígeno ao linfócito T naive, localizado na região parafolicular do linfonodo, ativando-o pela 
primeira vez. De outra forma, as outras APCs, como macrófagos, neutrófilos e linfócitos B, apenas apresentam 
antígenos para os linfócitos T efetores. 
 
→ APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS PARA CÉLULAS T 
 
- O linfócito T é uma célula diferente da resposta imune inata, onde ao invés de ter vários receptores de 
reconhecimento de padrão que identificam vários antígenos diferentes, não reconhece qualquer antígeno. 
Dessa forma, para ocorrer o reconhecimento é necessário que um antígeno seja capturado, processado em 
peptídeos e transportado pelas APCs via molécula de MHC para o receptor de linfócito T – TCR. 
 
 
- Vale lembrar que as células dendríticas apresentam muitos receptores de reconhecimento de padrão, sendo 
capazes de identificar PAMPs e DAMPs e fagocitar antígenos que entraram no organismo. Dessa forma, 
quando a célula dendrítica identifica e captura um patógeno, essa muda seu perfil de expressão. Sendo assim, 
passa a apresentar uma maior quantidade de moléculas co-estimulatórias, MHC e receptores de quimiocinas 
específicos, visto que, depois do encontro com o patógeno não é necessário a presença de tantos receptores 
de reconhecimento de padrão. 
- Sobre os receptores de quimiocinas específicos, o mais conhecido é o CCR7, que reconhece as quimiocinas 
que são produzidas exclusivamente na região parafolicular do linfonodo, local que se encontram os linfócitos 
T. Assim, as quimiocinas produzidas são a CCL19 e CCL21. 
- As principais moléculas estimulatórias são a B7-1 (CD80) e B7-2 (CD86). Nesse sentido, parece o linfócito T 
ser ativado são necessários dois sinais, consecutivos: o reconhecimento do antígeno via MHC pelo TCR; 
presença de sinais de B7-1 e B7-2, que interagem com o linfócito e se ligam ao CD28, que é uma molécula do 
linfócito capaz de ativá-lo. 
 
.: MECANISMO DE TOLERÂNCIA PERIFÉRICA 
- A todo momento nossos linfócitos estão reconhecendo autoantígenos, pois é a maneira deles se manterem 
vivos. Dessa forma, o estímulo para sua sobrevivência é a ativação do TCR. 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
4 
 
.: COMPLEXO MHC 
- O complexo principal de histocompatibilidade (MHC) codifica várias moléculas na apresentação de 
antígenos. Existem dois tipos que são apresentados aos linfócitos: MHC de classe I e MHC de classe II. 
- Se o patógeno estiver no citoplasma da APC, ou seja, não estiver dentro do fagolisossomo, o antígeno será 
apresentado via MHC de classe I e apresentado ao linfócito T CD8. Assim, geralmente esses patógenos são 
vírus e é necessário que a célula T citotóxica destrua a célula infectada por apoptose. 
- Já se o patógeno estiver dentro de um fagolisossomo da APC, o antígeno será apresentado via MHC de classe 
II ao linfócito T CD4, que então começa a produzir citocinas, como o interferon Y, que ativam o macrófago e 
fazem com o que ele destrua o microrganismo fagocitado. 
 
 - O linfócito T auxiliar atua também na célula B, induzindo a mudança de isotipo de imunoglobulina. Dessa 
forma,se a infecção é bacteriana os anticorpos necessários são os igGs. Com isso, o interferon Y e outras 
citocinas do CD4 induzem a produção de igG pelos linfócitos B. 
 
REVISÃO: ETAPAS DAS RESPOSTAS DAS CÉLULAS T 
Reconhecimento de antígeno: as células T naive reconhecem antígenos peptídicos via MHC na superfície 
das APCs e outros sinais, nos linfonodos ou baço. 
Ativação: as células T naive respondem com a produção de citocinas, como a IL-2, e com a expressão de 
receptores para essas citocinas; cria-se uma via autócrina de proliferação celular. 
Expansão clonal: ocorre uma expansão clonal de células T efetoras. Dessa forma, a expansão das células T 
CD4 é menor que as da CD8, visto que, possuem funções diferentes. As células T CD8 tem a função de 
destruir células infectadas por contato direto e, por isso, necessita de um grande número para realizar um 
ataque efetivo. Por outro lado, as células T CD4 secretam citocinas que ativam outras células efetoras, de 
modo a necessitar um menor número. 
Diferenciação: parte das células se diferenciam em células efetoras e a outra em células de memória. 
Migração: as células T efetoras migram para o local de infecção, onde reconhecem especificamente o 
antígeno, que os ativa a executarem suas funções. 
 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
5 
 
.: SECREÇÃO E EXPRESSÃO DE IL-2 
- Após o reconhecimento e apresentação do antígeno via MHC, o linfócito é ativado. Quando isso ocorre, essa 
célula passa a produzir IL-2, ou linfopoietina, que é uma citocina de função autócrina, ou seja, age na própria 
célula que a produz. A Il-2 é um fator de crescimento, sobrevivência e diferenciação de linfócitos T, que tem 
papel essencial na indução de respostas das células T. 
- O linfócito ativado aumenta sua expressão do receptor de IL-2. Dessa forma, o IL-2 faz com que ocorra a 
expansão clonal, ou seja, a proliferação de células idênticas. Essa interleucina é produzida por linfócitos T 
CD4+ após o reconhecimento do antígeno e dos coestimuladores. 
 
→ PAPEL DAS MOLÉCULAS DE ADESÃO NA ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS T 
 
- Para ocorrer a resposta é necessário a ligação das células T com as APCs durante um período de tempo 
suficiente para alcançar o limiar de sinalização. Dessa maneira, esse processo é garantido pelas moléculas de 
adesão, localizadas na superfície das células T. Assim, as principais são da família das integrinas, sendo a mais 
importante a LFA-1. 
- Nas células T naive, a LFA-1 se encontra em baixa afinidade. Nesse sentido, quando ocorre o reconhecimento 
de um antígeno essa molécula se torna de alta afinidade. Sendo assim, aumenta a força de ligação da APC 
com a célula T, o que produz uma alça de retroalimentação positiva. 
 
→ MECANISMO EFETOR DOS LINFÓCITOS T CD8+ 
 
- O linfócito T CD8 reconhece o antígeno peptídico via MHC de classe I e recebe o segundo sinal das moléculas 
co-estimulatórias, se ativando. Assim, forma-se os linfócitos T citotóxicos (CLTs CD8+). 
- Quando ocorre o reconhecimento do antígeno, esses linfócitos irão promover a exocitose de grânulos 
contendo perforinas e granzimas. As perforinas criam poros na célula infectada, ação homóloga a C9 do 
complemento, para possibilitar a atuação das granzimas, que ativam cascatas através da clivagem de 
caspases, levando a célula a apoptose. 
- Há uma outra via indutora de apoptose através do FAS e FAS ligante (no linfócito). É uma via menos 
expressiva que não usa grânulos, que também ativa caspases que culminam na morte do microrganismo. 
- A ativação dos linfócitos T CD8 depende da coestimulação dos linfócitos T CD4. Dessa forma, as células T 
auxiliares produzem citocinas que auxiliam na ativação de células T citotóxicas. Assim, explica-se o motivo pelo 
qual portadores de HIV terem respostas incompletas de células T CD8+, visto que o vírus só afeta as células T 
CD4+. 
- Alguns vírus, como tentativa de escapar da resposta imune, possuem capacidade de diminuir a expressão 
de MHC de classe I, já que sem essa molécula não há ativação de linfócitos T. Para contornar essa situação, 
nós temos as células NK, da imunidade inata, que identifica alterações na expressão de MHC I. Assim, ela 
reconhece tal célula com mudança e a destrói. 
- Além disso, as células T CD8+ produzem IFN-Y, uma citocina ativadora de macrófagos. Ademais, em infecções 
por microrganismos intracelulares a atividade citolítica das CTLs é essencial para acabar com a infecção. 
- Em casos de exposição crônica a antígenos, como tumores e infecções virais crônicas, as células T CD8 iniciam 
uma resposta, mas começam a expressar receptores inibitórios que suprimem a resposta – a esse processo é 
chamado de exaustão. 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
6 
 
 
→ MECANISMO EFETOR DOS LINFÓCITOS T CD4+ 
 
- As funções das células T CD4+ efetoras são a ativação de fagócitos, como macrófagos e neutrófilos, além do 
auxílio aos linfócitos B para produção de anticorpos, e também a indução da inflamação. 
- Embora a resposta predominante seja de linfócitos T auxiliares, pode acontecer do patógeno que estava 
dentro do fagolisossomo escapar para o citoplasma. A partir daí, há a apresentação via MHC de classe I e a 
participação dos linfócitos T citotóxicos para a destruição das células infectadas. 
- Todas as respostas desses linfócitos são induzidas por citocinas específicas. Dessa forma, as células da 
imunidade inata direcionam a diferenciação dos linfócitos para a função necessária no momento, através da 
liberação dessas citocinas. 
 
→ SUBGRUPOS DE CÉLULAS T CD4+ 
 
- As células T CD4+ podem se diferenciar em subgrupos, cada qual produzem diferentes citocinas que irão 
direcionar funções distintas. Ademais, pode haver uma plasticidade nessas populações, de modo que um 
subgrupo pode se converter em outro sob certas considerações. 
- Cada subgrupo é induzido de acordo com a natureza da infecção, para ocorrer a melhor resposta contra 
determinados microrganismos. Existe um subgrupo, denominado células T regulatórias que suprimem as 
respostas imunológicas. 
- As principais citocinas para os principais subgrupos de células T CD4+ são: IFN-Y para células TH1; IL-4, IL-5 
e IL-13 para células TH2; e IL-17 e IL-22 para as células TH17. 
- Cada uma das células TH1, TH2 e TH17 possuem padrões distintos de migração, que são definidos pelos 
receptores de quimiocinas e as moléculas de adesão que expressam, o qual direcionam a migrar para os 
diferentes locais de migração. 
 
.: RESPOSTA TH1 
- Os linfócitos T efetores do subgrupo TH1 reconhecem antígenos de macrófagos que fagocitaram. Ademais, 
por estar infectado, o macrófago secreta IL-12, que estimula a produção de IFN-Y pelas células NK. Essas duas 
citocinas ativam fatores de transcrição que promovem a diferenciação em TH1. 
- Esse linfócito TH1 diferenciado agora, irá produzir IFN-y que irá agir de volta no macrófago, promovendo 
sua ativação e, assim, a destruição do microrganismo. Além disso, o IFN-Y aumenta a capacidade citotóxica 
da célula NK e da célula T CD8+, e ainda inibe a diferenciação das células T CD4+ imaturas para os subgrupos 
TH2 e TH17, fazendo um direcionamento da resposta imunológica em um sentido. 
- Com sua ativação, o macrófago ativado aumenta sua capacidade de produzir óxido nítrico sintase, enzima 
fundamental para a produção de radicais livres de oxigênio e nitrogênio, que são necessários para a 
destruição do patógeno fagocitado. 
- Além disso, a ativação por IFN-y ativa a produção de TNF e IL-1 pelos macrófagos, que são citocinas pró-
inflamatórias, fazendo com que o macrófago induza a inflamação. 
 
 
OBSERVAÇÃO: A resposta TH1 é muito importante no combate a 
microrganismos intracelulares. 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
7 
 
.: RESPOSTA TH2 
- O subgrupo TH2 é um mediador de defesa independente de macrófagos. Assim, os eosinófilos e mastócitos 
são os mais importantes, principalmente no combate a helmintos. 
-A célula dendrítica reconhece o antígeno do helminto, mas não fagocita, pois tem elevado tamanho. Dessa 
forma, o IL-4 promove a diferenciação das células T CD4+ imaturas para o subgrupo TH2. 
- O linfócito TH2 diferenciado, devido a ação de IL-4, irá produzir mais IL-4, além de IL-5 e IL-13. Nesse sentido, 
o IL-4, além de induzir a resposta TH2, ainda irá induzir a produção de igE pelas células B. Essa imunoglobulina 
se liga ao helminto, opsonizando. Além disso, a igE se liga com muita afinidade aos mastócitos, os quais 
possuem capacidade de liberação de grânulos de histamina, leucotrienos e prostaglandinas que são tóxicos 
para os helmintos. 
- O igE, para o mastócito, funciona como um receptor de reconhecimento de antígeno. Já o eosinófilo possui 
um receptor específico para igE, se ligando a essa imunoglobulina quando tiver ligada ao helminto. Quando 
ocorre essa ligação, há a degranulação, ou seja, a liberação de grânulos com substâncias tóxicas ao helminto. 
- A IL-5 possui capacidade de ativar e recrutar eosinófilos para o local da infecção. Ademais, a IL-13 induz a 
produção de igE, pelas células B, e induz a produção de muco intestinal, que ajuda na eliminação de helmintos 
intestinais. 
 
 
 
- O macrófago pode participar da resposta TH2, porém, não será o macrófago que é ativado pelo IFN-Y da 
resposta TH1. Essa célula, diferentemente, vai ser ativada pela IL-4 e IL-13 e não induz a inflamação. Esse 
macrófago apresenta um padrão regulatório e de reparo tecidual, com a produção de colágeno. 
 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
8 
 
 
.: RESPOSTA TH17 
- É uma resposta especializada em bactérias extracelulares e fungos, que induz muita inflamação de 
neutrófilos. Dessa forma, o linfócito T CD4+ se diferencia em TH17 por meio da indução das citocinas IL-1, IL-
6, IL-23 e TGF ẞ, produzidas pela resposta imune inata. 
- O linfócito TH17 secreta IL-17 e IL-22, citocinas nas quais atuam na ativação de neutrófilos. Além disso, elas 
ativam células endoteliais e células epiteliais, as quais irão produzir ainda mais citocinas inflamatórias, como 
TGF ẞ, IL-1 e fibroblastos. 
- A IL-22 atua como barreira epitelial no trato intestinal e outros tecidos. A I-17 atua na infecção bacteriana 
de trago gastrointestinal através da estimulação da mucosa a produzir peptídeos antimicrobianos, que 
auxiliam no combate à infecção. Também estimulam a produção de defensinas, que funcionam como 
antibióticos endógenos localmente produzidos. 
- Dessa forma, as células TH1 e TH17 atuam cooperativamente na eliminação de microrganismos mediada 
pelos fagócitos na imunidade celular. 
 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
9 
 
.: RESPOSTA TREG 
- O linfócito TREG, também denominado linfócito T regulatório, induz a tolerância imunológica e controla a 
resposta imune. 
- Esse controle é feito através da produção de citocinas regulatórias, como a TGF ẞ e a IL-10, sendo capazes 
de inibir vários mecanismos de ativação da resposta imune. A exemplo, a IL-10 reduz a expressão de 
coestimuladores pelas APCs. 
 
→ RESPOSTA IMUNE HUMORAL 
 
- O sistema imune humoral é o conjunto de produtos que abrange os líquidos corporais, entre eles: plasma, 
linfa, líquido cefalorraquidiano, líquido peritoneal, lágrima, saliva, entre outros. 
- A resposta efetora da imunidade humoral é a produção de anticorpos a partir de linfócitos B. Dessa forma, 
possuímos 5 classes de imunoglobulinas definidas por sua porção FC. 
- A igD é a única que não possui nenhuma ação relacionada aos microrganismos. 
- A igM é o principal anticorpo capaz de ativar a via clássica do sistema complemento. Além disso, o igM é o 
primeiro anticorpo a ser produzido em uma infecção, sendo utilizado como marcador, quando essa está ativa. 
- A igG está relacionada com infecções passadas. Sendo assim numa infecção, inicialmente é produzido igM, 
que é substituída, com o passar do tempo, pela igG. Nesse sentido, as funções biológicas da igG são a 
opsonização, ativação do sistema complemento e ADCC (citotoxidade celular dependente de anticorpo), 
sendo o anticorpo mais potente produzido, que interage com diversas células. 
- O igA atua nas toxinas e patógenos, levando a neutralização. Dessa maneira, ele se liga ao alvo e impede a 
liberação de toxinas. Com isso, o igA fica bastante presente nas mucosas, principalmente as de origem 
intestinal e orofaringe. 
- O igE está relacionado com os helmintos, pela sua relação com eosinófilos e mastócitos, que também estão 
relacionados com as reações alérgicas. Esses anticorpos geram a hipersensibilidade, por levar a degranulação 
dos mastócitos e podem levar também toxicidade. 
 
→ HIPERSENSIBILIDADES 
 
- Os linfócitos T e B, seja através da produção de anticorpos ou de citocinas, ativam seus mecanismos efetores 
e levam ao controle de infecções e a remoção de microrganismos. Entretanto, quando a responde imune é 
excessiva ou mal direcionada, podem ocorrer doenças chamadas de reações de hipersensibilidade ou 
doenças imunomediadas. 
- Essas reações ocorrem por dois grandes motivos. Um deles é por uma resposta imune efetora não 
controlada ou mal formada. Dessa forma, há um excesso de ativação macrofágica e de citocinas pró-
inflamatórias por causa da resposta imune. 
- O outro motivo é quando o alvo da resposta imune é inadequado. Assim, um exemplo disso é a 
hipersensibilidade do tipo I, quando há uma reação imunológica contra antígenos inócuos que não são 
nocivos ao hospedeiro. 
- Mais um exemplo de resposta contra alvos inadequados é a resposta autoimune, quando ocorre uma quebra 
de tolerância aos antígenos próprios, que passam a serem reconhecidos como estranhos. Dessa forma, aquela 
célula se torna alvo da resposta imune. 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
10 
 
- Por fim, temos antígenos alvos da reação cruzada, que ocorre quando há uma resposta imunológica a 
antígenos semelhantes. Sendo assim, uma célula diferente daquela que gerou a resposta se torna alvo da 
reação imune, devido possuir semelhança molecular com o antígeno gerador da resposta. 
- A hipersensibilidade ocorre principalmente em infecções crônicas, onde o sistema imune frequentemente 
ataca o patógeno, mas não consegue levá-lo a morte. Dessa forma, a cada ataque, ocorre lesões teciduais, e 
essas acabam por se acumular gerando prejuízos maiores ao organismo. 
- Os anticorpos tem mecanismos efetores que levam à ativação de macrófagos, que liberam citocinas e 
prostaglandinas que irão ativar neutrófilos, mastócitos, entre outras coisas. Ademais, o os anticorpos ativam 
o sistema complemento, que está ligado a inflamação, podendo gerar a lise de células. Nesse sentido, temos 
que a ação do anticorpo contra o patógeno é a mesma nas reações de hipersensibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Miguel Oliveira Marques 
 ATM 24 – UCPel, Pelotas-RS 
 miguelom1999@hotmail.com 
 
As reações de hipersensibilidade são classificadas em: 
o Hipersensibilidade do tipo I – imediata; 
o Hipersensibilidade do tipo II – mediada por anticorpo; 
o Hipersensibilidade do tipo III – mediada por imunocomplexos; 
o Hipersensibilidade do tipo IV – mediada por célula T.

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