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Rejeição a enxertos

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Rejeição a enxertos 
 
Transplante ou enxerto é a         
transferência de células, tecidos ou         
órgãos de um local para outro​. Sua             
rejeição depende da compatibilidade​.  
 
Autoenxerto: ​do próprio indivíduo -         
células reconhecidas como próprias​. 
Isoenxerto: ​entre gêmeos idênticos =         
geneticamente iguais​. 
Duas anteriores possuem ​grande       
probabilidade de serem aceitos pelo         
organismo visto que possuem mesma         
genética​. 
 
Aloenxerto: ​entre indivíduos da mesma         
espécie, mas geneticamente diferentes​. 
Xenoenxerto: ​entre indivíduos de       
espécies diferentes​. 
Duas anteriores possuem ​maior       
probabilidade de rejeição​, visto que, os           
enxertos são reconhecidos como       
estranhos ao organismo = aloenxertos         
com MHC e grupos sanguíneos tem           
ainda mais possibilidade de rejeição         
gerando respostas imunológicas     
potentes​. ​Nos xenoenxertos a       
probabilidade de rejeição é ainda maior           
que nos aloenxertos devido a grande           
disparidade genética​. 
 
Um ​enxerto aceito deve passar         
pelo processo de ​REVASCULARIZAÇÃO       
da área enxertada, seguida por         
CICATRIZAÇÃO ​do tecido​. Quando há         
um ​processo de rejeição pode ocorrer           
a revascularização inicialmente​, ​porém,       
com a chegada das células no sangue,             
após 7 a 10 dias se tem início de um                   
processo inflamatório que causa       
trombos e sequente necrose da área           
transplantada​. ​Caso o enxerto tente ser           
refeito com mesmo doador a rejeição é             
ainda mais rápida, não ocorrendo         
sequer a revascularização​.   
 
 
Histocompatibilidade: 
É determinada, principalmente     
pelo ​MHC​, complexo de       
histocompatibilidade. 
- MHC I​. 
- MHC II​. 
- Grupo sanguíneo que está       
presente nos eritrócitos e células         
nucleadas. 
Falhas no transplante são ​rápidas         
quando se devem a ​incompatibilidade         
do MHC e/ou do grupo sanguíneo​.           
Quando o MHC e grupo sanguíneo           
são compatíveis as chances de         
rejeição são menores mas ​ainda sim           
possíveis de acontecer a longo prazo​,           
devendo-se a diferenças imunológicas       
menores como o que ocorre no           
transplante de um macho para uma           
 
fêmea compatíveis em grupo       
sanguíneo e MHC, depois de anos pode             
haver a ​rejeição por causas como a             
presença do cromossomo Y​; Ou         
também pelo​ polimorfismo do MHC​. 
 
Rejeição: 
1. Fase de sensibilização: ​células       
apresentadoras de antígenos,     
geralmente ​células dendríticas​,     
apresentam os Ag para os         
linfócitos Th reconhecem o       
tecido enxertado e ​produzem       
citocinas como a IL-2 que         
promove a proliferação de LT, o           
IFN-​γ que ativa macrófagos e         
aumenta a expressão dos MHC         
II​, o TNF-​ß que tem efeito           
citotóxico direto sobre as células         
do enxerto, etc.  
2. Fase efetora: o ​enxerto é         
destruído pela resposta imune       
celular​: ​os ​macrófagos liberam       
enzimas líticas e os linfócitos T           
citotóxicos matam as células do         
enxerto por meio de granzimas e           
perforinas, LB pela ADCC, células         
NK também auxiliam​. 
 
Manifestações clínicas   
da rejeição: 
Hiperaguda: demora ​horas ou       
poucos dias​, ocorre em ​transfusões         
incompatíveis, tentativa de novo       
transplante pós primeira rejeição,       
gravidezes sucessiva gerando     
eritroblastose fetal​. 
Aguda: ocorre depois de       
aproximadamente ​10 dias devido a         
infiltração de LT e macrófagos no           
enxerto pós revascularização​. 
Crônica: ​demora ​meses a anos devido           
às diferenças imunológicas menores       
causando gradativa perda de função do           
tecido enxertado​. 
 
Tolerância: 
Situações em que ​aloenxertos ou         
xenoenxertos são aceitos sem a         
necessidade de medicamentos     
imunossupressores​. Ocorre ​quando o       
enxerto é feito em sítios em que não há                 
expressão de antígenos como em         
cartilagens e válvulas cardíacas​. 
Quando o ​enxerto é feito em           
sítios imunologicamente privilegiados​,     
assim os ​antígenos não sensibilizam o           
SI como nas córneas, testículos e           
cérebro. 
Ou por ​imunotolerância quando       
há exposição precoce dos antígenos         
como o que ocorre com os bovinos             
provenientes de parto gemelar​.

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