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SEMIOLOGIA CARDÍACA

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1 RENAN CORADIN 
SEMIOLOGIA CARDÍACA 
 
INTRODUÇÃO 
• Estudo dos sinais e sintomas do paciente 
• Prioridade na medicina antiga 
• Anamnese – exame físico – exames 
complementares 
ANAMNESE 
• Primeiro contato: relação médico paciente; 
• Foco queixa principal e HMA; 
• Boa anamnese: exame físico mais objetivo 
• Erro diagnóstico: história clínica mal feita 
• Investigar história familiar: causa genética 
• Hábitos e vida. 
SINTOMAS 
• Dispneia; 
• Dor torácica; 
• Palpitações; 
• Síncope; 
• Edema; 
• Sintomas gerais. 
CHECK LIST DOR TORÁCICA 
1- Caráter da dor (pontada, opressão, facada, 
agulhada) 
2- Fatores desencadeantes 
3- Localização 
4- Irradiação 
 
5- Fatores de melhora ou piora 
6- Sintomas associados 
7- Duração 
DOR TORÁCICA 
• Dor precordial ou retroesternal: coração, 
pleura, aorta, esofago, mediatino, estomafo 
ou parede torácica. 
• Dor isquêmica ocorre por hipóxia 
• Angina: desconforto torácico relacionada 
com exercício melhora com repouso. 
• Sinal Levine 
• Precordialgia intensa 
• Manifestações vagais: vômitos, náuseas, 
sudorese e palidez. 
 
`ANGINA TÍPICA: 
1- dor ou desconforto retroesternal 
2- induzida por exercício e/ou estresse 
3- melhora com repouso ou nitrato 
ANGINA ATÍPICA: quando não contempla 
uma das 3 características. 
 
 
2 RENAN CORADIN 
DOR TORÁCICA TÍPICA 
• Retroesternal 
• À esquerda ou à direita do esterno 
• Irradiação face interna braço 
• Constritiva, queimação, aperto na garganta 
ou aperto no peito 
• Sinal de Levine 
• Desencadeada com esforço 
• Melhora com repouso ou com nitratos. 
 
DOR TORÁCICA ATÍPICA 
• Epigástrica, dorsal, supraesternal, 
mandíbula, punhos, hemitórax direito 
• Irradiação para pavilhões auriculares, 
nuca, cervical 
• Formigamento, facada, desconforto, 
pontadas 
• Início em repouso 
• Piora com palpação local, com movimento 
do tronco ou com inspiração profunda 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA 
ANGINA ESTÁVEL CANADIAN 
CARDIOVASCULAR SOCIETY (CCS) 
 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOR 
TORÁCICA 
• Laceração mucosa junção esofagogástrica 
• Espasmo esofago, refluxo gastroesofágico 
• Dor na coluna cervical ou dorsal 
• Osteocondrite (síndrome Tietze) 
• Pericardite, pleurite 
• Dissecção aórtica 
• Embolia pulmonar, pneumotórax 
• Doenças psiquiátricas 
CHECK LIST DISPNEIA 
1- Fatores desencadeantes 
2- Fatores de melhora 
3- Tempo de início dos sintomas (gradual? 
Súbito?) 
4- Sintomas associados (edema, dor no peito, 
hemoptise). 
 
DISPNEIA 
 
• Sensação consciente e desagradável de 
respirar 
• Subjetiva: referida 
• Objetiva: taquipneia e uso de musculatura 
acessória 
• Dispneia de origem cardíaca: Dispneia de 
esforço e Rápida progressão 
 
 
 
 
3 RENAN CORADIN 
CLASSIFICAÇÃO DA DISPNEIA 
• De acordo com as atividades exercidas pelo 
paciente 
• Grandes esforços andar mais rápido, correr 
• Médios esforços andar em local plano a 
passo normal 
• Pequenos esforços tomar banho, trocar de 
roupa 
• Mínimos esforços falar mais alto 
 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA 
DISPNEIA – NYHA 
 
 
Ortopneia: Posição deitada, assim que deita e 
melhora quando eleva a cabeceira ou ao sentar 
(IC, ascite, enfisema) 
Dispneia paroxística: Ocorre após 24 horas de 
sono, dispneia intensa, tosse seca e opressão 
torácica e melhora ao sentar ou levantar até 
janela aberta. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE 
ASMA 
Asma cardíaca: 
• Dispneia com broncoespasmo e sibilância 
• Geralmente ocorre em posição deitada 
• Melhora sentado ou em pé 
• Associado de taquicardia, ritmo de galope 
e estertores 
Asma brônquica 
• Não melhora com mudança de posição 
• Sibilos são disseminados e predominam 
sobre os estertores 
DISPNEIA DE ORIGEM CARDÍACA 
• Dispneia ao esforço, com ortopnéia, DPN, 
edema periférico 
• Frequentemente acompanhada por tosse 
(Seca, noturna, piora com esforço, 
expectoração serosa e espumosa) 
• Crise de congestão pulmonar ou edema 
agudo de pulmão : Dispneia intensa, tosse 
com expectoração espumosa branca ou 
rósea, cianose, sibilos e estertores finos. 
CHECK LIST PALPITAÇÕES 
1. Sensação das palpitações ritmo acelerado, 
irregular? 
2.Fatores desencadeantes 
3.Fatores de melhora 
4.Tempo de início dos sintomas (gradual, 
súbito?) 
5.Sintomas associados 
 
4 RENAN CORADIN 
6.Periodicidade 
7.Irradiação da palpitação 
8.Duração 
PALPITAÇÕES 
• Percepção incômoda dos batimentos 
cardíacos 
• Nem sempre significam arritmia 
• Atendimento após melhora dos sintomas 
• Desafio: Registro eletrocardiográfico, causa 
psíquica? 
SINTOMAS ASSOCIADOS 
• Palpitações no pescoço (“Frog positivo”) 
• Poliúria 
• Síncope 
FATORES DESENCADEANTES 
• Exercício 
• Café, chá, refrigerantes, tabaco, álcool, 
drogas, “pré-treino” 
• Exercícios 
• Emoções. 
PALPITAÇÕES 
• Idade 
• Gênero 
• Antecedentes pessoais: Sd do pânico, 
anemia, endocrinopatia. 
• Padrão da palpitação: 
- Batimento irregular ? 
- Pulou um batimento? 
-Parada do batimento seguida por um 
batimento mais forte. 
EXAME FÍSICO 
• Inspeção geral 
• Avaliação da pressão arterial 
• Palpação do pulso arterial 
• Inspeção do pulso venoso 
• Inspeção e palpação precórdio 
• Ausculta cardíaca. 
INSPEÇÃO 
Velocidade da marcha: Boa capacidade 
funcional? 
Padrão respiratório: Dispneia aos pequenos 
esforços? 
Estado nutricional: Emagrecido, obeso, atleta 
Fáscies: Palidez, cianose, exoftalmia 
Inspeção geral: Baqueteamento, edema, 
hematomas. 
CIANOSE 
• Oxigenação insuficiente 
 
 
5 RENAN CORADIN 
• Lábios, nariz, região malar, lóbulos orelhas, 
extremidades 
• Classificação: Leve, moderada ou grave. 
 Cianose central: podem ter causas 
como (altitude – redução da tensão O2, 
aumento espessura alveolocapilar – transtorno 
de difusão, alteração da ventilação ou perfusão 
pulmonar e shunt direita-esquerda. 
 Diminui ou desaparece com inalação de 
O2. 
 Cianose periférica: perda excessiva de 
oxigênio capilar, vasoconstrição, aparece em 
áreas distais (MMII), com pele fria e melhora 
com água quente ou elevação do membro. 
 Cianose mista: insuficiência cardíaca 
grave. Congestão pulmonar + baixo débito 
cardíaco + estase venosa. 
EDEMA 
• Acúmulo de líquido intersticial 
• < 10% do peso corporal não é evidente 
• Aumento súbito de peso 
• Edema cardíaco 
o Acúmulo não se restringe ao 
subcutâneo 
o Cavidades serosas 
- Abdome = ascite 
- Tórax = hidrotórax 
- Pericárdio = hidropericárdio 
- Bolsa escrotal = hidrocele 
EDEMA CARDÍACO 
• Edema ascendente MMII maléolos coxas 
• Vespertino, melhora com repouso noturno 
• IVD: edema, hepatomegalia e 
engurgitamento jugular 
• Anasarca: quando atinge até a face 
• Edema antigo gera pele em “casca de 
laranja” 
EXAME FÍSICO 
• Inspeção geral 
• Avaliação da pressão arterial 
• Palpação do pulso arterial 
• Inspeção do pulso venoso 
• Inspeção e palpação precórdio 
• Ausculta cardíaca 
INSPEÇÃO 
• Velocidade da marcha: Boa capacidade 
funcional? 
• Padrão respiratório: Dispneia aos 
pequenos esforços? Ortopnéia? 
• Estado nutricional: Emagrecido, obeso, 
atleta 
• Fáscies: Palidez, cianose, exoftalmia 
• Inspeção geral: Baqueteamento , edema 
 
 
 
 
6 RENAN CORADIN 
PELE 
• Telangiectasias - esclerodermia, em 
mucosas (lábios, língua Sd Osler-Weber-
Rendu)-cianose. 
• Icterícia. 
• Hemocromatose - pele coloração bronze 
em áreas não expostas. 
• Equimoses - coagulopatia, uso de 
anticoagulantes, Antiagregante 
plaquetários. 
• Xantomas-dislipidemias. 
• Manchas café com leite - síndromes 
associadas a atraso desenvolvimento 
(síndrome Leopard, Lamb, Carney – É 
GENETICO) e no coração mixomas 
atriais, CIA, MCH e estenoses valvares. 
• Doenças reumáticas associadas a lesão de 
pele e cardiopatia – LES 
• Medicamentos: amiodarona (efeito 
colateral é as manchas escurecidas em 
baixo). 
 
Hemocromatose: acúmulo de ferro. 
• Na inspeção geral ainda vou procuraroutras doenças cardíacas como icterícia. 
• Equimose que pode sugerir distúrbio de 
coagulação ou uso de anticoagulantes, 
antiagregantes 
• Presença de xantomas que significa 
dislipidemia 
• Artrite reumatoide e outras doenças 
reumáticas que tem acometimento 
cardíaco 
• Exoftalmia que está associada a arritmias 
• Má condição dentária pode estar associada 
a endocardite 
• Face mitral: região malar vermelha. 
Telangiectasia da região da bochecha. 
• Sarcoidose: faz lesão pulmonar e faz uma 
fibrose do coração. 
 
EXTREMIDADES: 
• Temperatura e cor (infecção e insuficiência 
arterial) 
• Baqueteamento digital 
• Lesões de Janeway, nódulos de osler, 
hemorragias lineares - endocardite 
• Edema bilateral, unilateral (Sinal de 
Homan) 
• Atrofia muscular 
 Sinais periféricos de endocardite: 
manchas na retina, hemorragia na unha, 
 
7 RENAN CORADIN 
manchas na conjuntiva. Endocardite atinge a 
face palmar e plantar. 
Baqueteamento digital: ocorre por hipoxia 
crônica com hipertensão pulmonar. 
Pects carinatum e escavatum: podem 
comprometer a câmara direita. 
 
 
AVALIAÇÃO DA PRESSÃO 
ARTERIAL: 
• Quando atende pela primeira vez se vê nos 
DOIS braços, para ver se tem diferença 
(por causa das artérias). 
• Deve ser feita em toda consulta por 
médicos e profissionais de saúde. 
• Técnica padronizada, equipamento 
calibrado e manguito adequado. 
• Pode ser: Método indireto com técnica 
auscultatória ou Técnica oscilométrica 
com aparelhos digitais. 
• Aparelhos de dedo e punho não são 
recomendados 
PREPARO DO PACIENTE PARA 
AFERIÇÃO DA PA: 
• Explicar procedimento ao paciente 
• Repouso 5 minutos, pernas descruzadas, 
pés no chão, dorso recostado 
• Remover roupas do braço 
• Posicionar braço na altura do coração, 
apoiado, com palma para cima 
• Evitar: 
• Bexiga cheia 
• Exercícios 60 minutos antes 
• Álcool, café ou cigarro 3o minutos antes 
• Falar durante aferição 
RECOMENDAÇÕES PARA 
AFERIÇÃO PA: 
• Obter circunferência do braço para 
tamanho do manguito; 
• Manguito 2-3 cm acima da fossa cubital; 
• Centralizar o manguito e estetoscópio na 
artéria braquial; 
• Estimar o nível da PAS pela palpação do 
pulso Radial (PAS é reaparecimento do 
pulso); 
• Inflar até 20-30 mmHg acima da PAS 
estimada; 
• Deflação de 2 mmHg/segundo; 
• PAS é primeiro som (fase I Korotkoff); 
• PAD é desaparecimento dos sons (fase V 
Korotkoff); 
 
8 RENAN CORADIN 
• Ausculta 20-30mmHg abaixo do último 
som para confirmar; 
• Se batimentos persistirem até zero, a PAD 
será o abafamento dos sons (fase IV 
Korotkoff); 
• Aferir dois braços (considerar a maior): 
Diferença > 20/10 mmHg entre MMSS – 
investigar dças arteriais; 
• Manguitos pequenos superestimam PA; 
• Braços > 50 cm pode-se aferir no antebraço 
(pulso radial) 
• Não pressionar estetoscópio com muita 
força 
• Manômetro deve estar no zero 
• Aferição ortostática e supina 
➢ Hipotensão ortostática 
→ Queda › 20mmHg PAS e >10mmHg PAD 
em 3 minutos) 
→ Idosos, diabéticos, disautonomias, 
alcoolistas, uso de anti-hipertensivos. 
 Manobra de Osler – artéria radial 
permanece palpável, após insuflar manguito 
30mmhg acima de desaparecer pulso radial 
PULSO ARTERIAL 
• Onda mecânica gerada pela ejeção VE 
• Onda se inicia na Ao ascendente e se 
transmite pela parede das artérias de forma 
mais rápida que o sangue circulante 
• Avaliado através da palpação de artérias 
superficiais: 
• Carótidas, radiais, braquiais, axilares, 
femorais, poplíteas 
• Carótida - é de escolha para avaliar 
padrão, contorno e amplitude, dada a 
proximidade com Ao ascendente. 
• Radial – são de escolha para avaliar ritmo 
e frequência cardíaca. 
CURVA DO PULSO ARTERIAL: 
 
 A onda de Pressão Arterial Invasiva 
padrão segue o desenho da figura abaixo. 
Podemos ver um ramo ascendente, em A, que 
se inicia com abertura da válvula aórtica. 
O ponto B representa a Pressão Arterial 
Sistólica (PAS), ou seja, o pico de pressão; 
o segmento C representa o momento final da 
sístole; o ponto D, que é a incisura dicrótica, 
representa o fechamento da válvula aórtica; 
o segmento E representa a diástole e o ponto 
F, a Pressão Arterial Diastólica (PAD). 
Devemos lembrar que a Pressão Arterial Média 
(PAM) é o produto da (PAS x (2 x PAD)) / 3. 
Nós também podemos extrair dessa onda 
a pressão de pulso, que é a diferença entre a 
PAS e a PAD e é uma variável interessante 
como alvo para fluidoterapia. 
• Ciclo começa no final da diástole 
ventricular 
 
9 RENAN CORADIN 
• VE começa a contrair, há aumento da 
pressão cavitária, que primeiro fecha a 
Vmi (contração isovolumétrica) 
• Quando pressão aumenta mais há abertura 
Vao, havendo sístole 
• Depois aumenta pressão sistêmica e VAO 
fecha (incisura dicrótica) 
• Depois começa a diástole 
• A incisura divide a sístole da diástole 
PULSO ARTERIAL: 
• Na palpação do pulso arterial devemos 
obter os seguintes dados: Frequência 
cardíaca; Ritmo; Amplitude; Contorno. 
FREQUÊNCIA CARDÍACA 
• Número de batimentos por minuto; 
• Se for ritmo regular, pode ser contada em 
15 segundos; 
RITMO PODE SER: 
• Regular; 
• Bigeminismo; 
• Trigeminismo; 
• Com extra-sístoles; 
• Irregular; 
AMPLITUDE: 
• Intensidade mecânica do pulso; 
• Classificado em amplo, mediano e 
pequeno; 
• Força do pulso que "empurra" dedo do 
examinador; 
• Contorno: 
• Morfologia palpatória do pulso; 
• Representada por um desenho; 
BAIXA AMPLITUDE (FINO OU FILIFORME): 
- Hipotensão, baixo débito, choques, EAo. 
 
CÉLERE OU EM "MARTELO D'ÀGUA 
(PULSO DE CORRIGAN) 
• Associado a PA divergente 
• Grande amplitude, ascensão e queda 
rápidas 
• IAo crónica 
 
DICRÓTICO 
• 1 pico sistólico e 1 pico menor na diástole 
• Baixo débito cardíaco (choques) 
• Pessoas normais com febre ou exercício 
 
BISFERIENS OU BÍFIDO: 
• 2 picos sistólicos 
 
10 RENAN CORADIN 
• IAo crónica, MCPH obstrutiva 
 
"PARVUS E TARDUS": 
• Ascensão lenta e amplitude baixa 
• EAo mod-severa 
 
PULSO ALTERNANS: 
• Amplitude varia - uma onda ampla e outra 
mais fraca 
• IC avançada, IAo imp, HAS, hipovolemia 
 
PULSO VENOSO: 
• Normal: jugulares túrgidas em decúbito e 
jugulares colabadas em pé; 
• Turgência jugular: jugulares ingurgitadas 
quando sentado a 45° 
• Turgência Indica hipertensão venosa por 
insuficiência ventricular, doenças 
pericárdicas; 
• Estimativa da pressão venosa jugular é o 
principal dado para se avaliar status 
volêmico; 
• PVC é estimada na inspeção da jugular 
interna; 
• PVC é pressão no AD = pressão nas veias 
cavas 
• Padrão ouro de determinar a PVC é 
cateterismo do coração direito, com ponta 
do cateter no AD ou nas veias cavas; 
• Punção por subclávia ou jugular interna; 
ESTIMATIVA CLÍNICA DA PVC: 
• Na estimativa clínica da PVC colocamos a 
cabeceira do paciente a 45º e observa onde 
está a altura máxima do pulso venoso 
jugular 
• A medida deste ponto até a altura do AD 
(na linha axilar média), no eixo vertical, 
em centímetros, é a estimativa da PVC; 
• Considera-se a distância entre ângulo de 
Lui (junção manoe posição do AD de 5 cm; 
• Mede-se a distância entre altura do pulso 
jugular e ângulo de Lui e soma 5 ao 
resultado; 
• O valor estimado será dado em cmH2O; 
• Pulso venoso acima da clavícula com 
paciente sentado é anormal; 
• PVC normal é 8-12 cmH20, que 
corresponde a 5-8mmHg; 
• Serve para direcionar a reposição volêmica 
- reflete coração direito; 
• PVC aumenta ou diminui de acordo com o 
grau de congestão sistêmica; 
• Sinal de Kussmaul é quando a pressão 
aumenta com a inspiração. Ocorre na 
pericardite constritiva; 
 
11 RENAN CORADIN 
• Reflexo abdominojugular é sinal que pode 
ser feito para avaliar hipertensão venosa 
- É pressão firme e consistente no HCD por 
10 segundos; 
- Após 10 segundos há aumento sustentado 
da pressão venosa > 3 cm por mais de 15 
segundos; 
- Prediz insuficiênciacardíaca; 
• Composto de ondas a e v, descensos x e y 
• Onda a: sístole atrial, coincide com onda P 
no ECG 
• Onda c: início da sístole ventricular 
• Onda v: representa o enchimento atrial 
• Descenso x: diástole atrial 
• Descenso y: abertura tricúspide 
 
PRECORDIO: 
• Após avaliar pulsos arteriais e venosos; 
• Antes da ausculta deve inspecionar o 
precórdio; 
• Precórdio é a área de projeção do coração; 
• Deve fazer inspeção, palpação e ausculta, 
sempre do lado direito do paciente; 
INSPEÇÃO DO PRECÓRDIO: 
• Deve estimar o ictus de VE, ictus de VD, 
presença de choques ou frêmitos, análise 
de batimentos visíveis; 
 
ICTUS VD: 
• Movimento sistólico do esterno para fora 
(está atrás do esterno); 
• Normalmente não é visível ou palpável, só 
se muito magro, estados hiperdinâmicos ou 
HVD; 
ICTUS VE: 
• Movimento fisiológico da ponta do 
coração na sístole; 
• Mais bem avaliado no fim da expiração 
(está mais próximo da parede torácica); 
• Repousa a palma da mão sobre a região dos 
batimentos; 
• Impulso apical sustentado é sinal de 
sobrecarga de pressão (Eao e HAS); 
• Em 30% pessoas normais não se consegue 
palpar o ictus, aí coloca-se o paciente em 
DLE (desloca o ictus para fora); 
• Invisível e impalpável em obesos, DPOC, 
grandes mamas; 
• Localizado no 4-5º EICE na LHCE, 
tamanho de 2 polpas; 
• Se aumento do diâmetro e deslocado para 
baixo e para esquerda indica dilação ou 
HV. 
FRÊMITOS: 
• Análogos palpatórios dos sopros; 
• Análise com região hipotenar ou 
metacarpofalangeana. 
 
 
 
12 RENAN CORADIN 
CHOQUE VALVAR: 
• Análogo palpatório da hiperfonese de bula; 
• B2 hiperfonética é palpável no foco 
pulmonar; 
• B1 hiperfonética é palpável no foco 
tricúspide. 
 
• Fmi – 4º ou 5º EIC na LHC (ictus cordis) 
ou ponta do coração 
• Fpul – 2º EIC esquerdo junto ao esterno – 
BEE alta 
• Fao – 2º EIC direito junto ao esterno – 
BED alta 
• FAo acessório – 3º EIC esquerdo junto ao 
esterno – BEE média 
• FTri – base do apêndice xifóide – BEE 
baixa 
BULHAS CARDÍACAS: 
• B3 E B4 são sempre auscultadas na 
diástole. 
• O sopro pode ser inocente e não estar 
associado a patologias. Eles são discretos e 
leves. Visto bastante em crianças e 
adolescentes pois o tórax é menor. 
• Desdobramento de bulhas se escuta sempre 
em foco tricúspide e foco pulmonar. 
• Manobra de valsalva: aperta o nariz e 
assopra com a boca fechada. 
• Atrito pericárdico: difícil de se escutar 
• B1: é fechamento das valvas 
atrioventriculares. Início da sístole 
• B2 é fechamento das valvas ventrículo-
arteriais. Início da diástole 
• Maioria são os ditos sopros inocentes, 
funcionais (65%) 
• Causa mais comum de valvopatia no BR 
continua sendo febre reumática 
• Dentre as valvopatias as mais frequentes 
são: 
- Insuficiência mitral (21%) 
- Estenose aórtica (17%) 
- Insuficiência aórtica (14%) 
- Insuficiência tricúspide (7%) 
B1: 
• Mais audível no foco tricúspide >> foco 
mitral 
• Fechamento da mitral e tricúspide 
• B1 coincide com o pulso carotídeo 
• Expressão onomatopeica TUM 
• M1 é um pouco antes de T1 e tem > fonese 
• Metade das pessoas normais terão M1 e T1 
• Intervalo entre B1 e B2 é a sístole 
ventricular 
• Desdobramento de B1 é quando M1 e T1 
se fastam 
➢ Pessoas normais, no BRD 
➢ Crianças e jovens têm bulha 
desdobrada naturalmente 
 
 
13 RENAN CORADIN 
• Hiperfonese B1 
➢ Magros, síndromes hiperdinâmicas 
(aumento força contrátil VE, VD), EMi 
(valva fecha com mais força por 
aumento pressão) e PR curto, 
taquicardia, febre, 
• Hipofonese B1 
➢ Obesos, musculosos, DPOC, derrame 
pericárdico, calcificação anel mitral, 
Imi, PR longo, hipocontratilidade 
miocárdica (IC) 
B2: 
• Mais audível nos focos da base 
• Fechamento das semilunares (aórtica e 
pulmonar) 
• A2 ouve-se em todo o tórax. P2 só se ouve 
no foco pulmonar 
• Normalmente A2 é mais intensa e precede 
P2 
• Expressão onomatopeica é TÁ 
• Desdobramento fisiológico B2 
➢ Na inspiração (aumenta retorno 
venoso), comum em crianças e 
adolescentes 
➢ Há retardo da P2 pelo aumento do 
fluxo pulmonar 
• Desdobramento fixo de B2 (tanto 
inspiratório quanto expiratório) 
➢ Ocorre no BRD, disfunção VD, CIA, 
estenose pulmonar 
• Desdobramento paradoxal B2 
➢ Ocorre na expiração e desaparece na 
inspiração 
➢ Ocorre quando há atraso no início da 
sístole 
➢ BRE, Eao, disf VE 
• Hiperfonese B2 
➢ Magros, sd hiperdinâmicas, HAS, 
dilatação Ao, idosos, HAP 
• Hipofonese B2 
➢ Obesos, DPOC, dças pericárdicas, 
hipotensão, EAo, EPul 
B3: 
• Bulha protodiastólica (ocorre após B2) 
• Ocorre por vibração da parede ventricular 
no enchimento ventricular 
• Significa sobrecarga volumétrica 
ventricular 
• Onomatopéia é TU 
• Aumenta com inspiração (manobra de 
Rivero-Carvalho) 
• Fisiológica: Crianças, adolescentes, atletas 
corrida, sd hiperdinâmicas 
• Patológica 
➢ Sobrecarga volume crônica (IMi 
crônica, IAo, CIV, CIA); 
➢ Redução complacência ventricular 
(MCP dilatada, restritiva, 
hipertrófica); 
➢ IC descompensada – mau prognóstico 
B4: 
• Bulha pré-sistólica (antes B1) 
• Vibração da parede ventricular por 
vigorosa contração atrial 
• Ocorre por baixa complacência ventricular 
 
14 RENAN CORADIN 
• Causas: HVE concêntrica (HAS, EAo, 
MCP hipertrófica), dça isquêmica e MCP 
dilatada e restritivas 
• Geralmente é patológica, mas pode ocorrer 
em crianças saudáveis ou idosos (redução 
complacência 
• Fisiológica em crianças ou idosos. 
SOPROS: 
• Sons produzidos por turbilhonamento 
do fluxo sanguíneo; 
• Pode ocorrer por aumento da velocidade da 
corrente sanguínea (exercício, anemia, 
febre, hipertireoidismo); 
• Passagem de sangue por uma zona 
estreitada; 
• Passagem de grande volume sanguíneo por 
um orifício normal (valvopatias, CIV) 
• Primeiro situar o sopro no ciclo cardíaco 
pela palpação carotídea. 
 
SOPROS SISTÓLICOS (ENTRE B1 E 
B2): 
• Sistólico de ejeção – começa após B1 e 
termina antes da B2 
• Sopro em diamante – crescendo e 
decrescendo; EAo, EPul, MCPH 
obstrutiva 
• Sistólico de regurgitação – começa junto 
com a B1, mascarando-a 
- Holossistólico 
- IMi: sopro irradia para região axilar (se 
afeta folheto anterior – mais comum) ou 
para bordas esternais e interescapular (se 
afeta folheto posterior). Aumenta com 
handgrip. 
- ITri – exacerba com inspiração (Rivero-
Carvalho), ictus VD palpável e B3 de VD 
SOPRO DIASTÓLICO: ESTÁ ENTRE B2 
E B1 
• Estenose atrioventricular ou regurgitação 
das semilunares; 
SOPRO SISTODIASTÓLICOS, 
CONTÍNUOS OU EM “MAQUINARIA”: 
• Mascara a B1 e B2; 
• Ocorre na PCA, fístulas, anormalidades no 
septo. 
 
LOCALIZAÇÃO DOS SOPROS: 
• A localização é determinada pela área onde 
ele é melhor audível 
• Não tem valor absoluto – tem sopro 
auscultado na área mitral, mas 
eventualmente pode ser de origem de outra 
válvula 
 
 
 
15 RENAN CORADIN 
IRRADIAÇÃO DOS SOPROS: 
• Para avaliar irradiação vai se 
deslocando o esteto para várias 
direções; 
• Os sopros de maior intensidade, terão 
maior irradiação 
• Outros tem irradiação típica, a depender 
da vascularização 
➢ Sopros da EAo irradia para 
pescoço 
➢ Sopros da IMi irradia para axila 
CLASSIFICAÇÃO EM CRUZES DOS 
SOPROS: 
• + Sopros débeis, audíveis em ambiente 
silencioso; 
• ++ Sopros de intensidade moderada; 
• +++ Sopros intensos; 
• ++++ Sopros muito intensos com frêmito, 
ausculta mesmo com esteto longe do tórax; 
CLASSIFICAÇÃO DE LEVINE PARA 
SOPROS: 
 
• Sopro Austiin Flint – sopro da IAO que 
parece sopro de Emi 
• Sopro Graham Stell – sopro da IPUl por 
dilataçã secundária hipertensão pulmonar 
crônica 
• Sopro Carey-Coombs – sopro da valvulite 
mitral reumática aguda 
SOPROS INOCENTES: 
• Acidentais, benignos, não patológicos 
• Pode ocorrer por aumento do débito 
cardíaco; 
• Ausência de cardiopatia; 
➢ Geralmente ocorrem em crianças;➢ Maioria diminui sentado ou em pé e 
aumenta em supino (dec dorsal) 
➢ Nunca são diastólicos 
➢ Nunca são holossistólicos 
➢ Quase sempre são suaves (+ a ++); 
➢ Ausência de outros sopros, bulhas 
acessórias ou frêmito 
➢ Sem evidência de HVE e não aumentam 
com Valsalva 
➢ Costumam ser ouvidos na área mitral, 
pulmonar e aórtica. 
 Sopro inocente da criança geralmente 
ocorre de 4-7 anos e até adolescência ou em 
magros. 
MANOBRAS SEMIOLÓGICAS PARA 
SOPROS: 
MANOBRAS QUE AUMENTAM O 
RETORNO VENOSO (aumentam volumes 
do coração direito e esquerdo) 
➢ Posição de cócoras 
➢ Posição em decúbito dorsal 
- Aumenta a maioria dos sopros 
MANOBRAS QUE AUMENTAM 
RETORNO DO CORAÇÃO DIREITO 
- Inspiração profunda (Rivero-Carvalho) 
- Sopro da ITri aumenta com a inspiração; 
 
16 RENAN CORADIN 
❖ Sopros das câmaras direitas aumentam com 
a inspiração – aumento do retorno venoso; 
❖ Sopros das câmaras esquerdas são mais 
intensos na expiração 
MANOBRAS QUE REDUZEM O 
RETORNO VENOSO 
➢ Valsalva (tampa nariz e boca com mão e 
faz esforço expiratório, eleva pressão 
intratorácica). Reduz a maioria dos sopros. 
Exceções: SS da MCPH e sopro do PVM. 
➢ Posição ortostática: Reduz maioria dos 
sopros. 
MANOBRAS QUE AUMENTAM 
RESISTÊNCIA VASCULAR SISTÊMICA: 
➢ Handgrip (faz esforço isométrico, aumenta 
RVS e redução ejeção VE). Aumenta sopro 
da IAo, CIV e IMi; 
MANOBRAS QUE REDUZEM A 
RESISTÊNCIA VASCULAR SISTÊMICA: 
➢ Vasodilatador (mais usado é amilnitrito 
inalatório). 
-Reduz sopros IAo, CIV, IMi; 
-Aumenta ejeção VE. 
ATRITO PERICÁRDICO: 
• Ruído provocado pelo roçar dos folhetos 
pericárdicos; 
• Não coincide com fases do ciclo cardíaco; 
• Não tem relação fixa com as bulhas ou 
irradiação 
• Contínuo; 
• Ausculta principal entre ponta do coração 
e BEE; 
• Semelhante ao ruído do atrito de “couro 
novo”; 
• Diferencia do atrito pleural pois não cede 
quando faz pausa inspiratória. 
EXAMES DO EXAME COTIDIANO: 
• ECG 
• RX de toráx 
• TESTE ERGOMÉTRICO 
• HOLTER 
• MAPA 
• Ecocardio 
• ECO ESTRESSE, CINTILOGRAFIA 
• ANGIOTOMOGRAFIA (ESCORE DE 
CÁLCIO) 
• RESSONANCIA NUCLEAR 
MAGNETICA 
• CATETERISMO CARDÍACO 
(CINEANGIOCORONARIOGRAFIA) – 
invasivo, taxa de complicações atuais entre 
0,1 a 0,2% (morte, IAM, AVC)

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