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Espelho de Correção Peça Direito Constitucional Seção 6 AVA

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Seção 6 
ESPELHO DE CORREÇÃO 
DIREITO 
CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
Que tal, aluno? Como se saiu nesta última etapa do nosso processo? Seguramente se 
saiu muito bem, vamos ver? 
Seguindo o passo a passo que lhe demos, certamente você identificou que contra a 
decisão em causa, acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado com violação 
a dispositivo constitucional, o recurso a ser manejado é o Recurso Extraordinário, não 
foi? Feito isso, você logo partiu para a conferência do prazo, concluindo que deve ser 
observado o prazo regular de 15 dias, de acordo com o art. 1003,§ 5º do CPC. Você 
também lembrou que o Recurso Extraordinário é composto de duas peças distintas, 
uma de interposição dirigida ao Presidente do Tribunal que proferiu a decisão 
recorrida e outra contendo as razões recursais, dirigida ao Supremo Tribunal Federal. 
Muito bem, você não esqueceu do preparo, não foi? Comprovar o recolhimento das 
custas processuais é também um dos requisitos de admissibilidade do processo aluno, 
fique esperto! 
Após essas formalidades, você passou as questões matérias da sua peça. De pronto, 
você deve ter conferindo qual a violação constitucional a ser apontada na sua petição, 
pois é através dela que você demonstrará o cabimento do recurso e fundamentará o 
seu pedido de reforma. No caso, há a violação aos arts. 23 e 30 da Constituição Federal. 
Ademais, como se trata de um recurso extraordinário, por certo que você lembrou de 
demonstrar em sua petição o prequestionamento da matéria e a existência de 
repercussão geral, não é mesmo? Sem isso, seu recurso nem chegará a ser apreciado 
pelo STF, aluno, por isso é preciso muita atenção! 
E então, vamos então conferir o espelho na peça? Vamos nessa! 
 
 
Seção 6 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Na prática! 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL, DE JUSTIÇA DO ESTADO DO 
CEARÁ 
 
PROCESSO Nº .... 
 
 
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES UNIDOS DE CAICÓ, pessoa jurídica de direito privado 
sem fins lucrativos, legalmente constituída desde 01.12.2000, já qualificada nos 
autos da Ação Civil Pública em epígrafe, neste ato representada por seu presidente 
(estatuto em anexo), com fundamento no art. 102, III, ‘a’ da Constituição Federal, 
vem à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado adiante 
assinado, conforme procuração em anexo, propor o presente 
 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
 
Contra o v. acórdão de fls..... dos autos, nos termos que seguem. Requer, para tanto, 
que o recurso seja recebido e, após notificada a parte contrária, seja determinada a 
sua remessa ao Egrégio Supremo Tribunal Federal, para que dele conheça e profira 
nova decisão. 
 
Em anexo, segue o comprovante de recolhimento das custas recursais a fim de garantir 
o preparo recursal, em observância ao art. 1007 do CPC. 
 
Questão de ordem! 
 
Nestes termos, 
 
Pede e espera deferimento. 
 
Caicó, 14 de março de 2018. 
 
Advogado 
 
OAB XXXXX 
 
 
 
 
 
 
 
AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 
PROCESSO Nº ... 
Recorrente: Associação dos Moradores Unidos de Caicó 
Recorridos: GUARARAPES ADM LTDA e PREFEITURA MUNICIPAL DE CAICÓ 
 
RAZÕES DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
 
Eminentes Ministros, 
 
I – DA SÍNTESE PROCESSUAL 
Caicó, uma cidade pequena e muito pouco desenvolvida do ponto de vista 
urbanístico, possui algumas ruínas da época da colonização portuguesa, as quais 
fazem parte do patrimônio histórico e cultural da cidade. A ruína mais famosa, 
“Colosseu”, é administrada pela empresa ré por meio de contrato de convênio com o 
Poder Público local, firmado entre a Prefeitura do Município de Caicó e a GUARARAPES 
ADM LTDA. 
A referida ruína virou um ponto turístico de intensa visitação no município. 
Ocorre que, nos últimos meses, a empresa tem deixado de lado a manutenção do local, 
o qual está gravemente deteriorado, precisando de sérios reparos, os quais a empresa 
promete que vai realizar, porém não o faz. 
Após solicitações de informações da apelante em conjunto com a Defensoria 
Pública do Estado, a Prefeitura do Município informou que já havia diligenciado junto 
à empresa as providências cabíveis, mas que também ainda não tinha obtido retorno. 
O Prefeito informou também que, em reunião com o responsável da empresa 
convocada para tratar do assunto, foi dado prazo a resolução do problema, porém o 
mesmo não foi cumprido. Entretanto, o contrato com a empresa continua vigente sem 
que sejam tomadas as devidas providências para a revitalização do local, seja pela 
Prefeitura ou pela empresa privada responsável pela administração do local. 
Tal fato vem causando grave dano ao patrimônio histórico, cultural e turístico do 
município, pelo que a ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES UNIDOS DA CIDADE DE CAICÓ, 
 
ora recorrente, ajuizou Ação Civil Pública contra a empresa responsável pela 
administração do local, GUARARAPES ADM LDTA e contra a PREFEITURA MUNICIPAL, 
titular do contrato público firmado com a referida empresa, e ente responsável pela 
preservação do local na forma do art. 30 da CF/88. 
 
Após o ajuizamento, a ação seguiu seu trâmite normal. Foi ouvido o 
representante do Ministério Público, o qual exarou parecer favorável a Associação, 
pugnando pela condenação das requeridas à reparação de danos e à obrigação de 
fazer. 
 
Entretanto, o juiz de primeiro grau extinguiu a ação sem resolução de mérito, por 
entender que as partes que ocupam o polo passivo da ação são ilegítimas. A sentença 
foi publicada no dia 10/11/2017, com fundamento na repartição de responsabilidade 
entre os entes federativos prevista na Constituição Federal. O Juiz, sem julgar o mérito 
da demanda, extinguiu o processo por entender que as partes alocadas no polo passivo 
não possuíam legitimidade, aduzindo que a matéria é de competência comum da 
União, Estados e Municípios e, por isso, os três entes deveriam estar no polo passivo 
da demanda. Fundamentou a decisão no art. 23, incisos III e IV, da Constituição 
Federal. 
 
Diante da decisão, a recorrente apresentou recurso de Apelação ao Tribunal de 
Justiça do Estado do Ceará, o qual foi recebido, porém negado provimento ao pedido 
de reforma da decisão com base nos mesmos fundamentos exarados na decisão de 
primeiro grau, conforme o v. acórdão recorrido, publicado no dia 05/03/2018. 
 
 
II – DAS RAZÕES PARA A REFORMA – DA VIOAÇÃO AOS ARTS. 23, III e IV e 30, IX DA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
 
Como dito, o v. acórdão recorrido manteve a r. sentença de primeiro grau que 
extinguiu o processo sem resolução de mérito, com fundamento o art. 23, incisos III e 
IV da Constituição Federal, os quais tratam da competência material comum a União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios para: II - proteger os documentos, as obras e 
outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens 
naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a 
descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou 
cultural. 
 
Ocorre que a interpretação dada ao dispositivo constitucional, com a devida vênia, 
não merece prosperar. Entendeu o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará que, de 
acordo com a Constituição, como a se trata de uma competência comum, deveriam 
figurar no polo passivo da Ação Civil Pública proposta pela apelante, a União, o Estado 
do Ceará e o município de Caicó. 
 
 Incorre em erro a referida decisão. Primeiro, porque o fato de ser uma 
competência comum, não quer dizer que há a obrigatoriedade de todos os entes 
figurarem no polo passivo da ação. Competência comum quer dizer que é possível que 
seja exercida por mais de um ente federativo, sem que esse exercício exclua a 
competência dos demais entes, ou seja, há a possibilidade de uma atuação conjunta. 
Segundo, porque o objeto da Ação Civil Pública proposta pela apelante é a proteção 
de patrimônio histórico cultural local, pertencenteao munícipio de Caicó, como 
demonstrado na petição inicial. 
 
Logo, apesar do disposto nos incisos III e IV do art. 23 da Constituição Federal, 
necessário observar também o art. 30 da Carta, que trata da competência exclusiva 
dos Municípios. Referido dispositivo em seu inciso IX atribui ao ente municipal a 
competência para promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local. Sendo 
assim, o que se extrai do texto constitucional é que o exercício da competência de um 
ente não exclui a competência de outro no que tange a proteção do patrimônio 
histórico e cultural. Todavia, quando se tratar de um patrimônio local, a competência 
do município merece destaque. 
 
Nobres julgadores, é evidente então que o preenchimento do polo passivo da 
demanda foi feito corretamente em observância ao texto constitucional, eis que como 
se trata de patrimônio histórico cultural local do município de Caicó é evidente a sua 
competência para a proteção do bem, não havendo nenhum fundamento que 
justifique a obrigatoriedade de incluir na demanda os outros entes. 
 
A legitimidade passiva da empresa GUARARAPES decorre do fato de que o 
Município, através de contrato público, contratou a referida empresa para realizar a 
administração do local, o que não vem sendo feito corretamente, pelo que a empresa 
também foi incluída na demanda. Sendo assim, em vista do que foi exposto, verifica-
se que a Prefeitura Municipal de Caicó e a empresa GUARARAPES ADM LTDA são partes 
legitimas para figurarem no polo passivo da ação. 
 
O v. acórdão que manteve a sentença de primeiro grau possui flagrante violação 
direta aos art. 23, III e IV e 30, IX da Constituição Federal, pelo que não merece 
 
prosperar, merecendo ser reformado por este E. Supremo Tribunal Federal, a fim de 
que se dê a devida interpretação e evite violação à Carta. 
III - DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO 
 
O §3º do art. 1003 do Código de Processo Civil estabelece como regra geral prazo 
o de 15 dias para a interposição de recurso, excetuados os embargos de declaração. 
Logo, o prazo para interposição do presente recurso segue a regra geral. 
 
Como a decisão foi publicada no dia 10/11/2017, finda o prazo para interposição 
24/11/2017. Como protocolado antes da data fatal, o presente recurso é tempestivo. 
 
IV – DO CABIMENTO DO RECURSO 
 
A decisões anteriores ao v. acórdão recorrido, bem como o próprio acórdão em 
questão, violam diretamente o art. 30 da Constituição Federal. Por isso, cabível o 
presente recurso extraordinário com fundamento no art. 102, III, ‘a’ da Constituição 
Federal. 
 
V – DA REPERCUSSÃO GERAL 
 
O presente recurso preenche o requisito previsto no art. 102, III, § 3º da CF e no 
art. 1.035 do CPC, eis que o objeto da demanda é a preservação de patrimônio 
 
histórico e cultural, logo evidente que a matéria tratada na demanda transcende o 
interesse das partes nela presentes. 
 
A decisão proferida irá afetar uma gama de pessoas, não apenas as partes 
envolvidas no processo. É questão de grande relevância social e econômica para a 
população do Município de Caicó, e para o País como um todo. 
 
Ademais, do ponto de vista jurídico, sua relevância se dá pela matéria de direito 
que se pretende seja revisada. Refere-se à repartição de competência constitucional 
dos entes federativos, ou seja, questão de grande relevância, e que poderá afetar 
outros recursos que não apenas o presente. 
Nestes termos, em razão de transcender o direito subjetivo das partes nela 
envolvidas e por estar demonstrada a repercussão geral no caso concreto, o presente 
Recurso Extraordinário merece ser conhecido. 
 
VI– DO PREQUESTIONAMENTO 
 
Em observância às Súmulas 282 e 283 deste E. Supremo Tribunal, toda a matéria 
discutida no presente recurso foi ventilada no v. acórdão atacado. 
 
 
 
 
VII – DOS REQUERIMENTOS E PEDIDOS 
 
Isto posto, requer-se a Vossas Excelências se dignem a conhecer o presente recurso, 
eis que preenchidos todos os requisitos para tanto, e, ao final, pede-se que seja dado 
provimento, para reformar o v. acórdão, a fim de que fique reconhecida a legitimidade 
passiva da Prefeitura Municipal de Caicó e GUARARAPES ADM LTDA, determinando-se 
que outra decisão seja proferida, com a apreciação do mérito da causa. 
 
Nesses termos, 
 
Pede e espera deferimento. 
 
 
Caicó, 14 de março de 2018. 
 
Advogado 
 
OAB XXXXX 
 
 
 
 
 
1. No que os recursos especial e extraordinário se diferenciam dos demais 
recursos? 
2. Por qual motivo tais recursos estão previstos expressamente na 
Constituição Federal, e não apenas na legislação infraconstitucional como 
os demais? 
3. Além de julgar o recurso extraordinário, qual o papel do Supremo Tribunal 
Federal na organização judiciária brasileira? 
4. Quais as diferenças entre o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal 
de Justiça? 
5. Por que a repercussão geral somente é exigida no recurso extraordinário? 
Resolução comentada

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