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PASS – AULA 10 DRA LISETE 
 Lara C. Micheletto - TXX 
 
Epidemiologia nutricional
Enchimento 
↳ epidemiologia nutricional contribui para o estudo do 
que o nosso corpo precisa 
↳ é a ciência cujo objetivo é investigar o efeito sobre 
a ocorrência de doenças específicas 
↳ fornece informações que possam tratar sobre 
políticas de promoção prevenção e manutenção do 
estado nutricional de indivíduos ou população, 
considerado padrão ou sadio. 
↳ As investigações epidemiológicas em nutrição, 
quaisquer que sejam as respostas procuradas, tem 
focalizado na determinação do estado nutricional e/ 
ou a avaliação da ingestão dietética em confronto 
com a presença e a ausência da doença. 
História da epidemiologia 
nutricional 
• em 1753, estudo de James Lind em um 
navio britânico sobre escorbuto( 
deficiência de vitamina C). 
• em 1862, estudo do médico japonês 
Baron Takaki que observou a doença 
beribéri associando a mesma a 
deficiência alimentar ( deficiência de 
Tiamina). 
• em 1914 Joseph Goldberger, relacionou a 
pelagra com a deficiência de algum 
elemento específico na dieta ( deficiência 
de niacina- B3). 
↳ O delineamento de estudos epidemiológicos em 
nutrição segue a estrutura de estudos 
epidemiológicos em geral. 
↳ Os métodos epidemiológicos variam de estudos 
descritivos a ensaios randomizados controlados( 
Bruemmer et al,2009). 
↳ Pesquisas em epidemiologia nutricional devem 
basear-se em estudos bem delineados, caso 
contrário, perde-se tempo e dinheiro em 
investigações, muitas vezes antiéticas. 
Limitações dos estudos de epidemiologia alimentar 
• Falta de exatidão e precisão na estimativa do 
consumo alimentar; 
• Consumo de nutrientes estão altamente 
relacionados; 
Estudos de exposições 
nutricionais 
1- Estudos Ecológicos 
2- Grupos de Exposição especial 
3- Estudos de Migrantes e Tendências Seculares 
4- Estudos de Caso-controle e de Coorte 
5- Estudos Experimentais 
1- ESTUDOS ECOLÓGICOS DE DIETA X 
LONGEVIDADE 
↳ Investigações epidemiológicas da relação entre 
dieta e doença até a década de 80: 
↳ Estudos ecológicos correlacionais- (populações). 
↳ Dados: 
• EUA: 30-40% da energia da dieta provem de 
gorduras 
• Países pobres tem menor taxa de CA de 
cólon; 
• Consumo de álcool pela população e CA de 
Mama; 
Problema Metodológico 
↳ Coleta de informação sobre ingesta real, de 
maneira uniforme, nos subgrupos populacionais de 
interesse 
↳ De forma geral, no entanto o papel de estudos 
ecológicos na epidemiologia nutricional é controverso. 
↳ Ex.: Análises têm estimulado pesquisas relacionando 
CA e Doença cardiovascular, outras doenças 
degenerativas (Alzheimer, Parkinson,...) e suas 
diferenças entre taxas dessas doenças entre países. 
No balanço, estes estudos foram claramente úteis, 
mas longe de serem conclusivos!!!! 
2- GRUPOS DE EXPOSIÇÃO ESPECIAL 
↳ Oportunidade adicional em grupos de pacientes 
que consomem dietas especiais, por motivos 
religiosos, étnicos, ... 
PASS – AULA 10 DRA LISETE 
 Lara C. Micheletto - TXX 
• Taxa de Ca de Cólon em adventistas (muitos 
vegetarianos) é a metade da esperada na 
população aonde está inserida (carne como 
fator de risco...:). 
• Ca de mama em taxas iguais às observadas 
em outros grupos... 
 ↳ Inferência: carne não dá câncer de mama! 
 
3- ESTUDOS DE MIGRANTES E TENDÊNCIAS 
SECULARES 
↳ Úteis para abordar a possibilidade de que as 
correlações observadas nos estudos ecológicos sejam 
devidas a fatores genéticos. 
↳ Populações com padrões de CA na maioria dos 
casos mudam as taxas para o novo local aonde 
passam a viver. 
↳ A tendência Secular: Ca de cólon em aumento 
significativo da década de 50 até o século 21, que não 
pode ser explicado só por padrões genéticos. 
 
4- ESTUDOS DE CASO CONTROLE E DE COORTE 
 
 
↳ Diversos estudos de coorte e caso controle 
estão relacionando a deficiência de vitamina D 
com o aumento de risco de doenças 
cardiovasculares. 
• NHANES III RR- 2,36 
• Framingham Offspring, RR-1,62 
• Health Professionals Follow-up Study, RR-2,42 
• -Deficiência de vitamina D está associada com 
baixo nível de HDL colesterol e alta taxa de 
CT, a qual está vinculada a maiores riscos de 
DCV. (Nutition, 2017) 
• O estudo mostra correlação e não causa, e, 
não assegura que suplementar Vit D melhora 
os níveis de HDL. 
5- ESTUDOS EXPERIMENTAIS 
↳ São de alto valor científico, porém costumam ser 
realizados quanto dados não experimentais 
conduzidos demonstraram algum benefício e um 
desfecho adverso seja improvável. 
↳ Ex.: vitaminas para prevenir câncer, complementos,... 
Suplemento de carotenóides e pré-vitamina A 
• Estudo finlandês com 14564 pessoas onde 
oferecia-se uma dieta diária com 20 mg de b-
caroteno por 5 anos apresentou incidência 
significativamente maior de câncer de pulmão 
(RR-1,18) e mortalidade total(1,08) no grupo 
tratado do que no grupo placebo. 
• Em 11 estudos caso-controle e 10 estudos de 
coorte identificou que a ingestão de tomate 
cru e derivados de tomate diminuem o risco 
de câncer de próstata (RR-0,78). 
↳ O problema da verdadeira adesão (paciente 
superestima a adesão (mente!!!) 
↳ Problemas com a ética do experimento: Ex.: 
associar CA de mama com uso de bebidas alcoólicas. 
Mensuração da dieta em 
estudos epidemiológicos 
↳ Complexidade da dieta humana como desafio para 
qualquer pesquisador que contemple um estudo de 
sua relação com doenças crônicas como câncer ou 
aterosclerose! 
↳ Cada alimento com milhares de componentes 
(produtos químicos) alguns quantificados, outros 
caracterizados apenas parcialmente e outros sem 
descrição. 
PASS – AULA 10 DRA LISETE 
 Lara C. Micheletto - TXX 
↳ Relacionamento entre componentes no 
metabolismo humano: gordura x proteína x vitaminas... 
Nutrientes, alimentos e padrões 
dietéticos 
↳ Hipóteses baseadas em um nutriente específico 
(iogurte e leite têm nutrientes muito próximos.) 
↳ Análises epidemiológicas baseadas em alimentos 
(comer ou não comer ovo, fonte de aminoácidos 
e muito pobre em gordura saturada.) 
↳ Avaliações múltiplas de fatores de 
confundimento por nutrientes contidos nos 
alimentos e que não estão sendo levados em 
conta (a hipótese de o álcool causar câncer de 
mama após a observação da ingestão a partir de 
bebidas destiladas e de cerveja, diferentes fontes 
relacionadas a um desfecho). 
Dimensão de tempo 
↳ Entendimento da patogenia dos cânceres e outras 
doenças prevalentes (aterosclerose) limitada; 
↳ Incerteza do período de tempo antes do 
diagnóstico, para qual a dieta possa ser relevante; 
↳ Dieta importante na infância para cânceres e 
doença cardiovascular... 
↳ Dietas invariáveis durante grandes períodos sofrem 
variações importantes em alguns componentes no dia 
a dia (ingesta energética total similar, porém níveis de 
colesterol e vitamina A bem diferentes de um dia 
para outro... 
Métodos utilizados em pesquisa 
e baseados na ingestão de 
alimentos (prova) 
↳ Recordatório de 24 horas- de curto prazo e 
recursos da dieta– lembrar tudo o que comeu ontem, 
por isso é retrospectivo 
↳ Limitações: 
• alta variabilidade de um dia para o outro; 
• Dificuldade do participante estimar o tamanho 
das porções; 
• Dificuldade do participante listar ingredientes 
presentes em preparações. 
↳ Diário ou Registro Alimentar (prospectivo) 
• Refere-se normalmente a um período de 3 a 
7 dias; 
• Preenchido pelo entrevistado a medida que 
vai ingerindo os alimentos nas diferentes 
refeições e lanches; 
• reduz viés de memória; 
 
↳ Limitações 
• Indivíduo altera o consumo por saber que 
está sendo avaliado, tentando encobrir 
exageros ou tornar o registro mais simples. 
QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA ALIMENTAR 
 
↳ Os métodos mais usados para avaliação do estado 
nutricional são os métodos antropométricos. 
↳ Consiste na obtenção de medidas das dimensões 
físicas e de composição corporal em diferentes 
estágios da vida e nacomparação com padrões que 
reflitam o crescimento e o desenvolvimento do 
indivíduo. 
• Peso; 
• IMC 
• Estatura 
• Circunferência abdominal 
• Pregas cutâneas 
Antropometria 
↳ Pregas cutâneas para avaliar % de gordura 
corporal... 
PASS – AULA 10 DRA LISETE 
 Lara C. Micheletto - TXX 
 
↳ Bioimpedância elétrica (gordura, massa magra, 
líquidos)... 
 
Indicadores bioquímicos de 
dieta 
• Bioquímica (Col. E frações, trigl, retinol...); 
• Eritrócitos; 
• Gordura subcutânea; 
• Cabelo e Unhas; 
↳ Limitação: Alta regulação endógena, independente 
da dieta, que muitas vezes distanciam o marcador 
bioquímico do consumo real. 
↳ “Os resultados nunca refletirão uma relação dose –
resposta de 100 %.”

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