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Escândalos Contábeis E Lei Sarbanes- Oxley (Sox) APRESENTAÇÃO Os escândalos contábeis em algumas empresas multinacionais se tornaram públicos em 2001, causando instabilidade no mercado financeiro. Fraudes e alterações de balanço foram as principais causas de grandes prejuízos para essas empresas, as quais eram referência e representavam equilíbrio financeiro no mercado internacional. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar a Lei Sarbanes-Oxley, conhecida como SOX, que foi criada para aumentar os controles internos e evitar maiores riscos de fraudes. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever a governança corporativa.• Citar o objetivo, a estrutura e a finalidade da Lei SOX.• Reconhecer os escândalos contábeis que antecederam a SOX.• DESAFIO A empresa em que você trabalha está estudando a possibilidade de implantar a Lei SOX e deixou você responsável por descobrir de que forma ela poderá contribuir para a melhora dos controles internos. Apresente um relatório explicando como os itens transparência, equidade, prestação de contas e conformidade podem contruibuir para os controles internos de uma empresa. INFOGRÁFICO Desde 1946, quando foi criada a Internacional Organization for Standardization (ISO), novas propostas surgiram para auxiliar a governança corporativa e a gestão de riscos e controles internos. Observe no infográfico quais são essas propostas e em que época surgiram! Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! CONTEÚDO DO LIVRO A Lei Sarbanes-Oxley, conhecida como SOX, foi criada para aumentar os controles internos e evitar maiores riscos de fraudes. A governança corporativa é o sistema de políticas, normas, regras e valores que norteiam o gerenciamento e direcionamento das empresas. As características da governança corporativa – que são transparência, equidade, prestação de contas e conformidade – podem contribuir para o controle interno. Acompanhe a leitura do capítulo Escândalos Contábeis e a Lei Sarbanes-Oxley (Sox), do livro Governança Corporativa. Boa leitura! Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin – CRB 10/2147 G721 Governança Corporativa [recurso eletrônico] / Giancarlo Giacomelli... [et al.] ; [revisão técnica: Gisele Lozada]. – Porto Alegre : SAGAH, 2017. Editado também como livro impresso em 2017. ISBN 978-85-9502-169-3 1. Governança. 2. Administração pública. I. Giacomelli, Giancarlo. CDU 336.773 Os escândalos contábeis e a Lei Sarbanes-Oxley (SOX) Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Descrever a governança corporativa. � Citar o objetivo, a estrutura e a finalidade da Lei SOX. � Reconhecer os escândalos contábeis que antecederam a Lei SOX. Introdução Os escândalos contábeis em algumas empresas multinacionais se torna- ram públicos em 2001, causando instabilidade no mercado financeiro. As fraudes, alterações de balanço, entre outros, foram as principais causas de grandes prejuízos para essas empresas, que eram referência e repre- sentavam equilíbrio financeiro no mercado internacional. Neste texto, você conhecerá a Lei Sarbanes-Oxley, conhecida como SOX, que foi criada para aumentar os controles internos e evitar maiores riscos de fraudes. Governança corporativa Governança corporativa é o sistema de políticas, normas, regras, valores, etc., que norteiam o gerenciamento e direcionamento das empresas. As boas práticas de governança corporativa aumentam o valor da sociedade, facilitam seu acesso ao capital e contribuem para a sua sustentabilidade. A expressão governança corporativa é designada para abranger os assuntos relativos ao gerenciamento e direção de uma empresa. Uma boa governança, portanto, permite uma melhor administração, o que beneficia não só os acio- nistas, mas também aqueles que estão ligados indiretamente à empresa. Características da governança corporativa a) Transparência: expressa pelo desejo de prover informa- ção relevante e não confidencial, de forma clara, tempestiva e precisa, incluindo informações de caráter não financeiro. Na literatura internacional, esse princípio é conhecido como disclosure, ou seja, o dever de relevar informações úteis e relevantes no momento adequado. No Brasil, esse princípio é regulamentado pelo Art.157 da Lei 6.404/76 e pela Instrução nº 358 da CVM. b) Equidade: assegura a proteção dos direitos de todos os usuários da informação contábil, incluindo os acionistas minoritários e estrangeiros, fornecedores, etc., garantindo tratamento igualitário, bem como a não adoção de práticas e políticas discriminatórias. c) Prestação de contas: os agentes da governança corporativa devem pres- tar contas dos seus atos administrativos, a fim de justificar, em sua eleição, a remuneração e seu desempenho. Esses agentes devem zelar pela continuidade da empresa, por meio de decisões que privilegiem a perenidade e a sustentabilidade em relação ao resultado em curto prazo, sem deixar de considerar a função social da empresa e o seu dever de contribuir para ações educativas e culturais, ao mesmo tempo que respeitam o meio ambiente. No Brasil, esse princípio é regulamentado pelos Arts.153 e 155 da Lei 6.404/76. d) Conformidade: garante que as informações preparadas pelas empresas obedeçam às Leis e aos regulamentos corporativos. Na literatura inter- nacional, esse princípio é conhecido como Compliance. Desde 1946, quando foi criada a ISO (Internacional Organization for Standardization), vêm surgindo novas propostas para auxiliar a governança corporativa, a gestão de riscos e a de controles internos. Veja no Quadro 1. Os escândalos contábeis e a Lei Sarbanes-Oxley (SOX)382 1946 ISO (Internacional Organization for Standardization) 1966 Auditoria Analítica – Skinner / Anderson – Canadá 1991 FDICIA – (Federal Deposit Insurance Corporation Improvement Act) e CADBURY (Internacional Control and Financial Reporting) no Reino Unido 1992 Estrutura de Controles Internos sobre Relatórios Financeiros do Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission – COSO (emitida pelos órgãos de contabilidade e auditoria dos EUA) 1994 KON TRAG (Controle e transparência das empresas alemãs) 1995 CoCo (Canadian Institute of Chartered Accountants Criteria of Control Committee) e ANZ 4360 Risk Management (Standards Australia and New Zealand) 1996 COBIT (Control Objectives for Information and Related Tecnology). Emitida pelo órgão de Auditoria e Governança de Sistemas dos EUA. 1997 G-30 (The Group of Thirty) 1998 BASILEIA (Aplicável ao Sistema Financeiro) 1999 TURNBULL (Controle e transparência para a Bolsa de Londres) 2001 BASILEIA 2 (Aplicável ao Sistema Financeiro) 2002 SARBANES-OXLEY e criação do PCAOB (Órgão normatizador e fiscalizador da atuação das auditorias independentes) 2004 2ª. Versão do COSO (ERM), incluindo o Gerenciamento de Riscos Empresariais – versão final 09/2004 (COSO II) Quadro 1. Propostas para auxiliar a governança corporativa, a gestão de riscos e a gestão de controles internos. 383Escândalos contábeis e Lei a Sarbanes-Oxley (Sox) Sarbanes-Oxley Origem A norma internacional Sarbanes-Oxley, mais conhecida como SOX ou Sarbox, foi criada em 2002, nos Estados Unidos, por Oxley, um republicano de Ohio, e Sarbanes, um democrata de Maryland. Tinha como objetivo promover uma limpeza no mundo empresarial americano devido a escândalos financeiros envolvendo empresas de grande porte. Estrutura A SOX é dividida em onze capítulos, com um total de 69 artigos. Essa lei força as empresas a reestruturarem seus processos e a aumentarem seus controles, segurança e transparência na administração dos negócios, na área financeira, nos registros contábeis e na gestãoe divulgação das informações. Torna obrigatória uma série de medidas que já eram consideradas como forma de gestão administrativa. Além disso, cria mecanismos de auditoria e segurança confiáveis, criando comitês encarregados de supervisionar as atividades e operações. Formados por profissionais independentes, esses comitês têm como objetivo evitar fraudes e criar meios de identificá-las quando ocorrerem. Finalidade Essa norma envolve a alta direção, ou seja, Diretores Executivos e Diretores Financeiros que se tornam responsáveis por estabelecer e monitorar a eficácia dos controles internos financeiros e a divulgação dessas informações. O Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB – Conselho de Auditores de Companhias Abertas) foi criado para supervisionar os processos de auditoria das empresas sujeitas à SOX. Tem a missão de estabelecer as normas de auditoria, controle de qualidade, ética e independência em relação aos processos de inspeção e à emissão dos relatórios de auditoria. Os auditores de empresas sujeitas à SOX deverão ser registrados no PCAOB. Os escândalos contábeis e a Lei Sarbanes-Oxley (SOX)384 Ocorrências da época Em dezembro de 2001, o mundo, ainda abalado pelos atentados terroristas ocorridos em 11 de setembro, foi surpreendido por outro evento com proporções globais: a descoberta de manipulações contábeis em uma das empresas mais conceituadas dos Estados Unidos: a Enron. Essa descoberta deu início a um efeito dominó, com a constatação de práti- cas de manipulação em várias outras empresas, não só norte-americanas, mas no resto do mundo. Isso resultou em uma crise de confiança em níveis inéditos, desde a quebra da bolsa norte-americana em 1929; acarretou o enfraquecimento do grau de confiança dos investidores, abalando o equilíbrio não apenas do mercado daquele país, mas também dos demais mercados internacionais. A legislação é abrangente e estabelece novos padrões e melhorias para todas as companhias abertas norte-americanas, conselhos de administração, diretorias e empresas de auditoria interna. A SOX possui 11 títulos, indo de responsabilidades adicionais dos conselhos de administração das empresas a penalidades criminais, e requer da Securities and Exchange Commission – SEC – a implementação de regras definidas por essa lei (Quadro 2). Fonte: Adaptado de Coelho (2013). Capítulo 1 Criação do Órgão de Supervisão do Trabalho dos Auditores Independentes Capítulo 2 Independência do Auditor Capítulo 3 Responsabilidade Corporativa Capítulo 4 Aumento do Nível de Divulgação de Informações Financeiras Capítulo 5 Conflito de Interesses de Analistas Capítulo 6 Comissão de Recursos e Autoridade Capítulo 7 Estudos e Relatórios Capítulo 8 Prestação de Contas das Empresas e Fraudes Criminais Capítulo 9 Aumento das Penalidades para Crimes de Colarinho Branco Capítulo 10 Restituição de Impostos Corporativos Capítulo 11 Fraudes Corporativas e Prestação de Contas Quadro 2. Títulos da SOX 385Escândalos contábeis e Lei a Sarbanes-Oxley (Sox) Principais características da Sarbanes-Oxley ( 2002) � Estabelece novos padrões de responsabilidade contábil corporativa, confiabilidade e transparência dos relatórios financeiros. � Dá ênfase à transparência dos dados para análise e interpretação dos resultados da organização. � Dá ênfase ao uso de um Framework de controle para avaliação de controles internos. � Define penalidades rígidas no caso de danos – sejam intencionais ou não. � Define a implementação de diretrizes da SEC (Securities and Exchange Commission). � Com mais de 300 seções, a SOX é provavelmente a legislação mais significativa para os negócios nos EUA. Antecedentes da lei Sarbanes: “Os 10 Grandes Erros” Os 10 grandes erros da lógica do mercado que contribuíram para a SOX: 1. Servidão dos executivos a Wall Street. 2. Arrojo em excesso. 3. Overdose de risco. 4. Problemas de governança. 5. Idolatria devido a sucessos passados. 6. Estratégias de curto prazo. 7. Ciranda das aquisições. 8. Medo da pressão da chefia. 9. Cultura interna inadequada. 10. Espiral da morte. Os escândalos contábeis e a Lei Sarbanes-Oxley (SOX)386 Escândalos contábeis Caso Enron (EUA/2001) Até a explosão dos escândalos envolvendo a Enron, qualquer rumor negativo a seu respeito era considerado sem fundamento. Afinal, tratava-se da quinta maior empresa norte-americana apontada por cinco anos, pelo ranking da revista Fortune, como uma das 100 melhores empresas para se trabalhar nos Estados Unidos. Fundada em 1985, a partir da fusão de duas empresas distribuidoras de gás natural, a Enron, em 1989, começou a atuar no mercado de commodities de gás natural. Sua estratégia era comprar uma empresa geradora ou distribuidora de gás natural e fazer dela um centro de armazenamento ou comercialização de energia. Em dez anos atuando no mercado, a Enron já tinha 25% do mercado de commodities de energia, com aproximadamente US$ 100 bilhões de ativo. Em novembro de 2001, sob investigação da Securities and Exchange Com- mission (SEC), a Enron admitiu ter inflado seus lucros em US$ 600 milhões, nos últimos 4 anos, e feito desaparecer dívidas de US$ 650 milhões. Várias de suas subsidiárias de propósito específico (não controladas diretamente pela holding) abrigavam passivos que não eram refletidos nos balanços. Diversas transações ilegais eram realizadas utilizando empresas que existiam apenas no papel. Em menos de um mês após o estouro do escândalo, a Enron entrou com pedido de falência. Kenneth Lay, presidente do conselho de administração, vendeu cerca de US$ 200 milhões de ações antes da queda da companhia. O impacto afetou as cotações na reabertura das bolsas na semana seguinte aos aconte- cimentos. Os índices de ações principais sofreram perdas entre 15 e 18%, passando por um período de grande volatilidade e de queda nas cotações, refletindo as alterações nas expectativas quanto ao risco e à rentabilidade no futuro. 387Escândalos contábeis e Lei a Sarbanes-Oxley (Sox) Caso Arthur Andersen (EUA/2001) Quando o escândalo Enron explodiu, a Arthur Andersen, uma empresa de 89 anos, era tida como uma das mais conceituadas do mercado. Junto com a PricewatherhouseCoopers, a Deloitte Touche, a Ernst & Young e a KPMG, formavam o megagrupo conhecido no mercado como Big Five. Em outras palavras, as companhias brigavam para ter uma dessas empresas como seus auditores, em função do renome que desfrutavam no mercado, pela sua efi- ciência e confiabilidade. No entanto, quando o caso Enron veio à tona, com todas as implicações sobre o envolvimento da Andersen, seu efeito sobre a empresa foi o mesmo da implosão de um grande prédio, que cai em poucos segundos. Em questão de alguns meses, ela estava acabada. Seus 85 mil funcionários, de notória formação, com poucas exceções, foram rapidamente absorvidos pelas outras empresas, que também absorveram os 2.300 clientes da Andersen, com um faturamento de US$ 5 bilhões por ano. A Andersen estava mais do que ciente das práticas de contabilidade criativa que a empresa vinha adotando. No ano de 2001, ela havia recebido US$ 52 milhões por serviços prestados à Enron. Deste montante, US$ 27 milhões eram derivados da prestação de serviços de consultoria. Assim, tão logo surgiu rumores sobre o problema, a Andersen destruiu toda a documentação que pudesse prejudicá-la. Os principais executivos ligados à Enron estão sofrendo processos judiciais, e os efeitos da postura antiética da Andersen são muito mais abrangentes. Nesse sentido, o mercado é muito cruel e toda profissão contábil ficou com a imagem prejudicada. Caso WorldCom (EUA/2002) Por ocasião de seu pedido de falência, em julho de 2002, a WorldCom era conhecida como a segunda maior empresa de telefonia de longa distância nos Estados Unidos. Durante os cinco anos que antecederam à sua falência, a empresa havia crescido intensamente, a partir de fusões e aquisições, usando bilhões de dólares de suas próprias ações e dívidas de US$25 bilhões como mecanismo de financiamento desse crescimento. A WorldCom manipulou suas demonstrações contábeis no período de 1999 a 2002, dando origem ao maior caso de fraude da história norte-americana. Os escândalos contábeis e a Lei Sarbanes-Oxley (SOX)388 Após cada trimestre, a empresa revisava seus números de forma a adequá- -los às estimativas dos analistas independentes. Essas práticas permitiram à empresa captar US$ 17 bilhões em lançamentos de notas ocorridos entre maio de 2000 e maio de 2001, classificando esse dinheiro como investimento, quando, na verdade, a empresa estava à beira da falência. Seu ex-presidente, Bernard Ebbers, em julho de 2005, foi condenado a cumprir 25 anos de prisão. Também teve que colocar sua fortuna pessoal à disposição de um fundo destinado a indenizar os acionistas prejudicados pela quebra da empresa. Ele já pagou US$ 850 mil e deve chegar a US$ 4 milhões Caso Xerox (EUA/2002) A Xerox firmou um contrato de cinco anos e contabilizou toda a receita no primeiro ano. Teve que pagar multa à SEC. A KPMG pagou multa de US$ 22 milhões, e o sócio responsável pela sua conta foi obrigado a pagar US$ 100 mil. Caso Bristol-MyersSquibb (EUA/2002) Empresa farmacêutica que, durante os anos de 2000 e 2001, praticou descontos abusivos. A SEC descobriu US$ 1,5 bilhão de receitas adicionais que a Bristol explicou ser adiantamento de vendas ainda não realizadas. A Bristol pagou US$ 150 milhões e seus dois principais executivos estão sendo processados pela SEC. Caso Merk (EUA/2001) A Merk inflou suas receitas e despesas em igual número. O efeito foi nulo, mas essa prática pode induzir um investidor a ter uma noção equivocada sobre o porte da empresa. A Merk pagou multa à SEC e teve que republicar seus balanços. 389Escândalos contábeis e Lei a Sarbanes-Oxley (Sox) 1. Uma boa governança permite uma melhor administração, o que beneficia não só os acionistas, mas também aqueles que estão ligados indiretamente à empresa. O que é governança corporativa? a) Conjunto de valores tradicionais que regem as empresas. b) O sistema de políticas, normas, regras, valores, que norteiam o gerenciamento e direcionamento da empresa. c) Gestão administrativa. d) Política regional. e) Sistema de legislação tributária, órgãos reguladores e sistemas de qualidade. 2. São características da governança corporativa: a) transparência, equidade, prestação de contas e conformidade. b) valores, eficiência, eficácia. c) qualidade, dignidade e ética. d) equidade, objetividade e negligência. e) comparação, potencialidade e sustentabilidade ambiental. 3. Quanto à estrutura, a SOX é dividida em: a) 7 capítulos e 69 artigos. b) 10 capítulos e 19 artigos. c) 11 capítulos e 29 artigos. d) 11 capítulos e 69 artigos. e) 9 capítulos e 69 artigos. 4. O objetivo principal da SOX é: a) que as empresas não tenham problemas financeiros. b) agregar sustentabilidade através de auditoria. c) apenas contribuir para o crescimento sustentável da empresa. d) eliminar totalmente os riscos de mercado. e) que as empresas aumentem seus controles, a segurança e a transparência na administração dos negócios, na área financeira, nos registros contábeis e na gestão e divulgação das informações. 5. O Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB – Conselho de Auditores de Companhias Abertas) foi criado para: a) supervisionar os controles internos. b) supervisionar os processos de auditoria das empresas sujeitas à SOX. c) Supervisionar todo o processo de registros contábeis. d) aumentar a credibilidade dos auditores. e) supervisionar a conduta ética dos auditores. Os escândalos contábeis e a Lei Sarbanes-Oxley (SOX)390 BORGERTH, V. M. C. Sox: entendendo a Lei Sarbanes-Oxley. São Paulo: Thomson, 2009. Leituras recomendadas ALEXANDRE, R. Governança corporativa e os impactos da Lei Sarbanes-Oxley. Admi- nistradores, 2009. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/producao- -academica/governanca-corporativa-e-os-impactos-da-lei-sarbanes-oxley/2188>. Acesso em: 16 set. 2016. COUTO, B.; MARINHO, R. Contabilidade criativa x Lei Sarbanes-Oxley: um enfoque sobre a credibilidade da auditoria – MEF13801 – IR. Disponível em: <http://www.etecnico. com.br/paginas/mef13801>. Acesso em: 16 set. 2016. PETERS, M. Implantando e gerenciando a Lei Sarbanes-Oxley. São Paulo: Atlas, 2007. PORTAL DE AUDITORIA. Introdução à Lei Sarbanes-Oxley (SOX). Disponível em: <http:// www.portaldeauditoria.com.br/auditoria-interna/Introducao-a-lei-Sarbanes-Oxley- -SOx.asp>. Acesso em: 16 set. 2016. TV SÃO JUDAS. Empreendedor - Série Sustentável - A lei SOX. Youtube, 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=XRjqbpA-T20>. Acesso em: 16 set. 2016. Referência 391Escândalos contábeis e Lei a Sarbanes-Oxley (Sox) Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. DICA DO PROFESSOR O vídeo a seguir apresenta alguns escândalos que levaram à criação da Lei SOX. Assista! Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) A boa governança favorece a melhor administração, o que beneficia não só os acionistas, mas todos que indiretamente estão ligados à empresa. O que é governança corporativa? A) Conjunto de valores tradicionais que regem as empresas. B) O sistema de políticas, normas, regras e valores que norteiam o gerenciamento e direcionamento da empresa. C) Gestão administrativa. D) Política regional. E) Sistema de legislação tributária, órgãos reguladores e sistemas de qualidade. 2) São características da governança corporativa: A) Transparência, equidade, prestação de contas e conformidade. B) Valores, eficiência e eficácia. C) Qualidade, dignidade e ética. D) Equidade, objetividade e negligência. E) Comparação, potencialidade e sustentabilidade ambiental. 3) A estrutura a SOX é dividida em: A) Sete capítulos e 69 artigos. B) Dez capítulos e 19 artigos. C) Onze capítulos e 29 artigos. D) Onze capítulos e 69 artigos. E) Nove capítulos e 69 artigos. 4) O objetivo principal da SOX é: A) Que as empresas não tenham problemas financeiros. B) Agregar sustentabilidade através de auditoria. C) Apenas contribuir para o crescimento sustentável da empresa. D) Eliminar totalmente os riscos de mercado. Que as empresas aumentem seus controles, a segurança e a transparência na administração E) dos negócios, na área financeira, nos registros contábeis e na gestão e divulgação das informações. 5) O Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB, sigla para Conselho de Auditores de Companhias Abertas) foi criado para: A) Supervisionar os controles internos. B) Supervisionar os processos de auditoria das empresas sujeitas à SOX. C) Supervisionar todo o processo de registros contábeis. D) Aumentar a credibilidade dos auditores. E) Supervisionar a conduta ética dos auditores. NA PRÁTICA Os escândalos contábeis que envolveram grandes empresas americanas foram os precedentes para a criação da Lei SOX em 2002. A Lei Sarbanes-Oxley, criada pelos congressistas Paul Sarbanes e Michael Oxley, visa a proteger os investidores de fraudes. Na prática, adaptar algo dinâmico com o cotidiano de uma empresa às exigências dos 11 capítulos da lei tem consumido muito tempo dos executivos e dinheiro dos acionistas. No Brasil, esse movimento provocou um entusiasmo além do esperado. Pela fria letra da lei, somente as 36 companhias brasileiras com papéis no mercado americano foram obrigadas a adaptar suas normas até junho de 2006. Entre as empresas certificadas pela Sarbox está o banco Itaú, o Pão de Açúcar, a Gol e a Vale do Rio Doce. As vantagens vão além dos Estados Unidos e são confirmadas por profissionais fora do mercado de auditoria, que ganha dinheiro com a certificação. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:ALEXANDRE, R. Governança corporativa e os impactos da Lei Sarbanes-Oxley. Leia o artigo no link a seguir. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Portal de Auditoria. Introdução à Lei Sarbanes-Oxley (SOX). Leia mais no link a seguir. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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