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GOVERNANÇA CORPORATIVA E-book 2 Gladys Garcia Neste E-Book: INTRODUÇÃO ����������������������������������������������4 MODELOS E PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA NO BRASIL ����������������������������������������������������������� 5 Modelos De Governança Corporativa ��������������������5 Quais são as entidades de Promoção E Regulação da Governança no Brasil? ������������������ 10 NÍVEIS DE GOVERNANÇA CORPORATIVACRIADOS PELA BOVESPA ������������������������������������������������������13 Nível Novo Mercado���������������������������������������������� 13 Nível 2 �������������������������������������������������������������������� 15 Nível 1 �������������������������������������������������������������������� 16 Bovespa Mais �������������������������������������������������������� 16 ÍNDICES BOVESPA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA �������������18 RELAÇÃO ENTRE GOVERNANÇA CORPORATIVAE LEI SARBANES- OXLEY ������������������������������������������������������������21 PRINCIPAIS SEÇÕES DA LEI SARBANES-OXLEY ����������������������������������27 2 IMPACTOS E VANTAGENS DA LEI SARBANES-OXLEY �����������������������������������29 Quais são as vantagens que a lei trouxe? ����������� 29 Desvantagens da Lei Sarbanes-Oxley ����������������� 31 A LEI SOX E A GOVERNANÇA CORPORATIVA ������������������������������������������ 32 EMPRESAS BRASILEIRAS E A LEI SARBANES-OXLEY �����������������������������������34 Para que tipos de empresa a Lei SOx se aplica? 34 CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������36 SÍNTESE �������������������������������������������������������37 3 INTRODUÇÃO Neste módulo, vamos conhecer os modelos e as práticas atuais da Governança Corporativa no Brasil: os modelos propostos pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, entre outros� Vamos estudar também os níveis de governança cor- porativa definidos pela Bovespa, além de identificar as entidades que promovem e regulam a governança no Brasil� Na sequência, vamos compreender a rela- ção entre a Governança Corporativa e a Lei Sarbanes- Oxley, criada nos Estados Unidos, e como ela regula as práticas de governança corporativa� Bons estudos! 4 MODELOS E PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA NO BRASIL No Brasil, diferentemente dos outros países, a Governança Corporativa surgiu com o objetivo de modificar e modernizar as formas de administração das organizações, tornando-as atraentes e competi- tivas para o mercado global� A seguir, vamos estudar os modelos de governança� Modelos De Governança Corporativa A governança corporativa é um sistema que controla e monitora as organizações, com vistas a instituir uma gestão mais ética e transparente, para garantir o desenvolvimento sustentável da empresa e ainda diminuir os riscos do negócio� Além disso, uma boa governança corporativa auxilia o crescimento da or- ganização, pois ajuda a mitigar os riscos e previne abusos por parte dos acionistas e gestores, já que atua no controle e na transparência dos processos� O Instituto Brasileiro de Gestão Corporativa (IBGC) propõe dois modelos para esse sistema, a saber: I) Outsider System: neste modelo, os acionistas não fazem parte do dia a dia da gestão de uma empresa. O intuito é a maximização dos lucros dos acionistas 5 (shareholder oriented), por isso, o foco é no mercado de ações, a fim de assegurar o retorno do investimen- to� O modelo é chamado de anglo-saxão, pelo fato de ser mais tradicionalmente adotado nos Estados Unidos e no Reino Unido� II) Insider System: este modelo é orientado para maximizar os ganhos e resultados financeiros da companhia, pois envolve todos os stakeholders (stakeholder oriented), ou seja, aqueles que estão envolvidos direta ou indiretamente na gestão e nos resultados da empresa, bem como os clientes, cola- boradores, fornecedores, governo, comunidade etc� É utilizado na Europa Continental, mas também se encontra no Japão� Além desses, há outros cinco modelos tradicionais de governança corporativa: Alemão, Anglo-Saxão, Japonês, Latino-Europeu e Latino-Americano, que são mais bem explorados a seguir� Alemão Neste modelo, realiza-se a gestão por acordos entre os níveis hierárquicos, por isso, não há muita influên- cia dos acionistas, mas uma participação ativa dos bancos. As organizações que adotam tal modelo costumam ser mais dependentes do crédito bancá- rio. Assim, o mercado de capitais não é tão influente como no Anglo-Saxão� O modelo alemão apresenta um sistema com um conselho de administração, constituído por execu- tivos da organização, e um conselho de supervisão, 6 formado por pessoas externas� Dessa maneira, Renata Freitas Camargo (2019) lista como principais players deste modelo os bancos alemães e, em me- nor escala, os acionistas corporativos� Pontua, ainda, as principais características do modelo alemão: ● Gestão compartilhada entre empresa e acionistas� ● Gestão aberta para diversos interesses� ● Maior influência do mercado financeiro. ● Mercado de capitais não é tão forte quanto o sis- tema Anglo-Saxão� Anglo-Saxão Este modelo é orientado ao controle dos acionistas, visto que são eles que assumem os riscos das to- madas de decisão� Para os que defendem o modelo, a principal função de uma organização é a criação de riqueza. Apesar de os acionistas não tomarem parte nas decisões diárias, participam do conselho de administração� O modelo depende muito de uma comunicação eficiente entre acionistas, gestão e conselho� Camargo (2019) traz as principais carac- terísticas do sistema Anglo-Saxão: ● Controle por parte dos acionistas� ● Separação entre propriedade e gestão� ● Proteção dos acionistas minoritários� ● Conselho de administração contém tanto insiders (diretores-executivos) quanto outsiders (diretores não executivos ou independentes)� 7 Japonês Este modelo é bastante semelhante ao Alemão, mas não tem a gestão aberta para diversos interesses, mesmo sendo compartilhada entre as organizações. O sistema japonês é centralizado em um banco, que costuma ser o principal acionista da organização, e que fornece empréstimos e serviços� Camargo (2019) pontua as principais características do modelo japonês: ● Acionistas são também gestores� ● Bancos detêm as participações de longo prazo em companhias� ● Conselho administrativo é composto por insiders, ou seja, gerentes executivos� ● Alto nível de participação acionária de bancos e empresas afiliadas. ● Estrutura legal – de políticas públicas e industrial – projetada para apoiar e promover o keiretsu� O modelo Japonês é o mais utilizado em empresas familiares e também o que mais se aproxima do mo- delo de governança brasileiro� (CAMARGO, 2019)� Uma curiosidade sobre o Japão é que o banco e os membros do keiretsu têm o poder de trocar os diretores do conselho, caso os lucros não sejam os esperados� 8 FIQUE ATENTO Keiretsu têm como objetivo a maximização e a competitividade através da redução de custos e aumento da qualidade, o aumento da flexibilidade e a diminuição do tempo de desenvolvimento� Os keiretsu pretendem incrementar resultados nas diversas empresas que o constituem; seu desen- volvimento baseia-se em relações empresariais de longo prazo, com isso, há trocas frequentes de informação e as transações obedecem a prin- cípios rígidos� Saiba mais em https://www.portal-gestao.com/ artigos/7608-o-que-significa-keiretsu.html� Latino-Europeu Neste modelo, o controle é realizado internamente, havendo concentração de propriedade, pois as orga- nizações costumam ser familiares ou controladas por grupos consorciados� Assim, não há participação ou influência externa, nem proteção para os acionistas minoritários (CAMARGO, 2019)� Latino-Americano Neste modelo, as tomadas de decisão tendem a priorizar os acionistas majoritários, já que não há divisão entre propriedade e capital� Os acionistas minoritários não contam com a mesma segurança e proteção� As privatizações e a abertura ao mercado 9https://www.portal-gestao.com/artigos/7608-o-que-significa-keiretsu.html https://www.portal-gestao.com/artigos/7608-o-que-significa-keiretsu.html caracterizam o modelo, e os interesses de gestão são mais importantes do que os dos stakeholders� Figura 1: Fonte: Freepik� Esses modelos de governança corporativa, cada um com suas particularidades, procuram implementar os pilares da boa governança, como transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa� Quais são as entidades de Promoção E Regulação da Governança no Brasil? A Governança Corporativa evoluiu nos últimos anos, com impactos diretos no mercado brasileiro� Especialmente nas décadas de 1950 e 1960, o mer- cado acionário brasileiro era dominado por empresas 10 https://br.freepik.com/ familiares, sendo o acionista majoritário o próprio dirigente/dono da empresa� FIQUE ATENTO A Bovespa se juntou à Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e à Central de Custódia e de Li- quidação Financeira de Títulos (Cetip), formando a B3 (Brasil, Bolsa e Balcão)� A B3 é a bolsa de va- lores oficial brasileira, em que são negociadas as ações das empresas de capital aberto do Brasil� Podcast 1 Figura 2: Bolsa de Valores. Fonte: Freepik. Como já discutimos, as empresas no Brasil estão migrando de um modelo de gestão mais tradicional para um modelo mais moderno, adotando práticas de Governança Corporativa paulatinamente, visto que se trata de um processo longo� Com a adoção da padronização da contabilidade pelo modelo internacional estabelecido pelo International 11 https://famonline.instructure.com/files/724326/download?download_frd=1 https://br.freepik.com Financial Report Standard (IFRS), os relatórios con- tábeis e demonstrativos financeiros passaram a ter mais confiabilidade. Todas as empresas devem for- mular e disponibilizar estas informações. Assim, a criação dos órgãos de regulação e fiscali- zação, tais quais os de leis que auxiliam a promoção da Governança Corporativa nas empresas, como a Lei de Sociedade Anônima; a criação de um código de boas práticas de Governança Corporativa pela CVM e pelo IBGC, além de níveis diferenciados de Governança Corporativa pela BM&FBovespa, fazem com que as empresas brasileiras inspirem mais con- fiança em seus investidores, colaboradores e clientes, com isso, podem competir no mercado nacional e internacional� 12 NÍVEIS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA CRIADOS PELA BOVESPA A BM&FBovespa criou, em 2000, os níveis de Governança Corporativa: Novo Mercado , Nível 1, Nível 2 e Bovespa Mais� Esses níveis de governança foram criados para aju- dar os investidores a identificar as organizações que estão alinhadas com as práticas mais modernas, éticas e transparentes, respeitando os acionistas minoritários� A adesão a esses níveis não é compulsória; contudo, ao aderir, as empresas entendem que há exigências diferentes para cada um dos níveis, que vão além das obrigações exigidas pela lei brasileira. Então, qual é a vantagem de uma empresa figurar em cada um dos níveis? Essa adesão implica um aceite de compliance; logo, os acionistas saberão que é uma empresa ética, tornando mais fácil persuadi-los a investir seu capital� Nível Novo Mercado O Novo Mercado é o nível mais alto de Governança Corporativa, por isso, ele se tornou uma referência em transparência e respeito aos acionistas� Seguindo a lógica, nele há maior rigidez quanto às regras da 13 composição do conselho de administração, inclusive contemplando a participação dos colaboradores, por meio de um representante. Outro pronto crucial diz respeito à divulgação de seus relatórios detalhados, como o fluxo de caixa. Wawrzeniak (2014) apresenta as principais regras deste nível: ● As empresas só podem emitir ações ordinárias (ON) com poder de voto� ● Em caso de venda do controle acionário, os acionis- tas minoritários têm o direito de vender suas ações pelo preço ofertado (tag along 100%)� ● Em caso de fechamento do capital, a empresa deve recomprar todas as ações por um valor igual ao de mercado� ● O Conselho de administração deve ser composto por no mínimo cinco membros, com a obrigação de 20% de conselheiros externos e independentes à empresa� ● Deve manter pelo menos 25% das ações em nego- ciação no mercado (free float). ● Os relatórios financeiros devem ser divulgados com informações mais completas, incluindo as negocia- ções de ações feitas pelos diretores, executivos e controladores� 14 Nível 2 O nível 2 de governança corporativa se assemelha ao Novo Mercado, mas a principal diferença é que a organização pode ofertar ações preferenciais (PN), desde que tenham poder de voto em situações de grande complexidade, como fusões e aquisições. Outro ponto de diferença é que, no caso de venda do controle acionário, o tag along cai para 80% do preço pago pelas ações ordinárias do acionista controla- dor� Quando a empresa se encontra neste nível, ela costuma tentar passar para o nível de Novo Mercado (WAWRZENIAK, 2014). Figura 3: Diferentes níveis e exigências para as empresas. Fonte: Freepik. 15 https://br.freepik.com Nível 1 O nível 1 possui um grau de exigência menor� Costuma ser o primeiro passo para as organizações que desejam utilizar padrões de governança além dos que já são exigidos por lei� Os requisitos para aderir ao nível 1 são: ● Apresentar algumas informações (relatórios) além das exigidas pela lei� ● Garantir pelo menos 25% das ações em circulação no mercado (free float)� Bovespa Mais Este nível caracteriza-se por atender a pequenas e médias empresas que desejam adotar a governança corporativa gradualmente� Por isso, difere de todos os outros níveis� Neste nível, a empresa ainda não precisa ter nenhu- ma oferta pública de suas ações e pode realizar mudanças para entrar no mercado paulatinamente, começando com um número menor de investidores e movimentando um volume financeiro pequeno. Assim, as empresas que estão neste nível começam a atrair investidores, os quais vão acompanhando as organizações até aderirem às práticas de gover- nança corporativa, aguardando o melhor momento para investir� 16 SAIBA MAIS Assista ao vídeo e saiba mais sobre os níveis de governança criados pela Bovespa: https://www.youtube.com/watch?v=Ki3qY_dZAvg 17 https://www.youtube.com/watch?v=Ki3qY_dZAvg ÍNDICES BOVESPA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA Os acionistas podem acompanhar as empresas que empregam as boas práticas de governança corpora- tiva através dos índices estabelecidos pela Bovespa� Wawrzeniak (2014) elenca os quatro índices consi- derados pelas empresas que participam nos níveis de governança: Índice de Ações com Governança Corporativa (IGC): ● As empresas que apresentam bons níveis de go- vernança corporativa têm seus resultados medidos� ● As empresas devem estar listadas no Novo Mercado ou classificadas nos Níveis 1 ou 2 da BM&FBovespa� ● Exemplos: Bradesco, CPFL, Dasa, Daycoval, Embraer etc� Índice de Governança Corporativa Trade (IGCT): ● É composto pelas ações de empresas integrantes do IGC que atendem a alguns critérios de alta liquidez de suas ações. ● Exemplos: Banco ABC, BR Brokers, Cemig, Cielo, Fleury, Gafisa, JBS, VALE etc. Índice de Governança Corporativa – Novo Mercado (IGC – NM): 18 ● Mede o desempenho das empresas que apresen- tam bons níveis de governança corporativa e que estejam listadas no Novo Mercado� ● Considera as ações emitidas por empresas listadas no Novo Mercado� ● Exemplo: Arezzo, DASA, Grendene, Kroton, LLX, Natura, TOTVS etc� Índice de Ações com Tag Along Diferenciado (ITAG): ● Mede o desempenho das empresas que ofereçam melhores condições aos acionistas minoritários, em caso de mudança do controle acionário� ● Considera todas as ações em que a empresa con- cede tag along superior a 80%, no caso de mudança no controle acionário� ● Exemplo: Abril Educacional, Bradesco, Cielo, Even, Fleury, Gafisa, Gerdau, Gol, Grendene etc� (WAWRZENIAK,2014). A Governança Corporativa é extremamente relevante no mercado de ações, e o Brasil tem avançado bas- tante neste aspecto, mas ainda há muito que percor- rer, especialmente as grandes empresas públicas, que têm alto volume de participação e negociação na Bovespa� Ao considerarmos a liberalidade contratual excessiva, entendemos que pode haver problemas no que se refere à transparência e credibilidade das informa- ções. Assim, a Lei n. 10.303 de 31 de outubro de 2001 promove o respeito aos acionistas minoritá- 19 rios, assegurando que seus riscos sejam mitigados e sua participação no controle das empresas seja maximizada. O brasileiro não tem o hábito de investir na Bolsa, e isso é cultural, pois costuma temer o risco� Desse modo, a Bovespa, ao estabelecer níveis de governan- ça, pretende que os riscos sejam diminuídos, uma vez que as empresas são classificadas por sua adesão às práticas de governança corporativa� FIQUE ATENTO Um processo que afeta a governança corporativa é o processo de sucessão nas empresas� Muitas empresas desejam trocar o controle, para isso, buscam na governança corporativa uma solução� Essas empresas também buscam a implementa- ção de processos mais transparentes na toma- da de decisões, a fim de diminuir os conflitos de interesses� Acredite ou não, a maioria das empresas brasilei- ras é familiar. O Sebrae conduziu alguns estudos a esse respeito em 2016, descobrindo que 95% das empresas são familiares� 20 RELAÇÃO ENTRE GOVERNANÇA CORPORATIVA E LEI SARBANES-OXLEY A Lei Sarbanes-Oxley (SOx) foi sancionada em 30 de julho de 2002, pelo então presidente dos Estados Unidos George W. Bush. Os políticos que a ideali- zaram foram o senador Paul Sarbanes (do Partido Democrata) e o deputado Michael Oxley (do Partido Republicano)� Por que essa lei foi criada? Seu objetivo era estabe- lecer novos padrões e aperfeiçoar os processos para que as empresas, norte-americanas e estrangeiras, que possuíssem ações na Securities and Exchange Comission (SEC), o equivalente à nossa Comissão de Valores Mobiliários (CVM)� A confiança nas informações contábeis das organi- zações foi diminuindo após a constatação de práti- cas de manipulação e corrupção em vários países� Empresas como Enron, World.Com, Xerox etc., cho- caram o mundo com seus escândalos de fraude� Isso forçou os Estados Unidos a tomarem algumas ações, como a criação de um mecanismo que ins- pirasse a confiança dos investidores e assegurasse a responsabilidade corporativa das organizações. Surgiu assim a Lei Sarbanes-Oxley� 21 A lei foi sancionada com a finalidade de proteger os acionistas e demais stakeholders das empresas que possuem ações negociadas na bolsa. Para evitar prá- ticas fraudulentas, exige-se que essas organizações tenham um controle de processos mais rígido, espe- cialmente relacionados às informações financeiras (receitas, despesas, balanço patrimonial)� A SOx tem o objetivo de garantir o compliance, ou seja, o cumprimento das normas estabelecidas, de modo a tanto combater quanto prevenir fraudes e riscos que impactem o resultado e a reputação das organizações. A lei exige dos executivos a prestação de contas, bem como que assumam a responsabili- dade de seus atos� O objetivo é evitar abusos, ao se transmitir confiança aos investidores com processos mais transparentes� Figura 4: As leis visam a proteger os acionistas. Fonte: Freepik� 22 https://www.treasy.com.br/blog/como-realizar-a-previsao-de-vendas-e-projecao-de-faturamento-de-sua-empresa https://www.treasy.com.br/blog/como-elaborar-o-orcamento-de-despesas-operacionais-e-gastos-administrativos-para-sua-empresa https://www.treasy.com.br/blog/balanco-patrimonial https://br.freepik.com/ Rossetti e Andrade (2007) enfatizam os principais focos da lei: a Lei Sarbanes-Oxley promoveu a in- tensa regulação na vida corporativa, fundamenta- da nas boas práticas de governança� Seu foco são exatamente os quatro princípios da governança já mencionados� Vamos lembrar quais são? Equidade, transparência prestação de contas e responsabilida- de corporativa� FIQUE ATENTO Vale destacar que a Lei Sarbanes-Oxley não se refere às práticas de negócios e não traz nenhuma orientação quanto ao armazenamento de registros� Menciona tão somente os tipos de registros que devem ser armazenados e por quanto tempo� Portanto, os departamentos de Tecnologia da Informação (TI), responsáveis pelo armazenamento dos registros eletrônicos, também são afetados� A SOx preconiza que todos os registros comerciais devem ser salvos por um pe- ríodo de não menos do que cinco anos, incluindo os registros e as mensagens eletrônicos� O não cumpri- mento dessa recomendação incorre em punições que variam desde multas até prisão (CAMARGO, 2017)� Há um código de ética que contém questões rela- cionadas aos conflitos de interesses, divulgação de informações e cumprimento de leis e regulamentos. A prestação de contas é um item importantíssimo, pois as demonstrações financeiras devem apresentar a posição financeira, os resultados e os fluxos de 23 caixa; além disso, os auditores devem ter acesso às informações como problemas e desafios nos con- troles internos, suspeitas de fraudes, entre outras informações relevantes. A auditoria tem um papel indispensável, visto que é possível acompanhar eventuais erros nos controles internos e implantar práticas que possam corrigir as falhas� Como a transparência é um princípio sine qua non (essencial, indispensável), as informações privilegiadas devem seguir o que preconiza a lei em caso de mudanças no controle acionário, e precisam ser divulgadas, assim como as contingências que não foram incluídas no balanço patrimonial� As empresas brasileiras que atuam no mercado nor- te-americano estão sujeitas à lei Sarbanes-Oxley e acabam influenciando o mercado local. Mesmo que não tenham ações negociadas nas bolsas de valores norte-americanas, as empresas acabam adotando as medidas preconizadas pela SOx, pois se sentem pressionadas ao constatar que o mercado atua dessa maneira� Isso é, em todo caso, algo positivo para o Mercado de Capitais Brasileiro, já que a adoção da lei é uma exigência para continuarem investindo no merca- do norte-americano, assim como uma oportuni- dade de crescimento e desenvolvimento para as organizações. A SOx é dividida em 11 capítulos com um número variável de seções cada um, totalizando 69 seções (artigos), obrigando as empresas a reestruturarem 24 seus processos internos para maximizar os controles, a segurança e a transparência na gestão administra- tiva e financeira. Prevê a criação de auditoria e meca- nismos de segurança confiáveis, definindo as regras para os comitês que supervisionarão as operações da empresa� Esses comitês devem ser formados especialmente por membros independentes� A SOx confirma a responsabilidade total dos Diretores-Executivos e dos Diretores Financeiros em controlar, monitorar e avaliar os relatórios financeiros e a divulgação de informações. Isso consta no artigo 906, o qual também define as penalidades para as infrações. As empresas de auditoria e os advogados contrata- dos, apesar de terem mais independência, também são responsabilizados por seus atos. A SOx ainda aumenta a regulamentação sobre a contratação des- ses serviços de auditoria, legais e outros� Para supervisionar o processo de auditoria nas em- presas que se enquadram à SOx, criou-se o Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB — Conselho de Auditores de Companhias Abertas), o qual estabelece o controle de qualidade e normas de auditoria, além disso, os auditores devem ser re- gistrados pelo órgão (CAMARGO, 2017)� A SOx baseia-se em Generally Accepted Accounting Principles (GAAP), na versão US GAAP, para definir as normas e práticas contábeis a serem aplicadas� E também adota o padrão International Financial Reporting Standards (IFRS), de influência euro- 25 peia e administrado pelo International Accounting StandardsBoard (IASB)� Figura 5: O descumprimento da Lei SOx incorre em penalidades. Fonte: Freepik� Há penalidades pelo descumprimento da SOx, como multa de até 1 milhão de dólares e/ou reclusão por até 10 anos� Quando constatado que o descumpri- mento da lei é intencional, como alterações de resul- tados, inflação de ativos, manipulação de demons- trações financeiras e outras ações fraudulentas, a multa pode aumentar para até 5 milhões de dólares, e a reclusão pode chegar a 20 anos� 26 https://br.freepik.com/ PRINCIPAIS SEÇÕES DA LEI SARBANES-OXLEY Camargo (2017) elenca as principais seções da lei: ● Seção 302: exige-se que a alta administração, geralmente CEO e CFO, certifique e aprove as de- monstrações financeiras, bem como a eficácia dos meios de divulgação das informações. ● Seção 401: devem-se apresentar e publicar as demonstrações financeiras com precisão. As demonstrações contábeis devem incluir todos os passivos, obrigações ou transações. ● Seção 404: devem-se publicar as informações em seus relatórios anuais sobre os procedimentos dos relatórios financeiros, bem como avaliar a eficácia dos controles e procedimentos internos� Dessa maneira, a Lei Sarbanes-Oxley permitiu às empresas tornarem seus relatórios financeiros mais eficientes e automatizados (com uso de softwares)� ● Seção 409: os emissores devem divulgar ao público, de maneira clara, transparente e de fácil compreensão, as informações sobre mudanças significativas na situação financeira ou nas operações da empresa. ● Seção 802: impõe multas e/ou até 20 anos de reclusão nos casos de alteração, destruição, oculta- ção e/ou falsificação de registros, documentos ou objetos tangíveis com a intenção de obstruir, impedir ou influenciar uma investigação legal. 27 https://www.treasy.com.br/blog/ceo-cfo-coo https://www.treasy.com.br/blog/o-cfo-como-conselheiro-estrategico-de-seu-ceo https://www.treasy.com.br/blog/o-que-classificacao-contabil-ativo-passivo-receita-e-despesa ● Seção 906: aborda as penalidades criminais para relatórios financeiros fraudulentos� As penalidades podem ser mais de 5 milhões de dólares em multas e 20 anos de prisão� 28 IMPACTOS E VANTAGENS DA LEI SARBANES-OXLEY Os impactos da Lei Sarbanes-Oxley originaram um novo cenário para a governança corporativa, com as seguintes características: ● O ágio de governança é um valor mais alto que os investidores estão dispostos a pagar pelas ações das companhias que possuem um sistema de go- vernança corporativa� ● O controle assumido pelos conselhos, e isso im- plica a perda de poder dos executivos chefes, espe- cialmente nas grandes corporações. ● Os códigos de ética são incorporados às organi- zações quando da transmissão dos valores de boa governança, assim como orientaram para o cumpri- mento da lei� ● A redução de riscos e aumento de confiança dos investidores, por meio da adoção de princípios éticos, transparência e controle das demonstrações financei- ras, com a prestação de contas e responsabilidade corporativa� Quais são as vantagens que a lei trouxe? ● Uma grande vantagem é a responsabilidade as- sumida pelas empresas e a transparência de seus 29 processos, atividades e resultados� Antes da lei, não havia muita transparência no meio corporativo, as- sim, mesmo os acionistas tinham dificuldade de ob- ter informações sobre investimentos. A SOx passou a exigir clareza e ética das empresas. ● Outra vantagem percebida é a responsabilidade corporativa que a lei trouxe� Os executivos passaram a ser responsáveis por suas ações e condenados criminalmente por ações fraudulentas, o que ante- riormente não acontecia� ● A proteção dos acionistas é outra vantagem� Como eles passaram a ter acesso a informações precisas sobre as finanças das empresas que investem ou pretendem investir, os riscos de investimentos não seguros caem; com isso, os acionistas se sentem respeitados, até mesmo os minoritários, o que não ocorria anteriormente� ● Melhoria nos controles internos e sistemas de di- vulgação das informações. Informações mais pre- cisas colaboram com o aumento da confiança na imagem e reputação da empresa, bem como auxiliam no crescimento das organizações. ● A confiança nas empresas é restaurada. Conforme as informações são divulgadas com transparência e ética, acionistas, colaboradores e o público em geral também são assegurados da veracidade dos dados financeiros. 30 SAIBA MAIS Para conhecer com mais propriedade da lei, con- fira Os benefícios da Lei Sarbanes-Oxley, de Hen- rique Nudeliman Valdambrini, que está disponível em: https://hnv.jusbrasil.com.br/artigos/188561790/ os-beneficios-da-lei-sarbanes-oxley Desvantagens da Lei Sarbanes-Oxley Como sempre há dois lados da moeda, a Lei SOx não contém apenas vantagens� Vamos conhecer algumas desvantagens: ● Para que a Lei Sarbanes-Oxley seja cumprida, to- dos os processos exigidos implicam despesas, que podem ser altas� Desse modo, a empresa precisará controlar seus custos e possivelmente fazer alguns ajustes no orçamento, para que esse custo não seja repassado ao consumidor final. ● Para dirimir os riscos de fraude, os processos im- plicam um maior número de funcionários controlan- do as atividades e a auditoria. ● Alguns críticos da lei afirmam que, mesmo com regras rígidas, não há diretrizes sobre como imple- mentar o sistema imposto. Assim, o aprendizado é na tentativa e erro, sendo que cada empresa precisa apresentar sua própria maneira de fazer as coisas, o que significa que podem ocorrer erros e perdas. 31 https://hnv.jusbrasil.com.br/ https://hnv.jusbrasil.com.br/ https://hnv.jusbrasil.com.br/artigos/188561790/os-beneficios-da-lei-sarbanes-oxley https://hnv.jusbrasil.com.br/artigos/188561790/os-beneficios-da-lei-sarbanes-oxley A LEI SOX E A GOVERNANÇA CORPORATIVA Relembraremos brevemente, aqui, os princípios da governança corporativa: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corpora- tiva� Você já percebeu a relação desses princípios com a Lei SOx? Os princípios da Governança Corporativa estão presentes nas normas e nos padrões exigidos pela Lei Sarbanes-Oxley� Mas de que maneira a Lei SOx contribuiu com a governança corporativa? Segundo Camargo (2017): ● A Lei SOx traz significativas mudanças para a res- ponsabilidade da alta administração em relação à veracidade, precisão e divulgação das informações financeiras, corroborando com os princípios da pres- tação de contas e responsabilidade corporativa� ● O Conselho administrativo assume o controle e passa a ter mais poder e responsabilidade� Além dis- so, auxilia na tomada de decisão, pois não se baseia em especulações, mas em relatórios mais precisos. ● Tal aumento do controle faz com que as empresas rastreiem melhor as condutas fraudulentas e os erros estratégicos, o que vai impactar diretamente em sua reputação e imagem� A transparência, um princípio da governança corporativa, é a garantida pela lei e auxilia a manutenção da reputação das organizações 32 e, consequentemente, há um aumento de confiança e atratividade para os investidores� ● Os investidores parecem ficar mais predispostos a investir valores mais altos nas empresas que utilizam as práticas de governança corporativa (e gerando um ágio de governança)� 33 EMPRESAS BRASILEIRAS E A LEI SARBANES-OXLEY A fim de garantir sua credibilidade no mercado glo- bal e conseguir fazer negócios com organizações estrangeiras, as empresas brasileiras precisam estar em conformidade com a Lei Sarbanes-Oxley� Outro ponto a ser considerado é o desejo de atrair mais investidores� Nesse sentido, a empresa que estiver obedecendo às determinações da SOx, como maior controle e transparência, será capaz de atrair mais investimentos, pela segurança e credibilidade que vai conseguir transmitir ao mercado� As empresas brasileiras que se adequam à SOx pre- cisam desenvolver mecanismos de mitigação de riscos e erros estratégicos, assim como controlar,monitorar e avaliar processos e atividades internas� Dessa maneira, as organizações poderão ter sucesso com seus objetivos de crescimento� Para que tipos de empresa a Lei SOx se aplica? Todas as empresas, nacionais ou estrangeiras, especialmente as de capital aberto com ações na Securities and Exchange Comission (SEC), devem seguir as definições da SOx. No entanto, outras em- presas que ainda estão em processo de desenvolvi- mento dos seus sistemas de governança corporativa 34 acabam utilizando a SOx como base e se adequam às normas para poderem ter maior competitividade e gerar melhores resultados� Podemos destacar alguns pontos da Lei SOx, como a responsabilidade atribuída à alta direção, já que são responsáveis por realizar o monitoramento dos controles internos e a divulgação de informações dos relatórios financeiros. Além disso, a SOx enco- raja fortemente que as empresas rastreiem suas comunicações para conseguir encontrar atitudes suspeitas, erros ou fraudes� Finalmente, é imprescindível compreender que a Lei SOx e a Governança Corporativa estão intimamente relacionadas, pelo fato de a lei exigir a transparência das informações das demonstrações contábeis e outros princípios, como prestação de contas e res- ponsabilidade corporativa� SAIBA MAIS Saiba mais sobre a Lei Sarbanes-Oxley e a imple- mentação da governança corporativa no Grupo Pão de Açúcar� Para isso, acesse o seguinte link: http://extapps.mz-ir.com/grupopaodeacucar/ RAO/2008/port/ra/21.htm� Podcast 2 35 https://www.treasy.com.br/blog/governanca-corporativa http://extapps.mz-ir.com/grupopaodeacucar/RAO/2008/port/ra/21.htm http://extapps.mz-ir.com/grupopaodeacucar/RAO/2008/port/ra/21.htm https://famonline.instructure.com/files/724327/download?download_frd=1 CONSIDERAÇÕES FINAIS Conhecemos, neste módulo, os modelos de gover- nança corporativa e suas características, compre- endendo que o Brasil ainda está em uma fase de transição dos modelos de gestão mais tradicionais para os mais modernos, mas que já compreendeu que as práticas de governança corporativa são um caminho sem volta� Em outras palavras, é um sistema que precisa ser implantado para gerar mais credibili- dade ao mercado global, atraindo mais investimentos e fortalecendo a reputação e a marca� Estudamos um pouco mais sobre a Bovespa e os níveis de governança corporativa definidos, na se- quência, como isso impacta nos resultados e cres- cimento das empresas brasileiras� Além disso, conhecemos a Lei Sarbanes-Oxley (SOx), a importância e a relevância de suas exigências para as organizações e para o mercado global, bem como sua relação com a governança corporativa e seus princípios� Uma conclusão possível é a de que quanto mais transparência, ética e respeito aos stakeholders e shareholders a organização demonstrar, mais chan- ces de crescer e prosperar ela terá� 36 SÍNTESE A Lei Sarbanes-Oxley (SOx) foi sancionada em 30 de julho de 2002� A lei foi criada para estabelecer novos padrões e aperfeiçoamento de processos para as empresas norte-americanas e estrangeiras que tenham ações na Securities and Exchange Comission (SEC), nossa Comissão de Valores Mobiliários (CMV)� A Governança Corporativa é extremamente relevante no mercado de ações� O Brasil tem avançado neste aspecto, mas ainda há muito o que percorrer� Especialmente considerando as grandes empresas públicas, pois elas têm um alto volume de participação e negociação na Bovespa� A BM&FBovespa criou, em 2000, os níveis de Governança Corporativa: Novo Mercado, Nível 1, Nível 2 e Nível 3. Os Modelos Latino-Europeu e Latino-Americano: no primeiro, o controle é feito internamente e há a concentração de propriedade, pois as organizações costumam ser familiares ou controladas por grupos consorciados; no segundo, as tomadas de decisão tendem a priorizar os acionistas majoritários, já que não há divisão entre propriedade e capital� Apesar dos acionistas não tomarem parte nas decisões diárias, eles participam do conselho de administração� Este modelo depende muito de uma comunicação eficiente entre os acionistas, a gestão e o conselho� O Modelo Japonês, bastante semelhante ao Alemão, mas não tem a gestão aberta para diversos interesses, mesmo sendo compartilhada entre as organizações� O sistema japonês é centralizado em um banco, que costuma ser o principal acionista da organização, e que fornece empréstimos e serviços� Há outros modelos adotados pela governança corporativa, como o Modelo Alemão, em que a gestão é realizada por acordos entre os níveis hierárquicos e não há muita influência dos acionistas, mas uma participação ativa dos bancos� As organizações que adotam este modelo costumam ser mais dependentes do crédito bancário� O Modelo Anglo-Saxão é orientado ao controle dos acionistas, pois são eles que assumem os riscos das tomadas de decisão� O IBGC propõe dois modelos para esse sistema: outsider system e insider system. No Brasil, diferentemente de outros países, a Governança Corporativa surgiu com o objetivo de modificar e modernizar as formas de administração das organizações, tornando-as atraentes e competitivas para o mercado global� MODELOS E PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA GOVERNANÇA CORPORATIVA Referências Bibliográficas & Consultadas ASSAF NETO, A� Finanças corporativas e valor� 7� ed� São Paulo: Atlas, 2014 [Minha Biblioteca]� BLOK, M� Compliance e Governança Corporativa� Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2017� CAMARGO, R� F� Conheça os principais modelos de governança corporativa� Glic Fàs� 28/01/2019� Disponível em: http://www.glicfas.com.br/conheca- -os-principais-modelos-de-governanca-corporativa/� Acesso em: 15 fev� 2020� CAMARGO, R� F� Lei Sarbanes-Oxley: aprimoran- do a prestação de contas com a SOx� Treasy� 22/05/2017� Disponível em: https://www.treasy. com.br/blog/sox-lei-sarbanes-oxley/� Acesso em: 15 fev� 2020� GONZALES, R. S. Governança corporativa: o po- der de transformação das empresas� São Paulo: Trevisan, 2012 [Minha Biblioteca]� IBGC� INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA� Código de Melhores Práticas de Governança Corporativa� 5� ed� São Paulo: IBGC, 2015� Disponível em: https:// conhecimento.ibgc.org.br/Lists/Publicacoes/ http://www.glicfas.com.br/conheca-os-principais-modelos-de-governanca-corporativa/ http://www.glicfas.com.br/conheca-os-principais-modelos-de-governanca-corporativa/ https://www.treasy.com.br/blog/sox-lei-sarbanes-oxley/ https://www.treasy.com.br/blog/sox-lei-sarbanes-oxley/ https://conhecimento.ibgc.org.br/Lists/Publicacoes/Attachments/21138/Publicacao-IBGCCodigo-CodigodasMelhoresPraticasdeGC-5aEdicao.pdf https://conhecimento.ibgc.org.br/Lists/Publicacoes/Attachments/21138/Publicacao-IBGCCodigo-CodigodasMelhoresPraticasdeGC-5aEdicao.pdf Attachments/21138/Publicacao-IBGCCodigo- CodigodasMelhoresPraticasdeGC-5aEdicao.pdf� Acesso em: 20 fev� 2020� LODI BOSCO, J� Governança Corporativa e o Conselho de Administração� Rio de Janeiro: Campus, 2000� ROSSETTI, J� P�; ANDRADE, A� Governança Corporativa: fundamentos, desenvolvimento, ten- dências� 3� ed� São Paulo: Atlas, 2007� ROSSETTI, J� P� Contabilidade social. 7� ed� São Paulo: Atlas, 1992 [Minha Biblioteca]� SILVA, C� L� A� Governança corporativa e suces- so empresarial: melhores práticas para aumen- tar o valor da firma� 2� ed� Saraiva, 2014 [Minha Biblioteca]� SILVA, E� C� Governança Corporativa nas Empresas: guia prático de orientação para acio- nistas� São Paulo: Atlas, 2006� SILVA, E� C� Governança corporativa nas empre- sas: guia prático de orientação para acionistas, investidores, conselheiros de administração e fiscal, auditores, executivos, gestores, analistas de mercado e pesquisadores� 4� ed� São Paulo: Atlas, 2016 [Minha Biblioteca]� https://conhecimento.ibgc.org.br/Lists/Publicacoes/Attachments/21138/Publicacao-IBGCCodigo-CodigodasMelhoresPraticasdeGC-5aEdicao.pdf https://conhecimento.ibgc.org.br/Lists/Publicacoes/Attachments/21138/Publicacao-IBGCCodigo-CodigodasMelhoresPraticasdeGC-5aEdicao.pdfSILVEIRA, A� M. Governança corporativa no Brasil e no mundo. 3� ed� São Paulo: Elsevier, 2015� TACHIZAWA, T. Gestão ambiental e responsabili- dade social e corporativa� 8� ed� São Paulo: Atlas, 2015 [Biblioteca Virtual]� WAWRZENIAK, D. Níveis de Governança Corporativa na Bovespa� In: Bússola do Investidor� 18/03/2014� Disponível em: https://www.bussola- doinvestidor.com.br/niveis-governanca-corporativa- -bovespa/� Acesso em: 15 fev� 2020� WENER, R. A. Família & Negócios: um caminho para o sucesso� Barueri: Manole, 2004 [Biblioteca virtual]� https://www.bussoladoinvestidor.com.br/niveis-governanca-corporativa-bovespa/ https://www.bussoladoinvestidor.com.br/niveis-governanca-corporativa-bovespa/ https://www.bussoladoinvestidor.com.br/niveis-governanca-corporativa-bovespa/ _GoBack INTRODUÇÃO MODELOS E PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA NO BRASIL Modelos De Governança Corporativa Quais são as entidades de Promoção E Regulação da Governança no Brasil? NÍVEIS DE GOVERNANÇA CORPORATIVACRIADOS PELA BOVESPA Nível Novo Mercado Nível 2 Nível 1 Bovespa Mais ÍNDICES BOVESPA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA RELAÇÃO ENTRE GOVERNANÇA CORPORATIVAE LEI SARBANES-OXLEY PRINCIPAIS SEÇÕES DA LEI SARBANES-OXLEY IMPACTOS E VANTAGENS DA LEI SARBANES-OXLEY Quais são as vantagens que a lei trouxe? Desvantagens da Lei Sarbanes-Oxley A LEI SOX E A GOVERNANÇA CORPORATIVA Empresas brasileiras e a Lei Sarbanes-Oxley Para que tipos de empresa a Lei SOx se aplica? CONSIDERAÇÕES FINAIS Síntese
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